Trabalhadores da conserveira ESIP em greve no dia 20 de dezembro

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

A paralisação tem como objetivo a renegociação do contrato coletivo de trabalho da indústria das conservas de peixe, que diz não ter revisão desde 2016 e a negociação de um caderno reivindicativo.

Os trabalhadores da conserveira European Seafood Investments Portugal (ESIP), do grupo Thai Union, decidiram avançar com uma greve no dia 20 de dezembro para reclamar “aumentos salariais dignos”, entre outras exigências, segundo um comunicado do sindicato Stiac.

Na informação divulgada esta sexta-feira, o Stiac – Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Setores Alimentar, Bebidas, Agricultura, Aquicultura, Pesca e Serviços Relacionados, adiantou que “decidiu declarar greve de todos os trabalhadores e trabalhadoras, na empresa European Seafood Investments Portugal, S.A”, situada em Peniche, para o dia 20 de dezembro, das 00:00 horas às 24:00 horas.

“O pré-aviso abrange ainda os períodos antecedentes e subsequentes ao período normal de trabalho a que se refere o período principal da greve sempre que o início e fim da prestação de trabalho não coincida com o referido período”, detalhou a estrutura sindical, na mesma nota.

Segundo o Stiac, a paralisação tem como objetivo a renegociação do contrato coletivo de trabalho da indústria das conservas de peixe, que diz não ter revisão desde 2016 e a negociação de um caderno reivindicativo.

Este caderno abrange “aumentos salariais dignos”, a “atualização do subsídio de alimentação”, o “gozo do dia de aniversário do trabalhador ou de filho até 12 anos” e 25 dias de férias. O Stiac aponta ainda a defesa dos direitos dos trabalhadores como razão para esta paralisação.

 

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PCP atravessa “fase complicada” mas militantes hesitam em culpar estratégia do partido

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

No arranque do Congresso do PCP, os militantes criticam a "campanha atroz da comunicação social que faz tudo e mais alguma coisa para denegrir" a imagem do partido.

Militantes do PCP reconhecem que o partido já viveu melhores dias, mas têm dificuldade em apontar causas internas para o declínio eleitoral, preferindo ver na comunicação social o principal obstáculo à ação comunista.

No primeiro dos três dias do 22.º Congresso do PCP, que se realiza em Almada, a intenção de ouvir militantes e simpatizantes sobre a vida do partido rapidamente se transforma numa odisseia marcada por várias respostas negativas, com vários dos delegados e convidados a alegarem não poderem ou não quererem partilhar a sua leitura dos tempos que o partido vive.

Mas houve quem aceitasse, e entre os comunistas ouvidos pela agência Lusa à porta do Complexo Municipal dos Desportos “Cidade Almada” há uma análise comum: a comunicação social, por motivos estratégicos ou preconceitos entranhados, dizem, orquestra uma campanha contra o partido e é a principal responsável por uma eventual degradação da imagem pública do PCP.

Vítor Duarte, metalúrgico aposentado, de 67 anos, é militante e participa no congresso como convidado. Diz que é “evidente” a “fase complicada” que o partido atravessa e garante “ter as suas ideias, que não irá expor”, mas não hesita em atirar na direção do que diz ser uma “campanha atroz da comunicação social que faz tudo e mais alguma coisa para denegrir” a imagem do PCP.

“Há partidos que à menor coisinha que possam dizer ou fazer são enaltecidos, e nós fazemos a mesma coisa e somos esquecidos, somos postos para canto”, lamenta, para depois assumir que há alguma responsabilidade própria e que “quanto menos militância houver, mais fraco” estará o partido e “mais dificuldade terá para fazer passar a mensagem”.

Gonçalo, estudante, 24 anos, delegado pela Juventude Comunista Portuguesa (JCP), garante que os resultados eleitorais do partido não estão esquecidos, mas rapidamente passa para responsabilizar “uma campanha declarada contra o partido” orquestrada pelo grande capital em conjunto “com a comunicação social que domina”.

“Procuram atingir o PCP, porque veem no PCP a principal força de defesa dos trabalhadores”, argumenta. O estudante garante que o partido também tem responsabilidades, mas não se arrisca a enumerá-las, limitando-se a enfatizar a necessidade de uma maior capacidade de recrutamento e, como outros ouvidos pela agência Lusa, a reservar esse tipo de apreciações para o debate interno.

Também delegada pela JCP, Clara, de 21 anos, reitera a ideia de que uma das grandes batalhas do PCP é travada com a comunicação social, mas prefere que o partido se foque em perceber como aprofundar a relação e a intervenção junto dos trabalhadores e da juventude, para aumentar a sua influência.

A jovem comunista acredita que, neste momento, procurar culpados pelo declínio do PCP é um assunto secundário e que o partido deve focar-se no que “vai fazer amanhã” e em definir as principais linhas da sua ação. Henrique Chester, aposentado, de 72 anos, não é militante, mas veio até Almada como “amigo do partido”. Tem dificuldades em culpar o partido pelo seu enfraquecimento nas urnas e acredita que “não há grandes mudanças a fazer” na ação política do PCP.

Repete a ideia de que é da comunicação social grande parte da responsabilidade e a culpa pelos resultados dos comunistas, pelos seus “preconceitos imbuídos” que denigrem a imagem do partido.

Henrique diz que não lhe “parece que haja grandes falhas” na comunicação da mensagem do partido e acredita também que o partido recuperará a relevância que já teve no passado. Esta fase, considera, “é passageira” e resulta de mudanças na organização e comportamentos da sociedade.

No último ano o partido, com exceção das regionais na Madeira de setembro de 2023 e das dos Açores de fevereiro de 2024, perdeu sempre eleitores e, desde 2020, perdeu cerca de dois mil militantes, não tendo um aumento no número das adesões compensado essas perdas.

O PCP iniciou esta sexta, em Almada, o seu 22.º Congresso, que conta com a participação de cerca de 1.040 delegados e arrancou com um discurso do secretário-geral do partido, Paulo Raimundo.

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Fitch sobe rating do BPI para A- com perspetiva estável

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

A subida do rating surge na "sequência da subida do rating do seu acionista CaixaBank anunciada no passado dia 04 de dezembro”.

A agência Fitch subiu o rating do banco BPI de BBB+ para A- com uma perspetiva estável, adiantou esta sexta-feira a instituição financeira, em comunicado publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota, o banco informou que a “Fitch Ratings subiu o rating do Banco BPI de longo prazo, de ’BBB+’ para ’A-’, com uma perspetiva de evolução (’Outlook’) Estável, na sequência da subida do rating do seu acionista CaixaBank anunciada no passado dia 04 de dezembro”.

A Fitch subiu ainda as notações da “dívida sénior ordinária (‘senior preferred’) de longo prazo e depósitos de longo prazo de ’A-’ para ‘A’”, concluiu.

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Ministra do Trabalho anuncia “estudo tendente à revisão” dos descontos para a Segurança Social

Ministra deixou críticas ao "objeto limitado" do livro verde e anunciou avaliação do sistema de pensões "de forma integrada, abrangendo o regime de proteção social convergente".

A ministra do Trabalho anunciou esta sexta-feira que o Governo vai avançar com um “estudo tendente à revisão” da taxa contributiva global do sistema previdencial da Segurança Social (TSU). Segundo Maria do Rosário Palma Ramalho, esta é uma das medidas pensadas no âmbito do reforço do financiamento do sistema em questão.

O Governo está apostado no reforço do financiamento. Neste sentido, vamos avançar com um estudo tendente à revisão da taxa contributiva global do sistema previdencial. Esta revisão deveria ser feita de cinco em cinco anos. Não é feita há 13 anos“, adiantou a governante, no encerramento das Jornadas CoLabor. Segundo o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, “a taxa contributiva global desagregada deve ser revista quinquenalmente, com base em estudos actuariais a desenvolver para o efeito”.

A ministra aproveitou a intervenção para sinalizar que também será feita uma avaliação do sistema de pensões “de forma integrada, abrangendo o regime de proteção social convergente”. Isto depois de ter deixado críticas ao Livro verde do futuro da Segurança Social, que “tem um objeto limitado à partida, que é o sistema previdencial”.

Algumas das soluções que apresentam enfraquecem as outras componentes do sistema de Segurança Social“, alertou Palma Ramalho. De notar que o livro verde foi encomendado a uma comissão de especialistas pelo anterior Governo, mas só ficou pronto já com o novo Executivo em funções.

Por outro lado, a ministra do Trabalho explicou que serão estudadas também soluções complementares do sistema (o que já está previsto no programa do Governo) e a introdução de um mecanismo de reforma parcial.

Sobre o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), a governante realçou que este deve ser visto como um “mecanismo de emergência e não como um recurso frequente“, ainda que este fundo já consiga cobrir dois anos de pensões, em caso de défice.

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Vacinação gratuita contra a gripe e covid-19 alargada a pessoas entre os 50 e 59 anos

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

As pessoas entre os 50 e os 59 anos podem agendar a partir da próxima terça-feira a vacinação contra a gripe e contra a covid-19 numa unidade de saúde do SNS ou "nas farmácias comunitárias".

A vacinação sazonal gratuita contra a gripe e a covid-19 vai ser alargada à população da faixa etária entre os 50 e 59 anos a partir de terça-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

As pessoas entre os 50 e os 59 anos “podem agendar a partir de 17 de dezembro de 2024 [terça-feira] a vacinação contra a gripe e contra a covid-19 numa unidade de saúde do Serviço Nacional de Saúde ou nas farmácias comunitárias aderentes”, adiantou a DGS em comunicado.

O alargamento a esta faixa etária “acontece face à evolução da atual campanha de vacinação e à disponibilidade de vacinas”, referiu a DGS, salientando que, para otimizar a proteção individual e coletiva, o agendamento deve ser feito preferencialmente ainda antes do período festivo do Natal e do Ano Novo.

A vacinação das pessoas com 60 ou mais anos de idade, das pessoas com comorbilidades, dos profissionais de saúde e restantes grupos de risco, mantém-se como prioridade, adiantou ainda o comunicado. Com a aproximação do inverno, o período de maior circulação de vírus respiratórios, a DGS apelou aos grupos elegíveis para que se vacinem, “sobretudo com a aproximação das festividades de Natal, momentos de reunião familiar e com amigos”.

Segundo os últimos dados da DGS, entre 20 de setembro, quando arrancou a atual campanha de vacinação, e 08 de dezembro, foram vacinadas 1.467.039 pessoas com o reforço sazonal contra a covid-19 e 2.207.428 pessoas contra a gripe.

A campanha de vacinação sazonal do outono-inverno está a decorrer em mais de 3.500 pontos de vacinação em todo o país, tendo como prioridade proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença grave, a hospitalização e a morte.

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Fitch volta a subir ratings do banco Montepio

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

“Esta é a quarta subida consecutiva do rating da Fitch nos últimos vinte e quatro meses, num total de seis níveis”, indica a instituição.

A Fitch voltou a subir os ratings do banco Montepio, com os depósitos a passarem para o nível de investimento, em BBB-, e a dívida sénior não garantida a fixar-se agora em BB+, com uma perspetiva estável, adiantou a instituição.

Num comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco informou que “a agência de notação financeira Fitch Ratings (Fitch) subiu o rating dos depósitos (Long-Term Deposits) do Banco Montepio para o nível de investimento (investment grade) de BBB- e o da dívida sénior não garantida (senior preferred) para BB+, mantendo a perspetiva estável (Outlook Stable)”.

De acordo com o Montepio, “esta é a quarta subida consecutiva do rating da Fitch nos últimos vinte e quatro meses, num total de seis níveis”.

Paralelamente, indicou, em alta foram também revistos outros ratings de longo prazos, como o “intrínseco do emitente (VR, Viability Rating) de bb para bb+”, o de “longo prazo (LT IDR, Long Term Issuer Default Rating) de BB para BB+” e da “dívida sénior não preferencial (Senior non-preferred) de BB- para BB”.

A instituição financeira destacou que, segundo a Fitch, “a subida das notações de risco reflete o sucesso das medidas de gestão implementadas pelo Banco Montepio e o reforço do modelo de negócio, que beneficiou de uma redução significativa do risco no balanço”, incluindo através da diminuição “expressiva dos ativos não produtivos”, a par da “solidez dos indicadores de capital e de uma melhoria estrutural da rendibilidade”.

A agência destacou, segundo o Montepio, “a melhoria do perfil de financiamento” do banco, demonstrada pelas “emissões de dívida realizadas através de ofertas públicas no mercado no corrente ano, num contexto de maior confiança dos investidores devido à evolução positiva dos indicadores financeiros”.

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Montenegro vê Centeno em “contramão” mas já admite “acerto” para cumprir excedente em 2025

O primeiro-ministro revelou que, se for necessário, fará ajustes na execução orçamental para garantir superávite de 0,3% e notou que as previsões de défice do Banco de Portugal estão em "contramão".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, criticou esta sexta-feira “a falta de confiança do senhor governador” do Banco de Portugal, Mário Centeno, por estimar um défice de 0,1% do PIB no próximo ano, e garante que, “se for necessário”, o Governo fará um “acerto” na execução orçamental para cumprir “o objetivo de 0,3% de superávite” em 2025. No entanto, sublinhou que as projeções do supervisor estão “em contramão, visto que não há mais nenhuma entidade que acompanhe o pessimismo que o governador do Banco de Portugal expressou”.

“A posição do Governo é de manter a firmeza no cumprimento do nosso objetivo, de termos um superávite no próximo ano. Creio que a situação está absolutamente controlada. O Governo irá acompanhar a execução orçamental e, ao longo do ano, se for necessário fazer algum acerto para cumprir o nosso objetivo, fá-lo-emos”, afirmou.

O chefe do Executivo frisou, contudo, que “não há nenhum motivo para alarme”. E voltou a insistir que “todas as entidades internas e externas têm uma visão diferente da do Banco de Portugal”.

“Usando uma expressão popular, o tira-teimas será a 31 de dezembro de 2025″, gracejou. Ainda assim, Montenegro respeita a posição do Banco de Portugal, reconhecendo que “não é uma questão de fazer mal as contas”.

“São previsões. Estamos a falar, para o próximo ano, de uma diferença de quatro décimas. Não estou nem a desvalorizar nem a desconsiderar a opinião do Banco de Portugal, mas não é uma grande diferença”, indicou. Ainda assim, sublinhou que “o Banco de Portugal aparece em contramão relativamente às suas perspetivas para o desempenho económico e orçamental para o nosso país”.

Questionado se as medidas aprovadas pela oposição no Parlamento podem desequilibrar as contas públicas, Montenegro salientou que “o Governo manteve o seu cenário, apesar do incremento de despesa que está subjacente às propostas que foram viabilizadas pelos partidos da oposição”.

“Quer dizer que o Governo fará um esforço na execução orçamental para comportar as propostas que foram aprovadas pelos partidos da oposição”, frisou. O primeiro-ministro defendeu que “o Governo dispõe da margem” e que vai definir “as políticas públicas para chegar ao final do ano com o resultado que propôs”.

“Há todas as razões para confiar nas nossas perspetivas, o senhor governador não confia tanto, nós registamos essa falta de confiança do senhor governador, mas, até o momento, é a única entidade que tem uma visão diferente”, atirou.

O Banco de Portugal (BdP) está mais pessimista do que o Governo sobre as contas públicas para os próximos anos. Nas projeções macroeconómicas divulgadas esta sexta-feira, com a publicação do Boletim Económico de dezembro, a entidade liderada por Mário Centeno prevê um regresso aos défices já em 2025, ano para o qual estima um saldo negativo de 0,1%. A projeção do banco central é inferior ao excedente de 0,3% previsto para 2025. O BdP calcula que a situação deficitária se agrave em 2026 (-1%) e se prolongue até 2027 (-0,9%).

(Notícia atualizada às 18h47)

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Presidente da Anacom sugere “faseamento” ao retirar fornecedores de risco do 5G

Presidente da Anacom sugeriu que está em discussão um "faseamento" na implementação da decisão que, na prática, expulsou a chinesa Huawei das redes 5G. Processo pode arrancar pelas "zonas críticas".

A presidente da Anacom sugeriu esta sexta-feira que a retirada de equipamentos de fornecedores de risco nas redes 5G poderá ser feita de forma faseada, começando pelas “zonas críticas”. Sandra Maximiano não se referiu diretamente à Huawei, mas é público que a empresa chinesa está a contestar em tribunal a controversa decisão de 2023 que abriu caminho à sua expulsão enquanto fornecedor de tecnologia para a quinta geração.

Em maio desse ano, a Comissão de Avaliação de Segurança, um organismo do Estado com ligações ao Gabinete Nacional de Segurança, emitiu uma deliberação que, na prática, impede as operadoras de recorrerem a equipamentos ou serviços de empresas com sede em países fora da União Europeia, da OCDE ou da NATO, devido aos riscos de cibersegurança.

Em julho, a Comissão Europeia reconheceu que as operadoras em Portugal têm estado a investir “somas significativas” para substituir os equipamentos desses fornecedores. Entre as empresas de telecomunicações de maior dimensão, a Altice, dona da Meo, é a que mais recorreu a equipamentos da Huawei na construção da sua rede 5G, de acordo com fontes do mercado, uma informação que a presidente da Anacom confirmou esta sexta-feira, num encontro com jornalistas.

A Huawei, apesar de não ser diretamente visada, está a contestar a decisão do Estado português em tribunal, considerando-a ilegalEPA/WU HAO

Em setembro, um estudo independente da EY, encomendado pela Huawei, concluiu que a substituição de equipamentos poderia custar 339 milhões de euros às operadoras. E muitos dos equipamentos que terão de ser retirados ainda estão dentro do ciclo de vida.

Sobre isso, a presidente da Anacom sugeriu que a implementação da deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança deve ser faseada, mesmo que dentro do prazo que foi estabelecido.

“Se houver algum faseamento, há a possibilidade de maximizar o tempo de vida dos equipamentos. A partir daí, minimiza-se esse custo. Porque, imaginemos, se não for tudo ao mesmo tempo, porque por questões técnicas também não pode ser, se eu tirar o equipamento de uma zona crítica, como o aeroporto, posso se calhar pô-lo na Guarda por mais um tempo”, exemplificou Sandra Maximiano.

Questionada sobre se o mesmo equipamento não representaria um risco de segurança na Guarda, nos termos da deliberação, a presidente da Anacom acrescentou: “Não estou a falar que vá lá ficar para sempre. Por isso é que, se calhar, existe o trabalho de definir as infraestruturas críticas, que é algo que ainda não está lá muito bem [definido]. Mas é óbvio que há infraestruturas que são críticas, umas mais do que outras.”

Esse “faseamento”, que a presidente da Anacom sugeriu estar a ser discutido, mas não “totalmente” decidido, não colocaria em causa os prazos atuais da deliberação, que o ECO avançou em 2023 serem de três anos para a retirada de equipamentos do núcleo das redes e cinco anos para a parte “rádio”, vulgo as antenas.

Sandra Maximiano não confirmou quais eram os prazos, mas indicou: Quando se fala nesse faseamento, fala-se num faseamento dentro daquele limite. Se estão lá cinco anos, não significa que se vá começar no dia um, hoje, aqui, da mesma forma por todo o país.” O objetivo é que, “durante aquele período que foi dado, se planeie de uma forma mais organizada, mais eficiente, priorizando as zonas críticas”. “Mas não se mudou nada à decisão, à primeira deliberação. Tem prazos, tem aqueles prazos”, adicionou.

A responsável afirmou também que ainda não foram apresentados pedidos de compensações pelas operadoras e, quando questionada sobre se as empresas poderiam repassar esses custos aos consumidores, por via de aumentos de preços, Maximiano respondeu como economista: “Era pior se todos os operadores estivessem nas mesmas condições, se estivesse por igual.”

“Não sendo por igual, e sendo mais negligenciável para os outros operadores do que para uma operadora, parece-me a mim, como é que a Altice sozinha, neste caso, conseguiria refletir este custo direto nos clientes. Ia ficar em desvantagem face aos outros. Seria pior para os consumidores se o problema fosse de igual modo para os outros operadores”, apontou.

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IGCP renova site e aposta em conteúdos ESG para atrair novos investidores

A Agência de Gestão da Dívida Pública renovou o site por 60 mil euros e investiu 15 mil euros em conteúdos ESG para melhorar a experiência dos aforradores e captar mais investidores.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública renovou esta sexta-feira o site institucional. Esta renovação faz parte do amplo programa de digitalização do IGCP orçado em 22,3 milhões e euros, que foi aprovado pelo Governo em outubro.

O novo site, que custou cerca de 60 mil euros, de acordo com dados consultados pelo ECO no Portal BASE, foi desenvolvido pela NTT Data Portugal através de um contrato de prestação de serviços assinado a 18 de setembro. A empresa conseguiu concluir o projeto em menos de metade do tempo inicialmente previsto de 180 dias.

Entre as principais novidades do site destaca-se a imagem mais moderna, a organização mais intuitiva e rápida à informação relacionada com a dívida do Estado. Destaque ainda para a área dos simuladores dos Certificados de Aforro e restantes títulos de dívida da República desenhados para o retalho, que passaram a proporcionar uma experiência mais intuitiva para os aforradores.

Além da renovação do site, o IGCP apostou também na modernização das suas apresentações aos investidores. A nova imagem, mais apelativa, já foi utilizada na recente apresentação feita aos investidores asiáticos durante um recente roadshow promovido pela equipa de Miguel Martín pela Ásia.

Particularmente relevante é a nova área e conteúdos de ESG (Environmental, Social and Governance), que foi desenvolvida em parceria com a consultora PwC, tendo envolvido um contrato de 15 mil euros acrescido de IVA assinado a 15 de outubro com vigência por 12 semanas.

O trabalho da PwC envolveu o mapeamento e compilação da informação ESG de Portugal em comparação com a União Europeia, utilizando as métricas das entidades que realizam avaliações ESG, colocando inclusive Portugal ao nível dos países nórdicos nesta matéria.

Esta iniciativa pretende demonstrar o compromisso do IGCP e da República em alinhar-se com as tendências globais de investimento sustentável para captar ainda mais o interesse de novos investidores.

De fora desta reformulação do site do IGCP ficou, para já, a reformulação da plataforma Aforronet. A modernização da plataforma de subscrições online de produtos de Aforro do Estado está planeada e será realizada no âmbito de um concurso público internacional que está atualmente em curso, dado que implica uma atualização mais profunda do sistema core.

Com estas iniciativas, o IGCP quer adaptar-se às exigências do mercado financeiro moderno, apostando na digitalização e na sustentabilidade para atrair investidores e gerir eficazmente a dívida pública portuguesa. Estas operações marcam também o final do mandato de Miguel Martin à frente da entidade responsável pela gestão da dívida pública da República.

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Fitch sobe rating do Novobanco para ‘BBB’

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

A agência de rating destaca "a conclusão da reestruturação do modelo de negócio do novobanco e o reforçado perfil financeiro do banco".

Fitch melhorou o rating do Novobanco para ‘BBB’ de ‘BBB-‘, deixando a perspetiva (Outlook) inalterado em estável, adiantou esta sexta-feira o banco.

O upgrade reflete a melhoria, pela Fitch, do ambiente operacional dos bancos portugueses, para ‘bbb+/Estável’ de ‘bbb/Positivo’, juntamente com a conclusão da reestruturação do modelo de negócio do novobanco e o reforçado perfil financeiro do banco”, indica o Novobanco, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Paralelamente, foram também revistos outros ratings de longo prazo: o Long-Term Issuer Default Rating passou para ‘BBB’ de ‘BBB-‘ e o Viability Rating para ‘bbb’ de ‘bbb-‘.

A Fitch justificou as notações de rating do Novobanco com a sua “sólida posição no mercado português e um modelo de negócio estável, centrado na banca de retalho e empresas, garantindo uma rentabilidade saudável e rácios de capital em conformidade com os requisitos regulamentares”.

“As notações destacam ainda a forte presença doméstica do banco, a sua eficiência operacional, um perfil de financiamento estável e mais diversificado, e a melhoria contínua da qualidade dos ativos. Espera-se que esta qualidade de ativos continue a melhorar, impulsionada pelo recente término do Acordo de Capital Contingente (“CCA”) com o Fundo de Resolução Português”, lê-se no comunicado.

O fim antecipado do acordo de capitalização contingente, que estava previsto até dezembro de 2025, foi anunciado na semana passada. O CCA foi negociado durante o processo da compra do Novo Banco pelo fundo Lone Star, em 2017, e foi ao abrigo deste que o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no banco. Em contrapartida, o acordo proibia a distribuição de dividendos pelo banco.

O Novobanco, que ficou com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES) na sequência da resolução de 2014, tem no fundo Lone Star o seu acionista maioritário, com 75% do capital, estando os restantes 25% divididos entre Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

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Produção de veículos automóveis sobe 2,7% até novembro

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2024

Já no mês de novembro foram produzidos em Portugal 32.611 veículos automóveis, menos 6,9% relativamente ao mesmo mês de 2023.

A produção de veículos automóveis em Portugal aumentou 2,7% entre janeiro e novembro, para 307.209 unidades, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal divulgados esta sexta-feira. “Em termos acumulados, entre janeiro e novembro, saíram das fábricas instaladas em Portugal 307.209 veículos, ou seja, mais 2,7% do que em igual período do ano anterior”, indicou, em comunicado, a ACAP.

Só em novembro foram produzidos em Portugal 32.611 veículos automóveis, menos 6,9% relativamente ao mesmo mês de 2023. A quase totalidade (97,9%) dos veículos fabricados em Portugal tem como destino o mercado externo, sobretudo a Europa (86,8%). Destaca-se a Alemanha (23,7%), Itália (13,6%), França (10,8%) e Espanha (9,9%).

Em termos de regiões, o mercado africano mantém o segundo lugar nas exportações de automóveis fabricados em Portugal, representando 6,2%. Por sua vez, a Ásia está no terceiro lugar, com 3,6% das exportações. Já a montagem de veículos pesados teve um crescimento de 60,6% nos primeiros 11 meses do ano, face a igual período de 2023, com 289 unidades.

Neste período, apenas foram montados veículos pesados de passageiros. Em novembro, foram montados 30 veículos pesados, uma subida homóloga de 7,1%. No acumulado, de janeiro a novembro, foram exportados 93,1% dos veículos montados em Portugal. Os únicos destinos destas exportações são o Reino Unido (39,8%) e a Alemanha (60,2%).

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Garrafa exclusiva de Liber Pater à venda em Portugal por 1,5 milhões de euros

Uma garrafa de Liber Pater, do produtor francês Loïc Pasquet, a 1,5 milhões de euros, e outra de Melchizedek 2006, da Champagne Boerl & Kroff, a 250 mil euros, estão à venda em Portugal.

Lançamento da Liber Pater, de 27 litros13 dezembro, 2024

Pagar 1,5 milhões de euros pelo único exemplar de uma garrafa de Liber Pater 2019, de 27 litros, do produtor francês Loïc Pasquet, é uma excentricidade que só alguns se podem vangloriar de cumprir. E cujo lançamento contou com a presença do príncipe do Mónaco. Mas levar para casa um Melchizedek 2006, da Champagne Boerl & Kroff, pela módica quantia de 250 mil euros, também não fica atrás.

As duas garrafas estão à venda na Martins Wine Advisor Office & Wine Shop, em S. Romão (Serra da Estrela), e o proprietário Cláudio Martins bem gostaria que ficassem em Portugal, onde acredita haver mercado para esta extravagância, existindo investidores portugueses com poder de compra suficiente para adquirir estes produtos de luxo.

“Estas duas preciosidades, que eu gostava que ficassem em Portugal, só podem ser adquiridas sob encomenda e representam uma oportunidade única para os apreciadores de vinhos e champanhe, porque contêm a combinação da expertise de Loïc Pasquet [enólogo] e a tradição de qualidade da Boerl & Kroff, de Stefane Sésé”, nota Cláudio Martins.

Estas duas preciosidades, que eu gostava que ficassem em Portugal, só podem ser adquiridas sob encomenda e representam uma oportunidade única para os apreciadores de vinhos e champanhe.

Cláudio Martins

CEO da Martins Wine Advisor

Para o proprietário da Martins Wine Advisor Office & Wine Shop, os lançamentos das novidades das icónicas marcas Liber Pater e Boerl & Kroff representa “um momento único” para o mundo vinícola e os amantes de champanhe.

A fama dos “excecionais” vinhos da Liber Pater persegue a marca, com preços que podem variar entre 4.200 e os 30.000 euros por garrafa de 75 centilitros. Estas preciosidades espelham bem a paixão de Pasquet pelo mundo da viticultura em Bordeaux.

Boerl & Kroff é um nome bem conceituado e conhecido entre os fãs de champanhe, pela sua qualidade e meticuloso cuidado na produção.

De portas abertas desde o verão de 2024, a Martins Wine Advisor Office & Wine Shop procura ser um espaço que reúne “vinhos portugueses excecionais” e “seleções internacionais requintadas. Em 2021, a venda de uma garrafa de 30 litros de Boerl & Kroff de 1998 e uma de 18 litros de Liber Pater, de 2011, a um cliente inglês, a 200 mil libras cada garrafa, teve a intervenção de Cláudio Martins que espera agora “repetir o feito” com estes dois exemplares.

Soma ainda ao portfólio o vinho açoriano Tarelo Potion, com uma edição limitada a 300 garrafadas, a 900 euros cada.

Produzido a partir das vinhas velhas de Arinto, Terrantez e Verdelho, o Tarelo Potion distingue-se pela história e pelas características singulares do licoroso vinho dos Açores, raro e com um “elevado potencial de investimento”.

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