Grupo espanhol Barceló abre hotel em Faro

  • ECO
  • 9 Junho 2025

O empreendimento turístico tem quatro estrelas, quatro pisos, 89 quartos e quatro espaços para a área de viagens de trabalho.

O grupo hoteleiro espanhol investiu no Algarve. O Barceló Hotel Group anunciou esta segunda-feira que juntou um novo hotel em Portugal ao portefólio: o Occidental Faro.

O empreendimento turístico tem quatro estrelas, quatro pisos, 89 quartos e quatro espaços para a área de viagens de trabalho. Além do turismo tradicional, a empresa pretende apostar no segmento MICE (Meetings, Incentives, Conference, Exhibitions).

O Occidental Faro é o primeiro hotel em Portugal sob a marca Occidental Hotels & Resorts e o quarto hotel do grupo espanhol no país, de acordo com a informação transmitida através das redes sociais.

É também o nosso primeiro hotel no Algarve, uma região estratégica no sul de Portugal devido à sua forte procura turística durante todo o ano (especialmente durante os meses de verão), clima agradável e praias de renome internacional”, refere a Barceló através de uma publicação no Linkedin.

O espaço algarvio é a mais recente inauguração do grupo Barceló, após a aquisição e renovação dos três hotéis de quatro e cinco estrelas na Madeira em 2024 (Allegro Madeira, Barceló Funchal Oldtown e Quinta Funchal Gardens). Segundo o grupo, além de expandir a presença em Portugal, contribui “para o desenvolvimento económico e social do país e fomentando parcerias com fornecedores locais”.

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MP acusa Amadeu Guerra de acabar com especialização de magistrados

O Conselho Superior do Ministério Público, liderado por Amadeu Guerra, quer ter profissionais que acumulam as áreas cível, criminal e de família e menores.

Os magistrados do Ministério Público querem que Amadeu Guerra anule a deliberação que determinou a abertura do mais recente movimento de procuradores. Em causa o aviso de abertura do movimento de magistrados do Ministério Público, publicado a 4 de junho em Diário da República, que inclui lugares a ocupar pelos procuradores a partir de setembro em vários departamentos e tribunais em simultâneo.

O SMMP acusa o Conselho Superior do MP de espetar “o último prego” na especialização dos procuradores, ao querer ter profissionais que acumulam as áreas cível, criminal e de família e menores.

Cerca de 1150 magistrados – de vários graus hierárquicos, especialidades, regiões e faixa etária – subscreveram, até ao momento, a carta aberta promovida pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), exortando o Conselho Superior do Ministério Público, liderado por Amadeu Guerra, que proceda à anulação da deliberação que determinou este movimento. Esta carta será entregue por Paulo Lona, presidente da direção do SMMP, esta quarta – feira, quer na PGR quer no CSMP.

“A CSMP trilha o caminho da precariedade laboral sinalizando para extinção mais de oito dezenas de lugares. Isto é, quando a nível internacional a proteção dos trabalhadores passa pela restrição da precariedade, o CSMP institucionaliza-a, terraplanando o direito de todos os magistrados à estabilidade relativamente ao local onde prestam funções, condicionando, designadamente, o apoio à família”, diz o SMMP. “Esta desconcertante e ruinosa gestão de quadros refletir-se-á na perceção pública da qualidade da magistratura do Ministério Público e trará como inevitável consequência o afastamento das novas gerações no ingresso desta nobre função pública, com o agravar sistémico do problema já existente. Este movimento afronta os mais elementares direitos dos magistrados do Ministério Público enquanto pessoas, reduzindo-os a uma existência de sacrifício, instabilidade e precariedade”.

No sábado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) rejeitou que esteja em causa a especialização dos procuradores, no âmbito do movimento de magistrados do Ministério Público, alegando que o objetivo foi o de otimizar os recursos existentes.
“A opção adotada não põe em causa a especialização, que se mantém para a grande maioria dos magistrados. O que se tem em vista é otimizar os recursos existentes por forma a contribuir para um mais eficaz cumprimento da missão atribuída ao Ministério Público e para um melhor serviço aos cidadãos”, adiantou a PGR em comunicado divulgado este sábado.

O procedimento, que o SMMP espera ver anulado, é da competência do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), o órgão superior de gestão e disciplina integrado na PGR. O SMMP associou a opção do órgão superior à “falta de magistrados” e alertou que estes terão “um enorme aumento do volume de serviço, […] em muitos casos incomportável”.

No comunicado divulgado, a PGR adiantou que o movimento de magistrados foi preparado no âmbito de um grupo de trabalho criado por deliberação do CSMP de 6 de novembro de 2024.

“Face à reconhecida e notória falta de recursos humanos, o grupo de trabalho procedeu, desde essa altura, a um levantamento, tanto quanto possível exaustivo, de elementos objetivos e atuais que habilitassem a um conhecimento rigoroso sobre o volume de serviço (entradas e pendências processuais e necessidades existentes ao nível da representação em tribunal) em todas as procuradorias e departamentos do país”, referiu ainda a PGR.

Esse levantamento, adiantou o comunicado, teve o objetivo de permitir uma solução de gestão mais eficiente, face à cessação de funções de magistrados do Ministério Público e à não entrada de novos magistrados este ano.

A PGR alegou ainda que, depois de recolhidos os dados e de realizadas várias reuniões, foi considerado que a forma de minimizar o défice de magistrados do Ministério Público passaria por conferir maior autonomia aos procuradores-gerais regionais e aos magistrados do Ministério Público coordenadores de comarca, no sentido de, “em caso de relevante necessidade, com maior oportunidade e adequação, gerirem os recursos disponíveis, sempre com a monitorização do CSMP”.

Segundo a procuradoria-geral, a solução encontrada não visa um maior volume de trabalho para os magistrados, pretendendo, pelo contrário, que se “traduza numa diminuição de trabalho para aqueles que se encontram sobrecarregados”, através da adoção de medidas que permitam equilibrar o serviço existente entre todos os magistrados de uma comarca.

“O Procurador-Geral da República, como tem feito até aqui, recebe o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público sempre que tal lhe seja solicitado”, concluiu ainda o comunicado.

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Município de Leiria investe 2,2, milhões de euros em novo centro de saúde

Com um prazo de execução de 400 dias, o futuro centro de saúde de Leiria terá 15 gabinetes médicos, de enfermagem e de saúde materno-infantil assim como duas salas de tratamento.

A Câmara Municipal de Leiria vai arrancar, a 16 de junho, com a construção da nova Unidade de Saúde da Barreira, num investimento na ordem dos 2,2 milhões de euros. A empreitada deverá estar concluída no verão de 2026.

A construção da Unidade de Saúde da Barreira resulta de um protocolo com a Administração Regional de Saúde do Centro. Financiada em cerca de 1,7 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), esta empreitada vai permitir melhorar a prestação dos serviços de cuidados de saúde nesta região do país, avança o município liderado por Gonçalo Lopes.

Unidade de Saúde da Barreira, Leiria9 junho, 2025

Com um prazo de execução previsto de 400 dias, o futuro centro de saúde vai ser construído num terreno localizado junto à Estrada da Carvalhinha. Será constituído por 15 gabinetes médicos, de enfermagem e de saúde materno-infantil assim como duas salas de tratamento e uma área de receção ao público.

Serão ainda construídos 29 lugares de estacionamento para utentes e profissionais de saúde no exterior deste equipamento.

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“Falar numa reforma do Estado é fácil, fazer é muito difícil”, diz Marcelo

Para o Presidente da República, o primeiro passo é a uniformização dos sistemas de digitalização e sugere ao Governo uma nova lei dos contratos administrativos, porque "o PRR está a patinar".

O Presidente da República vê com bons olhos a “guerra à burocracia” declarada pelo primeiro-ministro e pelo novo ministro Adjunto e da Reforma do Estado, mas alerta que “falar numa reforma do Estado é fácil, fazer é muito difícil”, afirmou esta segunda-feira à margem das cerimónias do Dia de Portugal, em Lagos.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “há uma” reforma “que é fundamental que é a digitalização”. “Neste momento, há ministérios que têm dezenas para não dizer centenas de sistemas de digitalização diferentes com contratos diferentes”, sinalizou. O Chefe do Estado aconselha, por isso, a uma uniformização dos procedimentos.

Para além disso, é necessário reformar “as leis do Estado e do funcionamento do Estado, o que implica o Governo apresentar ao Parlamento uma nova lei sobre contratos administrativos”, sugere. Seria uma forma de acelerar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), porque, neste momento, “o PRR está a patinar em muitos casos”.

Está “a demorar muito tempo, porque é uma burocracia tal que em vez de estarmos a gastar por semana 200 milhões de euros no terreno, estamos em 100 milhões, 60, 80, 70. Isto ao fim de anos significa muito por gastar”, assinalou.

Por isso, há “duas coisas que têm de funcionar bem ao mesmo tempo: coordenar e conjugar a forma de tratar digitalmente os dados da Administração Pública; e rever as leis para ser mais rápido, e terminar com aspetos de processo, terminar com pormenores que estão a travar o funcionamento da Administração Pública”, defendeu.

Questionado se a reforma do Estado vai determinar o sucesso ou insucesso do atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Diria que o sucesso ou insucesso de qualquer Governo e de qualquer país, porque nós temos um tempo, que é um tempo muito superior àquilo que têm outros países mais avançados. Isto é obra para quatro anos, no mínimo”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após ter presidido em Lagos, no distrito de Faro, à cerimónia do hastear da bandeira nacional, primeiro ponto do programa das Comemorações do Dia de Portugal.

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Uría Menéndez assessorou a espanhola Molins na aquisição da sociedade portuguesa Concremat

A Uría Menéndez prestou assessoria jurídica à Molins na aquisição da sociedade portuguesa Concremat, líder nacional de prefabricados de betão. A equipa foi liderada por Antonio Villacampa.

A Uría Menéndez prestou assessoria jurídica à Molins na aquisição da sociedade portuguesa Concremat, líder nacional de prefabricados de betão.

A Molins é líder global em soluções inovadoras e sustentáveis para a construção e impulsionadores da neutralidade carbónica e da economia circular. Esta aquisição à PREFAB marca a entrada da Molins no mercado português, permitindo a integração de uma empresa com um histórico sólido, capacidades industriais consolidadas e culturas empresariais alinhadas com as da Molins.

A equipa da Uría Menéndez que assessorou esta operação foi liderada por Antonio Villacampa (sócio, M&A) e contou com a participação de António Castro Caldas (sócio, Fiscal), Maria Magalhães (associada principal, M&A), Inês Freitas de Almeida (associada Júnior, M&A) e Maria de São José (associada júnior, M&A).

A PREFAB foi assessorada pela Vieira de Almeida.

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Symington estreia-se como parceira oficial de vinhos do Primavera Sound Porto

  • + M
  • 9 Junho 2025

A empresa de vinhos vai contar com quatro wine bars localizados em diferentes zonas do recinto. Está ainda presente na zona VIP e no restaurante do festival que acontece na cidade Invicta.

A Symington é, pela primeira vez, o parceiro oficial de vinhos do Primavera Sound Porto, festival que acontece entre 12 e 15 de junho, no Parque da Cidade. A produtora de vinhos marca presença no evento através da marca Altano (vinho tranquilo) e Cockburn’s (vinho do Porto), com quatro wine bars localizados em diferentes zonas do recinto.

A Symington também estará presente na zona VIP e no restaurante do Primavera Sound Porto, o Prima, com uma seleção “mais abrangente” de vinhos produzidos pela marca, onde se incluem brancos, tintos, rosé, vinho do Porto e espumantes.

Fazer parte do Primavera Sound Porto é, para nós, uma forma natural de brindar à cultura e, simultaneamente, de nos aproximarmos do nosso público, que valoriza experiências autênticas e que está atento às novas tendências. Serão quatro dias de celebração num evento de referência no panorama musical em Portugal e nos quais o vinho será um elemento de ligação, celebração e partilha entre todos”, diz Rita Veiga Bulhosa, responsável pelos eventos e ativações da Symington Family Estates, citada em comunicado.

O Primavera Sound Porto, que decorre na Cidade Invicta, conta este ano com nomes como Charlie XCX, Deftones, Floating Points ou The Jesus Lizard no seu cartaz.

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Vitória de Portugal na Liga das Nações vista por 5,38 milhões de espetadores

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

A vitória sobre a Espanha é assim "o programa mais visto do ano e com alguma vantagem sobre o segundo lugar", ocupado pelo jogo da meia-final da Liga das Nações entre Portugal e a Alemanha.

A final da Liga das Nações, transmitida no domingo, em que Portugal venceu Espanha, registou uma audiência total de 5,38 milhões de espetadores, tendo sido o programa mais visto do ano, segundo a Universal McCann.

Devido à transmissão do jogo, a RTP1 foi o canal mais visto do dia, com um share de 24,3%, tendo este sido o dia do ano em que verificou maiores níveis de share, ultrapassando o dia 25 de maio, dia da final da Taça de Portugal Sporting x Benfica”, adiantou.

Segundo a agência, a vitória sobre a Espanha é agora “o programa mais visto do ano e com alguma vantagem sobre o segundo lugar“, ocupado pelo jogo da meia-final da Liga das Nações entre Portugal e a Alemanha.

“A final registou uma audiência total de 5 milhões 383 mil telespetadores, o que representou uma audiência média de 3 milhões e 259 mil telespetadores e um share de 62,5%“, indicou.

Segundo a Universal McCann, “o pico de audiência média aconteceu durante os penáltis, por volta das 22:43, altura em que cerca de 3,9 milhões de telespetadores estavam ligados na RTP1″, sendo que, neste minuto “a RTP1 registou um share de 80,4%, significando que de todas as pessoas que estavam a ver televisão 80,4% estavam a ver a RTP1”.

É preciso de regressar ao dia 01 de julho de 2024, dia do jogo entre Portugal e Eslovénia dos oitavos de final do Euro 2024, para encontrar “níveis de share superiores”, refere.

Se compararmos com a final de 2019, em que Portugal defrontou e venceu os Países Baixos, vemos que a final de ontem [domingo] registou maiores níveis de audiência. Em 2019, o Portugal x Países Baixos registou uma audiência total de 4,3 milhões de telespetadores, uma audiência média de 2,7 milhões de telespetadores e um share de 61,6%”, salientou.

Já em relação ao perfil de telespetadores que assistiram à final este “apresentou uma maior afinidade com o público masculino, contudo a diferença entre homens e mulheres foi menor na final do que na meia-final”, indicou, revelando ainda que a nível de idade, tal como na meia-final, “a final apresentou uma maior afinidade nos +45 anos”.

Em relação à classe social, registou “uma afinidade mais elevada junto das classes sociais mais elevada e mais baixa”, disse a agência.

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Associação de Contribuintes lança portal para queixas de burocracias

Depois do Governo ter declarado "guerra à burocracia", a Associação de Contribuintes aproveitou o balanço e criou um site para cidadãos e empesas denunciarem bloqueios na relação com o Estado.

À boleia do novo Ministério da Reforma do Estado, a Associação Portuguesa de Contribuintes (APC) acaba de lançar o portal “Stop Burocracia”, uma plataforma digital que “pretende dar voz aos cidadãos e empresas na denúncia de processos burocráticos excessivos, incoerentes ou desnecessários”, segundo nota divulgada esta segunda-feira.

“A iniciativa já vinha a ser preparada há vários meses, mas ganhou renovada visibilidade e prioridade após o recente anúncio do Governo que elegeu a simplificação administrativa como um eixo estratégico da legislatura. Esse compromisso governamental reforçou a pertinência do portal e acelerou o seu lançamento público”, de acordo com o mesmo comunicado.

O Governo de Luís Montenegro conta o novo Ministério da Reforma do Estado, liderado por Gonçalo Saraiva Matias, que já veio declarar “guerra à burocracia”, a mesma expressão que foi usado pelo primeiro-ministro no discurso da tomada de posse. Aproveitando este balanço, a APC decidiu então avançar com o site para queixas sobre bloqueio burocráticos e administrativos na relação com as entidades públicas, como a Segurança Social, a Autoridade Tributária ou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

O objetivo do projeto é “mapear os entraves burocráticos que afetam o dia-a-dia dos contribuintes e de todos os cidadãos, promovendo uma maior transparência e eficácia na administração pública”, refere a Associação liderada por Filipe Charters de Azevedo. Através do portal, qualquer pessoa pode submeter o seu caso ou sugerir melhorias em procedimentos administrativos que considere injustificadamente complexos, demorados ou redundantes.

“A burocracia excessiva é um obstáculo à liberdade individual, à iniciativa empresarial e à boa gestão dos recursos públicos. Com este portal, queremos ouvir os cidadãos e pressionar por reformas concretas que simplifiquem a vida de todos”, salienta Jorge Lourenço Pires, responsável pelo portal, citado no mesmo comunicado.

O Stop Burocracia não se limita à denúncia. A plataforma “irá compilar e classificar os casos recebidos, produzindo relatórios públicos que serão entregues a entidades governamentais e divulgados junto da comunicação social”, esclarece a Associação.

“O objetivo final é estimular a reforma administrativa, com base em experiências reais e documentadas pelos próprios contribuintes, utentes, cidadãos. Não podemos ficar parados perante a complexidade absurda de certos processos que consomem tempo, recursos e paciência, sem qualquer benefício real para a sociedade”, defende o presidente da APC, Filipe Charters de Azevedo.

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Novo contrato coletivo no setor do calçado aumenta salários em 3%

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

O novo contrato coletivo de trabalho, que abrange 42 mil trabalhadores, prevê uma atualização da tabela salarial em 3%, bem como uma reestruturação das categorias profissionais.

A associação patronal do calçado Apiccaps assinou um novo contrato coletivo de trabalho com a Fesete, que prevê aumentos de 3%, a reestruturação das categorias profissionais e uma alteração nas faltas injustificadas.

Este contrato foi subscrito por 10 dos 11 sindicatos que compõem a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (Fesete) e entrou em vigor em 01 de maio, adianta a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (Apiccaps), em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O novo contrato coletivo de trabalho, que abrange 42 mil trabalhadores, prevê uma atualização da tabela salarial em 3%, bem como uma reestruturação das categorias profissionais, “criando novas classificações que refletem melhor a realidade atual do setor do calçado”, explica.

Com este acordo, há ainda algumas alterações contratuais, nomeadamente ao nível da adaptabilidade de horário, cuja nova redação estabelece um “novo prazo único de três dias úteis para a comunicação do acréscimo de horário aos trabalhadores abrangidos”, bem como ao nível dos turnos especiais, ficando previsto que “as empresas passam a poder organizar turnos especiais até 12 horas por dia durante os sete dias da semana nas secções que utilizem equipamentos de alta rotação produtiva, robótica ou similares”.

Já nas faltas injustificadas fica agora previsto que “num ou meio período normal de trabalho diário, em que se verifiquem no período imediatamente anterior ou posterior a dia de descanso ou a feriado, passam a ser penalizados em dobro”, salienta a associação.

O presidente da Apiccaps, Luís Onofre, destaca a “importância da existência do contrato coletivo de trabalho para a regulação e organização do setor” e aponta que, apesar do “contexto desafiante em que o país e a indústria se encontram”, com este acordo pretendeu-se “reconhecer a evolução do mercado e garantir que os trabalhadores estejam devidamente valorizados, alinhando as condições salariais e profissionais às exigências contemporâneas da indústria”.

O Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins não subscreveu este acordo.

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Comissão Europeia lança plano para o oceano e financiamento de mil milhões

A maioria do financiamento deverá destinar-se a projetos de investigação.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que serão destinados mil milhões de euros para apoiar 50 projetos ligados ao oceano, no âmbito do recém-lançado Pacto Europeu dos Oceanos.

Foi no dia 5 de junho, dia do Ambiente, que a Comissão Europeia adotou o Pacto Europeu dos Oceanos, “uma estratégia compreensiva para melhor proteger os oceanos, promovendo uma economia azul próspera”. A apresentação do mesmo, contudo, ficou reservada para aquele que é o primeiro dia da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3), na voz da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, ocasião na qual foi também avançado um pacote de financiamento.

“Este é um dia importante para os oceanos. Agora temos uma visão clara. Mas temos de tornar essa visão em ação. Quero vê-la na prática e fazer os nossos oceanos prosperar de novo”, afirmou Ursula von der Leyen, na Conferência das Nações Unidas dos Oceanos, que decorre esta semana em Nice, França.

Em paralelo, reconheceu que não há financiamento suficiente disponível para a conservação do oceano. Nesse sentido, anunciou um pacote de mil milhões de euros, que deverá suportar 50 projetos em todo o mundo. Estes deverão promover a pesca sustentável, a regeneração de ecossistemas e a investigação. Um terço dos mil milhões de euros servirá precisamente trabalhos de investigação e de pesquisa nesta área.

A estratégia aponta a direção, através da definição de seis prioridades, mas ganhará ‘corpo’ com a apresentação de um Acto dos Oceanos, a ser lançado em 2027, e que entregará um quadro para facilitar a implementação dos objetivos-chave do pacto, ao mesmo tempo que quer reduzir os encargos administrativos. Vai procurar “simplificar processos de coordenação” e reduzir obrigações de reporte nesse sentido.

Será ainda criada uma “administração dos Oceanos”, de “alto nível”, que guiará a implementação do Pacto. Será ainda lançada uma plataforma pública para que os progressos possam ser acompanhados.

Da competitividade à segurança: as prioridades

A estratégia tem seis prioridades. Uma delas passa por promover a competitividade da economia azul sustentável, através de uma Estratégia Marítima Industrial e uma Estratégia Europeia para os Portos. Vai ser avaliada a hipótese de rever a Política Comum das Pescas, e é certo que a Comissão irá apresentar uma “visão de longo prazo” para os setores da pesca e aquacultura em 2026. No discurso, von der Leyen apontou o objetivo de que pelo menos metade dos recursos alimentares consumidos pelo Velho Continente sejam produzidos na Europa.

Em paralelo, no âmbito de um “reforço da diplomacia e da governança internacional dos oceanos”, a Comissão planeia combater a pesca ilegal, digitalizar o sistema de certificação até janeiro de 2026, e implementar o Tratado do Alto Mar (que diz respeito à criação de zonas protegidas), assim como o Tratado dos Plásticos.

A Comissão coloca também como prioridade “proteger e restaurar a saúde dos oceanos”, ao “encorajar” os Estados-membros a estabelecer e gerir áreas marinhas protegidas. O objetivo, de acordo com a presidente da Comissão, é que 20% dos ecossistemas marítimos europeus sejam recuperados até 2030. Neste âmbito, serão revistas a Diretiva Estratégica Marítima e Diretiva do Planeamento do Espaço Marítimo. Em relação a “apoiar as comunidades costeiras e das ilhas”, o executivo comunitário promete uma estratégia para o desenvolvimento e resiliência destas comunidades e uma proposta para a criação de reservas de carbono azul.

Na vertente dos “avanços a investigação oceânica, conhecimentos e inovação”, a Comissão quer criar uma Iniciativa de Observação dos Oceanos da UE e uma Estratégia de Investigação e Inovação no Oceano, além de uma rede global de embaixadores jovens. Finalmente, a CE indica que quer reforçar a guarda costeira, a cooperação naval e a segurança das fronteiras marítimas, recorrendo a tecnologia como drones, inteligência artificial e sensores.

Oceano vale 250 mil milhões

A Comissão Europeia estima que a economia azul, que engloba todos os setores ligados ao oceano, desde as pescas e aquacultura ao turismo costeiro, transporte marítimo e energia renovável, contribua para um valor acrescentado bruto de 250 mil milhões de euros e cinco milhões de empregos no Velho Continente.

Em paralelo, as rotas marítimas transportam 74% do comércio externo da UE, e 40% da população vive num raio de até 50 quilómetros do mar.

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Revisões da Lei de Finanças das Regiões Autónomas fragilizaram autonomia financeira, diz Bolieiro

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

Bolieiro recorda que "as últimas revisões da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, em baixa, fragilizaram a autonomia financeira, prejudicando a capacidade dos Açores de crescer com estabilidade".

O presidente do Governo dos Açores considerou esta segunda-feira que as últimas revisões da Lei de Finanças das Regiões Autónomas fragilizaram a autonomia financeira da região e pediu relação de “respeito mútuo e cooperação leal” entre Estado e regiões.

“Não é segredo para ninguém. Existem muitas pendências entre a República e os Açores, que têm penalizado a previsibilidade e a estabilidade do nosso investimento público, bem como o desenvolvimento e a compreensão das responsabilidades do Estado nos Açores e perante os açorianos“, afirmou José Manuel Bolieiro.

O líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM), que discursava na sessão solene do Dia dos Açores, que este ano decorre na Praia da Vitória, na ilha Terceira, referiu que, no último ano, algumas pendências “foram sendo consideradas e até tratadas”, pelo Governo da República.

“Mas para o futuro imediato – alertando já este novo Governo do país -, refiro agora apenas um, para que, com esta seletividade, possa ficar enfatizada a sua relevância decisiva. O tema é o da Autonomia Financeira dos Açores”, afirmou.

No seu discurso, Bolieiro referiu que é a autonomia financeira que permite responder eficazmente às necessidades da população, “não podendo, por isso, ser sujeita a flutuações arbitrárias ou a centralismos que desconsiderem as (…) especificidades” e o contributo dado “para a grandeza do (…) território”.

“As últimas revisões da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, em baixa, fragilizaram a nossa autonomia financeira, prejudicando a capacidade dos Açores de crescer com estabilidade”, afirmou.

O Presidente do PSD Açores, José Manuel BolieiroEDUARDO COSTA/LUSA

Na sua opinião, não se trata de uma questão técnica, mas de “um assunto de natureza política e uma questão de justiça e de equidade”.

“A República deve ver os Açores não como um custo, mas como um contributo para a projeção atlântica de Portugal, e da Europa, que, teimosa e desgraçadamente, se persiste em não valorizar”, disse.

Também sugeriu que os recursos do país “sejam geridos com rigor, transparência e foco no bem comum”.

“Defendemos uma relação de respeito mútuo e cooperação leal entre o Estado e as regiões autónomas. Somos um ativo de segurança e defesa, de projeção marítima e científica”, salientou.

O chefe do executivo dos Açores assumiu ainda que a dimensão geoestratégica do arquipélago “deve ser reconhecida, valorizada e traduzida em investimento do país e da União Europeia”.

“Exigimos o cumprimento dos nossos direitos e assumimos, com orgulho, o nosso papel na República e na União Europeia. (…) Os Açores, pela sua posição no Atlântico, estão na linha da frente desses desafios”, concluiu José Manuel Bolieiro.

As comemorações que decorrem esta segunda-feira na Praia da Vitória são uma organização conjunta da Assembleia Legislativa e do Governo Regional açoriano, na sequência da instituição do Dia da Região Autónoma dos Açores, em 1980, para comemorar a açorianidade e a autonomia.

A data, feriado regional, é celebrada na segunda-feira do Espírito Santo.

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Lispolis recebeu investimento de dez milhões em dois anos para modernizar saúde

Laboratórios partilhados e salas de testes clínicos foram alguns dos projetos desenvolvidos no polo tecnológico de Lisboa. O plano da HealthTech Lisboa é continuar a desenvolver este 'hub'.

A Lispolis – Pólo Tecnológico de Lisboa recebeu um investimento de dez milhões de euros para modernização de espaços ligados à saúde, incluindo laboratórios partilhados e salas de testes clínicos, nos últimos dois anos. A associação lisboeta e a sociedade HealthTech Lisboa estão a desenvolver um centro de desenvolvimento e digitalização da saúde e pretendem continuar a dinamizar este hub na capital.

Atualmente, conta com cerca de 30 empresas de saúde digital (healthtech), entre as cerca de 140 que estão instaladas neste campus, a partir do qual trabalham diariamente três mil profissionais, de acordo com a informação divulgada esta segunda-feira pelo polo tecnológico.

“Lisboa tem cada vez mais startups de saúde que precisam de acesso a clientes, de parcerias com faculdades, pilotos e investidores com expertise. Faz sentido ter um hub de saúde que crie estas oportunidades”, afirmou o cofundador e CEO da Usawa Care, Luís Fernandes.

Por ter escritórios e zonas industriais licenciadas, a Lispolis também está no projeto das ‘mesas de testes’ apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A sua test bed – chamada HealthTech Portugal – apoiou mais de 80 projetos até ao momento através de mentoria ao nível da comercialização, internacionalização, regulação e validação de provas de conceito relacionadas com Inteligência Artificial (IA), prototipagem e hardware.

Destacam-se projetos como a DeepNeuronic, plataforma de IA para a triagem e deteção precoce de doenças neurológicas, a CRIAM, dispositivo portátil para testes rápidos de sangue em emergências, ou a FastCompChem, que é uma solução baseada em computação quântica para simulações moleculares.

“Lisboa dispõe de unidades clínicas e tecnológicas de excelência que já desenvolvem projetos inovadores e com elevado potencial na área da investigação em tecnologias da saúde. No entanto, o desconhecimento frequente destas capacidades limita muito frequentemente a sua otimização e amplificação. A criação de um hub de tecnologias em saúde será seguramente um elemento crítico para potenciar este ecossistema enormemente promissor”, explica o diretor clínico do CNS-Campus Neurológico, Joaquim Ferreira.

A localização estratégica é uma das características deste centro tecnológico para a saúde. Junto ao eixo hospitalar de Telheiras e Lumiar, tem acesso a instituições como Hospital da Luz, Hospital Lusíadas ou Unidade Local de Saúde de Santa Maria e também Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Instituto Superior Técnico.

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