Politécnico de Viana do Castelo vai formar pilotos de drones

  • ECO
  • 4 Novembro 2024

Abriram as inscrições para a ação de curta duração em piloto de drone do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. A formação tem um custo de 100 euros para membros do instituto e dura 25 horas.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) abriu as inscrições para a ação de curta duração em piloto de drones. O curso, a realizar na Escola Superior Agrária (ESA-IPVC) durante o mês de dezembro, tem uma duração de 25 horas e seguirá o modelo letivo híbrido.

A ação, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está estruturada para atender aos desafios atuais de segurança e inovação tecnológica no uso de drones, indica o IPVC em comunicado divulgado nesta segunda-feira. A formação ensina os participantes a realizar operações de voo com UAS (Unmanned Aircraft Systems), também conhecidos por drones, de acordo com os padrões legais e de segurança exigidos.

O curso combina aulas online e presenciais e abrange regulamentação, navegação e segurança aérea, além de preparar os formandos para atividades como captação de imagens e vídeos aéreos. A iniciativa terá especialistas da área como formadores.

No final da formação, os alunos poderão realizar a avaliação para obter a licença nas subcategorias A1 e A3 da categoria aberta para a operação dos drones.

O custo da formação é de 350 euros, mas membros da comunidade IPVC têm desconto, pelo que pagarão apenas 100 euros, de acordo com o comunicado. Este valor pode ser atribuído numa bolsa, caso os participantes concluam o curso no tempo estipulado. As candidaturas decorrem online e podem ser feitas no portal de candidaturas do IPVC.

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Leonor Beleza renuncia ao Conselho Geral Independente da RTP

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Leonor Beleza renunciou uma vez que pertence agora à direção do PSD. Em outubro, Luís Montenegro anunciou que a antiga ministra seria a primeira vice-presidente do partido.

Leonor Beleza renunciou esta segunda-feira à presidência do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, confirmou a própria à Lusa. “Renunciei à qualidade de membro do CGI por considerar que não devo manter-me como tal quando pertenço à direção de um partido político“, afirmou.

Em outubro, o presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou que a antiga ministra Leonor Beleza seria a primeira vice-presidente do partido, numa direção totalmente paritária.

Da comissão permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam a vogais, segundo foi também anunciado no 42.º Congresso do PSD.

O presidente do PSD manteve apenas Inês Palma Ramalho enquanto vice-presidente, a quem se juntaram, além de Leonor Beleza, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço e Carlos Coelho.

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Número de novas matrículas sobe 5% até outubro

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Nos primeiros 10 meses deste ano foram registados 173.133 ligeiros de passageiros, mais 3,5%.

O mercado automóvel cresceu 5% até outubro em relação ao mesmo período do ano passado, com 205.649 novas matrículas em circulação, de acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) divulgados esta segunda-feira. A mesma informação aponta que nos primeiros 10 meses deste ano foram registados 173.133 ligeiros de passageiros, mais 3,5%.

Destes veículos ligeiros, 56% circulam a energias alternativas – uma categoria que inclui elétricos apenas a bateria (18,8%), híbridos (16,6%), híbridos plug-in (13,4%) e outros (7,2%) –, seguindo-se os veículos a gasolina (35,2%) e a gasóleo (8,7%). Já entre os ligeiros de mercadorias, foi registado um aumento de 15,7% no acumulado de janeiro a outubro, para 26.167.

Nos pesados, o número de novas matrículas subiu 6,7%, para 6.349. Apenas em outubro, o barómetro da ACAP aponta para o registo de 18.653 matrículas, traduzindo um crescimento de 10,0% em termos homólogos.

Entre os veículos registados, a maioria (15.291) são ligeiros de passageiros, seguindo-se os ligeiros de mercadorias (2.530) e os veículos pesados (832), havendo subidas respetivas de 10,3%, 4,7% e 23,4% face ao mesmo mês de 2023.

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Língua azul atinge todos os distritos. Só Açores e Madeira estão livres

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Por distrito, destacam-se Évora, com 90 explorações afetadas, e Beja, com 76, seguidos por Setúbal (48) e Portalegre (20). A febre ovina não é transmissível a humanos.

Os serotipos três e quatro do vírus da língua azul já atingiram todos os distritos de Portugal continental, só a Madeira e os Açores estão livres da doença, segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). “A área geográfica afetada pelos serotipos três e quatro do vírus da língua azul […] é constituída por todos os distritos de Portugal continental”, lê-se num edital da DGAV.

As regiões autónomas dos Açores e da Madeira não foram afetadas pelo vírus. A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos.

Em Portugal estão a circular três serotipos de língua azul, nomeadamente o BTV-4, que surgiu, pela primeira vez, em 2004 e foi novamente detetado em 2013 e 2023, o BTV-1, identificado em 2007, com surtos até 2021, e o BTV-3, detetado, pela primeira vez, em 13 de setembro. A vacinação de ovinos e bovinos contra os serotipos um e quatro é obrigatória. Já contra o serotipo três é apenas permitida.

No que diz respeito ao serotipo três, os últimos dados, reportados à semana passada, indicam que foram contabilizadas 41 explorações de bovinos afetadas e 102 animais, sem mortalidade. No caso dos ovinos, somam-se 238 explorações e 11.934 animais afetados e 1.775 mortos.

Por distrito, destacam-se Évora, com 90 explorações afetadas, e Beja, com 76, seguidos por Setúbal (48) e Portalegre (20). O Ministério da Agricultura está a preparar o reforço dos apoios às organizações de produtores face à doença da língua azul e vai investir num plano de desinsetização para travar a propagação, avançou à Lusa.

Além do reforço da subvenção anual dada às organizações de produtores, o executivo de Luís Montenegro vai investir num plano nacional de desinsetização para travar a propagação do vetor transmissor e da doença. O ministério liderado por José Manuel Fernandes adiantou que este plano vai permitir evitar a propagação do serotipo três da língua azul, mas também de outras doenças transmitidas por insetos, como a doença hemorrágica dos bovinos. O Governo não revelou quando é que este plano vai avançar.

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+M

Popota volta para campanha de Natal do Continente

  • + M
  • 4 Novembro 2024

Não existe idade para brincar é a mensagem transmitida este ano na campanha de Natal. O spot marca a estreia de intérpretes de língua gestual portuguesa na publicidade da empresa.

A Popota regressou para mais uma campanha de Natal. “É de quem nunca deixa de brincar” é o mote da campanha deste ano, que conta com a adaptação da música “Nosso Quadro”, da cantora Ana Castela.

“Esta é uma das campanhas que mais orgulho nos dá de produzir, não só pela tecnologia empregue na animação, mas também pelas histórias que nos permite contar. […] Sabemos que é um filme muito aguardado e que tem grande impacto nas crianças e, igualmente, em adultos. Por isso, neste Natal, decidimos relembrar que não existe idade para brincar, que é importante deixar que a imaginação ocupe mais tempo nos nossos dias, criando oportunidades para o fazer em família ou com amigos”, afirma Sérgio Soares, diretor de estratégia & publicidade do Continente, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O arranque desta campanha marca também a utilização de intérpretes de língua gestual portuguesa nos filmes publicitários do Continente. Esta iniciativa, em articulação com a Federação Portuguesa das Associações de Surdos (FPAS), promove uma comunicação mais acessível e inclusiva para a comunidade surda, explica a insígnia.

“Este filme também foi muito importante para a marca porque assinala o compromisso de comunicarmos de forma mais acessível. Assumindo-se como ‘de toda a gente’, o Continente quer contribuir para uma sociedade mais inclusiva, onde todos possam participar, e isso passa por garantir que não deixamos ninguém de fora”, acrescenta o diretor da empresa, em comunicado.

O spot vai estar no ar até dia 25 de dezembro e tem a assinatura criativa da agência Fuel e produção da Nebula. A música original de Ana Castela teve a adaptação musical de João André e Diana Martínez, com a sonoplastia de Indigo Studios. A consultoria de produção é da Pro(u)d e o planeamento de meios da Arena Media.

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Lucros da Corticeira Amorim caem quase 30% até setembro. Paga dividendo extra de 9 cêntimos

Apesar da quebra nos lucros e vendas nos primeiros nove meses do ano, o grupo que está a reestruturar os negócios “não rolha” propõe replicar o dividendo extraordinário de 9 cêntimos em dezembro.

A Corticeira Amorim encerrou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido de 47,8 milhões de euros, uma redução de 28,6% face ao período homólogo. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo de Santa Maria da Feira reporta uma quebra de 4,8% nas vendas até setembro, para 726,2 milhões de euros, assinalando que os resultados foram “penalizados também pela inclusão de custos não-recorrentes (5,3 milhões) bem como pelo aumento dos encargos financeiros em consequência do maior endividamento médio”.

“Apesar da recente melhoria das condições de mercado em alguns segmentos onde opera, a atividade da Corticeira Amorim continua a ser condicionada pela baixa visibilidade e pela pressão sobre os volumes. Como antecipado, a rentabilidade foi afetada pelos elevados preços de consumo de cortiça, reflexo das condições da campanha de cortiça de 2023, apesar dos benefícios decorrentes do aumento da eficiência industrial e da melhoria do mix”, justifica o CEO e presidente da empresa.

Ainda assim, António Rios de Amorim assegura que “estas adversidades não constituem um obstáculo à ambição de garantir uma gestão eficiente dos recursos e de continuar a crescer no futuro”. No mesmo documento anuncia que, tal como já tinha feito há um ano (retomou uma tradição iniciada em 2012 e apenas interrompida no ano da pandemia), quando pagou um dividendo extraordinário bruto de 0,09 euros por ação, o conselho de administração vai propor à assembleia geral de acionistas, a 2 de dezembro, igualmente a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 9 cêntimos por ação.

Rentabilidade a cair, reestruturação a fechar

Tal como nos trimestres anteriores, à exceção da Amorim Cork Composites, todas as unidades de negócio continuam a registar uma redução das vendas. Algo que “reflete na generalidade o contexto adverso do mercado, com impacto na performance dos volumes”, não obstante a “melhoria” registada no terceiro trimestre deste ano. O EBITDA consolidado totalizou 127,6 milhões (vs. 139,8 milhões no período homólogo), com a respetiva margem a cifrar-se em 17,6% (compara com 18,3% há um ano), com a rentabilidade a ser penalizada pelo aumento dos preços de consumo de matérias-primas cortiça e pelo efeito da desalavancagem operacional.

No final de setembro, a dívida remunerada líquida ascendia a 214,1 milhões de euros. “Apesar do aumento do investimento em ativo fixo (31,9 milhões), do pagamento de dividendos (26,6 milhões) e do acréscimo das necessidades de fundo de maneio (5,3 milhões), foi possível reduzir a dívida líquida em 26,7 milhões de euros face ao final de dezembro de 2023”, descreve a gigante corticeira na mesma comunicação enviada esta segunda-feira à tarde à CMVM.

O grupo nortenho está a concentrar numa nova unidade de negócios (Amorim Cork Solutions) os atuais três segmentos “não rolha” — produção de pavimentos, isolamentos e compósitos de cortiça — através da incorporação da Amorim Cork Flooring e da Amorim Cork Insulation na sociedade Amorim Cork Composites (ACC), que será “renomeada e reestruturada”, passando o seu atual CEO, João Pedro Azevedo, a liderar esta nova estrutura a partir de janeiro de 2025. Uma mudança que, frisa Rios de Amorim, “conduzirá a uma gestão mais integrada das operações e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte” nestas três áreas.

A 1 de outubro, através do grupo SACI, a Corticeira Amorim anunciou a compra da italiana Intercap, especializada na produção de cápsulas de surbouchage para espumantes e vinhos tranquilos, por 10 milhões de euros. A primeira fase da aquisição (participação de 55%) foi realizada no mês passado, estando o resto da operação programada para março de 2025.

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Sporting SAD financia-se em 40 milhões junto de 2.690 investidores

O mais recente empréstimo obrigacionista da SAD verde e branca contou com a participação de 2.690 investidores e com uma procura 1,09 vezes acima da oferta.

A Sporting SAD concluiu com sucesso a sua mais recente emissão obrigacionista, atraindo um total de 2.690 investidores que emprestaram à SAD verde e branca 40 milhões de euros.

A operação, inicialmente lançada com o intuito de angariar 30 milhões de euros, foi aumentada na quinta-feira em 33% para os atuais 40 milhões de euros, terminando com uma procura 1,09 vezes acima da oferta, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Euronext Lisboa.

A emissão, composta por uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) e uma Oferta Pública de Troca (OPT), resultou na colocação de 33,7 milhões de euros em novas obrigações através da OPS e 6,3 milhões através da OPT.

As novas obrigações “Sporting SAD 2024-2028” têm um valor nominal de 5 euros cada, contam com uma taxa de cupão de 5,25% e uma maturidade de quatro anos (vencem a 6 de novembro de 2028).

Segundo o prospeto das obrigações, o montante angariado deste empréstimo visa promover uma maior diversificação e otimização das fontes de financiamento da SAD, servir para financiar a atividade corrente e o reforço de liquidez da empresa liderada por Frederico Varandas.

Os dados da Euronext Lisboa revelam ainda 45% dos investidores dos 2.179 investidores que ocorreram à OPS subscreveram montantes até 5 mil euros, enquanto 51% dos 511 investidores que acorreram OPT optaram por trocar as antigas obrigações (Sporting SAD 2021-2024) pelas novas também nesta faixa de valor.

O processo de atribuição incluiu uma fase de atribuição mínima de 5 mil euros na OPS, seguida de uma atribuição integral para ordens recebidas até 29 de outubro. As ordens do dia 30 de outubro foram sujeitas a rateio, com um fator de 0,58 vezes.

Esta operação tratou-se do nono empréstimo obrigacionista obtido pela SAD verde e branca junto dos pequenos investidores nos seus 27 anos de existência (26 de cotação em bolsa) que permitiu, até à data, alcançar um financiamento total de 255 milhões de euros.

As novas obrigações serão admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisboa a 6 de novembro, data em que também ocorrerá a liquidação da operação.

A fase final deste empréstimo obrigacionista, que não contou com a tradicional apresentação dos resultados por parte da administração da SAD leonina na bolsa portuguesa, coincidiu com a oficialização da saída do treinador Rúben Amorim para o Manchester United.

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BE quer tirar do OE autorização para mexer nas férias, greves e baixas da Função Pública

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O Bloco desafia o PS a chumbar os pedidos de autorização legislativa que o Governo inscreveu no Orçamento, uma vez que se tratam de "armadilhas" para desproteger os funcionários públicos.

O Bloco de Esquerda (BE) propôs, esta segunda-feira, a revogação dos dois pedidos de autorização legislativa que constam na proposta do Orçamento do Estado para 2025 para o Governo fazer alterações na lei do trabalho em funções públicas.

Numa conferência de imprensa na Assembleia da República, o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, anunciou que o partido assumiu como prioritário, no arranque da discussão na especialidade da proposta orçamental, propor a revogação dos pedidos de autorização legislativa que, argumentou, têm como intenção permitir ao executivo alterar a lei geral do trabalho em funções públicas “sem dizer ao Parlamento qual é que é o sentido e a extensão destas alterações”.

Em causa estão os artigos da proposta do Orçamento do Estado para 2025 que autorizam, por exemplo, o Executivo a criar um projeto-piloto no domínio do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho dos serviços, dirigentes e dos trabalhadores (SIADAP) independentemente da modalidade de constituição da relação jurídica de emprego público”.

A questão foi levantada pela esquerda ao longo do debate na generalidade, à qual o primeiro-ministro, Luís Montenegro, respondeu afirmando não haver ainda “uma solução final em alguns domínios”, mas que a intenção do Governo passa por mexer em “coisas mais administrativas e burocráticas”.

O líder parlamentar do Bloco sublinhou que estas “autorizações legislativas permitem rever a lei da greve, as férias, a avaliação e a doença” e defendeu que esta é uma “técnica legislativa inconstitucional” – a mesma acusação já feita pela líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, no debate orçamental.

“Uma autorização legislativa, quando vem à Assembleia da República, quando é matéria exclusiva da Assembleia da República, como é este o caso, deve ter, deve conter o decreto de lei do Governo”, defendeu.

O deputado apelou às restantes forças políticas que votem favoravelmente às propostas do BE para garantir que “estas duas armadilhas que o Orçamento do Estado contém, não avançam” e disse contar com o apoio dos socialistas nesta matéria, dada a oposição aos pedidos de alteração legislativa já demonstrada ao longo da discussão orçamental.

Fabian Figueiredo atirou que o PSD e CDS “têm um histórico de desproteção, de desregulação, de redução de direitos dos funcionários públicos” e não pode ser dado “um cheque em branco” aos dois partidos para fazerem alterações à lei do trabalho da função pública.

O deputado criticou ainda o que diz ser um “estranho projeto piloto para alterar o sistema de avaliação” dos funcionários públicos, lembrando que o “sistema de avaliação diz diretamente respeito à progressão na carreira e à valorização salarial” desses trabalhadores.

Sem adiantar ainda quantas ou quais serão as restantes iniciativas do Bloco para alterar a proposta orçamental, Fabian Figueiredo assegurou que os “pensionistas podem contar com o Bloco de Esquerda para a valorização das suas pensões”. “Foi assim ao longo de todas as legislaturas e nesta não será diferente”, garantiu.

O deputado defendeu que as pensões “devem ser valorizadas de forma estrutural e permanente” e não através de “aumentos pontuais”, à semelhança do que foi atribuído este ano.

O líder parlamentar do BE explicou também que, por se tratar de um “mau Orçamento do Estado”, é “natural que o BE faça várias propostas de alteração” e matérias como a habitação, fiscalidade, reforço dos serviços públicos e transição climática.

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Autarcas socialistas apontam “coincidência” na atribuição de fundos a autarquias do PSD

Dos 17 contratos programas, 13 são em municípios liderados pelo PSD/CDS e apenas quatro se destinam a municípios de gestão PS. ANA-PS quer acreditar que são "apenas coincidências".

O Governo, através do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, decidiu atribuir apoios financeiros a instituições localizadas apenas em municípios liderados pelo PSD, numa comparticipação no valor de 397,3 mil euros, denuncia uma nota enviada esta segunda-feira pela Associação Nacional de Autarcas Socialistas (ANA-PS).

A ANA-PS menciona que “recentemente”, através do despacho publicado a 28 de outubro em Diário da República (que selecionou as candidaturas aos subprogramas de equipamentos associativos e equipamentos religiosos), “e depois do Grupo Parlamentar do Partido Socialista ter feitos perguntas na Assembleia da República, [o Governo] veio apoiar – através do mesmo programa – instituições em dois municípios de presidência PS, numa comparticipação no valor de 71 mil euros“. Em causa estão os municípios de Montemor-o-Velho e Portel.

O programa equipamentos destina-se a comparticipar obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de equipamentos urbanos de utilização coletiva, incluindo equipamentos religiosos, até um valor de 100 mil euros. A Associação Nacional de Autarcas Socialistas dá conta de que o “atual Governo fez publicar uma lista de contratos programas com municípios e freguesias, verificando-se uma vez mais a ‘coincidência’ ao atribuir mais de 80% do financiamento a projetos em municípios e freguesias liderados pelo PSD/CDS”.

A ANA-PS contabiliza que “dos 17 contratos programas, 13 são em municípios liderados pelo PSD/CDS, numa comparticipação total de 4,98 milhões de euros, e apenas quatro contratos programas em municípios de gestão PS numa comparticipação total de 647 mil euros”. A Associação Nacional de Autarcas Socialistas menciona que “existem, ainda, dois contratos programas com duas freguesias, uma do PSD e uma outra numa freguesia Independente num município onde o PS tem a maioria na Câmara (São Pedro do Sul)”.

Se estas “coincidências” se mantiverem no futuro, estaríamos perante uma partidarização dos dinheiros públicos o que, reforçamos e queremos acreditar, o Governo não fará.

Associação Nacional de Autarcas Socialistas

“A ANA-PS quer acreditar que estas decisões foram “apenas coincidências” e que, no futuro, iremos ter uma distribuição destes apoios de acordo com a expressão de cada partido no nível nacional”. Relembrando que o PS é o partido com maior número de presidências em câmaras municipais e juntas de freguesia.

“Se estas “coincidências” se mantiverem no futuro, estaríamos perante uma partidarização dos dinheiros públicos o que, reforçamos e queremos acreditar, o Governo não fará”, conclui a Associação Nacional de Autarcas Socialistas, liderada por Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeirim.

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Estado já arrecadou 96% da receita prevista com IRC. Imposto rendeu 7,8 mil milhões de euros até setembro

Cofres do Estado engordam mais 2,1 mil milhões de euros com receita fiscal do IRC face ao executado até agosto. Receita com este imposto deverá superar estimativa do OE2024.

Tem sido o motor do crescimento da receita fiscal nos últimos meses e promete superar as estimativas, impulsionado pelos bons resultados nas empresas. O Estado já encaixou 7,8 mil milhões de euros até setembro com o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), o correspondente a 96% do estimado com este imposto para a totalidade do ano, de acordo com os mais recentes dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO).

A execução orçamental revela que, a três meses do final deste ano, a receita do Estado com IRC fica a 888 milhões de euros de distância do recorde dos 8.685 milhões de euros registados na globalidade de 2023 – que superou a estimativa inicial – e a 350 milhões de euros do previsto para a totalidade de 2024.

O IRC rendeu, assim, aos cofres do Estado até setembro mais 23,5% do que em igual período do ano passado. Os 6,3 mil milhões de euros arrecadados até setembro de 2023 representavam na altura 86,1% do estimado no Orçamento do Estado para 2023. Ou seja, a execução deste imposto por esta altura do ano vai mais avançada face ao período homólogo.

Execução orçamental até setembro

Fonte: DGO

Face a agosto deste ano deu ainda um salto de 2,1 mil milhões de euros, mês no qual registou uma execução acumulada de 69,3% do orçamento inicial.

A receita fiscal total ascendeu a cerca de 45,4 mil milhões de euros até setembro, um aumento de 5,3% face ao período homólogo, e o correspondente a 75,5% do previsto no Orçamento para 2024. Este resultado reflete um encaixe de 21,4 mil milhões de euros com impostos diretos e 24 mil milhões de euros com impostos indiretos.

Nos impostos diretos, o maior contributo nominal continua a chegar através do IRS, tendo rendido cerca de 13,3 mil milhões de euros, registando um aumento de 1,1% quando comparado com igual período do ano passado.

Nos impostos indiretos, destaca-se como habitualmente o Imposto sobre o Valor Acrescentando (IVA), que significou cerca de 17,4 mil milhões de euros para o Estado, um aumento de 1,7% face ao período homólogo e correspondente a 71,2% do estimado para 2024. No entanto, é o Imposto de Selo (IS) que lidera a execução face ao previsto: 80,1%, o correspondente a 1,6 mil milhões de euros.

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IL propõe que retenção na fonte de trabalhadores independentes baixe para 20%

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

Rui Rocha considerou que os trabalhadores independentes são “pessoas que têm sido muito maltratadas no país, sobrecarregadas com burocracia, com taxas excessivas”.

A Iniciativa Liberal propôs esta segunda-feira que a taxa de retenção na fonte no IRS dos trabalhadores independentes passe dos atuais 25% para 20% e sugeriu que se reduza o IVA da construção para 6%. Estas propostas, que serão discutidas no período da especialidade do Orçamento do Estado para 2025, foram hoje apresentadas no parlamento pelo líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, que salientou que são compromissos eleitorais do partido.

Entre as medidas, consta um pacote de propostas para os trabalhadores independentes, que Rui Rocha considerou serem “pessoas que têm sido muito maltratadas no país, sobrecarregadas com burocracia, com taxas excessivas”. A IL propõe que a taxa de retenção da fonte do IRS para esses trabalhadores passe dos atuais 25% para 20%, salientando que o Governo apresentou, em sede orçamental, uma proposta para reduzir essa taxa para os 23%, o que partido considera insuficiente num país onde esses trabalhadores “ganham, em média, menos de 600 euros por mês”.

Por outro lado, a IL quer também “aumentar o limiar da isenção de IVA e de contribuições para a Segurança Social quando se acumula trabalho independente e trabalho dependente para 25 mil euros”. “Propomos também que a questão da tributação autónoma seja eliminada e que o pagamento por conta e a transparência fiscal deixem de ser obrigatórios”, anunciou ainda Rui Rocha.

A par destas propostas para os trabalhadores independentes, o líder da IL salientou também que vai propor uma “atualização dos escalões do IRS que a Aliança Democrática (AD) apresenta para este Orçamento, mas que não recupera aquilo que não foi atualizado, em termos de escalões, durante o Governo de António Costa”.

Também nesta vertente do IRS, Rui Rocha referiu que, no atual Orçamento do Estado, se prevê a possibilidade de, em certas situações, “pessoas com rendimentos muito baixos” pagarem IRS, anunciando que a IL vai propor “um mecanismo para eliminar essa possibilidade”. Por último, Rui Rocha referiu ainda que o partido quer também que o IVA para a construção seja reduzido para 6%, defendendo que “é preciso trazer mais oferta de habitação para o mercado e isso é uma forma de o fazer”.

“Há projetos imobiliários que só são viáveis se o IVA da construção for mais baixo: se passar para 6%”, frisou. Questionada sobre qual o custo destas medidas, o líder da IL respondeu que é “praticamente neutro ou muito limitado”, salientando que a redução da taxa de retenção na fonte para os trabalhadores independentes “é apenas uma questão de tesouraria, o acerto final do imposto será feito com aquilo que for devido”.

“A única [medida] que representa algum custo, do ponto de vista da receita, é a questão dos escalões, mas aí eu diria que esse custo também é limitado e, sobretudo, é uma questão de justiça”, disse, salientando que o facto de não se ter atualizado os escalões de IRS durante a governação de António Costa foi, na prática, “uma forma encapotada de aumentar impostos” e “uma cobrança abusiva”.

Interrogado se, caso alguma destas medidas seja aprovada na especialidade, a IL tenciona mudar o seu sentido de voto – o partido votou contra o Orçamento na generalidade –, Rui Rocha disse que o partido optou por votar contra porque, no documento, não está “cumprido o mínimo do ponto de vista do próprio programa de Governo que tinha sido apresentado pela AD”.

“E isso, mesmo que estas medidas possam ser cumpridas e aprovadas, não alteram a substância do Orçamento. São medidas importantes para as pessoas a quem se dirigem (…) mas não são medidas que cheguem para que nós alteremos o nosso sentido de voto”, disse.

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Encontro Mundial do Notariado com Marcelo, ministra e PGR, realiza-se a 6, 7, 8 e 9 de novembro

Lisboa acolhe, pela primeira vez, o Encontro Mundial do Notariado decorre nos dias 6, 7, 8 e 9 de novembro e conta com a presença do Presidente da República, organizado pela Ordem dos Notários.

Lisboa acolhe, pela primeira vez, o Encontro Mundial do Notariado decorre nos dias 6, 7, 8 e 9 de novembro e conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, das Ministras da Justiça de Portugal e Cabo Verde, do Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, e do Presidente da União Internacional do Notariado, Lionel Galliez. Pode consultar o programa aqui.

Este evento junta na capital portuguesa representantes de mais de 90 países que, em conjunto, vão refletir sobre o futuro da profissão e dar o seu contributo para a construção de soluções que respondam aos grandes desafios do século XXI, abordando questões como o combate ao branqueamento de capitais, a inteligência artificial e transformação digital e a crescente circulação de pessoas e bens. Com uma forte participação da CPLP, o Encontro Mundial do Notariado pretende, ainda, reforçar a cooperação entre os países de língua portuguesa, que representam já mais de 230 milhões de pessoas.

O bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva, defende que “é com grande orgulho que Portugal acolhe, pela primeira vez, o Encontro Mundial do Notariado. Num período marcado por profundas transformações tecnológicas e sociais, este evento reveste-se de especial importância e vem reforçar o papel dos notários no contexto das novas dinâmicas globais. Este encontro é um espaço privilegiado de partilha de conhecimento e experiências que evidencia a importância da cooperação internacional na construção de soluções que melhor sirvam os cidadãos.”

O Encontro Mundial do Notariado contará com diversos painéis temáticos que abordarão questõe como o combate o Branqueamento de Capitais e os Desafios da Globalização, a Inteligência Artificial e a Certificação Notarial de Autenticidade, a Circulação de Documentos e Direitos dos Cidadãos na CPLP, a Sucessão Transnacional e Fenómenos Migratórios, o Valor Probatório de Documentos Eletrónicos Notariais e Apostila Eletrónica, a Utilização de Novas Tecnologias na Resolução Alternativa de Litígios e a Herança Digital e Direitos Sucessórios.

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