Rui Borges regressa a Guimarães no lado do Sporting, FC Porto vai à Choupana e Benfica recebe Braga

Entre esta sexta e a próxima segunda-feira, disputa-se a primeira jornada do novo ano: a jornada 17. Neste momento ,o Sporting é líder, em igualdade com o FC Porto e logo a seguir vem o Benfica.

Virámos a página e já estamos em 2025. Entre esta sexta e a próxima segunda-feira, disputa-se a primeira jornada do novo ano: a jornada 17. Neste momento, com os últimos resultados, o Sporting é líder, em igualdade pontual com o FC Porto (ambos com 40 pontos) e logo a seguir vem o Benfica, com 38 pontos. O Santa Clara apresenta-se no quarto posto e o Braga, que se desloca este sábado ao Estádio da Luz, é o quinto posto. O Vitória SC, que recebe o Sporting, é o sexto lugar.

Olhando aos principais destaques da última jornada, o maior deles foi a vitória do Sporting sobre o Benfica por 1-0 no Estádio de Alvalade, uma partida que marcou a estreia de Rui Borges no comando técnico dos leões. Além disso, o FC Porto goleou o Boavista por 4-0 no Dérbi da Invicta, com Fábio Vieira de fora dos convocados e Rodrigo Mora em destaque. O Casa Pia venceu em casa do Braga por 2-1 e o Farense conseguiu um empate importante com o Vitória SC. Ficou 2-2.

Vitória SC x Sporting: Rui Borges de regresso a Guimarães

O futebol dá voltas muito rápido e a verdade é que Rui Borges vai a Guimarães enfrentar o Vitória SC, no lado do Sporting. Há cerca de duas semanas, olhando ao calendário, ninguém diria isso. Por norma, é sempre um jogo apetecível a nível futebolístico, mas este fator torna a partida muito mais especial.

Taticamente, continua a haver muita curiosidade sobre o Sporting de Rui Borges. Na estreia do técnico, diante o Benfica, não houve uma mudança radical de estilo de jogo, mas sim a equipa com melhores índices de confiança e atitude. Saltou à vista a linha defensiva de 4 (embora já se tenha visto com Ruben Amorim) e Eduardo Quaresma a lateral-direito. A pressão forte e coordenada do Sporting foi um destaque, com Geny Catamo mais subido a condicionar a saída de bola de Álvaro Carreras.

Fala-se que o Sporting pode estar em vantagem, pois Rui Borges já conhece muito bem a equipa do Vitória SC, porém o técnico não vê dessa forma. «Não vamos melhores porque o treinador conhece a equipa. Os jogadores também conhecem o treinador, é subjetivo. Será um jogo bastante difícil», disse na conferência de antevisão. Tiago Silva, Manu Silva e Alberto Baio, que segundo a imprensa nacional atraiu o interesse dos 3 grandes, são jogadores a ter em conta do Vitória SC. O clube de Guimarães chega a este jogo após quatro empates consecutivos e ocupa o 6.º lugar da tabela.

Nacional x FC Porto: Vai ou não haver jogo? Vamos ou não ver Rodrigo Mora?

Depois do que aconteceu com o Benfica (partida adiada devido a nevoeiro), também se falou na possibilidade de nevoeiro durante o Nacional x FC Porto. No entanto, de acordo com Vítor Prior, diretor do Observatório Meteorológico do Funchal do IPMA, há “grandes probabilidades de o jogo se realizar”. O encontro está marcado para as 18h00 desta sexta-feira.

A nível de resultados, o FC Porto ultrapassou outro tipo de nevoeiro e, depois de uma série de quatro jogos sem vencer (3 derrotas seguidas e um empate), os dragões levam agora quatro vitórias consecutivas, sem sofrer golo. Ganharam 2-0 ao Midtjylland, depois 2-0 ao Estrela Amadora, 3-0 fora de casa ao Moreirense e 4-0 ao Boavista na última jornada da Primeira Liga.

Rodrigo Mora tem sido o principal destaque, onde leva 2 golos e 3 assistências nos últimos 3 jogos (Estrela Amadora, Moreirense e Boavista). É um jovem de 17 anos com muita qualidade técnica, visão de jogo e capacidade criativa, que apresenta ainda uma próxima relação com Samu. Destacar ainda que Fábio Vieira está de volta à convocatória, depois de um jogo deixado de fora por opção técnica. Há ainda que mencionar a ausência de Nico González, no qual Vítor Bruno aponta André Franco, Vasco Sousa ou Alan Varela para o seu lugar. O mais provável, tendo em conta os últimos jogos, é Stephen Eustáquio-Alan Varela.

Em conferência de imprensa, Vítor Bruno apontou ainda a dificuldade de jogar na Choupana, em que nesta temporada o Nacional só perdeu em casa com o Sporting, Braga e Benfica. Depois do jogo com as águias, a turma de Tiago Margarido teve dois desafios fora de casa: empate 2-2 com o Vitória SC, em Guimarães, e derrota com o Rio Ave por 2-1. Na tabela classificativa, encontram-se no 15.º lugar da Primeira Liga.

Benfica x Braga: O melhor ataque em casa vs a melhor defesa fora

Depois de perder o dérbi com o Sporting em Alvalade, o Benfica deixou escapar a liderança da Primeira Liga e está a dois pontos do FC Porto (2.º lugar) e Sporting (1.º), ambos com 40 pontos. Neste sábado, as águias vão enfrentar o quinto classificado Braga, que vem de uma derrota com o Casa Pia, e as duas equipas pretendem dar uma resposta, além de continuar a somar pontos. Em antevisão, Bruno Lage afirmou que o seu desejo é entrar em 2025 com uma «vitória, boa exibição e golos».

Frente ao Sporting, o Benfica foi surpreendido por uma forte e coordenada pressão dos leões, tendo dificuldades na saída de bola (Carreras e Tomás Araújo foram condicionados) e permitiram vários espaços ao adversário. Morten Hjulmand ficou em muitos momentos livre para progredir. Aos encarnados, faltou soluções em ataque apoiado, em que Florentino esteve muito errático com bola, Kerem Akturkoglu distanciado da batalha e Zeki Amdouni uma aposta ao lado. O Benfica costuma apresentar maior perigo com espaço em ataque rápido e por isso, em duelo com o Braga – uma equipa que se pode abrir em luta pela bola e que tem certas dificuldades defensivas –, pode ameaçar mais.

Contudo, e apesar de o Braga estar numa fase inconsistente (1V, 2E e 2D nos últimos cinco jogos), não será ainda um desafio fácil, pois, tirando o Sporting, o conjunto de Carlos Carvalhal é a melhor equipa a jogar fora de casa nesta edição da Primeira Liga. Com 5 vitórias, um empate e uma derrota em deslocações, o Braga é também a melhor defesa do campeonato neste registo, sofrendo apenas três golos ao momento. O Benfica é ainda assim o melhor ataque do campeonato em jogos caseiros: 26 golos.

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ERC nomeia vereadora do CDS para diretora executiva

  • Lusa e + M
  • 3 Janeiro 2025

Lília Ana Águas deixa assim as funções de vereadora da Câmara de Oliveira do Bairro, a partir de 5 de janeiro. Licenciada em direito, foi também deputada à Assembleia da República pelo CDS-PP.

Lília Ana Águas foi esta sexta-feira nomeada diretora executiva da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), em regime de comissão de serviço, assumindo o cargo a partir de segunda-feira.

A direção executiva é o órgão responsável pela direção de serviços e gestão da ERC, constituído, por inerência de funções, pela presidente e vice-presidente do Conselho Regulador, e pelo diretor executivo, nomeado por deliberação do Conselho Regulador.

Atualmente, Lília Ana Águas exerce as funções de vereadora da Câmara de Oliveira do Bairro – eleita pelo CDS-PP – onde é responsável pelos pelouros da Educação e Ensino, Desenvolvimento Social, Idade Maior, Coesão Social, Habitação, Saúde, Cultura, Museus e Património Histórico, Biblioteca e Polos, Turismo, Associativismo (na área social, cultural e educativa), Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes — CLAIM, Gabinete de Apoio ao Emigrante — GAE, Espaço de Apoio à Vítima — EAV, Balcão de Inclusão.

É ainda responsável pelo Gabinete de Inserção Profissional, Banco Local de Voluntariado, Relações Públicas e Protocolo, Geminações e Feiras e outros eventos similares (coadjuva o vice-presidente Jorge Pato).

Após a renúncia ao mandato, os pelouros serão “redistribuídos pelo presidente da Câmara e pelos restantes membros do executivo com pelouros atribuídos”.

Em nota de imprensa, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro informa que Lília Ana Águas deixará o exercício do cargo de vereadora no Município de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, com efeitos a partir de 05 de janeiro. “A nomeação, pelo Conselho Regulador da ERC, após seleção realizada por concurso público, foi deliberada hoje por unanimidade por aquele órgão“, indica.

Na nota de imprensa pode ainda ler-se que o presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, Duarte Novo, agradeceu o serviço que a vereadora prestou ao Município e ao concelho, assegurando que Lília Ana Águas “deixa uma marca indelével em todas as áreas pela qual foi responsável”.

Licenciada em direito, Lília Ana Águas exerceu durante vários anos advocacia na área do direito administrativo e foi deputada à Assembleia da República na XIII legislatura, pelo CDS-PP.

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EQT notifica Concorrência da compra do negócio de estações terrestres do Eutelsat

  • Lusa e ECO
  • 3 Janeiro 2025

O negócio-alvo "irá utilizar uma estação terrestre localizada no Caniçal, Madeira, e OneWeb SNP em Portugal", segundo a AdC.

O EQT Fund Management notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do negócio de estações terrestres do Grupo Eutelsat, segundo a informação divulgada esta sexta-feira.

“A operação de concentração consiste na aquisição indireta, pelo fundo de investimento EQT Infrastructure VI, gerido pela gestora de fundos de investimento alternativo EQT Fund Management do controlo exclusivo sobre o negócio alvo, que faz atualmente parte do grupo Eutelsat”, lê-se numa nota divulgada pela AdC.

O negócio de estações terrestres do Grupo Eutelsat inclui ativos que permitem a transmissão de dados entre a terra e os satélites em órbita situados ou utilizados nos teleportos do grupo em Portugal, França e Itália.

Em Portugal, os fundos EQT têm investimentos através de empresas de setores como serviços, tecnologia, alimentar, saúde, indústria e energia. O negócio-alvo “irá utilizar uma estação terrestre localizada no Caniçal, Madeira, e OneWeb SNP em Portugal“, segundo a autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues.

A francesa Eutelsat é uma das maiores empresas de telecomunicações via satélite do mundo e detém a Eutelsat Madeira, que está registada na Zona Franca da Madeira e opera um teleporto localizado no Caniçal, na Madeira. Segundo a informação transmitida à Anacom em 2022, opera “mais de 10 estações terrenas, ligado ao controlo e monitorização da frota do grupo e ao projeto Konnect, também do grupo”.

Quaisquer observações sobre esta operação devem ser enviadas à AdC no prazo de 10 dias.

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Baur au Lac, um hotel em Zurique para descobrir em 2025

  • Sancha Trindade
  • 3 Janeiro 2025

O hotel Baur au Lac, em Zurique, merece destaque não apenas por ser uma morada suíça fora de série, mas por pulsar no coração da cidade com melhor qualidade de vida.

A cidade de Zurique, localizada no coração da Suíça, é frequentemente considerada uma das cidades mais vibrantes e bem organizadas do mundo. Pulsante de forma suave, nas margens do lago de Zurique e cercada por montanhas, esta cidade europeia combina beleza natural com infraestruturas urbanas de excelência. E, se a conhecemos por ser um renomado centro financeiro global, abrigando diversas sedes de grandes bancos e empresas multinacionais, há mais para além da riqueza material.

A qualidade de vida, com um sistema de transportes público irrepreensível, a segurança e serviços de saúde e educação de excelência, são alguns dos ingredientes que fazem de Zurique um destino tão desejado. Seja para trabalhar, estudar ou viver, a cidade oferece uma combinação única de oportunidades profissionais e uma vida quotidiana estimulante, mas também tranquila e muito estruturada.

A maior cidade da Suíça lidera, assim, a lista de cidades da Mercer deste ano com melhor qualidade de vida. A consultora de recursos humanos, que avalia as cidades pelos seus padrões de vida excecionais, infraestruturas, cenário cultural, habitação, ambiente sociocultural, poder de compra, viagens, trânsito, qualidade do ar e acesso à educação, nomeou Zurique como a melhor de 2024. A primeira posição é impulsionada pelos seus excelentes serviços públicos, baixa taxa de criminalidade e um cenário cultural diversificado entre tradições, que os suíços preservam de forma exímia, e contemporaneidade, com infraestruturas eficientes e sustentáveis.

Porque abrimos os panos a 2025, fizemos questão de nomear o Baur au Lac, o hotel histórico que pulsa no coração de Zurique. A experiência intemporal tem como morada um hotel familiar de sétima geração e que, rodeado pelo seu próprio jardim privado, oferece uma vista deslumbrante sobre o Lago de Zurique e os majestosos Alpes suíços.

Durante quase dois séculos, o Baur au Lac foi testemunha da história e anfitrião de algumas das figuras e momentos mais emblemáticos. Conhecido como “a sala de estar de Zurique”, acolheu membros da realeza, visionários e lendas de Hollywood. Da Imperatriz Sissi da Áustria a Audrey Hepburn, o hotel tem sido um santuário em Zurique para quem procura elegância, discrição e hospitalidade, aliado a uma história icónica intemporal. Cenário das discussões que levaram à criação do Prémio Nobel da Paz, destacando o seu papel não apenas como uma morada para ficar, mas como um local onde nascem ideias e legados, pareceu-nos pertinente o seu destaque, nestes tempos dicotómicos que o mundo atravessa.

Na senda do património

A história do Baur au Lac começou em 1844, quando Johannes Baur, inspirado pela beleza serena dos Alpes, fundou o hotel nas margens do lago. A sua visão era criar um retiro que combinasse a beleza natural com conforto sofisticado. Ao longo das décadas, o hotel expandiu-se e evoluiu, sempre sob a cuidadosa direção da família fundadora. O seu crescimento foi marcado por um compromisso com a inovação e a excelência, desde a expansão dos seus terrenos até à criação do primeiro clube privado da Suíça e de uma adega famosa no país, que armazena centenas de milhares de garrafas de colecionador.

Apesar de ter atravessado duas guerras mundiais, renovações várias e mudanças de época, o Baur au Lac manteve-se firme na sua dedicação aos seus viajantes de mundo. E isso só foi possível pela paixão atenta a uma hospitalidade de excelência de pormenor, desde os interiores cuidadosamente concebidos até às excecionais experiências gastronómicas.

Atualmente, o Baur au Lac continua a receber hóspedes de todo o mundo, oferecendo uma variedade de experiências que celebram o seu legado e a beleza de Zurique. Durante a época festiva, o hotel transforma-se num país das maravilhas de Inverno, com uma das árvores de Natal mais altas de Zurique a iluminar o seu parque, e as iguarias sazonais a criarem uma atmosfera inebriante. E, se os hóspedes podem celebrar a magia da época com um tradicional chá da tarde à lareira, o hotel oferece várias experiências gastronómicas imperdíveis em Zurique.

Uma ode à gastronomia

O Le Hall, carinhosamente conhecido como uma das salas de estar mais carismáticas do hotel, é o cenário perfeito para um chá da tarde ou um aperitivo, onde os hóspedes podem desfrutar de scones caseiros, sanduíches gourmet e pastelaria de alta costura. A adição de uma taça de champanhe eleva a experiência, tornando-a numa indulgência memorável desta época.

O Marguita, outra jóia do portefólio gastronómico do Baur au Lac, é marcado por um ambiente elegante e distinto pelos janelões que ganham luz no inverno. Com um menu inspirado nos sabores mediterrânicos e criado com os melhores ingredientes sazonais, o Marguita é conhecido por encantar com as suas interpretações criativas de pratos clássicos. A extensa lista de bebidas, com cocktails de assinatura e vinhos raros, asseguram uma experiência memorável, a qual recomendamos para almoço.

Já a Brasserie Baur’s, uma versão atualizada da clássica brasserie europeia, oferece um menu que celebra a sazonalidade em pratos da gastronomia local. A carta de vinhos é uma viagem pelas melhores colheitas do mundo, complementando na perfeição a experiência, que recomendamos para jantar.

No inverno, o hotel monta o Chalet au Lac no jardim. Um pequeno caminho de madeira, forrado com árvores de Natal bem iluminadas, leva-nos a um chalé de madeira. Bancos rústicos com cobertas de pelo branco, velas e trajes típicos vão transportá-lo, por momentos, para o ambiente de montanha tão característico da Suíça.

No Baur au Lac, cada canto conta uma história. Desde o seu património cuidadosamente preservado até às suas inovações contínuas, neste hotel carismático celebra-se preservação do património e criam-se memórias a par do seu legado. Uma experiência intemporal inesquecível numa cidade com a melhor qualidade de vida de 2024 pareceu-nos uma boa razão para pensar viajar até Zurique, que apesar das dicotomias do Mundo nos inspira a continuar a sonhar, numa cidade que se diz perfeita.

  • Texto de Sancha Trindade, fundadora da marca CURATED, que pode seguir AQUI.

Baur au Lac
Talstrasse 1, 8001, Zurique, Suíça
Tel.: +41 44 220 50 20
E-mail: [email protected]

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Confessamo-nos, desde já, viciados no configurador do Ferrari F80

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 3 Janeiro 2025

É util? Para quem o vai comprar, sem dúvida. Para a maioria de nós, é uma forma de sonhar com o mais recente supercarro da Ferrari, o F80. Já configurou o seu?

Podemos escolher entre 35 cores, das standard às clássicas e às históricas, passando pelas especiais e terminando no mate. Isto só na pintura exterior, porque há mais mil detalhes que nos é permitido personalizar no nosso F80, o último lançamento da casa de Maranello. Neste SITE, é possível ainda adicionar números e riscas, de variadas cores e combinações nas portas e no capot; escolher a configuração das jantes, em fibra de carbono preta ou prateada; adicionar pneus de alta-performance; colorir as pinças dos travões; adicionar partes em fibra de carbono até à totalidade do veículo. Por dentro, o detalhe vai desde a escolha dos bancos; aos tons dos mesmos; aos pespontos dos forros; passando pela escolha do tipo de cinto de segurança (do standard ao arnês de 4 pontos); assim como as cores dos cintos, dos tapetes, da consola e o volante. As opções são tantas que a dificuldade maior está em escolher o carro final. Aqui entre nós: guardámos várias opções, porque é impossível escolher o melhor.

Esse é outro ponto de destaque neste configurador. Nada nos obriga a investir, de imediato, os 3,6 milhões de euros que custa o F80. Podemos salvar várias opções, enviar para amigos e família para que opinem, fazer o download de um ficheiro com as imagens das nossas escolhas (e colocá-las em wallpaper no PC, para que possamos sonhar), e ter tempo para pensar e decidir e então avançar para a aquisição. Ou não, porque com uma produção tão limitada, o mais certo é que já estejam esgotados…

Mas nem tudo é estética no F80

Certo. Acalmem-se os puristas dos motores. O configurador é apenas um detalhe (divertido) deste supercarro. O F80 representa o auge da tecnologia e do desempenho da Ferrari. Limitado a apenas 799 exemplares, o motor híbrido V6 de 1200 cavalos de potência faz deste F80 o carro de estrada mais potente da marca, até hoje.

Toda a arquitetura do F80 foi projetada para obter o máximo desempenho. Desde o chassis de fibra de carbono até a aerodinâmica, não esquecendo a nova suspensão ativa (uma das jóias da coroa deste modelo, desenhada de raiz para o mesmo), nunca antes houve uma abordagem tão extrema num carro homologado. No entanto, este desportivo também privilegia o conforto na condução. O cockpit, de forma cónica, garante aerodinâmica, leveza e performance ao condutor e, em simultâneo, espaço para o passageiro (sim, leu bem, um só. Porque, inspirado nos carros de corrida, o F80 é, definitivamente, um carro feito para um passageiro único, embora venha definido como “1+”. Ou seja, condutor e passageiro opcional).

A escolha do motor foi feita de acordo com os seus supercarros antecessores (o GTO e o F40) e com a tendência tecnológica atual no automobilismo. Enquanto o GTO e o F40 eram equipados com um V8 turboalimentado porque os carros de Fórmula 1 da época usavam motores turbo nos anos 80, hoje, tanto na Fórmula 1 quanto no Campeonato Mundial de Endurance (WEC), os motores V6 turboalimentados são usados em combinação com um sistema híbrido de 800V. Portanto, a transferência dessa arquitetura para o F80 foi natural, especialmente depois de o 499P ganhar o título das 24 Horas de Le Mans duas vezes seguidas.

Mas a segurança não poderia ser descurada e, como o objetivo deste lançamento era também maximizar a sua usabilidade mesmo que fora do contexto mais orientado para o desempenho, o F80 vem equipado com os principais sistemas ADAS de assistência ao condutor: cruise control adaptativo com função Stop&Go; travagem automática de emergência; aviso de saída de faixa de rodagem; assistência à manutenção de faixa de rodagem; luzes automáticas; reconhecimento de sinais de trânsito; e aviso de atenção e sonolência do condutor. Embora, convenhamos: quem vai ter sono ao volante deste menino?

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Japoneses recorrem à justiça após Biden bloquear compra da US Steel

A siderúrgica japonesa Nippon Steel vai recorrer a tribunal contra o governo dos Estados Unidos após o bloqueio de Joe Biden à compra da concorrente norte-americana, cujas ações caem mais de 6%.

A siderúrgica japonesa Nippon Steel planeia recorrer para tribunal contra o governo dos Estados Unidos após o bloqueio de Joe Biden à compra da concorrente norte-americana US Steel, avançou esta sexta-feira o jornal Nikkei e, entretanto, confirmaram as partes, em comunicado publicado online.

A ação judicial da multinacional japonesa centrar-se-á na revisão da análise do Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), que serviu de base para a decisão da Casa Branca.

A declaração e a ordem do presidente não apresentam qualquer evidência credível de uma questão de segurança nacional, deixando claro que esta foi uma decisão política (…). Após a decisão do presidente Biden, não nos resta outra hipótese senão tomar todas as medidas apropriadas para proteger os nossos direitos legais”, explicou a Nippon Steel.

Esta tarde o presidente cessante norte-americano decidiu bloquear a aquisição da siderúrgica US Steel pelos japoneses da Nippon Steel, um negócio no valor de 15 mil milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros).

Joe Biden justificou que a decisão resulta do “compromisso inabalável” do atual presidente em utilizar “toda a autoridade disponível” para “defender a segurança nacional dos EUA, incluindo a garantia de que as empresas americanas continuam a desempenhar um papel central em setores que são críticos“, de acordo com a nota divulgada pela Casa Branca.

O atual presidente dos EUA tem sido uma voz contra esta transação e optou por formalizar o bloqueio antes de deixar a Casa Branca, no próximo dia 19 de janeiro. Mas o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também não está interessado em deixar avançar este acordo e pretende recorrer a incentivos fiscais para proteger a empresa que está nos rankings da produção de aço mundial.

Este revés pode prejudicar a relação entre Washington e o aliado Tóquio tal como a estratégia de M&A das empresas nipónicas na maior economia do mundo. Na bolsa de Nova Iorque, as ações da US Steel estavam a cair mais de 6% para 30,62 dólares por volta das 17h00 (hora de Lisboa).

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Mau tempo cancela viagens marítimas entre a Madeira e Porto Santo no sábado

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2025

A Porto Santo Line indica que as ligações com partida do Funchal prevista para as 08:00 de sábado e o regresso pelas 18:00 não se vão realizar por causa das “más condições meteorológicas”.

As viagens marítimas entre as ilhas da Madeira e Porto Santo programadas para sábado foram canceladas devido às previsões de más condições meteorológicas na orla marítima da região, informou esta sexta-feira a concessionária do navio Lobo Marinho.

Na sua página oficial, a Porto Santo Line indica que as ligações com partida do Funchal prevista para as 08:00 e o regresso do Porto Santo pelas 18:00 não se vão realizar por causa das “más condições meteorológicas” naquela ilha, porque “poderiam colocar em causa a segurança dos passageiros e do navio”.

A concessionária adianta que as passagens ficam “automaticamente remarcadas” para o dia seguinte, domingo, saindo o navio do Funchal às 08:00 e regressando do Porto Santo pelas 19:00.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso amarelo as regiões montanhosas Madeira devido a previsões de precipitação, “por vezes forte” e “com condições favoráveis à ocorrência de trovoada e queda de granizo”, que vigora entre as 06:00 e as 12:00 de domingo.

O mesmo aviso amarelo vai estar em vigor entre as 09:00 de domingo e as 11:00 de segunda-feira para a situação de agitação marítima, apontando o IPMA para ondas de sudoeste com quatro a cinco metros, passando a vagas de noroeste na segunda-feira.

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Nova Expressão compra posição maioritária na agência digital comOn

As duas agências, que no total integram cerca de 70 colaboradores, vão manter as operações em separado. Ricardo Pereira mantém-se como CEO da comOn.

A Nova Expressão, SGPS comprou 52% do capital social da agência de marketing digital comOn, avançou ao +M Pedro Baltazar, dono da agência de meios e agora também sócio maioritário da agência fundada em 2001 por Ricardo Pereira.

A compra concretiza-se por aumento de capital da comOn, explica Pedro Baltazar, administrador único da Nova Expressão e de agora em diante presidente do conselho de administração da agência digital.

A operação avança “por um conjunto de razões”, mas a mais importante é possibilitar “o desenvolvimento em termos de inteligência artificial e uma maior importação da tecnologia para a Nova Expressão”. As duas operações mantém-se “absolutamente independentes”, mas com sinergias quando necessário, prossegue o responsável.

Os restantes 48% mantêm-se nas mãos da Elemento Digital – Consultoria, Marketing e Desenvolvimento Informático, SA, que até aqui detinha 100% da comOn, SA, ficando Ricardo Pereira como CEO durante o próximo mandato.

As duas agências no total integram cerca de 70 colaboradores e Filipe Teotónio Pereira, recorde-se, lidera a agência de media.

A Nova Expressão, prossegue Pedro Baltazar, reforça assim o seu ecossistema de media, onde figuram as participações na Nova Expressão – Planeamento de Media e Publicidade SA, a maior agência independente no acumulado dos primeiros 11 meses de 2024, na PowerMedia, SA e na Local Planet International, Lda.

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Trabalhadores da Veolia no Super Bock Group suspendem greve

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2025

A empresa abriu um "canal de diálogo e negociação do caderno reivindicativo" e os trabalhadores decidiram suspender a greve marcada para 6 de janeiro.

Os funcionários da Veolia que trabalham nas instalações da Super Bock Bebidas decidiram suspender a greve marcada para segunda-feira, após a empresa ter aberto um “canal de diálogo e negociação do caderno reivindicativo”, foi anunciado esta sexta-feira.

A Veolia “deu conta da irredutibilidade dos trabalhadores na defesa dos seus direitos, bem como a sua aprimorada organização para a greve, que teria impactos na operacionalidade da Super Bock, e solicitou a realização de uma reunião, assegurando intenção de corrigir todas as ilegalidades identificadas, bem como abertura para negociar melhorias aos salários e condições de trabalho dos trabalhadores”, sinalizou o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), em comunicado.

Tendo em conta esta abertura para a negociação, os trabalhadores decidiram suspender a greve que iria começar a partir das 00:00 horas da próxima segunda-feira, dia 6 de janeiro de 2025, durando 24 horas.

Os funcionários da Veolia consideram que a marcação da reunião e a abertura para negociar foi “um passo que representa apenas o início de um processo que os trabalhadores esperam produtivo e concretizador, tendo por isso tomado esta atitude de responsabilidade, em valorização das possibilidades de alcance do sucesso pela via do diálogo e da negociação, esperando que a empresa tenha postura semelhante”.

A Veolia assegura, na Super Bock, “a operação nas centrais de energia, na ETAR, e na manutenção dos edifícios”, explicou o Sintab.

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BCP atinge “linha de vida”. Ações deixam de negociar com desconto na bolsa

Ações voltam a negociar em bolsa em linha com o valor contabilístico do banco, atingindo a “linha de vida” que Carlos Santos Ferreira, antigo CEO, chegou a estabelecer em 2010.

Pelo segundo ano consecutivo, o BCP BCP 1,95% voltou a ser a estrela da praça nacional. Todo o setor da banca na Europa continuou a beneficiar das taxas de juro elevadas no ano passado. O banco português foi dos que mais se destacou, e superou os sete mil milhões de euros de valor de mercado. Nos últimos cinco anos, foi mesmo dos que mais recuperaram terreno e deixou agora de transacionar em bolsa com desconto face ao seu valor contabilístico, atingindo um novo marco: a “linha de vida” que o antigo CEO Carlos Santos Ferreira havia estabelecido em 2010.

Em 2024, o BCP acumulou uma valorização de quase 70%, tendo sido o título que mais valorizou no PSI no ano passado. Está a cotar em máximos de quase nove anos.

Para este forte desempenho contribuiu o facto de o banco ter partido com uma cotação bastante deprimida (apesar da valorização de 87% alcançada em 2023), mas numa altura em que já tinha virado a página da recuperação realizada nos últimos anos.

O ponto alto aconteceu no final de outubro, quando o banco anunciou ao mercado o novo plano estratégico com um ambicioso reforço da política de dividendos. Até 2028 o BCP prevê lucrar em média cerca de mil milhões de euros por ano, tencionando distribuir até 75% desses resultados. Plano em relação ao qual os analistas disseram que “não havia nada a não gostar”.

Na altura, Miguel Maya assinalou assim o bom momento que o BCP atravessa: “Depois de uma década em que os acionistas suportaram o banco, é tempo de retribuir a transformação do banco”.

A “linha de vida” após valorização de 130% em 5 anos

As ações fecharam a sessão desta sexta-feira acima da casa dos 0,46 euros, com o banco a apresentar uma capitalização bolsista na ordem dos sete mil milhões de euros (valor que já não observava há 15 anos, antes das crises financeiras).

Em comparação com a cotação de há cinco anos, o BCP acumulou uma valorização de 130%, um desempenho que permitiu alinhar o seu valor em bolsa ao seu valor contabilístico – o chamado price to bookvalue (P/B).

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Neste período, foi mesmo um dos bancos europeus que mais recuperou terreno e passou a integrar uma lista exclusiva de bancos que não estão ‘em saldos’, juntamente com os italianos (Unicredit, Intesa e Mediobanca) e os espanhóis (Caixabank, BBVA e Bankinter), deixando para trás os concorrentes franceses e alemães.

A leitura do gráfico permite perceber outro aspeto: os bancos que estão atualmente a ser alvo de ofertas negoceiam em bolsa com desconto (casos do Commerzbank, BPM e Sabadell) e enquanto os oferentes são aqueles que mais melhoraram e apresentam-se com um P/B acima de um (Unicredit e BBVA).

Em 2010, o então CEO Carlos Santos Ferreira admitiu, em entrevista ao Jornal de Negócios, que tinha dificuldade em aceitar “uma linha abaixo do valor contabilístico”. Com o P/B a chegar a 1, o BCP entra em 2025 na sua “linha de vida”.

O presidente da Comissão Executiva e vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Comercial Português (Millennium bcp), Miguel Maya, durante a apresentação dos resultados dos primeiros 9 meses de 2024 da instituição bancária na sede em Oeiras, 30 de outubro de 2024. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

Mais 10 cêntimos nos próximos 12 meses

Para 2025, os analistas que cobrem o título apontam para uma valorização até aos 0,56 euros, perspetivando uma subida de 10 cêntimos (cerca de 20%) nos próximos 12 meses.

Com todas as contingências geopolíticas a marcar o passo a nível global, o ano continuará a ser dominado pelo desagravamento das taxas de juro dos bancos centrais.

Para contrariar o impacto da descida dos juros na margem financeira, o BCP anunciou no plano estratégico que vai reforçar a aposta no aumento dos volumes de crédito para alavancar o negócio, enquanto acredita que a limpeza feita nos últimos anos vai ajudar a manter níveis de eficiência elevados nos próximos anos.

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Europa afasta financiar instituições islamitas na Síria

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2025

A chefe da diplomacia alemã defendeu ainda um " diálogo político que inclua todos os grupos étnicos e religiosos e que inclua todos os cidadãos, em particular as mulheres deste país".

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, advertiu esta sexta-feira os novos dirigentes da Síria de que a Europa não financiará a criação de instituições islamitas no país.

“A Europa dará o seu apoio, mas não financiará novas estruturas islamitas”, avisou Baerbock, numa visita com o homólogo francês a Damasco, onde se reuniu com o novo líder sírio, Ahmad al-Charaa, no palácio presidencial da capital síria. Ahmad al-Charaa é o líder do grupo islamita radical Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que liderou a coligação que tomou Damasco a 08 de dezembro de 2024.

O HTS, ex-braço sírio da organização terrorista Al-Qaida, afirma ter rompido com o ‘jihadismo’, mas continua classificado como “grupo terrorista” por várias capitais ocidentais, entre as quais Washington. A chefe da diplomacia alemã insistiu igualmente no lugar que deverá ser reservado às mulheres e aos direitos destas na nova Síria.

“É agora necessário estabelecer um diálogo político que inclua todos os grupos étnicos e religiosos e que inclua todos os cidadãos, em particular as mulheres deste país”, sustentou. “Todas elas devem ser envolvidas no processo constitucional e no futuro Governo sírio. Porque, especialmente nesta região, sabemos que os direitos das mulheres são o indicador de uma sociedade que mostra o seu apego à liberdade individual”, sublinhou.

“Transmitimos isso claramente aos líderes aqui em Damasco. Era importante saber que eles tinham compreendido”, acrescentou Annalena Baerbock. Lançada a 27 de novembro do ano passado na Síria, uma ofensiva relâmpago derrubou em 12 dias o regime do Presidente sírio, Bashar Al-Assad, há 24 anos no poder, obrigando-o a abandonar o país com a família a 8 de dezembro e a pedir asilo político na Rússia.

A ofensiva, que na realidade eram duas combinadas – “Dissuadir a Agressão”, lançada pelo HTS, que inclui o antigo ramo sírio da Al-Qaida, e “Amanhecer da Liberdade”, liderada pelos rebeldes sírios – foi a primeira em grande escala em que as forças da oposição conquistaram território em Alepo desde 2016, quebrando o impasse de uma guerra civil iniciada em 2011, que matou mais de 300.000 pessoas e fez sair do país quase seis milhões de refugiados e que, formalmente, nunca terminou.

Os Presidentes turco e russo, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, respetivamente, acordaram, em 2020, um cessar-fogo, após meses de combates em Idlib.

O reacendimento do conflito fez-se com esta ofensiva que partiu da cidade de Idlib, bastião da oposição, em que os rebeldes conseguiram expulsar em poucos dias o Exército de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irão, das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco e pondo fim ao regime do clã Assad, iniciado em 1971, ano em que o pai de Bashar, Hafez al-Assad, tomou o poder através de um golpe de Estado.

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Von der Leyen cancela “discurso em Lisboa” por motivos de saúde

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2025

Presidente da Comissão Europeia vai estar duas semanas de baixa em janeiro. Entre os compromissos cancelados está "um discurso em Lisboa" durante o Seminário Diplomático.

A presidente da Comissão Europeia cancelou toda a agenda para as próximas duas semanas por motivos de saúde e não vai estar presente no Seminário Diplomático, em Lisboa, disse à Lusa a porta-voz de Ursula von der Leyen. A presidente da Comissão Europeia está a lidar com uma pneumonia grave, segundo adiantou outro porta-voz ao Politico.

“A presidente cancelou todos os compromissos externos para as primeiras duas semanas de janeiro”, disse à Lusa Paula Pinho, porta-voz da presidente da Comissão Europeia, revelando que Ursula von der Leyen cancelou a agenda por motivos de saúde.

Os compromissos cancelados incluem “um discurso em Lisboa” durante o Seminário Diplomático e uma visita à Polónia, por ocasião do início da presidente polaca do Conselho da União Europeia, que “se realizará mais tarde”.

A Polónia assumiu no dia 1 de janeiro e até 30 de junho a presidência rotativa do Conselho da União Europeia com atenções focadas na segurança do bloco comunitário, numa altura de incertezas e de desafios geopolíticos causados por conflitos. Varsóvia sucede à Hungria, liderada pelo controverso primeiro-ministro Viktor Orbán, na presidência semestral do Conselho da União Europeia.

Num momento em que a guerra na Ucrânia desencadeada pela invasão russa está quase a concluir três anos e que a região do Médio Oriente vive um cenário de conflito e de fortes tensões, Varsóvia pretende liderar o bloco comunitário, este semestre, dando prioridade à defesa dos 27 Estados-membros, nas dimensões externa, interna, informativa, económica, energia, alimentar e sanitária.

Sob o mote “Segurança, Europa!”, a Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia e tem estado na linha da frente ao apoio prestado a Kiev face aos ataques russos, destaca no programa para a presidência semestral que a agressão de Moscovo ao país vizinho “ameaça a segurança de todo o continente”.

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