Fábrica de sofás de Lordelo abre cinco lojas em Portugal e “senta-se” em Joanesburgo

Após estrear-se em Lisboa, a Suffa prepara-se para abrir mais cinco lojas em território nacional e uma na África do Sul. Vende dez mil sofás por ano, emprega 55 pessoas e fatura 5,2 milhões de euros.

A Suffa, fabricante de sofás premium localizada em Lordelo, no concelho de Paredes, prepara-se para abrir mais cinco lojas no prazo de um ano, depois de ter aberto um primeiro espaço comercial em Lisboa, em fevereiro deste ano.

Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria são os destinos que estão na mira da empresa, o que representa um investimento de 600 mil euros e 15 novos postos de trabalho. Paralelamente, já no final de julho vai inaugurar uma loja na África do Sul, em Joanesburgo.

A empresa nortenha, que trabalha há mais de 12 anos para os mercados internacionais no segmento de private label, vende dez mil sofás por ano, sobretudo para o mercado francês. Emprega 55 pessoas e fatura 5,2 milhões de euros.

“Não trabalhamos para o mercado nacional e consideramos que, depois de 12 anos a trabalhar para os mercados internacionais, sentimos que deveríamos mostrar em Portugal aquilo que sabemos fazer. Depois de uma análise de mercado percebemos que somos suficientemente diferenciadores e que havia espaço para nos apresentarmos no mercado diretamente ao consumidor final”, conta o CEO André Fernandes, em declarações ao ECO/Local Online.

André Fernandes, CEO da Suffa Suffa

A Suffa foi fundada em 2010 pelo pai de André Fernandes, Manuel Fernandes, um empresário ligado à indústria do mobiliário há mais de 30 anos. O gestor, que pertence à segunda geração, assume que “desde muito novo acompanhava o pai no mundo dos estofos e dos sofás, e que [foi] crescendo neste meio”.

Licenciado em Informática de Gestão na Universidade Portucalense, André Fernandes trabalhou cinco anos na área de consultoria, mas em 2012 decidiu abraçar o projeto fundado pelo pai. Atualmente detém a empresa a 100%, embora o fundador continue a trabalhar e assuma o papel de principal conselheiro.

E foi precisamente no momento em que o gestor entrou na empresa que começou a aposta na internacionalização. França é o principal mercado da Suffa, representando 80% do volume de negócios, seguido de Espanha, Canada e Israel.

Em declarações ao ECO/Local Online, André Fernandes assume o objetivo de continuar a abrir mais lojas próprias da marca portuguesa, e tem nos planos de médio prazo abrir mais espaços comerciais na África do Sul e também em Marrocos.

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Governo quer evitar que sociedades de advogados assessorem o Estado

A ministra da Justiça, ex-sócia de uma das grandes sociedades do mercado, a PLMJ, pretende "capacitar a Assessoria Jurídica dentro do Estado, com menor exposição a interesses de terceiros".

Reforçar o recurso aos gabinetes jurídicos do Estado, evitando o uso excessivo de assessoria jurídica externa, ou seja, sociedades de advogados, é uma das medidas previstas no pacote de combate à corrupção, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. A ministra da Justiça, Rita Júdice, ex-sócia de uma das grandes sociedades do mercado, a PLMJ, pretende assim “capacitar a Assessoria Jurídica dentro do Estado, com menor exposição a interesses de terceiros”, explica o documento.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhado pela a ministra da Justiça, Rita Júdice, à chegada para participarem na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, na residência oficial, no Palácio de São Bento, Lisboa, 20 de junho de 2024.ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Todos os anos, o Estado gasta milhões de euros na contratação de sociedades de advogados, apesar de ter uma equipa interna com cerca de 20 juristas. O JurisurisAPP foi criado pelo Governo em 2017 com uma equipa a trabalhar exclusivamente para o setor público, contribuindo com consultoria, assessoria e aconselhamento jurídicos.

O Centro de Competências Jurídicas do Estado é “um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa e está sujeito ao poder de direção do Primeiro-Ministro ou do membro do Governo em quem aquele o delegar”, segundo se pode ler no site da JurisAPP.

“O JurisAPP tem por missão prestar consultoria, assessoria e aconselhamento jurídicos, bem como informação jurídica em matéria de contratação pública, procedimentos contraordenacionais e procedimentos disciplinares, aos membros do Governo, ficando, igualmente, responsável por assegurar a representação em juízo do Conselho de Ministros, do Primeiro-Ministro e de qualquer outro membro do Governo organicamente integrado na Presidência do Conselho de Ministros ou que beneficie dos respetivos serviços partilhados, incluindo nos processos que correm perante o Tribunal Constitucional e o Tribunal de Contas”, acrescentam.

Agora, esta agenda anti-corrupção, no capítulo “Prevenção no Estado – Garantir Políticas Públicas robustas à corrupção”, explica que o objetivo é “potenciar a assessoria jurídica do Estado, em matérias ou projetos cuja complexidade ou dimensão não aconselhe de modo diverso, mediante o recurso prioritário aos gabinetes jurídicos do Estado e ao Centro de Competências Jurídicas do Estado (JurisAPP)”.

E, apesar da medida ser considerada como uma das 32 medidas previstas neste plano, a ideia não é inovadora. A lei já prevê que “os estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria, bem como quaisquer trabalhos especializados e a representação judiciária e mandato forense, devem ser realizados por via dos recursos próprios das entidades contratantes”. E diz ainda que “a decisão de contratar a aquisição de serviços ao setor privado que tenham por objeto estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria ou outros trabalhos especializados, incluindo a renovação de eventuais contratos em vigor, apenas pode ser tomada em situações excecionais devidamente fundamentadas, desde que demonstrada a impossibilidade de satisfação das necessidades por via de recursos próprios da entidade contratante e após autorização do membro do Governo responsável pela área setorial, podendo esta competência ser delegada no dirigente máximo do serviço ou da entidade”.

 

Desde 2015 a dezembro do ano passado, segundo contas feitas pelo Público, os escritórios que mais lucraram com o cliente Estado foram a Vieira de Almeida, em primeiro lugar – com 26 milhões – seguida da Cuatrecasas (12.7 milhões) e da Sérvulo (12.4 milhões), que encabeçam o ranking de ajustes diretos. Nestes, estão incluidos os contratos de milhões a assessorar o Banco de Portugal, sem concurso público. A seguir na lista vem a Morais Leitão (com cerca de 7 milhões) e a PLMJ, com cerca de 6 milhões.

Nessa lista estão ainda a Miranda, Abreu Advogados, CMS de José Luís Arnaut e a Uría.

O Orçamento do Estado para este ano, na parte que analisa os gastos em estudos, pareceres, projetos e consultadoria, onde se incluem os pareceres jurídico e a assessoria, prevê gastar 284,4 milhões de euros, mais 38,7 milhões de euros que o previsto para 2023 (245.644.213 euros). E bem mais do que os 181.535.534 euros previstos para 2022 e quase o dobro dos 136.200.249 alocados em 2021.

Regulamentar, de uma vez por todas, o lóbi, ter atenção às autarquias e a sua relação com empresas locais, voltar a pôr na agenda a delação premiada, reforçando o seu alcance, criar uma “lista negra” de fornecedores do Estado e recorrer mais vezes aos advogados do Estado e menos a sociedades de advogados. Estas são algumas das medidas incluídas na agenda anticorrupção, que contabiliza 32 medidas, uma promessa e prioridade assumida pelo Governo de Luís Montenegro desde o primeiro momento e que foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

Outra das medidas anticorrupção apresentadas e aprovadas esta quinta-feira pelo Governo é a criação de um novo mecanismo de perda alargada de bens. Com esta medida, o Executivo pretende combater o enriquecimento ilícito, fazendo assim reverter a favor do Estado bens e proventos económicos da corrupção.

Este mecanismo pode incluir, em certos casos, a dispensa do pressuposto da condenação. O instrumento, que visa combater o enriquecimento ilícito, pretende assegurar que os corruptos não ficam com o produto da sua conduta criminosa — que, de acordo com dois diplomas já em vigor, presume-se que abranja a diferença entre o património e os rendimentos declarados no IRS e os sinais de riqueza exibidos, embora o arguido tenha sempre a possibilidade de provar que esta presunção não é verdadeira.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, disse ainda que o mecanismo de perda alargada de bens pode ser aplicado mesmo no cenário de arquivamento de processos. “Já existe um mecanismo de perda alargada de bens, mas queremos incrementar para ser mais eficaz. Este mecanismo pode ser aplicado mesmo que não haja condenação e que o processo seja arquivado”, afirmou a governante, no briefing realizado após a reunião do Conselho de Ministros. Rita Alarcão Júdice considerou o mecanismo de perda alargada de bens como “uma das medidas-chave” aprovadas neste pacote de mais de 30 medidas.

“A melhor forma de combater o enriquecimento ilícito é assegurar a devida perda da vantagem do crime e que se percecione que o crime não compensa”, sublinhou.

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SDLE apresenta as suas câmaras de visão noturna para tanques de guerra e o seu compromisso com a mais recente tecnologia de defesa no Salão de Paris

  • Servimedia
  • 21 Junho 2024

Ao longo desta semana, decorreu em Paris uma nova edição da Eurosatory, a feira de referência no setor da defesa, onde as empresas espanholas participantes tiveram um papel de destaque.

No caso da SDLE (Star Defence Logistics & Engineering), uma das empresas líderes em desenvolvimento tecnológico no fornecimento de soluções nos mercados civil e militar, e atualmente um dos maiores fornecedores de material à Ucrânia, a apresentação das suas câmaras de visão noturna para veículos blindados foi um sucesso.

A empresa, com sede em Móstoles (Madrid), desenvolve nas suas instalações sistemas optrónicos, que estão incluídos na modernização dos tanques Leopard, para diferentes países, incluindo o exército espanhol.

A grande aposta da SDLE na Eurosatory foi a apresentação do sistema de visão Fornax. Segundo a empresa, trata-se de uma câmara que pode ser aplicada em múltiplos campos, desde a vigilância de fronteiras até aos veículos militares. Além disso, a SDLE concebeu um sistema de bateria externa, com um peso de quatro ou cinco quilos, que permite uma autonomia de até três dias de funcionamento contínuo. A câmara térmica pode detetar uma pessoa a uma distância de mais de 11 quilómetros, identificá-la a três quilómetros e reconhecê-la a 1,5 quilómetros. A eficácia da câmara já foi validada pela empresa com testes em que a câmara detetou um drone a 18 quilómetros.

Outra novidade em matéria de sistemas optrónicos é a câmara Lwir de terceira geração, orientada para as missões de vigilância e de reconhecimento. Segundo a SDLE, a câmara será integrada no tanque Leopard 2A4 e pode detetar pessoas a uma distância superior a 7 quilómetros, identificá-las a 2 quilómetros e reconhecê-las a um quilómetro.

No salão de Paris, que termina hoje, a empresa espanhola expôs também a câmara térmica Mwir, já instalada em 13 veículos de combate Centauro do exército espanhol, com o objetivo de a incluir no resto da frota.

Para além das câmaras de visão noturna, a SDLE também apresentou em Paris um dos seus desenvolvimentos em drones não tripulados, o Melkor 225, que tem capacidade para transportar uma carga de 2,5 quilos e uma autonomia de até três horas.

No âmbito do plano de desenvolvimento e crescimento da empresa, a SDLE adquiriu, há algumas semanas, o software de segurança informática Pandora, com o qual criou uma área de negócio de cibersegurança e ciberinteligência. Este software é especializado em proteção, análise e vigilância avançada para operadores governamentais com funções de segurança.

 

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Prémio de risco da dívida europeia dispara com ascensão da extrema-direita

A subida das forças conservadoras e nacionalistas nas eleições europeias causou um aumento significativo dos spreads das obrigações soberanas na Zona Euro. O prémio de risco de França disparou 50%.

Os efeitos das eleições para o Parlamento Europeu não se fizeram apenas sentir no quadro político. Desde que foram conhecidos os resultados das últimas eleições europeias, que sinalizaram uma subida das forças conservadoras e nacionalistas em muitos países, que o mercado da dívida soberana europeia tem estado em alvoroço.

No espaço de poucos dias, o prémio de risco da maioria dos Estados-membros da Zona Euro face à Alemanha dilatou-se significativamente. Foi o caso de França, com o spread da yield das suas obrigações a 10 anos face às Bunds a disparar 50% no espaço de duas semanas. Se a 6 de junho o prémio de risco entre os dois títulos era de 50 pontos base, a 19 de junho encontrava-se nos 75 pontos base.

“Os mercados estão desconfortáveis com o menor alinhamento europeu com as metas orçamentais devido a maior fragmentação política em França e Alemanha sobretudo”, refere Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A forte pressão sobre os títulos franceses é uma resposta direta à obtenção de 31,5% dos votos do Rassemblement National, o partido de Marine Le Pen, que levou o Presidente Emmanuel Macron a dissolver a Assembleia Nacional e a convocar eleições legislativas antecipadas para 30 de junho.

“Uma deslocação política do centro, para qualquer que seja o extremo, implica adicionar mais despesa, aumentando a probabilidade de as despesas aumentarem de forma mais descontrolada, e por isso é que estamos a assistir a este aumento dos spreads“, refere João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa.

No entanto, não tem sido apenas o Tesouro francês a estar sob pressão dos investidores. Desde 9 de junho que o prémio de risco de Portugal, Bélgica e Países Baixos face à Alemanha aumentou, em média, 23%. No caso do Tesouro português, por exemplo, se o spread da yield das obrigações do Tesouro a 10 anos face às Bunds era de 61 pontos base a 6 de junho, na quarta-feira estava acima dos 75 pontos base.

Também sob pressão têm estado os títulos de dívida italianos. A vitória do Fratelli d’Italia de Giorgia Meloni, com 28% dos votos, que consolidou a sua posição como um dos principais influenciadores da política europeia, voltou a aproximar a yield das obrigações a 10 anos da barreira dos 4%, dilatando o prémio de risco face às Bunds em 27% para os atuais 152 pontos base.

“O aumento da incerteza é sempre negativo para os investidores”, refere Pedro Lino, CEO da Optimize, sublinhando ainda que, no caso de França, “as propostas dos partidos que podem ganhar incluem a nacionalização de algumas empresas ou medidas que poderiam colocar em causa a permanência da França no Euro”.

O Rassemblement National de Marine Le Pen conta com 33% das intenções de voto, seguido da coalização de esquerda Nova Frente Popular (28%) e da aliança centrista de Macron (18%) nas legislativas francesas que vão ter lugar a 30 de junho e 7 de julho, segundo um inquérito do Pollster IFOP, encomendada pela TF1 e o Le Figaro, e publicado esta segunda-feira no arranque da campanha eleitoral.EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Todos os holofotes estão agora sobre as eleições francesas

Com o recomeço do procedimento de défices excessivos, que está suspenso desde 2020 devido à pandemia de Covid-19, a Comissão Europeia pretende agora retomar uma disciplina fiscal mais rigorosa para assegurar que os países da União Europeia não acumulam dívidas insustentáveis, comprometendo a estabilidade financeira da região.

Foi exatamente isso que sinalizou a Comissão esta quarta-feira, ao declarar que a França e seis outros países (Bélgica, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia) deveriam ser disciplinados por terem défices orçamentais superiores aos limites da União Europeia, com prazos de redução a serem fixados em novembro.

A Itália, que atualmente carrega uma dívida de cerca de 138% do PIB e deverá crescer menos de 1% este ano, foi rápida a tranquilizar os mercados, com o ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, a afirmar a necessidade de o país ter uma abordagem responsável na gestão da política orçamental.

A pressão dos investidores sobre as obrigações soberanas europeias será assim um fator crucial para garantir que os governos sigam as trajetórias de consolidação acordadas com a Comissão Europeia.

Mas em França a reação dos investidores foi diferente, com a yield das obrigações francesas a disparar a uma velocidade como não se via desde 2011.

Esta reação dos investidores ressalta a importância de uma trajetória orçamental clara e responsável por parte de qualquer força política que assuma as rédeas do país, numa altura em que ganha espaço a ideia de o partido de Marine Le Pen ganhar as próximas eleições e levar avante algumas das suas propostas, que passam por uma política económica protecionista, aumento da despesa pública e a redução da idade da reforma.

“Sendo otimista, os spreads devem reduzir-se, mas devido à instabilidade crescente na sociedade francesa é natural que o prémio de risco se mantenha mais elevado, quando comparado como período pré-eleições”, antecipa Pedro Lino.

A pressão dos investidores sobre as obrigações soberanas europeias será, assim, um fator crucial para garantir que os governos sigam as trajetórias de consolidação acordadas com a Comissão Europeia.

Com todos os olhos postos nas próximas eleições francesas, a expectativa é que a pressão dos mercados continue a ser um fator decisivo para manter os governos europeus alinhados com as metas de consolidação orçamental, evitando uma fragmentação potencialmente desastrosa do espaço europeu.

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5 coisas que vão marcar o dia

Miranda Sarmento no Ecofin. INE mede o pulso aos preços da habitação, enquanto o Banco de Portugal avalia o endividamento da economia. S&P Global publica leitura rápida do índice PMI.

Ministro das Finanças reúne com homólogos no Luxemburgo. É também um dia para conhecer vários indicadores económicos relevantes. No Parlamento, vota-se a abertura de mais uma comissão de inquérito, desta vez sobre a gestão da Santa Casa. Veja aqui alguns dos tópicos que poderão marcar a atualidade esta sexta-feira.

Miranda Sarmento no Ecofin

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, representa Portugal na reunião do Ecofin, que junta os ministros das Finanças dos 27 Estados-membros da União Europeia. É também aqui, no Luxemburgo, que conhecerá as primeiras diretrizes da Comissão Europeia para começar a preparar o plano orçamental estrutural de médio prazo a submeter a Bruxelas na reta final do verão, ao abrigo das novas regras orçamentais.

Preços da habitação desaceleram?

O INE atualiza esta manhã a evolução do Índice de Preços da Habitação no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, os preços da habitação subiram 8,2%, travando 4,4 pontos percentuais face à escalada registada em 2022.

Como vai a recuperação económica?

A leitura rápida do índice dos gestores de compras (PMI), que será divulgada pela S&P Global, permitirá avaliar o ritmo da recuperação da economia da Zona Euro durante este mês de junho. Em maio, este indicador, muito seguido pelos investidores, fixou-se nos 52,2, mais do que os 51,7 registados no mês anterior e acima da marca de 50 que separa expansão e contração.

BdP mede endividamento da economia

O Banco de Portugal mede esta sexta-feira o endividamento da economia no mês de abril. Em março de 2024, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,3 mil milhões de euros e atingiu 801,7 mil milhões de euros, dos quais 441,7 mil milhões diziam respeito ao setor privado e 360 mil milhões ao setor público.

Mais uma comissão de inquérito?

A Assembleia da República vota em plenário as propostas do Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda para a abertura de uma comissão de inquérito à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que enfrenta uma grave situação financeira, sobretudo depois de uma aposta mal sucedida na internacionalização. Na quinta-feira, PS e PSD mostraram-se disponíveis para viabilizar a abertura desta comissão de inquérito.

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“Totalmente normal”, diz convidado de honra no jantar de Galamba com Startup Campus no JNcQUOI

Michael Liebrich, consultor especializado em energia, conta ao ECO que esteve no jantar pago pelo CEO do projeto e em que participou o ex-ministro. "Normal, podia acontecer em qualquer lado", afirma.

“Quem foi o convidado de honra? Fui eu”, assume Michael Liebreich. Em declarações ao ECO, Liebreich admite ser o misterioso “Michael” que o despacho do Ministério Público (MP) sobre a Operação Influencer diz ter estado presente no polémico jantar com João Galamba, na altura secretário de Estado da Energia, e com Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, CEO e administrador da Start Campus, respetivamente.

O jantar no restaurante JNcQUOI Ásia, em Lisboa, realizado a 19 de junho de 2022, foi uma das várias refeições que o então governante terá partilhado com os representantes do centro de dados em Sines, um armazém de informação digital que previa um investimento total de 3,5 mil milhões de euros. Segundo o MP, as refeições pagas por Salema, e em que também esteve presente Nuno Lacasta, na altura presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, indicam “um sentimento de permeabilidade e vontade de favorecer os interesses [da Start Campus]”.

Michael Liebreich é um dos sócios-gerentes da EcoPragma Capital e diretor executivo da Liebreich Associates. Entre as anteriores funções contam-se a de membro do grupo de trabalho para a eficiência energética do Reino Unido, de conselheiro da ONU para a Energia Sustentável para Todos e a de membro do conselho de administração da Transport for London. É também o fundador e colaborador sénior regular da Bloomberg New Energy Finance.

Em entrevista ao ECO realizada em Munique (Alemanha), onde esteve no palco da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizado pela empresa esta quinta-feira, Liebreich explicava a importância dos data centers para a Europa, quando falou sobre a presença no polémico jantar.

A digitalização é um dos “pontos de verdadeiro entusiasmo no sistema elétrico”, pois estamos a viver um momento na Inteligência Artificial “que é incrivelmente excitante e, de certa forma, também ameaçador”. O entusiasmo reside no facto de ajudar a empresas a gerir melhor o sistema e a obter mais capacidade nas linhas de transmissão porque podem geri-las digitalmente, argumenta.

“A parte ameaçadora é que vão ser necessários centros de dados muito grandes. Curiosamente, Portugal é um dos locais interessantes, com o desenvolvimento em Sines do Start Campus“, vincou. “É incrível e é o caminho certo a seguir. Participei um pouco nesse projeto”.

“Um dos problemas foi o facto de Galamba ter aceitado a ‘hospitalidade’ de um jantar 260 euros no restaurante. Quem é que foi o convidado de honra do jantar? Fui eu”, revelou o empresário e consultor especializado em energia.

João Galamba, que entretanto, em janeiro de 2023, acabaria por ser nomeado ministro das Infraestruturas, demitiu-se a 13 de novembro do ano passado, seis dias depois da demissão do próprio primeiro-ministro António Costa, também na sequência da Operação Influencer.

A 27 de abril deste ano, João Galamba, que é arguido no processo, disse à CNN Portugal que a Operação Influencer terá um de dois desfechos: ou um arquivamento ou uma absolvição, caso seja acusado.

Michael Liebrich, em entrevista ao ECO
Michael Liebreich, em entrevista ao ECO

Mesa para nove

O valor total do jantar foi de 1.301 euros, uma média de 260,3 por cada uma das cinco pessoas, segundo foi noticiado em novembro de 2023. No entanto, Michael Liebreich diz que, afinal, estavam nove pessoas no jantar, sem divulgar os nomes dos restantes convidados.

“O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas”, disse.

O problema é que a mesa estava reservada para cinco pessoas. A fatura do restaurante foi de 1.301 euros e, se fizermos a divisão, ele [Galamba] devia ter participado com 260 euros. Mas não eram cinco pessoas, eram nove pessoas.

Michael Liebreich

Empresário e consultor especializado em energia

Liebreich recorda como se apercebeu que aquele jantar estava na origem de um escândalo. “Eu não sabia nada sobre isso. Mas de repente houve um grande escândalo. E quando li que tinha a ver com o jantar, disse: ‘espera aí, em que data? Esse jantar foi o meu, foi organizado para eu conhecer as pessoas'”, relata.

Foi muito profissional e totalmente normal. Há pessoas que dizem que isto nunca aconteceria na Escandinávia. Errado. Acontece todo o tempo um jantar com um especialista visitante”, salientou.

Para Michael Liebreich, o próprio projeto nunca esteve na origem do escândalo, até porque o vê como de enorme importância.

“Enquanto país, Portugal deveria estar muito orgulhoso desse projeto porque a Europa tem agora dificuldade em construir estes grandes centros de dados“, explica. “Necessitam de muita eletricidade verde, 24 horas por dia, sete dias por semana. E se não conseguirmos resolver o problema por causa da proteção de dados ou da eletricidade, ficaremos atrás dos EUA e da Ásia, e eles colocarão estes grandes centros de dados no Golfo ou noutro local. É um problema sério”, resume.

“É claro que temos de fazer as coisas corretamente, não estou a dizer que temos de cortar caminhos“, conclui.

(O jornalista viajou para Munique a convite da EDP)

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EDP está “confortável” com estrutura e não planeia integrar Renováveis na “casa-mãe”, diz CEO

O CEO da energética disse que a estrutura atual, com a EDPR separada e cotada, não só dá visibilidade ao negócio como também "tem sido uma boa forma de levantar capital".

A EDP EDP 0,37% e a subsidiária EDP Renováveis EDPR 1,21% foram no mês passado obrigadas a rever em baixa os seus planos de investimento, para os ajustar às condições de mercado mais difíceis, mas o grupo não planeia integrar as duas empresas, porque a Renováveis atrai visibilidade e capital como entidade separada e cotada, explicou o CEO das duas empresas, Miguel Stilwell de Andrade.

Questionado se uma fusão, com a integração da EDP Renováveis na ‘casa mãe’, é analisada pelo board, o CEO disse que “obviamente é sempre uma opção”, mas adiantou que “o ponto aqui é que estamos confortáveis com a atual estrutura, portanto, só vamos mudar a estrutura, uma coisa que funciona, se houver condições boas para fazê-lo, se os prós forem maiores que os contras”.

Stilwell falou aos jornalistas no final da segunda edição da conferência “We Choose Earth Tour”, organizada pela empresa esta quinta-feira em Munique, Alemanha, que conta com líderes globais e empresários para debater um futuro mais sustentável para o planeta.

A EDP, em 2017, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP Renováveis, mas não teve sucesso.

Até este momento não houve condições para isso, não achámos que era oportuno, e, portanto, não temos nenhuns planos para voltar em integrar as duas”, salientou Stilwell de Andrade esta quinta-feira.

“Aliás, a EDP Renováveis têm momentos melhores e piores, mas a verdade é é que é das poucas empresas puras de renováveis que existe no mercado“, adiantou. “Há muitas delas, aliás, que já entraram na bolsa, já saíram da bolsa, e a EDP Renováveis tem-se mantido, e isso, para além de dar bastante transparência e visibilidade aos ativos e ao negócio, também tem sido uma boa forma de levantar capital”.

Stilwell de Andrade sublinhou que no ano passado a EDPR “levantou” mil milhões de euros na EDPR Renováveis, e, há três anos, 1.500 milhões de euros.

Nos últimos mesmos três anos, entre a EDPR e a EDPR Renováveis, levantámos 4.000 e 4.500 milhões de euros de capital. Portanto, quando se fala que as empresas portuguesas não estão capitalizadas, a verdade é que isso é mais do que a capitalização bolsista da maior parte das empresas portuguesas”, adiantou.

“Temos tido essa capacidade de atrair capital para ir crescer, e obviamente ter as duas, por agora, tem sido muito positivo”, explicou.

Jogar no meio campo

Pressionadas pela forte queda dos preços da energia, especialmente na Europa, e a manutenção de um ambiente de taxas de juro altas, entre outros fatores, as duas empresas cortaram em maio os planos de investimento até 2026.

A EDP explicou que irá fazer uma desaceleração do investimento, com 17 mil milhões de euros de investimento bruto, e que irá aplicar “critérios de investimento seletivos e disciplinados, priorizando o retorno sobre o volume”, enquanto cortou o plano em três mil milhões de euros.

Stilwell de Andrade justificou esta quinta-feira a decisão: “Qualquer negócio tem que ser realista e procura maximizar e acelerar ao máximo o seu potencial de crescimento.”

“Estamos num mundo onde, claramente, o custo de capital está muito mais alto, o preço de energia está mais baixo e, portanto, nós ajustámos, em função do nosso balanço, em função também destas perspetivas que nós vemos, ajustámos o nosso plano de investimento, que, ao mesmo tempo, continua a ser dezenas de milhares de milhões de euros ao longo deste período, até 2026″, adiantou.

“Ajustámos isso em função das condições de mercado e, aliás, isso foi reconhecido pelos investidores. Quando comunicámos as novas metas, que eram mais baixas, as nossas ações subiram”, disse.

Questionado se a EDP passou de uma estratégia de estar ao ataque para estar mais à defesa, o CEO respondeu: “Utilizando essa analogia, nós temos de ganhar o campeonato.”

“Às vezes, é preciso jogar entre o ataque e a defesa, mas, acima de tudo, temos de estar focados no objetivo final, que é ganhar o campeonato”, rematou o CEO em Munique, uma das cidades que acolhe o Euro 2024 de futebol masculino sénior.

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#8 Itália já não é invencível, Hjulmand toca no Céu e Sérvia no Inferno

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Não recordo um Europeu tão bom há muito tempo. Entre quem entre em campo o futebol tem sido o vencedor, com grandes exibições, golos de fora-de-área e muitas vezes uma narrativa dramática. É o terceiro dia consecutivo em que há um golo decisivo nos minutos finais, depois de Francisco Conceição no Portugal 2-1 Chéquia (92´) e Klaus Gjasula no Croácia 2-2 Albânia (95´). Luka Jovic, avançado da Sérvia, foi o mais recente ao impedir a vitória da Eslovénia, aos 95 minutos. Atenção a Jaka Bijol, defesa-central da Eslovénia. Seguiu-se o grande momento de Morten Hjulmand no Dinamarca x Inglaterra e o dia terminou com a Espanha a bailar uma salsa sobre a carbonara italiana.

Hoje, temos a Eslováquia x Ucrânia (14h00), Polónia x Áustria (17h00) e o grande jogo Países Baixos x França (20h00). Vamos a isso.

Os 3 Cantos do Dia

Fim da invencibilidade da Itália

Há dois tipos de pessoas: as que jogam dentro de campo e as que assistem nas bancadas. Para quem viu o jogo, não é difícil perceber quem foi a Espanha e quem foi a Itália. O conjunto de Luis de la Fuente anulou a Itália (sobretudo ofensivamente) desde o primeiro minuto e só não houve goleada graças a Gianluigi Donnarumma (fez oito defesas, quatro dentro de área). Nico Williams e Lamine Yamal deram dinamismo aos flancos, os médios espanhóis tomaram conta do jogo (Fabián Ruiz a brilhar novamente) e Marc Cucurella tem justificado a aposta. 10 jogos depois, a Itália volta a perder noEuropeu (série entre 2016 e 2024) e atenção que nunca foram derrotados mais que uma vez numa edição do Campeonato da Europa.

Hjulmand toca no céu e Kasper Schmeichel aproxima-se do pai

A Dinamarca e a Inglaterra empataram 1-1 na segunda jornada do Euro 2024. Aos 34 minutos, Morten Hjulmand, médio do Sporting, estreou-se a marcar pela seleção (nono jogo) com um fantástico golo. Já Kasper Schmeichel fez o jogo 102 e torna-se no segundo guarda-redes com mais internacionalizações pela Dinamarca, atrás de … Peter Schmeichel, o seu pai. Tem 129. Também a Inglaterra continua sem nunca ter ganho os dois primeiros jogos disputados num Campeonato da Europa. Depois de vencer a Sérvia com golo de Jude Bellingham, não foi além do empate com a Dinamarca.

Coletivo > Individualidades

Um grupo de 11 individualidades e uma equipa são conceitos diferentes no futebol. Não basta ter uma boa geração com talento para a máquina funcionar, tal como não basta ter um Ferrari se não o souberes conduzir. A Sérvia tem ótimos jogadores, mas não tem apresentado um bom coletivo e porventura mentalidade necessária. Não ganha há sete jogos em fases finais, sendo a pior marca da Sérvia. Caiu contra a Inglaterra e só não caiu com a Eslovénia por um milagre de Jovic. Há potencial para muito mais.

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Aprovada criação do primeiro doutoramento no Instituto Politécnico de Coimbra

  • Lusa
  • 20 Junho 2024

Foi aprovada a criação do doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental do Instituto Politécnico de Coimbra.

O Instituto Politécnico de Coimbra anunciou esta quinta-feira que foi aprovada a criação do doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental, o primeiro a ser ministrado neste estabelecimento de ensino superior conimbricense.

Segundo o Politécnico de Coimbra, o doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental é uma parceria do Politécnico de Coimbra com o Instituto Politécnico de Castelo Branco e o Instituto Politécnico de Viseu, em cooperação com o Instituto Politécnico de Santarém.

“Trata-se de um passo importante para o Politécnico de Coimbra e para as outras instituições envolvidas, porque vem provar aquilo que há muito se sabia: os Politécnicos têm massa crítica suficiente para ministrar doutoramentos”, sublinhou o presidente do Politécnico de Coimbra, Jorge Conde.

O responsável destacou ainda a relevância do tema do doutoramento, que é definido pela Comissão de Avaliação Externa (CAE) como “muito importante e inovador no sistema de ensino português”.

O doutoramento em Sustentabilidade Agro-Alimentar e Ambiental visa “formar massa crítica e profissionais de elevado nível com competências para apoiar o desenvolvimento de áreas rurais em regiões vulneráveis face às alterações climáticas e socioeconómicas, como a Região Centro de Portugal”.

O curso será ministrado, a partir de setembro, nas escolas superiores agrárias de Coimbra, Castelo Branco e Viseu, e na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, contando com a cooperação da Escola Superior Agrária de Santarém.

De acordo com o Politécnico de Coimbra, o relatório de avaliação da CAE aponta como pontos fortes desta proposta de curso de doutoramento a “designação atrativa que identifica uma temática atual e relevante nas suas dimensões científica e social”.

“Constitui-se como oferta inovadora no sistema de ensino superior português, o plano de estudos, o elenco de unidades curriculares e os seus conteúdos e a capacidade científica, a experiência e os meios para o desenvolvimento de atividades de investigação, nomeadamente a qualidade do corpo docente nas áreas de conhecimento do novo ciclo de estudos”, evidencia.

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PS diz que Comissão Europeia voltou a desmentir o Governo

  • Lusa
  • 20 Junho 2024

Decisão de retirar Portugal da lista dos países com desequilíbrios macroeconómicos "é mais uma vez a Comissão Europeia a desmentir o Governo", considera António Mendonça Mendes.

O PS considerou esta quinta-feira que a saída de Portugal do lote dos países com desequilíbrios macroeconómicos significa que a Comissão Europeia desmentiu o Governo, defendendo um “ato de contrição” do ministro das Finanças pelas críticas à estratégia socialista.

“A notícia de que Portugal sai da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos é uma boa notícia para Portugal e vem confirmar que o país fez uma grande evolução ao nível do crescimento do emprego, do crescimento das remunerações, da sua diminuição da dívida, tanto para as famílias como para as empresas, e também do ponto de vista da sua gestão orçamental. É a confirmação de que Portugal está mais preparado”, disse, em declarações à Lusa, o deputado do PS António Mendonça Mendes.

Para o antigo governante, esta decisão “é mais uma vez a Comissão Europeia a desmentir o Governo”. Mendonça Mendes recordou as declarações de Miranda Sarmento quer como líder parlamentar do PSD, quando defendeu que Portugal “não estava a fazer uma consolidação orçamental saudável”, quer já como ministro das Finanças, quando afirmou “que o país estava numa situação pior do que aquilo que o Governo anterior queria fazer crer”.

“É irónico que a declaração que o ministro das Finanças faz de elogio àquilo que foi a trajetória do país nos últimos dez anos quando disse exatamente o contrário quando era líder parlamentar e mesmo agora no início das suas funções como ministro das finanças”, apontou o socialista.

De acordo com Mendonça Mendes, o ministro das Finanças fez “um mau serviço ao país e foi desmentido logo na altura pela Comissão Europeia” quando colocou “em causa aquilo que eram os resultados orçamentais e os resultados da dívida do país”.

“É novamente desmentido e quando agora aparece a elogiar este caminho não fez um ato de contrição sobre aquilo que ele próprio disse como líder parlamentar e também no início como ministro das Finanças”, lamentou.

O antigo secretário de Estado antecipou ainda que, na próxima semana, Miranda Sarmento “tem uma boa oportunidade” para no Parlamento, em audição na comissão a pedido do PS, “assumir que errou como líder parlamentar quando criticou aquilo que era a estratégia de consolidação orçamental do país”.

“E agora diz exatamente o contrário daquilo que disse sem atribuir o mérito a quem tem que ser atribuído: às famílias, às empresas e também ao Governo que liderou essa altura que foi o Governo do PS”, apontou.

O deputado do PS avisou ainda que “é muito importante que os portugueses tenham consciência” que esta trajetória dos últimos anos está em risco tendo em conta “as medidas anunciadas por este Governo”.

“O Banco de Portugal, no seu relatório de primavera, foi muito claro: as medidas anunciadas pelo Governo são medidas que colocam em risco aquilo que são as contas públicas no próximo ano. Temos que estar muito atentos àquilo que é a ação do Governo para que não possamos desbaratar em pouco tempo aquilo que demorou tanto tempo a conseguir conquistar”, defendeu.

Na quarta-feira, o ministro das Finanças saudou a “notícia muito importante” de que Portugal foi retirado pela Comissão Europeia da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos, falando num “esforço muito significativo de correção” feito nos últimos dez anos.

“É uma notícia muito importante para o país. Nos últimos mais de dez anos, o país fez um esforço muito significativo de correção de vários desequilíbrios estruturais”, reagiu Joaquim Miranda Sarmento, em declarações à Lusa.

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Ageas Seguros abre Loja Premium em Ponte de Sor

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

A marca Não Vida do grupo Ageas Portugal já ultrapassou 200 lojas em todo o país e marca mais território no Alto Alentejo com a inauguração de uma loja Premium que vai ser gerida por Armando Carniça.

A Ageas Seguros abriu uma nova loja em Ponte de Sor, município de Portalegre, com o novo conceito Premium de loja da marca.

A equipa da nova Loja Premium de Ponto de Sor: Tiago Lourenço, Ana Cristina Monteiro, Armando Carniça, Olinda Farinha e Alexandra Catalão, diretora de Agentes da Ageas.

“A Ageas Seguros quis trazer à cidade de Ponte de Sor uma nova loja, com um conceito mais moderno, mais cómodo e, sobretudo, que convide todos os visitantes a sentirem-se, automaticamente, bem-vindos. Temos uma equipa especializada, experiente e pronta a adaptar as soluções da marca, priorizando sempre a necessidade de cada pessoa”, refere Armando Carniça, Sócio-Gerente sobre a nova loja.

A marca do Grupo Ageas Portugal tem vindo a investir na abertura de novas lojas e na melhoria das existentes, através da aplicação de um novo conceito e imagem, denominado como Loja Premium. Até ao momento, a marca conta com mais de 200 lojas espalhadas de norte a sul do País.

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Prémios globais Vida podem chegar a 4 biliões de dólares até 2034, diz Swiss Re

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2024

As taxas de juro elevadas tornam os produtos poupança mais atrativos. Nos próximos 10 anos as seguradoras podem emitir mais do dobro de seguros vida que na última década.

O aumento das taxas de juro deverá impulsionar o crescimento da lucratividade dos seguros Vida globalmente. Segundo relatório da Swiss Re, poderá verificar-se a inversão da tendência dos últimos anos de fraca procura e reduzidos retornos destes produtos, para a emissão de mais 1,5 biliões de dólares em prémios de poupança ao longo dos próximos 10 anos, mais do dobro da última década.

Segundo Jérôme Jean Haegeli, Economista-chefe da Swiss Re, as taxas de juros elevadas tornam os produtos de poupança mais atrativos, melhorando os rendimentos dos investimentos. Paul Murray, CEO de Reasseguro de Vida e Saúde do Swiss Re, acrescenta que estas condições permitem aos consumidores opções mais vantajosas para assegurar um rendimento na reforma e ajudam as seguradoras a cumprir seus custos de capital.

“Taxas de juros mais altas também permitem que as seguradoras respondam aos seus custos de capital. As resseguradoras podem, além disso, apoiar as seguradoras de vida, libertando capital, aumentando a capacidade de subscrição e concentrando-se na inovação de produtos para o crescimento com pouco capital.”, afirmou Paul Murray, CEO da Swiss Re Life & Health Insurance.

O estudo do Swiss Re, “Seguros de Vida na Era das Taxas de Juros Mais Altas: a Expertise em Ativos é o Novo Modelo”, estima que os prémios globais de seguros de vida vão atingir 4 biliões até 2034. A alta nos rendimentos das obrigações do Estado está a melhorar os retornos dos investimentos, projetando um aumento de 60% nos resultados operacionais dos oito principais mercados Vida até 2027.

Nota que para a Swiss Re os produtos de seguros Vida são importantes para colmatar a lacuna de proteção para a reforma, que se situa nos 106 biliões de dólares nas seis principais economias mundiais, mais a China e a Índia.

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