Parlamento aprova proposta para criação de imposto mínimo de 15% sobre multinacionais

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Proposta foi aprovada esta sexta-feira com os votos contra da Iniciativa Liberal, a abstenção do Chega, BE e PCP e o voto favorável dos restantes partidos.

A proposta do Governo que transpõe a diretiva comunitária sobre a sujeição das multinacionais a um imposto mínimo de 15% foi aprovada esta sexta-feira no Parlamento.

A proposta, votada na generalidade, especialidade e final global, teve os votos contra da Iniciativa Liberal, a abstenção do Chega, BE e PCP e o voto favorável dos restantes partidos, tendo um requerimento do PSD a pedir dispensa de redação final (o que permite acelerar o processo) sido aprovado por unanimidade.

Em causa está uma proposta de lei que visa transpor para a legislação nacional a criação de um regime que garante um nível mínimo mundial de tributação para os grupos de empresas multinacionais e grandes grupos nacionais na União Europeia (UE) — a Diretiva Pilar Dois.

Os lucros das grandes multinacionais e grupos ou empresas nacionais com um volume de negócios anual combinado de pelo menos 750 milhões de euros serão tributados a uma taxa de imposto efetiva mínima que não poderá ser inferior a 15%.

Segundo a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, a primeira obrigação declarativa e de pagamento é em 2026 por referência ao ano de 2024.

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Pierre Zago protagoniza campanha do Mercadão

  • + M
  • 18 Outubro 2024

Pierre Zago já tem vindo a colaborar com a marca e a produzir alguns conteúdos. Conta com cerca de 314 mil subscritores no seu canal de YouTube.

Pierre Zago é o rosto da nova campanha do Mercadão, que quer conquistar o público “com uma abordagem inovadora e bem-humorada, que combina o mundo do alto desempenho com coaching de forma descontraída”. A criatividade e produção são da Novamedia.

Tendo como objetivo passar a mensagem de que o Mercadão, que trabalha com o Pingo Doce, “é a solução ideal para quem quer fazer as suas compras de supermercado, sem complicações”, a campanha presente no digital “aproveita o estilo único de Pierre Zago, que é conhecido pelo seu humor irreverente e a capacidade camaleónica“, explica-se em nota de imprensa.

“Queríamos criar algo que quebrasse o molde das campanhas tradicionais de delivery. O Pierre Zago trouxe o equilíbrio perfeito entre humor, irreverência e relevância também eficaz em destacar os pontos fortes do Mercadão”, explica Luís Novais, fundador e diretor criativo da Novamedia, citado em comunicado.

O criador de conteúdos assume o papel de um shopper de alta performance“, representando o “expoente máximo do serviço de personal shopping“. Pierre Zago cria vídeos para o YouTube, canal no qual tem cerca de 314 mil subscritores, onde se filma a pregar partidas a pessoas que estão na rua.

Dentro daquele que é o seu estilo característico, já tem vindo a colaborar com a marca e a produzir alguns conteúdos.

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⛽ Combustíveis vão descer esta semana. Gasóleo baixa três cêntimos e gasolina meio cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,702 euros por litro de gasolina simples 95.

Os combustíveis vão ficar mais baratos na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer três cêntimos, anulando a subida desta semana, e a gasolina deverá descer meio cêntimo, avançam ao ECO fontes do setor. A esperada maior queda semanal em mais de um mês nos preços do crude explica, em grande medida, esta descida.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,702 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent de sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 2,6 cêntimos e da gasolina 2,8 cêntimos, ligeiramente menos do que o esperado pelo mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a descer 1,25%, para 73,52 dólares por barril, e caminha para a maior queda semanal em mais de um mês, devido às preocupações com as perspetivas de procura e a um excedente de stocks.

A Agência Internacional de Energia (AIE) já reduziu as previsões de procura, sinalizando o potencial para um excesso global, enquanto a OPEP reduziu as suas projeções pelo terceiro mês consecutivo, ambas citando em grande parte a procura mais fraca por parte da China. Um receio alimentado pela queda dos preços das casas novas na China pelo 16.º mês consecutivo.

Os investidores continuaram a avaliar os riscos de abastecimento no Médio Oriente, depois dos militares israelitas terem confirmaram que Yahya Sinwar, um importante líder do Hamas, foi morto, o que aumentou o receio de uma escalada regional. Embora Israel tenha dito que evitará atacar as instalações de petróleo do Irão, os riscos permanecem com o intensificar dos ataques aéreos.

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Parlamento chumba proposta do Governo que reduz requisito para evitar dupla tributação

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Votos contra do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Livre, a par com a abstenção do Chega e da deputada única do PAN, ditaram o chumbo da proposta na generalidade.

A junção dos votos contra do PS, PCP, BE e Livre com a abstenção do Chega e do PAN ditou esta sexta-feira o chumbo da proposta que visava autorizar o Governo a legislar sobre o requisito da dupla tributação económica. A iniciativa foi votada na generalidade após ter sido discutida pelo plenário durante a sessão desta sexta-feira.

Em causa estava uma proposta para reduzir para metade a participação a partir da qual há lugar a isenção de tributação dos dividendos e eventuais mais-valias recebidos por sociedades residentes em Portugal, com o diploma a estabelecer que beneficiam deste regime as sociedades que detenham por um período superior a um ano uma participação igual ou superior a 5% do capital social ou direitos de voto da empresa que distribui os lucros.

Atualmente, o limite de participação na entidade que distribui os dividendos é de 10% — não havendo lugar a isenção para participações inferiores.

A proposta inclui-se no conjunto de medidas que constam do Programa Acelerar a Economia e chegou à Assembleia da República sob a forma de pedido de autorização legislativa, o que mereceu críticas de vários partidos, com Jamila Madeira, do PS, a apontar o facto de o Governo usar este expediente para retirar do Parlamento a discussão e aprovação de medidas fiscais.

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Defesa de Ricardo Salgado diz que estatuto de maior acompanhado não resolve nada

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Com este requerimento, "finalmente, o MP reconhece a situação" de incapacidade de Salgado, ou seja "aquilo que a defesa anda a dizer há três anos", disse o advogado Francisco Proença de Carvalho.

A defesa de Ricardo Salgado no processo BES/GES congratulou-se pelo facto do Ministério Público (MP) tenha “reconhecido a situação” de incapacidade do ex-banqueiro, mas contrapôs, dizendo que o estatuto de maior acompanhado não resolve o problema.

“Não altera nada”, vincou o advogado Francisco Proença de Carvalho, observando que, apesar de o MP ter proposto o estatuto de maior acompanhado para Ricardo Salgado, este “já tem a sua cuidadora informal”, que é a mulher, Maria João Salgado, a qual “é uma pessoa absolutamente essencial” para o seu cliente.

Francisco Proença de Carvalho falava aos jornalistas à saída do Juízo Criminal de Lisboa após, na sessão de julgamento desta sexta-feira o MP enviar um requerimento ao tribunal para que seja atribuído o estatuto de maior acompanhado ao arguido Ricardo Salgado, no âmbito do processo BES/GES.

Francisco Proença de Carvalho admitiu que “não estava a contar” com esta iniciativa do MP, da qual ainda não foi notificado, mas disse que, com este requerimento, “finalmente, o MP reconhece a situação” de incapacidade de Ricardo Salgado, ou seja “aquilo que a defesa anda a dizer há três anos”.

“Dentro dos seus deveres de objetividade e de legalidade, o MP está a fazer o procedimento adequado. No fundo, reconhece aquilo que dizemos há muito tempo, que Ricardo Salgado não tem condições de se defender, não tem condições cognitivas de participar no processo e isso tem de ter os seus efeitos” e consequências, concluiu o causídico.

Francisco Proença de Carvalho referiu a propósito que na audiência de julgamento em que está a depor como testemunha o antigo presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, que está a falar de factos ocorridos há mais de 10 anos, sobre os quais “só Ricardo Salgado poderia esclarecer”.

Neste contexto, o advogado considera assim que o direito de defesa de Ricardo Salgado “está esmagado”, sendo isso “uma evidência”. Francisco Proença de Carvalho entende ainda que, apesar do estatuto de maior acompanhado pedido pelo MP, Ricardo Salgado continua a “não ter condições de se defender”.

“Com estatuto de maior acompanhado ou sem estatuto de maior acompanhado, o meu cliente já é um maior acompanhado há algum tempo (pela mulher Maria João Salgado”, alegou.

ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

De acordo com o documento assinado pelos procuradores, o MP quer a emissão de certidão de documentos entregues pela defesa de Ricardo Salgado aquando da sua contestação e das suas declarações em tribunal realizadas na terça-feira, quando fez a identificação formal como arguido no julgamento, com vista à instauração do processo de maior acompanhado.

Segundo explicou a advogada Ana Pires, coordenadora do Departamento de Família e Menores da sociedade RSA, a atribuição do estatuto de maior acompanhado “acontece após a verificação de situação de incapacidade”, sendo normalmente feitas perícias nesse sentido ou utilizada uma anterior perícia.

“O tribunal constata que a pessoa não está no uso de todas as faculdades e designa uma pessoa que substitua a pessoa diminuída. Pergunta-se ao beneficiário para, se conseguir, dizer quem quer ser o acompanhante e pode ser a mulher. Se não for possível, o tribunal pode não aceitar também a escolha e nomear outra”, indicou, clarificando que no limite e em abstrato pode ser alguém exterior à família.

A especialista referiu também que o acompanhante designado não presta declarações pela pessoa que está a substituir.

O regime de maior acompanhado aplica-se apenas a adultos, é sobretudo usado para efeitos cíveis e o substituto designado serve sobretudo para tomar decisões pela pessoa que se encontra diminuída relativamente a questões não judiciais.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Quem cobra mais? Vai poder comparar comissões nas transferências imediatas e MB Way

Já pode usar o Comparador de Comissões para confrontar os custos com manutenção da conta ou cartão entre os bancos. Mas a ferramenta vai incluir comissões nas transferências e MB Way no próximo ano.

Já é possível usar o Comparador de Comissões para confrontar os custos em cada banco com a manutenção de conta, o cartão de crédito, transferências a crédito e outros serviços. Mas a partir de 31 de março do próximo ano esta ferramenta também vai permitir comparar as comissões associadas às transferências imediatas e às transferências através de aplicações de telemóvel, como o MB Way.

“Através desta iniciativa regulamentar, pretende-se adaptar o Comparador de Comissões às mudanças verificadas nos mercados bancários de retalho, nas práticas de comissionamento e no quadro normativo, desde a sua entrada em funcionamento, em outubro de 2018”, indica o supervisor bancário que no final de 2022 colocou em consulta pública o projeto para alargar o Comparador de Comissões – que pode ser consultado no portal do Cliente Bancário – a mais serviços.

Em concreto, explica ainda, “é atualizado e alargado o dever de reporte à informação sobre as comissões exigidas pela inclusão de novos serviços, nomeadamente as comissões associadas às transferências e ao envio de fundos através de aplicações de pagamento”, como o MB Way.

Uma das maiores mudanças diz respeito às transferências imediatas, que permite a transferência de dinheiro de uma conta para a outra em alguns segundos. Estas têm vindo a conquistar terreno às transferências a crédito, que podem demorar dias a serem concretizadas, mas representam uma pequena fatia das transferências realizadas em Portugal.

No início do próximo ano entra em vigor o novo regulamento europeu que vai obrigar os bancos a não cobrarem mais pelas transferências imediatas do que cobram pelas transferências normais, o que poderá mudar os hábitos dos clientes.

Todas as informações divulgadas no Comparador de Comissões – uma ferramenta criada em 2018 – são reportadas pelos próprios bancos, que vão agora ter de prestar mais dados sobre os preços que praticam nas transferências imediatas e transferências MBWay.

Atualmente, o Comparador de Comissões permite comparar preços em serviços como a manutenção da conta, disponibilização de cartões de crédito e de débito, levantamento de numerário, requisição de cheques, transferências a crédito, entre outros.

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Air France – KLM contrata equipa legal para privatização da TAP

A Air France - KLM contratou a Skadden para a assessoria legal. Diogo Leónidas, da J+Legal, vai liderar a equipa em Portugal que prestará apoio à sociedade americana.

Os grupos interessados na TAP continuam a construir a sua “armada” para disputar a privatização da TAP. A Air France – KLM anunciou a contratação da americana Skadden e da portuguesa J+Legal, avançou o Negócios (acesso pago) e confirmou o ECO. É mais um sinal do forte interesse do grupo franco neerlandês na venda da companhia portuguesa, que tem este mês uma reunião agendada com o Governo.

A Air France-KLM está a trabalhar com as equipas jurídicas da Skadden e da J+Legal na privatização da TAP. Esta combinação assegura o conhecimento da realidade local e ampla experiência em operações internacionais na área financeira e de M&A”, afirma fonte oficial da companhia.

O advogado Diogo Leónidas Rocha, que este ano integrou a divisão de M&A e Financeiro da J+Legal, vai liderar a equipa responsável pela assessoria à Skadden, apurou o ECO.

O grupo neerlandês também já contratou o assessor financeiro, mas a identidade continua reservada. A assessoria de comunicação está a cargo da LLYC, desde o verão do ano passado.

A IAG, dona da British Airways ou Iberia, está a trabalhar com a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) e com a H/Advisors CV&A, na assessoria de comunicação. A Lufthansa contratou a assessoria jurídica PLMJ, segundo avançou em janeiro o Jornal Económico.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, revelou quarta-feira em entrevista à SIC Notícias que, depois de reunir com os grupos IAG e Lufthansa, vai este mês auscultar a Air France – KLM sobre o interesse na privatização da TAP.

“Nesta fase estamos a ouvir estes três intervenientes. Já ouvimos a IAG e a Lufthansa. Vamos ouvir a Air France – KLM ainda no decorrer deste mês de outubro. E a partir daí desenharemos a nossa proposta de alienação da empresa”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento no programa Negócios da Semana, transmitido na quarta-feira à noite. O Governo solicitou “novas avaliações” do valor da TAP e está a aguardar o resultado, disse ainda o ministro.

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Candidata do PSD falha eleição para juíza do Tribunal Constitucional. PS fala em “normalidade democrática”

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2024

Maria João Vaz Tomé obteve 76 votos a favor, 86 brancos e 42 nulos, ficando longe dos dois terços necessários para ser eleita. PS alega que juíza não tem o "perfil técnico e ético" adequado ao cargo.

A candidata indicada pelo PSD para juíza do Tribunal Constitucional (TC), Maria João Vaz Tomé, ficou longe dos dois terços de votos necessários para ser eleita, obtendo 76 votos a favor, 86 brancos e 42 nulos.

Esta votação indica também que a candidata escolhida pelo PSD ficou distante do pleno dos deputados que votaram e que fazem parte das bancadas social-democrata, do Chega, do CDS-PP e da Iniciativa Liberal.

O anúncio deste resultado, pelo secretário da mesa da Assembleia da República, o social-democrata Jorge Paulo Oliveira, foi saudado com uma salva de palmas por vários deputados das bancadas da esquerda.

Juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça desde 2018 e com longa carreira na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto, Maria João Vaz Tomé foi indicada pelo PSD para substituir no TC José Teles Pereira, que terminou o seu mandato em julho passado.

Maria João Vaz Tomé foi ouvida na quinta-feira, ao início da tarde, em sede de Comissão de Assuntos Constitucionais. E após essa audição o Bloco de Esquerda lançou um apelo aos deputados para que a chumbassem por causa das suas posições sobre o aborto. Pouco depois, o PS comunicou que tinha dado indicações aos seus deputados para que não votassem a favor da candidatura da juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça.

Esta manhã, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, ainda pediu aos socialistas para fazerem “uma avaliação justa do percurso e do currículo da candidata” e reverterem a intenção de votar contra. Algo que não veio a acontecer.

“Faz parte da normalidade democrática”, reage o PS

A decisão do grupo parlamentar do PS de não eleger a candidata indicada pelo PSD “é fundamentada e surge na sequência de uma análise criteriosa da audição” da juíza na Comissão de Liberdades, Direitos e Garantias, na Assembleia da República.

“O PS rejeita a afirmação de que esta decisão compromete o normal funcionamento do processo de eleição de um juiz para o TC e de que contribui para o desprestígio das instituições. A rejeição de uma candidatura faz parte da normalidade democrática e do exercício pleno da soberania parlamentar”, referem os socialistas, notando não é a primeira vez que tal sucede.

Para os deputados do PS, “a audição de Maria João Vaz Tomé deixou evidente que o perfil técnico não se adequa ao cargo”. “Embora seja uma magistrada com um currículo respeitável e uma longa carreira no Supremo Tribunal de Justiça, as suas declarações sobre vários temas fundamentais, como a existência do próprio TC, o seu papel na avaliação de políticas públicas, o funcionamento interno do tribunal, o efeito suspensivo dos recursos de constitucionalidade, ou a ponderação de interesses e direitos em conflito, demonstrou falta de pensamento consolidado e algumas contradições, o que levantou sérias preocupações”.

Em comunicado, o grupo parlamentar socialista refere ainda que “a maturidade do Parlamento não se coaduna com a aprovação tácita das personalidades propostas pelos partidos”. A eleição de um juiz para o TC “requer um escrutínio profundo e ponderado, e as audições não podem ser reduzidas a meras formalidades, devendo garantir que os candidatos possuem o perfil adequado, tanto técnico como ético, para desempenharem funções de tamanha responsabilidade”.

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Ricciardi acusa ex-governador do BdP. Carlos Costa disse “que se lixem os lesados” do BES

  • ADVOCATUS e Lusa
  • 18 Outubro 2024

Na continuação da inquirição iniciada na quinta-feira no Juízo Central Criminal de Lisboa, Ricciardi começou a responder às perguntas dos assistentes no julgamento do processo BES/GES.

O ex-presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, contou em tribunal que Ricardo Salgado lhe pediu para “ser solidário com a família” e com a “falsificação das contas” no Grupo Espírito Santo (GES).

Na continuação da inquirição iniciada na quinta-feira no Juízo Central Criminal de Lisboa, Ricciardi começou a responder às perguntas dos assistentes no julgamento do processo BES/GES, revelando um jantar que teve em casa do primo e antigo presidente do BES, em junho de 2014, no qual manifestou estranheza pela “simpatia exagerada” de Ricardo Salgado e da sua mulher, numa fase em já não tinham boas relações e praticamente não se falavam.

Ricciardi, na segunda sessão em que testemunha, acusou o ex-governador do Banco de Portugal (BdP) de ter dado ordens para retirar as provisões, o que impediu o pagamento aos lesados. “O Banco de Portugal e o Dr. Carlos Costa disseram: ‘vamos tomar a conta dos lesados, porque não é uma conta que afete o BES, que se lixem os lesados e vamos deslocar esse dinheiro para os créditos das contas que a gente fez mal no Banco Espírito Santo”.

“Percebi logo que alguma coisa se ia passar. Depois de jantar pediu-me para ir ao escritório dele e aí perguntou-me o que é que eu queria. E eu respondi que queria que o BESI pudesse ter mais capital para se desenvolver”, começou por explicar Ricciardi.

“Disse que ia fazer tudo para que o BESI pudesse ter mais capital. Mas disse que para isso era preciso que eu tivesse, por fim, alguma solidariedade com a família. E eu disse em quê, em relação à falsificação das contas? E ele respondeu que sim. Eu disse-lhe que não”.

José Maria Ricciardi criticou ainda as perguntas dos advogados relativas à teia que Ricardo Salgado terá montado para fazer circular dívida e o conhecimento do seu primo sobre isso. “Eu não estava nestas teias, nestas construções de sociedades”. “O dr. Salgado não falava comigo sobre estes aspetos, não comentava. Parece que estou a ser aqui julgado”.

Já sobre a sua intenção e credibilidade em denunciar o primo, Ricciardi disse que”não desejava nada de mal a Ricardo Salgado”. “Estou a contar o que sei sobre o que se passou. Eu ainda não sabia 5% do que se veio a saber e já estava a dizer ao Governador de Portugal que a governance do BES não era aceitável. As pessoas acreditavam em Ricardo Salgado. Ele tinha uma ascendência muito grande sobre os membros do Conselho Superior”, concluiu.

José Maria Ricciardi, considerou ainda que o banco “era sólido” e lamentou que não tivessem sido concedidos “quatro ou cinco mil milhões” de euros.

“O BES era um banco sólido. Se o BES tivesse ficado cá e não se tivessem posto a fazer resoluções, o BES estava cá. Por isso é que ponho as culpas no Banco de Portugal. Se não se tivesse feito a resolução e se tivesse emprestado quatro ou cinco mil milhões, o BES tinha sobrevivido e hoje era um banco ótimo”, afiançou o banqueiro, em resposta a questões do advogado José António Barreiros, que representa Manuel Fernando Espírito Santo.

Para o ex-presidente do BES, a forma de condução da resolução foi “patética e custou uma fortuna aos contribuintes e aos lesados”, lamentando que se tenha avançado para uma “saída limpa” do programa de resgate financeiro então em aplicação em Portugal e que não se tenha pegado “em quatro ou cinco milhões mil para dar a um banco”.

José Maria Ricciardi assumiu ainda nunca ter confrontado o pai, António Ricciardi, antigo presidente do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo (e falecido em 2022), quando descobriu a falsificação das contas na ESI (holding para as áreas financeira e não financeira): “A única coisa que me magoou foi quando em novembro [de 2013] o meu pai votou a favor do Dr. Salgado e contra mim”.

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Cortes do BCE vão “normalizar” lucros da banca, mas “não há espaço para subir comissões”, diz CEO do BPI

Forte concorrência no setor não deixa espaço para os bancos aumentarem comissões para combater quedas nos lucros após cortes de juros pelo BCE, diz ao ECO João Pedro Oliveira e Costa.

Os lucros “momentâneos”, e não “excessivos”, dos bancos numa altura de taxas de juro elevadas vão inevitavelmente “normalizar” com a inversão da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), mas num ambiente altamente competitivo a solução para manter rentabilidade não pode passar pelo aumento de comissões, diz João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI.

“Não há espaço para [aumentar] comissões. Não só a concorrência entre os bancos é muito feroz, mas com os novos entrantes, não vejo possibilidade de aumentar comissões”, vinca o gestor, em declarações ao ECO. “Sinceramente, nós [BPI] não vamos seguir essa estratégia e aconselharia vivamente a não seguir essa estratégia”.

João Pedro Oliveira e Costa adianta que no banco controlado pelo catalão Caixabank poderá eventualmente até “haver alguns casos em que vamos ter mesmo de rever algumas tabelas de algum de alguns serviços“.

O CEO do BPI falava à margem de um evento de um evento da IBM em Lisboa na quinta-feira após o BCE ter anunciado um corte de 25 pontos base nas taxas de juro, o segundo em dois meses e que vai pressionar os lucros dos bancos.

“Claramente vai acontecer aquilo que nós temos vindo a dizer que haveria de acontecer, ou seja, tivemos um período muito largo de taxas de juro negativas, onde a rentabilidade de capitais próprios era muito baixa e extraordinariamente baixa comparando com qualquer setor”, recorda. “Depois assistimos nos últimos três anos, a uma valorização maior das carteiras, nomeadamente das carteiras de crédito, através da margem financeira e agora vamos assistir novamente a uma baixa dessa mesma, nessa mesma dimensão“.

“Acredito que a margem financeira dos bancos, é inevitável, não há hipótese, vai acabar por baixar”, sublinha.

Quando se fala em lucros excessivos, eu acho que são lucros momentâneos que vão acabar por ser normalizados para valores mais baixos.

João Pedro Oliveira e Costa

CEO do BPI

Explica que se olharmos numa visão longa, para os últimos dez ou 15 anos, podemos ver “uma certa normalização” daquilo que deverá ser dos resultados dos bancos. “No entanto, os bancos vão continuar, felizmente, depois da grande limpeza que tiveram, da grande eficiência que fizeram, a ter rentabilidades mais de acordo com aquilo que é a exigência do retorno de capital agora do que aquilo que foi no período anterior, mas mais baixo do que nós estamos a verificar agora”.

Segundo o CEO do BPI, “por isso quando se fala em lucros excessivos , eu acho que são lucros momentâneos que vão acabar por ser normalizados para valores mais baixos”.

BCE reagiu “um bocadinho tarde”

João Pedro Oliveira e Costa explica a decisão do BCE com o facto de a inflação estar a descer mais do que esperado, mas também com sinais de forte abrandamento de crescimento económico no centro da Europa, nomeadamente na Alemanha.

“E, por isso, eu vejo isto como uma tentativa de criar um estímulo para que a economia europeia crie algum fôlego para voltar a crescer”, diz ainda. “Acho que é importante perceber que o BCE, obviamente sendo um banco central, tem a sua autonomia, mas no meu ponto de vista, reage um bocadinho tarde, tal e qual como da última vez, também subiu as taxas de juro um bocadinho tarde“.

Questionado sobre a causa desse atraso nas descidas, responde: “há uma certa prudência”.

“Temos de ver também que as instituições são feitas por pessoas e há uma visão mais ortodoxa da evolução da inflação, está se muito centrado no tema da inflação, que eu percebo que seja um dos fatores a controlar, mas neste momento, o problema é que nós vivemos num mundo global, onde temos uma Europa envelhecida, com uma capacidade de inovação mais baixa que os seus principais blocos concorrentes, nomeadamente os Estados Unidos e a China“, frisa.

“Claramente temos que ser muito mais competitivos e muito mais ágeis, e vemos nos Estados Unidos, por exemplo, a Reserva Federal é muito mais rápida na reação nas decisões de subidas e descidas de taxas, e esse tipo de intervenção é que era necessário e importante”, adianta.

Para o CEO, a principal mensagem, “que é um forte alívio, vai ser já, está a começar a ser um forte alívio para as famílias e para as empresas“, disse.

“A minha expectativa é que as taxas de juro vão se centrar no próximo ano nos 2%, já se aproximam dos 3% claramente, as Euribor mais longas já passaram claramente abaixo dos 3% nos 12 meses, abaixo dos 2,70”, frisa. “Por isso iremos continuar a sentir esse alívio e acho que são boas notícias para as famílias”.

Na impossibilidade de os bancos aumentarem comissão, a concorrência terá de ser feita no campo da qualidade. “Onde temos que trabalhar na qualidade de serviço, numa maior capacidade de atendimento do cliente com valor acrescentado e isso fazer com que nós ganhamos quota de mercado, é a única hipótese que eu vejo num mercado tão concorrencial, tão evoluído, porque a verdade é que o sistema financeiro português, felizmente, é bastante evoluído”, conclui.

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Índices para revisão de preços nas empreitadas estabilizam

  • ECO
  • 18 Outubro 2024

Entre os materiais que mais subiram de custo, face a julho, estão os ladrilhos de cortiça que se destacam com uma subida de 6,7%. Já os que mais descem é o o gasóleo e fio de cobre.

Os índices de custos de materiais e de equipamentos de apoio, indicadores usados para refletir a variação dos custos numa empreitada, desceram 0,8% em agosto face ao mês anterior, segundo um aviso publicado esta sexta-feira em Diário da República. Mas quando a comparação é feita em termos homólogos a descida foi de apenas 0,03%.

Para “dotar o setor das obras públicas de dados atualizados acerca da evolução dos custos submetidos a revisão de preços”, são publicados os valores dos índices de materiais e equipamentos de apoio, relativos ao mês de agosto, fixados através da aprovação do Conselho Diretivo do IMPIC, I.P, explica o aviso.

Entre os materiais que mais subiram de custo, face a julho, estão os ladrilhos de cortiça que se destacam com uma subida de 6,7% para 337, mas também o aço para betão armado (2,8%), rede eletrossoldada (2,6%) e ladrilho de calcário e granito (2,2%).

Em sentido oposto, entre os materiais que mais desceram de custo, destacam-se o gasóleo que desceu 2,7% para 340,8, o fio de cobre nu e revestido que desceram 2,6 e 2,58%, respetivamente, para 337 e 336,3.

O índice de equipamentos de apoio subiu muito ligeiramente (0,1) em agosto, passando para 135,4.

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BBC quer extinguir 155 postos de trabalho. Objetivo é economizar 24 milhões de libras 

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  • 18 Outubro 2024

"Com os custos com pessoal a representarem 75% do nosso orçamento geral, lamento dizer que a extinção de empregos é inevitável", disse a CEO da BBC News num email aos trabalhadores.

A BBC anunciou a intenção de cortar 155 postos de trabalho no seu serviço de notícias (BBC News). O corte abrangerá 130 jornalistas e 25 profissionais de áreas mais técnicos e o objetivo passa por economizar 24 milhões de libras (cerca de 28,7 milhões de euros).

A poupança de 24 milhões de libras representa 4% do orçamento que a BBC aloca ao seu serviço de notícias, e faz parte de um esforço maior da estação que, no seu conjunto, pretende conseguir poupar 700 milhões de libras (cerca de 838 milhões de euros) por ano.

A notícia foi dada pela CEO da BBC News, Deborah Turness, que anunciou aos trabalhadores através de um email que a empresa tem como objetivo cortar um total de 185 empregos e abrir 55 novas vagas – o que se traduz numa extinção de 130 postos de trabalho. No entanto, prevê-se um corte ainda mais amplo entre os trabalhadores da BBC, uma vez que o objetivo passa por cortar 500 empregos até março de 2026, refere o The Guardian.

No email, Turness referia ainda que a BBC tinha “trabalhado arduamente para encontrar outras formas de economizar recursos que não exigissem a extinção de postos de trabalho”. Na verdade, “mais de 40% do que vai ser poupado advém de medidas que não estão relacionadas com postos de trabalho, incluindo reduções de gastos com contratos, fornecedores, distribuição e prédios físicos”, avançou.

Mas com os custos com pessoal a representarem 75% do nosso orçamento geral, lamento dizer que a extinção de empregos é inevitável“, acrescentou. No entanto, a CEO da BBC News garantiu que mesmo com os cortes, o departamento “vai continuar muito bem equipado em comparação aos concorrentes”.

Um porta-voz da BBC, citado pelo The Guardian, disse que a empresa estava comprometida no apoio a todas as equipas afetadas. “Temos um bom histórico de realocação de pessoas que desejam permanecer na BBC e vamos analisar oportunidades para realocar estas pessoas“, disse.

Recentemente o diretor-geral da BBC, Tim Davie, defendeu que a China e a Federação Russa “estão a ganhar” com os cortes orçamentais que obrigaram a BBC a reduzir o seu serviço internacional, para avançarem com uma “propaganda incontestada”.

“Podemos constatar que quando o Serviço Internacional [da BBC] se retira, os operadores mediáticos financiados por Estados aproveitam para ocupar o terreno“, acrescentou, referindo-se à estação russa RT, disponível em Inglês, Árabe e Castelhano, e à chinesa CGTN.

Durante anos, a BBC foi financiada por subvenções do Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo britânico. Mas depois de 2014 passou a ser financiada por uma contribuição audiovisual paga pelas famílias. Em 2022, o grupo anunciou o encerramento dos seus serviços em Árabe e Persa, bem como centenas de despedimentos.

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