Dimensões dos painéis publicitários em Lisboa vão ser reduzidas

Parece ter chegado ao fim o diferendo sobre os novos painéis publicitários de grandes dimensões em Lisboa. ACP, CML, JCDecaux, e MOP chegaram a acordo.

O Automóvel Club de Portugal, a JCDecaux, a Câmara de Lisboa e MOP chegaram a acordo para alterar as dimensões, luminosidade e localização de alguns dos painéis publicitários que estavam a ser instalados em Lisboa. Uma decisão já homologada pelo Tribunal Administrativo de Lisboa.

A alteração surge em sequência da providência cautelar intentada pelo ACP em setembro, para travar a instalação de 125 painéis publicitários de grande formato nas principais vias de circulação da cidade, por considerar que estas representavam um risco para a segurança rodoviária.

Do acordo resultam as seguintes alterações:

  • 1 painel digital de 100 m2 na 2ª Circular, situado entre o Estádio da Luz e o Centro Comercial Colombo, será substituído por 1 painel digital de 22 m2, devidamente reposicionado de modo a garantir um maior afastamento da via, ficando a 5 metros de distância em relação à berma;
  • 3 painéis digitais de 37 m2 na 2ª Circular, situados respetivamente (i) em frente à Escola Superior de Comunicação Social, (ii) junto ao Estádio de Alvalade e (iii) junto ao Hipódromo – acesso ao Campo Grande, serão substituídos por 3 painéis digitais de 22 m2, devidamente reposicionados de modo a garantir um maior afastamento da via, ficando a 5 metros de distância em relação à berma.
  • O painel digital de 100 m2 e os 3 Painéis Digitais de 37 m2 serão removidos da 2ª Circular serão instalados nos eixos definidos no Contrato de Concessão como preferenciais para o Lote 2, com exceção da 2ª Circular, e mediante prévia auscultação da opinião do ACP, que poderá sugerir ajustamentos e ou alterações de localização, a ponderar pelo município.
  • O painel digital de 220 m2, será instalado na zona de entrada de Lisboa pela Avenida Duarte Pacheco, após o viaduto, no mesmo local onde se encontrava o anterior painel.
  • Os 4 painéis digitais já aprovados pelo Município de Lisboa, sitos na 2ª circular — acesso à 2ª circular após rotunda da BP; antes da saída para a rotunda do Aeroporto (McDonald´s); após a entrada da rotunda do aeroporto “KFC”; após Azinhaga das Galhardas — não serão aí instalados, de modo a não se aumentar o número de painéis nessa via de circulação.
  • O ACP aceita os dois painéis digitais de 37 m2 instalados na Calçada de Carriche.

Para alcançar este acordo, descreve o ACP, “o município acordou fazer, juntamente com o ACP, uma reavaliação dos painéis por este indicados, tendo sido reanalisadas e discutidas — por uma equipa multidisciplinar com valências técnicas e expertise em matérias como a acessibilidade, a mobilidade, a segurança contra incêndios e a segurança rodoviária, e reforçada com pareceres externos e internos — as condições de instalação e a sua conformidade com as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente, em matéria de distanciamentos e afastamentos obrigatórios, de acessibilidade e mobilidade e de segurança de pessoas e bens“.

O Automóvel Club de Portugal, recorde-se, deu entrada em setembro com uma providência cautelar contra a Câmara Municipal de Lisboa e as empresas JCDecaux e MOP – Multimedia Outdoors Portugal, pela aprovação e instalação de até 125 painéis de publicidade digital de grande formato em toda a cidade.

De acordo com a informação avançada na altura, a providência apresentada no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa pretendia impedir o funcionamento de painéis luminosos de grandes dimensões, já instalados, bem como não permitir a instalação de novos painéis desta natureza que, claramente, são um fator de distração à condução e um risco enorme para a segurança de todos, condutores e peões, defende.

A distração ao volante é uma das principais causas de sinistralidade rodoviária em todo o Mundo e Portugal permanece claramente acima da média europeia em número de mortos e feridos na estrada“, escrevia o ACP, salvaguardando que “não está em causa para o ACP a existência de mobiliário urbano com publicidade digital, apenas a sua localização e dimensão, claramente atentatórias da segurança rodoviária”.

Em causa estão os novos painéis de grande dimensão, que estavam a ser instalados na sequência do contrato ganho pela JCDecaux em 2022 para a exploração de publicidade na cidade.

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Fã da série Narcos? Agora pode dormir no jato privado de Pablo Escobar

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Janeiro 2025

O 727 sem asas, com assentos de couro originais e uma retrete dourada, que alegadamente pertenceu ao narcotraficante-estrela Pablo Escobar, já não voa, mas recebe os fãs para uma estadia animada.

O Jato executivo 727-100 que alegadamente pertenceu ao Rei da Cocaína da Colômbia foi convertido a alojamento e está disponível como Airbnb e Bristol, no Reino Unido. Um bom pretexto para juntar três amigos e fazer uma farra das antigas, como uma estrela rock dos anos 80, sem descolar do solo. Garantidamente que Escobar não aparecerá de arma em punho dando-lhe a escolher “plata o plomo?” (dinheiro ou chumbo).

Um Boeing convertido à “vida civil”
Foi em 2012 que o empresário britânico Johnny Palmer encontrou este jato num cemitério de aeronaves. Na altura, pensou que seria um “brinquedo” engraçado para a família, um local inusitado para passar a noite com as crianças. Adquiriu-o sem motores nem asas e rebocou-o para um parque industrial em Bristol. Mas durante o restauro, que durou dois anos (cerca de 1000 horas), começou a nascer a ideia de dar a este avião uma segunda vida como hotel temático. “Estava lá tudo, e fizemos um trabalho de restauro adequado, por isso parece que nunca saiu dos anos 80. Há muitos projetos de restauro de aviões comerciais, mas este é o único jato executivo do mundo”, contou Palmer à Robb Report.

Construído em 1968 pela Japan Airlines, foi convertido em jato privado em 1981. O jato vinha equipado com os bancos em pele originais, chuveiro e retrete banhados a ouro e painéis em madeira de nogueira, e Palmer acrescentou, na renovação, iluminação, canalização, televisões modernas e uma cozinha. Com espaço para alojar quatro pessoas a dormir a bordo – duas na cabine de popa e duas em camas de solteiro – tem ainda possibilidade de converter outros assentos em camas.

A Robb Report confirmou: há um 727 comercial adaptado no Alasca, que também é Airbnb; existe um outro no Reino Unido; e um Lockeed Constelation Starliner de 1958 foi convertido em bar no aeroporto JFK em Nova Iorque. Mas nenhum deles oferece a mesma excitação de dormir a bordo do jato provado de um antigo barão da droga. Embora Palmer admita que a ligação a Escobar possa não passar de mito urbano, uma vez que nunca se conseguiu provar que era ele o proprietário do 727 sem asas. “Mesmo sem certezas, as pessoas continuam a adorar um bom mistério. Ou viver a fantasia de ser bilionário por uma noite e depois regressarem às suas vidas normais”, explicou Palmer.

Cada noite a bordo deste Airbnb custa entre os 300 e os 600 euros, dependendo se for ao fim-de-semana ou não. O facto de o avião não ter nem asas nem motores poupa, a Palmer, os custos associados à propriedade de aeronaves, que podem ascender a milhões de euros ao ano. “Toda a gente gostava de ter um jato privado, certo? Mas este é perfeito, mesmo o que eu queria – um que não voa”, brinca Palmer. E o negócio parece correr tão bem, que o empresário já planeia adicionar outras aeronaves adaptadas à coleção. Sem asas e sem motores, obviamente, pois para dormir nas nuvens, basta uma boa cama.

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Governo dá luz verde para ANA prosseguir com novo aeroporto. Quer negociar custos, financiamento e prazos

Governo informou esta sexta-feira a ANA que pretende que a concessionária avance com a preparação da candidatura à construção do aeroporto Luís de Camões.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz (D), o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (2-D), o presidente da ANA, José Luis Arnaut (2-E), e o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière (E), recebem o Relatório Inicial (High Level Assumption Report) da concessionária ANA sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária de Lisboa. ANDRÉ KOSTERS/LUSA

O Governo informou esta sexta-feira a ANA que pretende que a concessionária avance com a preparação da candidatura à construção do aeroporto Luís de Camões. A redução de custos, o financiamento e os prazos do projeto serão prioridades na negociação.

A proposta formulada no Relatório Inicial da ANA, entregue ao Executivo a 17 de dezembro, prevê a construção de duas pistas, com possibilidade de expansão futura para quatro pistas. O cenário central prevê um custo um pouco acima dos 8 mil milhões de euros, financiado através da alteração das taxas aeroportuárias e da extensão do prazo de concessão.

O Ministério das Infraestruturas sublinha em comunicado que “a indicação do Governo, que pretende que a concessionária prepare a candidatura, não constitui, nem pode ser interpretada como constituindo uma aceitação do conteúdo, termos, condições e/ou pressupostos do relatório inicial“.

O Executivo indica ainda que na discussão com a concessionária irá “procurar reduzir o custo total do projeto”, estando disponível para discutir “ajustes às especificações do aeroporto”. Irá ainda “rever e discutir o modelo financeiro, nomeadamente no que diz respeito aos pressupostos de alteração de taxas aeroportuárias, da extensão da concessão e da partilha de riscos”. A este respeito, assinala ainda que a proposta de
financiamento apresentada não prevê a contribuição direta do
Orçamento do Estado.

O Ministério liderado por Miguel Pinto Luz reitera também a intenção de estudar alternativas para “abreviar as fases anteriores ao início da obra“, uma vez que o prazo de construção é de seis anos, para antecipar a conclusão do projeto. O contrato de concessão dá três anos à ANA para preparar a candidatura.

Diz ainda que vai “exigir o total cumprimento da legislação ambiental aplicável, garantindo que os devidos Estudos de Impacto Ambiental se realizam de modo célere”. Um princípio que também se aplica às obras para a melhoria operacional e aumento de capacidade do aeroporto Humberto Delgado.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a criação da Estrutura de Gestão e Acompanhamento dos Projetos de Aeroportos para o acompanhamento técnico do contrato de concessão com a ANA e coordenar, em representação do Estado, a negociação com a concessionária sobre a construção do Aeroporto Luís de Camões e as obras no Humberto Delgado.

O Governo propôs ainda à ANA a assinatura de um memorando de entendimento “tendo em vista a clarificação dos momentos procedimentais que se seguem e clarificar o conteúdo pretendido pelo Concedente a incluir na candidatura ao novo aeroporto”.

A ANA diz que está aberta a colaborar com o Governo. “Na sequência da decisão do Governo hoje conhecida, a ANA e a VINCI Airports reiteram o seu compromisso com o Estado português, prosseguindo assim para a próxima fase de desenvolvimento do Aeroporto Luís de Camões, em colaboração com o concedente e em conformidade com o contrato de concessão e com as melhores práticas ambientais”, avançou fonte oficial da concessionária, em nota enviada à Lusa.

A confirmação do processo para o avanço da candidatura é uma das muitas formalidades que são necessárias até poder arrancar a construção do novo aeroporto. Cumprido este passo, segue-se um período de consulta pública aos “cinco maiores operadores aéreos e outras partes interessadas”, como prevê o contrato de concessão, bem como a entidades públicas. A ANA tem seis meses para apresentar um Relatório das Consultas que deve incluir comentários sobre a localização proposta para a nova infraestrutura, principais especificações e níveis das taxas aeroportuárias.

(notícia atualizada às 11h20 com reação da ANA)

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Beberia um whisky criado pela cantora Beyoncé?

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Janeiro 2025

Pode por o cepticismo de parte, pois o whisky em causa tem tudo para ser de qualidade. Já ouviu falar no Sir Davis? Nele há uma mistura fina de amor, conhecimento e um toque de clandestinidade.

Beyoncé com o master distiller Bill Lumsden

O facto de ter sido feito em colaboração com a Moët Hennessy deveria ser, por si, endorsement suficiente. Embora produzido nos Estados Unidos, Sir Davis tem inspiração escocesa e japonesa, o que também pesa a seu favor. Mas é o storytelling que o irá conquistar. É que a cantora, vencedora de 32 Grammys, quis homenagear o seu bisavô – Davis Hogue, que produzia ilegalmente bebidas no tempo da Lei Seca e, mesmo sendo negro, era tratado na destilaria por “Sir” – e dedicou-se de corpo e alma na criação deste whisky.

Ah, e sim, é um whisky – e não um whiskey, como costumam ser as produções americanas. “Beyoncé sempre sentiu um chamamento para o whisky, e expressou essa vontade na primeira reunião conosco para desenvolver o Sir Davis. O whisky está no ADN dela”, disse Cameron George, blender do Sir Davis e Global Head of Advocacy na Moët Hennessy, na conferência de imprensa de apresentação da bebida. Beyoncé Knowles-Carter queria que este whisky fosse em tudo diferente. Não só na garrafa, que ajudou a desenhar, e que se mostra alta e flautada, lembrando uma escultura decorativa, por oposição ao design habitualmente baixo e robusto das garrafas de whisky. Como que numa tensão entre feminilidade e masculinidade. “Beyoncé disse uma coisa bonita: porque não pode ter um pouco de ambas?”, acrescentou George.

Memórias do bisavô da cantora, Davis Hogue, o homenageado

Foi há dois anos que foram escolhidos os grãos e o processo de produção do Sir Davis. George apercebeu-se que o paladar da cantora favorecia os whiskies de estilo japonês, que são inspirados no tradicional whisky escocês. A Queen B da Pop contou ainda com o know-how do master distiller escocês Bill Lumsden, da Glenmorangie (uma marca que também está sob a alçada da Moët Hennessy). E é por isso que este é um whisky americano – produzido na Woodinville Whiskey Co., propriedade da LVMH no estado de Washington – mas com os sabores da Escócia e do Japão, com cevada maltada na receita.

Não sendo um whiskey, os aficionados do bourbon vão reconhecer no Sir Davis os aromas adocicados do mel, da marmelada de laranja e até do caramelo dos barris de jerez usados no envelhecimento. O resultado é uma bebida clean, suave e arredondada, macia e fácil de beber. Convencido?

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Polónia investe 2,5 mil milhões para preparar possível invasão

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

Investimento vai servir para criar infraestrutura ao longo dos 800 quilómetros das fronteiras da Polónia com a Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e o território russo de Kaliningrado.

A Polónia vai investir 2,5 mil milhões de euros (10 mil milhões de zloti) numa infraestrutura para se preparar para a possibilidade de uma invasão como a que a Ucrânia está a tentar debelar há quase três anos. De acordo com um documento do Governo de Donald Tusk consultado pela agência Lusa, o Executivo polaco avançou com um projeto intitulado “escudo de leste” para reforçar até 2028 a capacidades de dissuasão e coartar a mobilidade dos militares de um país invasor.

Em causa está a invasão russa à Ucrânia e a incapacidade de expulsar os militares russos do território que ocuparam há quase três anos e que deixou Varsóvia em alerta.

Em concreto, a Polónia vai investir 2,5 mil milhões de euros na criação de uma infraestrutura ao longo de 800 quilómetros, cobrindo a totalidade das fronteiras com a Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e o território russo de Kaliningrado.

Fonte de um dos ramos das Forças Armadas do país explicou que foi necessário aprender com o que correu mal na Ucrânia em fevereiro de 2022, nomeadamente, a incapacidade de os militares ucranianos impedirem o avanço dos soldados russos até Kiev.

Uma das principais medidas deste programa é coartar as possibilidades de acesso de um país invasor a Varsóvia e outras cidades de maior dimensão.

Para isso, a Polónia quer reequipar as estradas para, se o dia chegar, atrasar qualquer avanço de veículos invasores, nomeadamente carros de combate.

Em fevereiro de 2022, os veículos militares russos chegaram às portas de Kiev em pouco mais de 48 horas.

Em simultâneo a infraestrutura criada também visa melhorar a mobilidade dentro do território dos militares polacos, para que, mais rapidamente cheguem a locais com presença de militares invasores.

O reforço da capacidade de dissuasão incluiu uma utilização maior de drones (veículos aéreos sem tripulação e remotamente manobrados) e sistemas de defesa antiaérea, aprendendo com o que acontece ainda hoje na Ucrânia, em que a Rússia bombardeia infraestruturas civis ucranianas.

A linha de defesa não é só ao longo dos 800 quilómetros de fronteira, também é para criar uma ‘rede’ de contenção de entre 50 a 100 quilómetros dentro território polaco.

No cenário de uma invasão, uma das últimas fases também envolve a colocação de minas no território polaco, para impedir o avanço das tropas, mas fonte militar não esclareceu como seria implementada esta decisão, dizendo apenas que seria um dos últimos recursos a ser ponderado e apenas em cenário de impossibilidade de conter o avanço de tropas invasoras de outra maneira.

A Polónia preside ao Conselho da União Europeia (UE) durante os primeiros seis meses de 2025 e escolheu a segurança como prioridade. O objetivo, explicou na quarta-feira de tarde o ministro polaco para a UE, é criar as bases para um reforço das capacidades de defesa dos países europeus, incentivando a cooperação entre as 27 nações do bloco político-económico e o reforço da base industrial de defesa europeia, depauperada nas últimas décadas.

(Notícia atualizada às 13h30 para corrigir o valor de 10 mil milhões para 2,5 mil milhões de euros)

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Portugal arrisca falhar metas na reciclagem de embalagens, apesar da subida de 4% em 2024

Em 2025, o país terá de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado, mas no ano passado a taxa de retoma ficou-se por 57,8%, segundo dados da Sociedade Ponte Verde.

Os portugueses encaminharam para a reciclagem um total de 476.605 toneladas de embalagens em 2024, o que representa um aumento de 4% face ao ano anterior. Ainda assim, Portugal continua longe da nova meta definida para este fluxo de resíduos urbanos durante este ano.

É que em 2025 o país terá de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado, mas no ano passado a taxa de retoma ficou-se pelos 57,8%, segundo os dados preliminares divulgados pela Sociedade Ponte Verde, que alerta que “temos de tornar o sistema mais eficiente para atingir as novas metas”.

Após a decisão do Governo de aumentar os valores das contrapartidas para financiar o SIGRE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens, o sistema conta este ano com mais 113 milhões de euros, num total estimado de 235 milhões (vs. 122 milhões em 2024) só para a gestão dos resíduos de embalagens.

Este montante é pago pelas entidades gestoras de resíduos de embalagens aos Sistemas Municipais, Intermunicipais e concessões, para procederem à recolha seletiva de resíduos urbanos de embalagens, que asseguram a triagem e pré-preparação para reciclagem destes resíduos nos seus diferentes materiais (como vidro, plástico ou papel/cartão).

Em comunicado, a SPV fala numa “oportunidade única para aumentar a performance de todo o sistema e colocar Portugal na rota do cumprimento das metas da reciclagem de embalagens, cabendo às autoridades garantir a eficiência da operação”. A injeção de mais 113 milhões tem de traduzir-se na melhoria significativa do nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais na recolha”, adverte.

“O ano de 2025 tem de ser de viragem na recolha seletiva das embalagens. Com mais fundos à disposição do sistema, esperamos mais recolha e reciclagem destes resíduos, assim como uma atenção permanente das autoridades à forma como evolui a performance de toda a operação. É fundamental resolver os problemas existentes, que estão bem identificados, ao nível da prestação do serviço ao cidadão”, avisa a CEO, Ana Trigo Morais.

No que toca aos restantes materiais, no papel/cartão foram encaminhadas para reciclagem 158.146 toneladas, 6% a mais do que em 2023, enquanto o vidro “continua a merecer particular preocupação, já que o seu ritmo de crescimento continua aquém da meta”: aumentou apenas 1%, para 213.870 toneladas depositadas no vidrão. A SPS frisa que “é fundamental que sejam implementadas soluções específicas, com a adaptação de ecopontos às necessidades dos estabelecimentos HORECA, como o baldeamento assistido, que são facilitadores na deposição e envio para reciclagem”.

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“O meu maior luxo? Uma grelha, um frapê com vinho, família e amigos à volta”

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Janeiro 2025

António Maçanita é enólogo, consultor e produtor de vinhos em quatro regiões diferentes do país. É nosso convidado na rubrica "Num Instante" e mosta aqui o seu lado mais epicurista.

Inconformado, disruptivo, inconveniente, ousado, inquieto, arrebatador. Estes são alguns dos adjetivos com que muitos definem tanto António Maçanita – enólogo, consultor e produtor do que o próprio define como slow-wines –, quanto os vinhos que cria. A Fora de Série acrescentaria mais três epítetos: bem-disposto, bon-vivant e gourmet. Foi o que sobressaiu desta conversa “Num Instante”, em que o criador da nova versão do vinho Enxarrama mostrou a sua veia mais epicurista. Nela ficamos a saber que, embora a bebida que melhor o define seja “uma cerveja fresquinha para lavar a adega”, o vinho é, sem surpresas, o prazer mais presente na sua vida. Que é o ingrediente que tem em maior quantidade no seu frigorífico: “cerca de 200 garrafas de bom vinho – branco, tinto e champanhe, de produtores nacionais e internacionais – à temperatura certa para pecar ao final do dia”. E que o seu guilty pleasure é abrir, ao jantar (com um grupo de amigos, presumimos), “duas mãos cheias de garrafas para provar às cegas”. E é a vinha o sítio onde se refugia quando busca inspiração.

Outro pecado que assume é o da gula, sobretudo se for para comer o salame de chocolate da mãe. E as raízes açorianas (é lisboeta, mas filho de pai açoriano e mãe alentejana) sobressaem na hora de encomendar a derradeira refeição: lírio grelhado com pimentos assados.

O enólogo, que fez o primeiro vinho aos 23 anos, produz vinhos em quatro regiões diferentes e lança no mercado, anualmente, mais de 50 rótulos de assinatura – por muitos deles recebeu vários troféus e distinções, nacionais e internacionais. Pela ligação ao mar que sempre teve, pensou em ser biólogo marinho, mas acabou por escolher Engenharia Agroindustrial. Em boa hora, pois o mundo perdia um enólogo de mão cheia.

Quando precisa de se inspirar vai…

Passear na vinha

Prato que pedia se estivesse no corredor da morte?

Lírio grelhado e uns pimentos assados

Que talento mais gostaria de ter?

Saber tocar guitarra

Um guilty pleasure.

Quando janto é impossível não abrirmos pelo menos duas mãos cheias de garrafas, tudo provado em cegas.

Um defeito imperdoável.

Deslealdade

O que é para si o maior luxo?

Uma grelha, um frapê com vinho, família e amigos à volta.

Um ícone de estilo?

O Méhari amarelo do avô.

O que o faz rir?

Pessoas boas que sabem rir de si próprias.

No seu frigorífico há sempre…

Champanhe, brancos, tintos, de outros produtores nacionais e internacionais, mais de 200 garrafas à temperatura para pecar no final do dia.

Noutra vida foi…

Professor

O melhor conselho que já recebeu?

“Não te compares com os outros, compara-te contigo próprio”

Restaurante da vida?

Há tantos e tão bons, mas a minha casa em Lisboa é, e sempre foi, o Bistrô 100 Maneiras.

Bebida que o define?

Cerveja fresquinha para lavar a adega

Personagem que convidava para jantar?

Ferreira Lapa, o ilustre agrónomo do século XIX. Gostava de lhe mostrar o novo Enxarrama.

Uma perdição a que não resiste?

Salame de chocolate da minha mãe.

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2025 com uma casa mais eficiente? Saiba os apoios que estão à porta

Há três programas que apoiam a eficiência energética dos edifícios na calha para 2025. Dois são novos e um é reforçado.

Apostar na eficiência energética é uma das formas mais diretas de poupar energia e ganhar algum conforto no lar. Em 2025, abre-se um novo capítulo nos apoios estatais destinados a esta área, que serão mais focados em famílias vulneráveis e deverão ser lançados durante o primeiro trimestre, segundo indica o Governo. Conheça-os, desde os benefícios que trazem até ao respetivo orçamento.

São dois os novos programas que irão estrear no próximo ano: o E-Lar e o Bairros+Sustentáveis, ambos focados em famílias vulneráveis. E há um outro, lançado pelo anterior Governo, que “vai a prolongamento”: o Programa Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis. De acordo com a ministra, em declarações à CNN, a aposta em programas de eficiência energética justifica-se por duas razões. Por um lado, há a pressão das diretivas europeias, que preveem que até 2032 os edifícios sejam “completamente reformulados” em termos de eficiência energética. Por outro lado, afirma que “é muito benéfico para todos ter maior conforto térmico”, até porque a pobreza energética “tem impacto também na saúde dos portugueses”.

Reforço nos apoios “das janelas”

O Programa Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, herdado do anterior Governo, destinava-se a apoiar a instalação de painéis solares, janelas e torneiras eficientes. Em 2025 vai ter um ponto final mas, antes disso, vão ser reforçadas as verbas disponíveis, de forma a dar resposta às cerca de 80 mil candidaturas que já foram entregues mas não foram sequer analisadas.

As candidaturas pendentes vão ser avaliadas e, caso sejam consideradas elegíveis, terão resposta através de um reforço de 60 milhões de euros nos fundos disponíveis para este aviso. Isto porque estavam já “de parte” 90 milhões destinados a este fim, mas apenas 30 milhões tinham sido lançados no âmbito do aviso que teve lugar em 2023.

O Governo, em declarações ao ECO/Capital Verde, promete um processo de candidatura “muito menos burocrático e com menos grau de complexidade do que as do aviso anterior e que está a ser pago“.

E-Lar

O programa E-Lar destina-se a melhorar o conforto térmico das habitações e apoiar as famílias na aquisição de equipamentos eficientes e na eletrificação de consumos energéticos, incentivando também a reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida.

A sustentar este programa estará um financiamento de 50 milhões de euros. Este programa é semelhante ao antigo Vale Eficiência, na medida em que promove a aquisição de equipamentos eficientes, mas distingue-se do mesmo pela maior facilidade que se pretende criar na obtenção do apoio. O valor vai ser entregue na forma de um vale aos cidadãos que tenham a candidatura aprovada, em vez de o beneficiário ser obrigado a adiantar a verba.

Bairros+Sustentáveis

O Programa Bairros+Sustentáveis é dirigido a intervenções de eficiência energética em territórios com maiores vulnerabilidades sociais e riscos de pobreza energética, de que são exemplo bairros sociais e bairros históricos. O programa vai permitir uma maior aposta tanto no isolamento térmico de edifícios como em espaços públicos, incluindo zonas verdes.

Neste caso, os beneficiários serão as empresas municipais de habitação, as IPSS — Instituições Particulares de Solidariedade Social e as associações de moradores. Cada entidade ficará responsável pela execução das intervenções.

Para dar resposta neste âmbito, o Governo prevê desembolsar outros 50 milhões de euros, à semelhança da verba destinada ao E-Lar.

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Governo garante que nova lei dos solos baixará em 20% o preço das casas

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

"Poder comprar casas novas em que o limite máximo de preço fica 20% abaixo dos atuais preços de mercado não só previne, como impede a especulação", refere o ministro Manuel Castro Almeida.

O Governo garante que a nova lei dos solos fará baixar em 20% o preço das novas casas nas áreas metropolitanas e capitais de distrito, fixando valores abaixo dos registados em Portugal em 2024.

Em informação enviada à Lusa, o Ministério da Coesão Territorial assinala que a “nova lei fixa para as casas novas preços máximos que estão abaixo dos valores médios das transações imobiliárias registadas em Portugal em 2024”, recorrendo ainda ao Instituto Nacional de Estatística (INE) para afirmar que “o atual preço médio do metro quadrado em casas novas é 50% superior ao da habitação usada”.

“Poder comprar casas novas em que o limite máximo de preço fica 20% abaixo dos atuais preços de mercado não só previne, como impede a especulação”, afirma o ministro Castro Almeida, citado pelo documento.

Manuel Castro Almeida, ministro adjunto e da Coesão TerritorialRicardo Castelo/ECO

Entende o Governo que a lei publicada a 30 de dezembro de 2024, que vai permitir às autarquias libertarem terrenos rústicos para a construção de casas para a classe média a preços moderados, irá ter um efeito anti-especulativo relevante no mercado.

Recorrendo à análise dos valores das escrituras de casas novas registadas na plataforma Confidencial Imobiliário em 2024, o ministério refere que “os valores médios do metro quadrado das casas vendidas nos concelhos com mais procura — Grande Porto, Grande Lisboa e capitais de distrito — são notoriamente mais altos do que o limite máximo imposto pelo Decreto-Lei 117/2024″.

“Para além de Lisboa ou de Cascais, onde a diferença atinge os 45% e os 48%, há cidades relevantes como Sintra (36%) Viana do Castelo (34%), Gaia (32%), Braga (28%), Vila do Conde (27%), Viseu e Setúbal (26%), Barreiro (24%), Oeiras (23%), Aveiro (23%) ou Coimbra (21%), em que o limite imposto pela nova lei fica consideravelmente abaixo dos preços atualmente praticados no mercado”, prossegue a informação enviada à Lusa.

As virtudes da lei não se limitam a combater a especulação (…), impedindo o nascimento de prédios no meio dos espaços rurais.

Castro Almeida

Ministro da Coesão Territorial

Recorrendo novamente aos números, o Governo cita os “dados mais recentes do Índice de Preços no Consumidor (IPC) do Instituto Nacional de Estatística” para assinalar que “no terceiro trimestre de 2024 o valor médio do metro quadrado da habitação nova foi 50% mais alto do que o valor médio de venda da habitação usada — sendo que todas as casas que irão nascer nos terrenos rústicos que as autarquias transformarem em áreas de construção serão totalmente novas”.

O ministro Castro Almeida sustenta que “as virtudes da lei não se limitam a combater a especulação (…), impedindo o nascimento de prédios no meio dos espaços rurais” e assegura que “a passagem de terrenos rústicos a urbanos é impossível sempre que estiverem em causa leitos de cheia, zonas inundáveis, terrenos definidos como aptos para a agricultura pela Reserva Agrícola Nacional ou zonas classificadas como a Rede Natura 2000”.

“Para resolver todos os problemas da habitação no país, será preciso muito menos do que 1% de todos os terrenos rústicos disponíveis”, assegura o governante, para quem “a dispensa de burocracia e da aprovação central não irá tornar as decisões das autarquias menos transparentes: não só os executivos camarários integram os vereadores da oposição, como as assembleias municipais contam com os representantes dos principais partidos e com todos os presidentes de juntas de freguesia”.

Enfatizando que a nova lei permitirá “às autarquias libertarem terrenos para a construção de habitação para a classe média em todo país”, lembra que “os solos terão de ser compatíveis com a área urbana já existente, sendo que pelo menos 70% da sua área deverá ser ocupada por edifícios de habitação”, continua o documento.

Conclui o ministério que a decisão de libertar os terrenos para o uso habitacional “fica apenas dependente das câmaras municipais e das assembleias municipais — não terá de ir a mais nenhuma instância”.

“A medida inclui-se no plano ‘Construir Portugal’ e possibilita, a título excecional, a criação de áreas de construção em solos compatíveis com área urbana já existente. Mantêm-se as regras em vigor para as reserva Agrícola e Ecológica nacionais”, assinala o documento.

Para Castro Almeida, “esta é uma boa forma de aumentar a construção de habitação, garantindo preços ao alcance da classe média sem dissuadir as empresas do setor imobiliário de investirem”, recorrendo novamente ao INE para recordar que “em 2002 construíram-se 125 mil fogos, contrastando com apenas 22 mil fogos em 2022”.

O anúncio da nova lei gerou contestação, com o PS a propor alterações ao decreto, enquanto os deputados da comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovaram por unanimidade o requerimento do BE para audição, com caráter de urgência, do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, da Rede H – Rede Nacional de Estudos sobre Habitação, da arquiteta de Helena Roseta e de Jorge Moreira da Silva, que era ministro do Ambiente em 2013, quando a lei dos solos foi originalmente aprovada.

Pelo meio, mais de 600 especialistas e antigos responsáveis políticos criticaram, numa carta aberta, a medida enquanto a Associação Nacional de Municípios Portugueses considerou que, na alteração à lei dos solos, é positiva a visão de colocar mais responsabilidades nas câmaras, mas defendeu que há melhorias que podem ser feitas.

Na próxima terça-feira o ministro irá ser ouvido na comissão e no dia 24 o parlamento irá pronunciar-se sobre o assunto.

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2025 Tech Leadership Perspectives: o evento que revela tendências e estratégias do mercado tecnológico

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Janeiro 2025

O ECO vai ser o media partner do evento que apresenta o Tech Salaries Benchmark 2025, dia 30 de janeiro no Beato, em Lisboa, com insights sobre salários e tendências do mercado tecnológico.

No próximo dia 30 de janeiro, a partir das 17h30, o Beato Innovation District, em Lisboa, recebe a apresentação da edição de 2025 do Tech Salaries Benchmark, promovida pela Damia Group Portugal. O evento 2025 Tech Leadership Perspectives – Portugal Tech Salary Benchmark and AI’s Impact of Tech Leadership terá lugar na Factory Lisbon e contará com a presença de líderes e especialistas do setor tecnológico.

O ECO será media partner desta iniciativa, que se afirma como um ponto de encontro obrigatório para gestores, CTOs e profissionais de recursos humanos. O evento é de participação gratuita, contudo com inscrição obrigatória, que deve ser feita aqui.

Cláudio Menezes, CEO da Damia Group Portugal, antecipa os principais destaques do estudo, que vão muito além de salários e tendências, e revela quais serão os principais momentos do evento.

O que podemos esperar da apresentação do Tech Salary Benchmark 2025?

Denominado “HTTP: Hiring Tech Talent in Portugal”, a edição de 2025 deste estudo salarial do mercado tecnológico português promete ser o guia mais robusto, à data, para a contratação e retenção de talento. Mais do que números e estatísticas, este documento tem sido uma verdadeira ferramenta de suporte, para empresas e candidatos do setor, para a tomada de decisões mais informadas sobre atração e retenção de talento, num mercado cada vez mais competitivo.

O que todos querem saber é se os salários em tecnologias de informação continuam ou não a subir, mas mais do que isso, a nossa abordagem vai no sentido de revelar o que é que as empresas precisam de fazer para atrair o melhor talento, e isso passa pelos salários, mas não só.

Nesta edição podem também encontrar:

– Tendências e padrões, incluindo o impacto de algumas tecnologias como a IA;

– Dinâmicas de Mercado e Modelos de Trabalho, incluindo as questões do trabalho remoto (veio para ficar ou vamos voltar ao tempo pré-pandemia?);

– Tecnologias em crescimento e respetivas valorizações salariais.

Quais são os principais destaques do evento?

O evento baseia-se na revelação pública dos principais resultados e tendências identificadas no estudo ao mercado de talento tecnológico em 2024. Será apresentado por duas especialistas de Recrutamento Tech da Damia Group Portugal – Alexandra Teixeira e Ângela Lopes.

Na segunda parte do evento, teremos um painel com 5 líderes do setor para discutir alguns dos resultados do estudo e também um dos tópicos mais prementes da atualidade: a Inteligência Artificial. Muito se debate se a IA irá ou não substituir os programadores informáticos. No evento, iremos abordar este tema numa perspetiva diferente: qual será o impacto da IA para os quadros médios e de liderança deste setor.

Iremos ainda explorar a experiência dos oradores com o estabelecimento de Tech Hubs em Portugal para as suas empresas; uma tendência que continua em crescendo e que pode claramente ser um foco estratégico para Portugal, para atrair investimento e criar mais emprego altamente qualificado.

Qual é a importância do Tech Salaries Benchmark para o setor tecnológico em Portugal?

Sendo esta a terceira edição do nosso estudo salarial, temos sentido o seu impacto ano após ano. Falamos com líderes de RH e Tecnologia todos os dias e conhecemos bem as dificuldades de quem recruta talento tecnológico, de quem procura construir equipas de alta performance altamente qualificadas, e de quem precisa de navegar num contexto muito competitivo onde, muitas vezes, não há uma visão clara por onde começar para se encontrar as pessoas certas.

Este documento é um primeiro passo para qualquer líder, ou profissional do setor, ter uma visão clara e pragmática do panorama do setor e uma orientação para obter melhores resultados. Mais do que revelar quais são os salários praticados no mercado, o nosso estudo procura responder a uma questão bem mais pertinente: “quanto é que a minha empresa precisa de pagar ou fazer para ser relevante e captar o melhor talento?”.

O estudo conta com um universo superior a 5.000 candidatos, que tiveram entrevistas para vagas reais e que partilharam as suas expectativas salariais, sendo esse o padrão mais fidedigno para quem quer contratar.

Já podem adiantar nomes de outros oradores para além de Timo Steinbrenner?

Iremos contar com duas especialistas de Recrutamento Tech da Damia Group Portugal – Alexandra Teixeira e Ângela Lopes -, na apresentação do estudo salarial e, no painel de debate:

Timo Steinbrenner (VP of Software Engineering da SIXT, que vem de Munique para este evento e tem a seu cargo mais de 300 engenheiros de software)

Stefanie Beckmann (Co-founder & Managing Director da 7.1 Tech Hub no Porto, o braço tecnológico do grupo ProSiebenSat.1 Media, um grupo alemão de Media)

Pedro Torres (Senior Director of Software Engineering da Salsify, unicórnio norte-americano que escolheu Lisboa para o seu primeiro escritório europeu)

Rui Gramacho (VP of R&D Europa da Vizrt, empresa norueguesa líder mundial em soluções de produção para a indústria de Media e transmissão de conteúdos, e que escolheu Portugal para o seu Tech Hub.)

Marc Braun (Head of Operations da Airbus Portugal, que tem a seu cargo mais de 250 engenheiros do Tech Hub português.)

O debate será moderado por Cláudio Menezes, CEO da Damia Group Portugal, estabelecida há 7 anos em Portugal e que já se afirmou como a agência boutique de referência para a contratação de perfis tecnológicos altamente qualificados.

Por que motivos este evento é essencial para CTOs, diretores de RH e gestores de empresas tecnológicas?

Desde o fim da pandemia que o mercado está sedento de novos eventos presenciais que potenciem o encontro e partilha de ideias entre líderes e profissionais. Tendo em conta o conteúdo e as temáticas abordadas, esta é uma excelente oportunidade de arrancar o ano com uma visão clara sobre o setor, dar e receber perspetivas valiosas e tomar decisões mais acertadas ao longo de todo o ano.

As vicissitudes do mercado de talento tecnológico levaram-nos a criar o conceito “HTTP: Hiring Tech People in Portugal”, que vai além do estudo meramente salarial e se tem revelado um guia fundamental para centenas de gestores em Portugal.

Vão existir oportunidades para os participantes interagirem com os líderes do setor?

Sem dúvida. Esperamos cerca de 100 pessoas neste evento e muitos dos participantes serão líderes e decisores das áreas de RH e Tecnologia de empresas muito interessantes estabelecidas em Portugal. O cocktail de networking, que encerra o evento, será o momento ideal para essa interação.

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Hoje nas notícias: Brisa, Ozempic e especulação imobiliária

  • ECO
  • 17 Janeiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Brisa e a Rubicone BidCo, que é sua acionista única, avançaram com um projeto de fusão por incorporação, o que vai permitir reforçar os capitais próprios do grupo liderado por António Pires de Lima. O Ozempic custou 33 milhões de euros ao SNS em 2024, sendo já o quinto medicamento mais caro para o Estado. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Brisa avança com fusão para ganhar músculo no exterior

A Brisa vai incorporar, por fusão, a Rubicone BidCo, sociedade que detém, atualmente, 100% do seu capital. A operação prevê que todo o património da Rubicone seja transferido para a Brisa, o que vai permitir ao grupo liderado por António Pires de Lima triplicar os capitais próprios para um valor a rondar os 1,5 mil milhões de euros (números ainda provisórios). Simultaneamente, a Brisa vai poder apresentar-se sozinha a concursos públicos para novas concessões fora de Portugal, visto que nestes procedimentos são exigidos montantes mínimos de capitais próprios que a empresa até agora não tinha.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ozempic já é o 5º medicamento que mais custa ao SNS

Em 2024, as farmácias portuguesas venderam mais de 33 mil embalagens por mês de semaglutido, substância ativa do Ozempic, segundo os dados do Infarmed. As vendas do medicamento indicado para a diabetes tipo II e que se tornou famoso pelo seu efeito de emagrecimento aumentaram 10,3% face a 2023, sendo que a procura elevada deverá manter-se este ano. No seu conjunto, os antidiabéticos são a classe terapêutica que mais encargos representa para o SNS: entre janeiro e outubro, só o Ozempic custou 33 milhões de euros, mais 7% em termos homólogos. Neste momento, é o quinto medicamento mais dispendioso para o Estado entre todos os fármacos existentes.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Lei dos solos. “Valor moderado” permite especulação imobiliária em 95% dos municípios

O conceito de “valor moderado”, introduzido na nova lei dos solos, permitirá praticar preços de venda de habitação superiores aos da mediana registada a nível municipal em 295 dos 308 concelhos portugueses. De acordo com a nova legislação, será considerada habitação de valor moderado “aquela em que o preço por metro quadrado de área bruta privativa não exceda o valor da mediana de preço de venda por metro quadrado de habitação para o território nacional ou, se superior, 125% do valor da mediana de preço de venda por metro quadrado de habitação para o concelho da localização do imóvel, até ao máximo de 225% do valor da mediana nacional”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Estamo denuncia irregularidades em concurso para sede da Direção Executiva do SNS

A Estamo excluiu a proposta apresentada pela Tecnorem, inicialmente dada como vencedora, do concurso público para a reabilitação do edifício destinado à sede da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Porto. Em causa está o facto de terem sido encontrados fortes indícios de a VHM, que foi contratada para assessor tecnicamente o júri do concurso, ter colaborado na elaboração da proposta da Tecnorem, cujo preço proposto foi de 7,23 milhões de euros, acima do preço-base definido nos 6,5 milhões de euros e também daquele proposto pela única concorrente a concurso, a Ferreira.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Autarcas antecipam problemas na separação de freguesias

O projeto de lei que prevê a desagregação de 135 uniões de freguesias vai a votos esta sexta-feira no Parlamento. Mas, ainda antes da sua aprovação — que é dada como certa, visto que partiu de uma proposta conjunta do PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN –, já há autarcas de freguesias a desagregar a antever dificuldades durante o processo de partilha do património, como a distribuição de trabalhadores e equipamentos, e também no futuro, antecipando orçamentos mais pequenos para as freguesias com menos população. Além de se interrogarem como se faz esta “divisão de bens” a tempo das próximas eleições autárquicas.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Brisa avança com fusão para atacar concessões e novos negócios no estrangeiro

  • ECO
  • 17 Janeiro 2025

Empresa liderada por António Pires de Lima incorpora acionista única Rubicone, numa operação que triplica os capitais próprios da concessionária e abre portas a novas geografias e áreas de negócio.

A Brisa vai incorporar, por fusão, a Rubicone BidCo, sociedade que detém atualmente 100% do seu capital e que integra o consórcio liderado pela holandesa APG e o grupo José de Mello. Com esta operação, o grupo liderado por António Pires de Lima reforça os capitais próprios para o triplo, permitindo-lhe ganhar músculo para concorrer a novas concessões no estrangeiro e entrar em outras áreas de negócio.

A operação noticiada pelo Jornal de Negócios “terá efeitos positivos na capacidade de financiamento [da Brisa] cujo aumento significativo dos capitais próprios constitui um passo indispensável à implementação do plano estratégico definido, incluindo a expansão internacional da atividade do grupo empresarial que lidera, através de concursos para novas concessões e desenvolvimento de outras áreas de negócio”.

Com a incorporação do ativo, passivo e capital próprio da Rubicone, a Brisa triplica os capitais próprios para cerca de 1,5 mil milhões de euros, ganhando músculo contabilístico para se apresentar sozinha a concursos públicos para novas concessões fora de Portugal. A fusão será concluída em março, mas terá efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2025.

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