Setor de serviços dos EUA contrai pela primeira vez em quase um ano

A economia dos EUA tropeça com o setor dos serviços a contrair e o índice de preços a subir 5,5%, enquanto as tarifas de Trump desafiam a robustez do mercado laboral.

O setor de serviços dos EUA contraiu inesperadamente em maio, com o índice de gerentes de compras (PMI) do Institute for SupplyManagement (ISM) a cair para 49,9 pontos, abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração, surpreendendo os analistas que previam uma leitura de 52 pontos.

Esta é a primeira contração do setor desde junho de 2024 e representa uma queda significativa face aos 51,6 pontos registados em abril, num momento em que as tarifas impostas pela administração de Donald Trump começam a impactar a maior economia do mundo.

O índice de novos pedidos, componente fundamental do indicador, caiu abruptamente para 46,4 pontos face aos 52,3 pontos de abril, sinalizando uma deterioração na procura e refletindo a crescente cautela por parte dos consumidores e empresas. “O nível do PMI de maio não é indicativo de uma contração grave, mas sim da incerteza que está a ser amplamente expressa entre os membros do painel do ISM Services Business Survey”, refere Steve Miller, presidente do ISM Services Business Survey Committee, em comunicado.

Em contraste, o índice de emprego apresentou uma melhoria inesperada, subindo para 50,7 pontos face aos 49 pontos de abril e superando as previsões de 49 pontos dos analistas. Esta melhoria no mercado laboral representa um sinal positivo isolado num relatório predominantemente negativo, demonstrando alguma resiliência do mercado de trabalho americano apesar das crescentes pressões económicas.

Particularmente significativo foi o aumento de 5,5% do índice de preços pagos, que subiu para 68,7 pontos em maio face aos 65,1 pontos em abril, atingindo o nível mais elevado desde novembro de 2022. Este aumento reflete o impacto das tarifas nas cadeias de abastecimento, contribuindo para pressões inflacionárias crescentes que poderão complicar a política monetária da Reserva Federal nos próximos meses.

Simultaneamente, dados da S&P Global mostram uma narrativa contrastante para o setor de serviços americano, com o seu PMI a registar 53,7 em maio, acima da leitura preliminar de 52,3. “O crescimento do setor dos serviços melhorou mais do que as primeiras estimativas em maio, com a confiança no próximo ano também a subir, impulsionada em parte pelas pausas nas tarifas mais elevadas”, afirma Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global Market Intelligence.

Além disso, Chris Williamson acrescenta ainda que “a par de um crescimento económico lento, o inquérito assinala também uma intensificação das pressões inflacionistas e que estas pressões “foram mais uma vez largamente atribuídas às tarifas, que por sua vez foram repercutidas nos clientes, resultando no aumento mais acentuado dos preços médios cobrados desde agosto de 2022.”

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Concerto no Estádio da Luz condiciona trânsito e estacionamento entre quinta-feira e domingo

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Devido à realização do concerto dos Calema irão ocorrer constrangimentos de trânsito rodoviário em várias artérias, bem como condicionamentos ao estacionamento entre quinta e domingo.

A circulação rodoviária e o estacionamento vão estar condicionados entre quinta-feira e domingo junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, devido ao concerto dos Calema, que se realiza no próximo sábado, informou esta quarta-feira a PSP.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explica que devido a este concerto, irão ocorrer constrangimentos de trânsito rodoviário em várias artérias, bem como condicionamentos ao estacionamento.

Quanto ao estacionamento, a PSP indica que será necessário assegurar reservas na Avenida Machado Santos (desde as 20:00 de quinta-feira até às 16:00 de domingo), na Impasse à Rua João de Freitas Branco (desde as 16:00 de sexta-feira e as 00:00 de sábado) e na Praça Cosme Damião/Parque da EMEL (desde as 20:00 de quinta-feira até às 16:00 de domingo).

A PSP refere ainda que a realização do concerto dos Calema irá obrigar também a “implementar, de forma sequencial diversos condicionamentos de trânsito”. Os condicionamentos vão ocorrer na Avenida Machado Santos e nas ruas confluentes, na Avenida Eusébio da Silva Ferreira, na Impasse à Rua João de Freitas Branco, na Praça Cosme Damião e na Avenida do Colégio Militar.

Na Avenida Machado Santos, os constrangimentos irão ocorrer entre as 08:00 de sexta-feira até às 02:00 de domingo, enquanto nas ruas confluentes haverá corte de trânsito a partir das 12:00 de sábado até às 02:00 de domingo. Na Avenida Eusébio da Silva Ferreira (acesso ao Parque -3 e à Avenida do Colégio Militar) haverá “um forte condicionamento a partir as 12:00 de sábado, podendo haver corte de trânsito, antes do final do concerto até às 02:00” de domingo.

Também na artéria Impasse à Rua João de Freitas Branco (perto do parque 8 — Rotunda das Oliveiras) haverá um “forte condicionamento a partir as 12:00, podendo haver corte de trânsito antes, do final do concerto até às 02:00” de domingo. Na Praça Cosme Damião (Parque de Estacionamento EMEL) também haverá um “forte condicionamento a partir as 12:00, podendo haver corte de trânsito antes do final do concerto até às 02:00” de domingo.

Por sua vez, na Avenida do Colégio Militar (entre a Rua Galileu Galilei e a Avenida Condes de Carnide) está previsto corte do trânsito antes do final do concerto até ao escoamento total do público. Também a circulação dos transportes públicos “será fortemente condicionada”. Nesse sentido, a PSP aconselha a utilização de transportes públicos, evitando que se levem viaturas para as imediações do Estádio da Luz e que a deslocação possa ser feita com antecedência.

“No caso de utilização de viaturas próprias, seguir as indicações dos Polícias e consequente estacionamento em parques vigiados e destinados para o efeito”, indica ainda a PSP. A hora oficial de abertura das portas ao público está prevista para as 17:00 de sábado, 07 de junho.

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Estudantes portugueses podem continuar a pedir vistos, mas EUA avisam que “têm de ser totalmente honestos” nas candidaturas

Fonte do Departamento do Estado dos EUA adianta ao ECO que marcações com estudantes para atribuição de vistos que já estavam agendadas vão manter-se e que alunos podem continuar a candidatar-se.

A administração de Donald Trump assegurou esta quarta-feira ao ECO que os estudantes estrangeiros que já tinham marcações nas embaixadas e postos consulares para a atribuição de vistos vão mesmo ser atendidos, e esclarece que os alunos que queiram estudar nos Estados Unidos podem continuar a pedir essa autorização. Fonte do Departamento de Estado norte-americano alerta, no entanto, que estes “têm de ser totalmente honestos nas candidaturas“.

“Os requerentes de vistos de estudantes e de programas de intercâmbio podem continuar a candidatar-se, e têm de ser totalmente honestos nas candidaturas“, assegurou fonte do Departamento do Estado dos EUA, que acrescenta que nenhuma das marcações já agendadas foi cancelada.

O ECO questionou a administração norte-americana sobre a atribuição de vistos a estudantes, depois de o Politico ter avançado, na semana passada, que Donald Trump ordenou a todas as embaixadas e postos consulares dos Estados Unidos que interrompam o agendamento de novas entrevistas, em preparação para um novo “aperto” na avaliação desses candidatos.

Na resposta enviada ao ECO, fonte do Departamento de Estado não confirma, nem desmente essa pausa no agendamento de novas entrevistas (ainda que tenha sido questionada diretamente sobre isso), mas sublinha que as secções consulares estão “constantemente a ajustar os seus horários” de modo a terem “tempo suficiente para analisarem completamente os casos” e a certificarem-se de que as operações de atribuição de vistos “cumprem os mais elevados padrões“.

As secções consulares ajustam constantemente os seus horários para terem tempo suficiente para analisar completamente os casos que lhes são apresentados e garantir que as operações de vistos cumprem os mais elevados padrões.

Fonte do Departamento de Estado

“Trabalhamos diariamente para analisar completamente os candidatos a vistos para assegurar que estes não tencionam prejudicar os Estados Unidos e os nossos interesses”, insiste a mesma fonte.

“A administração Trump está focada em proteger a nossa nação e os nossos cidadãos, mantendo os mais elevados padrões de segurança nacional e segurança pública através do nosso processo de atribuição de vistos“, continua o Departamento de Estado, na resposta enviada ao ECO.

Quanto aos estudantes que ainda não têm uma marcação numa secção consular, a mesma fonte indica que os requerentes podem continuar a submeter as suas candidaturas, sendo recomendado “que continuem a monitorizar a disponibilidade de novas vagas“.

Apesar do “aperto” noticiado à entrada de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos, os programas portugueses que têm intercâmbio nesses países não foram (pelo menos, para já) afetados. A imersão do The Lisbon MBA, por exemplo, arrancou esta semana na MIT Sloan, em Boston.

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Adesão da Bulgária em 2026 reforça moeda única, diz presidente do Eurogrupo

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, acredita que a adesão da Bulgária "reforçará a força, a resiliência e a voz da área do euro no mundo. Esta evolução reflete a estabilidade duradoura".

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, disse esta quarta-feira que a adesão da Bulgária à zona euro, em 01 de janeiro de 2026, reforça e reflete a estabilidade e atratividade da moeda única.

A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) concluíram que o país está pronto para adotar a moeda única e entrar na área do euro em 1 de janeiro de 2026, tornando-se o 21.º Estado-membro da União Europeia a fazê-lo.

“A adesão da Bulgária à área do euro não só constituirá uma conquista significativa para o país, com importantes benefícios para a sua economia, como também reforçará a força, a resiliência e a voz da área do euro no mundo. Esta evolução reflete a estabilidade duradoura e o caráter atrativo da nossa moeda comum”, referiu Donohoe, em comunicado.

O Eurogrupo, acrescentou, “tem apoiado sistematicamente a ambição da Bulgária de aderir à zona euro e continuará a trabalhar em estreita colaboração com o Governo búlgaro nas próximas etapas do processo de adesão”.

Parabéns, Bulgária!”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Graças ao euro, a economia búlgara vai fortalecer-se, com mais comércio com os parceiros da zona euro, mais investimento direto estrangeiro, melhor acesso ao financiamento, mais empregos de qualidade e melhores rendimentos”, enfatizou a presidente da Comissão.

Por seu lado, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, Valdis Dombrovskis, argumentou que “o euro trará benefícios concretos aos cidadãos e empresas búlgaros”, citando “preços estáveis”, “poupança protegida” e “mais investimento”.

O primeiro-ministro búlgaro, Rossen Jeliazkov, também celebrou a entrada do país na zona euro. “Um dia extraordinário. Mais um passo em frente na trajetória da Bulgária rumo ao euro. As avaliações positivas do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia confirmam o nosso progresso, mas o trabalho continua. Isto acontece após anos de reformas, compromisso e alinhamento com os nossos parceiros europeus”, declarou Rossen Jeliazkov na rede social X.

Neste Estado-membro da União Europeia desde 2007, a perspetiva de aderir à moeda única está longe de ser unânime. Após uma manifestação que juntou milhares de pessoas no sábado, os apoiantes do partido pró-Rússia Vazrajdane voltaram a reunir-se na terça-feira em frente ao edifício do Banco Central da Bulgária, no centro de Sófia.

“Vamos preservar o lev búlgaro”, “Não ao euro” e “O futuro pertence aos Estados soberanos”, diziam os cartazes dos manifestantes. De acordo com sondagens recentes, quase metade dos inquiridos rejeita a entrada do país na zona euro no próximo ano. No mês passado, o Presidente búlgaro, Rumen Radev, propôs um referendo sobre a adesão ao euro, que o parlamento rejeitou, alegando inconstitucionalidade.

A moeda única europeia foi criada em 1 de janeiro de 1999 para as transações eletrónicas. Tomou forma concreta em 1 janeiro de 2002, com a introdução de moedas e notas, substituindo as moedas nacionais de 12 Estados-membros da UE, incluindo Portugal. Mais tarde, juntaram-se outros oito países: Eslovénia em 2007, Chipre e Malta em 2008, Eslováquia (2009), Estónia (2011), Letónia (2014), Lituânia (2015) e Croácia em 2023.

A zona euro conta já com uma população de 350 milhões de habitantes e a moeda única é um símbolo da unidade e soberania europeias. Teoricamente, todos os países da UE se comprometeram a aderir assim que cumprirem as condições, mas ainda não existe um calendário definido. A única exceção é a Dinamarca, que negociou uma isenção após um referendo que rejeitou o euro em 2000.

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Kiev e Moscovo vão trocar 500 prisioneiros no fim de semana

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Além das trocas de prisioneiros, ambos os lados concordaram trocar os restos mortais de 6.000 soldados mortos de cada lado que estão na posse do inimigo.

O Presidente ucraniano anunciou esta quarta-feira que Kiev e Moscovo planeiam trocar 500 prisioneiros de guerra, de cada lado, no fim de semana, depois de terem concordado, na segunda-feira, libertar os feridos, gravemente doentes ou com menos de 25 anos.

“Hoje, as nossas equipas realizaram consultas sobre a troca acordada. O lado russo informou-nos que está pronto para transferir 500 pessoas neste fim de semana, no sábado ou domingo, das cerca de mil que acordámos trocar, pelo que estaremos prontos para trocar a quantidade correspondente”, afirmou Volodymyr Zelensky em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Zelensky acrescentou que os jornalistas e outros civis ucranianos mantidos em cativeiro pelas autoridades russas poderão ser incluídos nas trocas acordadas na segunda-feira em Istambul, na Turquia. Além das trocas de prisioneiros referidas, ambos os lados concordaram trocar os restos mortais de 6.000 soldados mortos de cada lado que estão na posse do inimigo.

A Rússia e a Ucrânia já tinham acordado trocar mil prisioneiros de cada lado no primeiro encontro direto entre representantes dos dois países em três anos, também realizado em Istambul, a 16 de maio. Esta troca, a maior de toda a guerra, aconteceu dias depois, em três fases.

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Acionistas dão luz verde ao Novobanco para avançar para a bolsa

Lone Star e Estado aprovaram em assembleia geral uma proposta que abre a possibilidade de o banco avançar para a bolsa.

Sem surpresas, os acionistas do Novobanco aprovaram esta quarta-feira, em assembleia geral extraordinária, a proposta que permite ao banco entrar na bolsa de Lisboa. Com isto, a Lone Star já pode avançar com o IPO (initial public offering), embora o fundo americano explore outras opções.

Fonte da instituição adiantou ao ECO que a proposta de admissão à negociação de ações representativas do capital do Novobanco na Euronext Lisbon foi aprovada esta manhã. Apesar de ser uma formalidade, trata-se de uma condição necessária para o banco poder avançar para a bolsa, caso seja o caminho a ser tomado pelo fundo americano.

Há vários meses que a administração liderada por Mark Bourke tem vindo a trabalhar neste cenário. Em cima da mesa está a possibilidade de os acionistas colocarem entre 25% e 30% do capital no mercado. O prospeto da operação encontra-se já numa fase adiantada de avaliação junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco tem apontado a duas janelas temporais para concretizar o IPO: ainda durante este mês de junho ou setembro.

Ainda que os acionistas tenham dado este passo, o futuro do Novobanco poderá tomar um caminho diferente. Isto porque a Lone Star também está a explorar a venda direta do Novobanco a outro banco. O processo atraiu interessados, incluindo o Caixabank (dono do BPI) e o Groupe BPCE (dono do Natixis). O ECO avançou esta quarta-feira que o interesse dos franceses esmoreceu por conta de divergências em relação ao preço. Já um negócio envolvendo o banco catalão poderá ter a oposição do Governo português, que não quer um aumento da exposição espanhola no mercado bancário nacional.

Certo é que, oito anos depois, a Lone Star pretende sair do Novobanco, mas procura a melhor opção para o retorno do seu investimento de mil milhões de euros realizado em 2017, em troca de uma participação de 75% do banco português.

Os restantes 25% estão nas mãos do Estado, através do Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

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Bulgária recebe luz verde do BCE para aderir à Zona Euro em janeiro de 2026

Bulgária vai adotar o euro a 1 de janeiro de 2026, tornando-se o 21.º país da Zona Euro, após cumprir todos os critérios exigidos pela Comissão Europeia e BCE, apesar de alguma resistência interna.

A Bulgária cumpriu todos os critérios necessários para adotar o euro a partir de 1 de janeiro de 2026, confirmaram esta quarta-feira o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia. Esta decisão abre o caminho para que a Bulgária se torne o 21.º Estado-membro da Zona Euro dentro de seis meses.

A decisão histórica marca o fim de uma jornada de quase duas décadas desde que o país aderiu à União Europeia, em 2007, e compromete-se a abandonar o lev búlgaro pela moeda única. “A Bulgária tem feito bons progressos no sentido da convergência económica com a área do euro desde 2024, de acordo com o Relatório de Convergência do Banco Central Europeu (BCE)”, refere o Banco Central Europeu em comunicado.

O país dos Balcãs conseguiu cumprir os quatro critérios de convergência estabelecidos pelos Tratados Europeus, mas por uma margem apertada no critério mais problemático: a estabilidade de preços.

“Esta avaliação positiva da convergência abre caminho à introdução do euro na Bulgária em 1 de janeiro de 2026 e permite ao país tornar-se o 21.º Estado-Membro da União Europeia a aderir à área do euro”, afirmou Philip R. Lane, membro da Comissão Executiva do BCE, sublinhando ainda que o “enorme empenho [da Bulgária] em proceder aos ajustamentos necessários.”

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também saudou a conquista da Bulgária com entusiasmo, notando que “o euro é um símbolo tangível da força e unidade europeias”, e que “graças ao euro, a economia da Bulgária tornar-se-á mais forte, com mais comércio com parceiros da Zona Euro, investimento direto estrangeiro, acesso ao financiamento, empregos de qualidade e rendimentos reais.”

Critérios cumpridos por escassa margem

O país dos Balcãs conseguiu cumprir os quatro critérios de convergência estabelecidos pelos Tratados Europeus, mas por uma margem apertada no critério mais problemático: a estabilidade de preços. Em abril, a taxa de inflação média dos últimos 12 meses situou-se em 2,7%, ficando imediatamente abaixo do valor de referência de 2,8%, refere o BCE em comunicado.

No critério orçamental, a Bulgária registou um défice de 3% do PIB em 2024, exatamente no limite permitido, enquanto a dívida pública se manteve confortavelmente baixa, nos 24,1% do PIB. O país também cumpriu os critérios das taxas de câmbio e de juro de longo prazo, beneficiando da participação no Mecanismo de Taxas de Câmbio II (MTC II) desde julho de 2020.

Valdis Dombrovskis, comissário europeu da Economia e Produtividade, que tem acompanhado de perto o processo búlgaro, refere que “o anúncio de hoje é o culminar de uma viagem de cinco anos, desde que entrou no MTC II em 2020”, sublinhando ainda que “o êxito da integração da Bulgária na área do euro exigirá a prossecução de políticas sólidas para reforçar a competitividade e a resiliência da economia búlgara.”

Apesar da aprovação europeia, a decisão enfrenta forte resistência interna. O partido ultranacionalista Ressurreição (Vazrazhdane), terceira força política do país, tem liderado protestos contra a adoção do euro, considerando-a uma ameaça à soberania nacional.

Em maio, milhares de búlgaros manifestaram-se em Sófia e mais de uma centena de cidades sob o lema “Insistimos no nosso lev, insistimos no nosso referendo”. O presidente búlgaro, Rumen Radev, chegou mesmo a propor um referendo sobre a questão, embora o parlamento tenha rejeitado a iniciativa. E a oposição política tem sido alimentada por campanhas de desinformação com ligações à Rússia, segundo análises de especialistas, que aproveitam os receios sobre potenciais aumentos de preços após a transição.

Com a confirmação do BCE e da Comissão Europeia da adesão da Bulgária à área do euro, a decisão final cabe agora ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia, que deverá formalizar a aprovação no início de julho. Uma vez concluído o processo político, os responsáveis do banco central búlgaro serão convidados a participar como observadores nos grupos do BCE, incluindo o Conselho de Governadores, que define as taxas de juro.

A Bulgária torna-se assim o primeiro país a aderir à Zona Euro desde a Croácia, que se juntou ao clube da moeda única em janeiro de 2023. Com esta adesão, a Zona Euro passará a representar quase 350 milhões de europeus distribuídos por 21 países.

Para a economia búlgara, que representa menos de 1% do PIB da Zona Euro, a mudança significa o fim da incerteza cambial e o acesso pleno aos mecanismos de financiamento europeus, embora a sua influência nas decisões do BCE seja limitada pelo seu peso económico reduzido.

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Regulador define seguro de saúde “padrão” com proteção para casos mais graves

O objetivo do regulador de seguros é facilitar a comparação dos seguros de saúde ao mesmo tempo que garante propôr condições para um produto adequado que cobre as despesas nos casos mais graves.

Já há no mercado um conjunto de condições para o seguro de saúde que o regulador considera oferecerem um “nível de proteção adequada para casos mais graves” que põem em causa a estabilidade financeira das famílias. Estas condições constam na circular n.º6/2025 de 3 de junho, aprovada pelo conselho de administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) nesta terça-feira.

Os limites da despesa dos serviços de saúde pagos pelo cliente são determinados por consulta. Tendo esta informação em consideração, as regras que o regulador definiu no âmbito das coberturas que estabelecem limites de capital, copagamento e período de carência, são as seguintes:

  • A cobertura de hospitalização garante um limite de capital de 30.000 euros com o copagamento de 10%, no mínimo o cliente pagará 250 euros por consulta e no máximo 500 euros. O período de carência é de 180 dias, há exceção de parto que é de 310 dias.
  • Quanto ao ambulatório, os limites de capital são de mil euros. Nestes estão incluídos consultas (programadas ou urgentes, onde o cliente paga 20 e 45 euros, respetivamente); exames, onde o cliente paga 10 euros por exame, 30 euros por TAC e 70 euros por ressonância magnética. Nas análises clínicas, o cliente pagará 10 euros por pacote prescrito e na fisioterapia 10 euros por sinistro. Na cobertura de ambulatório o período de carência é de 60 dias.
  • Na cobertura de medicina preventiva o cliente tem direito um pacote com o limite de cobertura de 60 dias.
  • Segundo a ASF, principal mais-valia da proposta é o limite capital de doenças de cobertura alargada a 300 mil euros com pagamento do cliente a 10% ou máximo de 500 euros com um período de carência de 180 dias,

Para indicar que vende o “seguro padrão” proposto pela ASF, a seguradora tem de incluir no produto condições mínimas sem as quais não são considerados.

Além das já mencionadas, a empresa tem que vender um produto que não tenha exclusões de idade na renovação de contratos. Ou seja, se uma seguradora aceitar cobrir um cliente não o pode excluir no futuro com base apenas na sua idade. Pode, no entanto, aumentar o preço do seguro. Não obstante, a idade pode ser um entrave à adesão ao seguro, visto ser a seguradora define condições de exclusão na adesão (e não de renovação).

No que à venda diz respeito, o cliente deve ser informado da rede de prestadores de cuidados de saúde que tem acesso.

Estas são os requisitos mínimos que se exigem à seguradora na venda deste produto. O objetivo do regulador é tornar a comparação destes produtos mais fácil para os portugueses.

A seguradora pode adicionar coberturas. Nesse caso, tem que indicar os preços para as coberturas adicionais para permitir a comparação com a oferta do mercado. A ASF não determina os preços dos seguros que cumpram as condições padrão, que serão definidos pelas seguradoras, e podem não ser acessíveis a todos os consumidores.

O regulador assume que já neste verão poderá haver seguradoras a comercializar um produto que cumpra as condições, previsão sustentada pelo feedback que recolheu junto do mercado quando elaborou o proposta (num grupo de trabalho que contou com as principais seguradoras e com a Associação Portuguesa de Seguros) e nas respostas da consulta pública a esta circular.

Importa referir que as condições foram desenhadas para contratos individuais de seguros, podendo ser estendidas ao agregado familiar. No entanto, não há entraves para as seguradoras adaptarem o seguro de grupo.

As empresas de seguros não estão obrigadas a seguir as recomendações. Mas aquelas que o fizerem vão constar da lista da ASF a ser divulgada no em fevereiro do próximo ano, após recolherem dados da adesão do mercado (no lado da oferta e procura) relativas segundo semestre de 2025.

Uma das regras que estava no documento em consulta pública que ficou por terra foi a possibilidade de transferir o seguro de uma empresa para outra. O regulador decidiu abandonar, por enquanto, esta medida por considerar que está é uma fase de teste e a incorporação no mercado destas condições pode ser um processo “muito complexo”. Esta medida poderá eventualmente ser incorporada se no relatório anual que mede os resultados destes produtos – que sair daqui a um ano – o regulador considerar que é viável.

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Politécnico de Coimbra critica Estado por não ceder edifícios para residências

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

"É o próprio Estado que não faz nada com os seus edifícios e também não os cede para nós lá fazermos alojamento", critica presidente cessante do Politécnico de Coimbra.

O presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) lamentou esta quarta-feira que o principal opositor à criação de mais camas para estudantes seja o Estado, que não cede e nada faz com edifícios seus que estão abandonados.

“Nós ouvimos todos os dias os nossos ministros dos diversos governos dizerem que não há alojamento, que não conseguimos fazer alojamento nem para jovens nem para os estudantes, mas depois nós descobrimos que o principal opositor a que a gente faça alojamento é o próprio Estado, que não faz nada com os seus edifícios e também não os cede para nós lá fazermos alojamento“, afirmou Jorge Conde, que discursava na sessão de abertura do Fórum A2ES — Alojamento de Estudantes do Ensino Superior, em Coimbra.

Para o presidente cessante do IPC, a principal queixa que faz nesta matéria, depois de oito anos de mandato, não é da falta de dinheiro, mas de condições para assegurar mais alojamento estudantil, nomeadamente a falta de disponibilidade para ser libertado património público abandonado.

Na sua intervenção no fórum promovido pelo IPC para discutir o alojamento estudantil, Jorge Conde apontou para casos específicos em Coimbra.

Num dos casos, há oito anos, pediu à Câmara Municipal, na altura gerida por outro presidente – e repetiu o pedido quando o novo executivo entrou -, para que fossem cedidos dois edifícios ao IPC para serem criadas residências estudantis.

“São edifícios centrais, um da Câmara Municipal e o outro é património de uma força militar qualquer. Pedimos que nos entregassem esses dois edifícios para nós fazermos residências e todos [os imóveis] tinham projetos pensados para lá e em todos ia acontecer qualquer coisa. Oito anos depois, os edifícios estão pior do que estavam e mais degradados”, notou.

Jorge Conde recordou também um pedido de cedência de dois edifícios “fechados há muito tempo”, da Segurança Social, junto ao Instituto de Contabilidade e Administração, com o mesmo propósito, que também acabou rejeitado com a justificação de projetos para esses imóveis.

“Os edifícios continuam lá e nada aconteceu”, constatou.

Além da necessidade de intervenção no património público, o presidente do IPC defendeu também um plano de manutenção do alojamento estudantil, recordando que as cerca de 260 camas do Politécnico que estão a ser reabilitadas e que têm 23 ou 24 anos nunca tinham tido “os colchões mudados”.

“Hoje, já temos um plano para construir e reabilitar, mas continuamos a não ter um plano para a manutenção do alojamento“, alertou.

Durante a sessão de abertura, o presidente da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico, Diogo Machado, considerou que o atual esforço para o aumento do alojamento estudantil no ensino superior é bem-vindo, mas a resposta ainda está “aquém das necessidades reais”.

O dirigente estudantil defendeu ainda a regulação do mercado de alojamento estudantil, nomeadamente o combate aos quartos arrendados sem contrato, que continuam “a ser uma realidade que fragiliza os estudantes e famílias”.

Na sua intervenção, propôs também uma revisão do complemento ao alojamento face aos preços praticados nas várias regiões e a transferência de património do Estado para instituições de ensino superior e municípios.

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Bruxelas pede que Portugal acelere a execução do PRR. “Falta menos de um ano e meio para concluir todas as metas”

A alguns Estados-membros apelamos que acelerem a execução do plano e, para alguns, como Portugal acelerem a execução das reformas e investimentos", disse o comissário europeu Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia apelou esta quarta-feira a Portugal que o país acelere a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de modo a avançar na implementação de reformas e investimentos. O executivo comunitário recorda que o país já recebeu 51,3% do seu envelope financeiro, numa altura em que falta menos de um ano e meio para o fim do prazo.

“Falta menos de um ano e meio para concluir todas as metas e por isso estamos a avaliar a execução do PRR por país. A alguns Estados-membros apelamos que acelerem a execução do plano e, para alguns, como Portugal acelerem a execução das reformas e investimentos”, disse o comissário europeu Valdis Dombrovskis, em conferência de imprensa de apresentação do Pacote de Primavera.

O responsável do executivo comunitário admitiu que a recomendação quer evitar o risco grave de Portugal perder as verbas ainda não executadas. Nas recomendações específicas por país, Bruxelas assinala que “para cumprir os compromissos do Plano de Recuperação e Resiliência até agosto de 2026, é essencial que Portugal acelere a implementação de reformas e investimentos, abordando os desafios relevantes”.

No documento, a Comissão Europeia recorda que, a 13 de maio de 2025, o Conselho adotou a decisão de execução que altera a avaliação do PRR de Portugal, a fim de ter em conta circunstâncias objetivas que comprometem a implementação atempada de alguns investimentos. No entanto, alerta, “subsistem desafios em termos de capacidade administrativa, regras de contratação pública e morosidade dos procedimentos de licenciamento, que afetam, em particular, os grandes projetos de investimento”.

“O envolvimento sistemático das autoridades locais e regionais, dos parceiros sociais, da sociedade civil e de outras partes interessadas relevantes continua a ser essencial para garantir uma ampla apropriação da implementação bem-sucedida e atempada do plano de recuperação e resiliência”, aponta.

A Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR revelou esta quarta-feira que 33% das medidas da bazuca europeia estão em estado crítico (20%) ou preocupante (13%), com destaque para as áreas da habitação, saúde e digitalização de empresas. A avaliação qualitativa do organismo liderado por Pedro Dominguinhos acrescenta que 35% dos 119 investimentos ou medidas analisados pela CNA precisam de acompanhamento.

A situação agravou-se face ao último relatório, já que há mais investimentos em estado crítico (passaram de 8% para 20%), mais a necessitar de acompanhamento (eram 25% e agora 35%) e menos alinhados com o planeamento (de 33% passaram para 24%), ainda que tenha sido feita uma reprogramação e muitos projetos só tenham metas e marcos incluídos no nono e décimo pedidos de pagamento.

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Sagres aposta na “alma portuguesa” como plataforma de comunicação e lança nova cerveja com sal marinho

A Sagres elegeu a aposta na essência da alma portuguesa para a sua comunicação e está a lançar a cerveja Sol & Mar. Catarina Ferraz, responsável de marketing da Sagres, explica a estratégia.

Catarina Ferraz, responsável de marketing da cerveja Sagres

A “alma portuguesa” é a aposta da Sagres enquanto plataforma de comunicação. Para além de uma campanha — entretanto lançada — o conceito estende-se a todas as suas ativações, promoções ou inovações. A marca lança ainda a Sagres Sol & Mar, uma nova cerveja que conta com um ingrediente “surpreendente”: sal marinho português.

A ‘Alma Portuguesa’ é muito mais do que a campanha da Sagres para o ano de 2025, é a essência da marca, que vem da sua própria história, da forma como nasceu e como foi pensada e apresentada“, começou por enquadrar Catarina Ferraz, responsável de marketing da Cerveja Sagres, ao +M, à margem de um evento da marca, esta terça-feira, onde Ana Markl, Miguel Esteves Cardoso, Luísa Sobral e Rui Maria Pêgo exploraram o que é a portugalidade e o que é ser português.

Depois de ter tentado encontrar respostas para a pergunta de ‘o que é ser português’, e de se ter deparado com emoções e sentimentos “muitas vezes contraditórios”, a marca percebeu então que a riqueza da alma portuguesa está precisamente nisso, não é possível ser explicada, tem antes de ser sentida. Esta ideia serve de base para a sua estratégia de comunicação nos próximos tempos.

Com esta essência da “alma portuguesa”, a Sagres procura transmitir que “é uma marca agregadora, que quer falar para todos, ser um ponto de encontro, onde podemos ser nós próprios, nesta verdade de que o que nos une é, sem dúvida, a nossa alma portuguesa, independentemente das nossas diferenças“, aponta Catarina Ferraz.

A “alma portuguesa” está assim subjacente à comunicação da marca, e é a “partir da sua riqueza” que a Sagres vai “continuar a comunicar daqui para a frente”, garante Catarina Ferraz. “Temos um plano bastante holístico à volta desta ideia, que começou com uma fase de teasing e que deu corpo à campanha que temos no ar. Mas também serve de mote para tudo aquilo que fazemos daqui para a frente, sempre a procurar criar relação com os portugueses e fazê-los sentir coisas“, explica.

Isto até porque “uma marca com tantos anos no mercado [85] tem mesmo de se ir renovando e ir conseguindo falar com todas as audiências, de todas as idades. E a ‘alma portuguesa’ é uma plataforma que nos permite fazer isso muito bem“, diz Catarina Ferraz.

Esta conceção estende-se inclusive às inovações da marca, pelo que a Sagres vai apresentar ao mercado daqui a “pouquíssimo tempo” um novo produto, a Sagres Sol & Mar, que vai ser comunicada “de uma forma muito intencional”.

Sagres Sol & Mar é inspirada na nossa costa, no mar que nos une, que nos apaixona e com o qual os portugueses têm uma relação emocional tão forte, quase umbilical. É como se fosse um mergulho no mar, tendo um ingrediente surpreendente, que é o sal marinho português, e isso é, sem dúvida, a representação desta história da alma portuguesa numa cerveja, que vai ser mais leve e mais fácil de beber”, diz a responsável.

“Ou seja, também a inovação tem de ter alma portuguesa e não ser pura e simplesmente ‘Sagres lança uma nova cerveja’. Não é por aí que queremos ir”, acrescenta, adiantando que o novo produto estará disponível em garrafa, lata e imperial, sendo que a marca pretende que este produto “esteja em todos os canais” e que “venha para ficar”.

No evento, Miguel Esteves Cardoso, Ana Markl, Luísa Sobral e Rui Maria Pêgo exploraram o que é a portugalidade e o ser português

Tendo em conta a essência da plataforma de comunicação adotada pela marca de cerveja, os festivais de verão em que a marca vai estar presente “também têm de ser festivais com alma portuguesa”, pelo que a Sagres estará presente no Sol da Caparica, no Festival Mar Me Quer e no Festival F, “tudo festivais com esta essência da música e artistas de língua portuguesa”.

Ainda antes dos festivais, a marca aposta também numa forte presença nos Santos Populares, que é “talvez por excelência, o momento mais popular, mais relevante, onde vivemos a nossa alma portuguesa de uma forma mais intensa”, diz Catarina Ferraz. Desta forma, a Sagres não só terá uma declinação da campanha “que estará por toda a cidade”, como vai decorar e ativar em vários arraiais na capital.

Sob o mote “Alma Portuguesa, Com certeza”, a marca de cerveja junta-se assim aos festejos populares com uma campanha presente em posições estratégicas (como elétricos ou estações de metro), em redes sociais, parcerias com influencers e ativações no Clube Sagres. Além disso marca presença em nove arraiais e em mais de 240 pontos de venda em Lisboa e arredores.

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Montenegro entrega esta tarde lista dos ministros em Belém. Governo toma posse amanhã às 18h

  • ECO
  • 4 Junho 2025

Primeiro-ministro indigitado prepara-se para apresentar ao Presidente da República o novo elenco governativo. A tomada de posse do novo Executivo está agendada para quinta-feira às 18h.

O primeiro-ministro Luís Montenegro vai esta quarta-feira à tarde ao Palácio de Belém apresentar a Marcelo Rebelo de Sousa a lista com os novos ministros, confirmou o presidente da República. A tomada de posse vai acontecer na quinta-feira ao final da tarde, pelas 18h.

Questionado sobre se o motivo para ter suspendido a viagem que tinha agendada à Alemanha para ver o jogo da seleção de futebol, Marcelo confirmou que irá receber esta tarde das mãos do primeiro-ministro aquele que será o novo elenco governativo.

“Entre a formação de Governo e jogo de Portugal, a formação do Governo é mais importante”, justificou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Feira do Livro de Lisboa, que arrancou esta quarta-feira com 350 pavilhões.

Quanto à tomada de posse do novo Executivo, Marcelo confirmou que será ao fim da tarde de quinta-feira. “Não sei ainda bem se é só ministros, ou ministros e secretários de Estado”, acrescentando, notando que o mais provável é que estas cerimónias sejam separadas, com a segunda a acontecer possivelmente na sexta-feira.

Segundo avançou esta manhã o Expresso, após ser indigitado na semana passada, Luís Montenegro esteve nos últimos dias a fazer contactos e já tem fechada a lista dos membros do seu novo Governo.

(Notícia atualizada com declarações do Presidente da República)

 

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