Altri reforça capital direto na Greenvolt após compra de posição da Celbi

  • ECO
  • 8 Maio 2023

Empresa do grupo Altri vendeu todas as ações que detinha na Greenvolt à casa-mãe. A Altri, depois desta operação, passou a deter 16,64% do capital da empresa liderada por João Manso Neto.

A Altri reforçou o capital detido, de forma direta, na Greenvolt. A empresa liderada por Paulo Fernandes comprou todas as ações detidas pela Celbi, empresa de produção de pasta de eucalipto, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Celbi vendeu um total de 18,75 milhões de ações que detinha na Greenvolt, correspondendo a 13,47% do capital social. A operação decorreu em 3 de maio, dia em que os papéis da Greenvolt fecharam nos 5,98 euros. Ou seja, a venda das ações está avaliada em 112,125 milhões de euros, segundo estimativa do ECO.

Antes da operação, a Altri apenas detinha, de forma direta, 3,17% do capital da Greenvolt. De forma direta ou indireta, através dos seus administradores, a Altri controla mais de 60% do capital da empresa liderada por João Manso Neto.

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REN propõe investimento de 895,6 milhões entre 2024 e 2033 em redes de gás

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Depois da consulta pública, que agora se inicia, a ERSE vai emitir um parecer, não vinculativo, com alterações à proposta apresentada pelo operador da Rede Nacional de Transporte de Gás.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos colocou em consulta pública uma proposta da REN para um investimento de 895,6 milhões de euros entre 2024 e 2033 na rede nacional de transporte, infraestruturas de armazenamento e terminais de gás.

Num comunicado, a entidade disse que colocou “hoje em consulta pública a proposta de PDIRG 2023 relativa ao plano decenal indicativo de desenvolvimento e investimento da Rede Nacional de Transporte, Infraestruturas de Armazenamento e Terminais de GNL [gás natural liquefeito] (RNTIAT) para o período 2024-2033, elaborada pela REN Gasodutos, enquanto operador da Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG)”.

Assim, “na proposta de PDIRG 2023, que agora se submete a consulta pública, a RNTG propõe um montante global de investimento que ascende a 895,6 milhões de euros para o período de 10 anos, entre 2024 e 2033″ para o “desenvolvimento de projetos de investimento nas três infraestruturas em alta pressão, designadamente a Rede Nacional de Transporte (RNTG), o Terminal de GNL de Sines (TGNL) e o Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS)”, precisou o regulador.

Segundo o regulador, neste montante proposto, “destacam-se três grupos de investimentos” que passam por “162 milhões de euros em projetos base, 319 milhões de euros em projetos complementares de adaptação das infraestruturas de alta pressão a misturas de hidrogénio até 10% e, por fim, 414 milhões de euros em projetos dedicados exclusivamente a hidrogénio”.

De acordo com a entidade, “cabe à ERSE promover uma consulta pública do PDIRG 2023, com a duração de 30 dias úteis e, terminada a mesma, preparar, no prazo de 22 dias, o relatório dessa mesma consulta, seguido da emissão do parecer sobre a proposta, a ocorrer no prazo de 30 dias após a conclusão do referido relatório”.

Assim, com base nos resultados da consulta pública, “a ERSE emitirá um parecer, não vinculativo, incluindo alterações à proposta de PDIRG 2023 apresentada pelo operador da RNTG”, sendo que “a aprovação da proposta de PDIRG 2023 compete ao membro do Governo responsável pela área da energia”, explicou. “Solicitam-se comentários de todos os interessados, até 20 de junho de 2023”, concluiu.

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Republicanos dos EUA ameaçam processar Blinken por desrespeito ao Congresso

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Os republicanos dizem que "são insuficientes" as informações fornecidas pelo Departamento de Estado sobre um telegrama no qual vários diplomatas alertavam para a tomada de Cabul pelos talibãs.

Os republicanos no Congresso norte-americano acusam o secretário de Estado, Antony Blinken, de não cooperar com a investigação que estão a conduzir à retirada militar do Afeganistão, enquanto o Departamento de Estado afirma ter prestado as informações necessárias.

O presidente do Comité de Relações Externas da Câmara de Representantes, o republicano Michael McCaul, disse numa carta que “são insuficientes” as informações fornecidas pelo Departamento de Estado sobre um telegrama no qual vários diplomatas alertavam para a tomada de Cabul pelos talibãs se a retirada norte-americana fosse concluída.

McCaul deu até 11 de maio para Blinken entregar as informações necessárias ou então iniciará um processo litigioso no Congresso por desrespeito. Um porta-voz do Departamento de Estado disse que a iniciativa dos republicanos na Câmara de Representantes é “desnecessária e inconsequente”.

É lamentável que o Comité de Relações Externas da Câmara continue com essa iniciativa desnecessária e inconsequente, apesar de ter recebido um relatório confidencial sobre o telegrama, bem como um resumo por escrito”, explicou o porta-voz da diplomacia dos EUA.

O Departamento de Estado assegura que entregará ao Congresso “as informações de que necessita para fazer o seu trabalho, protegendo os funcionários” daquele organismo. A oposição republicana – que detém a maioria da Câmara de Representantes desde janeiro passado – abriu uma investigação sobre a complexa retirada militar do Afeganistão, conduzida pelo governo do presidente democrata Joe Biden, no verão de 2021.

No centro da investigação está um telegrama que Blinken se recusa a desclassificar, no qual diplomatas norte-americanos em Cabul alertam sobre a tomada da cidade pelos talibãs se a retirada fosse concluída, como aconteceu. Este género de telegramas são um mecanismo estabelecido em 1971, durante a Guerra do Vietname, para que membros dos serviços diplomáticos dos EUA pudessem expressar críticas à política do Governo sempre que discordassem, sem risco de eles se tornarem públicos.

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Portugal e Marrocos retomam reuniões de alto nível em Lisboa

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

O objetivo é impulsionar "uma parceria estratégica entre os dois países, cujos laços históricos se ligam a níveis sólidos de cooperação política, económica e cultural".

O primeiro-ministro, António Costa, e o seu homólogo marroquino, Aziz Akhannouch, presidem na sexta-feira, em Lisboa, à XIV Reunião de Alto Nível Portugal-Marrocos, retomando as cimeiras que foram interrompidas por causa da pandemia da covid-19. Segundo uma nota do gabinete do primeiro-ministro, “Portugal e Marrocos celebram em 2024 os 250 anos do Tratado de Paz e os 30 anos do Tratado de Amizade, Boa Vizinhança e Cooperação”.

Já em relação à agenda desta cimeira de governos, o executivo de Lisboa refere que o objetivo é impulsionar “uma parceria estratégica entre os dois países, cujos laços históricos se ligam a níveis sólidos de cooperação política, económica e cultural”.

“Centrado nas áreas do conhecimento, coesão social e desenvolvimento económico, o encontro incidirá sobre temas como a interconexão elétrica e a mobilidade laboral. Serão ainda assinados vários instrumentos jurídicos de reforço do relacionamento bilateral e, no mesmo dia, realizar-se-á um fórum económico”, acrescenta-se na mesma nota.

A última cimeira entre os governos de Portugal e de Marrocos teve lugar em dezembro de 2017, em Rabat, ocasião em que foram assinados 12 acordos de cooperação bilateral. “Estes 12 acordos espelham bem a intensidade das nossas relações políticas e económicas”, declarou na altura António Costa em conferência de imprensa. Entre as 12 matérias acordadas, três eram relativas a matérias energéticas, com particular destaque para um memorando no domínio das energias renováveis, tendo em vista uma cooperação triangular entre empresas luso-marroquinas em mercados terceiros.

Ainda em matérias económicas, os governos de Portugal e de Marrocos assinaram um acordo de cooperação entre as duas agências nacionais de energia, assim como compromissos em torno de áreas como o turismo, a geologia e minas. A então ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, assinou com o seu homólogo marroquino um acordo no domínio portuário e marítimo. Os dois países estabeleceram ainda compromissos de colaboração em áreas como a saúde, emprego, trabalho e proteção social, modernização administrativa e para ações conjuntas no campo da cultural, particularmente ao nível cinematográfico e audiovisual.

No final, o primeiro-ministro considerou que uma crescente proximidade e interdependência económica entre Portugal e Marrocos é um fator estratégico central para o futuro dos dois países, tanto no plano da segurança, como para as relações euro-africanas. “Para Portugal, Marrocos é o país onde começa a África. Para Marrocos, Portugal é o país onde começa a Europa. A capital mais próxima de Lisboa é Rabat”, disse, numa referência à proximidade geográfica dos dois países.

O primeiro-ministro referiu-se igualmente às perspetivas de arranque da construção de um cabo de ligação elétrica com 220 quilómetros entre Tavira e Tânger no primeiro semestre de 2018 – projeto nessa altura avaliado entre 500 e 700 milhões de euros. Esse projeto, porém, ainda não está concluído.

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UE cancela receção do Dia da Europa em Telavive para evitar ministro extremista

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

A diplomacia europeia deixou claro que "não quer oferecer" uma plataforma a pessoas "cujas opiniões contradizem os valores defendidos" por Bruxelas.

A União Europeia (UE) anunciou esta segunda-feira ter cancelado a receção de terça-feira aos diplomatas em Israel, no quadro da celebração do Dia da Europa, face à presença anunciada do ministro da Segurança Nacional israelita, o extremista Ben Gvir. “A delegação da UE em Israel deseja celebrar o Dia da Europa a 9 de maio no país anfitrião, como todos os anos. Lamentavelmente, este ano, decidimos cancelar a habitual receção diplomática”, indicou, em comunicado, o porta-voz da diplomacia europeia, Peter Stano.

No documento, a diplomacia europeia deixou claro que a UE “não quer oferecer” uma plataforma a pessoas “cujas opiniões contradizem os valores defendidos” por Bruxelas. No entanto, assegurou que a UE manterá em Telavive o ato cultural que tinha previsto realizar para comemorar a data com público israelita.

“[O ato cultural] visa celebrar com os nossos amigos e parceiros de Israel a sólida e construtiva relação bilateral”, lê-se no comunicado. Antes da divulgação do comunicado, e numa conferência de imprensa em Bruxelas, Stano tinha indicado que a UE estava em consultas internas com os Estados membros sobre a anunciada presença de Ben Gvir na cerimónia agora anulada.

O porta-voz recordou então que a UE “não apoia” as opiniões políticas do ultranacionalista Ben Gvir e as do partido que lidera, o Poder Judaico (extrema-direita e anti-árabe), uma vez que estas estão “em total contradição com todos os valores e princípios” que a União Europeia “defende e em que acredita”.

Normalmente, é o chefe da diplomacia do país anfitrião que participa no evento anual e profere o discurso do Dia da Europa, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, encontra-se em visita oficial à Índia, pelo que o secretariado do Governo escolheu Ben Gvir para o substituir.

Ben Gvir, membro do governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu com partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, foi condenado no passado por racismo, ‘hooliganismo’, incitamento à violência e apoio a uma organização terrorista, o grupo supremacista judeu Kaj.

Na semana passada, durante uma visita a Bruxelas, Cohen discutiu com o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, os preparativos para um novo Conselho de Associação entre as duas partes, que poderia decorrer em Jerusalém, segundo o chefe da diplomacia israelita.

Em outubro de 2022, a UE e Israel realizaram o primeiro Conselho de Associação desde julho do mesmo ano, depois de não o terem convocado durante mais de dez anos, devido às reticências dos Estados-Membros europeus em relação à política de expansão colonial de Israel, que, defendem, põe em risco a possibilidade de um Estado palestiniano no futuro.

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Número de refugiados ucranianos diminui em Portugal

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Cerca de 2.000 ucranianos pediram o cancelamento dos pedidos de proteção temporária que formalizaram junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

O número de proteções temporárias concedidas por Portugal a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia tem vindo a diminuir nas últimas semanas, tendo cerca de 2.000 ucranianos pedido para cancelar este título, revelou esta segunda-feira o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Fonte do SEF indicou à Lusa que cerca de 2.000 ucranianos pediram o cancelamento dos pedidos de proteção temporária que formalizaram junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Além dos pedidos de cancelamentos dos títulos, há também ucranianos que não estão a renovar as proteções temporárias, que inicialmente tinham a duração de um ano e entretanto caducaram.

A mesma fonte indicou que o SEF desconhece quais os motivos para o cancelamento das proteções temporárias ou para a não renovação dos títulos, afirmando que os ucranianos não justificam. O último balanço feito pelo SEF refere que Portugal concedeu 58.191 proteções temporárias a pessoas que fugiram da Ucrânia desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, 34.344 das quais a mulheres e 23.847 homens.

De acordo com aquele serviço de segurança, Lisboa continua a ser o município com mais proteções temporárias concedidas, 11.858, seguido de Cascais, com 3.834, Porto, com 2.893, Sintra, com 1.986, e Albufeira, com 1.465. Em relação aos menores, o SEF adianta que foram contabilizadas 14.221 proteções temporárias do total de 58.191.

O SEF indica ainda que comunicou ao Ministério Público (MP) a situação de 739 menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais, casos em que se considera não haver “perigo atual ou iminente”. Nestas situações – na maioria dos casos a criança chegou a Portugal com um familiar -, o caso é comunicado ao MP para nomeação de um representante legal e eventual promoção de processo de proteção ao menor.

O SEF comunicou também à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens a situação de 15 menores que chegaram a Portugal não acompanhadas, mas com outra pessoa que não os pais ou representante legal comprovado, representando estes casos “perigo atual ou iminente”.

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STCP gasta mais 14 milhões com energia em 2022

Empresa intermunicipal de transportes da região do Porto teve lucros de 84 mil euros em 2022. Espera reforçar a frota com mais 48 autocarros elétricos até ao final deste ano.

A STCP gastou mais 14 milhões de euros com a energia em 2022 face a 2021. A empresa intermunicipal de transportes da região do Porto apresentou lucros de 84 mil euros – o mesmo nível de 2021 – mas teve um forte crescimento das despesas, segundo as contas aprovadas nesta segunda-feira em assembleia geral.

Os gastos operacionais aumentaram para 79,7 milhões de euros, mais 15,8 milhões de euros face a 2021. Os custos com o gasóleo, gás natural e eletricidade para os veículos representaram grande parte do agravamento das despesas, no montante de 14 milhões de euros. Logo a seguir vieram os gastos com pessoal, que aumentaram 1,2 milhões de euros, para cerca de 34,2 milhões de euros, por conta dos aumentos salariais de 2%.

As receitas da STCP foram de 69,3 milhões de euros, mais 8,1 milhões face a 2021, por conta do crescimento de 11,8 milhões de euros na faturação com o transportes. O aumento não foi mais expressivo porque houve um recuo de 5,7 milhões nas compensações de serviço público.

Em 2022, o investimento da STCP foi de 2,8 milhões, focado em obras: requalificação da estação de recolha da Via Norte e na renovação do posto de abastecimento de gás de Francos.

No final do ano, a STCP conta ter na frota 48 novos autocarros standard elétricos e instalar 24 carregadores duplos. Nos primeiros dias de 2023, a transportadora rodoviária adjudicou um contrato de 19,26 milhões de euros com a empresa Energia Fundamental, que representa a Zhongtong Bus. A primeira das 48 novas unidades chega em setembro de 2023 e as restantes entregas, faseadas, ficarão concluídas até novembro deste ano.

Dos 48 novos autocarros – todos com 12 metros de comprimento e cerca de 370 quilómetros de autonomia –, metade vai substituir frota em fim de vida; as restantes unidades vão reforçar o parque de material da transportadora.

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Depois do chumbo à OPA, lucros da Sonaecom caem 75% no primeiro trimestre

Empresa de tecnologias, telecomunicações e media do grupo Sonae encolhe lucros para 5,2 milhões no primeiro trimestre. Vendas subiram para quatro milhões, impulsionadas pelo Público e Bright Pixel.

A Sonaecom, que no mês passado viu a OPA cair por terra, registou um resultado líquido de 5,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que significa uma descida de 75% face aos quase 21 milhões de lucro que tinha obtido entre janeiro e março do ano passado.

Em comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de tecnologias, telecomunicações e media do grupo Sonae justifica que o resultado no arranque de 2023 foi “negativamente impactado pelos impactos cambiais no justo valor do portefólio registado nos resultados indiretos”.

Nos primeiros três meses de 2023, o volume de negócios consolidado cresceu de 3,7 para quatro milhões de euros, impulsionado pela área de media – as receitas do jornal Público subiram 4% neste período, embora aponte uma “queda de rentabilidade” por via dos custos diretos, sobretudo papel e energia – e pelos investimentos em tecnologia (Bright Pixel).

Nesta área do investimento tecnológico, até março investiu 14 milhões de euros em três participações minoritárias, entre as quais destaca a plataforma de machine learning Seldon e a plataforma automatizada para prevenção de ciberataques PicNic, que conduziram a aumento do NAV (net asset value) e do capital investido no portefólio ativo para 316 milhões e 148 milhões de euros, respetivamente.

no setor das telecomunicações, em que a Nos registou um aumento das receitas consolidadas para 381 milhões de euros, “o valor mais elevado de depreciações, devido aos elevados níveis de CAPEX registados em 2021 e 2022, conjuntamente com custos de financiamento mais elevados, conduziram a um declínio de 15,1% no resultado líquido atribuível aos acionistas”.

Em meados de abril, a Sonae anunciou o fim da OPA à Sonaecom. A operação foi chumbada pelos pequenos acionistas que não aceitaram vender as suas ações à Sonae por 2,5 euros. O grupo liderado por Cláudia Azevedo conseguiu comprar menos de 12% das ações de que necessitava para lançar uma aquisição potestativa. Na próxima sexta-feira, a Sonaecom, que teve um lucro consolidado de 143 milhões em 2022, vai pagar aos acionistas um dividendo de 3 cêntimos por ação.

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Nelson Furtado substitui Júlia Pinheiro como diretor da SIC Mulher e SIC Caras

O profissional vai substituir na direção dos dois canais Júlia Pinheiro, que durante cinco anos acumulou a função nos dois canais com a exigente apresentação diária do programa "Júlia".

  • Nelson Furtado, editor executivo da SIC Mulher e da SIC Caras desde 2018, é o novo diretor dos dois canais da Impresa. O anúncio foi feito ao final da tarde desta quinta-feira.
  1. Nelson Furtado, de 41 anos, é o novo diretor da SIC Mulher e SIC Caras. Editor Executivo dos respetivos canais desde 2018, tem já bastante experiência em gestão e produção de canais temáticos e vai dar sequência ao bom trabalho que tem sido efetuado por si e toda a equipa”, refere a estação em comunicado.

O responsável entrou nos canais de cabo da SIC como estagiário em 2005. Após o estágio passou a supervisor producer na SIC Radical e seis meses depois a produtor e coordenador editorial da SIC Comédia. No final de 2006 Nelson Furtado assumiu a função de head producer and programming supervisor da SIC, que desempenhou até 2018.

O profissional vai substituir Júlia Pinheiro na direção dos dois canais. “Júlia Pinheiro, que durante cinco anos acumulou a função nos dois canais com a exigente apresentação diária do programa “Júlia” e moderação do podcast “A Noite da Má Língua”, terá novas funções numa área de Novos Talentos, que está a ser desenvolvida e será divulgada oportunamente”, justifica a Impresa.

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Preço do cabaz de produtos com IVA zero já subiu face a 18 de abril

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

A compra de 46 produtos alimentares de várias categorias, que integram o cabaz do IVA zero, custa 158,44 euros, mais cerca de dois euros face a 18 de abril, data de entrada em vigor da medida.

Um conjunto de bens alimentares que cabem no cabaz com IVA zero continuava esta segunda-feira a custar menos do que custaria sem esta medida, mas já está dois euros mais caro do que quando a isenção entrou em vigor.

Segundo a recolha de preços efetuada pela Lusa no site de uma cadeia de distribuição do retalho alimentar, a compra de 46 produtos alimentares de várias categorias que integram o cabaz do IVA zero custa 158,44 euros, mais cerca de dois euros do que os 156,44 euros que custava no dia 18 de abril.

Para este agravamento do custo do cabaz contribuíram, tendo em conta os produtos em análise, o saco de batata de 3,0 quilos, cujo preço aumentou 11 cêntimos desde aquela data de entrada em vigor da isenção do IVA, bem como a cebola nova (cujo preço por quilo está agora nove cêntimos mais caro), o alho francês (mais 10 cêntimos), a alface lisa (mais 75 cêntimos), o quilo de brócolos (mais 62 cêntimos) ou a laranja (mais 28 cêntimos).

O peito de frango (cujo preço está agora 31 cêntimos por quilo mais caro) é outro dos produtos que contribuiu para o agravamento do preço deste cabaz, desde o dia 18 de abril até hoje.

Mas entre as frutas, legumes, carne, peixe, laticínios, leguminosas, óleos, azeite, margarina, ovos, massa, arroz e conservas de atum que compõem o cabaz de 46 produtos cujos preços de hoje foram comparados com os anteriores, há também cinco artigos cujo preço se reduziu, sendo a descida de maior valor a verificada num pacote de massa esparguete da marca própria da distribuição – que recuou de 1,21 euros em 18 de abril para 0,75 euros hoje.

Já os preços de produtos como arroz agulha e arroz carolino, courgete, espinafres congelados, bananas, leite meio-gordo (considerando a marca própria da distribuição), ovos, bifana, prema de peru, bacalhau, sardinha, azeite, manteiga ou iogurte vegetal mantiveram-se inalterados.

Os preços com IVA indicados no mesmo site no dia em que a medida entrou em vigor, para os 46 produtos considerados ascendia, então, a 166,87 euros – um valor ainda assim ligeiramente mais baixo do que o observado em 28 de março, no site da mesma cadeia de retalho.

A lista de produtos alimentares isentos de IVA – na sequência de um pacto tripartido assinado entre o Governo e os setores da produção e da distribuição alimentar – inclui legumes, carne e peixe nos estados fresco, refrigerado e congelado, assim como arroz e massas, queijos, leite e iogurtes e frutas como maçãs, peras, laranjas, bananas e melão, três tipos de leguminosas, ou ainda, entre outros, bebidas e iogurtes de base vegetal.

Os produtos foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses. Esta medida, que visa combater os efeitos da alimentação no rendimento das famílias, estará em vigor até ao final de outubro, com o Governo a estimar que terá um contributo de 0,2% na redução da taxa de inflação em 2023.

Apesar de o retalho alimentar dispor de até 15 dias para refletir no preço de venda aos consumidores a redução de 6% para 0% na taxa do IVA naquele cabaz de 46 produtos (dois dos quais incluídos durante a fase de discussão no parlamento) em muitas insígnias a medida começou a ser aplicada no dia em que entrou em vigor.

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Universidade de Aveiro envolvida em três projetos europeus de tecnologia 6G

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Universidade de Aveiro está envolvida em três projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico para redes 6G, que contam com financiamento europeu.

A Universidade de Aveiro anunciou, esta segunda-feira, que está envolvida em três projetos de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT) para redes 6G, que contam com financiamento europeu.

O coordenador dos três projetos e professor do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI), Rui Aguiar, acredita que a 6.ª geração das tecnologias de comunicação sem fios, com suporte a redes de internet móvel, “estará provavelmente disponível comercialmente pelos anos de 2030“.

Rui Aguiar, que é também o coordenador da Linha de Redes e Serviços do Instituto de Telecomunicações (IT-Aveiro), adianta que os três projetos, que arrancaram este ano, “cobrem uma diversidade de áreas associadas ao desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e incluem algumas das instituições europeias de referência na área”.

Os três projetos de I&DT, com a participação da UA, designam-se “SNS OPS“, “RIGOUROUS”, e “IMAGINEB5G”, e são financiados pela União Europeia, no âmbito do programa “Smart Networks and Servisses”.

O investigador da Universidade de Aveiro antevê que a nova tecnologia 6G “irá desenvolver ainda mais a ligação entre a sociedade e as comunicações, permitindo, por exemplo, a introdução de realidade virtual e de holografia”. Entende, por isso, que este é mais um passo depois das “comunicações móveis tradicionais de 4G que permitiram aceder à Internet em Banda Larga a partir dos telemóveis”. E ainda depois das “novas redes 5G, que estão a ser gradualmente instaladas em Portugal, que trazem a possibilidade de usar serviços críticos (caso do controlo de robots) ou grandes redes de sensores para a Internet das Coisas (por exemplo, nas Cidades Inteligentes) “, completa.

Desvendando cada um dos projetos, Rui Aguar adianta que o “IMAGINEB5G” “age como interface para as diferentes indústrias poderem explorar as novas tecnologias de comunicação em âmbitos experimentais, em plataformas instaladas nas regiões de Oslo, Nice, Valência e Aveiro (esta última baseada na plataforma 5GAIner), cobrindo áreas como a indústria, os serviços de emergência e saúde, ou a educação”.

O projeto contempla operadores como a Telenor ou a Telefonica e empresas de referência como a Nokia, a Airbus ou a Samsung. No grupo de entidades portuguesas coordenadas pelo IT incluiu-se ainda a Altice Labs, a Ubiwhere e a AltranPortugal.

Já o projeto “RIGOUROUS” “irá cobrir os maiores desafios de cibersegurança, incluindo aspetos como privacidade e confiança que irão afetar as futuras redes e serviços”. Vai explorar áreas de “aprendizagem-máquina e inteligência artificial, de forma a criar um sistema de serviços que seja capaz de responder de reagir aos novos ataques de segurança”.

Participam no projeto “RIGOUROUS” multinacionais como a Orange, a Lenovo, ou a Rhea, e um conjunto de universidades consideradas de referência na investigação para sistemas 6G, como a Universidad de Murcia (Espanha) e a Universidade de Oulo (Finlândia).

O terceiro projeto, o “SNS OPS”, visa a integração de diferentes atividades de investigação europeia, mediante a criação de programas comuns estruturados, desenvolvimento de ‘roadmaps’, além da realização de eventos de disseminação e discussão. Envolve a 6G SNS Infrastructure Association e companhias como a Nokia, Ericsson, Alcatel e Thales

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Alas diferentes ou outras visões. Há socialistas que defendem uma remodelação do Governo

Figuras do PS como o presidente e atuais e antigos deputados têm avançado com apelos à remodelação do Governo. Dentro do partido "é natural que haja alas diferentes", defende politólogo.

Muito tem acontecido na política nos últimos dias e a oposição tem criticado a decisão de António Costa de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas. Mas não é só do “outro lado” que têm vindo as reações, sendo que vários socialistas se têm pronunciado, alguns sobre as condições de Galamba para desempenhar o cargo mas a maioria a apelar ou a sugerir uma remodelação mais alargada no Executivo. Pode ser uma demonstração das várias alas do partido ou sinais de diferentes visões sobre a organização do Governo, apontam politólogos.

Um dos apelos veio mesmo do topo: Carlos César, presidente do PS, defendeu uma remodelação do Governo e recomendou ao primeiro-ministro que avalie a necessidade de “algum refrescamento” no seu Executivo, porque “alguns ministros não cumpriram as expectativas”. Declarações que surgiram logo após as explicações de Galamba relativamente à polémica com o seu ex-adjunto.

António Costa decidiu não seguir o conselho do presidente do PS e rejeitou a demissão de Galamba, sem avançar também com mexidas no Governo. Carlos César voltou então a expressar a sua opinião, defendendo neste sábado a necessidade de o partido estar atento à atuação do Governo de maioria socialista para mudar e melhorar, se for preciso, “políticas ou de políticos”.

César não é o único a pensar assim dentro do partido. Poucos dias depois, Vitalino Canas defendeu que “tem de haver alguma coisa que mude um bocadinho o rumo do Governo”, em declarações à Renascença. “Seguramente, haverá já dentro do PS uma forte corrente a pensar que tem de haver alguma coisa que mude aqui um bocadinho o rumo do Governo”, disse mesmo o antigo deputado.

Manifestações dessa corrente têm surgido, por exemplo pela voz de João Soares, ex-presidente da Câmara de Lisboa, que na altura expressou concordância com Carlos César. Entretanto, voltou a pronunciar-se este domingo, na RTP, reiterando que João Galamba devia demitir-se de novo e dizendo que “obviamente tem que haver uma mexida no Governo”. “Eu sou do PS e há coisas que não estão bem”, acrescentou.

A deputada socialista Alexandra Leitão também começou por defender, no programa Princípio da Incerteza, uma “espécie de reset” no Governo. Após os acontecimentos, a antiga ministra avançou ainda com um artigo de opinião no Expresso onde argumenta que após um “braço de ferro”, e sem a “necessária remodelação, o Governo continua politicamente enfraquecido, quer setorialmente, quer pela falta de coesão que tem demonstrado”.

Dentro do PS há também quem não peça especificamente uma remodelação, mas que considera que Galamba não tem condições para continuar no Governo, como é o caso de Álvaro Beleza, presidente da Sedes, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. Em entrevista à TSF, defendeu que o ministro “não tem condições políticas” e por isso “está a prazo”.

Esta demonstração de divergência dentro do partido “pode dever-se a dois fatores principais”, segundo aponta ao ECO Hugo Ferrinho Lopes, investigador de doutoramento em Política Comparada no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. Por um lado, às “clivagens dentro do partido, querendo salvaguardar interesses de representação interna”.

Por outro, os apelos podem advir da “própria visão e discordância com a estrutura e funcionamento do governo, o que é relevante, uma vez que nos mandatos anteriores António Costa não só conseguiu ter o partido pacificado, como também os (anteriores) parceiros à esquerda”.

“Neste momento, tem várias frentes de combate: a competição interpartidária, com o BE e o PCP a assumirem uma oposição clara, a competição intrapartidária, quer por interesses no âmbito deste mandato, quer posicionamentos políticos para o futuro do PS no pós-Costa, e ainda a relação de forças com Belém”, acrescenta o investigador.

Já o politólogo José Adelino Maltez destaca ao ECO que “cada um tem o seu estilo, as suas posições políticas e o seu espaço”. Dentro do partido, “é natural que haja a ala esquerda” e até quem tem “saudades da geringonça”, bem como outras, e “tudo pode acontecer: até pode haver ala de gente que quer o PS ancorado ao centro e não se importava de bloco central”, alvitra.

Assim, o politólogo destaca que o PS “é muito plural” e que se tem visto cada vez mais figuras a “assumir-se por uma solução centrista”. “Estão a construir-se alternativas”, aponta, algo que será mais possível perceber em altura de eleições.

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