Acionistas do Novobanco reconduzem membros do Conselho Geral e de Supervisão

Assembleia geral do Novobanco reconduziu todos os nove membros do Conselho Geral e de Supervisão do Novobanco, liderado por Byron Haynes, tal como o ECO avançou em primeira-mão.

Os acionistas do Novobanco reconduziram todos os nove membros do Conselho Geral e de Supervisão (CGS), órgão cujas competências se assemelham às de um conselho de administração e que é liderado por Byron Haynes, para um novo mandato até 2028.

Os nomes foram aprovados esta sexta-feira em assembleia geral extraordinária, confirmando-se a notícia avançada pelo ECO há cerca de um mês.

O CGS é o órgão de fiscalização do Novobanco, sendo nomeadamente responsável por supervisionar e aconselhar a equipa executiva liderada por Mark Bourke (com mandato até final do próximo ano).

Desde 2017, quando o órgão foi criado aquando da compra do banco pela Lone Star, que o CSG é liderado por Byron Haynes, um dos homens de confiança do fundo americano, contando atualmente com mais oito membros, depois das duas saídas ocorridas em setembro.

Além da Lone Star, a estrutura acionista do Novobanco conta com mais duas entidades: o Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), com 13,54% e 11,46%, respetivamente.

Com a perspetiva de venda do Novobanco, após o fim do mecanismo de capital contingente (CCA), dificilmente o próximo mandato do CGS (de quatro anos) chegará até ao fim. E talvez isso ajude a explicar por que razão a Lone Star optou pela continuidade do atual conselho.

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Trump quer que membros da NATO gastem 5% do PIB em defesa

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

Trump vai exigir que os países membros da NATO aumentem as despesas com a defesa para 5% do PIB. A equipa de Trump garante que os Estados Unidos vão continuar a fornecer ajuda militar à Ucrânia.

O novo presidente dos EUA vai exigir que os países membros da NATO aumentem as despesas com a defesa para 5% do produto interno bruto (PIB), segundo o Financial Times. Esta tomada de posição – que terá sido indicada pela própria equipa de Trump a responsáveis europeus – surge num momento em que Trump define as suas políticas em relação à Europa e à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Apesar de na campanha presidencial ter prometido cortar a ajuda à Ucrânia, forçar Kiev a iniciar imediatamente conversações de paz e deixar os aliados da NATO sem defesa se não gastassem o suficiente em defesa, a equipa de Trump garante que os Estados Unidos vão continuar a fornecer ajuda militar à Ucrânia.

Trump vai assim exigir que a NATO mais do que duplique o seu objetivo de gastos de 2% para 5%, revela o Financial Times. De recordar, que apenas 23 dos 32 membros da aliança cumprem atualmente a quota de 2%.

O antigo presidente do Conselho da UE, Durão Barroso, já tinha avisado que Trump não se iria contentar com 3,5% e que planeava associar explicitamente o aumento das despesas com a defesa à oferta de condições comerciais mais favoráveis com os Estados Unidos. Ainda assim, os aliados da NATO já estão a discutir a possibilidade de aumentar o objetivo para 3% na reunião de líderes em junho.

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Governo cria solução para Estamo transferir ainda este ano verbas da venda de imóveis

Regime transitório contorna o travão criado pela impossibilidade de utilização dos sistemas de informação contabilística da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública.

A Estamo vai transferir a receita das operações no património imobiliário público ocorridas em 2023 e 2024, graças a um regime transitório que contorna assim o travão criado pela impossibilidade de utilização dos sistemas de informação contabilística da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública.

O objetivo do Executivo é, com este regime transitório, permitir, ainda este ano, a afetação ao Estado e às entidades beneficiárias das receitas provenientes das operações de venda, oneração (uma espécie de hipoteca), arrendamento, cedência ou qualquer outra forma de disposição de bens imóveis públicos ocorridas em 2023 e 2024, explica o decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Por outro lado, é fixada uma comissão de gestão à Estamo para a compensar dos “custos de exploração da atividade desenvolvida”. A comissão é fixada pelo ministro das Finanças e paga com verbas que têm de estar previstas no Orçamento do Estado. Esta remuneração é ajustada anualmente com um aumento de 4%.

Mas a Estamo, a empresa que veio substituir a Direção Geral de Tesouro nestas funções, ainda pode contar com 5% das receitas que resultam das operações de venda, oneração, arrendamento, cedência ou qualquer outra forma de administração de bens imóveis públicos, incluindo o relativo à aplicação do princípio da onerosidade, promovidas. O restante é entregue ao Estado e às respetivas entidades. Estas verbas podem ser usadas para cobrir as despesas correntes relativas à administração e gestão dos imóveis do Estado.

O ECO questionou os ministérios das Finanças e das Infraestruturas para saber os montantes em causa e quais as entidades que os iriam receber, mas não recebeu respostas até à publicação deste artigo.

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Parlamento aprova alterações no acesso à magistratura

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

A proposta de lei contou com os votos favoráveis de PSD, IL e CDS-PP e a abstenção de PS, Chega, BE, PCP e Livre.

A Assembleia da República aprovou na generalidade, por maioria, a proposta do Governo que altera as regras de ingresso no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), onde se formam os magistrados.

A proposta de lei contou com os votos favoráveis de PSD, IL e CDS-PP e a abstenção de PS, Chega, BE, PCP e Livre. O diploma desce à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias para ser apreciado com maior detalhe na especialidade.

O plenário da Assembleia da República rejeitou, por outro lado, um projeto de lei do Chega, que pretendia reforçar a formação de futuros magistrados nas áreas da criminalidade económico-financeira e da violência sexual, e um outro do Livre, que visava eliminar a taxa de candidatura ao CEJ, atualmente fixada em 210 euros.

Durante o debate, os grupos parlamentares foram unânimes em reconhecer a necessidade de aumentar a atratividade do CEJ, sem diminuição da exigência do acesso à magistratura.

“Simplificação do concurso de acesso não é uma simplificação das exigências. O ingresso é muito exigente, todo o concurso continua a ser muito exigente”, assegurou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

A possibilidade de licenciados em Direito pós-processo de Bolonha ingressarem no CEJ mediante a aprovação na parte curricular de um mestrado ou doutoramento da área jurídica, quando até agora necessitam de ter concluído na totalidade um destes dois últimos ciclos de estudos avançados, é uma das principais alterações previstas no diploma.

A governante defendeu ainda a opção do Governo, criticada por PS, BE, PCP, Livre e CDS-PP, de eliminar dos exames de acesso a “prova de desenvolvimento de temas culturais, sociais ou económicos”.

“É sempre muito mais subjetiva, mas não tenho nenhum dogma”, afirmou Rita Alarcão Júdice, frisando que a intenção foi dar prioridade a provas “mais objetivas”, com um nível de exigência “alto e igual para todos”, incluindo para juristas que se candidatam invocando a experiência profissional.

A proposta do Governo contempla ainda a constituição de reservas de recrutamento para ingressar na formação inicial de magistrados, a atribuição do regime de segurança social do Estatuto do Bolseiro de Investigação a auditores de justiça (formandos)não abrangidos por qualquer regime de proteção e mudanças na estrutura diretiva do CEJ.

“A previsão de um quarto diretor-adjunto, retomando o figurino inicial de 2008, justifica-se, entre outras razões, pelo modelo bipolar (Lisboa e Vila do Conde) e descentralizado que se pretende ver, a breve trecho, em pleno funcionamento, tanto para a formação inicial, como para a formação contínua”, salientou Rita Alarcão Júdice.

O CEJ está instalado em Lisboa, estando prevista para setembro de 2025 a abertura de um polo em Vila do Conde, no Norte do país, região de onde é originária a maioria dos candidatos a magistrados.

“Estamos a trabalhar com a Câmara de Vila do Conde para que [o polo] esteja concluído em setembro ou que, não estando, haja um estabelecimento alternativo para o receber”, reiterou hoje, na Assembleia da República, a ministra da Justiça.

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Recibos verdes no Estado sobem 10% no primeiro semestre e atingem máximo de 2011

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

No final dos primeiros seis meses deste ano, havia 18.718 prestadores de serviços em entidades da administração direta e indireta do Estado, dos quais 10.230 contratados à tarefa e 8.488 em avença.

Os trabalhadores em prestação de serviços no Estado subiram 10% no final do primeiro semestre, face ao final do semestre anterior, para 18.718, o valor mais elevado desde, pelo menos, final de dezembro de 2011, segundo dados da DGAEP.

No final dos primeiros seis meses deste ano, havia 18.718 prestadores de serviços em entidades da administração direta e indireta do Estado, dos quais 10.230 contratados à tarefa e 8.488 em avença, segundo os dados publicados na quinta-feira no site da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Entre 31 de dezembro de 2023 e 30 de junho deste ano, há mais 1.707 trabalhadores com vínculo precário, o equivalente a um aumento de cerca de 10%. É o valor mais alto da série iniciada em 31 de dezembro de 2011.

Já na comparação homóloga, isto é, face a 30 de junho de 2023, verifica-se uma subida de 157 trabalhadores em prestação de serviço, o equivalente a uma subida de cerca de 0,9% face aos 18.561 trabalhadores registados nesse período e cujo valor tinha tocado máximos de série.

A administração central é que a recorre mais a este tipo de modalidade contratual. No final de junho, existiam 10.068 trabalhadores em prestação de serviço, uma subida de 14,8% (mais 1.299) face a 31 de dezembro de 2023, mas um recuo de cerca de 3,6% (menos 371) na comparação homóloga.

Dos 10.068 trabalhadores com vínculos precários na administração central, 7.113 foram contratados à tarefa e 2.955 em avença.

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Banco de Fomento já escolheu oito consultoras para acelerar projetos

EY, PwC, PKF II Portugal, Crowe Advisory PT, F. Iniciativas, Ayming Portugal, All the Way e, em fase final de contratação, a Mundi Consulting foram as consultoras escolhidas para acelerar programas.

O Banco de Fomento já escolheu oito consultoras para ajudar a acelerar as candidaturas aos programas de Recapitalização Estratégica e Deal-by-Deal. Entre as consultoras escolhidas estão os grandes players do mercado.

“As consultoras já credenciadas e habilitadas para prestar apoio técnico às empresas interessadas, são: a EY, PwC, PKF II Portugal, Crowe Advisory PT, F. Iniciativas, Ayming Portugal, All the Way e, em fase final de contratação, a Mundi Consulting”, anunciou o banco liderado por Ana Carvalho em comunicado.

Desde o lançamento desta iniciativa inovadora, o BPF recebeu 21 manifestações de interesse, que resultaram em nove candidaturas de consultoras”, revela o mesmo comunicado. “Entre estas, destacam-se grandes players do mercado nacional e internacional, o que evidencia a atratividade e o potencial do mecanismo. Após a análise, oito candidaturas de consultoras foram aprovadas e sete já se encontram contratualizadas”, precisa o banco.

O Banco de Fomento vai pagar, pelo menos, dez mil euros por projeto às consultoras para que estas ajudem as empresas a candidatarem-se aos programas de direto e assim acelerar a execução dos mesmos. E poderão ainda receber “um montante variável de 1,5% sobre o valor investido pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), criado com verbas do PRR, a liquidar no momento do desembolso financeiro ao beneficiário final”.

O Fundo de Capitalização e Resiliência (que tem uma dotação de 1,32 mil milhões) já contratou 64,4% da sua dotação e pagou 32,8% (190,5 milhões de euros às capitais de risco e 242,78 milhões às empresas). Nos dois programas de investimento direto já foram pagos 104,6 milhões de euros. Mas a meta é mobilizar 400 milhões em operações de coinvestimento direto até ao final de 2025.

Apesar da escolha destas oito consultoras, o Banco sublinha que o processo de “credenciação de novas consultoras permanecerá aberto até 1 de setembro de 2025, permitindo que outras empresas de consultoria se credenciem desde que cumpram os critérios definidos”.

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Grupo Arrow compra hotel de cinco estrelas em Vilamoura a tailandeses

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

Britânicos reforçam aposta em Vilamoura com a aquisição do hotel de cinco estrelas Anantara Vilamoura Algarve Resort ao grupo tailandês Minor.

O Grupo Arrow prepara-se para comprar o hotel de cinco estrelas Anantara Vilamoura Algarve Resort, que pertence ao grupo tailandês Minor, segundo o anúncio da operação publicado na Autoridade da Concorrência.

“A operação de concentração consiste na aquisição, pela Vilamoura World Holdings, S.A. (“VWH”), do controlo exclusivo sobre a Minor Luxury Hotels Vilamoura, S.A. (“Minor Vilamoura”)”, de acordo com o aviso.

A VWH é uma sociedade portuguesa que faz parte do grupo britânico Arrow, que em Portugal tem atividades na gestão de crédito malparado (através da Whitestar) e no setor imobiliário (Norfin).

A Minor Vilamour detém e opera um hotel de 5 estrelas na região do Algarve, em Vilamoura, que é explorado sob a marca Anantara Hotels & Resorts. O valor da transação não foi revelado.

Em 2021, a Arrow adquiriu o Project Vilamoura, incluindo a marina e uma parte da urbanização, à Lone Star, dona do Novobanco, por cerca de 100 milhões de euros.

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Fernando Negrão apela a Montenegro: “Não se intrometa naquilo que é a ação das forças de segurança”

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

O antigo ministro da Justiça Fernando Negrão pediu ao primeiro-ministro para que "não se intrometa" na "ação das forças de segurança", avança a Renascença.

O antigo ministro da Justiça Fernando Negrão pediu ao primeiro-ministro para que “não se intrometa” na “ação das forças de segurança”, avança a Renascença. Em declarações à rádio, o social-democrata alerta que é preciso perceber se Montenegro dá a cara por estas operações “porque de facto assim o quer” ou porque “sente que há algumas limitações por parte da ministra e sente necessidade”.

A única coisa a que realmente apelo é para que o primeiro-ministro, ou seja quem for, não se intrometa naquilo que é a ação das forças de segurança de uma forma precisa. É uma operação no sítio A, nas circunstâncias B e com as condições C. Isto não pode ser feito por um Governo”, disse em declarações à rádio.

Fernando Negrão considera que o Governo “politizou” as ações de segurança e que a oposição “não fez o contrário”, politizando “ainda mais aquilo que foi feito”.

Sobre a operação policial no Martim Moniz, assume que a opção do Governo “não faz sentido” e que este tipo de ações, quando não tem resultados fortes, “tem uma consequência nefasta: aumentar o sentimento de insegurança”.

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Volkswagen chega a acordo com sindicato para encerrar duas fábricas na Alemanha

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

O fabricante de automóveis e os trabalhadores chegaram a acordo sobre a venda da fábrica de Osnabrück e a alteração da produção e até mesmo o encerramento da sua fábrica mais pequena em Dresden.

A Volkswagen e o sindicato IG Metall chegaram a um acordo que visa o eventual encerramento de duas das suas dez fábricas na Alemanha, poupando cerca de quatro mil milhões de euros, avançou esta sexta-feira o jornal económico Handelsblatt.

O fabricante de automóveis e os trabalhadores chegaram a acordo sobre a venda da fábrica de Osnabrück e a alteração da produção e até mesmo o encerramento da sua fábrica mais pequena em Dresden.

Este acordo, que não é definitivo, permitirá atingir o objetivo de poupança de quatro mil milhões de euros anunciada pela empresa e reduzirá as exigências do construtor automóvel, que tinha inicialmente proposto o encerramento de, pelo menos, três das suas dez fábricas no país, de acordo com a comissão de trabalhadores.

A Volkswagen e os seus trabalhadores estão em negociações coletivas desde setembro relativamente ao Acordo Coletivo e ao plano de cortes na Alemanha, num contexto de queda das vendas na China e de uma transformação mais lenta do que o previsto para a mobilidade elétrica.

A sua aproximação intensificou-se esta semana, com o início da quinta ronda de negociações na segunda-feira, que se prolongou até esta sexta, com sessões noturnas e o objetivo de chegar a um acordo antes do Natal.

Tanto a Comissão de Trabalhadores como o Conselho de Administração terão agora de aprovar o acordo de princípio, o que significa que “ainda pode falhar”, avançou o jornal alemão.

A Volkswagen tem cerca de 120.000 empregados na Alemanha e 10 fábricas: Wolfsburg, Emden, Osnabrück, Hannover, Zwickau, Dresden, Kassel, Salzgitter, Braunschweig e Chemnitz.

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Ação da PSP no Martim Moniz é “chocante e preocupante”, diz Pedro Nuno Santos

Líder socialista acusa Governo de estar focado em resolver "problemas imaginários" na sequência da ação levada a cabo pela PSP. Pedro Nuno Santos diz que "a imagem de ontem é chocante e preocupante".

Pedro Nuno Santos defende que deve haver mais policiamento de proximidade em Lisboa, mas rejeita que tal se faça com ações de fiscalização como aquela levada a cabo pela PSP esta quinta-feira, no Martim Moniz. Segundo o secretário-geral do PS, existem de facto “problemas reais, não imaginários, que têm de ser respondidos” mas nenhum se prende com a necessidade de ser feitas ações policiais como a que ocorreu ontem.

“Precisamos de policiamento de proximidade também aqui. Precisamos de instalar câmaras de videovigilância em Lisboa que já foram aprovadas. Há trabalho a fazer mas não com ações como as de ontem porque estigmatizam e tentam atribuir a uma comunidade um rótulo“, critica o líder socialista, esta sexta-feira, após um almoço com o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, no Martim Moniz.

Aludindo às imagens que circulam nas redes sociais e que mostram vários imigrantes encostados às paredes de prédios, no Martim Moniz, em Lisboa, Pedro Nuno Santos diz que “a imagem de ontem é chocante e preocupante e não diz nada sobre esta comunidade” que, segundo o próprio, estão a dar “o seu contributo ao nosso país”.

O líder socialista falava momentos depois de uma conferência de imprensa, na Assembleia da República, na qual teceu críticas ao Governo pelos mesmos motivos.

Temos um Governo que só governa para as perceções. Só que o que os portugueses precisam é de um Governo que resolva os problemas reais, não os problemas imaginários. E, portanto, sim, o Governo tem instrumentalizado as forças de segurança e o tema da segurança, pelo qual não faz nada de verdadeiramente efectivo”, disse.

Em causa está uma “operação especial de prevenção criminal” conduzida pela PSP, esta quinta-feira, na zona do Martim Moniz, considerada pelas autoridades como uma zona onde “frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas”. A operação previa ainda executar seis mandados de busca não domiciliários.

A operação resultou numa detenção de um cidadão com nacionalidade portuguesa por posse de droga e arma ilegal, além da apreensão de perto de cem artigos contrafeitos e cerca de 1.400 euros em dinheiro vivo, resultado de contrafação.

Luís Montenegro rejeitou as críticas que resultaram daquela iniciativa policial, sublinhando que quantas mais intervenções desta natureza as forças de segurança concretizarem, “melhor”.

“Há uma coisa que parece óbvia: é importante que [as operações] decorram e que haja proximidade e visibilidade no policiamento”, disse, acrescentando que “quanto maior for a capacidade fiscalizadora e capacidade de tranquilizar os cidadãos, demonstrando-lhes que a preocupação com a segurança esta assumida como prioridade, melhor”, disse o primeiro-ministro.

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Vítimas dos fogos vão ter mais tempo para pedir apoios. Há mais 51 freguesias elegíveis

"Vamos alargar o prazo”, que terminava a 31 de dezembro, e "alargar o número de freguesias suscetíveis de beneficiar dos apoios” a mais 51, disse ao ECO, Manuel Castro Almeida.

As vítimas dos incêndios que deflagraram em setembro, no centro e norte do país, vão ter mais tempo para apresentar as candidaturas a apoios à reconstrução de habitações permanentes e haverá mais 50 freguesias, em 11 novos municípios, a poder beneficiar desta ajuda, avançou ao ECO o ministro Adjunto e da Coesão Territorial.

“Como as pessoas estão a ter dificuldades em apresentar as candidaturas para a reconstrução das casas, vamos alargar o prazo”, que terminava a 31 de dezembro e “vamos alargar substancialmente o número de freguesias suscetíveis de beneficiar dos apoios”, disse ao ECO, Manuel Castro Almeida.

“Em causa estão mais 51 freguesias distribuídas por 11 novos municípios”, precisou o responsável. A lista com os 69 concelhos abrangidos foi decidida numa Resolução de Conselho de Ministros, a 18 de setembro, com base na avaliação técnica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Este alargamento resulta do facto de haver “entidades a relatar que havia freguesias afetadas que não constavam da lista publicada”, explicou Castro Almeida.

As dificuldades a que Castro Almeida se refere traduzem-se na apresentação de apenas três candidaturas à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, sendo que apenas uma foi validada, e cinco candidaturas à CCDR do Norte, como noticiou esta terça-feira o Público.

Para a reconstrução das habitações, o Estado concede um apoio a 100% para danos até 150 mil euros (com IVA incluído) e a 85% para o restante. Mas, o valor máximo por metro quadrado, para construção, reconstrução, reabilitação e aquisição de habitação, corresponde “a 75% do último valor da mediana nacional das vendas por metro quadrado de alojamentos familiares novos, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, à data da aprovação da candidatura”, precisa a portaria que define as regras de atribuição dos apoios.

A dimensão do apoio depende ainda da vistoria que a autarquia e a CCDR terão de realizar. Aprovada a candidatura, a primeira tranche do pagamento pelo Estado corresponde a 50% do valor do apoio. Os 10% da terceira e última parcela serão entregues após a validação do trabalho pela CCDR, exigindo-se comprovativo da propriedade a favor do beneficiário.

Dependente de decisão do Executivo estava ainda a fonte financiadora do apoio. No momento, os apoios avançaram com um adiantamento de 100 milhões de euros. Mas serão os fundos europeus a responder a esta ajuda, à semelhança do que aconteceu nos incêndios de Pedrógão. Mas em vez de haver apenas uma reprogramação dos programas regionais, como aconteceu em 2017, desta vez, além do Centro 2030 e do Norte 2030, o Sustentável 2030 (um programa temático nacional) também será chamado a financiar uma fatia dos apoios.

“Os apoios podem sair de ambos os programas”, admitiu Castro Almeida.

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Aumento de gastos em defesa? “Não há como evitar”, diz Montenegro

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

O país "tem condições para ter mais economia na área da defesa, para ter mais capacidade produtiva na área da defesa", defendeu o primeiro-ministro, que acredita num retorno dessa área.

O primeiro-ministro avisou esta sexta-feira que “os próximos anos serão de acréscimo de investimento” em segurança e defesa, mas defendeu que este aumento poderá ter retorno económico se for feita a aposta na indústria do setor.

“Não há como evitar. É uma questão estratégica, é uma questão estrutural, é uma questão de cumprir o compromisso do nosso país para com os nossos aliados. É, por isso, uma questão que estará no centro das decisões políticas e também estará no centro da atividade económica”, afirmou Luís Montenegro, numa intervenção perante a Força Nacional Destacada na base de Caracal, Roménia.

O chefe do Governo defendeu que o país “tem condições para ter mais economia na área da defesa, para ter mais capacidade produtiva na área da defesa”.

“Nós devemos aproveitar para desenvolver as indústrias de defesa, as indústrias conexas com as indústrias de defesa, para podermos produzir armamento, para podermos produzir munições, para podemos produzir equipamentos, viaturas, para podemos produzir todos os outros equipamentos, nomeadamente fardamentos, que temos muito conhecimento e know-how acumulado ao longo dos anos“, disse.

Montenegro defendeu que, se tal for feito, o investimento crescente na área da defesa “terá uma repercussão e um retorno por via da economia, da riqueza que se cria, por via dos empregos que se criam”.

“Se nós não fizermos isso, nós vamos gastar o mesmo dinheiro a comprar aquilo que os outros fazem, a comprar aquilo que os outros produzem”, avisou. Tal como já tinha feito no último debate preparatório do Conselho Europeu, o primeiro-ministro voltou a admitir que Portugal poderá rever o objetivo de atingir em 2029 os 2% de investimento em defesa no PIB.

“Porventura, teremos ainda de recalendarizar esse objetivo e torná-lo mais ambicioso, fruto dos nossos compromissos”, reiterou.

O primeiro-ministro visitou esta sexta as mais de duas centenas de militares portugueses das Forças Nacionais Destacadas (FND) na Roménia que integram a missão da NATO neste país, acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Nunes da Fonseca, e pelo chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Mendes Ferrão.

Nesta ocasião, aproveitou para elogiar a competência das FND, elogiadas em organizações internacionais como a NATO, ONU e União Europeia, esperando que esta dimensão seja entendida pelos portugueses.

“Porque, mesmo quando nós estamos na Roménia, como estamos agora, nós estamos a defender Portugal. Nós estamos a defender os nossos valores: os valores da paz, os valores da integralidade dos territórios dos países soberanos, os valores dos direitos humanos, os valores do direito humanitário”, salientou.

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