Parlamento ainda não recebeu pedido de imunidade de ex-deputado do Chega

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O gabinete do deputado Miguel Arruda, suspeito de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, foi alvo de buscas na segunda-feira.

O presidente da Assembleia da República confirmou que falou com o vice-presidente do Chega na quinta-feira mas considerou a conversa “absolutamente irrelevante” para a investigação ao alegado furto de malas por parte do deputado Miguel Arruda.

“O senhor deputado Rui Paulo Sousa disse que falou comigo no que diz respeito a esta matéria na quinta-feira, é verdade que ele se encontrou comigo a seguir ao plenário, de uma forma informal, tal como eu falo com muitos deputados que se encontram comigo nos corredores (…) eu falei, disse o que tinha a dizer, não tinha nenhum impacto e era absolutamente irrelevante para a investigação”, afirmou, esta tarde, José Pedro Aguiar Branco, a falar à chegada de Espanha no aeroporto do Porto.

Sobre o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do agora deputado não inscrito Miguel Arruda, o também ex-ministro adiantou que aquele pedido ainda não terá sido feito: “Estou a chegar de Espanha, que eu saiba até agora, não”, disse, acrescentando, depois, que o pedido de Miguel Arruda para baixa médica também ainda não terá sido entregue.

O gabinete do deputado Miguel Arruda, suspeito de furtar malas nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, foi alvo de buscas na segunda-feira e, segundo o Chega, foi o partido, através do vice-presidente e deputado Rui Paulo Sousa, que alertou o presidente da Assembleia da República, na última quinta-feira, para a situação de existirem malas suspeitas naquele gabinete.

“Alertar para quê? Estava uma investigação a correr, a alertar para quê”, questionou Aguiar Branco quando confrontado com a versão do partido liderado por André Ventura.

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

“Eu confirmo e é a minha forma de estar na politica e no que diz respeito ao exercício da minha função: É verdade que o senhor deputado Rui Paulo Sousa pediu para falar comigo depois de um plenário, é verdade que teve essa conversa nos Passos Perdidos, em trânsito que eu estava para o meu gabinete (…) Aquilo que foi dito era, no meu entender, irrelevante para efeitos da investigação em causa”, voltou a salientar.

Segundo Aguiar Branco fez questão de salientar, “houve um despacho, esse despacho solicitou que se procedesse à apreensão de alguns bens que estavam supostamente na Assembleia da República (AR) e num determinado gabinete, foi solicitada a colaboração da AR para o efeito, dentro daquilo que era o quadro legal a Assembleia fê-lo”.

“Foi solicitada a notificação do senhor deputado Miguel arruda para poder estar presente ou um mandatário e também do grupo parlamentar do Chega. O que foi feito, foi conforme aquilo que foi solicitado pela Procuradoria-Geral da Republica, acompanhado por uma senhora magistrada e dentro do quadro legal que na situação exigia, nem foi levantado nenhum incidente quanto a isso”, descreveu.

O resto é, para Aguiar Branco, retórica política: “Tudo decorreu sem incidentes, eu até fico surpreso que tipo de preocupação existe hoje (…) Tudo para além do que disse é retórica politica, que não compete a mim enquanto presidente da AR estar a contribuir para isso”.

Aguiar Branco deixou, por isso, um pedido: “O meu apelo é que todos os senhores deputados, todos, na forma como se comportam, como dizem, como põe no espaço público estas matérias tenham em atenção que é preciso defender e proteger o parlamento, respeitar e dignificar a instituição”.

Na quarta-feira, foi noticiado que Miguel Arruda tinha sido constituído arguido por suspeita de furto de malas, depois de na terça-feira a PSP ter realizado buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Na quinta-feira, Miguel Arruda, após uma reunião com André Ventura, na Assembleia da República, comunicou que iria desfiliar-se do Chega, partido pelo qual foi cabeça de lista pelos Açores, e passar a deputado não inscrito.

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Governo eslovaco propõe retirar direitos a pessoas LGBT+ desafiando primado do direito comunitário

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

"Temos dois sexos, masculino e feminino", definidos à nascença, refere a proposta do Governo, fazendo eco dos termos utilizados pelo presidente dos Estados Unidos.

O Governo eslovaco publicou esta terça-feira uma proposta de alteração à Constituição que reduz os direitos dos casais do mesmo sexo e dificulta a mudança de sexo, infringindo o primado do direito comunitário sobre a lei nacional. O primeiro-ministro nacionalista, Robert Fico, invocou “as tradições, a herança cultural e espiritual dos antepassados” eslovacos para erguer “uma barreira constitucional contra o progressismo” e restaurar o “bom senso”.

“Temos dois sexos, masculino e feminino”, definidos à nascença, diz a proposta do Governo, fazendo eco dos termos utilizados pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia da sua tomada de posse, 20 de janeiro. “O sexo só pode ser alterado por motivos graves, em situações a estabelecer por lei”, refere a proposta, que reserva também a adoção de crianças apenas a casais casados, com raras exceções.

Num anterior mandato, em 2014, Robert Fico fez com que o casamento fosse consagrado na Constituição como uma “união exclusiva entre um homem e uma mulher”. Um ano depois, organizou um referendo que deveria abrir caminho ao casamento para todos, mas que foi considerado inválido por participação insuficiente.

As escolas são instadas a “ensinar apenas” o que está em conformidade com a Constituição. Por fim, a proposta de alteração constitucional estipula que “a soberania” da Eslováquia sobre este tipo de “questões culturais e éticas” deve prevalecer sobre o direito europeu.

A proposta foi publicada no site do Governo na Internet e será alvo de um debate público durante um mês, antes de uma eventual aprovação no parlamento. Se for adotada, “introduzirá novos obstáculos ao tratamento de transição das pessoas transgénero”, afirmou o diretor da organização não-governamental (ONG) Iniciativa Inakost (Otherness), Martin Macko, citado pela agência de notícias francesa AFP.

E “cimentaria na lei fundamental as desigualdades que afetam as famílias de casais do mesmo sexo”, acrescentou o ativista, classificando esta proposta do Governo da Eslováquia como um “primeiro passo concreto que afasta o país da União Europeia (UE)”. Para Martin Macko, a iniciativa visa sobretudo “desviar as atenções” da atual crise política na Eslováquia, encontrando-se a coligação de Fico sob a pressão de manifestações maciças para defender o Estado de direito e rejeitar a aproximação à Rússia.

O Governo populista pró-russo, no poder desde outubro de 2023, já tinha recentemente anunciado o fim dos subsídios a associações de defesa dos direitos das pessoas LGBT+ (Lésbicas, ‘Gays’, Bissexuais, Transgénero e outras). E uma ministra condenou também uma ideologia que conduziria a “uma extinção da raça branca”.

Em 2022, o assassínio de dois homens num bar gay em Bratislava pelo filho de um membro de um pequeno partido de extrema-direita abalou a comunidade LGBT+. A vizinha Hungria, do primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán, adotou medidas semelhantes e é alvo de um processo de infração de Bruxelas, devido a uma lei que proíbe desde 2021 falar de homossexualidade perante menores.

Anteriormente, o primado do direito comunitário, que garante a liberdade de expressão e a não-discriminação, já tinha sido posto em causa pela Polónia, em violação dos tratados da UE, segundo Bruxelas.

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Montenegro diz que não se erradica pobreza “com atitudes caritativas” mas com criação de riqueza

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O primeiro-ministro, durante a cimeira entre Portugal e Cabo Verde, considera um "caminho errado" tentar erradicar a pobreza "apenas com atitudes mais caritativas ou de compaixão".

O primeiro-ministro defendeu esta terça-feira que só se erradica a pobreza através da criação de riqueza e não com “atitudes caritativas e de compaixão”, num fórum económico com Cabo Verde onde apontou este país como “porto seguro” para o investimento português.

Luís Montenegro falava no encerramento do fórum económico entre Portugal e Cabo Verde, que decorreu ao longo do dia em paralelo com a VII Cimeira bilateral entre os dois países, em Lisboa, e logo após a intervenção do primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

“Quando nós falamos de criação de riqueza, há algumas pessoas que querem confundir as opiniões públicas, querendo que se interprete daqui uma preocupação com o investidor, o promotor, às vezes até o proprietário da empresa”, começou por dizer, considerando esta discussão “totalmente anacrónica”. Para o primeiro-ministro, “a criação de riqueza é o meio, o instrumento para que todos possam ter a sua vida valorizada”.

“É o instrumento para que todos possam ter uma oportunidade de emprego, para poder pagar melhores salários, para servir as comunidades imigrantes que procuram novas oportunidades. É uma oportunidade para poder dar ao Estado mais meios para depois ter políticas sociais”, disse.

E deixou um recado, sem destinatário claro: “Aqueles que acham que a pobreza se pode erradicar apenas com atitudes mais caritativas ou de compaixão, nós não julgamos a sua intenção como uma má intenção, o que achamos é que o caminho para atingir esse objetivo é o caminho errado, porque normalmente redunda no agravamento da pobreza”, disse.

Montenegro considerou que a criação de riqueza é um desígnio quer de Portugal quer de Cabo Verde e salientou as condições particulares dos dois países para atrair mais investimento.

“Assim como eu digo muitas vezes que Portugal é um destino de investimento seguro porque é um país com estabilidade política, com estabilidade financeira, com equilíbrio financeiro, com bons recursos humanos, com uma valorização de fatores de competitividade como a segurança, também não tenho nenhum problema em admitir que Cabo Verde garante muitas, se não mesmo a totalidade destas condições e, portanto, será um porto seguro de acolhimento de investimentos”, defendeu.

Montenegro sublinhou ainda que Portugal e Cabo Verde estão ambos do lado dos que “defendem as democracias, os valores da dignidade humana, os direitos fundamentais, o direito internacional e, ao mesmo tempo, os valores do comércio livre”, considerando que tal dá a este país “possibilidades que outros do continente africano não têm”

“Cabo Verde tem a sua relação obviamente umbilical com o continente africano, mas tem esta particularidade de ser ainda um território que, do ponto de vista da segurança e da defesa, do ponto de vista da conceção política, dos valores e da base da sua economia, se pode dizer que é um país europeu”, considerou.

O primeiro-ministro enalteceu os resultados alcançados na VII cimeira bilateral entre os dois países, no âmbito da qual foram assinados 30 instrumentos bilaterais, como o aumento de uma linha de crédito para projetos empresariais em Cabo Verde (que passou de 30 para 100 milhões de euros) ou o alargamento do programa de conversão da dívida de Cabo Verde em investimento verde (que passará de 12 para 42,5 milhões de euros).

“Foi a bitola que nós colocámos nesta nossa cimeira e neste nosso encontro, mais do que triplicar a nossa relação económica. Agora só temos uma responsabilidade, é preencher a expectativa que criámos”, defendeu. Na área do turismo, assumiu como objetivo que Portugal – atualmente o terceiro maior investidor em Cabo Verde – possa passar para “a linha da frente”.

“Não há dúvida que Cabo Verde oferece ainda muitas oportunidades naquilo que tem a ver com a diversificação da sua oferta e com o desenvolvimento de novos projetos”, disse.

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Fisco entope Supremo com recursos e custos são “devastadores”, acusa juíza conselheira do STA

Dulce Neto, do STA, conclui que ainda há "um notável grau de relutância" por parte da administração tributária "em adotar" a jurisprudência dos supremos, o que tanto "onera contribuintes e empresas".

A juíza conselheira e ex-presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), Dulce Neto, acusa o Fisco de entupir a instância judicial com recursos, os quais têm custos nefastos para o país.

A Autoridade Tributária (AT) ainda demonstra “um notável grau de relutância em adotar” as “jurisprudências qualificadas” dos supremos tribunais, “fazendo escusadamente adiar o trânsito em julgado de muitas decisões com consequências devastadoras a nível de congestão e morosidade das decisões, o que tanto onera contribuintes e empresas”, mas também o “erário público”, afirmou esta terça-feira durante a sessão de abertura das Jornadas de Jurisprudência Fiscal, que decorreram na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

A jurisprudência que emerge da secção tributária do STA já não é vinculativa, como no passado, ou seja, não tem força obrigatória geral, no entanto, Dulce Neto salientou que “a jurisprudência mais qualificada” deve ser seguida “por todos os que interpretam a lei, desde juízes, árbitros ou decisores administrativos”.

“Contudo, ainda subserva um notável grau de relutância em adotar esta postura, designadamente ao nível da administração tributária, o que se torna particularmente grave por força do artigo 68.º da Lei Geral Tributária, segundo o qual a AT tem o dever de rever as suas orientações genéricas quando exista um acórdão uniformizador de jurisprudência do STA ou jurisprudência reiterada nos tribunais superiores manifestada em cinco decisões transitadas em julgado no mesmo sentido sem que existam decisões de tribunais superiores em sentido contrário igualmente transitadas em julgado, em número superior”, defendeu a ex-presidente do STA.

Assim, esta norma “interessantíssima”, que consta da LGT, “não tem sido cumprida ou pouco cumprida, ainda que o pleno da secção tributaria do STA tenha estado bastante atuante em relação aos seus acórdãos uniformizadores de jurisprudência”, destaca Dulce Neto.

Por isso, “continuam a ser frequentes os recursos interpostos para o STA pela AT, que já haviam acolhido jurisprudência consolidada, fazendo escusadamente adiar o trânsito em julgado de muitas decisões com consequências devastadoras a nível de congestão e morosidade das decisões, que tanto oneram não só contribuintes e empresas como também os seus advogados que esperam e desesperam por uma decisão em transitado em julgado e pelo seu cumprimento”, alerta Dulce Neto.

A juíza conselheira lamenta “este paradigma cultural que perdura em Portugal, em que o Estado, no sentido amplo, ao invés de dar o exemplo, resiste ao acatamento do cumprimento de decisões judiciais que lhes sejam desfavoráveis”. Esta atitude, “para além de agigantar o elevado número de pendências e de gerar a perceção pública da sua ineficiência, gera um rombo no erário público dado que para além da redistribuição do imposto e do pagamento de eventuais juros indemnizatórios terão de ser pagos juros de mora, quando é ultrapassado o prazo de execução espontâneo da decisão”, vinca.

Para Dulce Neto, “é fundamental que Administração Tributária seja ágil e célere na adequação da sua atuação à jurisprudência pacífica e reiterada dos tribunais superiores e que faça um maior esforço no sentido de conciliar a sua liberdade na interpretação da lei com o princípio da igualdade da lei para todos os cidadãos e empresas”.

E citou o professor Alberto dos Reis: “Que adianta a lei ser igual para todos se for aplicada de modo diferente a casos análogos? Antes a jurisprudência errada, mas uniforme, do que a jurisprudência incerta. Diante de jurisprudência uniforme cada um sabe com o que pode contar; perante jurisprudência incerta, ninguém está seguro do seu direito”.

Dulce Neto criticou ainda a carência de uma “consciência de cidadania fiscal”, muito provocada pela existência de “normais dispersas, complexas, ambíguas e difíceis de interpretar”, que são inseridas nas leis do Orçamento do Estado (OE), as quais “potenciam o incumprimento pelos cidadãos e empresas”.

“Todos os anos, ocorre uma reforma fiscal através da lei do Orçamento do Estado com repercussões ao nível da estabilidade, coerência e inteligibilidade no quadro legal vigente, que potenciam o incumprimento pelos cidadãos e empresas seja pelo desconhecimento seja pela dificuldade da sua compreensão”, sinaliza Dulce Neto. Para além disso, sublinha, há por vezes alterações legislativas que, “embora legítimas, vêm derrubar posições jurisprudenciais já consolidadas designadamente através de normas interpretativas”.

A juíza conselheira do STA foi escolhida pelo atual Governo para presidir o grupo de trabalho que vai definir a forma como devem ser tributados em sede de IMI as barragens, os parques eólicos e fotovoltaicos.

Segundo o despacho assinado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento e publicado em Diário da República, a unidade liderada pela ex-presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), Dulce Neto, tem até maio para apresentar uma proposta de alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), determina o mesmo diploma.

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Sindicatos pedem subsídio de refeição mínimo para têxtil, vestuário, calçado e curtumes

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

Este subsídio só chega a 60% dos trabalhadores do setor privado, embora segundo os sindicatos seja "obrigatório" por "força da contratação coletiva setorial em vigor”.

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (Fesete) quer um subsídio de refeição mínimo de seis euros para os setores têxtil, vestuário, calçado e curtumes, adiantou, num comunicado.

A Fesete, citando uma notícia do Jornal de Notícias, que deu conta de que este subsídio só chega a 60% dos trabalhadores do setor privado, lembrou, num comunicado, que o “subsídio de refeição no privado em setores como o vestuário, calçado, têxteis lar/lanifícios e curtumes é obrigatório por força da contratação coletiva setorial em vigor”.

A Fesete realçou que “o mesmo não se pode dizer do setor da têxtil” cujas empresas são filiadas na associação ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal), apontando a “caducidade da convenção coletiva” que, “também na cordoaria e redes” fez com que não fosse possível “ao longo dos anos introduzir no CCT [contrato coletivo de trabalho] um subsídio de refeição”.

“Atualmente somos confrontados com uma realidade setorial de diferentes dinâmicas: por um lado as empresas que primam por pagar os mínimos (2,50 euros) do CCT; outras que fruto da ação reivindicativa, luta e intervenção dos sindicatos valorizam esta vertente dos rendimentos de forma positiva, pagando valor superiores, que variam entre os 4,50 euros e os 9 euros”, indicou.

Segundo a Fesete, há “dinâmicas de crescimento nas empresas, dos valores pagos pela componente subsídio de refeição que demonstram” que “a reivindicação de 6 euros para 2025 é possível de concretizar, haja vontade patronal para negociar”.

“Um exemplo dessa vontade e abertura é o CCT para o setor dos curtumes cujo valor estabelecido em negociação para 2025 é de 9 euros/dia”, destacou.

“No setor da têxtil, vestuário, curtumes e calçado, podemos afirmar que cerca de 80% dos trabalhadores são abrangidos por um subsídio de refeição, embora a maioria com valores mínimos que não permite comer uma sopa”, adiantou.

“Esta será uma bandeira nossa para as negociações no ano de 2025, procurando assim atingir o valor mínimo para todo o setor de 6 euros diários de subsídio de refeição”, destacou.

Para isso, “a Fesete e os seus sindicatos nos meses de fevereiro e março vão avançar com um conjunto de ações junto das empresas em torno desta e outras revindicações, tendo à cabeça a valorização do trabalho e dos trabalhadores, por melhores salários, 6 euros de subsídio de refeição dia e manutenção dos direitos dos CCT”.

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Hernâni Dias é um “peso político negativo”?, pergunta Pedro Nuno Santos a Montenegro

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

Luís Montenegro "foi sempre muito exigente" com aquilo que considerava "pesos políticos negativos" para o Governo liderado por António Costa, recorda o lider socialista.

O secretário-geral do PS pediu esta terça-feira esclarecimentos do Governo sobre a polémica envolvendo o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, e desafiou o primeiro-ministro a dizer se o governante não é “um peso político negativo”.

“O senhor primeiro-ministro, que enquanto líder da oposição vincava tanto esta dimensão de se afastarem pesos políticos negativos, também tem que dizer, se entende que o seu secretário de Estado não é um peso político negativo”, disse Pedro Nuno Santos, durante uma visita ao projeto RAIZ, em Aveiro.

Questionado sobre se o PS vai pedir a demissão do secretário de Estado Hernâni Dias e se o mesmo tem condições para continuar no cargo, o líder do PS disse que o mais importante é que sejam dados esclarecimentos. “Acho importante que todos os esclarecimentos sejam dados para podermos, não só concluir, e esperemos, termos segurança e confiança em quem está no Governo da República”, afirmou.

Pedro Nuno Santos lembrou ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “foi sempre muito exigente” com aquilo que considerava “pesos políticos negativos” para o Governo liderado por António Costa, defendendo que também devia fazer o mesmo agora.

“Era muito importante que Luís Montenegro também viesse dizer se entende que este secretário de Estado enquadra-se nessa sua definição de peso político negativo, porque se se enquadrar na sua própria definição de peso político negativo, bom, tem um problema para resolver”, afirmou.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território criou duas empresas que podem agora beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias está a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança. Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência. O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários partidos já requereram a sua audição parlamentar.

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MP combinou com Parlamento o dia para apreender malas a ex-deputado do Chega

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O Ministério Público acordou com a Assembleia da República o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega, Miguel Arruda.

O Ministério Público acordou com a Assembleia da República, através da Procuradoria-Geral da República (PGR), o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega, Miguel Arruda, suspeito de furto.

“Através da Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público (MP) solicitou a colaboração da Assembleia da República no sentido de efetivação de apreensão de malas e objetos que se encontravam nas suas instalações. Para o efeito, solicitou-se indicação de dia, hora e de responsável da Assembleia da República para acompanhar a diligência”, explicou, à Lusa, fonte oficial da PGR.

O Parlamento indicou então 27 de janeiro para a realização da diligência, tendo esta sido concretizada nessa data.

A mesma fonte acrescentou que a apreensão decorreu ao abrigo do artigo 178.º, n.ºs 1 e 3 do Código de Processo Penal, que, segundo o diploma, permite a apreensão, mediante despacho judiciário, “de instrumentos, produtos ou vantagens relacionados com a prática de um facto ilícito” ou qualquer outro objeto que possa constituir prova.

Na segunda-feira, a Assembleia da República revelou, em comunicado, a realizações “de buscas e apreensões no gabinete do deputado Miguel Arruda na Assembleia da República”.

“Esta ação foi presidida por magistrada do Ministério Público, tendo a Assembleia da República prestado toda a colaboração na realização da diligência”, lê-se na nota.

Na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que o deputado eleito pelo Chega no círculo dos Açores – constituído arguido na semana passada por suspeita de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada – tinha passado à condição de não inscrito.

O inquérito criminal está em segredo de justiça, informou hoje fonte oficial da PGR.

O presidente do Chega afirmou que foi o seu partido quem alertou o presidente do parlamento para a existência de malas no gabinete do deputado Miguel Arruda e quem originou as buscas policiais na segunda-feira.

Este episódio avançado por André Ventura, em conferência de imprensa, motivou depois uma tensa discussão entre o líder do Chega e vários jornalistas, que quiseram saber qual a razão de este partido ter demorado até quinta-feira para denunciar a existência de várias malas no gabinete de Miguel Arruda no parlamento.

“Foi o Chega que na quinta-feira comunicou ao presidente da Assembleia da República a existência desses objetos e alertou para a possibilidade de estarem relacionados com o produto do crime, de um crime que tinha sido publicamente exposto. Foi o Chega que pediu que fosse feita a necessária articulação entre o órgão de soberania, o parlamento e as autoridades judiciais”, declarou André Ventura.

Na terça-feira passada, o deputado Miguel Arruda, cabeça de lista pelo Chega nos Açores, foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar.

No plano político, na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que Miguel Arruda tinha passado à condição de não inscrito e que iria ficar sentado na última fila entre as bancadas do Chega e do PSD, como já aconteceu em outras situações semelhantes.

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Mawdy lança seguro automóvel para profissionais

  • ECO Seguros
  • 28 Janeiro 2025

Ignition avançará com coberturas alargado a componentes como baterias de veículos elétricos, uma nova plataforma de emissão simplificada e integra o WhatsApp para apoio comercial e gestão de sinistros

A Mawdy, empresa do grupo segurador Mapfre, prepara-se para lançar o Ignition, um novo ecossistema de seguros automóvel para profissionais.

Luis Sousa Lobo, Diretor Comercial & Marketing da Mawdy, “Com o lançamento do Ignition, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e a proximidade, oferecendo soluções de vanguarda para os desafios da mobilidade do futuro”.

Segundo avançado em comunicado, o Ignition avançará com produtos inovadores, com coberturas alargado a componentes como baterias de veículos elétricos, uma nova plataforma de emissão simplificada e integra o WhatsApp para apoio comercial e gestão de sinistros.

“Com o lançamento do Ignition, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e a proximidade, oferecendo soluções de vanguarda para os desafios da mobilidade do futuro”, afirma Luis Sousa Lobo, Diretor Comercial & Marketing da Mawdy .

Antes denominada Mapfre Assistência, a agora Mawdy especializa-se em seguros não convencionais e serviços de assistência, com especial foco nos setores automóvel, financeiro e turismo. Desde o seu lançamento em Portugal em 2004 emitiu mais de 500 mil apólices e resolver 117 mil avarias.

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Criminalidade violenta na área do comando de Lisboa da PSP desceu 1,4% em 2024

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

A descida da criminalidade violenta e grave em 2024 “é mais vincada” no concelho de Lisboa do que no resto da área de responsabilidade do Cometlis.

A criminalidade violenta na área de responsabilidade do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP desceu 1,4% no ano passado em relação a 2023, enquanto a criminalidade geral diminuiu 8,9%, segundo aquela polícia.

Dados enviados à Lusa mostram que a descida da criminalidade violenta e grave em 2024 “é mais vincada” no concelho de Lisboa do que no resto da área de responsabilidade do Cometlis.

A área do Cometlis compreende a totalidade dos concelhos de Lisboa, Amadora, Oeiras e Odivelas e as zonas urbanas dos concelhos de Cascais, Loures, Sintra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. Segundo a PSP, a criminalidade geral na área do Cometlis desceu 8,9% no ano passado em relação a 2023, enquanto no concelho de Lisboa diminuiu 12,6%.

A criminalidade violenta e grave registada na área abrangida pelo Cometlis desceu 1,4% e no concelho de Lisboa 10,41%.

O Diário de Noticias avança esta aterça-feira que a criminalidade no concelho de Lisboa regista a segunda maior descida em 10 anos, tendo só sido superados em 2020 e 2021, anos da pandemia covid-19.

Em 20 de novembro, na cerimónia comemorativa do 157º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, o comandante do Cometlis já tinha afirmado que os dados estatísticos da criminalidade “não correspondem ao sentimento de insegurança” difundido na opinião pública, avançando que nesta região os crimes violentos tinham estagnado.

“Os dados estatísticos sobre a criminalidade registada não são correspondentes ao sentimento de insegurança difundidas nas redes sociais e em certos setores da opinião pública”, disse na altura Luis Elias.

O Cometlis é o maior comando da PSP do país onde prestam serviço cerca de 6.800 polícias que diariamente garantem a segurança a cerca de 2,5 milhões de cidadãos.

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1 em cada 3 reclamações junto das seguradoras ou ASF tem sucesso

  • ECO Seguros
  • 28 Janeiro 2025

Quem reclama decisões junto das seguradoras ou do regulador tem sucesso em um terço dos casos. Sinistros com seguro automóvel são a maior causa de desacordo.

As reclamações dirigidas às próprias seguradoras ou à entidade supervisora, ASF, registaram taxas de sucesso favoráveis aos consumidores de 37% e 31%, respetivamente. Segundo o Relatório de Gestão de Reclamações agora divulgado pela ASF, no primeiro semestre de 2024 foram recebidas 12.058 queixas de tomadores de seguros, segurados, subscritores, participantes, beneficiários e lesados, realizadas junto dos operadores que são seguradoras e gestoras de fundos de pensões. Significa um decréscimo de 24% no número de reclamações face a igual período de 2023.

As reclamações foram registadas pelos operadores no Livro de Reclamações (LR) Eletrónico (LRE) e Físico (LRF) , dirigidas diretamente às entidades supervisionadas aos quais a ASF tem acesso obrigatório.

Os seguros dos ramos Não Vida mantêm-se como o segmento de negócio mais reclamado (91%), assumindo o seguro automóvel um peso de 33% no total de reclamações apresentadas e concluídas, seguido do seguro de incêndio e outros danos (18%) e do seguro de doença (15%).

As reclamações apresentadas relativas ao ramo Vida representam 6%, destacando-se os seguros de vida temporários (54%) face ao total dos seguros Vida.

Nas reclamações junto das seguradoras, os sinistros representam 54% do total, seguida do motivo “Conteúdo / Vigência do Contrato” (16%) e “Formação do Contrato” (13%).

Quanto aos fundos de pensões, mantêm um peso menos significativo (1%) no total das reclamações apresentadas ao mercado, salientando-se aqui as reclamações relativas a fundos de pensões abertos (83%) e a matéria relativa à “Prestação de informação a participantes e beneficiários” (41%).

Como resultados, 37% das reclamações respondidas tiveram desfecho favorável ao reclamante, ainda que parcialmente, tendo as restantes 63% um desfecho desfavorável. O prazo médio de resposta do mercado às reclamações concluídas foi de 12 dias úteis, um período menor que o previsto por lei.

Insatisfeitos pelas seguradoras, queixosos seguem para ASF

No caso de não ficarem satisfeitos com o desfecho do seu processo junto dos operadores, os reclamantes podem insistir junto da ASF, entidade de supervisão e regulação do setor dos seguros e fundos de pensões. Foi o que aconteceu no primeiro semestre em que a ASF registou 1.012 reclamações (parte das 12.058 inicialmente colocadas junto dos operadores), o que corresponde a um crescimento de 11% face ao período homólogo.

As reclamações chegaram ao supervisor em 57% dos casos através do Portal do Consumidor da ASF e por correio eletrónico em 23%.

Nestas queixas os ramos Não Vida assumiram 79% das reclamações destacando-se o seguro automóvel como o mais reclamado (36% das reclamações apresentadas e 35% das concluídas), seguido do seguro de incêndio e outros danos (22% e 21%) e seguro de saúde (7% e 6%).

No ramo Vida as reclamações representaram 18% das reclamações concluídas, mantendo-se o seguro de vida como o mais reclamado (9%). No entanto, assinala-se o aumento das reclamações relativas aos seguros PPR/E e aos seguros ligados a fundos de investimento.

Os fundos de pensões mantêm um peso pouco significativo (2%) no total das reclamações apresentadas à ASF e concluídas por esta.

A matéria “Sinistro” continua a ser a mais reclamada, representando 60% do universo analisado e concluído pela ASF, seguida do “Conteúdo / Vigência do Contrato” (19%) e de temas relativos ao “Prémio” (7%).

Dos processos analisados e concluídos pela ASF, cerca de 31% foram favoráveis aos reclamantes ainda que parcialmente, sendo que dos 69% que tiveram um desfecho desfavorável. Apenas 7% das respostas não teve em conta uma justificação legal ou contratual, podendo estes casos corresponder a situações em que estava em causa matéria estritamente probatória.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou Morais, Oliveira & Maia em operação de cisão e venda

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão foi coordenada pelo sócio Pedro Marinho Falcão e contou com o apoio dos advogados Pedro Dias Azevedo e Marta Outeiro Correia.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a Morais, Oliveira & Maia na operação de cisão e venda do ramo de negócio de importação e comercialização de ferragens, ferramentas e produtos de menage à Hogser e à Ludiversos.

“A assessoria compreendeu todo o processo de cisão, desde a fase preliminar de aconselhamento dos vendedores sobre a due diligence legal levada a cabo pelo comprador, até à preparação, negociação e finalização da documentação da transação na venda da totalidade das participações“, revelam em comunicado.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou a Morais, Oliveira & Maia foi coordenada pelo sócio Pedro Marinho Falcão e contou com o apoio dos advogados Pedro Dias Azevedo e Marta Outeiro Correia.

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Associação Business Roundtable Portugal rejeita aumento da TSU para financiar pensões

Presidente da Associação Business Roundtable Portugal considera que "um eventual aumento da TSU seria devastador" e apela mesmo a uma redução da taxa.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP), que reúne 43 grandes empresas, “rejeita qualquer aumento da Taxa Social Única (TSU)”, cuja revisão é um dos temas que vai ser avaliado pelo Grupo de Trabalho criado esta semana pelo Governo para fazer recomendações sobre a sustentabilidade da Segurança Social.

“Face aos recentes desenvolvimentos no debate público sobre a Taxa Social Única (TSU) e a sustentabilidade da Segurança Social (SS), a Associação Business Roundtable Portugal (BRP) manifesta a sua posição clara e inequívoca: a TSU não pode aumentar“, afirma num comunicado enviado esta terça-feira às redações.

Pelo contrário, a associação defende que a taxa seja reduzida, “como caminho estratégico para criar um ambiente que promova o sucesso e o crescimento, que é crítico para atrair de volta os jovens que têm deixado o país e assegurar o futuro da economia nacional e a sustentabilidade da segurança social”.

A taxa contributiva, que é paga pelos trabalhadores (11%) e empregadores (23,75%), é um dos nove temas que vai ser avaliado pelo Grupo de Trabalho criado esta semana por despacho da ministra da Segurança Social, Rosário Palma Ramalho.

Por lei, aquela taxa deve ser avaliada de cinco em cinco anos, mas há 13 que isso não acontece. Em dezembro, a ministra do Trabalho já tinha anunciado um “estudo tendente à revisão da taxa contributiva do sistema previdencial” da Segurança Social.

Um eventual aumento da TSU seria devastador, afastando-nos ainda mais do crescimento económico, que é a única solução sustentável para os desafios da Segurança Social. É essencial que avancemos com coragem para reduzir a TSU, e não para a aumentar.

Carlos Moreira da Silva

Presidente da Associação BRP

A criação do grupo de trabalho surge depois de o Tribunal de Contas divulgar, a semana passada, um relatório onde alerta para falhas graves na avaliação da sustentabilidade da Segurança Social.

“O país está há demasiado tempo sujeito a um verdadeiro ‘garrote fiscal’, que sufoca a capacidade de investimento das empresas, a criação de emprego e o aumento dos salários. Um eventual aumento da TSU seria devastador, afastando-nos ainda mais do crescimento económico, que é a única solução sustentável para os desafios da Segurança Social. É essencial que avancemos com coragem para reduzir a TSU, e não para a aumentar”, afirma Carlos Moreira da Silva, presidente da BRP, citado no comunicado.

Segundo a associação, a diferença entre o custo de um trabalhador para uma empresa e o salário líquido que o trabalhador efetivamente recebe é de 42,3% para trabalhadores solteiros sem filhos, um valor cerca de 30% acima da média da OCDE.

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