Números da economia demoram tempo a chegar “ao bolso das famílias”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 17 Junho 2023

Chefe de Estado defende que o país vive uma "dupla realidade", onde os números gerais da economia apontados como muito bons demoram tempo a chegar "ao bolso das famílias".

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta sexta-feira que o país vive uma “dupla realidade”, onde os números gerais da economia apontados como muito bons demoram tempo a chegar “ao bolso das famílias”.

Isto são os números gerais, mas a projeção dos números nas famílias demora tempo (…) porque os juros para a habitação e para crédito ao consumo ainda estão elevados“, realçou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas no Seixal, Setúbal.

Marcelo Rebelo de Sousa reagia aos dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), que prevê que a economia portuguesa vai crescer 2,7% este ano e 2,4% em 2024, revendo em altas as projeções para o PIB.

O BdP vê também uma melhoria do saldo orçamental mais rápida do que o Governo, apontando para um défice de 0,1% este ano, seguido de um excedente de 0,2% a partir de 2024.

Para o Presidente da República, o crescimento poderá até ser superior.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que os resultados levam tempo a chegar aos portugueses, lembrando que a inflação “ainda é calculada em 5,2% para este ano”. “[A inflação] Ainda é, em termos de certos bens, sobretudo alimentares, um custo apreciável e uma pressão apreciável no rendimento dos que têm menos”, frisou.

“Portanto, há aqui uma dupla realidade, em que de um lado se diz que isto está muito bom e do outro se diz não está tão bem assim”, concluiu.

No “Boletim Económico” de julho, apresentado esta sexta-feira, em Lisboa, pelo governador do supervisor bancário, Mário Centeno, as projeções para o crescimento da atividade foram melhoradas face aos 1,8% para este ano e 2% para 2024 e 2025 esperados em março.

“A economia portuguesa deverá crescer 2,7% em 2023, 2,4% em 2024 e 2,3% em 2025″, pode ler-se no relatório. O regulador está, assim, mais otimista do que o Governo, que prevê um crescimento de 1,8% este ano e de 2% em 2024.

Após um défice de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, o BdP prevê uma redução para 0,1% em 2023 e excedentes de 0,2% nos anos seguintes.

A previsão da instituição liderada pelo ex-ministro das Finanças — que pela primeira vez em democracia alcançou um excedente orçamental — revela-se mais otimista do que a do Governo, que considera para 2023 a manutenção do défice no valor de 2022 e uma ligeira melhoria para um défice de 0,2% e 0,1% em 2024 e 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo promete 31 novos centros de saúde com fundos do PRR

O segundo aviso para candidaturas a financiamento no âmbito do PRR foi publicado na sexta-feira, pelo que projetos podem agora ser submetidos pelas autarquias e demais entidades beneficiárias.

O Ministério da Saúde promete construir 31 novos centros de saúde e requalificar outros 176 com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O aviso para candidaturas a financiamento no âmbito dos fundos europeus foi publicado na sexta-feira, pelo que projetos podem agora ser submetidos pelas autarquias e demais entidades beneficiárias.

Os 31 novos centros de saúde juntam-se aos 52 projetos de novas construções aprovados no primeiro aviso do PRR, lançado em julho de 2022, e que estão já a ser implementados no terreno”, adianta a tutela liderada por Manuel Pizarro, em comunicado, divulgado este sábado.

O Governo tenciona construir 100 novos centros de saúde até 2026, sendo que para tal estão agora “publicados e/ou aprovados um total de mais de 120 milhões de euros para novas construções”, o equivalente a 81% da dotação total prevista.

Já aos 176 centros de saúde que serão requalificados estes juntar-se-ão aos 132 projetos já aprovados. “No total, o PRR permitirá renovar ou adaptar 326 instalações de saúde, que vão prestar melhores cuidados de saúde em proximidade, com instalações renovadas e adaptadas em termos de eficiência energética, acessibilidade, segurança e conforto, entre outras dimensões relevantes”, sublinha o Executivo. Neste âmbito e com este aviso, para efeitos de remodelações já estão “publicados e/ou aprovados 102 milhões de euros”, o que representa 65% do valor total inscrito para o efeito.

Numa altura em que há cerca de 1,7 milhão de portugueses sem médico de família, o reforço dos cuidados de saúde primários tem como objetivo reduzir a pressão exercida nas urgências hospitalares. As requalificações e construções dos centros de saúde visam proporcionar “melhores instalações tanto para os profissionais como para os utentes”, bem como dotar estas unidades de “novos equipamentos, que permitem maior capacidade de resolução das necessidades da população, nomeadamente na realização de exames e análises”, realça o Ministério da Saúde. No próximo mês, 300 médicos de família vão iniciar funções, na sequência do concurso onde foram abertas mais de 900 vagas.

Paralelamente, o Executivo está ainda a apostar na criação de mais Unidades de Saúde Familiar do tipo B. Até ao final deste mês, estão a decorrer as negociações com os sindicatos médicos, sendo que até agora não há avanços no que respeita às grelhas salariais e ao regime de dedicação plena. Os sindicatos admitem endurecer as formas de luta, sendo que a contestação poderá passar por uma greve no verão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa faz escala imprevista em Budapeste para assistir à final da Liga Europa ao lado de Orbán

  • ECO
  • 16 Junho 2023

Primeiro-ministro fez paragem em Budapeste para assistir à final entre Sevilha e Roma. Costa queria dar um abraço a José Mourinho, português que treina a equipa italiana.

O primeiro-ministro fez uma paragem em Budapeste para assistir à final da Liga Europa que colocou frente a frente Sevilha e Roma, a 31 de maio, quando estava a caminho da II Cimeira da Comunidade Política Europeia, que se realizou em Chisinau, na Moldova, avança o Observador (acesso pago). Ao lado de António Costa estava sentado o seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, na tribuna de honra.

A deslocação não constava na agenda pública do chefe de Governo. Questionado sobre o motivo da viagem e também sobre as razões para a participação no encontro não ter sido pública, o gabinete de António Costa não respondeu. O primeiro-ministro viajou diretamente de Lisboa para Budapeste, tendo chegado uns minutos atrasado ao jogo onde o esperava Viktor Orbán.

Entretanto, o Presidente da República confirmou, em declarações à RTP, que teve conhecimento prévio da paragem de António Costa em Budapeste para assistir à final da Liga Europa. “O primeiro-ministro ia para uma reunião internacional e entendeu que devia dar um abraço a José Mourinho“, treinador português atualmente no Roma, explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carris Metropolitana inicia segunda-feira nova ligação entre Costa de Caparica e Pragal

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

A nova carreira vai ter 34 circulações nos dias úteis, 27 ao sábado e 26 ao domingo e vai tornar mais rápida a ligação entre a Costa de Caparica e a estação do Pragal “em plena época balnear”.

A Carris Metropolitana inicia na segunda-feira uma nova ligação entre a Costa de Caparica e a estação ferroviária do Pragal, no distrito de Setúbal, anunciou esta sexta-feira a empresa num comunicado.

De acordo com a Carris Metropolitana, esta nova carreira vai ter 34 circulações nos dias úteis, 27 ao sábado e 26 ao domingo. “A linha 3025 Costa da Caparica – Pragal (Estação), via IC20, também efetua paragens no nó do Funchalinho e na Filipa d’Água, contribuindo para aumentar a oferta da Carris Metropolitana no município de Almada”, acrescentou.

A empresa referiu ainda que esta nova ligação privilegia a intermodalidade entre os meios de transporte e que vem tornar mais rápida a ligação entre a Costa de Caparica e a estação do Pragal “em plena época balnear”. A Carris Metropolitana é a responsável pela operação rodoviária nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santos Silva considera que nunca como no presente os deputados trabalharam tanto

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Augusto Santos Silva advertiu, no entanto, que "a transmissão televisiva das reuniões das comissões introduziu “um incentivo para os grupos políticos se envolverem em intervenções mais conflituosas".

O presidente da Assembleia da República defendeu esta sexta-feira que nunca como atualmente os deputados trabalharam tanto, num discurso em que também alertou para os desafios que a inteligência artificial coloca aos padrões éticos inerentes às democracias.

Estas posições foram transmitidas por Augusto Santos Silva na abertura da conferência internacional dedicada ao tema “Literacia digital: por que importa para a Democracia Representativa”, iniciativa da Assembleia da República, que decorre até sábado.

Na sua intervenção, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sustentou que a instituição parlamentar oferece atualmente níveis de transparência sem paralelo, ultrapassando a maioria das entidades públicas, incluindo o Governo. Este facto, na sua perspetiva, “é particularmente relevante para contrariar um falso, mas comum, argumento populista sobre a inutilidade dos parlamentos: De facto, os deputados nunca trabalharam tanto”.

É o que se depreende do aumento significativo do número de projetos de lei apreciados, de leis aprovadas, de resoluções adotadas, de votações aprovadas, de debates realizados, bem como do tempo despendido nas sessões plenárias e nas comissões”, justificou o presidente da Assembleia da República.

A seguir, no entanto, Augusto Santos Silva advertiu que, em paralelo com o aumento dos níveis de transparência, também se tem verificado que a transmissão televisiva das reuniões das comissões introduziu “um incentivo para os grupos políticos se envolverem em intervenções mais conflituosas, limitando assim o potencial de entendimento mútuo e de consensos”.

“O drama tende a prevalecer sobre o debate racional e a deliberação. Assim, temos de refletir sobre a forma como podemos equilibrar, nesta nova sociedade digital, as duas atitudes de que necessitamos: Responsabilidade e sentido de compromisso”, advogou.

No seu discurso, o presidente da Assembleia da República considerou que os parlamentos devem estimular a participação cívica, ressalvando neste ponto, porém, que essa participação “não pode ser o instrumento daqueles que já estão integrados no sistema político, nem o privilégio dos mais instruídos, abastados ou familiarizados com as tecnologias digitais”.

As tecnologias de informação e comunicação (TIC), salientou o ex-ministro socialista, “são meios formidáveis de registar, difundir e receber informação, e as redes sociais e as plataformas digitais multiplicam quase ad infinitum a capacidade de dar voz e comunicar”.

Podem ser utilizadas para capacitar as pessoas, modernizar as instituições e fomentar a participação e o controlo democráticos, mas também podem ser mal utilizadas para manipular a opinião pública, transmitir desinformação, disseminar preconceitos e perturbar a base comum das democracias liberais. O mesmo se aplica à inteligência artificial”, alertou.

Para o presidente da Assembleia da República, a inteligência artificial representa mesmo “um desafio significativo para a democracia”, exigindo capacidade de acompanhamento da sua rápida evolução e uma avaliação relativa à necessidade de regulamentação.

A dignidade humana, o debate público, o bem comum, a distinção entre logos e pathos, a distinção entre verdade e falsidade e os padrões éticos estão no cerne da democracia. E a inteligência artificial deve ser utilizada para os promover e não para os pôr em perigo”, acentuou.

Neste quadro, na perspetiva do deputado do PS e ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, é fundamental compreender que não se pode ver na transição digital apenas uma enorme oportunidade. “A transição digital é também um processo a questionar do ponto de vista dos valores e princípios democráticos”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pelo menos 78 mortos no naufrágio ao largo da Grécia

  • Lusa e ECO
  • 16 Junho 2023

Desde quarta-feira, dia do naufrágio, as autoridades gregas encontraram 78 corpos e conseguiram resgatar 104 pessoas. Há nove detidos, todos de nacionalidade egípcia, por alegada ligação à viagem.

Pelo menos 78 pessoas morreram afogadas na quarta-feira no naufrágio, a sudoeste da Grécia, de um barco de pesca que transportava centenas de migrantes, numa das piores catástrofes deste tipo ocorridas na região. A embarcação a bordo da qual as vítimas se encontravam virou-se em águas internacionais ao largo da península do Peloponeso, segundo a guarda costeira grega.

Uma vasta operação de salvamento iniciada na manhã de quarta-feira permitiu resgatar um total de 104 pessoas, quatro das quais foram hospitalizadas em Kalamata, uma cidade do sul do Peloponeso, acrescentou a guarda costeira. As buscas prosseguiram durante os dias seguintes, afirmando as autoridades gregas que passageiros do barco de pesca lhes garantiram que havia pelo menos 750 pessoas a bordo.

As estações de televisão gregas mostraram imagens dos sobreviventes, envoltos em cobertores cinzentos e com máscaras protetoras no rosto, a sair de um iate que foi socorrê-los em alto mar, com a inscrição Georgetown, capital das ilhas Caimão. Outros foram retirados em macas.

As águas ao largo da Grécia têm sido cenário de muitos naufrágios de embarcações de migrantes, muitas vezes em mau estado e sobrelotadas, mas este foi, até agora, o maior balanço de vítimas humanas desde que, a 3 de junho de 2016, pelo menos 320 pessoas morreram ou desapareceram quando o barco em que seguiam se afundou no mar.

A guarda costeira grega precisou que, no momento da tragédia, na noite de terça para quarta-feira, a 47 milhas náuticas (87 quilómetros) de Pilos, no mar Jónico, nenhum dos migrantes a bordo do barco de pesca estava equipado com colete salva-vidas.

A embarcação foi localizada na terça-feira à tarde por um avião da Frontex, a agência europeia de segurança fronteiriça e costeira, mas os migrantes a bordo “recusaram qualquer ajuda”, indicaram num comunicado anterior as autoridades portuárias gregas.

Além dos barcos de patrulha da polícia portuária, uma fragata da Marinha de guerra grega, um avião e um helicóptero da Força Aérea, bem como seis barcos que navegavam naquela zona participaram na operação de salvamento. Segundo informações das autoridades, a embarcação naufragada tinha zarpado da Líbia com destino a Itália.

Nas fronteiras externas da União Europeia no mar Mediterrâneo, a Grécia é uma entrada habitual para muitos daqueles que tentam migrar para a União Europeia (UE) a partir da vizinha Turquia. Muitos naufrágios, muitas vezes mortais, ocorrem no mar Egeu, sendo a Grécia regularmente acusada por organizações não-governamentais (ONG) e pela comunicação social de deportar migrantes que pedem asilo na UE.

Além desta rota, estas pessoas tentam também ir diretamente para Itália atravessando o Mediterrâneo a sul do Peloponeso ou da ilha de Creta.

Desde o início do ano, 44 pessoas morreram afogadas no Mediterrâneo oriental, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). No ano passado, o número de pessoas que morreram dessa forma ascendeu a 372.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da África do Sul apela em Kiev à “desescalada”

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Na conferência de imprensa, Zelensky voltou a descartar qualquer negociação com a Rússia, que pretende "enganar o mundo".

O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa apelou esta sexta-feira à Ucrânia e à Rússia para uma “desescalada”, no decurso de uma visita a Kiev com uma delegação de dirigentes africanos, mas o Presidente ucraniano rejeitou qualquer compromisso com Moscovo. “Deve registar-se uma desescalada dos dois lados”, declarou Ramaphosa em conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

“Hoje enquanto estivemos aqui, ouvimos falar de ataques de mísseis e esse tipo de hostilidades não são positivos para favorecer a paz”, acrescentou Ramaphosa. A chegada da delegação de dirigentes africanos a Kiev – que também incluiu uma deslocação a Bucha, arredores da capital, onde o Exército russo é acusado do massacre de civis – coincidiu com um ataque de mísseis russos, que segundo as autoridades ucranianas foram intercetados.

De seguida, a delegação –que inclui os presidentes Cyril Ramaphosa (África do Sul), Macky Sall (Senegal), Hakainde Hichilema (Zâmbia) e Azali Assoumani (Comores, que dirige atualmente a União Africana), além de representantes congoleses, ugandeses e egípcios – deverá deslocar-se à Rússia para um encontro no sábado com Vladimir Putin. Na conferência de imprensa, Zelensky voltou a descartar qualquer negociação com a Rússia, que pretende “enganar o mundo”.

“Hoje deixei claro durante nosso encontro [com a delegação africana] que permitir qualquer negociação com a Rússia agora, quando o ocupante está na nossa terra, significa congelar a guerra, congelar a dor e o sofrimento”, disse o Presidente ucraniano.

A Rússia, acusou o Presidente ucraniano, “tentou durante muito tempo enganar a todos com os acordos de paz de Minsk”, concluídos no passado para tentar resolver o conflito com os separatistas apoiados por Moscovo no leste da Ucrânia, enquanto preparava a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. “Está claro que a Rússia está novamente a tentar usar a sua velha tática de engano. Mas a Rússia não conseguirá continuar a enganar o mundo. Não lhes vamos dar uma segunda possibilidade”, disse.

Em mensagem no Telegram após o encontro com os líderes africanos, Zelensky disse que “o que pode deter esta guerra” é “obviamente o fim do terror russo e a retirada”das forças de Moscovo. O Presidente ucraniano assinalou ainda que a delegação de líderes africanos abordou a forma de conseguir “uma paz verdadeira e justa, sem chantagem ou enganos russos”.

Zelensky também destacou que “todas as nações do mundo merecem viver livres, sem a imposição da vontade de outros por vias militares e políticas”, e que nenhum país está seguro enquanto a Rússia converter a agressão e anexação de territórios estrangeiros em “norma global”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

#44 A CPI à TAP valeu a pena? E ainda vale a pena estudar?

  • ECO
  • 16 Junho 2023

A Comissão de Inquérito à TAP resolveu alguns mistérios. Na mesma semana, um relatório revelou que o prémio salarial de licenciados face a não licenciados desceu. Estes são dois temas em análise.

A Comissão de Inquérito à TAP resolveu alguns mistérios e descerrou outros. Na mesma semana, um relatório revelou que o prémio salarial de licenciados face a não licenciados desceu. Estes são dois temas em análise neste episódio d’ O Mistério das Finanças, onde há ainda espaço para as rubricas habituais: a Boa Moeda e a Má Moeda da semana, bem como o convidado que, no final, traz o “mistério sombra”: desta vez, é Mário Amorim Lopes a perguntar se o Estado deve ou não gerir empresas, onde assim “não há destruição criativa, só destruição”, afirma.

 

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

  • Clique aqui para ouvir no Spotify
  • Clique aqui para ouvir no Apple Podcasts

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A última semana da comissão de inquérito à TAP em frases

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Hugo Mendes, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina fecharam a última semana da comissão parlamentar de inquérito à TAP. Leia aqui as principais frases das audições.

As audições do ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, do ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do ministro das Finanças, Fernando Medina, encerraram os cinco meses de trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à tutela da gestão política da TAP.

Leia abaixo as principais frases das últimas audições:

“Penalizo-me pelo comentário que partilhei com ex-CEO sobre o senhor Presidente da República, embora quisesse tão só sinalizar junto de alguém com quem tinha uma relação profissional de confiança o apoio que o senhor Presidente da República deu à difícil decisão de resgatar a TAP.”

Hugo Mendes, ex-secretário de Estado das Infraestruturas, a propósito de um email sobre a alteração da data de um voo de Marcelo Rebelo de Sousa 14-06-2023

“[A indemnização de] 500.000 euros pareceu-me passível de ser aceite, não apenas por ser recomendado pela CEO, mas porque era um terço do valor inicial [proposto por Alexandra Reis].”

Hugo Mendes, sobre a indemnização a Alexandra Reis 14-06-2023

“Se eu fui membro do Governo foi porque o líder do Governo aceitou e, já agora, o Presidente da República também.”

Hugo Mendes, sobre as afirmações de António Costa, em 10 de abril, que considerou gravíssimo o email que Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP sobre a alteração de um voo do Presidente da República, acrescentando que teria obrigado à sua demissão na hora 14-06-2023

“A indemnização a Alexandra Reis é menos de 1% do trabalho que tivemos na TAP, é menos de 0,1% do trabalho que tivemos no ministério, mas foi um processo que objetivamente correu mal.”

Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas, sobre a indemnização a Alexandra Reis 15-06-2023

“Estávamos na época natalícia, aquilo ganhou uma centralidade enorme e era para nós claro e para a minha equipa que não nos podíamos arrastar no Governo, por nos próprios e pelo Governo. Foi uma decisão muito difícil para quem faz política há muitos anos e para quem estava no Governo há muitos anos”

Pedro Nuno Santos, sobre a sua demissão 15-06-2023

“Há verdades – e eu sei disso – há verdades que são mais inverosímeis que a mentira, mas eu não vou passar a mentir só porque a mentira parece mais credível que a verdade, as coisas são como são.”

Pedro Nuno Santos 15-06-2023

“A engenheira Alexandra Reis era um quadro da TAP competentíssimo, altamente competente, inteligente, trabalhadora, lamento muito isto que lhe aconteceu e espero que consiga refazer-se rapidamente, porque será útil a quem quiser trabalhar com ela.”

Pedro Nuno Santos 15-06-2023

“Eu tinha e tenho uma boa relação com o primeiro-ministro. Vou sempre vendo muitas leituras (…) Nunca senti falta de solidariedade do primeiro-ministro.”

Pedro Nuno Santos 15-06-2023

“Obviamente que tive a convicção que se tratava de um valor particularmente significativo.”

Fernando Medina, ministro das Finanças, sobre a indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis 16-06-2023

“Tenho a convicção profunda de que todos os envolvidos no processo agiram na convicção de que o estavam a fazer no cumprimento da lei. Infelizmente, não estavam e o relatório da IGF mostrou de forma clara que não estavam e que a lei não tinha sido cumprida e que aquela forma não podia ter sido utilizada.”

Fernando Medina 16-06-2023

“Muito haveria para dizer, e gostaria de dizer, mas rejeito em absoluto a utilização do SIS pela República é falso, falso, falso. Foi desmentido por todas as pessoas que tiveram participação.”

Fernando Medina 16-06-2023

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concorrência dá luz verde à compra da Groundforce pela Menzies

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Junho 2023

A Autoridade da Concorrência considera que a operação "não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste".

A Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou a aquisição do controlo exclusivo da SPdH – Serviços Portugueses de Handling (com a marca Groundforce) pela empresa de serviços logísticos Menzies Aviation, segundo um aviso da AdC publicado na quinta-feira.

A informação indica que, “em 15 de junho de 2023, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência (…) delibera adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração (…), uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste“.

Em causa está a aquisição do controlo exclusivo da SPdH pela Menzies Aviation – Portugal, Serviços de Carga, uma sociedade que presta serviços logísticos do lado terra e ar e que é controlada pelo grupo Agility, que até há pouco tempo prestava serviços de aviação através da sua subsidiária National Aviation Servisses (NAS).

Segundo a informação que consta do aviso publicado pela AdC, nem a Agility, nem a Menzies se encontram ativas em Portugal. A SPdH presta serviços de handling (assistência em escala) para o transporte aéreo e serviços de formação relacionada com a prestação de handling nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal, Faro e Porto Santo, através da marca Groundforce.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Estado pede União Europeia coesa e “política de migrações mais adequada”

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Os conselheiros expressaram "profundo choque com a terrível tragédia" ocorrida ao largo da costa da Grécia "com o barco de centenas de migrantes que procuravam uma vida melhor na Europa".

O Conselho de Estado defendeu esta sexta-feira que a União Europeia tem de manter-se coesa no “quadro atual de incerteza” e que é necessária “uma política de migrações mais adequada às realidades e à dignidade humana”. Estas posições constam de um comunicado divulgado pela Presidência da República cerca de uma hora depois do fim da reunião do Conselho de Estado, que começou perto das 14:45 e terminou pelas 17:00.

Segundo o comunicado, nesta reunião os conselheiros expressaram “profundo choque com a terrível tragédia” ocorrida ao largo da costa da Grécia “com o barco de centenas de migrantes que procuravam uma vida melhor na Europa” e foi defendida “a necessidade de uma política de migrações mais adequada às realidades e à dignidade humana”.

O Conselho de Estado reuniu-se esta sexta-feira para analisar as “perspetivas sobre a atualidade da Europa”, com a participação da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, como convidada, a cerca de um ano das próximas eleições europeias, que estão marcadas para entre 6 e 9 de junho de 2024.

De acordo com o comunicado divulgado, a reunião começou com uma “exposição introdutória” feita por Roberta Metsola, à qual se seguiram as intervenções dos conselheiros, “as quais assinalaram o quadro atual de incerteza, mas desafio e exigência, quer a nível europeu, quer a nível mundial”.

“Foi destacada a importância da coesão da União Europeia face aos desafios que se colocam, nomeadamente, quanto aos direitos humanos e o Estado de direito, quanto ao alargamento e suas incidências várias – políticas, institucionais, económicas e financeiras –, quanto à política de migrações, mas, também, em matéria de alterações climáticas, de energia, de digital, de inteligência artificial. E quanto à aproximação entre os europeus e as instituições comunitárias”, lê-se no texto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco polaco do BCP reforça provisões em mais de 150 milhões de euros

  • ECO
  • 16 Junho 2023

Decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia leva Bank Millennium a acomodar provisões de mais de 150 milhões de euros nas contas do segundo trimestre.

O Bank Millennium fez novas provisões de 680 milhões de zlótis (cerca de 152,26 milhões de euros à taxa de câmbio atual), tendo em vista acautelar a decisão do Tribunal da Justiça da União Europeia (TJUE), que deu razão aos clientes polacos com crédito da casa em francos suíços.

Em comunicado enviado à CMVM, o banco detido em 50,1% pelo BCP revela “que a estimativa preliminar de constituição de provisões no 2.º trimestre de 2023, relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira originados pelo Bank Millennium, ascende a 680 milhões de zlótis [equivalente a mais de 150 milhões de euros], elevando o montante total acumulado de provisões constituídas durante o 1.º semestre de 2023 para cerca de 1.500 milhões zlótis [cerca de 336,47 milhões de euros]”.

Serão adicionalmente constituídas provisões de 38 milhões de zlótis [8,5 milhões de euros] para riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank (1.º semestre de 2023: cerca de 81 milhões de zlótis [cerca de 18,17 milhões de euros]), contudo sem impacto nos resultados líquidos”, acrescenta o banco.

O Bank Millennium justifica a decisão com a decisão do TJUE que se manifestou a favor dos clientes polacos com crédito da casa em francos suíços, num caso que se arrasta há anos e poderá custar aos bancos cerca de 20 mil milhões de euros. Uma das instituições visadas neste processo pertence ao BCP, o Bank Millennium.

Ainda assim, o banco espera apresentar “um resultado líquido positivo no 2.º trimestre de 2023 e consequentemente um resultado líquido positivo no 1.º semestre de 2023“.

“O valor final “das provisões para riscos legais nos resultados do 2.º trimestre de 2023 e no 1.º semestre de 2023 será divulgado no relatório do 1.º semestre agendado para 26 de julho de 2023”, conclui.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h57)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.