Renamo não reconhece resultados e quer anulação da votação em Moçambique

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

"Não aceitamos os resultados e vamos usar todos os mecanismos internos e internacionais para que estas eleições sejam declaradas inexistentes", disse o líder da Renamo.

O líder da Renamo e candidato presidencial Ossufo Momade afirmou esta sexta-feira que o maior partido da oposição moçambicana não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais, que se não foram anulados “não se responsabiliza” por “possíveis eventos”.

A Renamo está ciente da responsabilidade que tem neste país, por isso declaramos, aqui e agora, que não aceitamos os resultados e vamos usar todos os mecanismos internos e internacionais para que estas eleições sejam declaradas inexistentes e seja resposta a justiça eleitoral. Caso contrário, a Renamo não se responsabiliza pelos possíveis eventos pós-eleitorais”, anunciou Momade, em Maputo.

Ao pronunciar-se pela primeira vez após as eleições gerais de 9 de outubro, no dia seguinte à Comissão Nacional de Eleições ter anunciado os resultados oficiais da votação, que o colocam como terceiro candidato presidencial, entre quatro, e retiram a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) do estatuto de maior partido da oposição – passou de 60 para 20 deputados –, atrás do Podemos (31 deputados), Ossufo Momade afirmou que os resultados representam uma “alteração da vontade de popular”.

“Estas não foram eleições. Foi um crime, um desrespeito e violação flagrante dos direitos fundamentais, como é o caso de enchimento nas urnas, infiltração de atas e editais falsos, manipulação dos resultados eleitorais, discrepâncias numéricas entre os editais distritais e as mesas de votos”, disse ainda.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou na quinta-feira a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a Presidente da República de 9 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional. Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, totalizando 1.412.517 votos.

Na terceira posição da eleição presidencial ficou Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, com 5,81%, seguido de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático do Moçambique (MDM), com 3,21%.

O anúncio dos resultados feito na quinta-feira pela CNE aconteceu no primeiro de dois dias de greve geral e manifestações em todo o país convocadas por Mondlane contra o processo eleitoral deste ano, que está a ser marcado por confrontos entre manifestantes e a polícia nas principais avenidas da capital moçambicana.

Mais de 300 pessoas foram detidas, segundo a policia, e nas ruas e bairros de Maputo, a capital, era visível esta manhã o rasto dos confrontos com os manifestantes que saíram às ruas queimando pneus e cortando avenidas, com forte resposta policial, com blindados, equipas cinotécnicas, lançamento de gás lacrimogéneo e tiros para o ar.

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Chefe da diplomacia da UE condena morte de 128 jornalistas num ano

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

"Os jornalistas estão a pagar um preço elevado na cobertura do conflito no Médio Oriente. Três foram mortos hoje num ataque das Forças de Defesa de Israel no Líbano", disse Josep Borrell.

O chefe da diplomacia da União Europeia condenou a morte de 128 jornalistas na guerra de Israel contra o Hamas e na ofensiva israelita contra o Hezbollah – três dos quais mortos esta sexta-feira –, pedindo proteção para a imprensa.

Os jornalistas estão a pagar um preço elevado na cobertura do conflito no Médio Oriente. Três foram mortos hoje num ataque das Forças de Defesa de Israel no Líbano, quase 130 das vítimas do último ano em Gaza”, condenou o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter). “Condenamos esta situação”, adiantou o responsável, vincando que “a liberdade e o acesso à imprensa devem ser garantidos e os jornalistas devem ser protegidos, sempre”.

A posição surge no dia em que o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou que pelo menos 128 jornalistas foram, este ano, mortos na guerra de Israel contra o Hamas e na ofensiva israelita contra o Hezbollah, além de 69 repórteres feitos prisioneiros. Os últimos dados disponibilizados pelo Comité, atualizados até 17 de outubro, estimam o número de jornalistas mortos nos conflitos em 128 e que outros 69 foram feitos prisioneiros.

Esta sexta, foram contabilizadas mais três mortes entre repórteres que cobrem os conflitos na região, tornando-se o cenário de guerra em que morreram mais jornalistas num ano. Os três jornalistas cobriam a ofensiva israelita no Líbano e morreram num alegado atentado bombista do exército israelita contra a sua residência na cidade libanesa de Hasbaya, no sul do país, segundo a televisão Al-Jazeera e a agência de notícias nacional do Líbano.

De acordo com o CPJ, sediado em Nova Iorque, só em Gaza foram mortos mais jornalistas no decurso de um ano do que em qualquer outro conflito documentado. Alguns dos jornalistas foram mortos enquanto usavam coletes de imprensa, incluindo três dos cinco que foram atacados diretamente pelas Forças de Defesa de Israel, observou o CPJ.

Um número recorde de jornalistas palestinianos foi também detido. As autoridades israelitas têm agora o recorde mundial de detenção do maior número de jornalistas per capita num período de um ano, muitos dos quais foram detidos sem acusação”, sublinham. Segundo a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), só na Palestina existem 24 casos documentados de jornalistas detidos, desaparecidos ou mortos no último ano.

Esta organização recolhe também informações sobre os numerosos jornalistas mortos no exercício da sua profissão, principalmente na Faixa de Gaza, mas também no Líbano e em Israel, e acrescenta dados pessoais e as circunstâncias das suas mortes, sem quantificar um total. Recolhe também dados sobre repórteres e trabalhadores dos meios de comunicação social que foram vítimas do conflito nos outros territórios afetados pelo conflito: Líbano, Cisjordânia e o próprio território israelita.

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Jerónimo Martins entra no capital do Observador

A Recheio SGPS, liderada por Pedro Soares dos Santos, fica com uma participação de 4,99%. Luís Amaral, o principal acionista, desce dos 55% para os 49,95% e Carlos Moreira da Silva sobe para 5%.

A Jerónimo Martins entrou no capital do Observador, apurou o ECO/+M. A estreia no setor dos media do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, que será feita através da sociedade Recheio SGPS SA, foi confirmada pelo Observador. O novo acionista fica com uma participação de 4,99% e operação está inserida num aumento de capital da dona do Observador. O aumento de capital é de 2,4 milhões de euros, o maior desde a criação do título, e será feito a 1,2 euros por ação, representando um prémio de 20% face ao seu valor nominal.

Em simultâneo, Luís Amaral, que acompanhou o aumento de capital na proporção da sua participação, reduz dos anteriores 55% para 49,95%. Em sentido contrário, Carlos Moreira da Silva, que controla a BA Glass, aumenta a sua participação para 5%, tornando-se um dos acionistas de referência. O valor do capital social do Observador passou assim a ser de 12.369.260,17 euros.

A Recheio vai então juntar-se, na estrutura acionista da Observador On Time, a Luís Amaral (Amaral y Hijas Holding S.L. – 49,95%), António Carrapatoso (Orientempo, Investimentos e Consultoria, S.A. – 6,59%), Pedro de Almeida (Ardma SGPS, Lda. – 5,00%), Alexandre Relvas (Famav Investimentos, Lda. – 5,00%), Filipe de Botton (Lusofinança, Sociedade Serviços Financeiros, Lda. 5,00%), Carlos Moreira da Silva (Teak Capital, S.A.- 5,00%), João Talone (Ribacapital, SGPS, Lda. – 3,71%), Pedro Martinho (3,33%), António Champalimaud (Holdac, SGPS, S.A. – 3,10%), João Fonseca (Atrium Capital, S.A.- 2,52%), António Viana-Baptista (1,52%), Duarte Schmidt Lino (1,04%), José Manuel Fernandes (0,98%), Rui Ramos (0,98%), João de Castello Branco (0,54%), Rudolf Gruner (0,23%), Jorge Bleck (0,21%), Filipe Simões de Almeida (0,18%), Duarte Vasconcelos (0,08%) António Pinto Leite (0,05%). Estas participações refletem já o aumento de capital.

Este aumento de capital permitirá ao Observador reforçar os seus recursos e as suas capacidades, e continuar a crescer significativamente, com sustentabilidade económica e financeira. O Observador e toda a sua equipa ficam assim ainda mais preparados para cumprirem a missão a que se propuseram, com os esperados benefícios para os seus leitores e ouvintes e para todos os cidadãos e país em geral, comenta António Carrapatoso, presidente do conselho de administração executivo do Observador. “Este aumento de capital representa mais uma confirmação da confiança que os nossos acionistas depositam na direção e redação do nosso jornal e rádio“, acrescenta José Manuel Fernandes, administrador e publisher do Observador.

Este será o segundo aumento de capital da Observador On Time este ano. Em março foi registado um aumento de cerca de 860 mil euros, o que coloca o capital social da empresa nos 9,9 milhões de euros. Em 2023, foram duas as operações para reforçar o capital da empresa. A última, no montante de 1,1 milhões de euros foi e setembro. Já em março desse ano, foi registada a entrada de um milhão de euros, uma operação que terá acontecido três meses antes.

Rudolf Gruner explicava na altura que a empresa ficava assim com um capital social na casa dos oito milhões de euros, aos quais acrescia dois milhões em prestações acessórias. Começámos com 3 milhões em 2014, vamos nos 10 milhões. Quase todos os anos temos vindo a fazer pequenos aumentos de capital para financiar a atividade e permitir o crescimento do projeto”, prosseguia Gruner, lembrando que o Observador foi lançado com 40 pessoas e em 2023 eram mais de 140″.

Este aumento de capital destinava-se ao reforço do investimento na rádio e no áudio – o que não é necessariamente a mesma coisa – e também em novos segmentos, como a secção Mental, sobre saúde mental.

Na rádio, o objetivo era reforçar a cobertura da estação. A Rádio Observador tinha duas frequências em Lisboa/Centro e duas no Porto/Norte, “mas não é suficiente”, dizia o responsável, que contava alargar o alcance do FM ainda em 2023.

Entretanto, já este ano, as cidades de Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Peniche e Pombal passaram a ter acesso à Rádio Observador em FM. “É uma faixa importante do território que a rádio ambicionava pela sua densidade populacional e pela vitalidade destas cidades do centro litoral do país“, dizia o Observador, que alcança assim, em 94.0 FM, um público potencial de 467 mil pessoas do distrito de Leiria.

A chegada a Leiria deu-se através de um acordo de associação à com a EDR – Empresa de Difusão de Rádio, dona da Rádio 94 FM, que passa assim de generalista a temática, dando origem à Rádio Observador Leiria. A EDR junta-se então à Rádio Baía (Seixal), RFA (Vila do Conde), Baobad (Aveiro), Rádio Mais (Lisboa), Rádio Maior (Santarém), que já transmitiam em associação à Rádio Observador.

É uma frequência muito importante. Permite finalmente fechar o eixo Lisboa-Porto, já é possível percorrer a A1 e A8 sempre a ouvir, em FM, a Rádio Observador”, comenta com o +M Rudolf Gruner.

O objetivo é continuar a crescer. “Vamos continuar a expandir a cobertura, enquanto fizer sentido”, garante Gruner. “Um dia, a esmagadora maioria das pessoas ouvirá rádio no telemóvel, no digital, e o FM já não será tão relevante. Mas, neste momento, ainda é“, acrescenta. Assim, avançava, “continuaremos à procura de novas oportunidades”.

Com este acordo, o sexto, ficou completo o número máximo de transmissão em associação previsto na Lei da Rádio. Restam, para continuar a aumentar o alcance territorial, as parcerias com estações locais, mas aí com a obrigatoriedade de oito horas de emissão local, lembra o responsável. Entretanto, já este ano, a Observador On Time, comprou a Emissora das Beiras, no concelho de Tondela, que passou a emitir a rádio de informação em setembro, na altura dos incêndios.

Para além da expansão do negócio, os aumentos de capital, têm servido também para ajudar a financiar a operação. “Pé ante pé vamos crescendo, mas nunca chegamos ao break even”, referia em 2023 o responsável. O melhor ano, em termos de EBITDA foi 2021, período no qual registaram um resultado negativo de cerca de 200 mil euros, recorda. Atingir o break even “é um objetivo importante”. “A nossa perspetiva de negócio não é estar sempre dependente do acionista para a atividade. Para o crescimento do negócio é outra coisa”, acrescenta.

Em, 2023, de acordo com o Portal da Transparência, a dona do Observador registou resultados negativos de 1,2 milhões de euros e em 2022 de 876 mil euros.

 

(notícia atualizada às 18h45)

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Países Baixos querem introduzir controlo nas fronteiras e repatriar mais sírios

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

Outras medidas incluem a abolição das autorizações de residência por tempo indeterminado para os refugiados e a redução do tempo destas autorizações de cinco para três anos.

O Governo dos Países Baixos, liderado pela extrema-direita, anunciou esta sexta-feira medidas, cada vez mais rigorosas, em matéria de asilo, incluindo a introdução de controlos nas fronteiras e a classificação de certas regiões da Síria como “zonas seguras”.

O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, apresentou os planos do seu governo numa conferência de imprensa, após vários dias de intensas negociações entre a coligação de quatro partidos no poder, liderada pelo Partido da Liberdade (PVV), de extrema-direita, do deputado anti-imigração Geert Wilders.

As medidas reforçadas incluem controlos fronteiriços semelhantes aos efetuados na Alemanha, a abolição das autorizações de residência por tempo indeterminado para os refugiados e a redução das autorizações de residência de cinco para três anos, “de acordo com os países vizinhos”. “As nossas discussões produziram finalmente um resultado muito sólido”, disse Dick Schoof aos jornalistas.

“Hoje temos um pacote completo de medidas para implementar a nossa política de asilo mais rapidamente, para a tornar mais rigorosa e para a simplificar”, acrescentou o primeiro-ministro. A política do Governo neerlandês em relação à Síria também será “consideravelmente reforçada”, com certas partes do país a serem classificadas como “seguras” este ano, disse Dick Schoof.

Isto significa que os requerentes de asilo provenientes das chamadas zonas “seguras” também poderão ser repatriados e que os que já possuem uma autorização de residência neerlandesa “poderão ser considerados” para repatriamento. No entanto, o Governo recuou perante a vontade de Geert Wilders de declarar uma “crise de asilo” nos Países Baixos, o que teria desencadeado uma legislação de emergência que permitiria ao Governo contornar o parlamento.

O plano foi contestado pelo Novo Contrato Social (NSC), um jovem partido da coligação cujo apoio é essencial para o atual executivo liderado por Dick Schoof. As novas medidas terão agora de ser aprovadas tanto pela câmara baixa como pela câmara alta do parlamento em Haia.

O anúncio segue-se a um apelo geral dos líderes da União Europeia (UE), na semana passada, a novas leis de emergência para aumentar e acelerar o repatriamento de migrantes, numa altura em que a retórica da UE tem vindo a assumir uma orientação cada vez mais à direita. Numa cimeira em Bruxelas, os dirigentes afirmaram que as discussões se centraram na imigração, uma questão que cresceu na agenda política na sequência das vitórias da extrema-direita em vários países, incluindo os Países Baixos.

O PVV de Geert Wilders obteve uma grande vitória eleitoral no ano passado e o veterano da legislação anti-islâmica prometeu “a política de imigração mais rigorosa possível” para lidar com o que ele descreve como a “crise de asilo” do país. Os pormenores das novas medidas foram divulgados no início desta semana e os partidos da oposição e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram as propostas.

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Gafi inclui Angola na “lista cinzenta” de combate ao branqueamento de capitais

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

Além de Angola, o Gafi incluiu na “lista cinzenta” a Costa do Marfim, Argélia e Líbano. “O processo de inclusão na lista (cinzenta) não é uma medida punitiva”, diz a presidente do Gafi.

O Grupo de Ação Financeira (Gafi), uma organização que luta contra o branqueamento de capitais, anunciou esta sexta-feira que incluiu Angola na sua “lista cinzenta”, como é conhecida a relação de países que ficam com monitorização reforçada pela entidade.

O anúncio foi feito pela presidente do Gafi, Elisa de Anda Madrazo, no final de uma reunião plenária em que sublinhou que “o processo de inclusão na lista (cinzenta) não é uma medida punitiva”.

“Pelo contrário, trata-se de orientar os países na via da melhoria. Todos estes países trabalharam ativamente com os respetivos organismos regionais e com o Gafi para desenvolver um plano de ação”, acrescentou. Além de Angola, foram integrados na “lista cinzenta” a Costa do Marfim, Argélia e Líbano.

Esta foi a primeira reunião plenária do Grupo, sob a presidência de Anda Madrazo, e nela participaram representantes de mais de 200 membros da rede mundial e de organizações observadoras, incluindo o Fundo Monetário Internacional, as Nações Unidas, o Banco Mundial, a Interpol e o Grupo Egmont de Unidades de Informação Financeira.

O Gafi explica no seu portal eletrónico que quando coloca uma jurisdição sob monitorização reforçada, isso significa que o país se comprometeu a resolver rapidamente as deficiências estratégicas identificadas dentro dos prazos acordados e está sujeito a uma monitorização reforçada.

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Produtora Sky Dreams prepara série inspirada em músicas dos Xutos & Pontapés

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

"Circo de Feras", título que adota o nome de um álbum, de 1987, e de uma das mais conhecidas músicas dos Xutos & Pontapés, é uma produção da Sky Dreams para a RTP.

A produtora portuguesa Sky Dreams está a preparar uma série de ficção, intitulada “Circo de Feras”, inspirada em músicas do grupo rock Xutos & Pontapés.

Não tem diretamente a ver com os Xutos, mas as músicas deles inspiram certas personagens, como por exemplo o ‘homem do leme’ ou Maria [‘Para ti Maria’]. São as músicas que têm alguma identificação direta ou indireta sobre a vida das personagens”, explicou o produtor Pedro Duarte.

“Circo de Feras” tem argumento de Patrícia Muller e realização de João Maia e a rodagem só deverá acontecer em 2025, com a produtora ainda “em negociações finais” quanto ao elenco.

Sobre a utilização das músicas que servem de base a esta série, Pedro Duarte disse que “está tudo acertado com os Xutos & Pontapés” e que foram escolhidos temas de vários álbuns da banda.

Os Xutos & Pontapés são uma das mais duradouras bandas rock portuguesas, tendo surgido há 45 anos, a contar de 13 de janeiro de 1979, dia em que deram o primeiro concerto no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa.

Na altura, o grupo, que chegou a chamar-se Delirium Tremens e depois Beijinhos e Parabéns, integrava os jovens Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, influenciados pelo punk rock que entrava em força na cena musical estrangeira.

Quarenta e cinco anos depois do primeiro concerto, o grupo persiste na música portuguesa com mais de uma dezena de álbuns e muitas canções que servem de âncora para um clã do rock com milhares de fãs de várias gerações.

Mesmo depois da morte do guitarrista Zé Pedro, em 2017, a banda manteve-se ativa, em palco e em estúdio, com Tim (vocalista e baixista), João Cabeleira (guitarrista), Gui (saxofonista) e Kalú (baterista).

“Circo de Feras”, título que adota o nome de um álbum, de 1987, e de uma das mais conhecidas músicas dos Xutos & Pontapés, é uma produção da Sky Dreams para a RTP.

Atualmente a Sky Dreams está a terminar a rodagem da série “O Arquiteto”, também de Patrícia Muller e João Maia, sobre um escândalo sexual que envolveu o arquiteto Tomás Taveira no final dos anos 1980. A série, produzida para a o canal televisivo TVI e para a plataforma de streaming Prime Video, é protagonizada pelo ator Rui Melo.

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Ministério Público abre processo a André Ventura por incitamento ao ódio

O Ministério Público abriu um processo para investigar as declarações de André Ventura, do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, e do assessor Ricardo Reis, por incitamento ao ódio.

O Ministério Público (MP) abriu um processo para investigar as declarações do presidente do Chega André Ventura, do líder parlamentar do partido Pedro Pinto e do assessor Ricardo Reis, por incitamento ao ódio, relacionadas com a morte de Odair Moniz, avança a Sic Notícias. O inquérito corre no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.

Em causa estão declarações do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, sobre os tumultos dos últimos dias relacionados com a morte de Odair Moniz, baleado pela polícia na Amadora, afirmando que se as forças de segurança “disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”.

Sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz, também André Ventura, presidente do Chega, fez declarações polémicas. “Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prende-lo”, disse.

Esta tomada de posição por parte do MP surge no dia em que foi conhecida uma queixa-crime apresentada por um grupo de cidadãos, dos quais fazem parte a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem. De acordo com o projeto de queixa-crime, a que o Diário de Notícias teve acesso, os principais ilícitos são: “instigação à prática de crime”, apologia da prática de crime” e “incitamento à desobediência coletiva”.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da AML, onde foram incendiados autocarros, automóveis e caixotes do lixo. Mais de uma dezena de pessoas foram detidas, um motorista de um autocarro sofreu queimaduras graves e dois polícias receberam tratamento hospitalar, havendo ainda alguns cidadãos feridos sem gravidade.

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KKR passa a controlar 97,6% da Greenvolt e coloca a empresa na porta de saída da bolsa nacional

Greenvolt prepara adeus à bolsa após a OPA da KKR conferir aos norte-americanos o controlo de 97,6% do capital da empresa nacional. O próximo passo deverá ser o lançamento de uma oferta potestativa.

A saída de bolsa da Greenvolt está para breve. A oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) sobre a empresa de energias renováveis chegou ao fim com um desfecho positivo para a KKR, que desde quinta-feira passou a controlar 97,6% dos direitos de voto da Greenvolt, segundo informação divulgada esta sexta-feira pela Euronext Lisboa e pela CMVM.

De acordo com os resultados divulgados esta sexta-feira, a GVK Omega – veículo criado pela KKR para a operação – adquiriu mais de 19,7 milhões de ações através do serviço de centralização de bolsa, correspondentes a 12,08% do capital social da Greenvolt.

Adicionalmente, durante o período da OPA, a KKR e as suas participadas compraram 30,9 milhões de ações (18,93% do capital) em bolsa e fora de bolsa. Estas aquisições incluem as ações obtidas pela Gamma Lux Holdco no dia 21 de outubro, na sequência da liquidação física de um contrato de swap celebrado com o Mediobanca.

Somando estas aquisições às mais de 108,7 milhões de ações (66,63% do capital) que já detinha antes da OPA, o fundo norte-americano passa a controlar cerca de 159,4 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 97,64% do capital social e dos direitos de voto.

A contrapartida oferecida foi de 8,3107 euros por ação, o que valoriza a totalidade da Greenvolt em cerca de 1.357 milhões de euros.

Assim, ao passar a controlar mais de 90% dos direitos de voto da Greenvolt, a KKR deverá avançar em breve para um squeeze-out, forçando a venda das ações remanescentes através de uma oferta potestativa por forma a retirar a empresa liderada por Manso Neto de bolsa.

Além disso, como é descrito no prospeto da OPA, a KKR deverá também convocar para breve uma assembleia-geral para propor a perda de qualidade de sociedade aberta da Greenvolt. Isto significa que os acionistas que não venderam na OPA ver-se-ão numa posição minoritária numa empresa não cotada, com menor liquidez para as suas ações.

De acordo com informação que o ECO conseguiu apurar junto de fontes próximas do processo, o private equity norte-americano apenas deverá fazer um comunicado ao mercado a anunciar os próximos passos dentro de alguns dias.

Os títulos da Greenvolt iniciaram a sessão de bolsa desta quinta-feira a cair 1,2% para pouco depois afundarem 5,4% até aos 7,86 euros — o valor mais baixo desde 21 de dezembro do ano passado. Acabaram a sessão a cair 1,4% para os 8,19 euros, que compara com os 8,31 euros com que encerrou na quinta-feira e os 8,3107 euros pagos pela KKR.

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Ex-consultor de Marcelo nega ter falado com Lacerda Sales sobre as gémeas

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

Mário Pinto nega ter-se reunido com o ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, para falar sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.

O antigo consultor do Presidente da República para a área da saúde Mário Pinto negou ter-se reunido com o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales para falar sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.

Mário Pinto, que foi ouvido durante pouco mais de uma hora na comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas tratadas com um dos medicamentos mais caros do mundo, foi questionado pelo PSD sobre Lacerda Sales tê-lo envolvido e ter sugerido que os dois estiveram reunidos em 6 de novembro de 2019 para falar sobre o caso. “Nego isso redondamente. Ele sabe que não falámos disso, porque eu não sabia, não conhecia [o caso]. Temos uma relação estreita e não foi bonito ter dito isso”, afirmou, defendendo que Lacerda Sales “sobre este assunto não disse a verdade”.

Questionado pelo PS disse não se lembrar que assunto terá sido abordado nessa reunião e, mais à frente, em resposta ao CDS-PP, indicou que poderá ter passado pelos problemas vividos nas urgências na altura. “Claramente que não foi sobre as gémeas”, salientou, indicando que só teve conhecimento quando foi divulgado pela comunicação social e que também nunca falou sobre o tema com Marcelo Rebelo de Sousa nem com o filho.

Mário Pinto, que era consultor na Presidência da República à data dos factos, em 2019, disse que Lacerda Sales o avisou do que iria fazer e que, na resposta, lhe pediu “para dizer a verdade”. Questionado pelo coordenador do PSD, António Rodrigues, sobre as motivações de Lacerda Sales, o ex-consultor remeteu para o ex-governante e disse desconhecer “qual era a ideia dele quando falou disso”. Mário Pinto disse que lhe telefonou para o questionar sobre isso, mas “ele não atendeu”.

Numa curta intervenção inicial, o ex-consultor garantiu não ter “nada a ver com o assunto” do tratamento das crianças luso-brasileiras, que nunca lhe pediram nada nem conhece os interlocutores, à exceção de Lacerda Sales. Sobre as suas funções no Palácio de Belém, Mário Pinto indicou que “fazia a ligação com a área de saúde do Governo”, e que se reunia “de dois em dois meses” com António Lacerda Sales para abordar “estratégias de saúde” e não dossiês individuais.

Mário Pinto admitiu ainda ter arranjado uma consulta para uma funcionária do Palácio de Belém. Esclareceu à deputada da IL Joana Cordeiro que as consultas aos funcionários da Presidência da República eram agendadas diretamente com os colegas seus médicos e não com membros do Governo ou da Casa Civil.

O ex-consultor considerou que a Presidência da República é “um local com muitos segredos”, o que considerou “normal”, pois “o que se fazia lá não era para divulgar”.

“Eu não estou habituado a ter segredos. Aprendi que é uma zona em que muitas coisas não se podem dizer, não se podem falar”, disse, em resposta ao deputado do PS João Paulo Correia, reconhecendo que muitos assuntos da Presidência da República lhe “passavam ao lado”. Mário Pinto lamentou, todavia, que temas da sua área tenham ficado sob a alçada da consultora do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Sociedade e Comunidades, Maria João Ruela.

“Qualquer assunto que parecia mais importante mandavam-lhe a ela [Maria João Ruela]. Eu levantei esse assunto na Presidência da República em tempos e houve uma fricção entre mim e Maria João Ruela. Havia coisas que não sabia, como Maria João Ruela apanhar estes casos que deveriam ser meus”, salientou, após ser questionado pela deputada Chega Cristina Rodrigues.

Sobre esta distribuição de casos na Presidência da República, o ex-consultor disse à deputada do BE Joana Mortágua que se preocupou no início do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa e depois deixou de se preocupar. Em relação à sua saída em 2021 da Presidência da República, Mário Pinto indicou que não teve explicação, referindo que a Casa Civil “estava à procura de uma pessoa com outro perfil”.

 

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Turismo chega ao último trimestre do ano mais confiante num 2024 recorde

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

Nos primeiros oito meses do ano, as dormidas cresceram 4,1%, dando origem a aumentos homólogos de 10,5% nos proveitos totais do alojamento turístico e de 10,4% tendo em conta só os de aposento.

Os agentes do setor turístico começaram 2024 cautelosos, a acreditar que após um 2023 recorde este seria um ano de consolidação, mas chegados a outubro o sentimento é que só uma desgraça agora poderia evitar um crescimento.

“A ver os números de agosto que mencionei ontem [quinta-feira], que são os últimos disponíveis, a ter em conta que setembro, ao que sei, não foi mau. Portanto, ou há uma catástrofe em novembro e dezembro ou não há razão nenhuma para que 2024 não seja um ano melhor do que 2023, logo um novo ano recorde”, disse esta sexta-feira o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, à Lusa, à margem do 49.º Congresso APAVT, que decorre em Huelva (Espanha).

Os últimos números do setor de 2024 dizem respeito a agosto e estes indicam, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) em 14 de outubro, que nos primeiros oito meses do ano, as dormidas cresceram 4,1%, dando origem a aumentos homólogos de 10,5% nos proveitos totais do alojamento turístico e de 10,4% tendo em conta só os de aposento, para 4.500 e 3.500 milhões de euros, respetivamente.

Já dados do Banco de Portugal, conhecidos em 18 de outubro, indicam que de janeiro a agosto as receitas turísticas, ou seja, as despesas dos turistas estrangeiros no âmbito de uma viagem ou estadia em Portugal, já totalizam 19,1 mil milhões de euros, o que compara com 17,5 mil milhões registados no período homólogo.

O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, lembrou, na quinta-feira em Huelva, que em 2023, Portugal atingiu 25,1 mil milhões de euros de receitas turísticas, “muito perto dos 27 mil milhões que estavam previstos para 2027”. “Para que pudéssemos atingir este ano os 27 mil milhões de receitas – que era o valor previsto para 2027 – precisávamos de apenas crescer 7,6%, significa que provavelmente não só atingiremos no final deste ano os 27 mil milhões de euros, como provavelmente o ultrapassaremos”, afirmou.

Há um mês, em 27 de setembro, por ocasião do Dia Mundial do Turismo e sem dados ainda de agosto, agentes do setor disseram à Lusa acreditar que 2024 seria positivo, mas de consolidação de resultados, após um 2023 recorde. Na altura, o presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, Bernardo Trindade, instado a comentar o desempenho, lembrava que “o maior adversário do ano 2024 foi o [resultado] alcançado em 2023”, o melhor ano de sempre para o setor.

“Dependendo das regiões, teremos em 2024 diferentes comportamentos: a Madeira, o verão no Algarve, os hotéis em Lisboa e no Porto, com pouco peso da restauração, terão um bom 2024. Teremos mais receitas, mas teremos mais custos. O resultado, a diferença entre receitas e custos, em 2024 é ainda uma incógnita”, dizia. Por seu lado, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) considerava, que “o Turismo encontra o seu dia cheio de boas notícias, desafios e incertezas”.

“A certeza de um bom resultado turístico, que consolida em 2024 o melhor ano de sempre (2023), uma série de desafios importantes, relacionados com a vontade de segurar preços, garantindo qualidade, num contexto de dificuldades internas (aeroporto estrangulado, falta de mão de obra, contextos económicos interno e externo de alguma dificuldade) e, finalmente, um contexto de incerteza brutal, sobretudo, por causa das guerras importantes que se travam na Ucrânia e no Médio Oriente”, referia Pedro Costa Ferreira.

O 49.º Congresso APAVT, que decorre em Huelva, Andaluzia, Espanha, decorre até 26 de outubro e conta com 750 congressistas.

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António José Seguro regressa ao espaço público. Vai comentar na CNN à quinta-feira

  • + M
  • 25 Outubro 2024

Em "Liberdade", António José Seguro vai comentar às quintas-feiras essencialmente a atualidade políticas. Nuno Santos diz que este "é mesmo um dos acontecimentos da década.”

De regresso ao espaço público após uma década, António José Seguro vai ter um espaço semanal de análise e comentário sobre a atualidade na CNN Portugal, a partir de novembro. Intitulado “Liberdade”, o novo espaço vai para o ar às quintas-feiras.

O atual professor universitário liderou o Partido Socialista entre 2011 e 2014, altura em que se afastou do círculo mediático. Tendo também sido ministro de António Guterres e líder parlamentar do partido, António José Seguro vai agora, no seu comentário e análise, dar “especial atenção” à atualidade política mas também abordar “as grandes questões da atualidade“, que vão “desde a economia às alterações climáticas, passando pela imigração e pelos desafios que se colocam às novas gerações e que marcam os nossos dias”, refere-se em comunicado.

António José Seguro encara “com entusiasmo e total liberdade este novo desafio”. “O poder da palavra é muito importante, e sei que posso dar um contributo cívico ao nosso país através da partilha de ideias e da forma como olhamos para o futuro“, diz o ex-líder do PS, citado em comunicado.

Já Nuno Santos, diretor da CNN, considera que o regresso de Seguro não é “um dos acontecimentos do ano; é mesmo um dos acontecimentos da década.” “Independentemente das ideias políticas de cada um, creio que associamos a António José Seguro uma imagem de idoneidade e de credibilidade, que são muito relevantes no debate político“, acrescenta.

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Câmara de Tavira está a cortar abastecimento de água de jardins e piscinas para reduzir consumos

  • Lusa
  • 25 Outubro 2024

A medida é justificada por os clientes “não terem reduzido o consumo em 70%, tal como tinha sido requerido".

A Câmara de Tavira está a cortar o abastecimento de água aos clientes com contadores para regas de jardins e manutenção de piscinas, para reduzir em 10% o consumo urbano municipal global até o final do ano. Em declarações à agência Lusa, o administrador da empresa municipal Tavira Verde, entidade gestora do abastecimento público de água deste concelho algarvio, disse que “o corte começou a ser implementado esta semana, no âmbito do combate à seca no Algarve”.

António Ramos justificou o corte do abastecimento aos contadores de piscinas e jardins, pelo facto de os clientes “não terem reduzido o consumo em 70%, tal como tinha sido requerido pela empresa”. “Dissemos [aos clientes] que só podiam consumir 30%, mas como não se verificou a redução esperada, avançámos com esta medida para tentarmos chegar ao final do ano com uma redução total de cerca de 10%”, apontou.

O administrador da Tavira Verde reconheceu que “existiu um esforço de todos os munícipes” em poupar água, mas “não foi suficiente”. O município, adiantou ainda, está empenhado em cumprir a redução de 10% em relação a 2023, decretada pelo Governo para o consumo urbano, admitindo que “vai ser difícil atingir essa meta até ao fim do ano”.

“Estamos apenas com uma redução global de 7%, o que nos obriga a adotar medidas, nestes dois últimos meses, para reduzir os consumos nos espaços públicos e privados, as quais estimamos numa redução de 2%”, destacou. António Ramos considerou que o corte no abastecimento para a rega de jardins e manutenção de piscinas, “não terá grande impacto devido às condições climatéricas, dada a época ser de tempo mais húmido e com alguma chuva”.

A par do corte do abastecimento aos segundos contadores, a empresa municipal está também a reduzir a pressão nas condutas de água no período diário compreendido entre as 00:00 e as 06:00, revelou o responsável. “Entre a meia-noite e as 06:00 reduzimos a pressão a valores muito baixos e durante o dia, mantemos uma pressão normal controlada, para que a água chegue a toda a população”, referiu.

António Ramos disse também que as medidas em Tavira vão manter-se até que o Governo volte a reavaliar as restrições de combate à seca no Algarve, estimando que a posição governamental “possa ocorrer no início de 2025”. Em maio, o Governo impôs restrições aos consumos de água, com reduções de 13% para a agricultura e de 10% no setor urbano e turismo, em relação aos consumos do ano passado, para fazer face à escassez hídrica na região.

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