Autarca de Famalicão diz que há interessados em contratar trabalhadores da Coindu

  • Lusa
  • 17:29

Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão diz que "algumas empresas do concelho já manifestaram disponibilidade e interesse" em contratar trabalhadores da Coindu.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, revelou nesta sexta-feira que “algumas empresas do concelho já manifestaram disponibilidade e interesse” em contratar trabalhadores da Coindu, que avançou com um despedimento coletivo de 123 funcionários.

“Contactámos mais de duas dezenas de empresas do concelho e podemos até adiantar que destes contactos temos já algumas respostas positivas com algumas empresas a manifestarem disponibilidade e interesse para contratar alguns destes trabalhadores”, adianta Mário Passos (PSD), numa reação à decisão da empresa, enviada à agência Lusa.

O autarca lembra que Famalicão “é um concelho marcadamente têxtil” e que o tecido empresarial local “pode dar uma resposta ao nível da absorção destes recursos humanos”, que trabalhavam na empresa de componentes têxteis para o setor automóvel.

Em comunicado enviado à Lusa na quinta-feira, a Coindu de Famalicão justificou a decisão de avançar com o despedimento coletivo de 123 trabalhadores e o ‘lay-off’ de 237 com a “grave situação de crise” que enfrenta neste momento.

O presidente da câmara de Famalicão olha para “toda esta situação com natural preocupação”, acrescentando estar a “trabalhar proativamente com várias entidades do concelho para que as respostas a esta situação inesperada não demorem”.

“Desde logo com o IEFP (Centro de Emprego) — para que estes trabalhadores possam ver a sua inscrição concretizada o mais rápido possível e para que possam beneficiar rapidamente do subsídio de desemprego. Com a própria COINDU — para que as negociações com os trabalhadores sejam céleres e para que vejam cumpridos todos os seus direitos”, sublinha Mário Passos.

No comunicado remetido na quinta-feira, a Coindu refere que “deu início a dois procedimentos de reestruturação organizativa”, nomeadamente um de ‘lay-off’, que abrangerá aproximadamente “237 trabalhadores, com a duração inicial de seis meses”, e um “despedimento coletivo”, de cerca de 123 trabalhadores, “dada a inexistência de alternativas por força da atual e projetada redução de atividade”.

Segundo a empresa de componentes têxteis para o setor automóvel, a “crise automóvel na Europa é conhecida e decorre de uma confluência de fatores económicos (forte recessão económica e consequente incerteza de mercado), ambientais e regulatórios (veículos elétricos e o seu elevado custo), tecnológicos e geopolíticos (barreiras comerciais e tarifas)”.

A empresa disse depois que a situação afetou, “desde o início do ano, mais de duas centenas de trabalhadores, em média, por mês, que embora dispensados da prestação de trabalho, mantiveram a retribuição por inteiro”.

Uma situação que, afirmou, “não é comportável por mais tempo, obrigando a que a administração da Coindu se veja forçada a tomar medidas de combate à grave situação de crise empresarial, de modo a prover pela respetiva sustentabilidade e viabilidade”.

Segundo o grupo, estas medidas têm “necessariamente de passar pela readaptação, reajuste e reestruturação da atividade produtiva” da empresa, ou seja, pela redução de pessoal.

Na mesma nota, a “administração da Coindu nota e faz notar que a implementação das referidas medidas foi prévia e devidamente dada a conhecer aos trabalhadores e respetivos representantes”, apontando a sua “firme intenção” de que “ambos os procedimentos decorram com a maior transparência e serenidade” e prometendo aos trabalhadores que “serão prestadas todas as informações e esclarecimentos”.

Na quarta-feira, Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, disse à Lusa que os processos de ‘lay-off’ e despedimento coletivo foram comunicados na segunda e na terça-feira, tendo a administração considerado que se trata de uma “inevitabilidade”.

Segundo Francisco Vieira, a Coindu conta atualmente com 1.170 trabalhadores em Famalicão.

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Mudança de morada por divórcio dita perda de isenção de mais-valias na venda da casa

  • Lusa
  • 17:13

O Fisco sustenta que a isenção dos ganhos obtidos na venda se dirige a quem tenha destinado o imóvel objeto de transmissão à sua habitação própria e permanente.

Um contribuinte perde o direito a beneficiar de isenção de mais-valias em IRS da casa onde viveu até ao divórcio, se alterar a sua morada para outra habitação e mesmo que continue a pagar as prestações do empréstimo.

O caso, a que a Autoridade tributária e Aduaneira (AT) dá agora resposta, começa em 2005, ano em que um casal compra uma casa, onde vive, com as três filhas, até 2011, quando decidem separar-se.

Por acordo devidamente homologado, um dos elementos do casal fica a viver na casa com as filhas até estas ali continuarem a habitar, sendo as despesas (empréstimo, seguro condomínio e impostos) partilhadas em 50% pelo pai e mãe.

O elemento, que saiu de casa, mudou a morada para um novo imóvel (arrendado), querendo agora saber se, vendendo a casa que tinha adquirido em 2005, para poder comprar uma para si, poderia beneficiar da isenção de mais-valias em IRS que é atribuída às vendas da habitação própria e permanente – quando aplicadas numa nova casa para nela residir habitualmente.

Mas a resposta ao pedido informação vinculativa que endereçou à AT é negativa, com o fisco a sustentar que esta isenção dos ganhos obtidos na venda se dirige a quem tenha destinado o imóvel objeto de transmissão à sua habitação própria e permanente, pelo prazo mínimo de 12 meses anteriores à venda, “facto esse comprovado pela coincidência entre o domicílio fiscal e a morada do imóvel durante esse período”.

O benefício exige ainda que o valor obtido com a venda (depois de deduzidos eventuais empréstimos) seja aplicado na compra de nova habitação própria e permanente.

É, porém, no primeiro requisito que a AT baseia a sua resposta, notando que o contribuinte “apresenta um conjunto de factos que demonstram, de forma inequívoca, que já há largos anos não habita o imóvel que pretende agora transmitir”.

Neste contexto, conclui, uma vez que não habita o imóvel em causa desde 2011, os ganhos a obter pelo requerente na transmissão onerosa desse imóvel não poderão beneficiar da exclusão de tributação prevista na lei.

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Ventura propõe plataforma de entendimento com AD e IL para revisão constitucional

  • Lusa
  • 17:01

 "É uma oportunidade histórica e é o teste do algodão à AD, escolhendo se quer ficar do lado do PS ou não", disse André Ventura.

O presidente do Chega anunciou que vai propor no sábado à AD – coligação PSD/CDS e à Iniciativa Liberal uma plataforma de entendimento que sirva de base à revisão da Constituição, sem PS e outras forças de esquerda.

“É uma oportunidade histórica e é o teste do algodão à AD, escolhendo se quer ficar do lado do PS ou não”, declarou André Ventura numa conferência de imprensa.

O presidente do Chega disse que não pretende “mudar o regime” com o processo de revisão constitucional, mas considerou essencial “acabar com o comunismo e socialismo pós-revolucionário” na Lei Fundamental.

André Ventura adiantou que, entre outras linhas de ação, vai propor o fim da “carga ideológica” na Constituição, a redução do atual número de 230 deputados na Assembleia da República, a revisão das penas e a limitação dos recursos, a abertura à consagração da penalização do enriquecimento ilícito e a exigência de “maior transparência” nas medidas do Estado, designadamente em termos de concessão de subsídios.

“Queremos uma Constituição em que todos os cidadãos se revejam”, declarou, antes de salientar que, partindo do quadro político saído das eleições de domingo, “há uma oportunidade de fazer uma revisão constitucional, sem o PS e os partidos à sua esquerda”.

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Morreu Sebastião Salgado. Fotógrafo brasileiro tinha 81 anos

  • + M
  • 16:52

Sebastião Salgado ganhou nome no mundo da fotografia a nível mundial, tendo também ficado conhecido como humanista e ambientalista. Em Portugal fotografou a Revolução de 25 de abril. 

Sebastião Salgado morreu esta sexta-feira, aos 81 anos. A informação foi confirmada pela organização não-governamental (ONG) Instituto Terra, fundada pelo fotógrafo e pela sua mulher, Lélia Salgado.

“Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”, refere a ONG numa publicação no Instagram que destaca que “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo”.

Embora a causa da morte ainda não seja conhecida, Sebastião Salgado sofria de problemas de saúde crónicos relacionados com a malária, doença que contraiu nos anos 90, segundo a Folha de S. Paulo.

Fotógrafo e fotojornalista, Sebastião Salgado nasceu em 1944, em Aimorés, no interior de Minas Gerais, ganhando nome no mundo da fotografia a nível mundial, e ficando também conhecido como humanista e ambientalista. Em Portugal fotografou a Revolução de 25 de abril.

Ficou conhecido pelas suas fotos a preto e branco, com que registou a vida humana, a natureza e o trabalho.

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PAN vai insistir na consagração da proteção animal na Constituição

A líder do PAN, Inês Sousa Real, anunciou que irá apresentar um projeto de revisão constitucional para garantir na Lei Fundamental o direito de proteção animal.

O PAN irá apresentar um projeto de revisão constitucional no qual irá insistir na consagração da proteção animal na Lei Fundamental, uma ideia já defendida em 2022. A intenção foi anunciada esta sexta-feira por Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas, à saída da audiência com o Presidente da República, em Belém, sobre as condições de governabilidade.

O PAN voltará a apresentar não só propostas no âmbito da revisão constitucional, mas sempre numa lógica de aprofundamento dos direitos já existentes. Sabemos que a Constituição está por cumprir no acesso à habitação, em particular dos mais jovens (…), naquilo que são os direitos dos mais jovens a um clima estável e até mesmo o direito de proteção animal, que tem de estar consagrada na Constituição”, afirmou a líder e deputada única do PAN.

Inês Sousa Real defendeu que a visão do partido sobre a revisão constitucional é distinta “dos grandes partidos ou daqueles que querem trazer um cunho ideológico para a mesma”.

Queremos garantir sim que a Constituição é atualizada do ponto de vista do século XXI quer naquilo que é a sua visão humanista, quer nas preocupações com o ambiente ou a empatia com os outros seres. Não iremos alinhar numa visão economicista ou privatística do Estado porque não nos parece que seja isso que os portugueses querem”, afirmou.

A IL e o Chega já anunciaram que irão abrir um processo de revisão constitucional, para o qual é necessário dois terços da Assembleia da República. Nesta aritmética, o PS deixa de ter um papel determinante, uma vez que a direita toda junta reúne essa condição.

Na legislatura da maioria absoluta de António Costa, o Parlamento iniciou um processo de revisão da Constituição, interrompido em novembro de 2023 após o anúncio de dissolução do Parlamento. A Lei Fundamental foi revista pela sétima e última vez em 2005, através do aditamento de um novo artigo, que permitiu a realização de referendo sobre a aprovação de tratado que visasse a construção e o aprofundamento da União Europeia.

JPP de “coração aberto” para resolver problemas que afligem as “ilhas” sociais

As audiências do Presidente da República que decorreram ao longo dos últimos três dias fecharam com o JPP, o novo partido com assento parlamentar, vindo da Madeira.

Estamos aqui com o coração aberto para resolver problemas que afligem as diferentes ilhas que assolam este país. Não são ilhas só do ponto de vista geográfico, são jovens que não conseguem emprego quando acabam os estudos, idosos completamente marginalizados, doentes que morrem à porta dos hospitais, uma classe média completamente empobrecida”, afirmou Filipe Sousa, o deputado eleito pelo JPP, que entrou no parlamento com 0,34% dos votos.

Questionado pelos jornalistas sobre a questão da revisão constitucional, Filipe Sousa recordou que uma das propostas do partido “passava pela extinção dos polícias que são os representantes das regiões autónomas”, considerando que já existe “maturidade política suficiente e democracia suficiente” para que o Estado o reconheça.

Os encontros de Marcelo Rebelo de Sousa com os partidos são retomados na próxima semana, mas apenas com a AD, PS e Chega. A Constituição prevê que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

A AD venceu com 32,1% dos votos, a que se somam mais 0,62% dos três deputados eleitos pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores. No total, elegeu 87 parlamentares. Quando falta atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo partido mais votado, com 23,38% dos votos, com 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

Segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2% e seis parlamentares. A CDU, com 3,03% dos votos elegeu três deputados, enquanto o BE com 2% e o PAN com 1,36% elegeram uma deputada cada.

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VML Branding assina cinco marcas de turismo na Arábia Saudita

  • + M
  • 16:33

A agência do grupo WPP especializada na criação de sistemas de identidade desenvolveu as marcas Fly Red Sea, WAMA, Galaxea, Akun e Botanica, da empresa saudita Red Sea Global.

A VML Branding está a desenvolver várias marcas na área do turismo na Arábia Saudita. Em parceria com o grupo empresarial saudita Red Sea Global, a agência portuguesa já criou cinco marcas: a Fly Red Sea, a WAMA, a Galaxea, a Akun e a Botanica.

A VML Branding tem “vindo a consolidar a parceria com a Red Sea Global, um importante agente na área do turismo regenerativo de luxo na Arábia Saudita. É um enorme orgulho poder colaborar com um player tão relevante no setor, que tem contribuído de forma decisiva para a criação de uma nova identidade para o turismo do país, em linha com os ambiciosos objectivos da Visão 2030”, diz Pedro Gonzalez, managing director da VML Branding, citado em comunicado.

O Botanica, o mais recente projeto da agência do grupo WPP especializada na criação de sistemas de identidade, consiste num horto com 1.000.000 m2, no meio do deserto, onde plantas autóctones e de outras origens são “plantadas e treinadas para sobreviver naquele ambiente desafiante do Mar Vermelho”, com o objetivo de ajudar a “redefinir a paisagem dos destinos turísticos que a Red Sea Global ali está a criar”.

“A marca procurou refletir o percurso de cada planta — emergindo da adversidade, adaptando-se e florescendo contra todas as probabilidades — e, por isso, a identidade cresce organicamente a partir de uma única semente. A linguagem visual baseia-se em formas naturais e tons vibrantes de verde, simbolizando crescimento e renovação“, explica-se em nota de imprensa.

Já para o WAMA, num “projeto pioneiro que visa criar aventuras náuticas”, a VML desenvolveu uma marca cujo nome resulta da combinação das palavras água em inglês (WA) e em árabe (MA).

“O logótipo joga com o reflexo da palavra WA na superfície das águas do Mar Vermelho, que espelha MA, resultando em WAMA. Através desta ideia de reflexo na água, foi criada uma tipografia especial e todas ilustrações e layouts adotam esta linguagem, criando uma comunicação significativa que apela ao conceito ‘sea yourself’“.

Tendo por base a experiência de mergulho no Mar Vermelho, a VML Branding criou também a Galaxea, uma marca “dedicada a proporcionar experiências de desportos aquáticos, cujo logótipo combina elementos gráficos técnicos, como a bússola e o mapeamento, com a figura simbólica de uma tartaruga”.

A exclusividade e o lado tecnológico da marca refletem-se na sofisticada paleta de cores, baseada no padrão do logótipo e numa tipografia personalizada que, em conjunto, criam um layout exclusivo para as várias aplicações – impresso e motion“, explica-se em nota de imprensa.

A marca de aventura Akun, por sua vez, conta com uma “identidade que desafia através de inúmeras experiências ao ar livre e que apela à preservação do ambiente com uma simbologia inspirada na Terra, Água e Céu“.

No caso da Fly Red Sea, a primeira marca desenvolvida pela equipa portuguesa, trata-se de uma marca de aviação que “pretende elevar a excelência da experiência no Mar Vermelho e que se inspirou nas águas calmas deste lugar único“.

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Carris quer criar até 2030 novo plano de rede para melhorar transporte em Lisboa

  • Lusa
  • 16:24

A atual rede da Carris, denominada de "Rede 7", foi implementada em 2006. O presidente da empresa, Pedro Bogas, reconheceu que a atual rede da Carris "não tem acompanhado a dinâmica da cidade".

A Carris pretende implementar até 2030 um novo plano de rede, de forma a melhorar o serviço de transporte e a mobilidade na cidade de Lisboa, informou esta sexta-feira o presidente do conselho de administração da empresa.

A informação foi prestada por Pedro Bogas, no decorrer de uma audição realizada pela 8.ª comissão permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, sobre a atividade da empresa, no âmbito de uma recomendação apresentada pela Iniciativa Liberal.

A atual rede da Carris, denominada de “Rede 7”, foi implementada em 2006. Pedro Bogas reconheceu perante os deputados da comissão que a atual rede da Carris “não tem acompanhado a dinâmica da cidade e os percursos de mobilidade”, justificando a necessidade de ser implementado um novo.

Contudo, o responsável alertou para o facto de se tratar de um “processo muito complexo” e de “difícil implementação”, estimando que se inicie em 2026 e esteja concluído em 2030. Durante a audição, o presidente da Carris reconheceu também a existência de vários problemas que afetam o serviço de transporte, nomeadamente a lacuna de painéis informativos nas paragens e os atrasos de muitas carreiras.

Segundo dados do relatório e contas da Carris de 2024, a velocidade média de circulação dos autocarros e elétricos tem vindo a diminuir, situação que é justificada com excesso de trânsito, mau estacionamento, ocupação indevida das faixas BUS e obras na cidade de Lisboa.

Na terça-feira, em comunicado, a Carris tinha dado conta de que em pouco mais de seis meses foram registadas mais de 3.000 infrações por utilização indevida das paragens e dos corredores BUS, em operações desenvolvidas pelas forças de segurança. No entanto, segundo Pedro Bogas, brevemente essas ações de fiscalização irão ser realizadas novamente por agentes da Carris, uma vez que a empresa dispõe, desde 2018, dessa competência.

O responsável adiantou que também neste âmbito, em articulação com a Câmara de Lisboa, a Carris está a desenvolver um conjunto de outras ações que passam, nomeadamente, “pela criação de novos corredores BUS e pela implementação de prioridade semafórica nos cruzamentos mais relevantes”.

Relativamente aos painéis informativos nas paragens, reconheceu que o processo de aquisição será “gradual”, mas que serão mais adaptados à realidade atual. Sobre novas carreiras e projetos, Pedro Bogas referiu um estudo que está a ser desenvolvido para a criação de uma linha de elétrico que ligue as zonas da Alta de Lisboa a Entrecampos e o Terreiro do Paço ao Parque Tejo, o designado 16 E, em canal dedicado.

Relativamente à ligação entre a Alta de Lisboa e Entrecampos, o presidente da Carris ressalvou que este projeto ainda está em fase de estudo, mas manifestou-se confiante de que terá “uma boa procura”, uma vez que se encontra numa zona com pouca oferta. Já sobre o projeto do designado 16 E, que já tinha sido apresentado publicamente, Pedro Bogas indicou apenas a calendarização prevista, apontando a sua conclusão para 2028.

No dia 01 de abril deste ano, a Carris tinha anunciado que o Terreiro do Paço, em Lisboa, e o Parque Tejo, em Loures, iriam ficar ligados a partir de 2028 através de um elétrico em canal dedicado, num investimento de 160 milhões de euros. O elétrico 16 E integra-se no desenvolvimento do projeto designado Linha Intermodal Sustentável (LIOS), sem data prevista de conclusão.

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Novo apoio à eficiência energética para famílias vulneráveis entra em vigor em junho

O E-Lar, programa dirigido a famílias vulneráveis e com o objetivo de melhorar a eficiência energética nas casas, vai ter início no próximo mês.

O programa de apoio E-Lar, que quer promover a eficiência energética nas casas, vai ter início no próximo mês de junho, informou, esta quinta-feira, o ministério do Ambiente, através de um comunicado.

O programa pretende promover o conforto térmico nas habitações através da substituição de eletrodomésticos ineficientes e de equipamentos a gás por equipamentos elétricos mais eficientes e sustentáveis. É dirigido, em particular, a famílias vulneráveis, isto é, aos beneficiários da tarifa social de energia e de prestações sociais mínimas.

Para concretizar este objetivo, o programa conta com um financiamento total de 100 milhões de euros, dos quais 90 milhões provêm do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e 10 milhões do Fundo Ambiental.

O E-Lar deverá estar em vigor durante um ano, até junho de 2026, data na qual vai ter início outro programa, o Fundo Social para o Clima. Este instrumento terá uma dotação de 1,6 mil milhões de euros, “assegurando um apoio estruturado e de largo alcance à justiça social na ação climática”, lê-se no comunicado.

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Zelensky anuncia ter recuperado 390 prisioneiros de guerra na Rússia

  • Lusa
  • 16:06

"A primeira fase do acordo de troca de 1.000 pessoas por outras 1.000 foi concluída", anunciou Zelensky, que espera que "a troca continue [a realizar-se] no sábado e no domingo".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta sexta-feira que a Ucrânia recuperou 390 pessoas que estavam na Rússia como prisioneiras de guerra, na primeira etapa de um acordo que prevê a troca de 1.000 presos de cada lado.

“A primeira fase do acordo de troca de 1.000 pessoas por outras 1.000 foi concluída”, anunciou nas redes sociais, acrescentando esperar que “a troca continue [a realizar-se] no sábado e no domingo”. As autoridades russas avançaram, pouco antes, terem sido trocados 270 militares e 120 civis na sequência de um acordo, realizado na Turquia na semana passada.

Segundo o Ministério da Defesa de Moscovo, os russos libertados pela Ucrânia já se encontram na Bielorrússia, a receber os cuidados médicos e psicológicos iniciais.

A Presidência russa (Kremlin) adiantou que esta “troca em grande escala” vai continuar “nos próximos dias”, embora nenhum dos lados tenha definido um prazo para a concretização das transferências de prisioneiros.

O acordo entre as duas partes em guerra aconteceu na semana passada em Istambul, na Turquia, onde tinham decorrido as primeiras conversações entre Moscovo e Kiev nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia, em 2022.

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Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo Porto, abdica do lugar de deputado

O médico apontado para ministro da Saúde de Pedro Nuno Santos decidiu manter-se na Unidade Local de Saúde de São João, no Porto, porque entende que é "a melhor forma de defender o SNS".

O ex-diretor do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cabeça de lista do PS pelo Porto, Fernando Araújo, não irá assumir o lugar de deputado na Assembleia da República, após a hecatombe eleitoral para as legislativas que os socialistas sofreram na noite de 18 de maio.

O médico, apontado para ministro da Saúde de um governo de Pedro Nuno Santos, vai manter-se na Unidade Local de Saúde de São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, porque entende que é “a melhor forma de defender o SNS”, segundo um comunicado que o próprio enviou à agência Lusa.

“Após uma reflexão cuidada e uma ponderação pessoal, entendi que a melhor forma de continuar a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seria manter-me na ULS São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário, não assumindo, por isso, o lugar de deputado na Assembleia da República”, escreve Fernando Araújo no comunicado.

O médico começa a nota com um agradecimento a Pedro Nuno Santos, que deixou a liderança do PS na sequência do resultado das eleições legislativas. “Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer ao Pedro Nuno Santos a confiança e a abertura do Partido Socialista ao convidar-me para liderar a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto”, lê-se na nota daquele que era apontado como potencial ministro da Saúde em caso de vitória socialista.

Fernando Araújo diz que, “ao longo da campanha, em cada evento, praça ou conversa anónima”, sentiu “o carinho de tantas pessoas” e que recebeu “sugestões valiosas que demonstram que a participação cívica está viva no nosso país”.

No entanto, preferiu não seguir um caminho político. “Acredito num SNS com os melhores profissionais de saúde, motivados, com um projeto de vida, e que seja acessível a todos os portugueses, independentemente da condição económica ou estatuto social, orientado exclusivamente pelas suas necessidades clínicas”, defende.

No mesmo comunicado, o médico garante que “o PS contará com uma excelente representação parlamentar pelo distrito do Porto, que se irá fazer ouvir na defesa dos valores preconizados neste projeto”. Com a desistência de Fernando Araújo, cabeça de lista pelo círculo do Porto, Sofia Pereira, líder da JS, será a primeira a assumir o lugar de deputado por aquele distrito.

O ex-diretor da Direção-Executiva do SNS, que foi secretário de Estado adjunto e da Saúde quando Adalberto Campos Fernandes era ministro, liderou a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto das Legislativas de domingo, tendo sido o primeiro de 11 deputados eleitos por este círculo eleitoral.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A AD – coligação PSD/CDS ganhou as legislativas de 18 de maio, conquistando 89 lugares. Quando ainda faltam atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo partido mais votado, com 23,38% dos votos, com 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

Segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2% e seis parlamentares. A CDU, com 3,03% dos votos elegeu três deputados, enquanto o BE com 2% e o PAN com 1,36% elegeram uma deputada cada. O JPP, da Madeira, entrou no Parlamento com 0,34% dos votos em termos nacionais e um parlamentar.

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Tempestade nas bolsas após Trump ameaçar UE com mais tarifas

Ações de fabricantes automóveis lideram quedas após ameaça tarifária de 50% dos EUA sobre a União Europeia, mas é sobre o dólar e a dívida dos EUA que a ameaça de Trump está a ter mais efeito.

Uma simples publicação nas redes sociais foi suficiente para Donald Trump desencadear mais uma autêntica tempestade nos mercados financeiros globais esta sexta-feira. Através da rede social Truth Social, o presidente norte-americano anunciou a intenção de impor tarifas de 50% sobre todas as importações da União Europeia a partir de 1 de junho, classificando o bloco europeu como “muito difícil de lidar” nas negociações comerciais.

O impacto foi imediato. O índice de volatilidade VIX, conhecido como o “índice do medo” de Wall Street, disparou mais de 20%, atingindo os 25,18 pontos, o valor mais elevado em mais de duas semanas. Os mercados acionistas europeus entraram em queda livre, com o DAX alemão a recuar 2,7% e o Stoxx 600 europeu a perder 2% após ter estado a negociar com pouca oscilação durante a manhã.

As empresas europeias mais expostas ao mercado norte-americano estão também a ser as mais penalizadas esta sexta-feira. É o caso dos fabricantes automóveis alemães, como a Porsche, a Mercedes e BMW, que já estiveram a recuarem mais de 4%; as empresas de semicondutores, como a STMicroelectronics, que perde mais de 4%, e também a fabricante de óculos de sol EssilorLuxottica, que afunda 5,5%.

Do outro lado do Atlântico, os principais índices norte-americanos abriram em queda, com o Dow Jones e o S&P 500 a caírem cair 0,9% e 1%, respetivamente, enquanto o tecnológico Nasdaq começou a sessão a perder 1,3%.

As Bunds a 10 anos negoceiam com uma taxa média pondera de 2,56%. Já a obrigação do Tesouro norte-americano a 10 anos regista um aumento de quase 5 pontos base da yield.

O anúncio de Trump provocou também movimentos contraditórios nos mercados obrigacionistas. Enquanto as yields das obrigações europeias afundaram como resultado de uma corrida por parte dos investidores, as yields americanas seguiram a trajetória inversa.

Atualmente, a curva de rendimentos da Alemanha revela que os títulos de dívida do Tesouro alemão, por exemplo, negoceiam com as yields a caírem entre 7 e 9 pontos base. As Bunds a 10 anos negoceiam com uma taxa média pondera de 2,56%. Já a obrigação do Tesouro norte-americano a 10 anos regista um aumento de quase cinco pontos base da yield, estando atualmente a negociar nos 4,5%, enquanto as obrigações a 30 anos mantêm-se a negociar acima dos 5%, próxima dos máximos de outubro de 2023.

Este movimento aparentemente paradoxal reflete as preocupações crescentes dos investidores com a saúde fiscal dos EUA. A recente aprovação pelo Congresso do plano fiscal de Trump, que poderá aumentar a dívida federal em cerca de 3,8 biliões de dólares ao longo da próxima década, já tinha pressionado as yields americanas em alta durante a semana.

Dólar perde força e ouro dispara

Também em resposta ao mais recente “post” de Trump está a reagir a moeda verde. O dólar está a resvalar mais de 0,5% contra um cabaz de seis moedas (em que está incluído o euro e o iener), posicionando-se para uma perda semanal de 1,1%, ao mesmo tempo que o dólar caminha para a primeira descida semanal em cinco semanas face ao euro e ao iene.

Esta fraqueza do dólar surge apesar do aumento das yields americanas, numa clara demonstração de que os investidores estão a abandonar os ativos norte-americanos.

Num movimento inverso surge o ouro, que está a beneficiar desta fuga dos investidores para ativos de refúgio, estando a valorizar 1,4% para 3.341 dólares, aproximando-se dos recordes históricos estabelecidos no mês passado.

Além das ameaças à União Europeia, Trump dirigiu também as suas críticas à Apple, ameaçando impor tarifas de 25% sobre os iPhones que não sejam fabricados nos Estados Unidos. “Informei há muito tempo Tim Cook da Apple que espero que os seus iPhones vendidos nos EUA sejam fabricados e construídos nos EUA, não na Índia ou noutro local qualquer”, escreveu Trump na Truth Social.

As ações da gigante tecnológica estão a cair 2,8% depois de já terem estado a desvalorizar 3,5%, pouco tempo antes da abertura de Wall Street, refletindo as preocupações dos investidores sobre o impacto destas medidas nos custos de produção da empresa.

Com as negociações entre os EUA e a União Europeia aparentemente num impasse, e com Trump a classificar o bloco europeu como tendo sido “formado com o objetivo principal de tirar vantagem dos EUA no comércio”, os mercados preparam-se para um período prolongado de volatilidade.

Esta nova escalada representa uma viragem dramática face ao período de relativa calma que se seguiu à “pausa de 90 dias” anunciada em abril, quando Trump recuou das tarifas mais agressivas inicialmente impostas. Os mercados tinham recuperado nas últimas semanas com a esperança de que as tensões comerciais pudessem ser resolvidas através de negociações.

A ameaça de novas tarifas levou os mercados a apostarem numa maior flexibilização monetária por parte do Banco Central Europeu. Os mercados monetários passaram a descontar 65 pontos base de cortes adicionais em 2025, o que implica três reduções de 25 pontos base nas restantes cinco reuniões programadas do BCE.

Esta mudança de expectativas reflete as preocupações sobre o impacto económico que as tarifas poderão ter na Zona Euro, particularmente num momento em que os dados económicos europeus já mostravam sinais de fraqueza.

Com as negociações entre os EUA e a União Europeia aparentemente num impasse, e com Trump a classificar o bloco europeu como tendo sido “formado com o objetivo principal de tirar vantagem dos EUA no comércio”, os mercados preparam-se para um período prolongado de volatilidade.

A implementação efetiva destas tarifas poderá marcar o início de uma nova fase da guerra comercial global, com consequências imprevisíveis para a economia mundial.

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Filas de imigrantes nos serviços consulares são “problema limitado”, diz Leitão Amaro

  • Lusa
  • 15:33

"Isto é um problema limitado" que "não ultrapassa 10 a 15 mil pessoas", um volume que os serviços têm capacidade de dar resposta, explicou o governante,

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou esta sexta-feira que as filas de espera de imigrantes dos serviços consulares constituem “um problema limitado”, que resulta das novas exigências de verificação de documentos.

“Isto é um problema limitado” que “não ultrapassa 10 a 15 mil pessoas”, um volume que os serviços têm capacidade de dar resposta, explicou o governante aos jornalistas, à margem de uma visita ao Instituto Nacional de Estatística.

Em condições normais, os serviços consulares conseguem atender quatro a cinco mil pessoas por semana, mas as filas verificaram-se porque quando a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) pediu os registos criminais certificados não havia capacidade de resposta.

Os imigrantes “correram para os serviços consulares” e isso coincidiu com um momento em que os serviços consulares de Lisboa “não estavam a funcionar por causa de uma investigação judicial que estava a decorrer”, explicou o ministro. Países como o Nepal ou Angola não estão abrangidos pela Convenção de Haia e a legislação portuguesa passou a exigir que os registos criminais dos seus países sejam validados.

Têm de apresentar o registo criminal de origem e tem de ser verificado pelas autoridades nacionais”, explicou o governante, considerando que este caso deve-se ao facto também de “as regras estarem a ser aplicadas e a verificação de documentação estar ser feita”.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu que o Governo iria assegurar um horário alargado para aliviar as longas filas que se têm registado nos últimos dias nas instalações dos serviços consulares que tentam regularizar a sua situação. Sem adiantar qual será o horário alargado, Rangel assegurou apenas que “o alargamento será substancial” e apelou a que se mantenha “a tranquilidade e a calma”.

Também as equipas de atendimento serão reforçadas, tanto em Lisboa, onde as instalações entretanto já reabriram, “como no Porto”. Estas medidas, explicou o ministro, “não vão resolver a situação de um momento para o outro”, mas deverão conseguir “progressivamente estabilizar a situação”.

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