Mais funcionários públicos vão progredir com aumento das quotas de avaliação, adianta a Frente Comum

O Governo vai alargar de 25% para 30% o rácio de trabalhadores que podem ter bom e muito bom e sobe de 5% para 10% os que podem ter nota de excelente, revelou a Frente Comum.

Os mais de 745 mil trabalhadores do Estado vão progredir mais rápido na carreira com o aumento das quotas de avaliação nas notas mais altas, revelou esta segunda-feira o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

O Governo propõe agora, no âmbito da revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), o aumento de 25% para 30% do rácio de trabalhadores que podem ter bom, o que dá 1,5 pontos, e muito bom, que atribui dois pontos. A percentagem de funcionários elegíveis para excelente (três pontos) sobe de 5% para 10% do universo dos 30% que podem ter muito bom. Trata-se de um avanço em relação à proposta apresentada em julho aos sindicatos.

“O Governo apresentou uma nova que mexe nas quotas, passa a quota do bom, de 25% para 30% e a do muito bom de 25% para 30%. O excelente sobe de 5% para 10% do total do universo dos trabalhadores com muito bom”, adiantou Sebastião Santana.

Para a federação sindical, afeta à CGTP, que defende a revogação das quotas, “isto significa que “a progressão acelera mas muito pouco”. “A maioria dos trabalhadores não vai conseguir chegar ao topo da carreira em 40 anos de serviço”. O líder da Frente Comum afirmou ainda que “o Governo não aceita a proposta de extinção das quotas” que a federação sindical considera “extremamente injusta”.

Também não houve abertura por parte do Governo para avaliar a redução dos pontos necessários para progredir, dos oito propostos pelo Executivo para os quatro defendidos pela Frente Comum. Atualmente, são precisos 10 pontos para saltar um nível remuneratório. Do mesmo modo, não foi acolhida a sugestão da federação sindical para a definição de prazos máximo para os avaliadores, porque “o Governo diz que é preciso alguma flexibilidade”, indicou Santana.

“Neste quadro, a Frente Comum vai pedir negociação suplementar que se deverá realizar em novembro”, anunciou Santana.

Em julho, o Governo entregou aos sindicatos da Função Pública – Frente Comum, FESAP e STE – uma proposta que prevê a passagem do sistema avaliativo de bianual para anual, a possibilidade de progredir mais rapidamente com oito pontos, em vez dos atuais 10, e a criação da nota de “bom”, que dá 1,5 pontos.

Cerca de 65% dos trabalhadores do Estado, o que corresponde a 484 mil funcionários, vão poder progredir mais rápido e, assim, obter uma maior valorização salarial, a partir de 2026, primeiro ano em que produzirá efeitos o novo SIADAP, adiantou, na altura, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Por outro lado, a nota “inadequado”, que subtraía um ponto ao acumulado pelos trabalhadores, deixa de ter impacto negativo, porque passa a valer zero, ainda assim dá direito à abertura de um processo disciplinar. O novo SIADAP deverá entrar em vigor em 2025 e começará a produzir efeitos em 2026.

Governo “não fecha portas” a revisitar a proposta de aumentos salariais

Tendo em conta “a grande adesão à greve nacional da Função Pública” da passada sexta-feira, dia 27 de outubro, a federação sindical desafiou o Governo a revisitar os aumentos salariais para 2024 ainda antes da votação final global do Orçamento do Estado e o Executivo “não fechou portas”, frisou Sebastião Santana.

Recorde-se que o Executivo aprovou, para 2024, aumentos salariais de 52,63 euros, num mínimo de 3%, em linha com a inflação esperada de 2,9%, a partir dos 1.807 euros brutos mensais. A federação sindical defende uma atualização de 15% com um mínimo de 150 euros por trabalhador.

(Notícia atualizada às 16h58)

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Ex-autarca do PSD e ex-deputado do PS acusados por corrupção

A antiga presidente da Câmara de Vila Real de Santo António do PSD Conceição Cabrita e o ex-deputado socialista António Gameiro, foram acusados pelo Ministério Público pelo crime de corrupção passiva.

A antiga presidente da Câmara de Vila Real de Santo António do PSD, Conceição Cabrita, e o ex-deputado socialista António Gameiro, foram acusados pelo Ministério Público de Évora pelo crime de corrupção passiva, avança a revista Visão. Para além deste caso, Conceição Cabrita foi também acusada pelos crimes de falsificação de documentos, prevaricação e abuso de poder relativamente a outros processos.

Neste processo, iniciado em 2018, está em causa a venda de um terreno municipal na zona de Monte Gordo à imobiliária Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários, SA. Segundo a acusação, Conceição Cabrita e António Gameiro receberam 100 mil e 300 mil euros, respetivamente, pelo fecho deste negócio. Por corrupção ativa estão ainda acusados os empresários Carlos e Vítor Matos, donos da imobiliária Saint Germain, assim como a empresa.

O empresário Paulo Calvinho está também acusado por corrupção ativa sobre Conceição Cabrita, descrevendo-o como um “saco azul” da ex-presidente que, após ter recebido milhares de euros, procurou compensá-lo através de adjudicações da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, refere a Visão.

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Paulo Firmeza substitui Alcino Lavrador na liderança da Altice Labs

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

O novo diretor-geral era, desde 2020, diretor de estratégia de inovação e digital da Altice Labs, com "um conhecimento ímpar do setor" e do grupo, segundo a CEO da Altice Portugal.

Paulo Firmeza vai substituir Alcino Lavrador na liderança da Altice Labs, que faturou 300 milhões de euros em 2022, na sequência do pedido de saída do diretor-geral do polo de inovação da Altice. De acordo com informação interna, a que Lusa teve acesso, a Altice comunicou aos seus colaboradores em 20 de outubro a passagem de “comando” do polo de inovação da Altice de Alcino Lavrador para Paulo Firmeza.

Alcino Lavrador iniciou a sua carreira em 1985 na PT Inovação, como engenheiro de desenvolvimento de protocolos de rede e mais tarde de serviços de rede inteligente. Desempenhou ainda várias funções de gestão na empresa e liderou projetos em África e no Brasil. Em agosto de 2006 foi nomeado administrador executivo da PT Inovação, passando em 2008 a ser presidente executivo.

Desde janeiro de 2016 que era diretor-geral da Altice Labs e agora, “por vontade própria”, Alcino Lavrador deixa a liderança do polo de inovação. “A nossa história escreve-se com inovação e competência e faz-se, em primeiro lugar, de pessoas. O talento e o saber fazer bem e com orgulho, é o que nos diferencia”, escreveu a presidente executiva (CEO) da Altice Portugal, Ana Figueiredo, num mail enviado aos colaboradores e a que a Lusa teve acesso.

“E há pessoas que pela sua competência, entrega e carisma fazem toda a diferença. O Alcino Lavrador, que está neste setor e no grupo há quase 40 anos, é exatamente disso exemplo”, salientou, sublinhando que o responsável colocou nos últimos anos, “a partir de Aveiro, a Altice Labs no mapa da inovação mundial”.

Trata-se de “um percurso incomparável que acompanha e imprime muitos dos marcos da história de um setor tão desafiante e competitivo como é o nosso (…) que deixa também um importante legado, com impacto no futuro, e boas memórias a quem trabalha e trabalhou ao seu lado”, salientou a gestora.

Ao Alcino deixo o meu agradecimento e da Comissão Executiva, por todo o empenho, espírito de inovação, dedicação à equipa bem como os votos de um futuro que continuará a ser inovador, certamente”, prosseguiu Ana Figueiredo, referindo que a partir de 1 de novembro “será João Paulo Firmeza a dar continuidade a esta importante história”.

O novo diretor-geral era, desde 2020, diretor de estratégia de inovação e digital da Altice Labs, com “um conhecimento ímpar do setor” e do grupo, “onde tem desempenhado funções de gestão em Portugal e no Brasil”, apontou Ana Figueiredo na missiva.

“É o profissional certo para assumir este grande desafio. Terá a responsabilidade de manter o legado da Altice Labs e do seu diretor-geral e conta com a minha total confiança, tal como a do Alcino Lavrador e da equipa de gestão da nossa empresa”, rematou a CEO, acrescentando que “juntos” o grupo continuará a “liderar a inovação de Portugal para o mundo”.

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Abreu Advogados assessora a Payten na aquisição de participação da Ifthenpay

A Abreu Advogados assessorou a Payten no procedimento junto do Banco de Portugal para a autorização de aquisição de uma participação qualificada no prestador de serviços de pagamento português.

A Abreu Advogados assessorou a Payten, fornecedor internacional de soluções para o sector dos pagamentos, na aquisição de uma ‘qualifying holding’ (participação qualificada) da Ifthenpay, um dos principais prestadores de serviços de pagamento digital em Portugal.

A Abreu Advogados assessorou a Payten no procedimento junto do Banco de Portugal para a autorização de aquisição de uma participação qualificada no prestador de serviços de pagamento português e nas negociações e redação contratual para a conclusão da transação.

A equipa da Abreu Advogados que assessorou a Payten foi liderada por Diogo Pereira Duarte, Sócio e Coordenador da Área de Prática de Direito Financeiro, e contou com o apoio de Isabel Pinheiro Torres (Advogada Principal), Rafael Silva Teopisto (Associado), João Diogo Barbosa (Advogado Estagiário) e Mafalda Santos Cordeiro (Advogada Estagiária).

A Payten é membro do Grupo ASEE e fornece soluções completas para o setor dos pagamentos para instituições financeiras e comerciantes. A oferta da Payten inclui soluções para comércio eletrónico, pagamentos móveis, processamento, bem como serviços relacionados com ATM e POS. A Payten oferece uma variedade de opções de pagamento online para comerciantes em 24 países num ambiente seguro PCI-DSS, incluindo POS virtual, checkout rápido, pagamento com um clique, tokenização de cartões, encaminhamento inteligente de pagamentos e pagamento online com vários bancos.

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Líder do Líbano alerta para risco de escalada em todo o Médio Oriente

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"Receio que uma escalada abranja toda a região e que o caos da insegurança se espalhe por todo o Médio Oriente", alertou o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.

O primeiro-ministro libanês alertou esta segunda-feira para os elevados riscos de uma escalada regional da guerra entre Israel e Hamas, e disse estar a tentar evitar que o Líbano entre no conflito. Najib Mikati admitiu numa entrevista à agência francesa AFP que não podia excluir uma escalada no conflito iniciado há cerca de duas semanas, durante o qual se têm registado trocas de tiros quase diárias na fronteira israelo-libanesa.

Mikati advertiu que uma escalada “não afetará apenas o Líbano”. “Receio que uma escalada abranja toda a região e que o caos da insegurança se espalhe por todo o Médio Oriente”, alertou. O partido fundamentalista Hezbollah, ligado ao Irão e apoiante do Hamas, efetuou grandes bombardeamentos em território israelita durante a guerra de 2006 com Israel e dispõe de um enorme arsenal.

Desde 8 de outubro, o Hezbollah bombardeia posições israelitas perto da fronteira entre os dois países em apoio ao Hamas, a que Israel responde, registando-se baixas dos dois lados. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reuniu-se em Beirute na semana passada com dirigentes do Hamas e da Jihad Islâmica para coordenarem ações e acompanharem a situação na Faixa de Gaza “numa base diária e permanente”.

Na entrevista à AFP, Najib Mikati disse não estar em condições de dizer se o Hezbollah, com o qual mantém boas relações, deseja uma nova guerra com Israel. “Tudo está ligado à evolução da situação na região”, considerou Mikati. “Até hoje, posso ver que o Hezbollah está a agir de forma sensata e razoável”, mas, ao mesmo tempo, “não posso tranquilizar os libaneses”, acrescentou.

O Hezbollah afirmou no domingo ter abatido um drone (aeronave sem tripulação) de Israel sobre território israelita com um míssil terra-ar. O partido libanês admitiu esta segunda a morte de dois dos seus elementos, elevando para 47 o número total de militantes mortos desde o início do conflito.

Além do Líbano, Israel também tem atacado alvos na Síria em resposta ao disparo de foguetes contra o seu território por parte de grupos aliados do Irão. A guerra em curso seguiu-se a uma incursão sem precedentes do Hamas em Israel em 7 de outubro, que as autoridades israelitas dizem ter provocado mais de 1.400 mortos.

O Hamas também raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes que controla desde 2007. Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza desde então, numa resposta que o Hamas diz ter provocado mais de oito mil mortos.

A comunidade internacional tem apelado para uma trégua que permita prestar ajuda humanitária à população civil de Gaza.

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Hospital CUF Covilhã abre em 2027 e vai criar mais de 200 empregos

Esta será a quarta unidade de saúde da CUF na região Centro, no âmbito da expansão e consolidação da rede nacional de cuidados de saúde. Terá uma área de influência de cerca de 280 mil habitantes.

O futuro Hospital CUF Covilhã entrará em funcionamento em 2027 e vai criar mais de 200 postos de trabalho, resultado de um investimento de 35 milhões de euros numa parceria com o grupo empresarial Forumlar. Esta será a quarta unidade da empresa de saúde na região Centro, no âmbito da expansão e consolidação da rede nacional de cuidados de saúde.

“Acreditamos que o Hospital CUF Covilhã irá contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região, que dispõe de recursos humanos muito qualificados e diferenciados, e para a qual trazemos os 78 anos de conhecimento e experiência clínica da rede CUF”, começa por afirmar o presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz, citado em comunicado.

Futuro hospital CUF Covilhã

Esta unidade hospitalar foi apresentada no Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Irá cobrir uma área de influência de cerca de 280 mil habitantes, disponibilizando “a mais moderna tecnologia de diagnóstico e tratamento, aliada a elevados níveis de conforto e qualidade clínica”, descreve a empresa.

Este é “um importante projeto para fortalecer a presença da rede CUF na região Centro do país e que vem reforçar a proximidade com as populações, assim como aumentar a oferta de cuidados de saúde diferenciados nos distritos de Castelo Branco e da Guarda”, completa Rui Diniz.

Ocupando uma área de mais de oito mil metros e distribuída por três pisos de atividade assistencial, esta nova unidade hospitalar “permitirá consolidar uma resposta em rede com todas as unidades de saúde CUF, nomeadamente, com as de maior proximidade: Viseu, Coimbra e Leiria”, sublinha Rui Diniz.

Conheça os vários serviços do futuro hospital:

  • 3 pisos de atividade assistencial
  • Oferta abrangente de especialidades médicas e técnicas
  • 34 gabinetes de consultas e meios complementares de diagnóstico
  • Imagiologia de última geração e exames de especialidade
  • 27 camas de internamento, incluindo Unidade de Cuidados Intermédios
  • Duas salas de Bloco Operatório
  • Atendimento Permanente de Adultos, 365 dias/ano
  • 220 lugares de estacionamento

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Meta lança subscrições pagas para Facebook e Instagram sem publicidade

Este modelo de subscrição pago e sem publicidade é disponibilizado na União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça a partir de novembro. 

A Meta confirma que vai passar a disponibilizar um modelo pago de subscrição sem publicidade do Facebook e Instagram, revela a empresa em comunicado. O custo de subscrição é de 9,99 euros/mês (na versão web) ou 12,99 euros/mês (versão app para iOS ou Android).

Os utilizadores podem optar por continuar a usar as redes sociais sem pagar, mas terão de continuar a ver anúncios. Para quem escolher continuar a usar as redes sociais da Meta sem pagar, nada mudará na sua experiência de utilizador, garante a empresa.

A medida surge em resposta às exigências da legislação europeia sobre dados pessoais e publicidade direcionada, sendo que com este modelo de subscrição a empresa confere uma possibilidade aos utilizadores de não terem os seus dados recolhidos para fins publicitários.

Este modelo de subscrição é disponibilizado na União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça a partir de novembro.

Inicialmente, o valor pago vai abranger todas as contas (das diferentes redes sociais) que estejam associadas mas, a partir de março de 2024, os utilizadores vão ter de pagar um valor extra de seis (web) ou oito euros (app) por cada conta.

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Brasil anuncia envio de duas toneladas de alimentos para Gaza

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

O carregamento de arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por um avião da Força Aérea do país, ainda esta segunda-feira, para o Egito.

O Governo balseiro anunciou esta segunda-feira o envio de duas toneladas de alimentos para assistência humanitária aos afetados pelo conflito na faixa de Gaza devido à guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel.

Num breve comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que, juntamente com a sociedade civil local, fará uma nova contribuição “para os esforços internacionais de assistência humanitária aos afetados pelo conflito na Faixa de Gaza, com a doação de 2 toneladas de alimentos oferecida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)”.

Segundo as autoridades brasileiras, o carregamento de arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por um avião da Força Aérea do país, ainda esta segunda, para o Egito. O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O terminal de Rafah, no sul de Gaza, é a única passagem para o Egito, que pode permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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Parlamento chama banca, regulador e Deco sobre comissões e desajustamento com juros

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A possibilidade de ouvir, no mesmo âmbito, o ministro das Finanças, Fernando Medina, foi chumbada com o voto contra do grupo parlamentar do PS.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou esta segunda-feira um requerimento para ouvir o Banco de Portugal (BdP), APB e Deco sobre o “desajustamento entre a evolução recente dos juros dos empréstimos e depósitos” e a política comercial do setor.

Na reunião da Comissão de Orçamento e Finanças, os deputados aprovaram, por unanimidade o requerimento apresentado pelo Partido Socialista (PS), que inclui a audição do BdP, da Associação Portuguesa de Bancos (APB) e da Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Já a possibilidade de ouvir, no mesmo âmbito, o ministro das Finanças, Fernando Medina, foi chumbada com o voto contra do grupo parlamentar do PS.

Compete à Assembleia da República e compete, em particular à Comissão de Orçamento e Finanças, escrutinar e avaliar o comportamento das entidades bancárias para salvaguardar a observância de princípios como a proporcionalidade, como a razoabilidade no que respeita às comissões e, naturalmente, os custos imputados pelos bancos ao seu cliente”, afirmou o deputado socialista Miguel Cabrita.

Miguel Cabrita apontou para a necessidade de se fazer um balanço “da evolução da situação, em particular no que diz respeito ao comissionamento bancário e às taxas de juros do depósitos”, remetendo para uma série de audições que se realizaram na primeira metade deste ano. O deputado socialista registou que a Deco assinalou “há poucos dias” que os bancos “aumentaram de maneira muito significativa a cobrança de comissões”.

Face à auscultação da APB e do regulador do setor, o deputado do Partido Comunista Português (PCP) Duarte Alves sugeriu que se devesse “ouvir também os responsáveis políticos e a tutela sobre o setor financeiro”. “Perante um requerimento em que vamos ouvir a Deco, a Associação Portuguesa de Bancos e o Banco de Portugal, não faz sentido que não se ouça também a tutela política e que possamos também, num parlamento, confrontar o Governo com aquilo que fez ou não fez”, defendeu o deputado comunista, que lembrou o “papel importante” do executivo enquanto acionista único da Caixa Geral de Depósitos.

Colocado a votação, o requerimento oral apresentado pelo PCP foi apoiado pelo PSD, Chega e Iniciativa Liberal, mas rejeitado pelo PS, inviabilizando a chamada de Fernando Medina à comissão. Na reunião, os deputados aprovaram ainda, por unanimidade, a redação final que prorroga o IVA zero até final do ano e que inclui “produtos dietéticos destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten para doentes celíacos abrangidos” pelas outras categorias.

De igual forma, foi aprovada a admissão da petição contra as alterações ao Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos matriculados antes de julho de 2007, que conta com mais de 390.000 signatários, tendo o PSD indicado o deputado Hugo Carneiro como relator.

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Marcelo defende veto à reprivatização da TAP: “É construtivo para o país”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Outubro 2023

Minutos antes do início do debate sobre o OE2024 no Parlamento, o Chefe de Estado disse que o veto à reprivatização da companhia aérea tem em conta "dever de vigilância e de consciência".

O Presidente da República defendeu esta segunda-feira o veto ao diploma de privatização da TAP, considerando que é “construtivo” para o país. “É uma ajuda à decisão do Governo, o não haver dúvidas no futuro quanto à isenção e transparência do processo”, afirmou.

Em declarações à RTP3 a partir de Chisinau, capital da Moldova, Marcelo Rebelo de Sousa disse estar “confiante” de que o Executivo entende que a sua decisão, anunciada na sexta-feira passada, é “pelo interesse do país”.

Não tenho interesse nenhum em estar a criar problemas num processo que já durou tempo demais, foi confuso demais. Agora tem de ser tudo direitinho, certinho, para acabar da melhor forma possível”, declarou, minutos antes do início do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

O Chefe de Estado revelou que falará com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o veto ao decreto-lei na próxima quinta-feira, dia 2 de novembro, na habitual audiência. “Em consciência, só poderia ou poderei assinar (decisões da TAP) se salvaguardarem um conjunto de condições que ninguém me perdoaria no futuro que não tivesse salvaguardado“, reiterou.

Sobre a proposta orçamental para o próximo ano, que está a ser discutida neste momento na Assembleia da República, Marcelo considera que não é possível fazer um Orçamento muito diferente ao apresentado pelo Governo, admitindo, no entanto, que “é possível ir mais longe num ponto ou outro”.

(Notícia atualizada às 16h)

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Costa acusa oposição de “assustar os portugueses anunciando aumentos estratosféricos do IUC”

"No próximo debate orçamental cá estaremos a verificar que o travão [de 25 euros anuais] se mantêm em 2025 e o mesmo acontecerá em cada um dos anos seguintes", assegura Costa.

O primeiro-ministro acusa a oposição de “assustar os portugueses com aumentos estratosféricos do IUC”, mas garante que “daqui a um ano se saberá quem fala verdade”, assegurando um limite de 25 euros de aumento anual, na abertura do primeiro dia do debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 na generalidade. António Costa critica também a oposição por “reduzir a discussão orçamental” a esta medida.

Tal como há um ano quiseram suscitar dúvidas sobre pensões, no próximo debate orçamental cá estaremos a verificar que o travão [de 25 euros anuais] se mantêm em 2025 e o mesmo acontecerá em cada um dos anos seguintes”, assegura o primeiro-ministro, na Assembleia da República.

Ainda nos impostos, Costa critica o PSD por assumir as propostas do IRS “como se assumem os amores de verão, enterram-se na areia”. “Foi tão fugaz este interesse que, rapidamente, se tornou em desinteresse”, ironizou, apontando que “quando foram surpreendidos com proposta de redução do IRS do Governo, disseram que era eleitoralista”.

É de recordar que a proposta do PSD era de uma redução de IRS já este ano, no valor de 1.200 milhões de euros, anunciada por Luís Montenegro na Festa do Pontal. A redução inscrita pelo Governo na proposta de Orçamento acabou por ser de 1.300 milhões.

O primeiro-ministro destaca também várias medidas inscritas no OE, nomeadamente o “reforço do investimento”, bem como a criação de um fundo para o Investimento Estruturante, desenhado para o pós-Plano de Recuperação e Resiliência, cujo horizonte termina em 2026.

Costa sublinha ainda a redução do rácio da dívida pública, que diz ser “importante para as gerações futuras” mas também para as presentes. “É desta capacidade que conquistámos, de ter maior margem para responder aos problemas do país, que não devemos abdicar”, defende.

Direita critica aumento de impostos indiretos e falta de crescimento económico

O PSD foi o primeiro a tomar a palavra após o primeiro-ministro, com o líder parlamentar a reiterar que “este OE tem quatro pecados capitais”. Primeiro, “falta crescimento económico”, sendo que “se compararmos com países da coesão, Portugal é dos que menos cresce”, aponta Joaquim Miranda Sarmento. O segundo pecado é “o aumento da carga fiscal”, que desde que Costa é primeiro-ministro “já subiu três pontos percentuais”.

O terceiro é o investimento público, já que “desde que é primeiro-ministro, só em 2021 conseguiu investimento acima de 2015”. “Governar com truques tem problema, quantas mais vezes repetimos menos eficácia tem”, atira. Finalmente, o quarto “pecado” é relacionado com os serviços públicos, nomeadamente ao perceber que o problema da saúde é de gestão.

Montenegro decidiu também responder à “boca” de Costa sobre as propostas fiscais, escrevendo no X (antigo Twitter) que “nem foi um amor de verão nem está enterrada a nossa proposta fiscal”, apelidando as declarações de “retórica da treta”. Acrescentou ainda que “António Costa e a obsessão de bater recordes a cobrar impostos “é um amor para a vida toda””.

Quando chegou a vez do PS, Eurico Brilhante Dias ironiza que o partido “está na iminência de conquistar um novo eleitor, se Passos Coelho cumprir a palavra”, referindo-se à altura, em 2016, em que o social-democrata admitiu votar na ‘geringonça’ se a estratégia do PS funcionar. A estratégia não foi impossível, apontou: “Ao aumentar salários, pensões, diminuir IRS sem ter contas públicas em risco”.

Do lado do Chega, André Ventura questionou o primeiro-ministro sobre o veto à privatização da TAP, bem como sobre o crescimento de Portugal e os impostos. Costa respondeu que, em termos de PIB per capita em paridade de poder de compra, “entre 2015 e 2022, Portugal aproximou-se sete pontos percentuais de França, oito da Alemanha e nove de Espanha”. Nota ainda que os “pensionistas têm sido aumentados acima da inflação”.

Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, aponta que o primeiro-ministro “falou de amores de verão, mas é uma espécie de hora de inverno porque está sempre a atrasar os ponteiros do desenvolvimento de Portugal”. O líder da IL fez também questões a Costa sobre a educação e a saúde, bem como sobre a subida dos impostos indiretos.

O primeiro-ministro respondeu que “fazem muitos truques” ao confundir o “aumento da receita com aumento de impostos”. Atirou ainda ao líder liberal que “o IRS é o que paga quem trabalha, o senhor não está cá para representar quem trabalha”.

“Não é agora na privatização que vamos alienar aquilo que se conseguiu” na TAP, diz Costa

As perguntas ao primeiro-ministro continuam com Paula Santos, do PCP, que fala sobre a situação dos pensionistas, reivindicando também melhorias no SNS. A deputada questiona ainda Costa sobre a TAP, ao que o primeiro-ministro assegura que a preservação do hub de Lisboa é uma prioridade: “Não é agora na privatização que vamos alienar aquilo que se conseguiu”.

A privatização “ocorrerá no respeito pela vocação estratégica da TAP, foi por isso que adquirimos a parte necessária de capital”, aponta o primeiro-ministro.

Já Mariana Mortágua questiona Costa sobre habitação e a situação na saúde, apontando que “o Governo faz gala do dinheiro que sobra ao final do ano e até anuncia uma espécie de fundo soberano”, para o qual “vai buscar dinheiro que falta para serviços públicos e para fazer funcionar o SNS”.

O primeiro-ministro responde às questões sobre a habitação apontando que “o que aconteceu foi a conjugação entre liberalização das rendas da lei Cristas com uma alteração à escala global”, no que diz respeito ao aumento dos juros. Sobre a saúde, indica que o problema “não é uma questão orçamental, porque o excedente existe não é a custa do SNS: este ano já aumentamos em 56% o orçamento do SNS”.

Inês Sousa Real, do PAN, questiona o primeiro-ministro sobre a abertura para aceitar algumas propostas de alteração, mas Costa não se compromete, remetendo para a discussão na especialidade. O Livre, por sua vez, defende um conjunto de medidas que considera necessárias, nomeadamente para viabilizar o documento. Costa destaca algumas propostas do Governo, nomeadamente de “justiça fiscal”.

Finda a primeira ronda, 21 deputados inscreveram-se para pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro, que duraram no total cerca de 1h20. As intervenções focaram-se em temas como a saúde e a habitação, bem como os impostos e as medidas para mitigar os efeitos da inflação.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Banco Mundial alerta para riscos no preço do petróleo e alimentos

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Escalada da guerra entre Israel e o Hamas, a par com as disrupções causadas pela invasão russa da Ucrânia, podem levar os mercados globais de matérias-primas para terreno desconhecido.

O Banco Mundial alertou esta segunda-feira que uma escalada no conflito do Médio Oriente pode levar o preço do petróleo para níveis desconhecidos, o que pode refletir-se num aumento global do preço dos alimentos.

Segundo a mais recente edição do relatório do Banco Mundial sobre Perspetivas dos Mercados de Commodities, “atualmente a economia global está muito mais bem preparada para lidar com grandes choques nos preços do petróleo que na década de 1970“.

Mas, um agravamento na guerra entre Israel e o Hamas em conjunto com “as disrupções causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia poderiam levar os mercados globais de commodities (matérias-primas)” a terreno desconhecido.

De acordo com o relatório, os efeitos do conflito nestes mercados “têm sido limitados até agora”. “Os preços globais do petróleo subiram cerca de 6% desde o início do conflito” e a nível de produtos agrícolas não houve praticamente alteração, refere.

Segundo a previsão de referência do Banco Mundial, “os preços do petróleo devem atingir uma média de 90 dólares por barril neste trimestre, antes de recuarem para uma média de 81 dólares por barril no próximo ano, à medida que o crescimento económico global desacelerar”.

No entanto, as perspetivas “piorariam rapidamente se o conflito se agravasse” e o relatório descreve o que pode acontecer em três cenários de risco “com base em experiências históricas desde a década de 1970”, dependendo do grau de perturbação na oferta de petróleo.

Num cenário de “pouca disrupção”, a oferta global de petróleo seria reduzida de 500 mil a dois milhões de barris por dia – aproximadamente o equivalente à redução observada durante a guerra civil na Líbia em 2011. Neste cenário, o preço do petróleo aumentaria inicialmente de 3% a 13% em relação à média para o trimestre atual e o barril ficaria entre 93 e 102 dólares.

Num contexto de “disrupção média” (equivalente à guerra do Iraque em 2003), a oferta global de petróleo diminuiria de 3 milhões a 5 milhões de barris por dia, fazendo com que os preços do petróleo subissem inicialmente entre 21% e 35% – ou seja, de 109 a 121 dólares por barril.

Num cenário de “grande disrupção” (comparável ao embargo petrolífero árabe em 1973), a oferta global de petróleo cairia de 6 milhões a 8 milhões de barris por dia, fazendo com que os preços subissem inicialmente entre 56% e 75%, o que equivaleria a um preço de 140 a 157 dólares por barril.

“O conflito mais recente no Oriente Médio surge na sequência do maior choque para os mercados de commodities desde a década de 1970, isto é, a guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, citado no relatório.

“Observamos disrupções na economia global que persistem até hoje”, acrescentou, alertando que “se o conflito se agravasse, a economia global enfrentaria um duplo choque de energia pela primeira vez em décadas – não apenas resultante da guerra na Ucrânia, mas também do conflito no Oriente Médio”.

A subida dos preços do petróleo, “quando se mantém, traduz-se inevitavelmente num aumento dos preços dos alimentos”, disse Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial e diretor do Grupo de Perspetivas.

Se os preços do petróleo sofrerem um grave choque, isso aumentaria a inflação dos preços de alimentos, que já tem estado alta em muitos países em desenvolvimento. No final de 2022, mais de 700 milhões de pessoas – quase um décimo da população mundial – sofriam com subnutrição. Uma escalada dos conflitos intensificaria a insegurança alimentar, não somente na região, mas também no resto do mundo”, alertou.

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