Prosegur ganha 69% mais no primeiro trimestre, até 28 milhões de euros

  • Servimedia
  • 6 Maio 2025

A Prosegur obteve um resultado líquido consolidado de 28 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As receitas do grupo ascenderam a 1.255 milhões de euros, um aumento de 11,4% em relação ao ano anterior, com um crescimento orgânico de 16,2%. Todas as regiões contribuíram para o aumento, com a América Latina a crescer 5,3%, a Europa 11,2% e a soma dos restantes mercados globais 37,4%, segundo a empresa.

Em termos de rentabilidade operacional, o EBITA atingiu 86 milhões de euros, com um crescimento homólogo de 42,8% e uma margem de 6,8%, refletindo uma melhoria significativa em relação ao mesmo período do ano anterior. A dívida líquida do grupo situou-se em 1.316 milhões de euros, mantendo um rácio de alavancagem de 2,3 vezes o EBITDA.

LINHAS DE NEGÓCIO

A Prosegur Cash, a filial especializada em dinheiro em trânsito e gestão de tesouraria, contribuiu com 24 milhões de euros de lucro líquido, um aumento de 35%, e alcançou vendas de 516 milhões de euros, mais 9,7% do que no primeiro trimestre de 2024. A empresa destaca especialmente o crescimento dos seus Produtos de Transformação, que cresceram 14,1%, atingindo um peso de 33% das vendas.

Por seu lado, a Prosegur Security, centrada nos serviços de vigilância e tecnologia, registou vendas de 653 milhões de euros, com um crescimento homólogo de cerca de 12%. O negócio melhorou a sua rentabilidade com uma margem de 2,6%, apoiado numa estratégia de captação de clientes de qualidade, revisão de preços e escalabilidade. Durante o trimestre, a unidade inaugurou um novo Centro de Operações de Segurança Inteligente (iSOC) em Buenos Aires.

Quanto à Prosegur Alarmes, que agrupa a atividade da Prosegur Alarmes e da Movistar Prosegur Alarmes, o grupo atingiu 984 mil ligações ativas no final do primeiro trimestre de 2025, mais 27% do que no ano anterior.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 6 de maio

  • ECO
  • 6 Maio 2025

Ao longo desta terça-feira, 6 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Gilead e a AEEH anunciam a oitava edição das bolsas para projetos sobre a hepatite

  • Servimedia
  • 6 Maio 2025

Nas sete edições anteriores, estas bolsas permitiram a realização de 76 projetos com uma ajuda total de mais de 1,8 milhões de euros em 12 comunidades autónomas.

A Gilead Espanha e Portugal, em colaboração com a Associação Espanhola para o Estudo do Fígado (AEEH), anunciou a convocatória da oitava edição das suas Bolsas Gilead-AEEH para projetos de diagnóstico e vinculação ao SNS de doentes com Hepatite D e Hepatite C Microeliminada.

Esta convocatória terá um orçamento de 390.000 euros – 270.000 euros para projetos de VHD e 120.000 euros para projetos de VHC – com um máximo de 30.000 euros por projeto. Nas sete edições anteriores, a colaboração da Gilead e da AEEH permitiu o financiamento de 76 projetos com um montante total de 1,8 milhões de euros em 12 comunidades autónomas.

Esta nova convocatória tem como objetivo continuar a promover a implementação de projetos de diagnóstico e ligação ao SNS de doentes com microeliminação de Hepatite Delta e Hepatite C, que serão benéficos para os doentes, para a nossa sociedade e, em última análise, para a comunidade científica, através da concessão de contribuições monetárias para a sua implementação.

Nas palavras de Marisa Álvarez, diretora de assuntos médicos da Gilead em Espanha e Portugal, “a oitava edição das Bolsas Gilead-AEEH para projetos de diagnóstico e vinculação de pacientes com Hepatite D e Microeliminação na Hepatite C é uma clara demonstração do nosso compromisso como empresa com os pacientes que sofrem de doenças hepáticas. Os mais de 70 projetos subvencionados até à data, na sua maioria multidisciplinares, permitiram facilitar o diagnóstico, o encaminhamento e a cura dos doentes com hepatite C e, do mesmo modo, melhorar os conhecimentos sobre a hepatite Delta, a hepatite viral mais grave e agressiva de todas, a fim de melhorar a abordagem dos doentes afetados por este vírus”.

O prazo para apresentação de propostas abre a 12 de maio e decorre até 21 de junho deste ano, cabendo mais uma vez à AEEH a avaliação e seleção dos projetos, que devem ser apresentados em “www.gilead.com/purpose/giving/funding-requests/apply-europe”.

“O programa de bolsas tem permitido avançar na estratégia de eliminação da hepatite, de acordo com os programas da OMS, e tem permitido manter uma atividade de investigação constante neste domínio, gerando estratégias de tratamento dos doentes, nalguns casos exemplares, que se enquadram perfeitamente nos objetivos da AEEH”, afirmou o Dr. Rafael Bañares, presidente da AEEH.

Podem beneficiar das subvenções as entidades sem fins lucrativos e os beneficiários de mecenato, tais como fundações, associações declaradas de utilidade pública, universidades públicas, organismos públicos de investigação dependentes da Administração Geral do Estado, institutos de investigação no domínio da saúde e consórcios públicos de investigação ligados a organismos públicos de investigação no domínio das ciências da saúde que não tenham sido premiados no concurso anterior. Podem ser apresentados, no máximo, dois projetos por centro de saúde. Entende-se por centro de saúde aquele a que está ligado o investigador principal do projeto. Cada investigador principal só pode apresentar uma proposta de projeto de investigação. O período de execução não deve exceder 24 meses.

As bolsas atribuídas durante as sete edições anteriores (2018-2024) promoveram e forneceram recursos a 55 projetos de VHC e 21 de VHD, dos quais 28 foram dirigidos à população em geral e aos cuidados primários, dez à população psiquiátrica, nove à população vulnerável/ sem-abrigo, oito à população imigrante, oito aos utilizadores de drogas, seis à população atendida nos serviços de emergência, dois ao serviço cirúrgico, dois à população prisional e um às populações de homens que fazem sexo com homens e pacientes pós-covid.

Além disso, todas estas subvenções estão amplamente distribuídas geograficamente por diferentes regiões e hospitais ou instituições de saúde. A Catalunha foi a região em que se desenvolveram mais projetos no âmbito deste programa (20 no total), seguida de perto pela Andaluzia e por Madrid (16 e 14, respetivamente). Foram desenvolvidos seis projetos na Comunidade Valenciana, quatro em Castela e Leão, na Galiza e nas Ilhas Canárias, respetivamente; dois nas Ilhas Baleares, em Aragão e na Cantábria, e um em Navarra e La Rioja.

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“Se a ideia era afastar os eleitores da política, parabéns aos envolvidos. Missão cumprida com distinção”

O +M pediu a Edson Athayde e José Bourbon Ribeiro uma avaliação do debate "todos contra Montenegro" e, em simultâneo, uma antecipação do que será a campanha. As respostas são dadas na primeira pessoa.

A noite de domingo ficou marcada pelo frente a frente entre os líderes de todos os partidos com assento parlamentar. Transmitido pela RTP1, com um share de 13,8% e uma audiência de 6,9%, o debate foi acompanhado por cerca de 610 mil pessoas, sendo apenas o 11º programa mais visto do dia. Ao fim de quase duas horas e meia de discussão, no debate “todos contra Montenegro” e no qual a Spinumviva e a imigração transpiraram do arranque da campanha, só os liberais mostraram abertura para conferir estabilidade governativa à AD.

“O debate “todos contra todos” tem, por norma, um efeito quase ritualista para quem ocupa o cargo de primeiro-ministro ou lidera a governação: transforma-se numa espécie de “corredor polaco”, essa prática iniciática – usada em vários desportos, mas agressiva – em que o alvo atravessa duas fileiras de adversários que, a cada passo, o fustigam com ‘calduços’ ou pontapés”, descreve José Bourbon Ribeiro, managing partner da Wisdom.

O tempo foi quase todo gasto numa espécie de pingue-pongue mal jogado: “A culpa é tua”, “não, é tua”, “o teu amigo fez isto”, “e o teu fez aquilo”. Faltou só aparecerem com pastas de arquivo e dizerem: “Tenho aqui a prova de que em 2004 tu disseste que ias baixar o IVA e não baixaste”, acrescenta Edson Athayde, CEO e COO da FCB.

O certo é que está dado o arranque para a campanha, que já está na estrada, e no dia 18 os portugueses vão às urnas. Com este pano de fundo, o +M pediu aos dois especialistas em comunicação uma avaliação do debate e, em simultâneo, uma antecipação do que será a campanha. As respostas são dadas, na primeira pessoa, por Edson Athayde e José Bourbon Ribeiro.

“Se a ideia era afastar os eleitores da política, parabéns aos envolvidos. Missão cumprida com distinção”

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB e Rodrigo Viana de Freitas, CEO da Central de Informação, em entrevista ao ECO/+M - 26FEV25
Edson Athayde, CEO e CCO da FCBHugo Amaral/ECO

Cansado e cansativo: eis o resumo possível daquilo a que assistimos domingo à noite, sob a alcunha de debate. Lamentável, sobretudo porque ainda há muita campanha pela frente e nós, teimosos cidadãos, ainda nutrimos a esperança ingénua de ouvir qualquer coisa parecida com ideias. De preferência novas. E boas. Mas não.

O tempo foi quase todo gasto numa espécie de pingue-pongue mal jogado: “A culpa é tua”, “não, é tua”, “o teu amigo fez isto”, “e o teu fez aquilo”. Faltou só aparecerem com pastas de arquivo e dizerem: “Tenho aqui a prova de que em 2004 tu disseste que ias baixar o IVA e não baixaste”.

Entre quem causou estas eleições e quem comprou o quê com o dinheiro de quem, ou quem gosta menos de imigrantes, houve pouco ou nenhum espaço para o que realmente importa: saúde, habitação, salários, educação, Europa, guerra, a economia mundial pós-Trump… Coisas assim sem importância.

Se a ideia era afastar os eleitores da política, parabéns aos envolvidos. Missão cumprida com distinção. Ficámos a saber tudo sobre as tricas, intrigas e pequenas mágoas da nossa elite política. Faltou só alguém dizer “vou-me embora, não estou para isto”.

Entre quem causou estas eleições e quem comprou o quê com o dinheiro de quem, ou quem gosta menos de imigrantes, houve pouco ou nenhum espaço para o que realmente importa: saúde, habitação, salários, educação, Europa, guerra, a economia mundial pós-Trump… Coisas assim sem importância.

Edson Athayde

CEO e CCO da FCB

No fundo, não foi um debate. Foi uma conversa de elevador em que ninguém carrega no botão do andar para que a coisa se mova dali. E nós lá dentro, com o oxigénio a acabar, à espera que alguém diga qualquer coisa que faça sentido.

Não parece que o resto da campanha vá ser diferente. Para que fosse, era preciso que eles quisessem pensar, fazer e falar de forma distinta. Mas não querem. Porque, no fundo, todos acham que já ganharam. Ou já perderam. Como uma vez disse Dilma Rousseff, ex-Presidente do Brasil, com a sua lucidez poética, numa língua muito parecida com o português: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

Pela Negativa: Todos os participantes, incluindo o moderador que, ao optar abrir o debate com o tema da empresa de Montenegro, acabou por imprimir ao debate um tom caceteiro.

Pela Positiva: a equipa de produção da RTP. Conseguiram entregar boas imagens do grupo, nomeadamente quando deixavam vazar a imagem de algum candidato que não estava a falar. Jamais esquecei a cara de tédio da Mortágua ao ouvir os seus companheiros de show.

“Um debate menos sereno, mais caótico – e, por isso mesmo, mais confuso. Foi esse, aliás, o tom do debate deste ano”

José Bourbon Ribeiro, managing partner da Wisdom

O debate “todos contra todos” tem, por norma, um efeito quase ritualista para quem ocupa o cargo de primeiro-ministro ou lidera a governação: transforma-se numa espécie de “corredor polaco”, essa prática iniciática – usada em vários desportos, mas agressiva – em que o alvo atravessa duas fileiras de adversários que, a cada passo, o fustigam com calduços ou pontapés.

Nesse formato, os desafiantes, dos mais relevantes aos mais periféricos, procuram destacar-se através de intervenções mais enfáticas e incisivas, marcando terreno e procurando diferenciar-se. O resultado tende a ser um debate menos sereno, mais caótico – e, por isso mesmo, mais confuso. Foi esse, aliás, o tom do debate deste ano.

Luís Montenegro fez aquilo que, na sua posição, lhe era mais sensato: falou pouco, defendeu a governação dos últimos 12 meses e manteve-se impávido e sereno perante múltiplas provocações, oriundas de todos os seus oponentes. A postura contida que tanto o prejudicou na gestão do caso Spinumviva revelou-se, neste contexto, a sua maior aliada. A sua serenidade, num debate dominado pela agitação, acabou por se destacar.

Terá servido para mobilizar as hostes da AD, que, embaladas pelos sinais positivos das últimas sondagens, viram em Luís Montenegro um líder sereno, com domínio dos dossiers e, nesta noite, um vencedor.

José Bourbon Ribeiro

Managing partner da Wisdom

Outro vencedor da noite foi Paulo Raimundo. A sua prestação assentou numa intervenção clara, no respeito pelo tempo e pela vez dos outros, e numa linguagem acessível, dirigida a todos os que o viam e ouviam em casa. Reforçou, neste formato mais tumultuoso, a boa performance que já havia demonstrado nos debates a dois.

Pedro Nuno Santos, que revelara preparação e assertividade nos confrontos anteriores, viu-se encurralado pelo fardo que carrega: os anos de governação de António Costa. Da esquerda à direita, quase todos os adversários – Montenegro, Ventura, Raimundo, Mortágua e Rui Rocha – aproveitaram a oportunidade para o associar ao estado atual do SNS e à crise na Habitação. O líder socialista não escondeu a irritação e não apresentou uma resposta politicamente eficaz que pudesse ressoar junto do eleitorado.

É pouco provável que este debate em particular, pelo formato e duração, altere significativamente as escolhas dos eleitores. No entanto, terá servido para mobilizar as hostes da AD que, embaladas pelos sinais positivos das últimas sondagens, viram em Luís Montenegro um líder sereno, com domínio dos dossiers e, nesta noite, um vencedor.

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A medida do gestor Miguel Pinto para o próximo Governo

  • ECO
  • 6 Maio 2025

O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. Esta é a proposta de Miguel Pinto, diretor geral da Continental Advanced Antenna, que se foca no investimento.

Portugal enfrenta uma oportunidade estratégica única de se posicionar como um centro europeu de indústria verde e digital. A atração de gigafactories de veículos elétricos e unidades de produção de semicondutores pode transformar a economia nacional, criando milhares de empregos qualificados e modernizando o tecido industrial.

Segundo o Relatório Draghi, é urgente reforçar a autonomia estratégica da Europa, investindo em tecnologias críticas e cadeias de valor sustentáveis. Portugal possui condições excecionais para desempenhar um papel central neste esforço: energia renovável a preços competitivos, localização geoestratégica privilegiada com acesso aos portos de Sines e Leixões, e uma cadeia de fornecimento para a indústria automóvel consolidada.

Com uma estratégia clara e bem implementada, Portugal pode afirmar-se como um hub tecnológico europeu.

Miguel Pinto

O país tem dado passos importantes na construção de uma cadeia de valor para baterias de veículos elétricos, desde a extração de lítio até à produção final de baterias. A instalação de uma fábrica de veículos elétricos seria a cereja no topo do bolo. A importância dos semicondutores na transição digital e na indústria da defesa, um setor estratégico para a Europa, não pode ser subestimada. Este é um domínio onde Portugal pode e deve afirmar-se.

Exemplos internacionais mostram o impacto de políticas públicas eficazes na atração de investimentos estruturantes: a gigafactory de um grande construtor automóvel em Berlim, impulsionada por incentivos fiscais e uma rede de infraestruturas robusta, ou o modelo de Taiwan, que consolidou a sua indústria de semicondutores com forte apoio governamental.

Com uma estratégia clara e bem implementada, Portugal pode afirmar-se como um hub tecnológico europeu, contribuindo para um futuro mais sustentável, competitivo e inovador.

Miguel Pinto
Engenheiro e Gestor

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 6 Maio 2025

O Novobanco e a Nos vão divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano. O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos.

Esta terça-feira, o Novobanco e a Nos vão divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano. O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos. A marcar o dia está ainda o início da reunião de dois dias dos governadores do Banco Central Europeu em Portugal e o início da reunião do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Novobanco apresenta resultados

Em época de apresentação de resultados trimestrais, o Novobanco vai divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano nesta terça-feira antes da abertura do mercado. Em 2024, os lucros do Novobanco totalizaram 744,6 milhões de euros, um resultado líquido recorde que superou por apenas 1,5 milhões de euros o alcançado em 2023. Os lucros do banco aumentaram, assim, apenas 0,2%.

Nos apresenta resultados

Esta terça-feira, a Nos vai divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2025. Em 2024, a operadora lucrou 273,1 milhões de euros, um crescimento superior a 50%, se contabilizados os efeitos “não recorrentes”. A melhoria do resultado líquido consolidado prendeu-se principalmente com as mais-valias da venda de torres de telecomunicações, concluída pela Nos no ano passado, e com um efeito extraordinário referente a taxas de atividade, que lhe foram devolvidas pela Anacom, na sequência de decisões favoráveis e de “inconstitucionalidades” reconhecidas em processos judiciais movidos pela operadora.

Banco de Portugal revela taxas de juro

O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos. Em fevereiro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 14.º mês consecutivo, para 1,83%. Já a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação foi de 3,17%, o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

Governadores do BCE reúnem-se em Portugal

Esta terça-feira começa a reunião de dois dias dos governadores do Banco Central Europeu (BCE), organizada pelo Banco de Portugal. Neste conselho anual à porta fechada a presidente Christine Lagarde e os governadores dos bancos centrais nacionais irão discutir o curso da política monetária. Em abril, a presidente do BCE deixou o aviso de que a escalada das tensões comerciais está a lançar uma nuvem de incerteza sobre as perspetivas de inflação a nível mundial.

Começa reunião de política monetária da Fed norte-americana

Começa esta terça-feira a reunião de dois dias do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana. As perspetivas em torno da economia dos Estados Unidos pioraram, devido à crescente incerteza causada pelas tarifas anunciadas pela administração Trump. O mais recente inquérito do banco central sobre a economia mostra ainda que muitas empresas já foram avisadas pelos fornecedores que os preços vão subir, com os consumidores a comprarem mais carros antes das tarifas, ao passo que o turismo está a baixar.

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Auditora de Gaia entra como ‘listing sponsor’ na Euronext Dublin para fundos de investimento abertos

Consultora de auditoria e gestão Carmo e Cerqueira dá “salto para outro campeonato” com a credenciação como 'listing sponsor' na Euronext Dublin para cotar fundos de investimento abertos.

A portuguesa Carmo e Cerqueira (C.) foi confirmada oficialmente como tier 1 listing sponsor na Euronext Dublin, adiantou ao ECO o cofundador e presidente executivo, José Carmo. A consultora de auditoria e gestão avançou com esta acreditação com o objetivo de cotar fundos de investimento abertos — algo que só é possível fazer na Irlanda ou nos Países Baixos (Amesterdão). É que em Lisboa, onde nos últimos anos tem participado em várias operações nos mercados secundários (Access e Growth), só poderia cotar fundos de investimento fechados.

“Tivemos de demonstrar o nosso background e o conhecimento que temos do mercado de capitais e de fundos em Portugal. Facilitou o facto de já sermos listing sponsors da Euronext em Lisboa, no Access e no Growth. Mas tivemos de demonstrar também que cumprimos com algumas exigências, nomeadamente em termos de independência. Por exemplo, que não somos auditores dos fundos que estamos a apresentar, que há chinese walls entre a auditoria e o advisory, que não somos revisores e listing sponsors da mesma entidade”, resume.

Estamos a falar de outro campeonato. Já não são empresas de cinco ou dez milhões, mas fundos de 150 milhões. Do ponto de visto de remuneração também é outro nível.

José Carmo

CEO e cofundador da C. (Carmo e Cerqueira)

José Carmo destaca que a consultora de auditoria e gestão de Gaia fica “apta a prestar esse serviço também a empresas estrangeiras – e aí é competitiva do ponto de vista de preço” – e que esta acreditação será atrativa em termos de negócio, sendo que atualmente esta atividade como listing sponsor vale ‘apenas’ 7,5% da faturação. “Dando este salto e passando a listar fundos, estamos a falar de outro campeonato. Já não são empresas de cinco ou dez milhões, mas fundos de 150 milhões. Do ponto de visto de remuneração também é outro nível, nomeadamente no acompanhamento. E até do ponto de vista de cadência de faturação garante um nível de remuneração que é interessante”, aponta.

“Se quiser investir num fundo de investimento fechado, a pessoa tem de se registar em Portugal, ter um número de contribuinte português ou passar por todo o processo de KYC [Know Your Customer] dos bancos portugueses [para mitigar riscos nas operações financeiras]. Se tiver um fundo de investimento aberto que está cotado, a partir do broker lá fora pode comprar unidades de participação no fundo, sem ter de passar por todas as exigências de KYC e de branqueamento de capitais no país de destino, fazendo o investimento diretamente como faz em ações normais. Há fundos portugueses que têm esse interesse e vamos tentar fazer o listing desses fundos em Dublin”, acrescenta o gestor.

José Carmo, CEO e cofundador da consultora C. (antiga Carmo e Cerqueira)Ricardo Castelo/ECO

Qual o trabalho de um listing sponsor? Em resumo, numa primeira fase está responsável pelo processo de due diligence e em ajudar a reestruturar as empresas para que possam ser colocadas em bolsa, verificando se está ou não em condições de ser listada. Numa segunda fase, ajuda igualmente na elaboração do documento informativo – na maior parte dos casos não é preciso um prospeto porque o valor do investimento é baixo. Uma vez listada a empresa, compete-lhe depois fazer o papel do public relations, especificando, por exemplo, o que tem ou não de divulgar, quando é que deve publicar as contas e outras informações do género.

Nos últimos anos, a C. tem apostado nesta atividade como listing sponsor nos mercados secundários da Euronext Lisbon, com destaque para três operações que avançaram por motivos diferentes. No caso da Farminvest, o objetivo era facilitar as trocas de participações entre os proprietários das farmácias e foi criada uma classe específica de ações que está listada. Na Vila dos Números, organizar os investimentos do ponto de vista familiar e otimizá-los do ponto de vista fiscal: constituíram uma SIGI, que obriga a uma dispersão de capital num mercado e o Euronext Access serve esse propósito.

No caso mais recente da Samba Digital, que é neste momento a única empresa portuguesa no Euronext Growth, a startup de marketing desportivo quis listar-se para facilitar a entrada de investidores. No início deste ano, a empresa fundada em 2018 nos EUA anunciou um aumento de capital de quatro milhões de euros para financiar o desenvolvimento de uma plataforma de inteligência artificial para organizações desportivas.

Escritório da consultora C. no Candal Park, em Vila Nova de Gaia.Ricardo Castelo/ECO

Cofundada por José Carmo e David Cerqueira, ambos ex-quadros da PwC e que já se conheciam da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), a C. tem também Bruno Neves como sócio desde o final de 2017: era senior manager no escritório da KPMG no Porto e foi convidado nessa altura para liderar o departamento de fiscalidade.

Com clientes nos setores da banca, indústria, farmacêutico, advocacia, hotelaria ou imobiliário, esta sociedade de revisores oficiais de contas e consultora especializada em corporate finance, fiscalidade e mercado de capitais emprega atualmente 27 pessoas e fechou o último exercício com uma faturação de dois milhões de euros, com a auditoria a equivaler a cerca de 45% do negócio.

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Apagão ibérico relança debate sobre ‘corredor elétrico’ na Europa

Especialistas consideram que o dia 28 de abril, quando Portugal e Espanha ficaram às escuras, pode dar ímpeto ao antigo apelo às interligações, mas depende da "vontade de Bruxelas de agir".

O apagão histórico que deixou Portugal e Espanha às escuras esta segunda-feira não só expôs as fragilidades do sistema elétrico como levantou questões sobre a autonomia das redes de eletricidade na Europa. O facto de a Península Ibérica funcionar como uma ‘ilha energética’ dentro da Europa tem sido questionado há mais de uma década – sem desenvolvimentos – e as opiniões continuam divididas sobre as vantagens de incluir mais países neste bloco de energia.

Miguel Moreira da Silva, antigo coordenador de gestão de ativos na REN e managing partner da consultora Wiimer, afirma que esta situação traz de volta o debate público sobre o reforço das interligações energéticas, mas alerta que as falhas ocorreriam mesmo se Portugal estivesse interligado a mais países.

“Não haja equívocos. Mesmo que a interligação entre Espanha e França estivesse em linha com a meta de 2030 (15% de capacidade de interligação), provavelmente esse corredor elétrico não seria suficiente para auxiliar a abrupta descida de produção em Espanha. O sistema espanhol perdeu cerca de metade da sua ponta máxima. Se estivessem disponíveis os 5GW -atualmente apenas estão disponíveis 2,8GW – de interligação nos Pirinéus, estaríamos muito distantes do colapso de 15GW”, explica Miguel Moreira da Silva ao ECO.

Enquanto Espanha tem algumas ligações com França, Portugal está exclusivamente conectado a nuestros hermanos, embora ambos estejam a tentar alterar esta situação e aumentar as interligações, pelo menos desde 2015, durante o Governo de Pedro Passos Coelho. Desde então, poucos avanços foram feitos nesse sentido.

Para o académico João Pedro Pereira, professor da Nova SBE, “seria bom haver mais linhas de transmissão elétrica” entre Espanha e França, desde que os custos fossem devidamente contabilizados. “Atualmente há cinco, de acordo com o mapa abaixo, mas é difícil – leia-se muito caro – construir mais linhas. É preciso analisar os benefícios de mais integração, quer ao nível dos preços da eletricidade no dia a dia, quer ao nível da segurança adicional contra eventos como o de segunda-feira”, sublinha o especialista em finanças energéticas, precificação de ativos e risco de crédito.

A Turbogás, concessionária da central da Tapada do Outeiro, declara que é “imperativo” avançar com mais investimentos em infraestruturas, incluindo novas interligações com o resto da Europa, apesar de a conexão ibérica permitir “manifestas vantagens económicas” para os consumidores ao dar acesso a energia mais barata em determinadas horas do dia.

“Contudo, a transição energética – marcada pela crescente incorporação de fontes renováveis – traz novos desafios à estabilidade e fiabilidade do sistema, exigindo decisões assentes em análises técnicas rigorosas e não em discursos simplistas ou apenas generalistas. A construção de uma Europa energética mais integrada deve ser feita de forma gradual, segura e tecnicamente sustentada”, esclarece fonte oficial da Turbogás, em declarações ao ECO.

Para acabar com esta ‘ilha energética’ luso-espanhola, a empresa de Gondomar diz que é preciso investir em infraestruturas de interligação além de França.

Na mesma linha de pensamento, a advogada Margarida Ramires Ramos, que foi adjunta do secretário de Estado da Energia e do ministro do Planeamento e das Infraestruturas no XXI Governo Constitucional, considera que “Portugal tem de estar ligado a Espanha e ao resto do continente europeu”. Contudo, essa ligação “depende da vontade política da Comissão Europeia em agir”.

A consorciada da Legal Joint Venture acredita que o dia 28 de abril de 2025 “poderá contribuir” para que os esforços dos últimos anos “sejam alcançados”, referindo-se à declaração conjunta de 2015, ao Grupo de Alto Nível criado por Bruxelas em junho desse ano após a cimeira de Madrid, em março, e ao memorando de entendimento de dezembro de 2023, no qual o grupo se comprometeu a cooperar em projetos estratégicos, entre os quais as interconexões transfronteiriças na eletricidade. “Diga-se que a ligação a Espanha também e benéfica para os consumidores, uma vez que permite comprar energia a um preço mais atrativo, uma vez que Espanha tem excesso de produção de energia de fonte solar”, ressalva Margarida Ramires Ramos, defensora da independência energética da Europa.

Ivone Rocha, fundadora da EFELA – European Federation of Energy Law Association e membro da direção da APDEN – Associação Portuguesa de Direito de Energia, diz que o apagão “é mais uma demonstração” da necessidade de fortalecer a ligação energética entre a Península Ibéria e o resto da Europa e defende a sinergia ibérica.

“Ao contrário do que tenho ouvido, é essencial a Portugal estar ligado a Espanha. Ainda bem que temos um mercado ibérico de energia, essencial a uma boa formulação de preços, bem como à própria segurança de abastecimento”, argumenta a sócia da Telles. “A questão está na pressão colocada na gestão da rede e no seu reforço, sobretudo na ligação da Península Ibérica com o resto da Europa. Ainda não temos dados concretos e conclusões concretas sobre o que se passou, mas tudo indica para uma oscilação súbita nos fluxos de potência, que provocou o isolamento da rede ibérica”, acrescenta Ivone Rocha.

Corredor elétrico, a “importante batalha” de Passos Coelho

A advogada especializada em energia reconhece que a interligação foi uma “importante batalha do XIX Governo” em conjunto com o Executivo de Espanha, embora admita que “os avanços estão abaixo do esperado”. “Impõe-se retomar e implementar, mas também se impõe olhar para a gestão de redes e de sistemas, com implementação de sistemas de backup, com por exemplo uso de baterias”, apela.

Já Miguel Moreira da Silva considera fundamental reforçar o investimento nas redes, na garantia de inércia mínima, na partilha de informação e no desenvolvimento de sistemas autónomos de gestão de incidentes através de Inteligência Artificial (IA) capaz de prever, detetar e atuar perante anomalias. “Será necessário investir em dispositivos para apoio à estabilidade das redes, como baterias, controlo de tensão, previsão de energia solar, gestão do risco, regras entre agentes do sistema e modelos para planeamento e operação do sistema elétrico utilizando IA”, defende.

Montenegro preocupado com dependência espanhola

Quando falou ao país, o primeiro-ministro alertou para a dependência de Portugal em relação a Espanha e garantiu que o país tem lutado, no contexto da União Europeia, pelo “reforço das interligações na Europa de forma a ter mais autonomia para receber e vender energia”.

“Ao contrário de Espanha, que teve a ajuda das outras ligações que tem, nomeadamente com França e Marrocos, nós estamos dependentes numa situação de constrangimentos da ligação que temos a Espanha. É verdade que a circunstância de Espanha ter, nomeadamente com a Europa, limitações de interligação também afeta a capacidade de fornecimento de Portugal”, referiu Luís Montenegro.

No momento da falha, o sistema elétrico nacional estava a importar eletricidade de Espanha. Trata-se de um procedimento comum – e que, segundo administrador da REN, “tem sido normal nestes últimos dias” – para utilizar energia mais barata produzida em Espanha, uma vez que há uma elevada penetração de centrais solares do outro lado da fronteira. Luís Montenegro desvalorizou o facto de estar a ocorrer importação de energia aquando do apagão, até porque teria ocorrido na mesma, diz.

“É verdade que, por razões financeiras, estávamos a importar energia de Espanha, porque estava a um preço mais competitivo, mas mesmo que assim não fosse, fruto dessa ligação, o apagão em Espanha teria provocado o mesmo apagão em Portugal”, defendeu o primeiro-ministro.

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Santander deixa Polónia. CEO do BCP rejeita fazer o mesmo

O Santander anunciou esta segunda-feira a venda da quase totalidade da participação no seu banco na Polónia. O presidente executivo do BCP garante que não seguirá o caminho do rival espanhol.

“Não está em cima da mesa sair da Polónia”, afirma, perentório, o presidente executivo do BCP, numa entrevista ao ECO a propósito dos prémios Investor Relations and Governance Awards, uma iniciativa da Deloiite. Miguel Maya rejeita assim seguir a estratégia do Santander, que esta segunda-feira anunciou a venda da quase totalidade da sua participação na sua unidade polaca.

O Santander entrou na Polónia em 2011 através da aquisição do Bank Zachodni WBK, consolidou-o com o Kredyt Bank, e criou a terceira maior instituição financeira do país, com uma quota de mercado de 8% em 2024. Esta segunda-feira, o banco espanhol anunciou a venda de 49% do capital ao austríaco Erste Group Bank pelo equivalente a 6,8 mil milhões de euros, mantendo uma participação de 13%. Alienou ainda a sua posição de 50% no negócio de gestão de ativos por 200 milhões.

“A Polónia é uma operação muito interessante, que fez ela própria um processo de recuperação”, destacou Miguel Maya ao ECO. “A nossa gestão é baseada em factos, em dados, e, portanto, questionamos tudo: o crédito pessoal, o crédito à habitação, as operações, a rentabilidade, investimentos, sucursais. Tudo isto, não damos nada por adquirido, estamos permanentemente a fazer um assessement”, apontou, assegurando, no entanto, que “não está em cima da mesa sair da Polónia”.

O BCP está na Polónia desde o ano 2000, quando entrou no capital do BIG Bank GDAŃSKI, rebatizado para Bank Millennium, detendo atualmente uma participação de 50,1%. A instituição registou um crescimento dos lucros de 31,7% no ano passado, para os 167,1 milhões de euros, conseguindo um resultado positivo pelo segundo ano consecutivo, mas durante um longo período pesou nas contas do BCP, devido a várias “tormentas”, expressão usada por Miguel Maya em 2022.

O banco foi obrigado a constituir provisões para fazer face às contingências na carteira de crédito hipotecário em francos suíços e, mais tarde, devido à aprovação de uma nova lei sobre moratórias de crédito. Nas contas do ano passado, contabilizava provisões de 460 milhões para o stock de 750,2 milhões de euros em empréstimos na divisa suíça e mais 26,2 milhões para as moratórias. Foi também criado um Fundo de Proteção Institucional (IPS, na sigla em inglês), para assegurar a estabilidade do setor, para o qual o Bank Millinnium também teve de contribuir.

A presidente do Santander, Ana Botín, justifica a venda na Polónia como “mais um passo-chave no foco estratégico de criação de valor para o acionista” e “o crescimento da escala do grupo em geografias com mercados altamente conectados”. Metade da mais-valia de 3,2 mil milhões de euros será usada para acelerar o programa de recompra de ações, que é antecipado para o início de 2026, podendo o montante total de até 10 mil milhões ser aumentado.

O Santander desinveste num mercado cuja economia deverá crescer 3,2% este ano, contra apenas 1,5% na média da União Europeia, e num banco que em 2024 apresentou um retorno do capital (RoTE) de 22%, acima dos 16,3% registados pelo grupo espanhol.

“Estamos a concretizar um objetivo estratégico de longa data: enquanto principal financiador na Europa Central e de Leste, continuamos a alargar a nossa presença na região e a expandir-nos num dos mercados bancários mais dinâmicos e rentáveis da Europa”, reagiu o CEO do Erste Group, Peter Bosek.

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Economia tem de crescer entre 2,8% a 3% nos próximos nove meses para atingir metas do PS e da AD

Projeções da AD e do PS para a totalidade do ano revelam-se mais desafiantes perante dados do 1º trimestre, alertam economistas. PIB terá de recuperar fortemente, mas ainda há o efeito 'apagão'.

  • O ECO vai divulgar cinco séries semanais de trabalhos sobre temas cruciais para o país, no período que antecede as eleições legislativas de 18 de maio. Os rendimentos das famílias, a execução dos fundos europeus, o crescimento da economia nacional, a crise da habitação e o investimento na Defesa vão estar em foco. O ECO vai fazer o ponto da situação destes temas, sintetizar as propostas dos principais partidos e ouvir a avaliação dos especialistas.

Depois do fraco desempenho no arranque do ano, a economia portuguesa precisará de crescer entre 2,8% a 3% entre abril e dezembro para alcançar as previsões do PS e da AD, respetivamente, para a totalidade deste ano, de acordo com cálculos do ECO. Um cenário desafiante face à incerteza internacional, particularmente devido às tarifas, alertam os economistas.

O crescimento da economia portuguesa desacelerou no arranque do ano. Um quadro esperado pelos economistas, mas cuja dimensão do abrandamento surpreendeu. Os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,6% em termos homólogos nos primeiros três meses, depois de ter aumentado 2,8% no trimestre precedente. Uma evolução que resulta do abrandamento do consumo privado e da desaceleração das exportações de bens e serviços.

Os dados indicam ainda que o PIB contraiu-se 0,5% na comparação em cadeia, quando no trimestre anterior tinha subido 1,4%. Segundo o INE, um resultado que reflete a combinação de um contributo nulo da procura interna (após ter sido positiva nos últimos três meses de 2024) e do contributo negativo da procura externa líquida.

Perante este desempenho, de acordo com cálculos do ECO (com base nos dados do INE a preços de mercado e ajustados de sazonalidade), a economia terá de crescer cerca de 3% entre abril e dezembro para alcançar a meta anual de 2,4% projetada pelo Ministério das Finanças, no Relatório de Progressos do Plano Orçamento de Médio Prazo enviado a Bruxelas, e pela Aliança Democrática (AD) no seu programa eleitoral. Significa isto que, em média, o PIB terá de avançar perto de 1% em cadeia em cada um dos trimestres que se seguem.

Para cumprir a projeção do PS de um crescimento de 2,3% este ano (a mesma que o Banco de Portugal), é preciso que o PIB suba cerca de 2,8% em nove meses, a que corresponde uma taxa em cadeia de pouco mais de 0,9% em cada trimestre.

Em condições normais seria extremamente difícil, com a conjuntura internacional que temos é praticamente impossível.

Pedro Braz Teixeira

Diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade

Em condições normais seria extremamente difícil, com a conjuntura internacional que temos é praticamente impossível“, considera Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, em declarações ao ECO quando questionado sobre a probabilidade de alcançar estes valores.

Além da incerteza internacional, poderá verificar-se algum impacto do apagão, mesmo que ligeiro, no segundo trimestre. Segundo contas de Pedro Braz Teixeira, a falha que paralisou o país dia 28 de abril poderá “retirar 0,1% a 0,2% ao crescimento do segundo trimestre”, devido à paragem da produção não compensada.

“Se considerarmos a paralisação da produção talvez chegamos a uma perda de 1%, mas alguma é compensada nas semanas seguintes. Porém, há sempre atividade que não se compensa“, aponta.

Pedro Braz Teixeira calcula que apagão retire 0,1% a 0,2% ao crescimento do segundo trimestre. Ricardo Ferraz aponta para um custo à volta de 400 milhões de euros ao PIB deste ano.

Na mesma linha, Ricardo Ferraz, professor no ISEG e na Universidade Lusófona, em declarações ao ECO, considera que “além da conjuntura externa, que não é a melhor, uma parte relevante da história poderá estar relacionada com efeitos pontuais”. Porém, “de qualquer forma, estes dados parecem tornar mais difícil alcançar um crescimento económico próximo dos 2,5% no conjunto de 2025″.

O economista também sinaliza o impacto do apagão no segundo trimestre, o que de acordo com os seus cálculos, poderá ter custado cerca de 400 milhões de euros ao PIB deste ano. “Ainda assim difícil não é sinónimo de impossível. Tudo vai depender do comportamento da nossa economia nos próximos trimestres, sendo que a evolução da conjuntura externa vai ser determinante“, acrescenta.

Tudo vai depender do comportamento da nossa economia nos próximos trimestres, sendo que a evolução da conjuntura externa vai ser determinante.

Ricardo Ferraz

Professor do ISEG e da Lusófona

Para já, do lado do Governo mantém-se a confiança na projeção para a totalidade do ano. “Temos todas as condições para chegar ao final com todas as nossas estimativas cumpridas. Evidentemente que temos de ser prudentes, mas também temos de ser ambiciosos”, afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate televisivo entre os oito líderes dos partidos com assento parlamentar.

Uma posição sobre a qual o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, discorda. “O crescimento económico para 2025 já vai ter de ser revisto em baixa, o que torna o programa da AD uma impossibilidade completa“, aposta.

Uma opinião partilhada por Pedro Braz Teixeira. “Com os dados do primeiro trimestre crescer sequer 2% é extremamente difícil, muito menos crescer 2,3% ou 2,4%. Os dados do 4º trimestre foram muito melhor do que o esperado e levaram a um otimismo e revisão em alta das estimativas para este ano, agora os dados do primeiro trimestre foram muito pior do que o esperado e obrigam a uma revisão em baixa“, considerou.

Legislativas 2025, debate com todos os partidos na RTP. Luís Montenegro (PSD) e Pedro Nuno Santos (PS)Pedro Pina - RTP 4 Maio, 2025

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, procurou desvalorizar a questão. “Não nos deve surpreender muito [os números do primeiro trimestre], porque o crescimento em cadeia do quarto trimestre foi o mais elevado desde a entrada no Euro, com exceção da pandemia“, disse durante um almoço-debate na segunda-feira.

Apesar dos dados do INE ainda darem pouca visibilidade sobre os contributos para o PIB, Miranda Sarmento elenca entre os prováveis fatores de influência uma desaceleração no investimento em construção, medido pelo INE através do consumo de cimento, cujas compras cresceram mais de 20% em novembro e dezembro, e que agora terão ficado abaixo dessa taxa. A este indicador junta-se um crescimento do investimento privado menor do que o previsto, bem como uma desaceleração do consumo privado.

A retração do consumo das famílias era esperada pelos economistas, que assinalavam o impacto do aumento de rendimentos devido às alterações do IRS com retroativos e ao bónus para os pensionistas e reformados no último trimestre do ano passado. O Banco de Portugal antecipou para os primeiros três meses deste ano uma redução de 1,2% do rendimento disponível nominal, com reflexos no consumo.

Ainda assim, os dados surpreenderam os economistas do BPI, que assinalam que “os comportamentos de diversos indicadores disponíveis até fevereiro não sugeriam contração do PIB em cadeia“. No consumo, destacam que embora os levantamentos e compras com cartões apresentassem uma queda, indicadores mais globais como as vendas a retalho deflacionadas e vendas de automóveis sugeriam que o consumo se mantinha robusto. Paralelamente, a faturação na indústria e nos serviços avançou 0,8% e 3,8% respetivamente, apontam.

Ministro das Finanças aponta para desaceleração no investimento em construção, medido pelo INE através do consumo de cimento, e do investimento privado, bem como do consumo das famílias. Paralelamente, as importações aceleraram.

O ministro das Finanças destacou ainda o impacto para o desempenho do primeiro trimestre da aceleração verificada nas importações, o que, admite, “poderá ou não já ter a ver com alguma antecipação do efeito das tarifas“. Efeito esse que Pedro Braz Teixeira alerta que terá impacto ao longo do ano.

“Ainda não sabemos nada do que aí vem [as tarifas estão suspensas, enquanto decorrem negociações], mas sabemos que as tarifas são negativas e a incerteza aumentou. Quando os EUA decidem uma coisa numa semana e na seguinte recuam, estamos num mundo em que temos o máximo de incerteza, o que tem um impacto muito grande“, argumenta.

O economista recorda que “no meio da incerteza, as empresas não investem e não contratam e as famílias não fazem grandes aquisições, pelo que há impactos sobre investimento e consumo“. Ademais, os efeitos poderão chegar a Portugal por via indireta, através da menor procura dos parceiros comerciais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou recentemente a expansão do PIB mundial para 2,8% este ano, face aos 3,3% que apontou em janeiro, e para 0,8% o da Zona Euro, menos duas décimas do que projetava anteriormente. A instituição de Bretton Woods reviu em baixa as projeções para as principais economias europeias, com exceção de Espanha, apontando para uma estagnação na Alemanha. Cenário que o Governo alemão também admite. Na semana passada, passou de uma taxa de 0,3% para 0%.

Certo é que o efeito Trump já se sente nos EUA. A economia americana registou uma contração homóloga de 0,3% no primeiro trimestre, o que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2022. O presidente norte-americano admitiu que o cenário de recessão no curto prazo pode ser uma realidade, ainda que defenda que a época é de transição e as terras de ‘Uncle Sam’ irão assistir “ao maior ‘boom’ económico da história”.

Entre as instituições económicas, o Conselho das Finanças Públicas – que na semana passada, considerou que a projeção de 2,4% é “provável”, mas não é “prudente” – prevê um crescimento para Portugal de 2,2% este ano, o FMI e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2% e a Comissão Europeia de 1,9%.

Os economistas do BPI destacam que “é muito possível que o crescimento trimestral em 2025 se revele muito volátil, com movimentos ascendentes e descendentes que pouco refletirão o comportamento real da economia“.

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Novobanco dá mais um passo no IPO: acionistas aprovam a 4 de junho admissão à bolsa

IPO do Novobanco começa a ganhar forma. Daqui a um mês os acionistas vão decidir sobre a admissão de ações em bolsa, abrindo caminho para o IPO. Assessores preparam prospeto da operação.

Passo a passo, o Novobanco vai fazendo o seu caminho rumo à bolsa de Lisboa. E uma das etapas decisivas deste processo acontece dentro de menos de um mês. O banco acabou de marcar uma assembleia geral extraordinária para o dia 4 de junho para que os seus acionistas deliberem sobre a admissão à negociação de ações no mercado regulamentado da Euronext Lisbon.

A luz verde dos acionistas — designadamente, o fundo Lone Star, o Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) — para que o capital do Novobanco possa ser admitido na bolsa é um passo decisivo e precedente à oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que o banco liderado por Mark Bourke tem vindo a preparar desde que a 13 de fevereiro anunciou o mandato atribuído pelo fundo americano para avançar com a operação.

Outra das cinco propostas em cima desta assembleia geral extraordinária diz respeito à “revisão integral dos estatutos” do Novobanco de forma a garantir que cumpre “as regras que lhe serão aplicáveis” quando estiver a cotar na bolsa, de acordo com a convocatória anunciada pelo banco.

Por essa altura, e segundo as informações recolhidas pelo ECO, o banco liderado por Mark Bourke já deverá ter uma ideia mais clara sobre o calendário da operação – que ficou mais incerto com a enorme instabilidade nas bolsas internacionais na sequência do anúncio de tarifas por parte do Presidente dos EUA no início de abril.

Há duas datas em cima da mesa para avançar com o IPO: realizar a operação até ao final de junho ou deixar passar o verão e concretizar o negócio apenas em setembro. Desde o início deste processo que o banco tem frisado que o timing será ditado pelas condições do mercado.

Além do calendário, ainda está por definir a percentagem de capital a dispersar no IPO – sendo previsível uma dispersão entre 25% a 30% do capital do banco – e também a quem se destinará a oferta, se apenas a investidores institucionais ou também ao retalho.

Nas últimas semanas, os bancos de investimento que estão a apoiar o Novobanco têm vindo a trabalhar no prospeto da oferta. É um documento indispensável — com toda a informação necessária sobre o banco e o IPO — para que a operação possa ter lugar, carecendo de aprovação do regulador da bolsa, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar de o cenário do IPO estar a ganhar cada vez mais forma, fonte ligada ao processo lembrou que os americanos continuam a correr em duas pistas. Além do mercado de capitais, também admitem vender diretamente o banco a alguma outra instituição que acene com o valor certo. O ECO avançou há três semanas que os donos do Natixis estavam a avaliar a compra do Novobanco, mas os bancos portugueses — nomeadamente a Caixa — também podem surgir nesta corrida.

Esta segunda-feira foi dado mais um passo rumo à venda — seja em que moldes possa vir a acontecer. Os acionistas aprovaram esta segunda-feira uma redução do capital do banco em 1,1 mil milhões de euros. Era capital em excesso que o Novobanco foi acumulado nos últimos anos em que estava impedido de dar dividendos. Com isso, a Lone Star vai encaixar 825 milhões de euros — em cima dos 168,5 milhões de dividendos que já recebeu por conta dos resultados do ano passado. Ou seja, já recuperou os mil milhões de euros investidos em 2017, aquando da compra de 75% do capital da instituição portuguesa.

Certo é que a operação surgirá numa altura de contração dos resultados do setor. Depois da escalada dos juros ter impulsionado os lucros da banca para recordes, a inversão das taxas do Banco Central Europeu (BCE) e dos indexantes do crédito já estão a fazer-se sentir nas contas dos bancos.

Esta segunda-feira o BPI revelou uma quebra da margem financeira e não fossem os dividendos de Angola e teria registado uma quebra do lucro no primeiro trimestre. Ainda assim, o CEO João Pedro Oliveira e Costa adiantou que os resultados irão descer este ano devido à descida dos juros.

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Ex-CEO da corretora AON vai liderar Sabseg em Espanha

Eduardo Dávila vai ser o novo presidente e CEO da Sabseg em Espanha, enquanto Miguel Machado continua à frente do negócio em Portugal e Brasil. Carlos Martins passa a administrador.

Eduardo Dávila, operating partner da Miura Partners e Senior Advisor na consultora McKinsey, foi nomeado presidente e CEO da Sabseg em Espanha, “com o objetivo de ajudar a impulsionar o crescimento e a consolidação do mercado de corretagem de seguros no sul da Europa”, afirma fonte da empresa.

Eduardo Dávila entra com a missão de “impulsionar o crescimento e a consolidação do mercado de corretagem de seguros da Sabseg no sul da Europa”.

Dávila vem de uma carreira de mais de 23 anos como executivo de topo na corretora AON, onde foi CEO da região EMEA (Europa, médio Oriente e África) e, até janeiro deste ano, conselheiro de Greg Case, presidente mundial da AON.

Miguel Machado considera-se totalmente alinhado com esta nova fase estratégica e comprometido em partilhar toda a experiência e conhecimento.

Miguel Machado, Presidente e CEO da Sabseg em Portugal e Brasil, afirma “grande entusiasmo” com a chegada de Eduardo Dávila à Sabseg: “Estou totalmente alinhado com esta nova fase estratégica e comprometido em partilhar toda a experiência e conhecimento acumulado ao longo dos últimos anos, através da estratégia de crescimento bem-sucedida que implementámos em Portugal e Brasil”, disse.

Também foi revelada a nomeação de Carlos Martins como novo Administrador em Portugal. “A sua solidez e experiência reforçarão a nossa capacidade de execução e inovação”, comentou Miguel Machado. Carlos Martins junta-se aos atuais administradores Fernando Araújo e José Pereira.

Carlos Martins, COO da corretora em Portugal, vai reforçar a administração da Sabseg na operação portuguesa.

Juan Leach, sócio fundador da Miura Partners, maior acionista do grupo Sabseg, referiu que “a nomeação do Eduardo Dávila como Presidente e CEO da Sabseg em Espanha, a par da continuidade do Miguel Machado como Presidente e CEO para Portugal e Brasil reforça a ambição estratégica da empresa”, acrescentando estar certo de que “esta combinação de competências será determinante para consolidar a posição de liderança da Sabseg no espaço ibérico e lusófono”, conclui.

Segundo a corretora, a Sabseg gere atualmente mais de 650 milhões de euros em prémios, contando com mais de 310 mil clientes, 710 colaboradores, 56 escritórios e 2 mil agentes.

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