Controlauto da Brisa compra 90% da espanhola Mecod

Um ano após a compra da PrevenControl, a empresa portuguesa reforça a presença em Espanha ao ficar com o terceiro maior centro de inspeções da região de Múrcia.

O grupo Controlauto, que detém a maior rede de centros de inspeção em Portugal, anunciou esta quarta-feira que chegou a acordo para compra de uma participação maioritária (90%) na empresa espanhola Mecod, da região de Múrcia.

A Mecod é uma concorrente nesta indústria de inspeções técnicas de veículos, mas apenas na cidade de Yecla, onde opera desde 2018 com um centro composto por três linhas de atendimento para todo o género de carros e uma box independente para motociclos e ciclomotores, que em Espanha estão sujeitos a inspeção obrigatória.

O centro de inspeções da Mecod tem 24 trabalhadores e faz cerca de 70 mil inspeções anuais, o que a coloca na terceira posição do pódio da região de Múrcia, apesar de também servir clientes das regiões vizinhas de Valência e Castela-Mancha.

“Esta é uma excelente oportunidade para continuarmos a crescer, executando a estratégia de crescimento definida no plano estratégico do nosso grupo. A localização deste centro, e a base de clientes que já possui, vão ajudar-nos a consolidar a nossa operação no mercado espanhol e construir, a partir da Mecod, uma base de crescimento”, afirma Pedro Dias, administrador-delegado da Controlauto, citado em comunicado.

Esta foi a segunda aquisição da Controlauto – detida em 76% pela Brisa e em 24% pela espanhola Portobello Capital – em Espanha. Precisamente um ano após comprar o grupo catalão PrevenControl com 350 funcionários e a trabalhar em oito centros de inspeção nas províncias de Girona e Barcelona e na segurança e saúde no trabalho — área em que está entre os 20 maiores operadores espanhóis.

O grupo português Controlauto, criado em 1993 e com sede em Paço d’Arcos, prevê que este negócio no país vizinho esteja concluído até final do primeiro semestre deste ano, embora isso dependa das habituais autorizações regulamentares.

A Mecod foi assessorada pela Baideko, uma empresa de advisory financeiro com sede em Sevilha.

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Juros da casa registam maior queda desde 2009

Taxa de juro implícita no crédito à habitação está a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro acelerou a queda, baixando 15,4 pontos base. É a maior descida desde setembro de 2009, há mais de 15 anos.

Os juros da casa estão a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação acelerou a queda e registou a maior descida desde 2009, há mais de 15 anos.

A taxa dos empréstimos da casa caiu para 3,83% no mês passado, recuando 15,4 pontos base em relação a janeiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Trata-se da descida mais pronunciada desde setembro de 2009, quando caiu 17,5 pontos base, numa altura em que a crise financeira global pressionava o mercado.

Juros da casa caem há 13 meses

Fonte: INE

Por outro lado, a taxa que as famílias pagam ao banco pelo crédito da casa baixou no mês passado para o valor mais baixo desde julho de 2023. Neste período de mais de um ano em queda, a taxa implícita dos contratos de empréstimo à habitação já baixou 82,7 pontos base, depois de ter atingido o pico nos 4,657% em janeiro do ano passado.

Esta evolução reflete sobretudo a descida das taxas Euribor, que são usadas com indexante na maioria dos contratos de crédito da casa em Portugal. Estas taxas estão em queda há vários meses por conta do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que desde o verão passado já baixou as taxas oficiais da Zona Euro por seis ocasiões, num total de 1,5 pontos percentuais.

Para as famílias este cenário tem-se traduzido numa redução da prestação mensal que pagam ao banco. Segundo o INE, a prestação média situou-se nos 400 euros em fevereiro, menos um euro em relação ao mês anterior e menos três euros em comparação com fevereiro do ano passado.

Destes 400 euros, 220 euros corresponderam a juros pagos (55%) e outros 180 euros a capital amortizado. O capital médio em dívida ao banco subiu 560 euros para 69.512 euros em termos médios.

No que toca aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa implícita fixou-se nos 3,2% em fevereiro, subindo 3,1 pontos base face a janeiro, voltando a aumentar 16 meses depois. Nos contratos celebrados nos últimos seis e 12 meses, a taxa média caiu.

(Notícia atualizada às 11h28)

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Euribor a três meses volta a cair para novo mínimo desde janeiro de 2023

  • Lusa
  • 19 Março 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,411%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,421%) e acima da taxa a 12 meses (2,406%).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde janeiro de 2023.

Com estas alterações, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base em março, a taxa a três meses, que baixou para 2,411%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,421%) e acima da taxa a 12 meses (2,406%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,421%, menos 0,001 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,406%, menos 0,010 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,411%, menos 0,015 pontos e um novo mínimo desde 19 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Luís Sequeira é o novo presidente dos vinhos do Alentejo

Comissão Vitivinícola Alentejana muda de liderança ao fim de uma década. Luís Sequeira integrava a administração da Fladgate e era membro da direção da Associação das Empresa de Vinho do Porto.

Luís Sequeira é o novo presidente da direção da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), sucedendo a Francisco Mateus, que ocupava o cargo desde 2015. A nomeação foi aprovada por unanimidade.

Licenciado, mestre e doutorado em gestão, Luís Sequeira iniciou em 1993 o seu percurso profissional na Adega Cooperativa da Covilhã e, mais tarde, assumiu funções de diretor comercial e de marketing na Porto Cálem.

Em 2001 integrou a The Fladgate Partnership, um dos maiores grupos no setor do vinho do Porto, que detém as marcas Taylor’s, Fonseca e Croft. Passou a fazer parte do conselho de administração em 2009, assumindo a direção-geral da divisão de vinhos do grupo liderado por Adrian Bridge.

Luís Sequeira, presidente da Comissão Vitivinícola Regional AlentejanaComissão Vitivinícola Regional Alentejana

Desde 2012 é também professor no Instituto Superior de Gestão (ISG) em Lisboa, e em 2016, tornou-se membro da direção da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), de acordo com a biografia partilhada pela CVRA.

Com uma área de vinha de 23,3 mil de hectares, a região do Alentejo assume-se como líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal. Cerca de 30% da produção é exportada sobretudo para o Brasil, Suíça, EUA, Reino Unido e Polónia.

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Portugal paga menos para emitir 1.223 milhões em dívida a 12 meses. Procura mais do que duplicou oferta

O Tesouro português pagou uma taxa de 2,227% para colocar dívida a um ano. Montante levantado no leilão de Bilhetes do Tesouro ficou próximo do intervalo superior estipulado pelo IGCP.

Portugal financiou-se esta quarta-feira em 1.223 milhões de euros através da emissão de títulos de dívida de 12 meses, com uma taxa de 2,227%. O montante levantado ficou ligeiramente abaixo do máximo previsto pelo IGCP, com a operação a contar com uma procura robusta.

À semelhança das operações anteriores, a emissão contou com uma forte procura, que superou em 2,48 vezes a oferta.

A taxa de juro média fixada na operação, de 2,227%, compara com os 2,416% pedidos na emissão comparável, realizada em janeiro deste ano.

“Em fevereiro, Portugal tinha emitido dívida de curto prazo a 11 meses, com uma taxa de colocação de 2,266%. Agora, para um prazo superior, de 12 meses, a taxa é mais baixa, fixando-se em 2,227%”, refere Filipe Silva, num comentário aos resultados da operação. Para o diretor de investimentos do Banco Carregosa “esta descida das taxas reflete o movimento de cortes que o BCE tem vindo a fazer nas taxas de juro, bem como as expectativas de que continue a reduzi-las ao longo deste ano”.

O BCE iniciou no verão passado um ciclo de descidas de juros. Desde junho passado, a entidade liderada por Christine Lagarde já anunciou seis cortes de juros, trazendo a taxa de depósitos dos anteriores 4,5% para os atuais 2,5%.

“A curva das taxas de juro mantém-se invertida nas maturidades de curto prazo, ou seja, a partir de um ano, para prazos mais longos, taxas mais elevadas. Não obstante, as taxas de curto prazo têm seguido uma trajetória descendente, tendência que se espera que prossiga“, explica Filipe Silva.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou, no final da semana passada, que ia regressar esta quarta-feira ao mercado com uma nova emissão de títulos de dívida de curto prazo, com maturidade em março de 2026. A operação tinha um montante indicativo entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

Esta é a terceira emissão de dívida de curto prazo realizada em 2025. Além da colocação de títulos com maturidade de 12 meses em janeiro, o IGCP foi, no mês passado, ao mercado emitir bilhetes do tesouro com um prazo de 11 meses, tendo pago a taxa mais baixa desde 2022.

Na semana passada, a instituição, agora liderada por Pedro Cabeços, realizou uma emissão de dívida de longo prazo. O Estado financiou-se em 1.100 milhões de euros através de dois leilões de dívida a 10 e 13 anos, no entanto pagou mais do que nas últimas operações com características semelhantes.

“Portugal foi ao mercado com uma emissão de bilhetes do Tesouro a 12 meses, tendo colocado 1.223 milhões de euros. . A procura superou a oferta em 2,48 vezes.

(Notícia atualizada às 11h49 com as declarações do diretor de investimentos do Banco Carregosa)

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+M

Marcas demoram a regressar aos cinemas por “conservadorismo”

Apesar da lenta recuperação, o investimento em publicidade nos Cinemas Nos cresceu cerca de 30% em 2024. No entanto, o seu peso no total das receitas publicitárias é de 6%, quando já foi de 12%.

A lenta recuperação do investimento publicitário nos cinemas, que não tem acompanhado o regresso de espectadores às salas, está relacionada com o conservadorismo das marcas, entende Miguel Magalhães. Observando que as pessoas estão a voltar ao cinema — embora no ano passado tenha sido registada uma quebra de cerca de 4% na afluência às salas de cinema Nos –, o diretor da Nos Publicidade reconhece que a publicidade “não acompanha essa velocidade de recuperação”.

Nós sentimos essa pressão, mas também sabemos que Portugal em termos de publicidade é um país moderadamente conservador, as marcas demoram tempo a alterar as suas dinâmicas. E isso não se sente só no cinema”, afirmou. Também no Playce, plataforma agregadora de publicidade endereçada em televisão, “sentimos enormes dificuldades em afirmá-lo, sabendo que é um produto extraordinário, porque as marcas demoraram muito tempo a fazer o shift“, exemplificou o responsável.

As ideias foram defendidas num debate no Nos Brand Activation Day, evento onde se propôs discutir a relação, oportunidades e desafios entre a publicidade e o cinema. O debate centrou-se, em parte, nas dificuldades que o cinema está a sentir em assegurar o regresso dos anunciantes ao grande ecrã após o abalo sofrido com a pandemia.

À margem do evento, Miguel Magalhães reforçou ao +M a ideia. O cinema sempre foi um meio muito pequeno, relativamente mal tratado, e sempre teve uma quota de investimento publicitário pequena, mas depois da pandemia passou a ter uma quota ínfima da qual tem demorado a conseguir recuperar. Isso deve-se ao conservadorismo das marcas“, disse.

“Mas achamos, acreditamos e insistimos que o cinema tem características que as marcas procuram e não encontram em lado nenhum. Há aqui todo um mundo de oportunidades para as marcas que não estão a ser aproveitadas”, acrescentou, referindo que a quota do cinema em termos de investimento publicitário andava, “nos seus melhores tempos”, à volta de 2-3% e que após a pandemia baixou para 0,5%, estando agora “pouco acima disso”.

Miguel Magalhães, diretor da Nos Publicidade.

Conseguir chegar às marcas e trazê-las para o cinema é algo que a Nos Publicidade tenta fazer no “dia a dia”, mas para isso também “é preciso que os anunciantes queiram ouvir”, observou Miguel Magalhães. “Temos boas ideias, muitas soluções, mas para isso precisamos de conseguir chegar às marcas. E o que estamos a sentir é que hoje em dia os marketeers não têm tempo para nos ouvir, o que pode fazer sentido porque vivemos num mundo horrivelmente acelerado”, disse.

O que tentamos fazer é apresentar projetos de chave na mão. Temos ativação de marca e publicidade em ecrã — que pode ser um simples spot de 30 segundos que se adapta da televisão para cinema — mas podemos também conseguir criar algumas soluções que integrem as marcas nos filmes, por exemplo”, avançou.

O responsável exemplificou com “vários projetos com cinema português” em que a entrada da marca é feita desde o momento zero até à exibição do filme em ecrã. Esta pode ser feita através de patrocínios ou da inserção da marca dentro do próprio filme, que tem de ser feita de “uma forma bem pensada” para não se fazerem “coisas artificiais”, alertou. “Há todo um mundo de soluções, é preciso é haver interesse das marcas para nós concretizarmos“, acrescentou.

Em relação ao que está a falhar na relação com as marcas, Miguel Magalhães arriscou que o problema se prende com “a multiplicidade de meios que existem e com a velocidade com que se precisa de passar as mensagens”. “O cinema constrói, é preciso tempo e investimento no sentido da ideia criativa que se põe em cinema“, referiu.

Cinema é melhor “construtor de marca”

O cinema é bom para a construção de marcas, funcionando inclusive melhor do que o digital e redes sociais, ao permitir estabelecer relações “mais evidentes” com os consumidores, defendeu também Diogo Anahory, cofundador e diretor criativo da DJ.

“Nas redes sociais há de tudo, de bom e de mau. As marcas anunciarem no cinema e em televisão é também uma mensagem de grandeza e de uma certa postura. Há uma dignidade e espetacularidade no cinema que um ecrã de telemóvel jamais consegue ter“, acrescentou.

Diogo Anahory, cofundador e diretor criativo da DJ
Diogo Anahory, cofundador e diretor criativo da agência DJ.

Mas também para os publicitários o cinema “pode ser uma bênção”, apontou Diogo Anahory. “A primeira função de um criativo ao serviço de uma marca é captar a atenção do espectador — o que hoje em dia é cada vez mais difícil pela multiplicidade de estímulos existentes — e fazer com que este se mantenha nem que seja só cinco ou dez segundos atentos ao que se está a dizer”, começou por explicar.

“E nesse sentido, o cinema facilita-nos o trabalho, porque aí estamos inteiramente focados no que estamos a ver. Não há skip ads ou interrupções. Facilita-nos imenso o trabalho enquanto criativos porque aí já temos a certeza que pelo menos a atenção vai estar focada no ecrã“, completou.

Além disso, “como a maioria da publicidade não são histórias bem contadas, há uma tendência para as pessoas fugirem dos anúncios” apontou, acrescentando que quem vai ver um filme está mais recetivo a ver um anúncio de uma marca antes do filme e que a probabilidade de a mensagem ser apreendida é maior.

Miguel Magalhães evidenciou também a afinidade que o cinema tem com o target de idades compreendidas entre os 15 e 34 anos, que é aquele “talvez o mais difícil de atingir” e que tem regressado “mais em força” ao cinema. “O cinema está na pole position para ser o meio mais indicado e ser o palco que as marcas andam à procura“, acrescentou.

“Em tempos idos faziam-se produções publicitárias para cinema. Mas hoje em dia muitas vezes os anunciantes não querem, porque não há budget, porque há outras tendências e prioridades. Já não se fazem spots como aqueles que nos lembramos da Coca-Cola ou Martini. É um território que foi perdido“, aponta Miguel Magalhães.

Ainda assim, e apesar da atravancada recuperação, a publicidades nos Cinemas Nos cresceu a dois dígitos no ano passado, na casa dos 30%. “Mas nós temos como referência 2019 — que foi o melhor ano de sempre de espectadores e de publicidade no cinema — e em relação a esse ano ainda estamos cerca de 20% abaixo em termos de investimento publicitário“, avançou Miguel Magalhães ao +M.

Na verdade, e embora a receita publicitária em cinema seja “importante economicamente para a Nos Publicidade”, o seu peso no total das receitas publicitárias da operadora é, neste momento, de apenas 6%, quando já chegou a representar 12%.

Para este ano a marca mostra-se otimista, tendo inscrito em sede de orçamento “fazer o mesmo número” que em 2019. “Os dois primeiros meses correram bastante bem, mas ainda faltam 10 meses. Temos boas perspetivas e acredito que é possível lá chegarmos. Se o conseguirmos vai ser um feito incrível, não o fazendo estamos no caminho e faremos para o ano”, concluiu Miguel Magalhães.

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Custos das empresas com salários sobem mais em Portugal do que na União Europeia

Custos do trabalho subiram 9,6% em Portugal, enquanto na União Europeia aumentaram 4,3%. E também nos custos salariais Portugal superou a média: 9,6% contra 4,7%.

Os custos suportados pelas empresas por cada trabalhador aumentaram no final de 2024 tanto em Portugal como no conjunto da União Europeia. Mas por cá a subida foi bem mais expressiva, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

“No quarto trimestre de 2024, os custos de trabalho por hora subiram 3,7% na Zona Euro e 4,3% na União Europeia, face ao mesmo trimestre do ano anterior”, informa o gabinete de estatísticas no destaque publicado esta manhã.

Os custos do trabalho, importa explicar, abrangem duas componentes: salários e outros custos (como impostos, indemnizações e seguros). Ora, quanto aos custos salariais, a União Europeia registou um aumento homólogo de 4,7% e a Zona Euro de 4,1%, no fim de 2024.

Já no que diz respeito aos outros custos, o último trimestre de 2024 foi sinónimo de uma subida homóloga de 3,0% no bloco comunitário e de 2,6% na área da moeda única.

Em comparação, em Portugal, os custos do trabalho cresceram 9,6% entre outubro e dezembro de 2024, face ao mesmo período de 2023. É um salto bem mais expressivo que a média comunitária.

Além disso, por cá, os custos salariais subiram 9,6% no último trimestre do ano e os outros custos aumentaram 9,5%, o que significa que também nestes indicadores Portugal superou a média dos 27.

Ainda assim, Portugal não foi dos Estados-membros onde estes custos mais subiram no final de 2024. “No quarto trimestre de 2024 face ao mesmo trimestre do ano anterior, os maiores aumentos dos custos salariais por hora foram registados na Croácia (13,9%), Polónia (13,8%), Roménia (13,1%) e Bulgária (13,0%)“, sublinha o Eurostat, que destaca que também a Hungria, Letónia e Lituânia verificaram subidas acima da fasquia dos 10%.

Conforme mostra o gráfico acima, Portugal foi, contas feitas, o oitavo país da União Europeia onde os custos salariais por hora mais aumentaram no último trimestre de 2024, face ao período homólogo.

Em contraste, no Luxemburgo os custos das empresas com ordenados subiram menos de 1%, o que pode ser explicado pelo facto de que, tradicionalmente, esse é o país do bloco comunitário com vencimentos mais elevados, o que encolhe a margem para aumentos.

(Notícia atualizada às 10h59)

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Inflação na Zona Euro abranda em fevereiro para 2,3%. Portugal fica acima da média

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Março 2025

Eurostat reviu em baixa a taxa de inflação de fevereiro, de 2,4% para 2,3%, o que mostra uma desaceleração de duas décimas face aos 2,5% registados no mês anterior.

A taxa de inflação da Zona Euro fixou-se em 2,3% em fevereiro e não em 2,4%, como estimado inicialmente. Fica assim abaixo dos 2,6% homólogos e dos 2,5% de janeiro, com Portugal acima da média (2,5%) dos países da moeda única, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

No conjunto da União Europeia (UE), a inflação anual (medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor) foi de 2,7% em fevereiro de 2025, o que compara com 2,8% em janeiro e com 2,8% no mesmo mês do ano passado.

Fonte: Eurostat

Portugal registou, no segundo mês de 2025, uma taxa de inflação anual de 2,5% (acima da média da Zona Euro, mas abaixo da da UE), uma descida face aos 2,7% de janeiro e uma subida face aos 2,3% de fevereiro de 2024.

No conjunto dos 27 países da UE, no que toca à variação homóloga, as taxas anuais mais elevadas foram registadas na Hungria (5,7%), na Roménia (5,2%) e na Estónia (5,1%), enquanto as mais baixas se verificaram na França (0,9%), Irlanda (1,4%) e Finlândia (1,5%).

Em comparação com janeiro, a inflação anual diminuiu em 14 Estados-membros, permaneceu estável em seis e aumentou em sete, ainda de acordo com o Eurostat.

O gabinete estatístico adianta que, em janeiro de 2025, o maior contributo para a taxa de inflação anual da Zona Euro está relacionado com o setor dos serviços (+1,66 pontos percentuais), seguido pelo dos produtos alimentares, álcool e tabaco (+0,52 pontos percentuais), dos produtos industriais não energéticos (+0,14 pontos percentuais) e da energia (+0,01 pontos percentuais).

O Banco Central Europeu estipulou o objetivo de 2% de inflação para estabilidade dos preços e ambiciona que o regresso a essa taxa, após valores históricos relacionados com a Covid-19 e com a crise energética, aconteça ainda este ano.

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Santander encerra um quinto das agências e corta 750 empregos no Reino Unido

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Março 2025

Banco espanhol anunciou que vai encerrar 95 das atuais 444 agências e que cerca de 750 empregados estão em risco de despedimento no país.

O Banco Santander admitiu esta quarta-feira que cerca de 750 funcionários vão perder os empregos no Reino Unido no âmbito de um plano que prevê o encerramento de mais 95 agências bancárias no país, onde a partir de junho passará a operar com 349 espaços — embora alguns deles funcionem em horário reduzido.

Em comunicado, a instituição bancária de origem espanhola referiu que “fechar uma agência é sempre uma decisão muito difícil” e que despendeu “muito tempo a avaliar onde e quando” isso seria feito para “minimizar o impacto que pode ter sobre os clientes”.

Na mesma nota, citada pela agência Reuters, assinalou que está a falar com os sindicatos sobre estas mudanças e que irá ainda ajudar uma centena de pessoas afetadas (do total de 750) a encontrar alternativas de emprego na estrutura do grupo, através da recolocação noutras funções.

“O banco tem visto um rápido movimento de clientes a optar por fazer transações bancárias digitalmente, com um aumento de 63% nas transações digitais desde 2019, enquanto as transações financeiras realizadas em agências caíram 61% no mesmo período”, contabiliza o Santander UK.

A instituição presidida por Ana Botín diz que 93% da população do Reino Unido continuará a viver num raio de 10 milhas (16 quilómetros) de uma agência do Santander. Além disso, os titulares de contas correntes e empresariais do Santander também poderão efetuar operações bancárias numa das mais de 11.000 agências dos Correios em todo o país e em 112 centros bancários. “Todas as agências que fecham ficam a menos de uma milha (1,6 quilómetros) da estação de correios mais próxima”, afirma.

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Porto promove debate sobre Literacia Financeira com apresentação de estudo pioneiro

  • ECO
  • 19 Março 2025

Os resultados do Estudo de Diagnóstico de Literacia Financeira da população portuense serão apresentados no dia 26 de março na Fundação Cupertino de Miranda.

No próximo dia 26 de março de 2025, o Município do Porto organiza a sessão Mais que Números: Literacia Financeira como Ferramenta para a Vida, que irá debater um tema cada vez mais relevante para a tomada de decisões informadas e para a sustentabilidade do sistema financeiro. O evento destacará o Estudo de Diagnóstico de Literacia Financeira da população do Porto, realizado no primeiro trimestre de 2025.

A iniciativa, promovida pela Fundação António Cupertino de Miranda e pela Câmara Municipal do Porto, visa discutir a importância da literacia financeira no contexto local e nacional, apresentar os resultados do Estudo de Diagnóstico Local e servir como fórum para conectar recursos, iniciativas e projetos que promovem a capacitação em educação financeira, potenciando novas oportunidades.

A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória. Pode inscrever-se aqui.

Programa

15h30 – 16h00 Receção e Acolhimento

16h00 Abertura
Maria Amélia Cupertino de Miranda, Fundação António Cupertino de Miranda

16h15 Educação Financeira como Pilar de Inclusão e Desenvolvimento
António Larguesa, moderador – Jornal ECO
Ricardo Sousa – Banco de Portugal
Inês Abreu – Fundação António Cupertino de Miranda
Manuel António Oliveira – Agrupamento de Escolas do Cerco
Óscar Afonso – Faculdade de Economia da Universidade do Porto

17h00 Coffee-break

17h15 Literacia financeira ao longo da vida
António Larguesa, moderador – Jornal ECO
Inês Odila – Coverflex
Miguel Ferreira – Finanças para Todos
Rui Bairrada – Doutor Finanças
Lourenço Reis – Associação Laicos

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Hoje nas notícias: jogo online, penhora de criptoativos e lei Uber

  • ECO
  • 19 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As receitas com o jogo online renderam 334 milhões de euros aos cofres do Estado durante o ano passado. A bastonária da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução defende, em entrevista, que sem a necessária regulamentação é impossível proceder à penhora de ativos digitais. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Jogo online rendeu 334 milhões ao Estado em 2024

Os portugueses gastaram 70 milhões de euros por dia no jogo online em 2024, um número recorde que contribuiu para os lucros dos operadores crescerem 31% face a 2023. Nos cofres do Estado entraram 334,7 milhões devido ao imposto especial de jogo online (IEJO). Neste momento, há 4,7 milhões de jogadores registados no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

“Falta regulamentação para penhorar criptoativos”

Anabela Veloso, bastonária da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, defende que sem a necessária regulamentação é impossível proceder à penhora de ativos digitais. Em entrevista, reconhece “ser urgente pensar nesse tema”, mas ressalva que não será difícil implementar um mecanismo adequado. “Para começar, temos que encontrar a entidade onde esses ativos estejam registados”, diz.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Paragem na revisão da lei dos TVDE causa “frustração” no setor

O processo de alteração da lei que regulamenta o setor de TVDE (transporte de passageiros em veículos descaracterizados) vai ser interrompido devido à dissolução da Assembleia da República, marcada para quinta-feira. O presidente da Associação Portuguesa de Transportadores em Automóveis Descaracterizados (APTAD), Ivo Miguel Fernandes, fala em como esta situação provoca uma “profunda sensação de frustração”. “Esta interrupção soma-se ao impasse da legislatura anterior, na qual a revisão da lei já deveria ter ocorrido em 2022”, lembra.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Ministério da Saúde rejeita responsabilidades na greve do INEM

A Secretaria Geral do Ministério da Saúde (SGMS) enviou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), no dia 7 de março, o contraditório ao relatório preliminar sobre a inspeção feita ao funcionamento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) durante os dois dias de greves em simultâneo. No documento, diz que “as indiretas imputações” ao procedimento adotado são “totalmente inadequadas” como “violam a lei”, já que foram “publicamente difundidas”, constituindo “um dano reputacional para a SGMS”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Férias e limite de horas deixam urgências no caos

A situação nas urgências do Serviço Nacional de Saúde vai piorar nas próximas semanas. Isto porque muitos profissionais já atingiram o limite máximo de 150 horas extraordinárias anuais e alguns iniciaram o período de férias, nomeadamente na Páscoa. “Um médico que faça 24 horas de urgência extras uma vez por semana chega ao final de fevereiro e já ultrapassou o limite anual”, explica Nuno Rodrigues, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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China adia fábrica da BYD no México por recear fuga de tecnologia para EUA

  • Lusa
  • 19 Março 2025

A chinesa BYD anunciou em 2023 planos para construir uma fábrica no México, onde produziria cerca de 150 mil veículos por ano e criaria 10 mil postos de trabalho.

A China está a adiar a aprovação de uma nova fábrica da BYD no México por receio de que a tecnologia desenvolvida pela empresa possa acabar nas mãos dos EUA, noticia esta quarta-feira o Financial Times.

Segundo fontes citadas pelo jornal britânico, que pediram para não ser identificadas, o Ministério do Comércio chinês considera que o México teria acesso ilimitado aos sistemas e tecnologias avançadas da BYD e que a proximidade do país em relação aos Estados Unidos poderia significar que os norte-americanos também poderiam aceder a essas tecnologias.

A BYD anunciou em 2023 planos para construir uma fábrica no México, onde produziria cerca de 150 mil veículos por ano e criaria 10 mil postos de trabalho. O plano da empresa sediada em Shenzhen também incluía o fabrico de automóveis na Indonésia, no Brasil e na Hungria.

No entanto, os fabricantes de automóveis chineses precisam de aprovação comercial para produzir veículos no estrangeiro, e Pequim está a dar preferência aos países que fazem parte da sua iniciativa de desenvolvimento de infraestruturas internacionais conhecida como “Faixa e Rota”.

De acordo com o jornal, o regresso de Donald Trump à Casa Branca fez com que o México perdesse algum do entusiasmo pelo projeto da BYD, tornando mais prioritária a manutenção das relações com o vizinho do norte face à ameaça de taxas sobre o comércio transfronteiriço.

Depois de a equipa de Trump ter acusado o México de ser uma “porta das traseiras” para produtos chineses entrarem nos Estados Unidos sem pagarem os impostos aplicáveis, o Governo mexicano anunciou taxas contra os têxteis do país asiático e investigações ao aço e alumínio chineses por alegada concorrência desleal.

“O novo Governo mexicano adotou uma atitude hostil em relação às empresas chinesas, o que torna a situação ainda mais difícil para a BYD”, explicou uma das fontes citadas pelo Financial Times.

Para Gregor Sebastian, analista da Rhodium, “o Governo mexicano gostaria obviamente de obter algum investimento chinês, mas a sua relação comercial com os Estados Unidos é muito mais importante”.

Numa entrevista recente ao FT, a vice-presidente executiva da BYD, Stella Li, disse que a empresa “ainda não decidiu” o que vai acontecer com o plano de abrir uma fábrica no México: “Todos os dias há notícias diferentes. Temos de estar sempre a ver como melhorar e satisfazer, para conseguirmos o melhor resultado para todos”.

No entanto, em fevereiro, Li tinha avançado que a BYD iria escolher a localização da fábrica antes do final do ano.

Em 2024, a fabricante de carros elétricos vendeu mais de 40 mil veículos no México, e revelou que o objetivo para este ano é duplicar o volume de vendas e abrir 30 novos concessionários no país.

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