Banco de Fomento culpa Finanças por atrasos na reestruturação

"Não se chegou ao fim de 2023 com a estabilização das empresas participadas do BPF, devido a atrasos muito significativos na decisão do Ministério das Finanças", dizem Hagatong e Ana Carvalho.

A administração do Banco de Fomento culpa o Ministério das Finanças pelos atrasos na reestruturação da instituição, nomeadamente, na fusão das quatro sociedades de Garantia Mútua, da Sofid e da Cosec no banco.

Não se chegou ao fim de 2023 com a estabilização das empresas participadas do Banco Português de Fomento, devido aos atrasos muito significativos na decisão por parte do Ministério das Finanças relativamente a propostas apresentadas pelo BPF quanto à fusão das quatro Sociedades de Garantia Mútua e à transferência da Sofid para o Grupo BPF”, escrevem a CEO e a chairwoman na mensagem que consta do relatório e contas publicado esta sexta-feira.

Um relatório que dá conta que o banco passou de prejuízos de 30 mil euros em 2022 para lucros de 22,5 milhões, em termos individuais, graças à melhoria do produto bancário e à redução das provisões e imparidades.

Na sequência de uma auditoria especial realizada a pedido do Banco de Portugal, o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia emitiram um despacho, a 4 de outubro de 2023, que mandatava o BPF de gerir a reorganização societária das Sociedades de Garantia Mútua, consolidando três delas numa única entidade. Entidade essa que será a Norgarante, tal como o ECO avançou.

O processo de fusão “já teve início em fevereiro de 2024” e a sua conclusão está prevista “ao longo de 2024”. O objetivo é simplificar a estrutura do sistema nacional de garantia mútua indo ao encontro das recomendações da auditoria especial, levada a cabo pela KPMG, que “sugeria melhorias no governo e controlo interno do Sistema de Garantia Mútua para aumentar a eficiência, eficácia e sinergias, bem como para reduzir custos de gestão”.

A operação de fusão, por incorporação de três sociedades numa, vai ditar que o sistema nacional de garantia mútua passará a ter uma só sociedade. Mas o Banco de Portugal determinou que as sociedades têm de ter “sistemas de controlo interno e gestão de risco coerentes e articulados entre si”. O BPF iniciou em 2023 a elaboração de orientações/normas/procedimentos/políticas de aplicação reforçadas transversais às SGM e ao BPF, mas o processo só ficará concluído em 2024. Além disso, o banco “elaborou e aprovou internamente um contrato de subcontratação” para “regular os serviços prestados pelo banco às SGM. “Os termos e condições do contrato estão ainda em fase de análise por parte das administrações das SGM”, refere o relatório e contas

Ana Carvalho e Celeste Hagatong atribuem a responsabilidade ao Ministério das Finanças, então tutelado por Fernando Medina pelo facto de a Cosec não ter sido integrada na instituição, porque o Banco de Portugal não concordou com a ideia.

“Quando à integração das atividades da Export Credit Agency, atualmente desenvolvidas pela Cosec, no universo BPF prevista desde a criação do banco” – mas a que Celeste Hagatong se opunha quando estava na Cosec – “ainda não ocorreu em consequência da decisão do Ministério das Finanças sobre a matéria não ser compatível com o entendimento do regulador bancário, apesar de todos os esforços desenvolvidos pela administração do BPF”, lê-se no relatório e contas aprovado a 9 de maio “dentro dos prazos regulamentares estabelecidos”.

Em termos de integração, só em dezembro de 2023 foi aprovada a integração da Sofid no BPF, com “o objetivo de potenciar a atividade internacional de ambas as instituições, porque isso permitirá trazer para Portugal projetos Gateway (iniciativas estratégicas de grade escala que visam promover a integração económica, social e digital entre os Estados-membros) alicerçados no papel de Implemennting Partner que já foi atribuído ao banco”, lê-se no relatório e contas.

O banco explica que é necessário realizar uma due diligence da instituição, por uma entidade independente, assim como auditorias que não foram feitas “por dependência de aprovação da despesa no âmbito do Plano e Orçamento de 2024-2026”. “Esta incorporação será um tema a desenvolver em 2024”, diz o documento.

“Ao chegar ao fim do primeiro ano completo do atual mandato do conselho de administração”, o “projeto de refundação do banco, apresentado no Plano e Orçamento de 2023-2025, “não atingiu no final de 2023 as metas pretendidas por motivos alheios aos órgãos de gestão do banco”, diz ainda a instituição.

O BPF reconhece também que não foi capaz de lançar a “linha abrangente de garantia mútua de mil milhões de euros – a Linha Fomento e Desenvolvimento Empresarial –, que iria substituir a Linha de Apoio ao Desenvolvimento do Negócio”, por esta “ter ficado pendente de aprovação pelas tutelas”, ou seja, o Ministério das Finanças e o da Economia.

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KKR já tem 78,9% da Greenvolt e avança com OPA sobre as restantes ações

  • ECO
  • 31 Maio 2024

Depois de concluir a compra das ações dos sete acionistas de referência da Greenvolt, a KKR lança uma OPA obrigatória para adquirir o restante capital da empresa liderada por Manso Neto.

Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), através da sociedade GVK Omega, concluíram a compra das ações dos sete principais acionistas da Greenvolt, que controlavam 60,86% do capital da empresa, e avançam agora com uma oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória sobre as restantes ações. No total, direta e indiretamente, a KKR detém 78,9% a contar com os 18,04% da posição da Mediobanca, mandatada para comprar no mercado os títulos da energética liderada por João Manso Neto.

A GVK Omega lança assim “uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição da totalidade das ações correspondentes ao capital social da Greenvolt”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A contrapartida oferecida é de 8,30 euros por ação, “a ser paga em dinheiro”, um valor acima dos 7,3 euros fixado pela EY na qualidade de perito independente.

 

Como a KKR passou a barreira dos 50% na Greenvolt com a compra, oficializada esta sexta-feira, das posições dos acionistas de referência da energética – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium Holding Limited, KWE Partners Ltd. e a 1 Thing Investments –, a OPA que era voluntária passa a obrigatória sobre o restante capital nas mãos dos acionistas minoritários. O prémio, de acordo com o comunicado à CMVM, é de 13,7% face ao preço mínimo determinado pela EY.

Se no final deste processo, a KKR detiver 90% ou mais da empresa, as ações da Greenvolt serão excluídas da “admissão à negociação no
mercado regulamentado com efeitos imediatos”, refere também a nota. O intermediário financeiro da operação é o Banco Santander.

A oferta de compra voluntária da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou “justo” o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.

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Linha SNS Grávida disponível a partir de 1 de junho

A Linha SNS Grávida ficará disponível a partir do dia 1 de junho. O objetivo é encaminhar as utentes para a urgência mais próxima da sua área de residência.

O Governo vai dar início ao Plano de Emergência da Saúde, que foi apresentado esta semana, já no próximo sábado, dia 1 de junho. Entre as novidades está a Linha SNS Grávida, dedicada a urgências de ginecologia e obstetrícia.

“Com o dia 1 de junho chega o Plano de Verão e uma nova resposta do Ministério da Saúde ao nível dos serviços de urgências, que será sempre dada pela Linha SNS 24”, lê-se no comunicado enviado às redações.

O Plano pelo Governo apresentado contempla assim a Linha SNS Grávida, que passa a estar acessível através do mesmo número do SNS 24, o 808 24 24 24. O objetivo é dar “resposta à procura de urgências de ginecologia/obstetrícia, enquanto área em que se sentem maiores dificuldades no SNS”.

“Através deste contacto com o SNS Grávida, a utente será encaminhada para o serviço mais próximo da sua área de residência“, explica o Ministério da Saúde.

Já relativamente às restantes urgências, o Ministério recomenda que os utentes liguem para o mesmo número, ficando depois a saber qual o serviço mais próximo.

“O Ministério da Saúde está a trabalhar com base num planeamento mensal da rede do SNS e a operacionalizar todas as medidas contidas no Plano de Emergência da Saúde com impacto nos sistemas pré-hospitalar e hospitalar de urgência e as demais unidades prestadoras de cuidados de saúde”, lê-se no comunicado.

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Ibersol passa de lucros a prejuízos de cerca de 900 mil euros no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

O volume de negócios das “operações continuadas”– após venda do Burger King – atingiu, nos primeiros três meses de 2024, 98,2 milhões de euros que compara com 89,6 milhões no período homólogo.

A Ibersol registou, no final do primeiro trimestre, prejuízos de quase 900 mil euros nas operações continuadas, face aos lucros de 200 mil euros registados no período homólogo, indicou, num comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O grupo, que apontou uma redução de 1,1 milhões de euros nos resultados no período em análise, face a 2023, indicou que, “na sequência da venda da operação da Burger King em Portugal e Espanha no final do mês de novembro de 2022, a atividade dos restaurantes Burger King é reportada como ‘operação descontinuada’ em termos de reporte de informação financeira até à conclusão da alienação de um restaurante que está previsto venha a ocorrer no início de 2025, após se terem alienado 8 unidades no decurso deste exercício”.

Segundo a Ibersol, “apesar da progressiva contenção do consumo por parte das famílias, que conduziu a um ambiente concorrencial mais dinâmico no setor da restauração, o volume de negócios cresceu cerca de 10% impulsionado também pela abertura de novos restaurantes”.

Assim, destacou, o volume de negócios das “operações continuadas” atingiu, nos primeiros três meses de 2024, 98,2 milhões de euros que compara com 89,6 milhões de euros no período homólogo, no qual, no âmbito do processo de transferência dos restaurantes Burger King alienados no final de 2022, foram prestados serviços e realizadas vendas de mercadorias não recorrentes”.

A Ibersol destacou que o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) no primeiro trimestre de 2024, foi de 17,4 milhões de euros, um aumento de 37% face a igual período de 2023.

Segundo a Ibersol, durante o trimestre, “verificou-se o encerramento definitivo de 2 unidades franquiadas da Pans em Espanha e 2 encerramentos de unidades próprias em Portugal”, sendo que “ainda no âmbito do processo de venda dos restaurantes Burger King operados em espaços concessionados, foi concluída em janeiro a alienação de 15 pontos de venda (8 restaurantes Burger King e 7 cafetarias no âmbito dos contratos de exploração destes espaços), passando o grupo a operar temporariamente apenas um restaurante Burger King localizado no Aeroporto da Madeira”.

No final do trimestre, o número total de unidades do grupo era de 490 (433 próprias e 57 franquiadas), revelou. No final do primeiro trimestre, a dívida líquida da Ibersol ascendia a 80,7 milhões de euros, um crescimento de 13 milhões de euros face ao valor em dívida no final de 2023 (67 milhões de euros), indicou.

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Esta é a chave do Euromilhões. Prémio sobe para 61 milhões de euros

  • ECO
  • 31 Maio 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 61 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 61 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido totalistas no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 31 de maio:

Números: 4, 7, 16, 33 e 34

Estrelas: 7 e 8

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Marcelo aguarda avaliação de Centeno sobre o défice

Portugal registou um défice de quase 2 mil milhões até abril em contabilidade que não conta para a UE. Antes de tirar conclusões, o Presidente quer primeiro "ver o que o Banco de Portugal diz".

O défice das Administrações Públicas agravou-se sete vezes e atingiu um saldo negativo de 1.939,2 milhões de euros, até abril, mas o Presidente da República ainda não quer tirar conclusões, preferindo esperar primeiro para “ver o que o Banco de Portugal diz”, afirmou esta sexta-feira.

“Sobre essa matéria, acho que mais dia menos dias, o governador do Banco de Portugal irá dizer qual é a perspetiva do Banco de Portugal“, salientou Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que, “nas últimas semanas, houve troca de razões de partidos diferentes sobre o que se passou na gestão orçamental”.

“Uns, de um lado, a dizer que herdámos uma situação que afinal era muito pior e outros a dizer que não é assim, porque depende do cálculo da situação orçamental que é feito de acordo com um critério. E há dois. E, para a União Europeia, o que conta é aquele que esteve presente na posição do Governo anterior”, detalhou.

O Chefe do Estado referia-se às diferentes leituras que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e o seu antecessor no cargo, Fernando Medina, fizeram da situação orçamental. Miranda Sarmento usou o défice, de 259 milhões de euros, apurado em março pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) para acusar o Executivo socialista de aprovar medidas com um elevado custo, já depois de o primeiro-ministro se ter demitido, atirando assim o ónus desses encargos para a responsabilidade do novo Governo de Luís Montenegro.

Mas o socialista Fernando Medina lembrou que esse saldo é em contabilidade pública e o saldo que Bruxelas tem em consideração, no âmbito das regras europeias para os limites do défice, é em contabilidade nacional. Ora, nesse cálculo, Portugal registou um excedente, no ano passado, de 1,2% do PIB.

Mas, “na perspetiva do atual Governo, o que vale é outro critério”, é o critério em contabilidade pública, destacou o Chefe do Estado. “Aí, eu deixava a poeira assentar, deixava ver o que Banco de Portugal diz, o que a União Europeia diz”, recomendou.

Contudo, Marcelo não deixou de reparar que “é estranho” que o ministro das Finanças tenha estado lá há duas semanas “e os comissários europeus desdobraram-se em elogios em relação ao equilíbrio orçamental”.

“Vamos ver se é uma coisa ou outra ou se são duas leituras diferentes da mesma realidade”, rematou.

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Grupo Vista Alegre manteve lucro de 1,5 milhões no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

A empresa dá é "destaque positivo" ao "crescimento de 25,0% das receitas na faiança face às receitas de março de 2023", para 4,5 milhões de euros.

O Grupo Vista Alegre registou um lucro de cerca de 1,5 milhões de euros até março, valor semelhante àquele apresentado no mesmo período de 2023, anunciou a empresa esta sexta-feira. “O resultado líquido dos primeiros três meses do ano 2024, à semelhança do exercício de março 2023, situou-se em cerca de 1,5 milhões de euros”, refere em comunicado.

O volume de vendas consolidado do Grupo Vista Alegre ficou nos 30,7 milhões de euros no final de março, menos 1,2% que o valor do primeiro trimestre do ano passado (31,1 milhões de euros). “Os produtos marca do Grupo, Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, apresentaram uma evolução favorável no retalho (físico e ‘online’) a nível nacional e internacional tendo crescido 8,4% face ao mesmo período do ano 2023″, especifica o comunicado.

Dando continuidade à sua estratégia, o Grupo vem “consolidando posição em mercados, como os EUA com um crescimento de 23%, e expandindo a marca para novos mercados como República Checa, Noruega e Emirados Árabes Unidos”. Na análise do comportamento por segmentos, é dado “destaque positivo para o crescimento de 25,0% das receitas na faiança face às receitas de março de 2023”, para 4,5 milhões de euros.

Já na porcelana, registou-se um decréscimo na venda de produtos de private label e no canal horeca (hotelaria e restauração), “originando a redução de 16,5% do volume de vendas neste segmento face ao período homólogo”, para 9,5 milhões de euros. O segmento com maior valor é o grés, atingindo vendas de 13,3 milhões de euros, o que representa mais 4,7% que no primeiro trimestre de 2023.

A empresa refere no comunicado que, no 1º trimestre de 2024, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 6,5 milhões de euros, um crescimento de 5,0% face ao período homólogo. O mercado externo representa 74,1% do volume de negócios da Vista Alegre, com 22,8 milhões de euros de vendas, sendo Alemanha, França, Espanha e Itália, na Europa, e os EUA e Brasil os maiores contribuidores.

Até final de março, o investimento foi de 1,9 milhões de euros “maioritariamente direcionado para a descarbonização, no sentido de alcançar uma maior sustentabilidade nos processos produtivos e redução da pegada carbónica das fábricas do Grupo Vista Alegre”, explica. O grupo Vista Alegre refere ainda a redução da dívida bruta consolidada em 6,8 milhões de euros face a dezembro de 2023, para 81,8 milhões de euros.

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Polónia anuncia unidade militar de ucranianos residentes no país

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

O chefe da diplomacia ucraniano afirmou recentemente que "se um homem maior de idade vai para o exterior mostra que não se preocupa com a sobrevivência de seu estado".

A Polónia pretende formar uma unidade militar composta por cidadãos ucranianos residentes no país e que foram mobilizados pelas autoridades de Kiev, revelou esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski.

Em declarações em Praga, onde terminou uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, o chefe da diplomacia polaca disse que Varsóvia considerou um pedido de Kiev para enviar formadores militares, mas chegou à conclusão de que “seria mais seguro e eficiente formar na Polónia uma unidade ucraniana composta por cidadãos daquele país sujeitos ao recrutamento”.

O executivo polaco já tinha manifestado vontade de colaborar com Kiev para ajudar os homens em idade militar que vivem na Polónia a regressar à Ucrânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou recentemente que, “se um homem maior de idade vai para o exterior, mostra que não se preocupa com a sobrevivência de seu estado”.

Nas mesmas declarações à imprensa, Sikorski anunciou também a adoção pelos ministros da NATO de “duas decisões importantes”, referindo-se ao reforço da “mensagem sobre a futura adesão da Ucrânia à Aliança” e o futuro estabelecimento de um mecanismo de apoio financeiro para a defesa de Kiev contra a invasão russa, num total de cerca de 40 mil milhões de euros.

“Desde a invasão russa da Ucrânia em 2022, os aliados forneceram aproximadamente 40 mil milhões de euros por ano em ajuda militar à Ucrânia. Devemos manter pelo menos este nível de apoio todos os anos, durante o tempo que for necessário”, defendeu hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito que já entrou no terceiro ano provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

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GamaLife quadruplicou lucros e duplicou prémios em 2023

  • ECO Seguros
  • 31 Maio 2024

A seguradora já incluiu 167 milhões de de euros em prémios conseguidos em Itália aos 339 milhões de Portugal. Resultados atingiram 92 milhões e já a quinta maior seguradora Vida.

A GamaLife obteve um resultado líquido para 92 milhões de euros em 2023, mais de quatro vezes os 21 milhões de euros no período homólogo de um ano antes, anunciou a seguradora esta sexta-feira. A produção total atingiu 507 milhões de euros, um crescimento de 87,5% face ao ano anterior.

A administração da GamaLife composta por Alistair Bell, Filomena Santos, Matteo Castelvetri e Gonçalo Castro Pereira, já integrou as operações italianas nas contas de 2023.

A companhia, especializada em produtos do ramo Vida que comercializa através da rede do Novobanco, explica o seu crescimento pela “produção estável dos produtos vida risco, pela evolução na produção dos produtos de poupança em Portugal e cerca de 167 milhões de euros de prémios em Itália”.

“Em Portugal, terminámos o ano na 5ª posição do ranking do ramo Vida Total e na 3ª para o ramo Vida, excluindo produtos Unit Linked, na sequência do sucesso do nosso novo PPR de taxa garantida fixa”, disse Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife, acrescentando que “2023 também ficou marcado por, no último trimestre, termos lançado um novo PPR e uma nova tarifa do seguro de vida proteção de hipoteca”.

Em Portugal a GamaLife atingiu 339 milhões de euros em prémios vendidos no ano passado o que a tornou na 5ª maior do ramo Vida com 6,6% de quota de mercado, obtendo ainda o 2º lugar entre os produtos PPR Não ligados a fundos de investimento com 23% de quota.

O capital próprio da GamaLife aumentou 24% para 263 milhões de euros em 2023, devido ao impacto dos mercados financeiros e da melhoria do resultado líquido do exercício. A 31 de dezembro de 2023, o Rácio de Cobertura de Solvência era igual a 239%, 40 pontos percentuais acima dos 199% de dezembro de 2022.

“Em Itália, mantivemos o foco profundamente operacional para concluir o lançamento da sucursal e as atividades de integração dos serviços ainda assegurados pela Zurich”, afirmou Matteo Castelvetri revelando ter a GamaLife mais que duplicado a equipa, “com contratações muito bem-sucedidas em funções-chave, vindas de instituições italianas de renome”, disse.

O CEO conclui afirmando ter a companhia executado a integração de determinadas funções ao nível de governação em Portugal, o que resultou numa melhor coordenação, eficiência de custos e no reforço da nossa visão pan-europeia”.

O ativo total da GamaLife diminuiu 8,9% em relação a 31 de dezembro de 2022, sendo de 8,3 mil milhões de euros. Esta descida – explica comunicado da companhia – deve-se essencialmente ao volume de resgates ocorridos na sucursal de Itália, o qual refletiu um aumento generalizado de resgates dos produtos financeiros de seguros observado no mercado italiano. No entanto, “este efeito foi parcialmente mitigado pelo maior volume de produção de PPR em Portugal e Itália”.

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Mais de 252.000 eleitores inscreveram-se para votar antecipadamente nas eleições europeias

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

É um número mais de 20% superior aos 208.007 que optaram pelo voto antecipado nas últimas eleições legislativas, de 10 de março passado.

Mais de 252.000 eleitores inscreveram-se para votar antecipadamente em mobilidade no domingo, uma semana antes das eleições europeias, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Administração Interna (MAI). De acordo com os dados, inscreveram-se para votar em mobilidade para as eleições europeias 252.209 eleitores, número mais de 20% superior aos 208.007 que optaram pelo voto antecipado nas últimas eleições legislativas, de 10 de março passado.

Os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se até quinta-feira para votar antecipadamente no próximo domingo, uma semana antes das eleições europeias, agendadas para 9 de junho. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciaram que irão votar antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, que escolherão 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Portugal registou nas europeias de 2019 a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa – cerca de 50%.

Para tentar inverter essa tendência – além do voto antecipado de doentes, presos e no estrangeiro, ou do voto antecipado, no domingo 2 de junho – este ano há uma nova modalidade, só possível por existirem “cadernos eleitorais desmaterializados”.

No dia 9 de junho, os eleitores portugueses vão poder votar em qualquer parte do país, ou também na véspera, se estiverem no estrangeiro. Os cidadãos não têm de informar previamente ou fazer uma inscrição para irem votar fora da sua mesa de voto habitual, ou seja, basta aparecer num local de votação.

No próximo domingo, quem se inscreveu para voto antecipado, poderá exercer o seu direito no município que escolheu quando solicitou o voto antecipado. Caso o eleitor se tenha inscrito para votar antecipadamente mas não consiga exercer esse direito na data prevista, 02 de junho, poderá votar no dia das eleições, 9 de junho.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

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Deputados aprovam audições de presidentes da NAV, Águas de Portugal e Casa da Moeda

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

Os três presidentes serão ouvidos no Parlamento "sobre o pagamento extraordinário de dividendos", a requerimento do CDS. Partido considera que Medina não respondeu a todas as questões.

Os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) aprovaram, na quarta-feira, as audições dos presidentes das Águas de Portugal, da NAV e da Imprensa Nacional Casa da Moeda, adiantou o CDS, em comunicado. Assim, “a requerimento do grupo parlamentar do CDS-PP” foram aprovadas no dia 29 de maio “na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) as audições dos presidentes das Águas de Portugal, da NAV e da Imprensa Nacional Casa da Moeda”.

Segundo o partido, “foi ainda aprovado o envio de toda a documentação e comunicações relevantes entre o então ministro das Finanças, Fernando Medina, e as supracitadas entidades sobre o pagamento extraordinário de dividendos das 3 empresas”. Este requerimento, lembrou o CDS, “surgiu no seguimento da audição anterior de Fernando Medina, a 14 de maio”, falando em “truque da redução artificial da dívida pública”.

O partido considerou que o ex-ministro das Finanças não respondeu a algumas das questões colocadas, “designadamente sobre o pagamento extraordinário de dividendos às referidas três empresas públicas”. “Recorde-se que o pedido de audição do então ministro das Finanças foi anunciado pelo líder parlamentar do CDS/PP, Paulo Núncio, em abril, durante o último Congresso do partido, em Viseu”, indicou, na sequência da publicação de um relatório da UTAO – Unidade Técnica de Apoio Orçamental.

No relatório, sobre condições dos mercados, dívida pública e dívida externa até março, divulgado em 10 de abril, a UTAO considera que o acréscimo substancial dos fatores de consolidação da dívida pública em 2023 resulta dos excedentes orçamentais e da “busca deliberada de aplicações em títulos”, indicando que este acréscimo de aplicações de unidades orgânicas em instrumentos de dívida resultará em alguns casos “de meras opções de gestão”, havendo também casos em que “as opções de gestão financeira foram condicionadas por orientações do Governo”.

O documento do organismo liderado por Rui Baleira classifica a redução da dívida pública como “artificial”.

 

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CUF duplica emissão de obrigações para 60 milhões de euros

A CUF pretende utilizar o montante do empréstimo obrigacionista para diversificar as suas fontes de financiamento e alargar a maturidade média da sua dívida.

Inicialmente planeada para um montante de 30 milhões de euros, a CUF – SGPS anunciou esta sexta-feira uma duplicação do empréstimo obrigacionista a cinco anos que tem a decorrer, com o intuito de se financiar juntos dos investidores em 60 milhões de euros.

Com esta decisão, a empresa liderada por Rui Pires Diniz e controlada pela José de Mello Capital (que detém 65,85% do capital da empresa e a Farminveste detém uma participação de 30%), pretende colocar no mercado 120 mil “obrigações sustentáveis”, cada uma com um valor nominal unitário de 500 euros.

Estas obrigações, denominadas “Obrigações Ligadas a Sustentabilidade CUF SGPS 2024-2029”, têm uma taxa de juro fixa bruta de 4,75% ao ano e serão reembolsadas em 11 de dezembro de 2029. A oferta pública de subscrição (OPS) está aberta até às 15h horas do dia 6 de junho de 2024 aos pequenos investidores por via de um investimento mínimo de 2.500 euros.

Segundo a adenda ao prospeto da OPS, o aumento da emissão permitirá à CUF angariar cerca de 57,8 milhões de euros líquidos, após dedução dos custos de emissão. Estes custos incluem aproximadamente 1,53 milhões de euros em comissões de coordenação e montagem, 587 mil euros em honorários de consultores, auditores e publicidade, e 46 mil euros em taxas regulatórias.

A CUF revela que a principal finalidade da emissão destas obrigações passa por reforçar a posição financeira do grupo, permitindo-lhe financiar projetos estratégicos com um forte enfoque na sustentabilidade. De acordo com a adenda do prospeto da OPS, a CUF espera arrecadar aproximadamente 57,837 milhões de euros líquidos, após dedução dos custos de emissão, que incluem comissões de coordenação e montagem, honorários de consultores, auditores, publicidade, e taxas regulatórias​​.

No prospeto das obrigações, a CUF revela que pretende utilizar este financiamento para “diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade média da sua dívida”, não existindo “uma atribuição específica pré-definida para as receitas que, para o Emitente, resultarão da Oferta e, consequentemente, não foi estabelecida pelo Emitente uma ordem de prioridade a este respeito.”

No entanto, sendo estes títulos de dívida emitidos com o carimbo de sustentabilidade, “os obrigacionistas terão ainda direito a receber uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação, a pagar na data de reembolso, caso ocorra alguma situação de não verificação das metas de desempenho de sustentabilidade (Sustainability Performance Target ou SPT em inglês) até 31 de dezembro de 2028.

Entre essas medidas está, por exemplo, o compromisso da CUF de aumentar a percentagem de trabalhadores com formação em serviços inclusivos (KPI 1), tendo em vista reforçar a sensibilização dos seus trabalhadores para os serviços inclusivos, e a promover a utilização de carros elétricos e híbridos na Frota do Grupo CUF (KPI 2), tendo em vista alcançar uma mobilidade mais sustentável”, destaca a empresa no prospeto da OPS.

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