Portugal e mais 11 países da UE querem negociar adesão da Ucrânia ainda este mês

Portugal e outros 11 Estados-membros subscreveram uma carta ao Conselho da UE pedindo que as negociações para a adesão da Ucrânia e Moldávia comecem este mês, antes do início da presidência húngara.

Portugal e outros 11 Estados-membros apelaram à presidência belga do Conselho da União Europeia (UE) para que o processo de adesão da Ucrânia e da Moldávia arranque ainda este mês. O pedido surge a menos de um mês de a Bélgica terminar o seu mandato na presidência rotativa do Conselho, cujo testemunho será entregue à Hungria em julho.

Numa carta conjunta enviada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, liderado por Hadja Lahbib, 12 países da UE, incluindo Portugal, consideram que, face aos últimos esforços evidenciados pela Moldávia e pela Ucrânia, e reconhecidos pela própria Comissão Europeia, agora é a melhor a altura para se avançar com o processo de alargamento a estes dois países.

“Tendo em conta os resultados alcançados e as reformas em curso na Ucrânia e na Moldávia, sobre os quais a Comissão já apresentou um relatório, consideramos que chegou o momento de avançar”, lê-se na missiva assinada por Portugal, República Checa, Suécia, Estónia, Finlândia, Letónia, Polónia, Lituânia, Alemanha, Eslovénia, Roménia e Eslováquia.

“Além disso, para que o processo de alargamento seja credível, a UE deve proporcionar benefícios tangíveis às populações dos respetivos países, o que pode ser conseguido através da integração gradual da Ucrânia e da Moldávia na UE, mediante a integração progressiva em políticas e programas comunitários específicos antes da adesão plena à UE“, recomendam os 12 Estados-membros.

Com esta argumentação, os signatários pedem que as negociações com a Kiev e Chișinău arranquem até ao Conselho de Assuntos Gerais, previsto para acontecer a 18 e 25 de junho, a fim de convocar conferências intergovernamentais com ambos os países até ao final deste mês.

A poucos dias das eleições europeias, a 9 de junho, o tema do alargamento tem marcado o debate entre os cabeças-de-lista na campanha eleitoral. De forma geral, todos os oito candidatos portugueses dos partidos com assento parlamentar são a favor do alargamento da UE a estes dois países (e a outros Estados-membros candidatos), desde que os critérios de Copenhaga sejam cumpridos.

Além da Ucrânia e da Moldávia, também a Albânia, a Bósnia (cujo o início do processo de negociação já foi proposto por Bruxelas), a Macedónia do Norte, Montenegro, Sérvia, Turquia (cujas negociações se encontram congeladas desde 2018) e Geórgia aguardam que os seus pedidos de adesão comecem a ser negociados entre os 27 Estados-membros e a Comissão Europeia.

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SRS Legal assessora Indico Capital Partners em investimento na Rows

A equipa da SRS Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio Paulo Bandeira e pela associada Solange Fernandes, da área de Startups.

A SRS Legal assessorou a Indico Capital Partners, através do fundo Indico R&D, no investimento na Rows, uma plataforma de folha de cálculo baseada em Inteligência Artificial. A Rows, que angariou oito milhões de euros nesta ronda, suporta todas as funcionalidades dos programas Excel e Sheets, a par de um layout próprio.

“Este é o primeiro investimento do novo Fundo Indico I&D, um fundo de 70 milhões de euros que tem um enfoque particular em empresas tecnológicas portuguesas, preferencialmente certificadas pela Agência Nacional da Inovação, com um investimento até cinco milhões de euros por empresa“, explica a firma em comunicado.

A equipa da SRS Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio Paulo Bandeira e pela associada Solange Fernandes, da área de Startups. O sócio Paulo Bandeira salientou a complexidade da transação, “por ser multijurisdicional” e “implicar a articulação de soluções e instrumentos jurídicos na Alemanha e em Portugal”.

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Ministra da Saúde admite afastar presidente do INEM, que colocou o cargo à disposição

Ana Paula Martins confirma que Luís Meira colocou o cargo à disposição e está a avaliar "a possibilidade de ter uma transformação na direção" do INEM. "É muito possível que tenhamos alterações", diz.

A ministra da Saúde considerou que “há todas as razões para o que INEM esteja no centro” das preocupações do Governo e defende que o instituto precisa de ser “refundado”. Ana Paula Martins confirmou ainda que o presidente Luís Meira colocou o cargo à disposição e assume que está a avaliar “a possibilidade de ter uma transformação na direção” do instituto. “É muito possível que tenhamos alterações nos próximos tempos”, sinalizou a governante.

“Há todas as razões para o que INEM esteja no centro das preocupações do Governo“, afirmou Ana Paula Martins, que está a ser ouvida esta terça-feira na comissão de saúde, no Parlamento, apontando que a degradação dos serviços do instituto não pode ser dissociada “das dificuldades crescentes que o SNS tem tido”. “O INEM não está dimensionado ou não estava dimensionado para dar resposta a tanto constrangimento”, admitiu.

No entanto, a ministra da Saúde considera que “os graves problemas que o INEM enfrenta” não podem ser justificados com falta de recursos humanos, indicando que só para este ano o instituto conta com uma dotação de 7,2 milhões de euros, o que “chega” para responder às necessidades “em termos de recursos humanos”, mas também para “adquirir viaturas de emergência medica” e para “manter a parceria com os bombeiros”.

Por isso, defende que é necessário avançar-se com uma estratégia “de recursos humanos”, mas também de “gestão administrativa e financeira”. “Se há algo que precisa de ser refundado é o INEM“, atirou.

A governante adiantou ainda que tem “mantido várias conversas” com o presidente do INEM, que colocou o lugar à disposição do Governo, pelo que a tutela está agora a “avaliar a possibilidade de ter uma transformação na direção” do instituto. “Essa posição não é contra ninguém. É a favor do INEM”, ressalva a ministra, lembrando que a atual administração está ao leme da instituição “há 9 anos”, pelo que acredita que neste momento “é muito importante ter pessoas” que possam “iniciar ou reiniciar uma rota”. É muito possível que tenhamos alterações nos próximos tempos”, acrescentou.

Para fazer face à atual situação, a ministra da saúde disse ainda que o Governo comprometeu-se a abrir “ um procedimento concursal para 200 postos de trabalho na carreira especial de técnicos de emergência pré-hospitalar a contratar até ao final do ano“, bem como aprovou um aumento da remuneração suplementar em até 80% da remuneração-base e deu luz verde à dedicação plena para os médicos do INEM.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h43)

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Tribunal suspende anulação da venda da Azores Airlines pelo Governo Regional

O consórcio Newtour/MS Aviation apresentou uma providência cautelar para suspender a anulação da privatização da Azores Airlines pelo Governo Regional. Tribunal aceitou.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada aceitou a providência cautelar apresentada pela Newtour e a MS Aviation para suspender os efeitos da anulação da privatização de entre 51% e 85% da Azores Airlines, deliberada pelo Governo Regional dos Açores a 2 de maio. O único consórcio admitido pelo júri do concurso público alega que ordem dada à administração da SATA é ilegal e vai avançar para a impugnação.

A providência cautelar deu entrada no dia 30 de maio, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada, tendo o Governo sido citado da decisão esta terça-feira.

O consórcio Newtour/MS Aviation foi considerado o único candidato viável à aquisição da Azores Airlines, que faz parte do grupo SATA, que é integralmente detido pela Região Autónoma dos Açores. O júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, apontou a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a sustentabilidade futura da companhia aérea que faz as ligações internacionais e ao continente. Também os sindicatos se manifestaram contra a operação.

O Governo acabaria por deliberar, a 2 de maio, pela anulação do concurso público da privatização, “devido à alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia aérea”, após um parecer do conselho de administração da SATA Holding onde também se recomenda o cancelamento da venda. Decisão que a Newtour/MS Aviation contestou em tribunal.

A providência cautelar visa “suspender o ato administrativo consubstanciado na Deliberação de 2 de maio de 2024, emanada pelo Governo Regional, da Região Autónoma dos Açores nos termos da qual aquele órgão determinou – através de um comando ilegalmente dirigido ao Conselho de Administração da SATA Holding, S.A. –, a anulação do processo de privatização da SATA Internacional – Azores Airlines, S.A“.

Consórcio alega que Governo Regional não podia dar ordem à SATA para cancelar privatização

Na ação, o consórcio alega que a anulação da privatização “viola, de forma flagrante, a legislação portuguesa em vigor”. Aponta três ordens de razões: “O Governo Regional ter amplamente extravasado os poderes inerentes à superintendência que a lei lhe confere”; A deliberação ter incorrido em “frontal violação de norma hierarquicamente superior, atendendo a que um ato administrativo não tem a virtualidade de ir contra um diploma regulamentar; e a lei não conferir ao Governo “o poder de se imiscuir na esfera de competência do Conselho de Administração” da SATA Holding (…)”.

A providência cautelar alega que nos termos do caderno de encargos “a competência para anular o concurso cabe ao Conselho de Administração da SATA Holding, S.A”. No entanto, “o Conselho de Administração da SATA Holding, S.A., interpretou e aceitou a Deliberação de 2 de maio como uma ordem expressa e direta no sentido de anular o processo de privatização“.

Para o consórcio, ao atuar no exercício de funções administrativas, o Governo Regional “não tem poder para emanar ordens, razão pela qual a deliberação se encontra ferida de ilegalidade“.

A admissão pelo Tribunal da Providência Cautelar é mais uma prova de que o processo, que o Governo Regional dos Açores toma por encerrado, ainda não acabou. A admissão da Providência Cautelar impede que seja executada a deliberação do Governo Regional dos Açores.

Tiago Raiano

Representante do consórcio Newtour/MS Aviation

“A admissão pelo Tribunal da Providência Cautelar é mais uma prova de que o processo, que o Governo Regional dos Açores toma por encerrado, ainda não acabou”, afirma Tiago Raiano, representante do consórcio Newtour/MS Aviation, numa declaração enviada ao ECO. “A admissão da Providência Cautelar impede que seja executada a deliberação do Governo Regional dos Açores“, sublinha.

“O consórcio Newtour/MS Aviation apenas foi notificado de uma proposta de decisão do Conselho do Governo que foi anunciada publicamente e, erradamente, assumida por todos, como definitiva. É importante referir que cabe ao Conselho de Administração da SATA, e não ao Governo, propor o cancelamento do concurso. E isso nunca aconteceu”, argumenta.

Além da providência cautelar, o consórcio pretende avançar com a impugnação da deliberação do Governo: “Mais se refere que a presente providência é apresentada preliminarmente à proposição de ação de impugnação do ato administrativo contido na Deliberação de 2 de maio de 2024 do Governo da Região Autónoma dos Açores”.

Na deliberação de 2 de maio, o Governo Regional refere que lhe cabe autorizar a alienação da Azores Airlines, “nos termos e para efeitos do previsto no n.º 1 do artigo 46º do Decreto Legislativo Regional n,º 7/2008/A, de 24 de março, na sua atual redação.

(notícia atualizada às 14h10)

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Taxa de sucesso das mediações do Mediador de Crédito mantém-se nos 65%

Apesar de uma ligeira queda de 2% no número de processos abertos em 2023, o Mediador de Crédito manteve inalterada a sua taxa de sucesso acumulada desde 2009.

O Mediador de Crédito, que recentemente teve uma alteração da sua liderança com a nomeação de Ana Margarida Machado de Almeida para o cargo de mediadora do crédito, iniciou 505 processos no ano passado, menos 2% face aos 517 registados em 2022, revela o relatório e contas do ano passado publicado esta quarta-feira.

A diminuição no número de processos, embora pequena, reflete um panorama económico ainda influenciado por vários fatores externos, como a guerra na Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza, além das persistentes tensões inflacionistas. Estes fatores contribuíram para um ambiente financeiro desafiador, exigindo uma adaptação constante dos mecanismos de mediação de crédito.

Os processos enquadrados nas competências do Mediador do Crédito dizem respeito, em regra, a pedidos de mediação relacionados com determinado produto ou situação creditícia (renegociação ou obtenção de crédito), ou a pedidos de esclarecimentos ou de informações em matéria de crédito, sendo, como tal, subsequentemente classificados como processos de mediação ou processos de esclarecimentos”, refere o relatório e contas.

O mediador do crédito, figura instituída em 2009, visa a “defesa e a promoção dos direitos, garantias e interesses legítimos de quaisquer pessoas ou entidades que sejam parte em relações de crédito, bem como contribuir para melhorar o acesso ao crédito junto do sistema financeiro“, segundo a página oficial.

Dos 505 processos abertos, 447 foram enquadrados nas competências do Mediador do Crédito. Destes, 17 eram processos de mediação, 2 de outras intervenções, 402 de esclarecimentos e 26 processos arquivados. O documento revela ainda que a maioria dos pedidos (68%) veio diretamente dos requerentes, enquanto 30% foram encaminhados pelo Banco de Portugal e 1% pelo Ministério das Finanças.

No que se refere aos assuntos tratados no âmbito dos processos de mediação, a “Renegociação de créditos” de particulares representou 65% do total dos processos abertos em 2023, enquanto os processos relativos à mediação de “Outros assuntos”, requerida por particulares, tiveram um peso de 29%, englobando pedidos enviados a instituições de crédito, para resolução e esclarecimento de

Sob a liderança de Maria Clara Domingues Machado, que iniciou funções em 2012 e manteve-se no cargo até muito recentemente, o Mediador de Crédito apresentou uma taxa de sucesso de 92% das mediações concluídas no ano passado para os processos abertos nesse ano.

Considerando também os processos transitados de anos anteriores, a taxa de sucesso global foi de 56%, mantendo-se uma taxa de sucesso acumulada de 65% desde 2009, mantendo-se inalterada face à verificada até ao final do ano precedente. “Ou seja, num número significativo de casos, foi possível alcançar o resultado visado pela mediação, i.e., o
acordo entre o cliente bancário e a instituição de crédito”, lê-se no documento.

O relatório e contas refere ainda que, já no primeiro trimestre de 2024, foram abertos 119 processos até ao dia 26 de março, menos 20% face aos 149 processos no mesmo período do ano passado.

O relatório de contas destaca ainda que o Mediador do Crédito continuou a investir na promoção literacia financeira, nomeadamente na “prestação de esclarecimentos em matéria de crédito no contexto dos processos de esclarecimentos e dos processos de mediação”, lê-se no documento.

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Custos de construção de habitação nova aumentam 3,4% em abril. É a maior subida num ano

O aumento dos custos de construção de casas novas registado em abril deveu-se ao crescimento de 8,1% dos custos com a mão-de-obra, que alcançou o maior aumento homólogo desde novembro.

Em abril, os custos de construção de habitação nova, expresso pelo Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) registaram um aumento de 3,4% em termos homólogos, uma aceleração face aos 2,3% observados em março e a maior desde abril do ano passado.

Além disso, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), há quatro meses seguidos que os custos de construção registam aumentos em cadeia. Em abril foi contabilizado um aumento de 1,2%.

Este crescimento foi impulsionado quase exclusivamente pelo aumento significativo de 8,1% nos custos de mão-de-obra, dado que os preços dos materiais registaram uma correção homóloga de 0,2%, segundo o relatório publicado pelo INE. Desde novembro que não se assistia a uma taxa homóloga tão expressiva.

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Segundo dados do INE, a mão-de-obra tem sido o principal fator de pressão nos custos de construção este ano, que se tem refletindo num aumento mensal médio de 1,09% face a um aumento de apenas 0,4% por mês dos materiais entre janeiro e abril.

O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,5 pontos percentuais (2,9 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com -0,1 pontos percentuais (-0,6 pontos percentuais em março)”, refere o INE.

Se a subida nos custos de construção continuar a evidenciar-se ao nível atual, é expectável que provoque repercussões significativas no mercado imobiliário, influenciando tanto os preços finais das habitações novas como as margens de lucro das empresas construtoras.

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Cuatrecasas assessora Banca March na compra de 40% da empresa que controla a Lusoponte

A equipa da Cuatrecasas envolvida nesta operação foi coordenada pelo advogado da área de Societário e M&A Francisco Santos Costa.

A Cuatrecasas assessorou a Banca March na aquisição de uma participação num veículo da Serena Industrial Partners que adquiriu ao Novo Banco uma participação de 40% da Lineas – Concessões de Transportes. A Lineas é a empresa que controla 50,5% da Lusoponte, concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa, e 80,8% da concessão da Autoestrada do Douro Interior, com 242 quilómetros de extensão.

Esta operação concretiza-se através do lançamento da March Lusitana, um veículo de capital de risco que proporcionará aos clientes da March a possibilidade de fazerem um co-investimento e participar na operação”, explica o escritório em comunicado.

A equipa da Cuatrecasas envolvida nesta operação foi coordenada pelo advogado da área de Societário e M&A Francisco Santos Costa e incluiu, da mesma área, Jorge Canta Díaz de Guereñu e Jorge Serrote, e da área de Fiscal Serena Cabrita Neto, Fernando Remón Peñalver e Ana Helena Farinha, entre outros advogados das áreas de Bancário & Financeiro, Laboral, Penal e Compliance, Público, e Propriedade Intelectual.

Para a Banca March trata-se de um investimento em infraestruturas emblemáticas, das mais significativas da Europa, que poderá proporcionar um potencial de crescimento ainda maior ligado à previsível extensão das concessões, à promoção do turismo e aos novos desenvolvimentos imobiliários e infraestruturais previstos para Portugal.

O restante capital da Lineas – Concessões de Transportes, 60%, permanecerá nas mãos da construtora Mota-Engil.

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Fundo de Resolução diz que tem “sólida justificação” para comprar 4,14% do Novobanco ao Estado

A entidade que funciona junto ao Banco de Portugal e é liderada pelo vice-governador, Luís Máximo dos Santos pagou 128,67 milhões de euros por 4,14% do capital do banco.

O Fundo de Resolução (FdR) informou que a opção de adquirir 4,14% do Novobanco ao Estado através dos direitos de conversão que lhe foram atribuídos “apresenta sólida justificação económica e financeira”.

A entidade, que funciona junto ao Banco de Portugal e é liderada pelo vice-governador, Luís Máximo dos Santos pagou 128,67 milhões de euros por 4,14% do capital do banco. Com esta decisão, o FdR incrementará a sua participação para 13,54% do capital social do banco.

“O Fundo de Resolução, na qualidade de acionista do Novo Banco, decidiu exercer o direito previsto no Regime Especial Aplicável aos Ativos por Impostos Diferidos (“REAID”) (aprovado pela Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto), de adquirir ao Estado os direitos de conversão que lhe foram atribuídos, relativamente às contas do Novobanco reportadas a 2020”, referiu o Fundo de Resolução, em comunicado.

A participação do FdR no Novobanco começou por ser de 25% quando a instituição foi vendida ao fundo norte-americano Lone Star em 2017. Desde então a posição tem sido diluída através do regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos, com os créditos tributários a darem direitos de conversão ao Estado, que assim já atingiu uma participação de 11,46% no Novobanco.

“O Fundo de Resolução concluiu, com base nas análises que desenvolveu e naquelas que obteve externamente, que – nas condições que lhe são aplicáveis no presente caso –, o exercício do direito potestativo nesta concreta situação apresenta sólida justificação económica e financeira”

“Conforme anunciado pelo Novobanco, e em cumprimento do referido regime jurídico, o banco constituiu uma reserva especial no montante de EUR 128, 67 e atribuiu ao Estado 480.48 milhoes direitos de conversão, por efeito do crédito tributário emergente do período de tributação de 2020″, refere o FdR, em comunicado.

(Notícia atualizada às 11h31)

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Portugal teve a 9ª taxa de inflação mais baixa na OCDE em abril

A inflação permaneceu estável na OCDE em abril, nos 5,7%. Em dois terços dos países a taxa recuou, incluindo em Portugal.

A inflação voltou a estabilizar nos 5,7% na OCDE, em abril. A inflação recuou em cerca de dois terços dos 38 países da OCDE, incluindo em Portugal, que registou a nona taxa mais baixa, de 2,2%.

As quedas mais pronunciadas na taxa de inflação em abril foram na Estónia, Reino Unido, Islândia, Luxemburgo, Áustria e Eslovénia. Em sete países da OCDE, a inflação já está abaixo dos 2%, a meta de médio prazo do Banco Central Europeu para este indicador.

Já em Portugal, a inflação desacelerou de 2,3% para 2,2% em abril. É de salientar, ainda assim, que a estimativa rápida de maio do Instituto Nacional de Estatística aponta para uma subida desta taxa para 3,1%. Na Zona Euro, a inflação harmonizada foi de 2,4% em abril, tendo permanecido estável.

Olhando para os vários grupos de países, no G7 a taxa de variação do índice de preços foi de 2,9%, tendo registado uma ligeira queda. Já no G20, a inflação estabilizou nos 6,9%, com aumentos na China e Argentina. Já no Brasil e na África do Sul a inflação recuou.

Quanto à inflação subjacente, que exclui preços mais voláteis como a energia e a alimentação, esta abrandou de 6,4% para 6,2% em abril, no conjunto dos países da OCDE. Em três quartos dos países registou-se uma redução deste indicador.

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Convencionados do SNS estão a “financiar-se na banca porque não recebem a tempo e horas”, acusa ministra da Saúde

Ana Paula Martins reiterou ainda que terá de ser feita "uma avaliação profunda aos indicadores económicos e sociais das ULS" e que há "atribuições que estavam definidas na ARS" a viver em duodécimos.

A ministra da Saúde acusa o anterior Governo de não ter preparado “nenhum plano estratégico para a desativação das Administrações Regionais de Saúde” e diz que as entidades convencionadas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “não estão a receber a tempo e horas” e, por isso, estão a “financiar-se na banca”, dado que a transição “não foi preparada”.

“Os convencionados não estão a receber a tempo e horas. Estão a financiar-se na banca porque não conseguem receber a tempo e horas. E porque é que não conseguem receber a tempo e horas? Porque não foi preparada esta transição de forma a que as estruturas hospitalares, que são quem gere hoje as ULS, tenham gente capacitada e tenham sistemas de informação para poderem fazer este trabalho”, afirmou Ana Paula Martins, que está a ser ouvida esta quarta-feira, na comissão de Saúde, no Parlamento.

Nunca houve falta de dinheiro para pagar aos convencionados”, garantiu a ministra, apontando que a razão diz respeito à ausência de um “plano estratégico para a desativação das ARS” e mais precisamente à falta de um sistema de pagamento, dado que o sistema de pagamento a convencionados deixou de estar em funcionamento a 31 de março. Os convencionados são entidades do setor privado e social que têm acordos com o SNS para a prestação de cuidados de saúde.

A ministra da Saúde referiu ainda que esta falta de preparação na extinção das ARS está a originar que haja “neste momento 1.000 pessoas da Administração Pública, muitas delas altamente qualificadas, que não sabem para onde vão”. Além disso, estão também “por definir comissões liquidarias que vão ter que trabalhar, pelo menos até ao final de 2024, para estabelecer a questão da devolução patrimonial”, indicou. “A ARS de Lisboa e Vale do Tejo tem 110 milhões de euros de dívida. Não está acautelado como é que ela vai ser paga, onde ela vai parar“, acrescentou.

A ausência de um plano estratégico para as ARS, segundo a ministra, fez com que “muitas das atribuições” da organismo deixassem de ter “existência no Orçamento do Estado e estão a viver de duodécimos, que todos meses transferimos para poder pagar ordenados”.

Ana Paula Martins admitiu ainda que o Governo vai “diminuir” algumas das competências das direção executiva do SNS, mas garantiu que não quer colocar “em risco” as reformas em curso. No entanto, reiterou que terá que ser feita “uma avaliação profunda dos indicadores económicos e sociais das ULS”, nomeadamente nos “hospitais universitários que terão de ser avaliados muito rapidamente” dado que “estão a entrar numa situação muitíssimo difícil”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h35)

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Tribunal da UE retira à McDonald’s exclusividade da marca ‘Big Mac’

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

O Tribunal Geral da União Europeia retirou à McDonald's a exclusividade da marca 'Big Mac', após a multinacional norte-americana de restauração rápida não ter demonstrado a "utilização séria".

O Tribunal Geral da União Europeia (UE) retirou hoje à McDonald’s a exclusividade da marca ‘Big Mac’, após a multinacional norte-americana de restauração rápida não ter demonstrado a “utilização séria” da mesma.

Em causa está uma queixa apresentada pela empresa irlandesa de restauração rápida Supermac’s que, em 2017, apresentou um pedido de extinção da marca ‘Big Mac’ na UE em relação a sanduíches de aves e à base de aves e serviços “prestados ou relacionados com a exploração de restaurantes e de outros estabelecimentos ou instalações de restauração para consumo e do ‘drive-in’ e com a confeção de comida para fora”, segundo um comunicado do tribunal.

A Supermac’s alegou que a McDonald’s, que detém a marca desde 1996, não demonstrou a utilização séria na UE em relação aos produtos referidos durante um período ininterrupto de cinco anos.

Com o acórdão hoje proferido, o Tribunal Geral anula e reforma parcialmente uma decisão do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia, que tinha incluído os produtos e sanduíches à base de aves na proteção conferida à McDonald’s pela marca ‘Big Mac’, bem como a serviços relacionados com a exploração de restaurantes.

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Antigo secretário de Estado nega ter tido conhecimento da indemnização a Cristina Dias na CP

  • Lusa
  • 5 Junho 2024

Sérgio Monteiro, que tutelava o setor das infraestruturas na altura em que a agora secretária de Estado da Mobilidade saiu da CP, garantiu no Parlamento que desconhecia a indemnização a Cristina Dias.

O antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro negou esta quarta-feira ter tido conhecimento da indemnização paga à antiga administradora da CP – Comboios de Portugal e atual secretária de Estado Cristina Dias e garantiu que não houve qualquer aprovação da sua parte.

Se nós tínhamos conhecimento de qualquer indemnização atribuída a partir da nomeação [para a AMT]? […] a resposta é não, nem desta nem das outras 3.000 rescisões e indemnizações que aconteceram no setor que eu tinha a responsabilidade de tutelar“, afirmou esta quarta-feira o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação.

O ex-governante foi chamado ao Parlamento por requerimento do Chega, uma vez que exercia funções governativas na altura da saída de Cristina Dias da CP – Comboios de Portugal. “Nunca, nenhuma indemnização, valor, foi à secretaria de Estado para aprovação”, garantiu.

“Não houve qualquer aprovação da minha parte, nem formal, nem por meios telemáticos”, reiterou Sérgio Monteiro.

Sérgio Monteiro disse não se recordar se informou o presidente da CP sobre a nomeação de Cristina Dias para a AMT, mas considerou que não é relevante, dado que se tratava de um “facto público e notório, independentemente das conversas que tenham acontecido”.

O antigo secretário de Estado disse ainda que, na sua perspetiva, a renúncia de Cristina Dias ao cargo na CP no dia 22 de julho de 2015 e a nomeação para a AMT no dia seguinte é uma “situação normal”, porque aguardou pelos pareceres necessários da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) e da Assembleia da República para o desempenho das funções e só depois pediu a sua renúncia.

Sérgio Monteiro vincou que não interferiu nas decisões das empresas públicas e que apenas determinou uma regra para os processos de rescisões por mútuo acordo, que foi a impossibilidade de os trabalhadores receberem subsídio de desemprego após a saída.

Indemnização a Cristina Dias passou das questões da legalidade para a ética

O antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro considerou ainda que o debate sobre a saída de Cristina Dias da CP para a AMT passou das questões da legalidade para as da ética, que “ficam no juízo de cada um”.

Julgo que já passamos das questões da legalidade para as questões de ética“, afirmou o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, em resposta ao deputado do Chega Filipe Melo, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação.

O antigo governante acrescentou que as questões de ética “não são menos importantes”, no caso da rescisão por mútuo acordo pedida pela atual secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Dias, para sair da CP — Comboios de Portugal e integrar o Conselho de Administração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

A ética e moral ficam no juízo de cada um, eu não sou polícia, nem ético, nem moral de quem quer que seja”, vincou Sérgio Monteiro, acrescentando que, na sua perspetiva, o programa de rescisões por mútuo acordo “correu muito bem” e foi “determinante” para a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo e, mais tarde, do Programa de Assistência Económico-financeira.

Em 19 de abril, o Correio da Manhã noticiou que Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, saiu da CP em julho de 2015, com uma indemnização de cerca de 80.000 euros, e foi depois ganhar como administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), convidada pelo governo PSD/CDS-PP, um salário e despesas de representação na ordem dos 13.440 euros por mês, quase o dobro dos 7.210 euros que recebia na CP.

(Notícia atualizada às 12h40 com mais declarações de Sérgio Monteiro)

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