Seguros Vida. “Toda a gente se acha imortal” deixando a família exposta a riscos

  • ECO Seguros
  • 2 Novembro 2023

Como é que as seguradoras Vida se podem aproximar dos clientes? Porque estão os portugueses a subscrever mais seguros de saúde? assista aqui o debate com dois protagonistas do setor.

A 4.ª Conferência Anual ECOseguros contou com o painel intitulado de “Vida: como estimular respostas às necessidades dos portugueses?”, moderado por Francisco Botelho, diretor ECOseguros e contou com a participação de Nelson Machado, Diretor-executivo Vida e Pensões Grupo Ageas e Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida.

Francisco Botelho (no centro), moderou o debate que contou com a presença de Marta Graça Ferreira e Nelson Machado.

Neste debate, os dirigentes falaram sobre as estratégias implementadas pelas empresas para aumentar o volume de vendas do ramo Vida. Entre elas encontra-se a sensibilização para a importância de seguros de vida e também alguns serviços de oferta para os clientes. Para além disso, falou-se sobre a reduzida literacia financeira dos portugueses, os impactos que tal tem na vida das pessoas, e a importância de apostar na educação e consciencialização dos impactos da gestão financeira pessoal para a vida dos indivíduos e famílias.

Neste debate também se abordou a relação entre a falta de confiança dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde e o aumento das subscrições aos seguros de saúde. Assista aqui ao painel:

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Governo anuncia investimento de 30 milhões para modernizar escolas do Turismo de Portugal

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

O plano incluirá a requalificação de 12 escolas até dezembro de 2026, com o propósito de aumentar as qualificações e rendimentos dos profissionais do setor.

O Governo anunciou esta quinta-feira , em Lisboa, que a requalificação da rede de escolas do Turismo de Portugal vai implicar um investimento de 30 milhões de euros, alinhando o ensino português com as melhores práticas internacionais.

“Este grande projeto de 30 milhões de euros para a requalificação e modernização das escolas, para a reconfiguração dos métodos de aprendizagem e alinhamento com as melhores práticas nacionais, pode fazer do país uma referência”, afirmou António Costa Silva, que falava, em Lisboa, na apresentação do Plano de Transformação e Modernização da Rede de Escolas do Turismo de Portugal, que vai abranger 12 instituições.

Na sessão de encerramento, Costa Silva defendeu ser das pessoas que acredita que o turismo é “o motor da economia” portuguesa, destacando o reconhecimento nacional e internacional que o setor tem recebido. Para o governante, tendo em conta que Portugal é já um dos melhores destinos turísticos, deve também ter esse destaque no que se refere ao ensino.

“Se temos uma indústria com este comportamento importante para a economia do país, temos que ser uma referência e repensar o turismo, bem como alinhá-lo com as tendências dos mercados internacionais”, sublinhou. O ministro lembrou ainda que a pandemia de covid-19 mudou a perceção das pessoas face ao turismo, que exprimem agora a sua vontade de viajar.

“Queremos aumentar as qualificações do pessoal que trabalha no turismo […] e potenciar as escolas como grandes plataformas. Tudo o que temos à nossa frente são desafios fascinantes. Precisamos de inovar ao nível da aprendizagem para atrairmos cada vez mais jovens”, assinalou. Em comunicado, o Ministério da Economia e do Mar detalhou que o plano incluirá a requalificação de 12 escolas até dezembro de 2026, com o propósito de aumentar as qualificações e rendimentos dos profissionais do setor.

As medidas incluem 20 milhões de euros para a gestão sustentável dos recursos disponíveis e quatro milhões para o uso de tecnologia em todas as áreas de aprendizagem dos alunos, aos quais se somam 2,5 milhões “para a criação de novos espaços de aprendizagem inovadores e dinâmicos, mais flexíveis e adaptados aos novos formatos de ensino”, lê-se no comunicado.

A criação de um novo centro enogastronómico em Lamego e de uma academia do chocolate em Óbidos representará um investimento de 3,5 milhões.

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Mercado automóvel cresce 29,9% até outubro com 195.781 novas matrículas

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

Entre janeiro e outubro, as matrículas de ligeiros de passageiros totalizaram 167.219 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 31,7% relativamente a período homólogo de 2022.

O mercado automóvel em Portugal somou 195.781 novos veículos colocados em circulação até outubro, uma subida de 29,9% face ao período homólogo de 2022, indicou esta quinta-feira a ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

Em comunicado, a ACAP sublinha que, apesar do aumento homólogo registado, os 195.781 veículos colocados em circulação nos primeiros dez meses de 2023 ainda traduzem uma queda de 13,7% em comparação com o observado no mesmo período de 2019, antes da pandemia.

Daquele total, 16.953 correspondem a veículos matriculados apenas em outubro de 2023, o que corresponde a um acréscimo de 13,1% face ao mesmo mês de 2022, e um decréscimo de 11,5% quando comparado com o mesmo mês de 2019. Entre janeiro e outubro, as matrículas de ligeiros de passageiros totalizaram 167.219 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 31,7% relativamente a período homólogo de 2022.

Já na comparação com o mesmo período de 2019, o mercado registou um decréscimo de 12,2%. Segundo a ACAP, nos primeiros dez meses deste ano, metade (50,1%) dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos, sendo que 17,0% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos.

Já o mercado de ligeiros de mercadorias atingiu 22.612 unidades, uma subida de 19,7% face ao mesmo período do ano de 2022 e uma queda de 27,4% em comparação com janeiro a outubro de 2019.

No que diz respeito ao mercado de pesados, as matrículas totalizaram 5.950 unidades nestes dez meses já corridos de 2023, o que representou um crescimento homólogo do mercado de 22,0% e uma subida de 15,3% por comparação com o mesmo período de 2019.

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Novas regras para ser professor aprovadas “mantêm qualidade do ensino”

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

As novas regras, que entram em vigor no próximo ano letivo, preveem a atribuição de turmas aos alunos estagiários e o regresso dos estágios remunerados.

As novas regras para poder ser educador ou professor nos ensinos básico e secundário foram esta quinta-feira aprovadas pelo Governo, com o ministro da Educação a garantir que “não está em causa a qualidade do ensino”.

O objetivo do novo decreto-lei é combater a falta de professores “que o país enfrenta e enfrentará nos próximos anos”, explicou o ministro da Educação, João Costa, garantindo que com as novas regras “não há qualquer nivelação por baixo, se houver é uma nivelação por cima”.

O novo regime jurídico da habilitação profissional para a docência foi alvo de negociações com os sindicatos, que reconheceram melhorias em relação ao texto inicial mas recusaram-se a chegar a acordo por considerar haver pontos a melhorar. As novas regras, que entram em vigor no próximo ano letivo, preveem a atribuição de turmas aos alunos estagiários e o regresso dos estágios remunerados.

Aos estagiários serão atribuídas turmas, o equivalente a 12 horas letivas, em vez de terem apenas algumas aulas assistidas. João Costa disse não ser possível avançar com um número certo sobre quantos estagiários terão turmas atribuídas já no próximo ano letivo: “Neste momento, temos cerca de 1.300 alunos em formação na totalidade dos mestrados em ensino. Para o ano, poderemos ter neste modelo de estágio todos aqueles que iniciaram este ano e teremos necessariamente também todos os que vão iniciar em 2024/2025”, explicou.

Das negociações com os sindicatos ficou decidido que o tempo de serviço em estágio fosse contabilizado para efeitos de carreira, lembrou João Costa. O diploma também abrange os professores que já dão aulas com habilitação própria, que caso tenham mais de seis anos de serviço poderão substituir o estágio por um relatório.

As instituições de ensino superior (IES) também terão maior autonomia e “liberdade para avaliar as qualificações e habilitações dos candidatos ao ensino”, acrescentou, garantindo que “não está em causa a qualidade do ensino”. Os estagiários terão o apoio de professores orientadores, a quem é dada uma redução de horário – até seis horas semanais – para poderem acompanhar os futuros professores.

João Costa voltou a sublinhar que a procura de cursos nas instituições de ensino superior para ser professor “tem vindo a aumentar”: “Já temos cursos de formação de professores que estão a deixar de fora bons candidatos”. Sobre a falta de tempo para as IES conseguirem adaptar os seus cursos às novas regras, o ministro disse que está a decorrer um trabalho conjunto com o ministério do Ensino Superior “para rever os prazos de submissão destes cursos e dar apoio as IES para fazer estas adaptações”.

Sobre a falta de professores nas escolas, João Costa garantiu que neste momento “99% dos horários têm professores” e os restantes horários são “necessidades recentes”: “É um processo dinâmico. Todas as semanas temos vindo a colocar entre 600 a 700 professores e todas as semanas nos chegam novos pedidos”, explicou.

O diploma aprovado foi alvo de um processo negocial que terminou na segunda-feira, com os sindicatos a reconhecerem melhorias em relação à versão inicial, mas a defender que continuava com falhas que os impediam de chegar a acordo.

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Filho do CEO do Vila Galé bate com a porta e demite-se do grupo

Gonçalo Rebelo de Almeida sai da administração por divergências quanto ao futuro do grupo hoteleiro, dirigido pelo pai, Jorge Rebelo de Almeida.

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Vila Galé durante 10 anos, demitiu-se no início deste mês por divergências com o pai e CEO do grupo hoteleiro, Jorge Rebelo de Almeida.

A decisão de Gonçalo Rebelo de Almeida “foi motivada pela existência de diferentes visões para o futuro do grupo relativamente à restante administração”, segundo fonte oficial do grupo.

Contactado pelo ECO, o agora ex-administrador não quis comentar o processo. Já o seu pai, Jorge Rebelo de Almeida, afirmou que se “tratou de um assunto pessoal”. Questionado se Gonçalo sai por discordar da gestão do grupo hoteleiro, o CEO e fundador da cadeia de hotéis foi muito claro: “A visão do grupo sempre foi definida por mim e continuará a ser definida por mim”.

Na página do Linkedin, Gonçalo Rebelo de Almeida já atualizou o seu perfil, indicando que desde novembro dedica-se à atividade de consultoria especializada em turismo e hotelaria, tendo, para esse efeito, aberto a empresa Rebelo de Almeida Consulting.

Gonçalo Rebelo de Almeida trabalhou na Vila Galé desde 2003. Nos últimos 10 anos, entre 2013 e novembro de 2023, exerceu o cargo de administrador. Rebelo de Almeida é licenciado em Direito, pela Universidade Lusíada de Lisboa, e conta com uma formação executiva em Marketing (Advanced Marketing for Hospitality) pela Cornell University.

O Vila Galé abriu, no mês passado, o quarto hotel deste ano, em Tomar, com um investimento que derrapou quatro milhões de euros, passando de 11 milhões inicialmente previstos para 15 milhões. Na cerimónia de inauguração, já se tinha notada a ausência de Gonçalo Rebelo de Almeida.

Em 2022, o grupo Vila Galé atingiu os 135 milhões de receitas nos 27 hotéis que opera em Portugal. Mais 18% face ao nível de receitas de 2019, mas excluindo os quatro hotéis que não operavam em 2019, as receitas sobem 12%.

(Notícia atualizada às 19h32)

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Governo inicia na próxima semana negociações sobre novo estatuto da carreira científica

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

Novo estatuto passa a ser aplicado a instituições particulares sem fins lucrativos financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e serão extintas as categorias de estagiário e assistente.

O Governo inicia na próxima semana negociações com os sindicatos e instituições do setor sobre a proposta de novo estatuto da carreira de investigação científica, anunciou esta quinta-feira a ministra da tutela no parlamento. A ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, falava no debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) para o setor.

Salientando que “a promoção do emprego científico é uma das prioridades deste orçamento”, a ministra disse que “as negociações com as estruturas sindicais e instituições se iniciarão na próxima semana” sobre a proposta de novo estatuto da carreira de investigação científica e de um regime de carreira docente e de investigação no ensino superior privado.

O Governo prevê para o primeiro trimestre do próximo ano a aprovação final do novo estatuto da carreira de investigação científica e de um regime jurídico de carreira docente e de investigação no ensino superior privado, segundo a proposta do OE2024 aprovada na terça-feira pelo parlamento na generalidade. O novo estatuto da carreira de investigação científica, reclamado há vários anos pelos cientistas e que irá substituir o que vigora desde 1999, foi aprovado em julho na generalidade pelo Governo.

Em julho, Elvira Fortunato destacou que o novo estatuto proposto passa a ser aplicado a instituições particulares sem fins lucrativos financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que serão extintas as categorias de estagiário e assistente de investigação.

Além disso, os investigadores integrados em instituições de ensino superior públicas vão poder dar aulas, estando definido um máximo de quatro horas semanais, das quais poderão ser dispensados para a realização de projetos de investigação científica “sempre que seja necessário”.

Por outro lado, será definido um período experimental de cinco anos e será introduzido um sistema de avaliação de desempenho, semelhante ao que é aplicável nas universidades e nos institutos politécnicos. A avaliação negativa durante seis anos poderá determinar a abertura de um processo disciplinar e o despedimento por justa causa, de acordo com a proposta de novo estatuto da carreira de investigação científica.

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“Não havia nenhuma solução boa ou muito boa” para a Efacec, diz Marcelo

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

"Acho que está aquém daquilo que nós ao longo do tempo sonhámos e pensámos e admitimos que fosse possível para a Efacec", acrescentou ainda o Presidente da República.

O Presidente da República considerou esta quinta-feira que no atual contexto “não havia nenhuma solução boa ou muito boa” para a reprivatização da Efacec, referindo não conhecer “em pormenor as condições” da venda ao fundo alemão Mutares.

“Eu diria que não havia nenhuma solução boa ou muito boa, comparado com o valor que tinha tido a Efacec num contexto diferente. Como sabem, pelo meio houve uma aparente resolução do problema por um grupo e depois isso falhou. Quer dizer, houve aqui realmente um acumular de situações complicadas e chega-se à situação a que se chega”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

Em resposta a perguntas dos jornalistas, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa evitou qualificar os montantes envolvidos neste negócio.

Segundo o chefe de Estado, “uns dirão” que, “para aquilo que realmente valia, chegou a valer a importância estratégica da Efacec, é pouco“, enquanto “outros dirão” que, perante “o risco de não haver nada e de, portanto, haver uma situação que era pôr em causa a reputação do Estado português e a reputação em vários contratos em vários mercados, é uma saída”.

O Presidente da República foi questionado sobre este negócio no fim de um encontro com startups portuguesas e começou por classificar a Efacec como “um ativo nacional muito importante” e lembrar que promulgou a nacionalização da empresa em 2020, defendendo que era necessário “o Estado intervir para salvar a Efacec” e logo que possível reprivatizá-la.

Depois, salientou a situação económica resultante da pandemia de covid-19 e da guerra na Ucrânia, a que se juntou a guerra entre Israel e o Hamas, e argumentou que neste contexto “Portugal encontrou-se numa posição muito difícil em relação à venda desse tipo de ativo”. Marcelo Rebelo de Sousa referiu que não conhece “em pormenor as condições” do negócio, mas supõe que são “diferentes daquelas que existiriam se a situação económica internacional fosse outra”.

“Perguntam-me: é bom para o ponto a que a situação chegou devido à conjuntura internacional e ao tempo decorrido? Admito que o senhor ministro [da Economia] ache que é bom. Agora, é bom em termos daquilo que nós sonharíamos e desejaríamos para a Efacec num contexto diferente? Eu acho que está aquém daquilo que nós ao longo do tempo sonhámos e pensámos e admitimos que fosse possível para a Efacec”, acrescentou.

Interrogado sobre a transparência deste negócio, o Presidente da República defendeu que em todos os processos de venda pelo Estado “é muito, muito importante” que, “dentro do possível, se faça o que é necessário para tornar transparente para os portugueses o que se está a passar”.

No caso da Efacec, tratando-se de “uma solução ditada pelo acumular de agravamento da situação internacional e não haver outras soluções que se esperava que pudesse haver”, aconselhou o Governo a “dizer: pensou-se nisto, nisto, nisto, nisto, falhou, e portanto aquilo que é possível ter é isto”.

“Eu percebo que se não diga quando se está a tentar salvar [a empresa], agora, uma vez resolvido o problema, tem de se tentar explicar aos portugueses”, completou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que “ainda vai a tempo o Governo de dar essa explicação”. Sobre a eventual constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a Efacec, respondeu que essas decisões cabem ao parlamento, que os partidos têm esse direito e que não comenta o assunto.

A Efacec, empresa que opera nos setores da energia, engenharia e mobilidade, com cerca de 2.000 trabalhadores, tinha sido nacionalizada em 2020, ficando o Estado a deter 71,73% da empresa. A nacionalização, apresentada como temporária, ocorreu na sequência do arresto judicial de bens da empresária angolana Isabel dos Santos, que detinha a maioria do capital da Efacec.

Na terça-feira, o ministro da Economia disse que o Estado vai injetar mais 160 milhões de euros na Efacec, enquanto o fundo Mutares injetará na empresa 15 milhões de euros em capital e 60 milhões de euros em garantias. O Estado já injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.

 

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Novobanco lança companha institucional em dia de resultados recorde

Após o lançamento, em março, da campanha institucional “Agora é o nosso tempo”, em que se assinalava o final do período de reestruturação do banco, o foco é nos “agoras” individuais clientes.

No dia em que apresentou um lucro recorde de 640 milhões de euros até setembro, o Novobanco lança também uma nova campanha institucional, que arranca na noite desta quinta-feira nos principais canais de televisão.

“Para cada agora há um Novobanco” é o mote da campanha, que é materializada em várias peças de balcão, quatro de rádio, comunicação digital em quatro filmes que contam quatro micro-histórias de dez segundos: “O Primeiro”, “Casa Nova”, “A Autocaravana” e “O Negócio”, descreve o banco.

Realizados por João Teixeira e com produção da Fast Forward, nestes filmes são retratados momentos importantes na vida das pessoas. “As histórias que contamos têm uma componente emocional forte, de conquistas, de sorrisos, de cumplicidades, de decisões. E o Novobanco acompanha e está próximo das histórias destas pessoas, que são retratadas nesta campanha com autenticidade nas várias fases das suas vidas: no nascimento do primeiro filho, na mudança de casa, na abertura de um novo negócio, na reforma, na edução dos filhos e muito mais”, diz a marca.

Após o lançamento, em março, da campanha institucional “Agora é o nosso tempo”, em que se assinalava o final do período de reestruturação do banco, o foco agora é nos “agoras” individuais clientes.

A ideia dos momentos, dos “agoras” está presente não só no conteúdo das peças, mas também nos formatos, que pretendem ser, precisamente, momentos instantâneos da vida“, explica o Novobanco, que opta por formatos de publicidade com tempos mais reduzidos. “Os filmes têm apenas 10 segundos, os rádios 15 e todas as peças fotográficas são muito económicas na mensagem, são momentos “roubados” à vida e comentados por um título daquilo que queremos ser para os nossos clientes: o banco que está lá quando eles precisam”, descreve em comunicado.

Trata-se, acredita, de “uma estratégia criativa e de media que, além de respeitar e potenciar a ideia, vai ao encontro das novas formas de consumir conteúdo: tudo cada vez mais compacto, mais sucinto, mais curto, mas sem perder a capacidade de emocionar, de tocar quem nos vê, ouve ou lê”.

A campanha é assinada pela BBDO, com estratégia de meios a cargo do Omnicom Media Group.

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AICEP atrai investimento sul-coreano para a área dos semicondutores

Memorando de entendimento com a multinacional SK, o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, foi assinado esta quinta-feira. Valor do projeto não foi revelado.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) assinou esta quinta-feira um acordo com a empresa SK hynix do grupo sul-coreana SK, que é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, para desenvolver um projeto na área dos semicondutores em Portugal, durante o próximo ano, segundo uma nota enviada à imprensa. O mesmo comunicado não revela, contudo, o valor do investimento.

“A assinatura decorreu esta quinta-feira manhã à margem de uma reunião na residência oficial do primeiro-ministro e surge na sequência da visita oficial do primeiro-ministro, António Costa à Coreia do Sul, em abril”, de acordo com a AICEP.

O mesmo comunicado dá conta de que “a AICEP e a SK hynix reconhecem que a economia global exige uma maior cooperação para fazer face à reorganização das cadeias de valor, de modo a estabelecer canais de abastecimento estáveis e resilientes”.

“Neste contexto, Portugal tem vindo posicionar-se para atrair produção de semicondutores, tendo em vista fortalecer a autonomia estratégica do país e da União Europeia“, lê-se na mesma nota.

O grupo sul-coreano SK é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, que integram os mais diversos produtos usados no dia a dia, como automóveis, smartphones, televisões ou computadores.

O memorando de entendimento foi assinado pelo administrador executivo da AICEP com o pelouro do investimento, João Noronha Leal, e pelo vice-presidente e diretor de tecnologia da SK hynix, Seon Yong Cha, na presença do primeiro-ministro António Costa, do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

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Caso EDP: Julgamento vai parar uma semana e audições de testemunhas vão ser repetidas

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

O despacho determina igualmente a repetição das audições das testemunhas ouvidas nas sessões nos dias 24, 30 e 31 de outubro, nas audiências realizadas após o pedido de escusa da juíza adjunta.

A sessão de sexta-feira do julgamento do Caso EDP foi anulada e os trabalhos só vão ser retomados no dia 10, tendo a presidente do coletivo de juízes decidido repetir as audições das testemunhas ouvidas nas últimas três sessões.

Segundo o despacho do tribunal devido à “extensão e a complexidade dos autos”, as sessões de audiência de julgamento para os dias 03, 06, 07 e 09 de novembro ficam sem efeito. O despacho determina igualmente a repetição das audições das testemunhas ouvidas nas sessões nos dias 24, 30 e 31 de outubro, ou seja, as audiências realizadas após o pedido de escusa da juíza adjunta.

A interrupção e a repetição das inquirições das testemunhas Rui Silveira, Joaquim Goes, Carlos Andrade, Maria Vilar, Manuel Espírito Santo Silva, Carlos Beirão da Veiga e Carlos Cortez devem-se ao afastamento da juíza-adjunta Margarida Ramos Natário, após notícias de que tinha sido casada com António Miguel Natário Rio Tinto, que desempenhou diferentes cargos em diversas entidades do GES e que este teria recebido 1,2 milhões de euros através da sociedade ES Enterprises, considerado o ‘saco azul’ do GES.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.

A mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido –, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.

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Minipreço reforça aposta na proximidade em nova campanha

  • + M
  • 2 Novembro 2023

Com criatividade da Nossa e planeamento de meios da PHD, a nova campanha reforça a importância dos pequenos momentos e reforça a aposta na proximidade.

No Minipreço, sabemos que os maiores prazeres são os mais… pequenininhos. Mesmo no Natal” é o mote da nova campanha multicanal da cadeia de retalho que vai esta quinta-feira para o ar.

Mantendo a assinatura “Minipreço. Ao seu lado, com os melhores preços”, a insígnia pretende transmitir a ideia de que é nas coisas simples que se encontram os verdadeiros prazeres e reforçar a aposta na proximidade. A atriz Sara Prata é o rosto desta campanha.

“O Minipreço mantém intactas as suas premissas de proximidade, de bairro e comunidade, realçando a importância dos pequenos prazeres que, num contexto particularmente desafiante para as famílias portuguesas nos impele a atuarmos no que controlamos: oferecer a melhor qualidade aos melhores preços do mercado”, refere Sebastião da Cunha, head of marketing da Dia Portugal, citado em comunicado.

O responsável destaca também a “extensa renovação da nossa marca própria que trouxe inovação, qualidade e, acima de tudo, acessibilidade aos lineares das lojas Minipreço“.

Assinada pela Nossa, “esta campanha vem no seguimento da anterior, mas adaptada a esta altura do ano, que também está cheia de pequenas coisinhas que, juntas, dão ao Natal a grandeza que tem. São situações com as quais todos nos identificamos de alguma maneira, e essa identificação é também uma forma de passar a proximidade tão presente no ADN do Minipreço”, acrescenta Rui Simões, diretor criativo da agência. O planeamento de meios é da PHD.

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Estudo questiona necessidade do euro digital e aponta riscos

Relatório aponta preocupação com o impacto na estabilidade financeira, na sobrevivência dos atuais operadores de pagamentos ou na privacidade dos utilizadores.

O euro digital acarreta riscos para o sistema bancário e de pagamentos europeu se não for desenhado da maneira correta, aponta um estudo do Centre for European Policy Studies, que ouviu operadores do setor financeiro. Para ser um sucesso, o novo sistema tem de trazer uma “proposta de valor convincente e benefícios claros para os consumidores e comerciantes”.

“Os objetivos do euro digital ou não acrescentam valor a um sistema de pagamentos já eficiente e em constante desenvolvimento, ou estão mal definidos e não são bem justificados, ou a sua relevância para a Europa é limitada e existem formas alternativas de os alcançar“, conclui o estudo “A digital euro beyond impulseThink twice, act once“, realizado pelo Centre for European Policy Studies (CEPS) o European Capital Markets Institute e o European Credit Research Institute.

Um dos objetivos do BCE com esta iniciativa é contribuir para a autonomia estratégica da Europa, tendo em conta que os pagamentos transfronteiriços são dominados por dois operadores norte-americanos: Visa e Mastercard.

Segundo o estudo, aquele objetivo pode ser atingido sem a emissão do euro digital. “Em toda a Zona Euro, já existem sistemas domésticos bem-sucedidos, que fornecem pagamentos instantâneos alternativos aos cartões internacionais. Fomentar a interoperabilidade entre os sistemas existentes – que aspiram a ser o novo normal – seria uma via alternativa, em vez de estabelecer uma nova forma de dinheiro e um sistema de pagamentos para processar transações”.

Defende ainda que existe “o risco de anular as soluções privadas europeias ou falhar na articulação de uma proposta de valor para os consumidores, o que afetaria a concorrência e reduziria a adoção, ao mesmo tempo que falharia no objetivo de desafiar o domínio dos sistemas internacionais de cartões”, aponta o relatório, que resulta dos debates dos membros da “Round Table on the Digital Euro”, onde participaram representantes da banca, dos sistemas de pagamento, do comércio eletrónico e académicos.

Em 10 ou 15 anos podemos ter um sistema que mata todas as outras formas de pagamento. É preciso ter cuidado para que no desenho do euro digital seja tido em conta o contexto atual de sistemas de pagamento.

Karel Lannoo

CEO do Centre for European Policy Studies

Uma preocupação salientada por Karel Lannoo, presidente-executivo do CEPS. “Em 10 ou 15 anos podemos ter um sistema que mata todas as outras formas de pagamento. É preciso ter cuidado para que no desenho do euro digital seja tido em conta o contexto atual de sistemas de pagamento”, alertou numa conferência de imprensa de apresentação do estudo, realizada esta quinta-feira nas instalações da SIBS, em Lisboa.

Para o responsável “a Europa já tem um sistema de pagamentos muito eficiente. É preciso ter uma visão clara das vantagens adicionais para os consumidores. O BCE tem de explicar melhor qual a proposta de valor“, desafia. Esta é, de resto, uma das sete recomendações deixadas pelo estudo, que contou com Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos e Teresa Mesquita, chief product officer da SIBS, nas mesas redondas de debate.

Outro objetivo do BCE é robustecer o euro como âncora da política monetária. O estudo argumenta que as transferências entre bancos e as grandes transações comerciais usam o sistema TARGET2, do BCE, o que já ancora o sistema ao banco central. “Uma forte âncora monetária já está presente mesmo sem o euro digital para o retalho“, alega. Sobre o papel do euro como unidade de conta e meio de pagamento, “o fator determinante é a estabilidade do valor da divisa”, o que é assegurado pela política monetária.

O euro digital suscita também questões sobre a estabilidade financeira. Os consumidores vão passar a ter uma conta direta junto do BCE, com dinheiro numa divisa de curso legal, pelo que pode ser percecionada como mais segura do que ter depósitos num banco. Razão porque será introduzido um limite ao valor em euros digitais que se poderá ter na conta, sendo atualmente apontada a quantia de 3.000 euros.

É necessário garantir que o euro digital não tem consequências em termos de estabilidade e previsibilidade no financiamento da banca e não prejudica o fluxo de crédito para a economia.

Se houver uma crise como a que tivemos há 15 anos, as pessoas quererão pôr todo o seu dinheiro no BCE“, refere Karel Lannoo. “Se de um dia para o outro deixa de haver um limite, matam o sistema bancário porque todo o dinheiro sai dos depósitos para o banco central”, acrescenta. “É necessário garantir que o euro digital não tem consequências em termos de estabilidade e previsibilidade no financiamento da banca e não prejudica o fluxo de crédito para a economia”, aponta o estudo.

O limite faz, por isso, sentido. Mas falta explicar porquê 3.000 euros e não outro montante, aponta Karel Lannoo. Essa é, de resto, outra das recomendações do relatório.

A preocupação com o sistema bancário e de pagamentos estende-se ao impacto sobre a rentabilidade dos operadores privados. “Considera-se que os principais serviços providenciados são gratuitos para os utilizadores individuais. Isto pode criar custos adicionais para os intermediários, afetando a sua rentabilidade e capacidade concorrencial“, alerta o estudo, apelando a que sejam garantidos modelos de negócio sustentáveis e seja promovida a eficiência.

“Deve ser realizada uma análise de custo-benefício holística sobre o impacto de introduzir o euro digital nos atuais agentes do mercado, incluindo as infraestruturas bancárias e de pagamentos”, recomenda-se.

A privacidade foi outro tema abordado. “Estar totalmente digitalizado significa controlo total. A partir do momento em que uma coisa é digitalizada pode ser rastreada”, afirma Karel Lanoo. “Os consumidores poderão não querer usar o euro digital para que o ‘Big Brother’ não saiba o que andam a fazer“, acrescenta. “Questiono-me se estaremos totalmente protegidos”.

A partir do momento em que uma coisa é digitalizada pode ser rastreada. Os consumidores poderão não querer usar o euro digital para que o ‘Big Brother’ não saiba o que andam a fazer.

Karel Lannoo

Presidente executivo do CEPS

Segundo um inquérito do BCE, 43% dos inquiridos consideraram a privacidade como a característica que mais esperavam de um euro digital. O banco central garante que será responsável pela liquidação das transações mas que a informação sobre o cliente ficará apenas no banco ou fornecedor do sistema de pagamento.

Além da versão online, o euro digital deverá ter também uma offline, através de um cartão. Poderá também ser criada uma carteira digital custodiada pelos próprio clientes, através de uma chave que ele só conhece. Características que, segundo o estudo, permitiriam reforçar a privacidade na utilização do euro digital, um tema muito relevante em países como a Alemanha e a Áustria, onde existe maior resistência à nova moeda do BCE, segundo Karel Lannoo.

A versão offline poderia também reforçar a inclusão financeira, relevante para países como Portugal, que tem uma das taxas mais elevadas de população sem conta bancária: 7%.

Ainda que veja vantagens, o relatório conclui que “alguns dos potenciais benefícios de um euro digital (por exemplo, em termos de custos, liquidação, privacidade e inovação) são altamente dependentes das suas características específicas de concepção e apresentam um conjunto de complexidades que são difíceis de implementar”.

Depois de dois anos em estudos, o euro digital passou em outubro para a fase de preparação. Karel Lannoo não tem dúvidas de que o processo vai avançar, podendo estar concluído dentro de três anos. Falta também concluir o processo legislativo na União Europeia que irá dar ao euro digital a força de uma divisa com curso legal, tal como as moedas e notas.

“Para garantir uma adoção generalizada, o euro digital deve oferecer uma proposta de valor convincente e benefícios claros para os consumidores e comerciantes na União Europeia, enquanto o quadro legislativo da UE deve permitir que esses benefícios emerjam”, conclui o estudo. “Comecem com um euro digital o mais simples possível e que inclui apenas as funcionalidades mais básicas”, recomenda.

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