Vanessa Romeu assume direção de corporate affairs do Lidl

  • + M
  • 28 Abril 2025

Vanessa Romeu regressa ao retalhista alimentar onde trabalhou entre 2013 e 2021 como diretora de comunicação e responsabilidade social.

Vanessa Romeu é agora diretora de corporate affairs do Lidl, ficando responsável pelas áreas de relações institucionais, comunicação corporativa e sustentabilidade da empresa em Portugal. A profissional regressa à cadeia onde, entre 2013 e 2021, assumia a direção de comunicação e responsabilidade social.

É com grande entusiasmo que regresso ao Lidl para continuarmos a fazer evoluir a reputação da marca em Portugal junto dos nossos stakeholders (internos e externos), alavancando ainda mais o impacto positivo que o Lidl já gera junto das comunidades, no país e no planeta”, diz Vanessa Romeu, citada em comunicado.

“Acompanhei de perto o crescimento do Lidl em Portugal e o reforço da sua presença nos hábitos de consumo dos portugueses — ‘da estranheza à certeza’, como destaca a nossa mais recente campanha publicitária. Decidi voltar a esta casa porque o vínculo nunca se perdeu — e quem passa pelo Lidl percebe como é uma empresa única. Esta é uma oportunidade de fazer parte de um novo capítulo da história do Lidl, que celebra este ano o seu 30º aniversário em Portugal”, acrescenta

Licenciada em Bioquímica pelo Imperial College London, com um programa avançado de Gestão Executivos pela Universidade Católica Portuguesa e uma pós-graduação em Sustentabilidade pela Nova School of Business and Economics, Vanessa Romeu começou a sua carreira na Procter & Gamble, na Bélgica e nos Estados Unidos.

De regresso a Portugal em 2003, integrou o Grupo Impresa, onde assumiu a liderança da direção de marketing e publicidade da SIC, tendo sido também vice-presidente da SIC Esperança, até que integrou o Lidl. Após cerca de oito anos no retalhista, Vanessa Romeu assumiu a direção global de comunicação da Hovione e, posteriormente, a direção de comunicação do Grupo Omni Helicopters International.

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Parlamento debate quarta-feira com urgência apagão com resistência de PSD e CDS. Siga aqui

  • ECO
  • 28 Abril 2025

País começa a voltar à normalidade depois do apagão geral registado na segunda-feira e que durou várias horas. REN garante rede “perfeitamente estabilizada” com todas as subestações em funcionamento.

Um apagão geral na eletricidade afetou Portugal e Espanha na segunda-feira, tendo as falhas no abastecimento começado em simultâneo por volta das 11h35. Esta terça-feira, a vida dos portugueses começa a voltar à normalidade, mas subsistem alguns constrangimentos, sobretudo no setor dos transportes.

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Apagão europeu deixa Portugal sem eletricidade

  • ECO
  • 28 Abril 2025

Falha de eletricidade também afeta Espanha, França e Reino Unido. "A reposição do serviço está a ser feita de forma progressiva", segundo a E-Redes.

Está a ocorrer um apagão que afeta Portugal e outros países europeus, incluindo Espanha. A falha no abastecimento de eletricidade começou em simultâneo por volta das 11h35, com relatos a surgirem de Norte a Sul do país, causando inúmeras perturbações, incluindo nas comunicações e nos transportes.

Segundo uma fonte da E-Redes (antiga EDP Distribuição), citada pelo Expresso, “a interrupção deveu-se a um problema na rede elétrica europeia, que afetou a rede nacional”: “Por indicação da REN, foi necessário proceder a cortes de energia em algumas zonas específicas para garantir a estabilidade da rede. A reposição do serviço está a ser feita de forma progressiva.”

“O apagão também afetou regiões de Espanha e França, devido a avarias em linhas de muito alta tensão de 400.000 volts. Em Espanha, comunidades autónomas como Madrid, Catalunha, Andaluzia, Aragão, Navarra, País Basco, Castela e Leão, Estremadura e Múrcia foram impactadas. Em França, a Costa Basca e a região da Borgonha também registaram cortes de energia”, segundo o Expresso.

Contactada pelo ECO, fonte oficial da E-Redes não fez comentário, não havendo qualquer comunicado oficial até ao momento.

A verdadeira dimensão do problema ainda não é conhecida. O ECO sabe de relatos de pessoas afetadas em Espanha, nomeadamente em Madrid e Barcelona. Uma pessoa contactada em Londres, no Reino Unido, também estava sem eletricidade. No entanto também foi possível contactar uma pessoa que está na Alemanha e que não regista qualquer problema no abastecimento elétrico, e outra em Itália.

Em Portugal, também estão a verificar-se perturbações nas comunicações. Além disso, segundo a Renascença, há passageiros retidos em carruagens nos túneis do Metro de Lisboa e há semáforos que deixaram de funcionar.

(Notícia em atualização)

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Portugueses nunca viajaram tanto para fora como em 2024. Espanha, França e Itália foram os principais destinos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Abril 2025

Viagens ao estrangeiro registaram tendência inversa às deslocações “dentro de portas” e ao total de viagens realizadas ao longo do ano passado, que caíram 4,7% e 3,2%, respetivamente.

Os residentes em Portugal realizaram 22,9 milhões de viagens em 2024, o que representa uma diminuição de 3,2% face ao ano anterior, segundo os dados provisórios divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A quebra foi influenciada, sobretudo, pelo recuo de 4,7% nas deslocações em território nacional, num total de 19,5 milhões, refletindo, por sua vez, os “decréscimos expressivos” dos dois primeiros trimestres do ano. A região Centro destacou-se como o principal destino, concentrando 29,9% do total de viagens, seguindo-se o Norte (25,0%).

No entanto, as viagens ao estrangeiro cresceram 6,2%, atingindo um máximo histórico de 3,4 milhões de deslocações. Espanha, França e Itália foram os principais destinos dos portugueses durante o ano passado, embora tenham perdido expressão em comparação com 2023.

Variação homóloga das viagens dos residentes, por destino, trimestral

Fonte: INE

De acordo com o serviço estatístico, as viagens “dentro de portas” representaram 85% do total de viagens dos residentes no ano passado, sendo que a maioria foi para “lazer, recreio ou férias” — segmento que teve um peso de 47,5% e que foi ainda mais predominante nos motivos das deslocações lá fora (70,3%). A duração média das viagens foi de 4,07 noites, um ligeiro recuo face a 2023 (4,08 noites).

Se se tiver em conta apenas o quarto trimestre, os portugueses realizaram 5,3 milhões de viagens, correspondendo a um crescimento homólogo de 3,1%. As viagens em território nacional aumentaram 2,5% face ao mesmo período do ano anterior e corresponderam a 86,2% das deslocações (4,6 milhões), enquanto as viagens com destino ao estrangeiro cresceram 7,0%, totalizando 731,5 mil viagens.

Contrariamente ao conjunto do ano, a “visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar nos últimos três meses de 2024, totalizando 2,5 milhões de viagens (-4,1%), tendo estado na origem de 47,2% do total de viagens. O motivo “lazer, recreio ou férias” esteve associado a 2,0 milhões de viagens realizadas (+7,5%), o que representou 37,7% do total, enquanto as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (412,3 mil) corresponderam a 7,8% do total.

(Notícia atualizada às 12h45)

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Preço global dos seguros baixou no primeiro trimestre

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2025

O mercado global de seguros está a beneficiar da maior capacidade disponível no mercado segurador, impulsionada por uma maior concorrência entre seguradoras e pela redução dos custos de resseguro.

Os preços dos seguros caíram, em média, 3% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior. É a terceira queda consecutiva dos prémios de seguro, após sete anos de aumentos das taxas.

Luís Sousa, diretor de placement da Marsh Portugal: “Esperamos que esta tendência geral se mantenha e que a concorrência entre seguradoras se intensifique, salvo alterações inesperadas nas condições do mercado”.

Estes dados foram divulgados pela Marsh, empresa de consultoria de riscos e corretagem de seguros da Marsh McLennan, no estudo Global Insurance Market Index.

Impulsionadas pelo aumento da concorrência entre seguradoras e por preços de resseguro favoráveis, as tendências globais no setor dos seguros comerciais continuaram a melhorar, em média, para os nossos clientes no primeiro trimestre de 2025, com exceção do ramo de responsabilidades nos EUA”, afirmou Luís Sousa, Diretor de Placement da Marsh Portugal.

A dinâmica de descida dos preços é particularmente evidente nos ramos de seguros de danos materiais, financeiros e profissionais, assim como no segmento cibernético, segmentos onde as seguradoras estão ativamente à procura de novas oportunidades de negócio e a expandir a sua oferta, lê-se no comunicado da companhia.

Nenhuma região escapou à tendência no primeiro trimestre do ano. A região do Pacífico sofreu a maior queda de preços, de 8%, de seguida surge o Reino Unido com os seguros a ficarem mais baratos 6%. Na Índia, Médio Oriente e África (IMEA), os prémios caíram 4%, na Ásia e no Canadá 3%. A descida dos prémios foi menos acentuada na América Latina e Caraíbas (ALC), onde os prémios caíram 2% e nos Estados Unidos e na Europa, onde os preços dos seguros caíram 1%.

“Esperamos que esta tendência geral se mantenha e que a concorrência entre seguradoras se intensifique, salvo alterações inesperadas nas condições do mercado”, refere Luís Sousa.

No entanto, a tendência de queda dos preços não é transversal a todos os segmentos de seguro. Os seguros de responsabilidade civil andam em contraciclo ao subir 4% dos preços a nível global no primeiro trimestre.

Este aumento foi impulsionado, sobretudo, por um crescimento de 8% nos Estados Unidos, devido à frequência e gravidade crescentes dos sinistros de responsabilidade civil, muitos dos quais se destacam por indemnizações elevadas. A capacidade disponibilizada pelas seguradoras para este segmento nos EUA manteve-se limitada no primeiro trimestre. Nas restantes geografias também se registaram aumentos ou reduções ligeiras.

Os prémios dos seguros de danos materiais caíram 6% a nível global, após uma descida de 3% no quarto trimestre de 2024. As maiores reduções foram registadas nos Estados Unidos e na região do Pacífico, de 9% cada uma; no Reino Unido, a redução foi de 6%; na IMEA e na ALC, de 4%; no Canadá, de 3%; e na Europa e na Ásia, de 1%. O mercado global de seguros de danos materiais está a beneficiar de uma maior capacidade disponível no mercado segurador, impulsionada por um melhor desempenho financeiro das seguradoras e pela redução dos custos de resseguro, indica o estudo.

Já as taxas para seguros financeiros e profissionais diminuíram 6% a nível global, mantendo uma redução homogénea face ao trimestre anterior e com reduções em todas as regiões. Esta descida deve-se à forte concorrência e à capacidade disponível no mercado segurador.

As taxas do seguro de cyber desceram 6% globalmente, após uma queda de 7% no trimestre anterior e com reduções registadas em todas as regiões. Os segurados estão a adotar uma abordagem cada vez mais proativa na gestão de riscos, muitas vezes utilizando as poupanças obtidas com os prémios de seguro para melhorar as coberturas, reduzir franquias e aumentar os limites contratados.

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AIMA passa só a aceitar pedidos de autorização de residência com toda a documentação

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo deixou de aceitar pedidos de concessão e renovação de autorização de residência em Portugal sem a entrega de todos os documentos necessários.

A partir desta segunda-feira, dia 28 de abril, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) vai deixar de aceitar pedidos de concessão e renovação de autorização de residência em Portugal para os estrangeiros sem a entrega de todos os documentos necessários para a análise e decisão.

“A partir do dia 28 de abril de 2025, os pedidos efetuados ao abrigo da Lei dos Estrangeiros, só serão recebidos quando estiverem completos, ou seja, quando contenham todos os documentos que a lei define e exige como necessários para a análise e decisão”, refere a AIMA em comunicado.

Assim, os requerentes devem ser possuidores e apresentar todos os documentos legalmente exigidos. Só assim a AIMA promete uma decisão “rápida” e “célere”.

Não serão aceites no atendimento os pedidos de concessão e renovação de autorização de residência que não estejam completos com todos os elementos exigíveis nos termos da Lei de Estrangeiros e do Decreto Regulamentar n.º 1/2024, de 17 de janeiro.

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EthiFinance confirma estabilidade da dívida portuguesa, mas deixa alertas para a economia nacional

A avaliação da agência de rating francesa destaca Portugal como uma estrela europeia, mas avisa que as tarifas de Trump e a instabilidade política podem deitar por terra o otimismo nacional.

Portugal continua a destacar-se no panorama europeu ao ver confirmada a sua notação soberana em “A-”, com perspetiva “Estável”, pela agência de notação creditícia EthiFinance. No entanto, a agência francesa deixa um alerta: as políticas comerciais dos EUA podem travar o ritmo de crescimento da economia nacional, num contexto global cada vez mais incerto.

A decisão dos analistas da EthiFinance assenta no “desempenho favorável” da economia nacional, “que supera a maioria das economias europeias, com um crescimento do PIB projetado de 2,3% em 2025 e de 2% em 2026, impulsionado pelo consumo privado, dinamismo do turismo, investimento direto estrangeiro e execução dos fundos de recuperação da União Europeia”, lê-se no relatório a que o ECO teve acesso.

Esta avaliação positiva é reforçada por uma “tendência sustentada de crescimento económico” e pela “consolidação de uma política orçamental prudente, com excedentes previstos para 2025 e 2026”, destacam ainda os analistas da EthiFinance.

Contudo, a agência de rating sublinha que “as políticas comerciais da Administração Trump podem levar a uma revisão em baixa destas previsões”, reforçando esse argumento com as estimativas do Banco de Portugal, que apontam para que o PIB possa reduzir “em 1,1 pontos percentuais em três anos”, afetando sobretudo “os setores têxtil, produtos minerais não metálicos e bebidas”.

A instabilidade política, após a convocação das terceiras eleições legislativas para 18 de maio, e o seu impacto no futuro das políticas públicas, podem afetar a classificação de crédito num contexto global de elevada incerteza.

EthiFinance Ratings

A EthiFinance assinala que “a notação continua limitada pelo elevado nível da dívida pública, prevista em 92,9% do PIB em 2025, segundo a Comissão Europeia, embora o governo mantenha o ambicioso objetivo de reduzir a relação dívida/PIB para menos de 80% até ao final da década”, o que, segundo o relatório, colocaria Portugal numa posição mais favorável em comparação com outros países europeus, como França ou Itália, cujas dívidas públicas poderão ultrapassar 120% do PIB.

No plano macroeconómico, os analistas da EthiFinance prevê uma manutenção da robustez do mercado de trabalho, com “uma taxa de desemprego prevista de 6,3% em 2025 e de 6,1% em 2026”, e destaca a “redução progressiva da taxa de inflação, já próxima do objetivo de 2% do Banco Central Europeu”. Ainda assim, persiste “um fosso estrutural ainda por resolver na convergência económica”, com o rendimento per capita (28.643 €) a situar-se abaixo da média da União Europeia.

A agência salienta também a melhoria da posição externa do país, com “um excedente da balança corrente esperado de 1,6% do PIB em 2025 e 2026, além de uma melhoria significativa da Posição de Investimento Internacional Líquida (-56% do PIB em 2024 face a -102% em 2020), o que contribui para reforçar a resiliência face a desequilíbrios externos”.

No setor bancário, o relatório aponta para “um aumento da eficiência e da rentabilidade, favorecidos por taxas de juro elevadas e pelo desalavancamento do setor privado”, com a taxa de incumprimento a descer para 2,4% em 2024 e a rentabilidade sobre ativos (ROA) a subir para 1,38%.

O perfil ESG nacional é considerado sólido pelos analistas da agência francesa, embora “a componente ambiental seja limitada pela elevada intensidade das emissões de gases com efeito de estufa, sobretudo nos setores dos transportes e da indústria”.

Por fim, a EthiFinance não ignora o ambiente político, marcado por uma crise política desencadeada pela queda do governo, referindo que “a instabilidade política, após a convocação das terceiras eleições legislativas para 18 de maio, e o seu impacto no futuro das políticas públicas, podem afetar a classificação de crédito num contexto global de elevada incerteza”.

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Famílias portuguesas lideram subida da poupança na Zona Euro

Portugal registou o maior aumento (2,1 pontos percentuais) na taxa de poupança no último trimestre do ano passado, com os dados publicados pelo Eurostat a registarem uma taxa de 12,2%.

As famílias portuguesas pouparam mais na reta final do ano passado, contrariando a tendência de diminuição verificada na média da Zona Euro. O crescimento da taxa de poupança em Portugal foi mesmo o mais elevado no quarto trimestre face aos três meses anteriores, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.

Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis, a taxa de poupança das famílias aumentou em cinco países e diminuiu em oito. Portugal registou o maior aumento (2,1 pontos percentuais), com uma taxa de 12,2%. Nas maiores subidas registadas seguiu-se a Finlândia (1,5 pontos) e a Dinamarca (um ponto). Ao mesmo tempo, a maior diminuição foi observada na Bélgica (- dois pontos) e na Grécia (-1,3 pontos).

Na média da Zona Euro, a taxa de poupança fixou-se em 15,2% no quarto trimestre, que compara com os 15,3% registados no terceiro trimestre e com os 14,8% no quarto trimestre de 2024.

Por sua vez, o consumo per capita das famílias aumentou 0,4% na Zona do Euro, após um aumento de 0,7% no trimestre anterior. No mesmo período, o rendimento das famílias (ajustado de sazonalidade) aumentou 0,3%, após um aumento de 0,4% no terceiro trimestre de 2024. Já o investimento das famílias nos países do euro caiu 0,1 pontos, para 9,1%.

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Abanca triplica crédito a empresas em Portugal no arranque do ano. Lucro sobe 39% para 220 milhões até março

Banco espanhol, que no ano passado conclui a aquisição do Eurobic, revela que as novas operações de crédito a longo prazo com empresas no país triplicaram. Crédito à habitação subiu quase 8%.

O Abanca fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 220 milhões de euros, um resultado que supera em 39% os 158,4 milhões de euros registados no período homólogo. Em Portugal, o banco que comprou o Eurobic no verão passado triplicou as novas operações de crédito a longo prazo com empresas, enquanto o crédito à habitação cresceu 7,9% face aos primeiros três meses de 2024.

O banco galego atingiu uma rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) de 15,2%, que “reflete o crescimento eficiente do negócio, que já atingiu os 130 mil milhões de euros, com um crescimento em todas as áreas de negócio e geografias”, adianta a entidade em comunicado.

No primeiro trimestre do ano, o Abanca conquistou 11 mil novos clientes em Portugal e 25 mil em Espanha, o que representa um aumento de 23% face ao mesmo período de 2024, elevando para 141 mil o número de novos clientes adicionados nos últimos 12 meses.

O negócio em Portugal contribuiu para o crescimento registado no arranque do ano, sobretudo no crédito. Segundo o comunicado, “as novas formalizações multiplicaram-se por cinco em relação ao mesmo período do ano anterior”. As novas operações de crédito a longo prazo com empresas triplicaram e o crédito habitação cresceu 7,9%, face a igual período do ano passado.

Já a quota de mercado de formalizações aumentou 105 pontos base no ano, “refletindo o dinamismo registado pelo ABANCA no país”, justifica o banco.

O crédito a clientes ascendeu a 50 mil milhões de euros, enquanto os recursos de clientes subiram 17% para 79,7 mil milhões de euros. Do total dos recursos de clientes, 78% correspondiam a depósitos à ordem e a prazo, e os restantes 22% a recursos fora do balanço.

O Abanca destaca que a “instituição enfrenta o atual contexto de incerteza geopolítica e comercial com uma posição de solidez”, apresentando um rácio de crédito malparado de 2,6%. O crédito malparado diminuiu 1% face ao período homólogo, excluindo o efeito da incorporação do EuroBic no Grupo.

Em termos de solvabilidade, o rácio de capital total fixou-se nos 17,5%, apresentando “uma almofada de capital de 502 pontos base acima dos requisitos regulamentares, mais 67 pontos de base do que há um ano, o que equivale a 1.925 milhões de euros (mais 30,2% face ao ano anterior)”.

(Notícia atualizada às 10:55)

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Mais de 130 trabalhadores candidataram-se a plano de saídas voluntárias da RTP

  • Lusa
  • 28 Abril 2025

Número de candidaturas ficou acima do previsto pela empresa. Nem todos os trabalhadores que se candidataram ao plano deverão sair, desde logo devido ao teto máximo de 115 pessoas na primeira fase.

Mais de 130 pessoas candidataram-se ao plano de saídas voluntárias da RTP na primeira fase, de acordo com fontes contactadas pela Lusa, e fonte oficial da empresa adianta apenas que o número foi acima do previsto.

As candidaturas terminaram em 18 de abril e têm um custo previsto para esta fase na ordem dos 5,5 milhões de euros. O teto máximo de saídas nesta primeira fase é de 115 trabalhadores.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da RTP adiantou que as candidaturas foram acima do previsto, sem adiantar pormenores.

Neste momento encontra-se a decorrer uma análise de candidaturas pela administração e pelos respetivos diretores.

Nem todos os trabalhadores que apresentaram candidaturas deverão sair. Em primeiro lugar, porque há um teto máximo de 115 pessoas e, em segundo, nem todas as candidaturas serão aceites por causa do grau de especialização da função e da necessidade de o trabalhador ser substituído e haver essa possibilidade de contratação no mercado.

O número de candidaturas aceites será conhecido em meados de maio e os trabalhadores deverão sair até ao fim do primeiro semestre.

Uma segunda fase de saídas voluntárias está prevista para o final do ano, mas dependerá de financiamento.

A RTP inaugura o novo estúdio da Praça da Alegria, projeto que se enquadra nas obras de requalificação de vários espaços do Centro de Produção do Norte que irão receber esta segunda-feira a visita do presidente da empresa, Nicolau Santos.

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Arte contemporânea em transição: menos milhões, mais significado

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 28 Abril 2025

O mercado da arte contemporânea muda de ritmo: caem as vendas milionárias, cresce a diversidade e o interesse por obras acessíveis. O colecionador atual procura sentido, não só retorno.

O mais recente relatório da Hiscox revela uma viragem no mercado da arte contemporânea: caem as vendas milionárias e os retornos do investimento, mas cresce a procura por obras mais acessíveis e por artistas fora do radar. A emoção dá lugar à ponderação e a arte reencontra, talvez, o seu tempo.

Nos bastidores do mercado de arte contemporânea, onde valores astronómicos e leilões hiper-concorridos têm pautado o ritmo da última década, 2024 trouxe uma mudança de tom — ou, para os mais atentos, um regresso a valores mais fundacionais. Segundo a edição de 2025 do relatório Hiscox Artist Top 100 (HAT 100), referência anual no setor, o segmento de obras produzidas depois do ano 2000 sofreu uma queda abrupta de 27% nas vendas em leilão, descendo de 840 milhões de euros em 2023 para 613 milhões em 2024. Mais do que uma contração financeira, este abrandamento parece traduzir um reajuste de prioridades e práticas no mundo do colecionismo.

A febre da arte enquanto ativo financeiro — potenciada por um misto de especulação, marketing agressivo e celebridade — parece estar a dar lugar a um novo paradigma: o da escolha consciente, criteriosa e, paradoxalmente, mais pessoal. Pela primeira vez em décadas, o retorno médio das obras revendidas caiu para valores negativos (-0,3%), em nítido contraste com os 9% positivos registados no ano anterior. Uma mudança que coloca em perspetiva o verdadeiro valor da arte: o simbólico, o cultural, o intangível.

Curiosamente, o arrefecimento das vendas coincidiu com um recorde de transações no segmento mais acessível — obras abaixo dos 50 mil dólares. Esta aparente contradição esconde uma verdade mais profunda: a arte continua a atrair colecionadores, mas agora sob um novo prisma. “Estamos a assistir a um regresso de uma forma mais ponderada de colecionar arte, em contraste com a especulação desenfreada dos últimos anos”, afirma Robert Read, Diretor de Arte e Clientes Privados da Hiscox. “O interesse na arte contemporânea mantém-se, mas com foco no segmento mais acessível.”

Este novo colecionador — menos impulsivo, mais informado — prefere descobrir do que seguir, prefere valor simbólico a fama de mercado. A sua escolha é curadoria, não apenas investimento. É, porventura, um sinal de maturidade do setor, mas também um reflexo do mundo atual: mais volátil, mais cético, mais atento à autenticidade do que ao ruído.

Mais vozes, novas narrativas
O relatório Hiscox traz também boas notícias no campo da diversidade artística. Apesar de uma quebra de 29% no valor das vendas de obras assinadas por mulheres, o número de artistas femininas no Top 100 aumentou para 32 — uma representação recorde. A liderança do ranking pertence, aliás, à veterana Yayoi Kusama, seguida de nomes como Cecily Brown (7ª posição), Lynette Yiadom-Boakye (9ª) e Claude Lalanne (10ª). Além disso, registou-se um aumento de 13% no número de mulheres com obras contemporâneas (pós-2000) levadas a leilão.

Estes números contam uma história de reequilíbrio e alargamento do cânone contemporâneo. À medida que o olhar dos colecionadores se torna mais criterioso e menos condicionado pelo efeito de “marca” de um nome, abrem-se novas possibilidades para artistas cuja presença foi, durante décadas, marginal.

O relatório da Hiscox reflete ainda uma outra transformação: a digitalização acelerada do mercado, marcada pela ascensão dos leilões on-line, pela introdução da inteligência artificial na avaliação de obras e pela multiplicação de plataformas digitais de compra, venda e fruição artística. Um novo ecossistema em construção, onde a arte circula com outra velocidade — mas onde, paradoxalmente, o tempo de escolha e de contemplação parece recuperar espaço.

Nesta nova fase do colecionismo, há algo de contracorrente. Enquanto o mundo insiste na pressa, a arte convida à demora. Enquanto a cultura dominante empurra para a acumulação, o colecionador de hoje parece procurar significado. Talvez este seja o traço mais marcante da mudança em curso: a arte volta a ser escolhida pelo que diz, não apenas pelo que vale.

A edição de 2025 do Hiscox Artist Top 100 não anuncia o fim de uma era dourada, mas sim o início de um tempo mais sereno, mais sofisticado, mais plural. A arte continua a ser um espelho dos nossos tempos — e neste espelho começa agora a vislumbrar-se um novo reflexo: menos euforia, mais exigência; menos gritaria, mais escuta. Talvez seja este o verdadeiro luxo: ter tempo — e critério — para escolher o que vale a pena guardar.

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Italiano Mediobanca oferece 6,3 mil milhões para comprar Banca Generali e formar “líder do mercado europeu”

  • ECO
  • 28 Abril 2025

Proposta do Mediobanca passa pela venda das suas ações na Assicurazioni Generali, a empresa-mãe do Banca Generali. Acionistas votam a proposta numa reunião agendada para 16 de junho.

O banco italiano Mediobanca anunciou esta segunda-feira uma oferta de 6,3 mil milhões de euros para comprar o concorrente Banca Generali. “A fusão entre as duas empresas dará origem a um líder do mercado europeu” e vai gerar cerca de 300 milhões de euros em sinergias, declara o Mediobanca, num comunicado citado pelo Financial Times.

A proposta surge numa altura em que o Mediobanca procura evitar uma oferta que considera “hostil” do Monte dei Paschi di Siena, que em janeiro ofereceu 13,3 mil milhões de euros para adquirir a totalidade das ações do banco especializado em investimento e gestão de fortunas.

O Mediobanca é o maior acionista da Assicurazioni Generali, a empresa-mãe do Banca Generali. Para financiar a sua proposta de aquisição do Banca Generali, o Mediobanca pretende vender a sua participação no Assicurazioni Generali.

A concretizar-se, a aquisição permitirá expandir o negócio de gestão de fortunas do Mediobanca, além de poder contrariar as críticas dos acionistas de que se tornou demasiado dependente da sua participação na Generali para obter lucros.

Os acionistas do Mediobanca vão votar a proposta numa reunião agendada para 16 de junho.

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