Putin e Guterres reúnem-se na quinta-feira à margem de cimeira dos BRICS

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

A próxima cimeira dos BRICS realiza-se entre 22 e 24 de outubro na cidade russa de Kazan. Será a primeira dos dois dirigentes desde a invasão da Ucrânia.

A Rússia anunciou esta segunda-feira uma reunião na quinta-feira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, à margem da cimeira dos BRICS, a primeira dos dois dirigentes desde a invasão da Ucrânia. No final da cimeira dos BRICS em Kazan, “haverá sete reuniões bilaterais”, incluindo “com o secretário-geral da ONU, António Guterres”, revelou Yuri Ushakov, conselheiro diplomático do Kremlin, durante uma conferência de imprensa em Moscovo.

A próxima cimeira realiza-se entre 22 e 24 de outubro na cidade russa de Kazan. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul formam o grupo original dos BRICS, que estão em expansão, depois de incluírem o Egito, o Irão, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia. Além de Guterres, Vladimir Putin vai manter reuniões bilaterais com vários líderes do grupo BRICS, como o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, bem como com outros líderes convidados para a cimeira em Kazan.

“Naturalmente, uma atividade internacional de tal magnitude não acontecerá sem reuniões bilaterais. Temos muitas planeadas, penso que não será fácil para o nosso Presidente, no entanto, ele próprio manifestou o desejo de conhecer literalmente todos os chefes de estado que se deslocam a Kazan”, afirmou Ushakov.

Durante a próxima cimeira, os líderes dos países membros deverão definir os critérios para que outras 15 nações se juntem ao bloco na categoria especial de parceiros associados. Vladimir Putin já tinha afirmado que cerca de 30 países tinham demonstrado interesse em aderir de uma forma ou outra aos BRICS.

Entre os estados que manifestaram publicamente interesse em aderir ao grupo estão Cuba, Venezuela, Turquia, Azerbaijão e Malásia. Durante a reunião, o Brasil assumirá a liderança dos BRICS durante um ano, a partir de 1 de janeiro de 2025, mas o líder brasileiro, Lula da Silva, vai faltar ao encontro na Rússia por impedimento de saúde.

Na última cimeira, realizada no ano passado na África do Sul, o Presidente russo participou por videoconferência, no seguimento da emissão de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional contra Putin devido ao seu papel na deportação de crianças ucranianas após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Segundo Moscovo, mais de 20 dirigentes internacionais são esperados em Kazan.

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Papa Francisco contra “fechar a porta” a migrantes

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

"O migrante deve ser acolhido, acompanhado, promovido e integrado", disse o líder religioso, no dia em que o governo italiano deve aprovar nova legislação sobre migração para contornar a justiça.

O líder da Igreja Católica, o Papa Francisco, defendeu que não se pode “fechar a porta aos migrantes”, depois de um tribunal italiano ter obrigado ao regresso dos migrantes detidos num campo de internamento albanês. “O migrante deve ser acolhido, acompanhado, promovido e integrado. Nas suas mãos ele fará crescer todos”, sublinhou o líder religioso, numa breve mensagem vídeo dirigida aos participantes de uma conferência da Ação Católica Italiana, que decorre em Sacrofano (Roma).

O Papa recordou a doutrina católica, que inclui entre os seus mandamentos “dá-lhes de comer”. “Deem-lhes a vossa mão para os acompanhar. Dá-lhes a mão para que não se submerjam, especialmente os migrantes”, disse, citando ainda o Antigo Testamento, uma das partes da Bíblia católica, no qual três pessoas necessitadas são continuamente mencionadas: a viúva, o doente e o migrante.

“Deus ama muito o migrante, preocupa-se com ele”, afirmou. Do primeiro grupo de 16 pessoas deportadas para a Albânia na semana passada pelo navio militar “Libra”, quatro regressaram na sexta-feira – dois por serem menores e dois devido à sua situação vulnerável –e os restantes 12 no sábado.

A primeira-ministra italiana afirmou hoje que o Governo “trabalha incansavelmente” para garantir que só se entra no país legalmente, reagindo à polémica sobre o programa de envio de migrantes para a Albânia que a Justiça questionou. “Continuaremos a trabalhar incansavelmente para defender as nossas fronteiras e restabelecer um princípio fundamental: só se pode entrar em Itália legalmente, seguindo as regras e procedimentos estabelecidos”, disse Giorgia Meloni, num comunicado da presidência do Governo.

As declarações da primeira-ministra foram feitas na sequência da operação policial que levou hoje ao desmantelamento e detenção de 13 pessoas acusadas de pertencerem a uma rede criminosa de tráfico de seres humanos que transportava migrantes do Médio Oriente para Itália. O Conselho de Ministros reúne-se esta tarde, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa) para debater “soluções” que ultrapassem o acórdão emitido na sexta-feira pelo Tribunal de Roma.

Os juízes do tribunal invalidaram a retenção na Albânia dos 12 migrantes que tinham sido dados como aptos para ficarem nos centros de acolhimento daquele país balcânico, criados em virtude de um pacto que Meloni assinou com Tirana para externalizar e realizar a partir de solo albanês os procedimentos pedido de asilo e repatriamento de migrantes irregulares intercetados nas costas de Itália.

A questão está a gerar uma disputa entre o executivo e o poder judicial, já que o Governo considera que a Justiça interferiu na decisão ao determinar que os países de origem dos migrantes – neste caso o Egito e o Bangladesh – não podiam ser considerados seguros, condição essencial para os migrantes ficarem na Albânia.

Segundo a imprensa local, Meloni vai debater esta segunda, em Conselho de Ministros, a possibilidade de alterar, através de um decreto-lei, o regulamento sobre a designação de países seguros, contornando a Justiça para manter a viabilidade do seu plano de externalização da migração. O plano do Governo de Meloni já contou com uma advertência da Comissão Europeia que hoje avisou as autoridades italianas para o dever de “respeitar integralmente o direito comunitário”.

Quando o acordo foi assinado entre Roma e Tirana, em novembro passado, a Comissão Europeia demonstrou muitas dúvidas sobre a sua legalidade, mas acabou por considerar que o protocolo não viola o direito comunitário e, numa carta enviada há uma semana a Estados-membros, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, defendeu mesmo a criação de centros idênticos em países terceiros. O Governo italiano já avisou que vai recorrer da sentença.

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Beneficiários de prestações de desemprego sobem 5,3% em setembro

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Em relação ao mês anterior registaram-se em setembro menos 19 beneficiários mas, face ao período homólogo, houve um acréscimo de 9.274.

O número de beneficiários de prestações de desemprego aumentou 5,3% em setembro, em termos homólogos, totalizando 185.667, segundo a síntese estatística da Segurança Social divulgada esta segunda-feira.

Em relação ao mês anterior registaram-se em setembro menos 19 beneficiários mas, face ao período homólogo, houve um acréscimo de 9.274, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No caso do subsídio de desemprego, registou-se em setembro um aumento homólogo de 9,3% do número de beneficiários (mais 12.913 subsídios processados), totalizando os 152.102 beneficiários. Já na comparação em cadeia, o aumento foi de 1,5% (mais 2.293 beneficiários). “O valor médio mensal do subsídio de desemprego em setembro foi de 673,47 euros, representando uma variação anual positiva de 6,4%”, adianta ainda o GEP.

Já o número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial recuou 3,7% comparando com o mesmo mês do ano anterior (menos 235 subsídios processados) e caiu 7,6% face a agosto (um decréscimo de 506 beneficiários), totalizando 6.195. O subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 20.490 beneficiários em setembro, uma redução homóloga de 10,8% (menos 2.468 beneficiários) e uma queda de 1,4% em termos mensais (menos 296 beneficiários).

As prestações de desemprego foram maioritariamente pedidas por mulheres, correspondendo a 111.280 beneficiárias e a 74.387 beneficiários (40,1%). Na comparação com o mês anterior, as prestações de desemprego caíram 2,2% no caso dos homens, mas aumentaram 1,5% nas mulheres. Já em termos homólogos, verificou-se um crescimento de 5,4% para os homens e um aumento de 5,2% para as mulheres.

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Harris já angariou mais de mil milhões de euros em contribuições

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Cerca de seis milhões de doadores fizeram mais de 13,1 milhões de contribuições para Harris, incluindo 4,3 milhões de pessoas que doaram pela primeira vez neste ciclo eleitoral.

A candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, Kamala Harris, arrecadou 633 milhões de dólares (cerca de 580 milhões de euros) no terceiro trimestre, elevando o total para mais de mil milhões, bem mais do que os republicanos.

A campanha da atual vice-presidente angariou mais de 359 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de euros) só em setembro, entrando em outubro com 346 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de euros) nos cofres, de acordo com os registos federais hoje citados pelas agências internacionais.

A campanha do candidato presidencial republicano, o ex-presidente Donald Trump, reportou ter angariado 160 milhões de dólares (cerca de 145 milhões de euros) em setembro, acima dos 130 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) que foram contabilizados em agosto. A candidatura republicana iniciou o mês de outubro com 283 milhões de dólares (cerca de 260 milhões de euros) nos cofres.

Na noite de domingo, a campanha de Harris informou que 95% das suas doações no terceiro trimestre foram inferiores a 200 dólares (cerca de 180 euros). Cerca de seis milhões de doadores fizeram mais de 13,1 milhões de contribuições para Harris, incluindo 4,3 milhões de pessoas que doaram pela primeira vez neste ciclo eleitoral, disse a campanha democrata.

A equipa da atual vice-presidente disse ter arrecadado 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) num único fim de semana, no final de setembro, quando participou numa campanha de angariação de fundos na Califórnia. Harris também arrecadou 28 milhões de dólares (cerca de 25 milhões de euros) num evento em Los Angeles que contou com um grupo de personalidades do mundo do espetáculo, incluindo Jessica Alba, Lily Tomlin e Stevie Wonder.

A democrata também arrecadou 27 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) durante um evento em São Francisco, que contou com a presença da ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso (câmara baixa), Nancy Pelosi. As eleições presidenciais norte-americanas acontecem no próximo dia 5 de novembro.

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Ministério Público deve recorrer sempre à PJ para investigar, diz PGR

Só por razões excecionais, devidamente justificadas e fundamentadas no inquérito, pode ser atribuída a coadjuvação a outro OPC que não a PJ, como a Autoridade Tributária ou a PSP.

“É fundamental criar canais de boa comunicação entre os órgãos de Polícia criminal e o Ministério Público (MP). Considero ser da maior importância o estabelecimento de canais de comunicação direta e regular, para melhor acompanhamento do andamento dos processos“. Para isso, o novo Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, defende que serão realizadas reuniões de trabalho entre o MP e a Polícia Judiciária (PJ), de forma a concretizar e definir a estratégia da investigação, “necessária para a eficácia e celeridade das investigações”.

Amadeu Guerra falava na cerimónia de inauguração do novo laboratório pericial, que contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice e do diretor nacional da PJ, a que se juntou a comemoração do 79º aniversário da PJ. O líder da investigação criminal sublinhou ainda a importância de “definir, desde cedo, o objeto de cada investigação, delimitar e separar os factos que possam ser investigados à parte, de modo reduzir os prazos de investigação, instrução e julgamento”, disse Amadeu Guerra.

Mas o recém empossado líder hierárquico do MP, deixou o aviso: o Ministério Público deve observar as disposições legais relativas às competências dos vários órgãos de Polícia criminal. Só por razões excecionais, devidamente justificadas e fundamentadas no inquérito, pode ser atribuída a coadjuvação a outro OPC. Ou seja: os procuradores do MP não devem voltar a pedir apenas à Autoridade Tributária ou à PSP que investigue casos, como aconteceu na Operação Influencer ou na Operação Picoas, reforçando que a PJ é o órgão de polícia criminal que o deve fazer.

“A Polícia Judiciária coadjuva o MP em inquéritos cuja investigação perdura por tempo considerável. Precisamos de estabelecer regras que permitam à PJ a realização célere das que possibilitem ao MP a emissão de despacho final, com a máxima brevidade”, concluiu.

O diretor nacional da PJ destacou um percurso de modernização e aumento de recursos desta polícia, e um trabalho colaborativo com outros órgãos de polícia criminal (OPC) e forças de segurança.

A atividade pericial da PJ é, em mais de 50%, efetuada a pedido de outros OPC e autoridades judiciárias” e a PJ mantém “um sistema de interceções telefónicas, ao qual afetámos cerca de três milhões de euros”, afirmou Luís Neves. Segundo adiantou a ex-Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, numa audição parlamentar em setembro, em 2023 foram feitas cerca de 11 mil escutas telefónicas.

Luís Neves sublinhou que desde 2018 e até 2025 a PJ terá triplicado o número de peritos na área tecnológica e informática, uma “área crítica”, cuja falta de meios era “em parte o grande obstáculo ao desenvolvimento célere das investigações mais complexas”.

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Trabalhadores podem descontar mais IRS mas precisam de avisar a empresa

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Entendimento consta de uma resposta da Autoridade Tributária a um pedido de um contribuinte que quis saber se nos meses de setembro e outubro lhe era possível optar por uma taxa de retenção superior.

Os trabalhadores por conta de outrem e pensionistas que queiram descontar mais IRS, do que o previsto nas tabelas de retenção na fonte para os meses de setembro e outubro, podem fazê-lo entregando à empresa um pedido nesse sentido.

Este entendimento consta de uma resposta da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a um pedido de informação vinculativa de um contribuinte que quis saber se nos meses de setembro e outubro lhe era possível optar por uma taxa de retenção superior à que lhe corresponde pela tabelas do IRS, através da apresentação de uma declaração à entidade patronal, devidamente preenchida e assinada.

O código do IRS contempla uma norma que permite ao trabalhador dizer à empresa ou a entidade que lhe paga o salário quer pretende optar pela retenção na fonte pela taxa imediatamente superior à que corresponde ao seu salário bruto e tendo em conta o seu perfil familiar (com ou sem dependentes, casado ou unido de facto com alguém que trabalha ou está desempregado).

Uma solução que permite, por exemplo, acautelar situações de pagamento de imposto a seguir à entrega da declaração anual para quem tenha outras tipologias de rendimentos ou apontar para um reembolso maior. Esta opção pode também ser exercida nos meses de setembro e outubro, em que vigoram tabelas de retenção excecionalmente reduzidas, com a AT a referir que no caso concreto, “o sujeito passivo pode optar pela retenção superior (à taxa inteira) à que lhe seria aplicável, tendo como limite máximo o determinado na tabela correspondente à sua situação familiar”.

Para este afeito, refere a AT que tem de apresentar uma “declaração com esse pedido à entidade pagadora dos rendimentos”. A resposta do fisco assinala, contudo, que o Código do IRS também impõe ‘balizas’ a esta opção, lembrando ao contribuinte em causa que apenas lhe é possível alterar o valor da taxa marginal máxima, “mantendo-se inalterada a parcela a abater e a parcela a abater por número de dependentes, se aplicável”.

Ou seja, o contribuinte pode optar por descontar pelo patamar de taxa imediatamente acima do que lhe corresponderia, mas a parcela a abater é a que é atribuída à sua taxa de retenção ‘natural’. Exemplificando. Uma pessoa, sem dependentes, com um salário bruto de 1.950 euros terá este mês de outubro (e no de setembro foi igual) uma taxa de retenção de 3,75%, a que pode depois abater 44,07 euros, pagando de imposto 29,06 euros.

Querendo optar pela taxa marginal máxima do escalão seguinte, irá reter 8,0% (em vez de 3,75%), mas poderá apenas abater 44,07 euros. Na prática, isto significa que este salário de 1.950 euros pagará de imposto 111,93 euros. O Governo fez publicar novas tabelas de retenção na fonte para acomodar o efeito de um conjunto de alterações ao IRS aprovadas pelo parlamento, nomeadamente, a redução de taxas até ao 6.º escalão de rendimentos ou a atualização da dedução específica.

De forma a compensar as pessoas pelo imposto retido a mais entre janeiro e agosto, foram criadas tabelas específicas para os meses de setembro e outubro, com taxas mais reduzidas (sendo mesmo de 0% nos patamares mais baixos de rendimento) e outras para serem aplicadas em novembro e dezembro – que resultam num valor de retenção também mais baixo do que o registado até agosto.

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Bruxelas muda fundos europeus para apoiar Portugal a mitigar impacto dos fogos

Alterações aplicam-se a todos os Estados-membros afetados por catástrofes naturais e o montante a mobilizar vai depender do levantamento dos custos feitos por cada país.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta segunda-feira que propôs alterações a três regulamentos da União Europeia para que os fundos europeus possam ser rapidamente mobilizados para apoiar a recuperação pós-catástrofe. Estas propostas são a resposta direta aos incêndios florestais que assolaram Portugal em setembro e que vão permitir que 10% dos fundos de Coesão possam ser usados nessa resposta, ou seja, cerca 500 milhões de euros.

Durante uma visita à Polónia, von der Leyen, explicou que as alterações serão feitas aos regulamentos que regem o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) e o Fundo Social Europeu Mais (FSE+), para o período de programação de 2021-2027, mas também o regulamento do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader) no âmbito do quadro para 2014-2022.

O “diálogo com a presidente da Comissão Europeia desembocou na decisão da Comissão permitir que Portugal possa aceder a 500 milhões de euros dos fundos de coesão (…) e possa cobrir os prejuízos que teve com uma taxa de comparticipação que, excecionalmente, pode ser mesmo de 100%, relativamente às várias das circunstância que são necessárias para as pessoas retomem a normalidade das suas vidas”, disse Luís Montenegro a 23 de setembro.

As alterações propostas visam dar maior flexibilidade aos Estados-membros para utilizar parte dos fundos para reparar infraestruturas e equipamentos danificados, fornecer alimentos e assistência material básica e apoio social e de saúde, e apoiar temporariamente o financiamento de regimes de tempo de trabalho reduzido.

Serão introduzidas duas novas medidas no âmbito do Feder e do FSE+: um pré-financiamento adicional de 30% que permitirá uma injeção imediata de liquidez para aliviar a pressão orçamental sobre os Estados-membros afetados e o financiamento até 100% das medidas apoiadas, sem necessidade de cofinanciamento nacional para iniciar o trabalho de reconstrução.

Já ao nível dos fundos, na proposta de alteração dos Fundos de Desenvolvimento Rural (quadro jurídico do Feader 2014-2022) os Estados-membros terão mais flexibilidade para apoiar os agricultores, os proprietários florestais e as empresas afetadas por catástrofes naturais. Sendo que o apoio financeiro será 100% coberto por fundos da UE, sob a forma de montantes fixos. Além disso, os países terão mais flexibilidade para introduzir e reforçar medidas destinadas a restaurar o potencial de produção das explorações agrícolas e florestas afetadas.

“A proposta seguirá os trâmites do processo legislativo ordinário no Parlamento Europeu e no Conselho da União Europeia”, explica a Comissão em comunicado. “Logo que tenha sido adotada, os Estados-membros que pretendam utilizar as novas flexibilidades em consonância com o princípio da gestão partilhada terão de decidir como as utilizar e qual o montante de financiamento a remobilizar para fazer face às consequências das inundações e dos incêndios florestais, tendo em conta as suas necessidades específicas. Terão em seguida de apresentar à Comissão Europeia alterações dos programas para revisão e adoção”, acrescenta a mesma nota.

Portugal, que já está a pagar apoios aos agricultores usando um adiantamento de 100 milhões de euros, disponibilizado pelo Ministério das Finanças, ainda vai ter de decidir se estas alterações aos fundos de Coesão vão implicar uma reprogramação do Centro 2030 e do Norte 2030 – tal como aconteceu nos incêndios de 2017 – ou do Sustentabilidade 2030.

As alterações aplicam-se a todos os Estados-membros afetados por catástrofes naturais e o montante a mobilizar vai depender do levantamento dos custos feitos por cada país. Por isso não é possível avançar já com um número exato de quanto vai caber a Portugal, explicou ao ECO fonte comunitária.

Para já as propostas vão possibilitar a sete Estados-membros – Polónia, Roménia, Áustria, Chéquia, Hungria, Portugal e Eslováquia – mobilizar cerca de 18 mil milhões de euros (cerca de 17,7 mil milhões do Feder e do FSE+ e 588 milhões do Feader) para apoio no contexto de catástrofes relacionadas com os fogos e as inundações que afetaram os países da Europa Central e Oriental.

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PJ tem três milhões de euros afetos a escutas telefónicas

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

O ainda diretor Nacional da PJ, Luís Neves, falava na inauguração do novo Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária (PJ), um investimento de quase sete milhões de euros.

Na inauguração do novo Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária (PJ), um investimento de quase sete milhões de euros, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, adiantou que esta polícia tem três milhões de euros afetados a escutas telefónicas.

No seu discurso na cerimónia de inauguração do novo laboratório pericial, que contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e do Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, o diretor nacional da PJ destacou um percurso de modernização e aumento de recursos desta polícia, e um trabalho colaborativo com outros órgãos de polícia criminal (OPC) e forças de segurança.

“A atividade pericial da PJ é, em mais de 50%, efetuada a pedido de outros OPC e autoridades judiciárias” e a PJ mantém “um sistema de interceções telefónicas, ao qual afetámos cerca de três milhões de euros”, afirmou Luís Neves.

Segundo adiantou a ex- Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, numa audição parlamentar em setembro, em 2023 foram feitas cerca de 11 mil escutas telefónicas.

Luís Neves sublinhou que desde 2018 e até 2025 a PJ terá triplicado o número de peritos na área tecnológica e informática, uma “área crítica”, cuja falta de meios era “em parte o grande obstáculo ao desenvolvimento célere das investigações mais complexas”.

Definiu ainda como objetivo “investir e reforçar os meios” na recuperação de ativos, “que permitam a rápida deteção e apreensão de bens”, incluindo para situações de perda alargada de bens, um dos pontos de destaque da agenda anticorrupção do atual Governo.

De acordo com os dados avançados pelo diretor nacional da PJ, “entre 2018 e 2024 houve lugar a quase 280 milhões de bens apreendidos e arrestados” e “mais de mil milhões de euros em operações suspeitas foram comunicadas pela Unidade de Informação Financeira ao DCIAP”.

Luís Neves apontou o combate à corrupção e à criminalidade económica e financeira como “máxima prioridade e preocupação”, o que justifica o “maior investimento que a PJ jamais fez nesta área”, destacando ainda entre as ameaças e prioridades desta polícia a cibercriminalidade “que passou a ser uma constante” numa sociedade cada vez mais digital e o “aumento gradual e significativo do discurso de ódio”, um “catalisador de comportamentos de violência”.

“Em Portugal, à semelhança do que sucede em muitos outros países, designadamente europeus, o tráfico de estupefacientes volta a ser uma das principais áreas do crime organizado com expressiva relevância no crime violento e na corrupção”, referiu ainda.

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Inscritos nos centros de emprego aumentam 3,5% em setembro

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

São mais 10.636 pessoas inscritas nos centros de desemprego face a setembro de 2023. Para este aumento, "contribuíram os inscritos há menos de 12 meses os que procuram um novo emprego.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu 0,9% em setembro face a agosto, mas aumentou 3,5% na comparação com o período homólogo, para 310.749 pessoas, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo IEFP. “No fim do mês de setembro de 2024, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 310.749 indivíduos desempregados, número que representa 69,4% de um total de 447.631 pedidos de emprego”, lê-se na nota divulgada pelo IEFP.

São mais 10.636 pessoas inscritas nos centros de desemprego face a setembro de 2023. Para este aumento, “contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+7.422), os que procuram um novo emprego (+10.703) e os adultos (+10.034)”. Já na comparação em cadeia, isto é, face a agosto, são menos 2.672 pessoas.

No que toca aos grupos profissionais com maior expressão, face ao período homólogo, observou-se um acréscimo em todos, com destaque para os “Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+6,9%); “Trabalhadores não qualificados”(+6,8%) e “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”(+6,5%)”.

À semelhança do que tem sucedido, a nível regional, o desemprego registado aumentou em todas as regiões em setembro, face ao período homólogo, com exceção dos Açores e da Madeira, onde recuou 7,5% e 9,1%, respetivamente. O valor mais acentuado de aumento do desemprego continuou a ser registado na região de Lisboa e Vale do Tejo (+5,7%).

Por outro lado, na comparação em cadeia, “registou-se uma quebra no desemprego, justificada pela redução na região de Lisboa e V. Tejo (-3%) e na região do Norte (-0,2%)”, indica o IEFP. No final de setembro, as ofertas de emprego por satisfazer atingiram os 11.953 nos Serviços de Emprego de todo o país, o que corresponde a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-3.884; -24,5%) e face ao mês anterior (-237; -1,9%).

Casais com ambos desempregados aumentam 4,5%

O número de casais com ambos os elementos desempregados aumentou 4,5% em setembro, face ao período homólogo, e 0,3% face a agosto, para os 4.933 segundo os dados do IEFP.

“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.866 (8,1%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.933 casais desempregados, em setembro de 2024, o que representa +4,5%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, adianta o relatório.

Trata-se, portanto, de um abrandamento face ao registado em agosto, quando aumentou 5,5% face a igual mês de 2023. Não obstante, este valor está a subir desde junho, ou seja, há quatro meses consecutivos. Já na comparação em cadeia, o número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados subiu 0,3%, aumentando pelo segundo mês consecutivo.

Há vários anos que os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.

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Montenegro: “Diretor da PJ? A decisão está tomada”

O Primeiro-Ministro esteve na sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense, acompanhado pela ministra da Justiça.

“A decisão está tomada”. As palavras são do chefe do Executivo, relativamente à nomeação do novo diretor Nacional da Polícia Judiciária (PJ). O Primeiro-Ministro falou à entrada da sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense. Mas não adiantou quando é que esse nome iria ser revelado.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, já tinha avisado que a decisão sobre a renovação de mandato ou nomeação de um novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) seria tomada em breve, logo após a tomada de posse do Procurador-Geral da República (PGR), que decorreu no sábado, dia 12. Na passada quarta-feira, assumiu que essa escolha está quase fechada. “Em breve vai ser tomada uma decisão sobre o novo diretor da PJ. Estamos a fechar o processo e muito em breve terei novidades para dar”, disse a ministra da Justiça esta quarta-feira, à margem do 13.º Encontro Nacional da Sociedade de Advogados de Portugal (ASAP), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O atual diretor Luís Neves tomou posse a 18 de junho de 2018 pela mão da então ministra Francisca Van Dunem e foi reconduzido pela primeira vez em maio de 2021 pela mesma ministra do Governo socialista. Agora, está em gestão desde junho, estando agora limitado para tomar decisões de fundo no órgão de polícia criminal que lidera.

O primeiro-ministro afirmou estar “muito atento à necessidade de dar meios técnicos, humanos e legislativos às autoridades investigatórias e ao Ministério Público”, considerando que a celeridade da justiça depende também de “mais capacidade de investigar e concluir”.

“Nós estamos muito atentos à necessidade de dar meios técnicos, meios humanos e também meios legislativos às autoridades investigatórias e também ao Ministério Público (MP)”, declarou Luís Montenegro no seu discurso.

O chefe do executivo frisou que a celeridade da justiça é “um ponto absolutamente crucial da confiança dos cidadãos no sistema de Justiça” e considerou que, “para as investigações e as decisões serem céleres, é preciso haver meios humanos, técnicos, capacidade de investigar e de concluir”.

Montenegro salientou que este reforço de meios deve ser transversal a toda a administração pública, frisando que o seu Governo tem procurado valorizar as carreiras dos “polícias, forças de segurança, Forças Armadas, na área da saúde e da educação”.

O primeiro-ministro disse que decidiu proceder a essa valorização não apenas para responder às reivindicações dos diferentes setores, mas porque considera que se trata de “um desafio estratégico e estrutural da administração pública ter bons quadros, ter capacidade de reter e de motivar pela qualidade”.

“Porque, se a administração pública não tiver bons quadros, o trabalho também não vai ser eficiente e nós temos de perceber que, chegámos a um ponto no nosso país, onde é mesmo um uma exigência para os próximos anos – eu diria mesmo para as próximas décadas – fazê-lo e fomentá-lo”, afirmou.

Salientando que tem noção de que essa evolução já foi feita na PJ, Montenegro disse querer que ela se alargue “a todos os outros setores e também àqueles com os quais a PJ mais interage”.

“Não só o MP – o MP naturalmente, por força das circunstâncias e da relação que se estabelece entre as autoridades de investigação e a tutela de ação penal por parte do MP – mas com todas as outras entidades judiciais”, reiterou.

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Época de resultados na bolsa revela fosso entre EUA e Europa

Wall Street brilha com 80% dos resultados das empresas do S&P 500 a superarem as estimativas dos analistas, enquanto as bolsas europeias sofrem com desilusões dos resultados dos gigantes LVMH e ASML.

Os resultados do terceiro trimestre das empresas norte-americanas estão a surpreender pela positiva, contrastando com as desilusões protagonizadas pelas congéneres europeias. Das 71 empresas do S&P 500 que já apresentaram contas, 83% superaram as expectativas dos analistas em matéria de lucros e 63% bateram as previsões para as receitas, de acordo com dados da LSEG.

Estes números contrastam com o desempenho dececionante de algumas das principais empresas europeias que já reportaram as suas contas relativamente às suas operações entre julho e setembro. Foi o caso da LVMH, líder mundial do luxo, que viu as ações afundarem 6,5% após reportar um crescimento das vendas de 9% no terceiro trimestre, abaixo dos 11,5% esperados pelos analistas. Já as ações da ASML, o gigante fabricante de equipamentos para semicondutores, caíram 3,5% na bolsa de Amesterdão após revelar uma queda de 30% nas encomendas.

Nos EUA, o cenário é diferente. O J.P. Morgan, um dos maiores bancos de Wall Street e dos EUA, reportou lucros de 4,33 dólares por ação, superando em 9,3% os 3,96 dólares esperados. O mesmo passou-se com a UnitedHealth, a gigante dos seguros de saúde, que apresentou um lucro por ação de 6,51 dólares, ficando 3% acima dos 6,33 dólares previstos pelos analistas

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Para as denominadas “7 Magníficas”, os analistas antecipam um crescimento homólogo de 18,1% dos lucros no terceiro trimestre. No entanto, retirando estas empresas da equação, a taxa de crescimento dos lucros combinada (resultados efetivos e estimados) para as restantes 493 empresas do S&P 500 é de 0,1%. No geral, a taxa combinada de crescimento dos lucros para todo o S&P 500 no terceiro trimestre de 2024 é de 3,4%, referem os mais recentes dados da Factset.

Esta semana, outras grandes empresas dos dois lados do Atlântico vão apresentar as contas do terceiro trimestre. Nos EUA, destaque para as contas da Tesla, Coca-Cola, IBM e Boeing na quarta-feira. Na Europa, os holofotes estarão virados para esta segunda-feira para os resultados da L’Oreal e na quarta-feira para as contas da farmacêutica Roche.

A temporada de resultados ganha ainda mais relevância depois de o Goldman Sachs ter cortado as previsões para os lucros das empresas europeias este ano. Os analistas do banco de investimento norte-americano reduziram a estimativa de crescimento dos lucros por ação do Stoxx 600 para este ano de 6% para 2%, citando a desaceleração económica e a força do euro como causas para esse corte.

Na Euronext Lisboa, depois de a Galp Energia ter aberto a época de resultados com a divulgação dos dados operacionais preliminares que revelaram uma queda de 68% da margem de refinação, segue-se esta quinta-feira a Navigator.

A época de resultados na bolsa nacional encerrará em novembro, com a apresentação dos resultados da Ibersol, sendo que 56% das empresas do PSI reportaram os números da sua atividade no terceiro trimestre do ano na próxima semana e seguinte.

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Miguel Esperança Pina sai da CMS para a CS’Associados

Conselho de Administração da CMS Portugal admite que foi feita "um reestruturação do departamento de contencioso", passando Rita Gouveia a assumir as funções de co-head, com Nuno Pena.

Miguel Esperança Pina sai da CMS Portugal para a CS’ Associados. O advogado era sócio das áreas de práticas de Resolução de Litígios e de Insolvência & Reestruturações da CMS Portugal.

Tem mais de 30 anos de experiência, no patrocínio de clientes em litígios comerciais e civis, bem como em arbitragens nacionais e internacionais, a uma escala global, nomeadamente em matéria de litígios comerciais, financeiros, energéticos, farmacêuticos, de financiamento de projetos, concessões públicas e construção.

Questionada pelo ECO/Advocatus, fonte do Conselho de Administração da CMS Portugal admite que “procedemos à reestruturação do departamento de contencioso, passando a Dra. Rita Gouveia a assumir as funções de co-head e coordenação do departamento, com o Dr. Nuno Pena“, explica. “Desejamos sucesso, ao Miguel Esperança Pina, e que consiga ter uma boa adaptação ao seu novo projeto”.

Advocatus Summit 2019 - 28MAI19
Miguel Esperança Pina.Hugo Amaral/ECO

Atua igualmente na qualidade de árbitro a nível nacional e internacional, na área da resolução judicial e extrajudicial de conflitos, no âmbito das relações empresariais, contratos de construção, contratos financeiros, distribuição comercial, serviços informáticos e de telecomunicações, aviação, produtos farmacêuticos, petróleo e gás, entre outros.

Miguel Esperança Pina foi coordenador do departamento de Dispute Resolution da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira, entre 1998 e junho de 2018. Fundou a APA – Associação Portuguesa de Arbitragem.

É Presidente do Capítulo Português do Clube Espanhol de Arbitragem (Club Español del Arbitraje – CEA), membro fundador da Associação Portuguesa de Arbitragem, membro do ICC Portugal, Árbitro no Centro de Arbitragem da Associação Comercial de Lisboa e Árbitro no Centro de Mediação e Arbitragem da Câmara de Comércio Portuguesa no Brasil.

Miguel Esperança Pina foi individualmente reconhecido como Band 1 para Dispute Resolution pela Chambers Global e Europe, 2023 e foi reconhecido nos últimos 17 anos. É igualmente reconhecido como Leading Individual para Dispute Resolution e é recomendado para Insolvency and Restructuring pelo Legal 500, 2023. É ainda reconhecido nas categorias de Arbitration and Mediation, Insolvency and Reorganization Law e Litigation pela Best Lawyers, desde 2010, bem como Global Leader for Commercial Litigation by WWL, 2022. É igualmente distinguido como Highly Recommended para International Arbitration, White Collar Crime e como Excellent para Civil & Commercial Litigation e Restructuring & Insolvency pela Leaders League, 2023. Miguel é ainda distinguido na Private Practice Powerlist 2023, Arbitration – Iberia, do Legal 500.

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