Insurtech lança ferramenta para comparar seguros de viagem

  • ECO Seguros
  • 12 Fevereiro 2025

O comparador analisa as oferta dos parceiros da HelloSafe e apresenta o seguro "mais adequado" ao destino do cliente. Foi desenvolvida uma ferramenta para comparar os melhores seguros de cancelamento.

A plataforma de comparação de seguros, crédito e investimentos, HelloSafe, anunciou o lançamento de três novos serviços para “simplificar” a compra dos seguros de viagem.

Em comunicado, a insurtech indica que as novas ferramentas são um novo comparador de viagens, uma aplicação para verificar a cobertura do seguro do cartão bancário e uma ferramenta de “vistos”.

O comparador analisa as ofertas dos parceiros da HelloSafe e apresenta o seguro “mais adequado” ao destino do cliente e foi também desenvolvida uma ferramenta para comprar os melhores seguros de cancelamento. Os clientes podem subscrever as apólices diretamente na plataforma e “são assistidos por uma equipa de profissionais”. Esta ferramenta já está presente em Portugal e em mais 12 países. A companhia promete expandir a oferta para mais de 30 Estados em breve.

Através da segunda ferramenta mencionada, os titulares do cartão de crédito podem ver se estão cobertos em caso de sinistro e “ajuda os utilizadores” a compreender e a utilizar o seguro oferecido pelo cartão. O produto foi introduzido em França, nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Bélgica, e a oferta será alargada a cerca de 20 países até ao final de 2026.

A chamada “ferramenta de vistos” destina-se aos viajantes internacionais, fornecendo “as informações mais atualizadas sobre as formalidades a cumprir em todos os países do mundo e de os ajudar nos procedimentos administrativos necessários para obter um visto.”. Está apenas funcional na França e na Bélgica.

A tecnologia da insurtech é baseada em inteligência artificial. A empresa, sedeada no Canadá foi fundada em 2020, integra chatbots interativos e “algoritmos de análise de necessidades, que recomendam ofertas personalizadas”, indica.

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Costa Pinto lança programa de “liberdade fiscal para os advogados”

José Costa Pinto promete a redução de quotas, a liberdade fiscal, criar a "Bolsa Nacional de Solidariedade” e trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações das oficiosas.

Com o mote “Uma Nova Voz”, José Costa Pinto, candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados (OA), para o triénio 2025-2027, lançou oficialmente a sua candidatura a bastonário, no Salão Nobre da OA.

Na sessão, além do candidato, marcaram presença, entre outros, Paulo Saragoça da Matta, mandatário nacional, Paulo Sá Cunha, presidente do Conselho Superior da OA e Sandra Fernandes, presidente da ANJAP, bem como restantes elementos da lista, oriundos de todo o país e de todos os modos de exercício da profissão.

“Sem modéstia, estou na génese dessa candidatura, há cerca de um ano começamos a falar do futuro da OA e assistimos com preocupação a progressiva degradação do último ano”, disse Paulo Sá e Cunha. “Com um degradar do peso institucional da OA. Esta candidatura tem a seu favor a juventude do José Costa Pinto. É uma grande qualidade, tem motivação de servir a classe e a sua Ordem. E isto é um ponto de partida que o diferencia de todas as candidaturas”. Admitindo que a OA é uma instituição “vetusta e tem dificuldade em se regenerar porque são normalmente sempre os mesmos que se candidatam e recandidatam e alternam nos vários cargos da OA”, disse. “Atualmente temos colegas fundamentais para a profissão que se dedicam quase em exclusivo ao apoio judiciário e temos outros que também são advogados mas não togados, são os advogados de alcatifa, não vestem uma toga e não sabem contar prazos mas estão na classe e têm de ser chamados à OA. O grande desafio que se coloca está precisamente na mobilização naqueles que tradicionalmente não ligam à Ordem. Bem como o readquirir o prestígio da OA”. Realçando o facto de José Costa Pinto não precisar da OA para nada, num sentido abnegado de missão e que lhe vão custar muitas horas, que vai desviar da sua vida profissional e familiar. Custa-me muito ver um bastonário como funcionário da OA, que vem para aqui receber uma remuneração com a justificação de que tem de ser um cargo exercido em exclusivo”.

 

Paulo Saragoça da Matta, mandatário da campanha, disse que Paulo Sá e Cunha tocou num ponto fundamental: “a mobilização da advocacia. Está a ver-se que a OA não serve só para isso. Penso que a própria das Ordens Profissionais por falta de força da nossa classe. Não podemos continuar nesta apatia. Estou nesta luta de mobilizar o máximo de advogados possíveis: temos de votar numa novidade segura e não na continuidade. Para que não fique demasiado personalizado convém dizer que está acompanhado por uma lista capaz. Mando um abraço a todos e dou os parabéns a esta lista e comprometo-me a divulgar a lista e apelar ao voto do máximo dos nossos colegas”, concluiu o advogado, que falava à distância”.

A candidatura de José Costa Pinto tem como foco “a melhoria das condições de exercício da profissão e a afirmação da Ordem dos Advogados como pilar do Estado de Direito”. Promete ainda “uma OA unida, credível e que não deixe nenhum Advogado para trás, posicionando-se como ‘Uma Nova Voz’ na advocacia nacional”.

Na sessão de lançamento da candidatura e apresentação do programa, José Costa Pinto disse que “temos de virar esta página na Ordem dos Advogados”. O sócio fundador da Costa Pinto Advogados sublinhou que “não é possível ficar indiferente à falta de união que que existe nesta classe e à perda de dignidade e falta de representação nesta casa. Queremos dar uma nova voz, que venha unir a classe e que não deixe nenhum advogado para trás”, disse o advogado. “Quero ser o bastonário de todos os advogados, independentemente do contexto em que trabalham. Vou recusar a divisão dos mais novos e mais velhos, dos que fazem oficiosas e dos que não fazem, dos que vão a tribunal e os que não vão, dos da cidade e os da província. O legado desta casa tem de ser restaurado, temos de quebrar as agendas próprias, temos de estabelecer pontos, temos de trabalhar e conjunto com os advogados”.

José Costa Pinto promete a redução de quotas, a liberdade fiscal para os advogados, criar a “Bolsa Nacional de Solidariedade”, e trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações das defesas oficiosas.

Medidas previstas no programa de candidatura

  • Revogar as remunerações dos titulares dos órgãos da Ordem dos Advogados, com exceção dos casos obrigatórios por lei;
  • Organizar um “Congresso da Justiça” que junte sob o mesmo propósito reformista todos os membros da família judiciária no qual a Ordem dos Advogados tenha um papel central;
  • Convidar todos os presidentes dos órgãos nacionais e regionais da Ordem dos Advogados para assistirem às reuniões do Conselho Geral;
  • Reforçar os meios dos órgãos jurisdicionais e dotá-los com os recursos técnicos e humanos indispensáveis, bem como promover a digitalização integral dos processos.
  • Reforçar o pilar social da CPAS nos campos da maternidade, doença e perda abrupta de rendimentos;
  • Criar uma “Bolsa Nacional de Solidariedade” para apoiar advogados que se encontrem impossibilitados de atender a diligências e/ou realizar qualquer serviço jurídico urgente;
  • Propor a densificação do conceito de “justo impedimento” no sentido de conferir maior proteção na parentalidade e na doença, dos Advogados e dos seus ascendentes e descendentes;
  • Valorizar o advogado no SADT: trabalhar na atualização condigna da tabela de remunerações, na simplificação e celeridade dos pagamentos, no alargamento dos atos remunerados e no pagamento de despesas de deslocação;
  • Redução de quotas;
  • Implementar um programa de formação sobre ferramentas de inteligência artificial e de acesso à utilização das mesmas, garantindo a democratização da inovação tecnológica na advocacia;
  • Reunir anualmente o “Conselho dos Bastonários”, constituído pelos anteriores bastonários da Ordem dos Advogados;
  • Revisão das regras de estágio que as adequem à realidade nacional e criar instrumentos de financiamento de estágios;
  • Propor alteração ao quadro regulatório da advocacia atual e a todos os diplomas que colocam em causa os valores fundamentais da Advocacia, como sejam a independência e o segredo profissional;
  • Criar uma linha “Defesa 24”, para dar assistência permanente aos advogados que são impedidos de exercer a sua profissão ou que, nesse contexto, sofram ameaças;
  • Liberdade Fiscal para os Advogados: propor a liberdade de organização fiscal dos Advogados e terminar com iniquidades históricas como a obrigação de sujeição ao regime de transparência fiscal;
  • Propor o fim do duplo desconto para a CPAS e Segurança Social para os Advogados de empresa;
  • Propor uma taxa de IVA reduzida (6%) para a consulta jurídica e para o exercício do mandato em representação de pessoas singulares.

Os cerca de 40 mil advogados portugueses vão ser chamados a votar em março (18 e 19) para escolherem o Bastonário e os órgãos nacionais e regionais. Na possibilidade de uma segunda volta, esta ocorrerá duas semanas depois, a 31 de março.

José Costa Pinto tem 42 anos. É sócio fundador da Costa Pinto Advogados, sociedade que fundou há mais de 10 anos, anterior Associado Sénior da Uría Menéndez – Proença de Carvalho e estagiário na Simmons & Simmons, Costa Pinto cedo se inaugurou a solo no mundo da advocacia, com o seu escritório, em nome próprio, com apenas 31 anos. É especialista nas áreas de direito comercial, direito societário e direito imobiliário.

Paralelamente ao exercício da advocacia, Costa Pinto tem um percurso associativo, tendo, de 2014 a 2018, liderado a Associação Nacional de Jovens Advogados Portugueses. Atualmente é Vogal da Direção do Instituto Português de Corporate Governance e da Direção do Observatório Português de Compliance e Regulatório, Vice-Presidente da Comissão de Jurisprudência da Sociedade de Geografia de Lisboa e secretário da Mesa da AG do Sporting.

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Marques Mendes renuncia ao cargo de presidente da mesa da Vista Alegre

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

O candidato a Belém deixa "com efeitos imediatos" o cargo de presidente da mesa da assembleia-geral da Vista Alegre Atlantis.

Luís Marques Mendes renunciou esta quarta-feira ao cargo de presidente da mesa da Assembleia Geral da Vista Alegre, decisão que surge depois de ter avançado com a candidatura à Presidência da República. A renúncia tem “efeitos imediatos”, segundo comunicado da Vista Alegre ao mercado.

Marques Mendes foi nomeado presidente da assembleia geral da Vista Alegre em junho de 2023 para cumprir um mandato até final de 2024, substituindo Paulo Portas no cargo.

Com a renúncia de Marques Mendes, que formalizou na semana passada a sua candidatura às próximas eleições presidenciais, a Vista Alegre “procederá à eleição de um novo presidente da mesa da assembleia geral na próxima assembleia geral anual, sendo a atual falta suprida nos precisos termos legais”.

A Vista Alegre registou lucros de 3,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O grupo de Ílhavo opera no setor das cerâmicas e porcelanas, sendo detida pela Visabeira (81,94%) e por Cristiano Ronaldo (10%).

(Notícia atualizada às 19h12)

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Voos entre Trás-os-Montes e Algarve retomados a 19 de fevereiro

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair. Voos diários de regresso.

A carreira aérea que liga Bragança a Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais, vai ser retomada a 19 de fevereiro, informou esta quarta-feira a empresa concessionária Sevenair.

Neste contrato, com duração de quatro anos, os voos serão diários, de segunda a sábado, até março, duplicando a frequência de abril e outubro, indica, por seu turno, o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH), em comunicado desta quinta-feira.

Vamos voltar a voar juntos e a ligar Portugal de norte a sul. A partir do próximo dia 19 de fevereiro vamos retomar a ligação aérea regional entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão”, anunciou a empresa, numa publicação nas redes sociais.

A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair, enquanto se esperava o desfecho do concurso público internacional para atribuir a concessão por mais quatro anos.

Foi nesse mês que a companhia área anunciou que o transporte iria parar até que fosse paga a verba que tinha a receber do Estado, por estar numa situação de “estrangulamento de tesouraria”. Antes disso, em fevereiro, o número de voos diários já tinha sido reduzido. O Governo pagou, entretanto, cerca de metade da dívida que tinha para com a empresa, que rondava os 3,8 milhões de euros.

Desde o início da concessão até à paragem do serviço, foram feitos dois ajustes diretos, primeiro com a governação socialista e depois com o atual Governo, liderado por Luís Montenegro. O resultado do concurso público foi conhecido no final de 2024, com a única concorrente – a Sevenair –, que presta o serviço desde 2009, a ser escolhida para continuar a operar nos próximos quatro anos.

Em janeiro, o Ministério das Infraestruturas garantia estar a fazer todos os esforços para retomar a carreira aérea regional que liga Trás-os-Montes ao Algarve.

Notícia atualizada às 14h30 de dia 13 com informações prestadas pelo MIH

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Conselho Estratégico para o digital “é absolutamente fundamental”, diz presidente da CIP

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Armindo Monteiro defende que grande batalha "é entre os grandes grupos de economia digital, os big five" e "nenhum deles é europeu". Alexandre Fonseca preside a este Conselho Estratégico da CIP.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou esta quarta-feira que o Conselho Estratégico para a economia digital “é absolutamente fundamental” e que a inteligência artificial (IA) “é para fazer parte do negócio do dia-a-dia”. Armindo Monteiro falava na CIP, no dia da apresentação e tomada de posse do Conselho Estratégico da CIP para a economia digital, em Lisboa, o qual é presidido por Alexandre Fonseca.

Este Conselho Estratégico “é absolutamente fundamental”, sublinhou, referindo que nos últimos tempos tem-se falado de taxas alfandegárias para os metais, mas que “a grande batalha que está a haver é, efetivamente, entre os grandes grupos de economia digital, os big five“, e “nenhum deles é europeu”, prosseguiu.

Estas cinco ‘grandes’ são Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft. Isso “talvez explique um pouco a nossa debilidade na Europa o facto de não termos empresas de tecnologia destas”, referiu.

A criação nesta fase do conselho económico para a economia digital é precisamente para isso, é uma preocupação que a CIP tem de escolher os melhores e liderados pelo Alexandre Fonseca para precisamente podermos pôr na agenda tudo aquilo que hoje é de facto estar na economia, construir a economia”, prosseguiu.

Até porque a economia já não são apenas os setores tradicionais e também não é a tecnologia para a tecnologia. “É a tecnologia como locomotiva para esta transformação da economia que nós queremos”, reforçou Armindo Monteiro.

Aliás, “há sempre uma comoção cada vez que se fala no salário mínimo, continuaremos a falar de salário mínimo se efetivamente não falarmos do digital, se não alterarmos este modelo, este paradigma da nossa economia, precisamos de uma economia bem mais sofisticada, coisa que Portugal não tem sido”, lamentou.

“Portugal só é sofisticado em muitos casos porque está na Europa e geograficamente presente. Do ponto de vista do modelo económico, só agora estamos a aprender a introduzir a tecnologia e o que pretendemos com o Conselho Estratégico da economia digital é precisamente esta visão”, apontou.

O presidente da CIP disse esperar que no final do mandato a economia portuguesa esteja “muito mais preparada para este embate”. A inteligência artificial “não é uma abstração intelectual, é para fazer parte do negócio do dia-a-dia, se conseguirmos introduzir isso então vamos naturalmente conseguir alterar o paradigma da nossa economia”.

Atualmente, “estamos numa fase” que “vai ser bem mais impactante porque é muito mais transformacional” que antes. “Se nós perderemos este tempo” que já não se mede em anos, mas em semanas, “podemos ficar irremediavelmente numa segunda ou terceira divisão económica e temos que ter esta consciência”, referiu, afastando qualquer tipo de alarmismo.

“Já perdemos a revolução industrial, já perdemos outros pontos em que podíamos ter outro desempenho (…), valeremos aquilo que formos capazes de fazer, para isso precisamos muito da iniciativa privada, muito das empresas, mas precisamos que o Estado não seja um opositor, precisamos que o Estado seja um propulsor”, defendeu.

Também “é nesse sentido que os trabalhos que vão ser desenvolvidos neste conselho de economia digital vão ter como output propostas concretas que coordenadas a nível de direção da CIP serão naturalmente apresentadas ao Governo para que tenham uma ação prática”, concluiu Armindo Monteiro.

Conselho elabora proposta para economia digital até final do verão

O Conselho Estratégico da CIP para a economia digital vai elaborar até final do verão um conjunto de propostas neste âmbito, assente em cinco pilares, o qual será entregue ao Governo, disse ainda o presidente, Alexandre Fonseca. “Falar hoje de economia digital é incontornável”, afirmou o antigo presidente executivo (CEO) da Altice Portugal.

A CIP enquanto instituição que tem um papel muito relevante naquilo são as tendências e definição de políticas públicas sobre o desenvolvimento da economia (…) tem aqui também na economia digital um dos seus pilares de desenvolvimento”, adiantou o gestor.

E hoje “estamos (…) a dar um arranque da nova etapa desse Conselho Estratégico para a economia digital em que vamos discutir um conjunto de pilares que são decisivos para o desenvolvimento da economia digital e com eles influenciar também, através da CIP e da sua abrangência, aquilo que serão algumas das políticas públicas que podem ajudar a transformação digital” em Portugal.

O Conselho Estratégico tem como objetivo “construir um documento com um conjunto de propostas”, as quais serão entregues à direção da CIP e esta, “no âmbito do seu trabalho mais alargado”, irá “com certeza analisar as nossas propostas na sua direção e depois fará chegar a quem de direito, obviamente que o Governo é sempre um destinatário deste tipo de propostas”, acrescentou Alexandre Fonseca.

“São cinco pilares que vamos trabalhar dentro deste comité e em todos eles praticamente a inteligência artificial (IA) tem impacto: nas infraestruturas porque é altamente exigente do ponto de vista de consumos energéticos e também de data centers, na inovação porque é uma tecnologia de ponta, nas competências porque precisamos de ter competências digitais para poder aproveitar” a IA “no seu expoente máximo”, no Estado e nas empresas” porque esta tecnologia “vai criar novos desafios e de oportunidades”, elencou.

Questionado quando o documento estará pronto, Alexandre Fonseca adiantou que uma primeira abordagem é tentar “fazê-lo no final do verão”.

“Estamos em ano de eleições autárquicas e nós entendemos que a economia digital tem não só uma importância estratégica para o país do ponto de vista central”, mas tem também “um impacto fundamental” no desenvolvimento das economias locais, pelo que é importante “termos medidas específicas para o poder local”, defendeu.

Para Alexandre Fonseca, a IA é “incontornável” e é um dos grandes temas que está a ser discutido entre os três grandes blocos: Europa, Estados Unidos e China.

Neste Conselho, “vamos discutir muito mais que a inteligência artificial”, o que inclui os cinco pilares – infraestruturas (conectividade), a inovação e o empreendedorismo, competências digitais, empresas e Estado, acrescentou, defendendo que é preciso que os gestores “tenham literacia digital” para poderem tirar partido das tecnologias, melhorar a eficiência, aumentar a rentabilidade e exportar mais.

“Precisamos de mais empresários que tenham esta audácia e esta ambição de aumentar os seus negócios e a tecnologia é uma alavanca central no que querem fazer”, rematou.

Entre os conselheiros que englobam o Conselho Estratégico estão nomes como Adalberto Campos Fernandes (ex-ministro e professor universitário), Isabel Vaz (CEO da Luz Saúde), Fátima Lopes (estilista), Manuel Caldeira Cabral (ex-ministro da Economia, consultor e professor universitário) e Paula Paz Ferreira (advogada e administradora da Media Capital), entre outros.

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Secretário do Tesouro dos EUA já entregou proposta de acordo económico com Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Zelensky sublinhou que os EUA são o “principal parceiro” da Ucrânia e disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que o acordo seja assinado na Conferência de Segurança de Munique.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA), Scott Bessent, entregou esta quarta-feira ao Governo ucraniano, em Kiev, uma proposta de acordo económico entre os dois países, indicou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Sei que a minha equipa recebeu um primeiro projeto de acordo com os Estados Unidos”, declarou Zelensky após uma reunião com Bessent, segundo reportou a agência noticiosa estatal ucraniana Ukrinform. O Presidente ucraniano explicou que a sua equipa irá estudar o documento para o assinar “o mais rapidamente possível”.

Zelensky sublinhou que os EUA são o “principal parceiro” da Ucrânia e disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que o acordo seja assinado na Conferência de Segurança de Munique, que decorrerá de sexta-feira a domingo na cidade alemã, onde o Presidente ucraniano tem um encontro previsto com o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, no primeiro dia de trabalhos.

Por seu lado, Bessent afirmou que os Estados Unidos pretendem obter um “acordo de cooperação económica” em troca do seu apoio à Ucrânia, crucial face à invasão russa. “Gostaríamos de concluir um acordo de cooperação económica. E em troca deste acordo, os Estados Unidos continuarão a dar apoio material à Ucrânia, à população”, disse Bessent, após o encontro com Zelensky.

Nem Bessent nem Zelensky adiantaram pormenores sobre o acordo económico.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, enviou o secretário do Tesouro (equivalente ao ministro das Finanças) à Ucrânia, naquela que é a primeira visita a Kiev de uma delegação da nova administração republicana, com a missão de procurar um acordo economicamente vantajoso para os Estados Unidos em troca do apoio que Kiev recebe de Washington.

Trump manifestou interesse em obter até 500.000 milhões de dólares (480.450 milhões de euros) em benefícios no acesso aos recursos naturais ucranianos para cobrir a contribuição dos Estados Unidos para a defesa da Ucrânia. Por seu lado, Zelensky mostrou-se aberto a um acordo neste sentido que lhe garanta a continuidade do apoio do seu principal aliado.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares

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Aethel Mining admite “reavaliação estratégica” nas minas de Torre de Moncorvo

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Empresa confirma que a operação nas minas de Torre de Moncorvo não está "a decorrer em plena capacidade" e quer que o projeto avance de "forma sustentável e alinhada com as novas necessidades".

A Aethel Mining, concessionária das minas de Torre de Moncorvo, admitiu esta quarta-feira que está a fazer uma “reavaliação estratégica” do projeto, mas reafirmou o seu “compromisso inabalável” com o mesmo e negou vendas, após se observar inatividade na mina.

Embora a operação não esteja a decorrer em plena capacidade, a empresa está a desenvolver um trabalho contínuo de reavaliação estratégica, de modo a garantir que o projeto avance de forma sustentável e alinhada com as novas necessidades do setor mineiro global”, pode ler-se em respostas de fonte oficial da empresa à Lusa.

A Aethel, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, já tinha afirmado, num primeiro comentário enviado à Lusa após a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) dar nota de falta de planos e de atividade operacional, querer “reforçar e expandir a atividade” na mina. Esta quarta, em resposta a questões da Lusa, reafirmou “o seu compromisso inabalável com o projeto mineiro de Torre de Moncorvo”, no distrito de Bragança.

“Não houve qualquer venda do projeto nem de partes do mesmo e a empresa mantém-se totalmente focada em garantir a viabilidade do projeto a longo prazo, respeitando as exigências ambientais e promovendo o crescimento económico na região”, refere.

No dia 31 de janeiro, fonte oficial da DGEG disse à Lusa que “o concessionário não tem desenvolvido atividades operacionais na área da concessão e não se encontram aprovadas quaisquer atividades de exploração, ou outras, uma vez que não foi submetido o Programa de Trabalhos para o ano de 2025”.

A Lusa também constatou no local que desde finais de setembro não há qualquer atividade ou movimento na área da concessão que começou a laborar em março de 2020, no lugar da Mua. A empresa refere que “mantém o seu compromisso total com o futuro da mina de Moncorvo e continua a explorar todas as soluções possíveis para viabilizar a continuidade do projeto”.

“Nos últimos meses, a empresa tem conduzido uma análise detalhada das opções disponíveis, tendo em conta as mudanças no setor siderúrgico e os desafios colocados pela transição energética”, acrescentando que a “recente crise dos projetos de hidrogénio verde, que levou ao reajuste ou cancelamento de várias iniciativas em todo o mundo, demonstrou que a transição para o aço verde será um processo mais longo e complexo do que inicialmente previsto”.

Assim, “a Aethel Mining está atenta a esta nova realidade e tem estado a analisar diferentes cenários para garantir que a mina de Moncorvo seja um ativo competitivo no longo prazo”. A empresa diz que tem “trabalhado ativamente com reguladores, especialistas do setor e parceiros estratégicos para identificar soluções que permitam recuperar e expandir o projeto”, salientando o papel da câmara municipal, do Governo e dos reguladores.

“A comunidade tem sido um dos pilares fundamentais da nossa visão para o futuro da mina”, aponta, falando numa “mineração responsável” feita “em sintonia com as pessoas, gerando benefícios tangíveis para a economia local e promovendo o bem-estar social”, como a “criação de emprego, investimento na modernização da infraestrutura local e apoio a iniciativas que impulsionem o desenvolvimento da região”.

Em janeiro de 2024, a Aethel recebeu parecer desfavorável ao Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) relativo à fase definitiva do projeto, mas em fevereiro reafirmou o seu compromisso com o projeto, rejeitando vendas. O projeto mineiro instalado no cabeço da Mua, em Torre de Moncorvo, foi retomado no dia 13 março de 2020, após 38 anos de abandono, com um investimento previsto de 550 milhões de euros para os próximos 60 anos.

As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros. A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.

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Comissão Europeia processa Portugal por falhas no reforço da presunção de inocência

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

A Comissão Europeia abriu um processo de infração a Portugal por falhas na transposição da diretiva relativa ao reforço da presunção de inocência e do direito de comparecer em julgamento.

A Comissão Europeia abriu esta quarta-feira um processo de infração a Portugal por falhas na transposição da diretiva relativa ao reforço da presunção de inocência e do direito de comparecer em julgamento em processo penal.

Segundo o executivo comunitário, Portugal não transpôs corretamente para a legislação nacional as disposições relativas às referências públicas à culpa, à utilização de meios de contenção física perante os tribunais ou o público, ao ónus da prova, às consequências do exercício do direito ao silêncio e do direito de não depor contra si próprio, a certas disposições relativas aos julgamentos à revelia e ao direito a um novo julgamento, bem como às vias de recurso em caso de violação dos direitos consagrados na diretiva.O Governo tem agora dois meses para tomar as medidas de correção necessárias e reportá-las a Bruxelas.

A diretiva 2016/343/UE, em causa, é uma das seis diretivas adotadas pela União Europeia para criar normas mínimas comuns destinadas a garantir que os direitos a um julgamento equitativo dos suspeitos e arguidos em processos penais sejam suficientemente protegidos em toda a União Europeia.

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Santander Totta financia-se em 500 milhões com obrigações cobertas

Banco liderado por Pedro Castro e Almeida concretizou uma emissão de obrigações cobertas no valor de 500 milhões de euros com a maturidade em 2030. Pagará taxa de 2,625%.

O Santander Totta obteve um financiamento no valor 500 milhões de euros com a emissão de obrigações cobertas a cinco anos, títulos pelos quais vai pagar uma taxa de juro de 2,625%, segundo anunciou esta quarta-feira.

Em comunicado enviado ao mercado, o banco liderado por Pedro Castro e Almeida adianta que esta emissão, que vence em fevereiro de 2030, foi colocada “junto de investidores institucionais”.

Há exatamente um ano, o Santander Totta realizou uma operação semelhante que permitiu obter 1.000 milhões de euros através destes títulos de dívida garantidos por um conjunto de ativos (normalmente créditos da casa).

O banco fechou 2024 com lucros de quase mil milhões de euros.

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Operação Marquês: Sócrates será julgado no Campus de Justiça, edifício que inaugurou em 2009

O processo esteve quase a ser levado para o Tribunal de Monsanto, tendo em conta o número de arguidos, advogados, assistentes e jornalistas. Mas afinal será no edifício que Sócrates inaugurou em 2009.

O julgamento de José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês, vai decorrer no Campus de Justiça, em Lisboa. Edifício que foi inaugurado, com toda a pompa e circunstância, em 2019, quando o então socialista era primeiro-ministro.

Assim sendo, José Sócrates e os restantes 21 arguidos vão ser julgados no Campus de Justiça, provavelmente na maior das salas do edifício B, segundo avança a SIC Notícias. A mesma sala em que o juiz de instrução Ivo Rosa, retirou da lista da acusação a maioria dos crimes, em 2021.

Justiça. Campus de Justiça. Advocatus GenéricoHugo Amaral/ECO

A juíza Susana Seca, que preside ao coletivo que vai julgar o processo Operação Marquês, rejeitou as alegações dos arguidos Carlos Santos Silva e Armando Vara confirmando o julgamento, cuja data de arranque será decidida a 17 de março.

Num despacho de 31 de janeiro, noticiado pelo Expresso e ao qual a Lusa teve acesso, a juíza do Tribunal Central Criminal de Lisboa argumentou que todas as decisões de recursos e reclamações já decididas confirmam o trânsito em julgado da decisão de há cerca de um ano do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), que deu razão ao Ministério Público (MP) e recuperou para a acusação os crimes de corrupção imputados ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, que haviam caído na fase de instrução por decisão do juiz Ivo Rosa.

A juíza sustenta que “independentemente dos recursos que se mostrem pendentes no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ou Tribunal Constitucional, os mesmos têm efeito devolutivo, permitindo a produção de efeitos jurídicos imediatos da decisão impugnada e não determinam qualquer suspensão dos presentes autos cuja tramitação deve prosseguir”.

O Governo está a estudar a saída dos serviços e tribunais do Campus da Justiça de Lisboa até 2034, cujo arrendamento representa um encargo de 222 milhões de euros desde 2008, por ano.

Para isso, criou um grupo de trabalho a quem cabe apresentar um “plano estratégico de saída dos serviços, tribunais e organismos do Campus da Justiça” ainda este semestre já que, apesar das diferentes tentativas de renegociação do contrato, “não foi possível evitar o progressivo aumento do montante das rendas”.

Perante isto, e na impossibilidade de encontrar soluções alternativas para a realocação dos serviços, tribunais e organismos que ocupam os edifícios do campus até ao final do prazo do atual contrato de arrendamento (01 de maio de 2026), foi autorizada a sua renovação por oito anos, até 30 de abril de 2034.

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Trump e Putin concordam em iniciar “de imediato” negociações sobre guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

"Acordámos trabalhar em conjunto de forma muito próxima, inclusive visitando os países um do outro", adiantou ainda o Presidente norte-americano, após ter falado ao telefone com Vladimir Putin.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, mantiveram esta quarta-feira uma longa conversa telefónica em que, entre outros assuntos, discutiram a guerra na Ucrânia e comprometeram-se a iniciar “de imediato” negociações sobre o assunto.

“Acordámos trabalhar em conjunto de forma muito próxima, inclusive visitando os países um do outro. Também concordámos que as nossas equipas iniciarão de imediato as negociações, e começaremos por telefonar ao Presidente (ucraniano, Volodymyr) Zelensky para o informar da conversa, o que farei agora mesmo”, declarou Trump. Mais tarde, o presidente dos EUA revelou que o encontro com o homólogo russo teria lugar na Arábia Saudita.

O chefe de Estado norte-americano sempre defendeu que a invasão russa da Ucrânia não se teria iniciado se ele estivesse na Casa Branca e, inclusive, antes de regressar à Presidência dos Estados Unidos tinha assegurado ser capaz de pôr fim ao conflito com apenas uma chamada a Putin e a Zelensky.

Trump telefonou depois ao Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky adiantou ter falado ao telefone com o homólogo norte-americano sobre as “possibilidades de alcançar a paz” na Ucrânia.

“Falámos longamente sobre as possibilidades de alcançar a paz”, declarou Zelensky, acrescentando que Trump partilhou com ele os “pormenores da sua conversa com Putin”, numa chamada telefónica que durou cerca de uma hora. Nela, debateram os próximos passos conjuntos para deter a guerra e alcançar “uma paz duradoura e sólida”, indicou o chefe de Estado ucraniano.

“Como disse o Presidente Trump, vamos a isso”, escreveu Zelensky nas suas redes sociais, ao relatar o conteúdo da conversa, que aconteceu pouco depois de Trump ter acordado por telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, impulsionar o processo de paz que o novo Governo norte-americano está a promover, para acabar com a guerra na Ucrânia.

Por sua vez, Trump afirmou que Zelensky “quer fazer a paz”, quando estão prestes a completar-se três anos de guerra, desde que a Rússia invadiu o território da Ucrânia vizinha, em fevereiro de 2022.

Já numa entrevista concedida ao diário britânico The Guardian, publicada na terça-feira, o Presidente ucraniano se tinha declarado disposto a “uma troca” de territórios com a Rússia, no contexto de eventuais negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, considerando que a Europa sozinha não conseguirá garantir a sua segurança.

“Se o Presidente norte-americano, Donald Trump, conseguir levar a Ucrânia e a Rússia à mesa das negociações, trocaremos um território por outro”, assegurou Zelensky, na entrevista, embora acrescentando não saber que território pediria Kiev em troca. “Não sei, veremos. Mas todos os nossos territórios são importantes, não há nenhuma prioridade”, afirmou.

Volodymyr Zelensky rejeitou durante muito tempo a ideia de negociações, afirmando querer vencer a Rússia no campo de batalha. Mas a Ucrânia está a ter dificuldades em deter o Exército russo, que está a conquistar terreno no leste do seu território.

Ao diário britânico The Guardian, o Presidente ucraniano declarou-se disposto a negociar, mas sublinhando que quer fazê-lo “a partir de uma posição de força”.

(Notícia atualizada às 22h02 com mais informação)

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SIC reembolsa antecipadamente empréstimo obrigacionista de 16 milhões de euros

  • Lusa e + M
  • 12 Fevereiro 2025

As obrigações do empréstimo 2021-2025 da SIC foram reembolsadas quatro meses antes do previsto, com a estação a pagar 16.131.510 euros.

A SIC reembolsou esta quarta-feira um empréstimo obrigacionista no valor de 16 milhões de euros, após ter antecipado a data do pagamento em quatro meses, de junho para fevereiro.

Segundo indicou fonte oficial da SIC à Lusa, as obrigações do empréstimo 2021-2025 da SIC foram reembolsadas, sendo que a estação pagou 16.131.510 euros.

Em novembro, a SIC decidiu propor uma antecipação do reembolso das obrigações 2021-2025 para fevereiro, em vez de junho, alinhando-o com o seu ciclo de tesouraria e a otimização das suas disponibilidades financeiras.

Esta proposta teve em vista “alinhar o reembolso das obrigações SIC 2021-2025 com o ciclo de tesouraria da SIC” e a otimização das suas disponibilidades financeiras, explicou a estação, na altura.

Para compensar os obrigacionistas pela antecipação do reembolso, a SIC ofereceu um prémio de participação de 0,245 euros por obrigação (cerca de 0,8167% do valor nominal) para os titulares que participarem validamente na assembleia e um prémio de reembolso de 0,15 euros por obrigação (0,50% do valor nominal) a ser pago na nova data de reembolso.

No ano passado a SIC também lançou uma operação de subscrição pública de obrigações (OPS), associada também a uma oferta pública de troca (OPT), no valor de 30 milhões de euros.

Para convencer os pequenos investidos a comprarem as “Obrigações Ligadas a sustentabilidade SIC 2024-2028” (“Obrigações SIC 2024-2028”), a SIC comprometeu-se a pagar uma taxa de cupão de 5,95%, com juros pagos semestralmente, durante quatro anos.

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