Dois terços do orçamento da Justiça é para pagar salários

Do total de dois mil milhões de euros, cerca de dois terços destinam-se a pagar salários – um total de mil e 200 milhões de euros, o que representa uma subida de quase 4% face a 2024.

Prisões com problemas no abastecimento de água, edifícios sem condições físicas para acolher funcionários, carrinhas de transporte de presos avariadas a caminho do tribunal, elevadores parados em edifícios de tribunais com sete andares. A que se juntaram as greves de mais de um ano dos funcionários judiciais, dos guardas prisionais, dos profissionais de registos e dos técnicos de reinserção social. Este foi o cenário descrito pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice – quando tomou posse a 2 de abril – e que esta quarta-feira discute, na especialidade, o Orçamento do Estado para a Justiça, com os deputados.

“Foi grande a surpresa ao descobrir que o Fundo de Modernização da Justiça – destinado a promover projetos de modernização da Justiça – tinha sido esvaziado dos seus 20 milhões de euros, para pagar salários e que não mais tinham sido repostos”, disse ainda. “A lista de audiências concedidas a Presidentes de Câmara que vinham cobrar promessas era enorme.

De herança que recebeu do Governo socialista, Rita Júdice falou ainda de um conjunto de diplomas que “aprovavam investimentos que nunca foram concretizados. Nem os novos Tribunais, nem as novas cinco prisões, apesar das cerimónias de lançamento de 1ª pedra, vieram a conhecer a luz do dia”.

Mas, garantiu que o problema da água da prisão de Vale de Judeus “está em fase final de resolução, que os serviços prisionais receberam novas carrinhas celulares e a aquisição de mais está em curso, que foram tomadas providências para que os elevadores do Palácio da Justiça de Lisboa voltassem a funcionar e decidida a substituição dos que estão obsoletos”.

E concluiu dizendo que já foram celebrados acordos com os guardas prisionais e com os funcionários judiciais. “As carreiras começaram a ser revistas, as promoções descongeladas. Foram aprovados novos recrutamentos para os tribunais e para as prisões. Noutros casos, apresentámos um calendário para trabalhar – como a revisão da carreira dos Técnicos de Reinserção Social, agendada para 2025 (no acordo plurianual de valorização dos trabalhadores da administração pública) “, explicou.

Um orçamento para as pessoas, diz MJ

Do total de dois mil milhões de euros, cerca de dois terços destinam-se a pagar salários – um total de mil e 200 milhões de euros, o que representa uma subida de quase 4% face ao valor estimado para a execução de 2024. “Para a revisão das carreiras dos Oficiais de Justiça reservámos cinco milhões de euros. Para o Corpo da Guarda Prisional: 14 milhões de euros. Para os trabalhadores da Polícia Judiciária (que acolheu 1500 funcionários do antigo SEF), foram reservados 40 milhões de euros pelo exercício de funções em condições de risco, insalubridade e penosidade”, disse a ministra.

“Não o digo como lamento. Pagar salários a juízes dos tribunais administrativos, a procuradores, a funcionários judiciais, a advogados oficiosos, a guardas prisionais, a técnicos de reinserção social, a conservadores, a oficiais de registo, a técnicos de medicina legal, a inspetores da Polícia Judiciária e a todos os profissionais que desempenham funções na Justiça não é motivo de queixume. É dinheiro bem gasto. Foi pelas Pessoas que começámos a desenhar o Orçamento da Justiça”, acrescentou.

Para isso, relembrou os novos recrutamentos (como com a contratação em curso de 570 Oficiais de Justiça e de 225 Guardas Prisionais, entre outros.), o concurso de 570 Oficiais de Justiça e a valorização das remunerações, revisão de estatutos e de sistema de avaliação (dos Oficiais de justiça, dos Guardas prisionais) e em formação (de novos conservadores dos registos, por exemplo).

“Motivar as pessoas que trabalham na Justiça, dar-lhes condições para trabalharem de forma mais produtiva é a nossa grande prioridade para 2025, dando seguimento às decisões de base por nós tomadas em 2024. Não há Reforma da Justiça que resista a profissionais judiciários desmotivados, mal pagos ou sem condições físicas para trabalhar. Queremos dar futuro às profissões judiciárias”, disse ainda Rita Júdice.

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Braga bate rivais da Áustria e Finlândia e ascende a Capital Europeia da Inovação em Ascensão

Braga vence competição promovida pela União Europeia que premeia as cidades que melhor alavancam a inovação para ganharem ambientes urbanos mas sustentáveis e resilientes.

A cidade de Braga venceu a categoria de Capital Europeia da Inovação em Ascensão na décima edição dos Prémios da Capital Europeia da Inovação. A competição, também conhecida por iCapital, tinha premiado nos três anos anteriores duas cidades escandinavas e uma dos Países Baixos. Este ano, a capital do Minho superou dois concorrentes igualmente do Centro e Norte da Europa.

A iniciativa da União Europeia distingue, como categoria máxima, a Capital Europeia da Inovação, cujo vencedor foi igualmente anunciado na cerimónia desta quarta-feira decorrida na Web Summit em Lisboa, cidade vencedora da competição em 2023.

Com esta distinção, Braga irá receber 500 mil euros, enquanto as duas concorrentes diretas são contempladas com 50 mil euros, cada. Já no prémio principal, o valor atribuído pela organização é de 1 milhão de euros, com os segundo e terceiro classificados a receberem 100 mil euros, cada. Todos os finalistas acedem à rede iCapital Alumni.

O prémio comunitário, apoiado pelo Conselho Europeu de Inovação e pelo Horizon Europe, reconhece as cidades que se destacam no ecossistema de inovação local e na promoção de ideias disruptivas, promovendo a ligação do público ao meio académico, empresas e setor público, objetivos alinhados com a Nova Agenda Europeia da Inovação.

Na categoria de Capital Europeia da Inovação em Ascensão, Braga foi antecedida, entre 2023 e 2021, por Linkoping (Suécia), Haarlem (Países Baixos) e Vantaa (Finlândia), respetivamente.

Antes de chegar à final, onde enfrentou a cidade austríaca de Linz e a finlandesa de Oulu, a capital do Minho teve de superar ainda Brugge (Bélgica), Leiden (Países Baixos) e Tartu (Estónia).

O prémio iCapital é promovido em Portugal pela Agência Nacional de Inovação.

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Desativações de contas no X atingem pico no dia a seguir às eleições nos EUA

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  • 13 Novembro 2024

O pico de desativações, superior a 280 mil, foi registado a nível global a 6 de novembro, um dia a seguir às eleições. Só no nos EUA abandonaram a rede cerca de 115 mil pessoas.

Cerca de 281.600. Foi este o número de utilizadores que desativaram as suas contas na rede social X (ex-Twitter) através da web a 6 de novembro, o dia a seguir ao da eleição de Donald Trump para a Casa Branca.

Este pico de desativações compara com o de cerca de 200 mil pessoas que abandonaram o Twitter (como ainda era chamado na altura) ao longo de um fim de semana, quando Elon Musk comprou a rede social. Desde aí, no entanto, houve outros dias com mais de 200 mil desativações. Estes dias coincidem com após controvérsias a envolver o dono da rede.

Em proporção, este efeito de desistências foi ainda mais expressivo nos EUA, com cerca de 115 mil pessoas a desativarem as suas contas nos EUA através da web nesse dia, o número mais alto desde que Elon Musk adquiriu a plataforma em 2022. A análise foi feita pela Similarweb.

O pico anterior — de cerca de 65 mil — foi registado no dia 15 de dezembro de 2023, após a decisão de Elon Musk de restaurar a conta de Alex Jones, um teórico da conspiração de extrema-direita que foi condenado pela justiça norte-americana.

Por outro lado, depois de ter estabelecido um recorde em termos de tráfego no próprio dia das eleições, com 42,3 milhões de visitas nos EUA, o X registou ainda uma subida de 10% no dia seguinte, para 46,5 milhões, mais do que em qualquer outro dia desde o ano passado. É um aumento de 38% face à média a um dia normal dos últimos meses.

A nível global, 6 de novembro foi o segundo dia deste ano com maior tráfego no site do X, com 173,3 milhões de visitas, um pouco abaixo das 175,5 milhões registadas em 14 de julho, um dia após a tentativa de assassinato de Donald Trump.

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Trabalho temporário dispara 10% entre agosto e setembro

Foram colocados 2.895 trabalhadores em contratos de trabalho temporário em setembro, mais 10% do que em agosto e o "melhor mês do ano, até ao momento", segundo APESPE-RH.

O trabalho temporário cresceu entre agosto e setembro em Portugal, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH). Em causa está um salto de 10%. Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre, verificou-se um decréscimo ligeiro em cadeia.

Comecemos pelos dados mensais. Segundo o barómetro feito pela APESPE-RH em parceria com o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), em setembro foram colocados 2.895 trabalhadores em contratos de trabalho temporários, mais 10% do que em agosto e o “melhor mês do ano, até ao momento“.

Ainda assim, no conjunto do terceiro trimestre, houve uma redução em cadeia. Foram colocados, no total, 90.291 trabalhadores, menos 337 pessoas do que no trimestre anterior. É o corresponde a um recuo de 0,4% face ao segundo trimestre.

E também em termos homólogos verificou-se um recuo, mostram os dados. “No total, a diminuição no número de colocações no terceiro trimestre trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -10,44% (100.819 em 2023 vs. 90.291 em 2024)”, sublinha a APESPE-RH.

Ainda assim, a associação considera que se verificam sinais positivos, uma vez que, desde o início do ano, o trabalho temporário vinha crescendo (no primeiro e segundo trimestres).

Já relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, entre 24% a 26% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos. “Também é significativa (cerca de 21%) a percentagem de colocados com idades entre os 25 e os 29 anos”, observa a APESPE-RH.

O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas de trabalhadores com contrato de trabalho temporário (entre 58% a 59% no terceiro trimestre do ano).

E as empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis continuaram em primeiro lugar. Já as empresas de atividades auxiliares dos transportes assumem o segundo lugar nos setores de atividade do trabalho temporário no mês de julho e agosto, representando cerca de 7% a 9%. Por outro lado, as empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades ficaram o segundo lugar no mês de setembro.

Em julho e agosto, a terceira posição é ocupada pelas empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades (5% a 6%) e no mês de setembro este lugar pertence às empresas de atividades auxiliares dos transportes (8%).

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“O panorama de pagamentos é hoje muito mais digital”

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  • 13 Novembro 2024

Teresa Mesquita, Administradora Executiva e COO da SIBS, esteve na Web Summit esta quarta-feira, e sublinhou a importância do primeiro projeto de interoperabilidade apresentado esta manhã.

“Este foi um dia muito entusiasmante aqui na Web Summit”, começou por dizer Teresa Mesquita, em referência às “primeiras transações além-fronteiras entre MB WAY, Bizum e Bancomat” demonstradas esta manhã na cimeira tecnológica. A Administradora e Chief Operations Officer (CCO) da SIBS lembrou que, nos últimos anos, o comportamento e as expectativas dos consumidores e dos comerciantes tem vindo a mudar e, com isso, também a forma como fazemos pagamentos se alterou. “O panorama de pagamentos é hoje muito mais digital”, afirmou.

“Estas tendências são muito impactadas pela alteração de comportamentos e necessidades dos consumidores e dos negócios, que usam tecnologias hoje disponíveis como o contacless, códigos QR e transações imediatas para permitir uma mudança grande na forma como fazemos pagamentos”, considerou.

A par com alterações regulatórias na Zona Euro, a criação de novas infraestruturas de pagamentos que atravessam fronteiras serão “um catalisador da inovação que já está a acontecer”, garantiu a responsável. Para Teresa Mesquita, os avanços vão continuar “em ritmo acelerado” e isso deixa a SIBS “muito, muito positiva em relação ao futuro que nos espera”.

O mercado dos pagamentos digitais é core para a fintech portuguesa, que foi pioneira na Zona Euro quando lançou o MB WAY, que é hoje a “app preferida de pagamentos em Portugal, que conecta mais de seis milhões de utilizadores”. “Temos visto um crescimento enorme. É usado regularmente pelos utilizadores 12 vezes por mês, o que demonstra bem a importância que tem para os clientes MB WAY”, destacou.

Com olhos postos no futuro, a empresa definiu uma estratégia assente em duas dimensões. Por um lado, continuar a investir na evolução do MB WAY em território nacional e, por outro, “alargar e atingir outros países, permitindo aos utilizadores transferirem dinheiro entre fronteiras”. Dar corpo à estratégia implica lançar novas funcionalidades numa base regular, como uma das mais recentes, o MB WAY eco, que “permite pagar nos terminais em loja sem que um recibo físico seja emitido”. É uma forma de simplificar as transações e proteger o ambiente.

Queremos que a nossa experiência com os códigos QR cada vez mais desenvolvida, porque temos percebido que muitos negócios têm visto esta como uma forma positiva de começar a aceitar pagamentos de forma muito simples”, afiançou Teresa Mesquita.

Sobre o projeto EuroPA – European Payments Alliance, a COO da SIBS não tem dúvidas de que a primeira transação realizada entre Portugal, Espanha e Itália foi “um momento enorme”. Apesar do projeto tecnológico que suporta a solução ter sido “concretizado numa janela temporal relativamente curta”, o sucesso foi alcançado e a empresa assume-se “muito, muito otimista em relação aos resultados”.

Acreditamos que vamos continuar a conectar mais soluções, que vamos continuar a investir nos standards que são necessários para garantir a interoperabilidade com outras soluções no futuro e, com isso, criar mais relevância e casos de uso para os nossos utilizadores”, sublinhou.

Continue a acompanhar no ECO a presença e atividade da SIBS na Web Summit 2024, que termina esta quinta-feira, dia 14.

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Montenegro explica OE2025 em Castelo Branco esta quinta-feira

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

A iniciativa “Orçamento do Estado para 2025: Portugal no bom caminho”, que contará com a presença de vários ministros em todos os distritos do país, termina a 22 de novembro.

O presidente do PSD e primeiro-ministro abre na quinta-feira, em Castelo Branco, uma iniciativa conjunta com o CDS-PP de explicação e debate do Orçamento do Estado, que contará com a presença de vários ministros em todos os distritos do país. A iniciativa, intitulada “Orçamento do Estado para 2025: Portugal no bom caminho”, terminará a 22 de novembro.

“Esta é uma iniciativa conjunta entre o PSD e o CDS-PP, conta com a presença dos ministros de diferentes áreas governativas, cobre todos os distritos do continente e tem por objetivo a discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano”, refere um comunicado dos sociais-democratas.

Depois de Luís Montenegro, que marcará presença num jantar em Castelo Branco, na sexta-feira a iniciativa contará com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em Aveiro, e do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, em Viana do Castelo.

No sábado, haverá sessões de esclarecimento no Porto, com o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, em Bragança, com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e em Braga com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins. No domingo, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, estará presente numa sessão em Torres Vedras, que representa a distrital Lisboa/Oeste no PSD.

O resto do programa será posteriormente divulgado. A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada na generalidade a 31 de outubro com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e a abstenção do PS. Os restantes partidos da oposição – Chega, IL, BE, PCP, Livre e PAN – votaram contra.

O PS já anunciou que se irá abster também na votação final global, marcada para 29 de novembro, assegurando a viabilização do primeiro Orçamento do Estado apresentado pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro. A discussão do Orçamento do Estado na especialidade na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) está a decorrer até sexta-feira, com audições de todos os ministros e de instituições e organismos como o Tribunal de Contas, o Conselho Económico e Social e o Conselho das Finanças Públicas.

O prazo para os partidos apresentarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado termina igualmente na sexta-feira. Segue-se depois, de 22 a 29 de novembro, a discussão na especialidade em plenário, de manhã, e votações na COFAP, de tarde, com o encerramento e a votação final global marcados para dia 29.

No cenário macroeconómico em que assenta a proposta de Orçamento para 2025, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e que a taxa de inflação diminua para 2,6% neste ano e 2,3% no próximo. O executivo pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,4% neste ano e de 0,3% no próximo ano. Quanto ao rácio da dívida pública, estima a sua redução para 95,9% do PIB em 2024 e para 93,3% em 2025.

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Ministério da Justiça cria comité para poupar dinheiro e garantir execução orçamental

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

O Ministério da Justiça decidiu criar um comité para gerar poupanças de dinheiro e garantir a execução do orçamento, anunciou a ministra da Justiça na audição parlamentar realizada na AR.

O Ministério da Justiça decidiu criar um comité para gerar poupanças de dinheiro e garantir a execução do orçamento, anunciou esta quarta-feira a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, na audição parlamentar realizada na Assembleia da República.

“Para combater ineficiências, para gerar poupanças e para assegurar que o orçamentado é bem executado, o Ministério da Justiça decidiu criar o ‘Comité de Eficiência e Sustentabilidade‘”, afirmou a governante, a propósito do orçamento de 2025 para o setor, que totaliza perto de dois mil milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado (OE2025) apresentado em outubro.

Rita Alarcão Júdice explicou que a abrangência deste novo comité será “transversal a todos os organismos” sob a tutela do Ministério da Justiça e que visa melhorar a autossuficiência, considerando que “é possível fazer mais com os recursos humanos existentes” e que é “possível fazer melhor, com os mesmos recursos financeiros disponíveis”.

“Desde a gestão da água, à adoção de medidas de eficiência energética e de sustentabilidade, passando pelo uso das novas tecnologias e inteligência artificial, é possível poupar recursos e tempo, desde que haja melhor gestão”, realçou.

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MB Way já se ligou a Espanha e Itália e prepara expansão em 2025

SIBS realizou esta quarta-feira a primeira transferência entre MB Way e as congéneres Bizum (Espanha) e Bancomat (Itália). Próximo ano traz novidades de expansão, adiantou Madalena Tomé ao ECO.

O MB Way já está “ligado” aos telemóveis espanhóis e italianos. A SIBS realizou esta quarta-feira a primeira transferência internacional entre a plataforma portuguesa de pagamentos instantâneos e a Bizum de Espanha e a Bancomat de Itália, em plena Web Summit. Mas já olha para mais países, segundo revelou Madalena Cascais Tomé ao ECO.

“Fizemos a parceria [entre SIBS, Bizum e Bancomat) no final do ano passado, e em menos de um ano conseguimos lançar as primeiras transações, o que é um sinal de muita rapidez e capacidade de execução”, referiu a CEO da SIBS em declarações ao ECO. “A partir de 2025 vamos ter o roll out disponível para todos os bancos aderentes e estamos, de facto, em conversas para outras iniciativas. Acreditamos que em 2025 vamos novidades nessa expansão pan-europeia”, adiantou.

Para já, com a iniciativa EuroPA – European Payments Alliance, mais de 45 milhões de utilizadores da SIBS, Bizum e Bancomat e 185 bancos estão interligados numa rede que permitirá enviar e receber dinheiro em menos de 10 segundos entre os seus utilizadores. Sem revelar os países que constam dos planos de expansão, Madalena Cascais Tomé pretende que o MB Way se mantenha no dia-a-dia dos seus utilizadores mesmo quando se deslocam ao estrangeiro.

“Os utilizadores do MB Way preferem a solução MB Way para fazerem os seus pagamentos no dia-a-dia em Portugal e queremos que possam utilizar o MB Way no contexto europeu”, afirmou.

Recentemente o Banco de Portugal colocou ao dispor dos bancos e dos clientes bancários uma funcionalidade semelhante ao MB Way, mas mais abrangente, chamada SPIN. Futuramente o SPIN também estará inserido num esquema de pagamentos a nível europeu.

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IL quer menos 50 mil funcionários públicos e IRS único de 15% para horas extraordinárias

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

Para as empresas, a IL vai insistir na redução do IRC para 12% para todas as empresas à exceção das grandes multinacionais, que são abrangidas pelo regime do imposto mínimo global de 15%.

A Iniciativa Liberal (IL) propôs esta quarta-feira uma redução de 50 mil funcionários públicos, com uma relação de contratação de um para dois, e uma taxa única de IRS de 15% para trabalho suplementar. As duas medidas constam de um conjunto de cinco propostas da Iniciativa Liberal apresentadas pelo presidente do partido, Rui Rocha, na Assembleia da República, para a discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

O partido pretende assegurar que o Estado segue uma regra de “dois por um” – isto é, por cada dois funcionários públicos que saiam, apenas um pode ser contratado – e liberta “recursos para aplicar política amigas do crescimento”, de modo a que, até ao final da legislatura, saiam da função pública pelo menos 50 mil trabalhadores.

Rui Rocha explicou que este programa de redução de funcionários públicos deve focar-se nas “saídas nas áreas administrativas, repetitivas, rotineiras” e terá como foco os funcionários que chegam à idade da reforma e, por isso, não terá “custos sociais inerentes”.

“A proposta inclui investimento em tecnologias de informação para compensar a redução de pessoal, promovendo uma administração pública mais digital, ágil e sustentável, concentrada nas suas funções essenciais e com menos redundâncias”, detalhou o partido em comunicado.

A IL vai também propor a implementação de uma ‘flat tax‘ (taxa única) de 15% sobre os rendimentos de trabalho suplementar como horas extraordinárias ou segundo emprego, de modo a “recompensar trabalhadores que realizam horas extraordinárias ou acumulações, fomentando a produtividade”.

“Hoje em dia sabemos, como temos visto a propósito, por exemplo, do INEM, que há muitas atividades que infelizmente estão alicerçadas sobre trabalho extraordinário dos profissionais de saúde, seja no INEM, seja no SNS. Seria uma forma de ter mais pessoas disponíveis a fazer trabalho extraordinário e sobretudo de as compensar por esse acréscimo”, acrescentou.

Para as empresas, a IL vai insistir na redução do IRC para 12% para todas as empresas à exceção das grandes multinacionais, que são abrangidas pelo regime do imposto mínimo global de 15%. Rui Rocha criticou as propostas dos outros partidos para a descida deste imposto, considerando-as “medíocres e irrelevantes”, mas garantiu que a IL não impedirá a sua viabilização na especialidade, ainda que as medidas tenham um “alcance muitíssimo limitado”.

Os liberais vão ainda insistir a implementação do programa de cheques com a criação de um “cheque-creche” para que as famílias possam “escolher a creche que querem para os seu filhos”, seja do setor público, social ou privado.

O partido quer também ver reduzido o Imposto sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) para, explicou Rui Rocha, evitar que o Estado beneficie de uma subida do imposto ao mesmo tempo que “prejudica os portugueses”. A IL propõe uma redução de 5.6 cêntimos por litro na gasolina e 6.1 cêntimos por litro no gasóleo de modo a que as “famílias e empresas adaptem-se melhor às exigências ambientais sem sacrificar o bem-estar financeiro” e a “equilibrar a transição energética sem sobrecarregar desproporcionalmente os portugueses”.

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Futuro será marcado por “batalha pelos meios de pagamentos” na Europa

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  • 13 Novembro 2024

Quem o diz é Christian Pirkner, CEO da Bluecode, que esteve esta quarta-feira na Web Summit para falar sobre as tendências no mercado e os desafios da interoperabilidade no contexto europeu.

Em média, no ano passado foram processados, por dia, cerca de 11,6 milhões de pagamentos no retalho em Portugal. A dimensão dos números mostra a importância crescente das soluções de pagamentos digitais, cada vez mais procuradas pelos consumidores que querem pagar as suas contas de forma rápida, simples e segura. “O que vemos no futuro é a batalha pelos meios que usamos para pagarmos coisas uns aos outros”, destacou Christian Pirkner, CEO da Bluecode.

O empreendedor esteve esta quarta-feira no espaço da SIBS na Web Summit Lisboa, onde partilhou a sua visão sobre o futuro do mercado europeu de pagamentos digitais e a importância da interoperabilidade entre diferentes soluções. “Adoramos este tópico da interoperabilidade”, confessou, logo após ter decorrido a primeira transação entre o MB WAY, a Bizum (Espanha) e o Bancomat (Itália).

Na Europa, há cerca de 11 serviços locais que têm conquistado consumidores neste campo [dos pagamentos digitais e transferências instantâneas]. Acho que a grande oportunidade aqui é que continuem a vencer para garantir que temos métodos europeus de fazer pagamentos”, afirmou.

A Bluecode, que integra a EMPSA – European Mobile Payment Systems Association, tem trabalhado com estes serviços locais, como o MB WAY, para “perceber como podemos fazer aquilo a que chamamos pagamentos em roaming”. No fundo, a ideia é semelhante ao que já acontece com os serviços de telecomunicações na União Europeia (UE), que permitem ao utilizador fazer comunicações no estrangeiro sem qualquer obstáculo.

Acho que [a iniciativa EuroPA que junta o MB WAY, Bizum e Bancomat] é um excelente primeiro exemplo de interoperabilidade”, disse Christian Pirkner. O CEO da Bluecode espera que este projeto “inspire outros bancos a juntarem-se a este caso de uso”. “É algo que queremos muito que aconteça. Temos de garantir que temos métodos europeus que possam pagar em todo o mundo, é para aí que temos de caminhar e é o que estamos a fazer”, rematou.

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Comboios da Fertagus para Setúbal aumentam capacidade em 73%

  • ECO
  • 13 Novembro 2024

A empresa que explora o comboio da Ponte 25 de Abril vai, a partir de dezembro, aumentar a capacidade de lugares e diminuir os intervalos entre comboios.

Os comboios da Fertagus de Lisboa a Setubal vão ser reforçados a partir de 15 de dezembro. Este reforço vai abranger 14 estações e vai permitir um aumento em 73% nos lugares oferecidos nos dias úteis e em 172% nos fins de semana, informa o Ministério das Infraestruturas e Habitação.

“O alargamento do contrato de concessão da Fertagus por seis anos e seis meses traduz-se em medidas com impacto bastante positivo para as populações que fazem a travessia do Tejo no comboio. Comboios de 20 em 20 minutos para Setúbal, todos os dias, representam um ganho de tempo para as populações que, ao final do dia, resultam em mais qualidade de vida”, refere o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, citado em comunicado divulgado aos jornalistas esta quarta-feira.

A prolongação do contrato de concessão da Fertagus foi anunciada em setembro, devido à necessidade de um reequilíbrio financeiro por parte da empresa como compensação dos prejuízos durante a pandemia de covid-19.

Com este alargamento a Fertagus vai passar a ter comboios com intervalos de 20 minutos, número inferior face aos 60 minutos atuais, quer em hora de ponta quer fora.

Os novos horários vão garantir o reforço das ligações nas estações de Penalva, Pinhal Novo, Venda do Alcaide e Palmela. A frequência horária em Coina mantém-se durante a semana, mas no fim de semana e feriados passará de 30 para 20 minutos de intervalo entre comboios.

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The Guardian abandona X por ser “plataforma tóxica” ao serviço do discurso político de Musk

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

A decisão vinha a ser considerada tendo em conta o "conteúdo perturbador que é frequentemente promovido ou encontrado na plataforma".

O jornal britânico The Guardian anunciou esta quarta-feira que vai deixar de publicar notícias nas suas contas no X, considerando-a uma plataforma “tóxica” ao serviço do discurso político do seu proprietário, Elon Musk.

Aos leitores, o jornal explicou que a recente campanha eleitoral nos Estados Unidos “serviu apenas para sublinhar o que há muito” considerava: “que o X é uma plataforma tóxica e que o seu proprietário, Elon Musk, conseguiu usar a sua influência para moldar o discurso político“.

“Isto é algo que temos vindo a considerar há algum tempo, tendo em conta o conteúdo perturbador que é frequentemente promovido ou encontrado na plataforma, incluindo teorias da conspiração de extrema-direita e racismo”, argumentou.

O jornal esclareceu que os utilizadores do X vão poder continuar a partilhar artigos do The Guardian naquela rede social e que a natureza da informação noticiosa em direto implica que, ocasionalmente, continuem a inserir conteúdos do X nos seus artigos.

“As redes sociais podem ser uma ferramenta importante para as organizações noticiosas e ajudar-nos a chegar a novos públicos, mas, neste momento, o X desempenha um papel menor na promoção do nosso trabalho”, acrescentou o jornal.

O jornal acrescentou ainda que acredita que “os recursos podem ser mais bem gastos na promoção” do seu jornalismo “noutros locais”.

O The Guardian realçou ainda que, “felizmente”, pode tomar esta decisão porque o seu modelo de negócio “não depende de conteúdo viral adaptado aos caprichos dos algoritmos gigantes das redes sociais”, mas sim dos seus leitores.

Elon Musk tem sido um aliado fundamental no apoio ao regresso do republicano Donald Trump à Casa Branca e deverá juntar-se ao Governo que vai tomar posse em janeiro, no novo Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo também empresário Vivek Ramaswamy.

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