3,2M para comparar e mais transparência nos seguros em Portugal

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

A plataforma de comparação de seguros HelloSafe anunciou a angariação de 3,2 milhões para acelerar a insurtech em Portugal. O objetivo passa por obter mais transparência no mercado.

A HelloSafe, uma insurtech que desenvolve soluções de comparação de seguros, investimentos, poupança e produtos de crédito para indivíduos e empresas, revelou hoje a sua primeira ronda seed de 3,2 milhões de euros para investir no mercado português, liderada pela OneRagtime e a Kima Ventures.

Pauline Laurore é a CMO & co-fundadora da HelloSafe.

Com a angariação, a startup, sediada em França e no Canadá, “pretende reforçar as suas equipas, melhorar a experiência do utilizador oferecida nas suas plataformas e estendê-la a novos produtos em Portugal”, avança, em comunicado.

A HelloSafe acrescenta que “conta mais de um milhão de visitantes por mês nas suas plataformas”, e “pretende trazer uma transparência renovada ao mercado, simplificando o acesso à comparação com uma gama de produtos financeiros, incluindo seguros, plataformas de criptomoedas, serviços de transferência de dinheiro, soluções de crédito e poupança e ofertas bancárias.”

Apesar das fortes diferenças entre produtos financeiros, observamos muitos pontos em comum entre os utilizadores da nossa plataforma em Portugal em termos de aconselhamento e necessidades de comparação. Isto valida realmente a escalabilidade da nossa tecnologia e a consistência da nossa visão, explica Pauline Laurore, CMO & co-fundadora da HelloSafe.

Oleksiy Lysogub, CTO & co-fundador HelloSafe, explicou que “com uma audiência de vários milhões de visitantes por ano, este financiamento irá apoiar a nossa ambição de nos tornarmos a plataforma internacional número um em Portugal para comparar produtos financeiros e de seguros”.

O líder declarou que “com a nossa tecnologia exclusiva e a crescente rede de parceiros, queremos estabelecer-nos rapidamente como a plataforma que permite aos consumidores tirar o máximo aproveitamento do seu dinheiro”.

A CEO e fundadora da OneRagtime, Stéphanie Hospital, sublinhou que “a startup conseguiu maximizar a produção de ferramentas de comparação com altíssimo valor agregado, limitando custos de desenvolvimento. A fundadora antecipou que “o coach HelloSafe, baseado em algoritmos de inteligência artificial (IA), irá revolucionar a forma como as pessoas são aconselhadas antes de escolherem um produto financeiro“.

Com cerca de 50 colaboradores no mercado português, a empresa pretende expandir a sua força de trabalho através de 40 novos recrutamentos em todas as suas áreas de especialização (técnica, marketing e vendas) até ao final de 2023, com o objetivo de alcançar 10 vezes mais utilizadores em dois anos.

 

 

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“O cartão físico é irrelevante”, diz a diretora da Mastercard

O dinheiro físico está a desaparecer, mas o cartão bancário de plástico também tem os dias contados. A "desmaterialização" dos meios de pagamento continua a transformar o negócio da Mastercard.

A frase é ousada. E, vinda da diretora da Mastercard em Portugal, é duplamente provocadora. No entanto, ilustra bem a transformação que a tecnologia tem provocado nos meios de pagamento. “O cartão físico é irrelevante, o que importa é a informação que ele dá. Existia porque era preciso, mas desmaterializou-se”, diz Maria Antónia Saldanha, em conversa com o ECO.

Por estes dias, não é só o dinheiro físico que está a cair em desuso. Também os cartões bancários de plástico começam a passar de moda. A Mastercard acredita que ainda vão durar mais uns anos, mas espera deixar de os produzir em 2050. Pagamentos eletrónicos, em 2022, fazem-se com o que estiver mais à mão: o telemóvel ou até o relógio.

De acordo com o Statista, um portal de estatísticas, existiriam cerca de 1,46 mil milhões de cartões de débito Mastercard em circulação no final de 2021. Um número que dá uma ideia da dimensão do negócio e do papel que os dispositivos móveis, e sobretudo os wearables, podem vir a ter nos pagamentos a breve trecho.

O serviço Apple Pay é um exemplo e está disponível em Portugal desde junho de 2019. “Nós fomos pioneiros a trazer o Apple Pay para Portugal”, comenta Maria Antónia Saldanha, ressalvando que foi antes da sua entrada na empresa. “Quando decidimos trazer o Apple Pay para os nossos clientes e incentivá-los a aderir, era porque, para nós, era o caminho óbvio”, atira, numa entrevista à margem do Mastercard Innovation Forum, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

Mas nem todos os bancos fazem parte do serviço – o Novobanco é, provavelmente, o maior banco que ainda não tem parceria com o serviço de pagamentos da Apple. Para a responsável da Mastercard, de uma forma geral, terá “a ver com dois fatores”. “Talvez não sintam que os seus utilizadores precisem, ou talvez tenham outras soluções, nomeadamente de cariz doméstico, que sintam que serve o propósito. A verdade é que todas as que aderiram estão muito satisfeitas” e a aderir também à solução alternativa, o Google Pay, assegura.

Para os utilizadores, pagar com o telemóvel e o relógio traz ainda outros benefícios. Esta semana, a Fertagus vai lançar um serviço que permite iniciar viagens só com o cartão bancário, sem recurso a passes ou outros bilhetes (o valor é imediatamente descontado da conta bancária do utente). Intuitivamente, a solução deverá permitir viajar aproximando do terminal um telemóvel ou relógio com a tecnologia Apple Pay.

É por isso que, no evento anual da Mastercard, o foco foi o comércio eletrónico e novidades como o Click to Pay, uma solução setorial que vai permitir fazer pagamentos na internet com um só clique. A empresa espera que a funcionalidade esteja disponível em Portugal no ano que vem, para reduzir a fricção na experiência de compra. Pouco se falou de cartões de plástico.

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ASF e supervisores promovem literacia financeira através de bibliotecas

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

A DGC e os três supervisores financeiros ASF, BdP e CMVM celebraram um protocolo de cooperação para a promoção de formação financeira através das bibliotecas da Rede Nacional (RNBP).

A Direção-Geral do Consumidor (DGC) e os três supervisores financeiros Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários celebraram um protocolo de cooperação para a promoção de formação financeira através das bibliotecas da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP).

O acordo surge no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira que prevê a realização de ações de sensibilização para a importância da literacia financeira, dirigidas aos profissionais das bibliotecas, e a promoção de projetos de literacia financeira, através da RNBP, para todos os públicos.

As iniciativas têm por objetivo melhorar e reforçar conhecimentos financeiros fundamentais para a vida quotidiana, sensibilizar para atitudes e comportamentos financeiros adequados, bem como criar hábitos de poupança, promovendo a resiliência financeira dos cidadãos.

A cerimónia de assinatura teve lugar nas instalações da DGLAB, em Lisboa, e contou com a presença do seu Diretor-Geral, Silvestre Lacerda, da Presidente da Comissão de Coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira e representante do Banco de Portugal, Lúcia Leitão, do representante da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Eduardo Pereira, e da representante da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Maria Igreja.

A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) e o Programa Informação para Todos da UNESCO (IFAP) atualizaram recentemente o Manifesto para as Bibliotecas Públicas, refletindo as realidades e a atual missão destas instituições.

 

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Chuva de setembro não altera quebra de produção no olival de regadio

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Associação de Olivicultores do Sul prevê quebra de 30%" na produção do olival moderno, apesar da chuva.

A chuva que caiu este mês não altera a quebra de produção prevista para o olival de regadio, disse, esta terça-feira, à agência Lusa o diretor executivo da Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, Gonçalo Almeida Simões. Segundo o responsável, para estas “culturas de regadio o que interessa é a água armazenada nas barragens”, pelo que se trata de um tipo de cultura diferente daquela que é o olival de sequeiro, “que depende exclusivamente do que chove”.

Para o olival moderno, que engloba o intensivo e o superintensivo, apesar da chuva que caiu recentemente, continua a perspetivar-se uma quebra de produção “à volta dos 30%”, mas esse valor “tem mais a ver com ser um ano de contrassafra“. Segundo Gonçalo Almeida Simões, “os 30% [de quebra] dariam qualquer coisa como a repetição da produção de há dois anos atrás, que foi de cerca de 130 mil toneladas” de azeite.

“Obviamente que o Alqueva continua a ser um caso à parte, por causa da quantidade de água que tem, mas é óbvio que seria muito importante haver mais chuva para repor a cota de água nas barragens”, frisou Almeida Simões.

Nesse sentido, apesar de “umas gotas de chuva na folha” serem “sempre bem-vindas para o desenvolvimento da planta”, o mais importante para o olival de regadio será repor os níveis de água. “Esta chuva de dois ou três dias não ajudou profundamente, não houve nenhuma alteração de contexto. Precisávamos era que chovesse mais e não aquelas enxurradas de água. Mas que chovesse o normal, que chove em setembro, outubro, novembro”, destacou.

Ainda quanto à quebra de produção prevista, Almeida Simões especificou que “a seguir a um ano recorde, normalmente, porque as árvores ficaram muito pesadas, tiveram de produzir bastante, no ano seguinte há sempre uma diminuição da produção”. No ano passado “foram produzidas 200 mil toneladas de azeite“.

A colheita da azeitona tem início por volta de “15 de outubro” e só a partir dessa altura se poderá perceber se a falta de chuva na parte superior da planta terá impacto na qualidade do fruto. “Só quando a azeitona começar a entrar em lagar é que vamos perceber qual é o teor de gordura da azeitona e o seu rendimento“, explicou o representante da Olivum.

Segundo dados fornecidos à Lusa no ano passado, a Olivum representava 100 associados, 300 explorações e 14 lagares, num total de 42 mil hectares agrícolas no Alentejo e Ribatejo.

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Sindicato pede revisão de seguros de pesca

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2022

Sindicato Livre dos Pescadores pede que o governo interceda nas condições dos seguros dos pescadores, para permitir "uma situação mais clara entre armadores e assalariados da pesca".

O Sindicato Livre dos Pescadores, Marítimos e Profissionais Afins dos Açores defende que a ajuda do governo destinada ao pagamento dos seguros dos pescadores deve ir para a conta dos beneficiários e não para a conta dos armadores.

Em causa está um prémio de seguro atribuído pela Direção Regional das Pescas, no valor de 200 euros por cada tripulante segurado o ano inteiro, no âmbito do Regime de Apoio à Segurança a Bordo.

Segundo a publicação Açoriano Oriental, a canalização deste apoio para a conta do armador “gera conflitos escusados entre armadores e pescadores, com estes últimos quase sempre os mais lesados”, disse o presidente do sindicato, Luís Carlos Brum.

O seguro é obrigatório para este prémio, assim como no Fundopesca, com a diferença acentuada que o Fundopesca vai para a conta de cada um, seja armador, seja assalariado. Contudo, com os prémios dos seguros, este dinheiro reservado aos pescadores vai para a conta do armador, em vez de se adotar a metodologia do Fundopesca, muito mais justa”, disse o presidente, e lembrou que “os companheiros também descontam para os seguros”.

“O orçamento para assegurar o seguro de um pescador, anualmente, é com base no Salário Mínimo Regional. Este salário é atualizado todos os anos, em detrimento da estagnação do prémio de seguro, que se mantém nos 200 euros por tripulante, requerendo-se nestas circunstâncias uma atualização do prémio”, declarou.

Brum alertou que os tomadores de seguro “gastam cada vez mais nos seus compromissos, incluindo os companheiros com o seu desconto para o seguro, no entanto, veem os seguros a subir e os seus direitos congelados”.

Para o sindicato, a Administração Regional deve dar uma resposta para fazer face às “imensas despesas da pesca” e aos “enormes problemas com que se debatem os pescadores”, o que deverá conduzir a “uma situação mais clara e transparente entre armadores e assalariados da pesca”.

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Monforte vai ter unidade de produção de hidrogénio verde num investimento de 16 milhões

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

O projeto vai ser desenvolvido na sequência de uma parceria criada entre a Lightsource BP e a Douro Gás, num investimento na ordem dos 16 milhões de euros.

Uma unidade de produção de hidrogénio verde e de prestação de serviços de operação e manutenção vai ser criada em Monforte (Portalegre), num investimento na ordem dos 16 milhões de euros, foi revelado esta terça-feira. O projeto vai ser desenvolvido na sequência de uma parceria criada entre a Lightsource BP e a Douro Gás (LSBPDG), em terrenos pertencentes à freguesia rural de Assumar, no concelho de Monforte.

“O projeto já foi sujeito à aprovação do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), há um ano atrás, e agora estamos a implementá-lo”, explicou à agência Lusa Paulo Preto dos Santos, da Douro Gás. De acordo com o responsável, o projeto conta com um investimento na ordem dos 16 milhões de euros, sendo o mesmo composto por uma unidade de produção de hidrogénio verde e uma componente solar fotovoltaica.

Paulo Preto dos Santos indicou ainda que, “até ao final” de 2023, o projeto tem de estar em funcionamento, acrescentando que a unidade produzirá “no máximo” 89 quilos de hidrogénio por hora. “Escolhemos Monforte para desenvolver este projeto porque é um dos pontos de acesso à REN – Redes Energéticas Nacionais, à rede de alta pressão do gás”, justificou.

Segundo Paulo Preto dos Santos, a componente de produção fotovoltaica do investimento, composta por “10 megawatts (MW)”, vai ser desenvolvida em “15 a 20 hectares” do terreno, enquanto a de produção de hidrogénio verde não chegará a uma área de um hectare ocupado. O anúncio de procedimento para o concurso público da obra foi publicado no dia 12 deste mês em Diário da República (DR), tendo como base um valor de 10.420.000 euros.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lajem, manifestou-se “bastante satisfeito” por acolher este investimento, acrescentando que este projeto deverá criar “cinco a seis” postos de trabalho. O que até pode não ser muito para concelhos mais desenvolvidos, mas “é mais uma oportunidade” para o que dirige. “Cinco ou seis postos de trabalho em Monforte dizem respeito a 500 ou 600 em Lisboa e, na maior parte das vezes, estamos a falar de mão-de-obra qualificada”, disse.

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Bolsa de Lisboa cai mais de 1%. Só Nos e BCP escapam às perdas

Subidas da Nos e do BCP impediram maior quebra do PSI na sessão desta terça-feira. Apenas duas cotadas fecharam em terreno positivo.

O PSI voltou a descer na sessão desta terça-feira e atingiu seis negociações consecutivas em terreno negativo. A principal praça financeira portuguesa ainda abriu o dia a subir mas não resistiu aos movimentos dos investidores. Fechou o dia a cair 1,15%, para 5.772,37 pontos.

Entre as 15 cotadas no PSI, apenas duas terminaram a sessão em terreno positivo; as restantes 13 perderam valor nesta terça-feira.

A Semapa teve a maior descida do dia, ao perder 3,51%, para 12,66 euros. Logo a seguir vieram os títulos dos CTT, que cederam 2,91%, para 3,00 euros.

Na energia, a Greenvolt teve a maior desvalorização, ao cair 2,22% (8,82 euros). Também nesta área, a REN desceu 1,56% (2,53 euros), a EDP Renováveis cedeu 1,31% (23,44 euros), enquanto a EDP perdeu 0,83% (4,907 euros). O dia também foi negativo para a Galp Energia, que desvalorizou 0,30% (9,886 euros).

Apenas os títulos da Nos e do BCP fecharam o dia em terreno positivo: a operadora de telecomunicações somou 1,93%, para 3,596 euros; o BCP somou 0,83% (14,53 cêntimos).

A praça portuguesa acabou por ter uma das menores desvalorizações entre as principais congéneres europeias: o britânico FTSE-100 perdeu 0,61% (7.192,66 pontos); o espanhol IBEX-35 caiu 1,50% (7.873,1 pontos); o francês CAC-40 cedeu 1,35% (5.979,47 pontos); o italiano MIB travou 1,66% (21.773,75 pontos).

O índice Stoxx 600, que inclui as 600 maiores empresas cotadas da Europa, caiu 1,10%, para 403,38 pontos.

Os investidores têm as suas atenções direcionadas para os bancos centrais, que se preparam para uma nova vaga de aumento das taxas de juro face à escalada da inflação, incluindo a Reserva Federal norte-americana esta quarta-feira e o Banco de Inglaterra e da Suíça na quinta.

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Países Baixos vão taxar lucros inesperados e limitar aumentos no preço da luz e do gás

Governo de Rutte prepara-se para divulgar um pacote de medidas de apoio às famílias de 18 mil milhões. Entre os apoios constam também um aumento de 10% no salário mínimo no próximo ano.

Os Países Baixos vão aplicar uma taxa sobre os lucros excessivos das empresas de gás e petróleo e limitar os aumentos do preço do gás e da eletricidade no próximo ano. Estas medidas deverão constar no pacote de apoio às famílias, avaliado em 18 mil milhões de euros, que visa ajudar a aliviar a pressão nos rendimentos das empresas e famílias numa altura em que a inflação e os custos energéticos não dão tréguas.

Segundo a Bloomberg, que cita fonte do governo liderado por Mark Rutte, o imposto sobre os lucros inesperados das empresas que extraem petróleo e gás, o chamado windfall tax, poderá resultar na angariação de 2 mil milhões de euros em 2023, enquanto o aumento dos impostos sobre os lucros das pequenas e médias empresas aumentará de 15% para 19% para arrecadar 1,5 mil milhões de euros.

Quanto a limitação do preço do gás e da eletricidade no próximo ano, a decisão do governo será de limitar estes aumentos aos valores médios de janeiro de 2022. A medida será semelhante àquela adotada em França, onde o governo de Elisabeth Borne decidiu limitar os aumentos do gás e da eletricidade em 15%, a partir de janeiro de 2023.

Além da cobrança de novos impostos, o Ministério das Finanças neerlandês vai aumentar o salário mínimo em 10% a partir do próximo ano e reforçar os subsídios de apoio às famílias com menores rendimentos. De acordo com a Bloomberg, o aumento do custo de vida nos Países Baixos poderá resultar em que cerca de um milhão de pessoas fiquem em risco de pobreza nos próximos meses.

“As consequências para as pessoas, famílias e empresas são graves”, cita a Reuters as declarações do rei Willem-Alexander, proferidas esta terça-feira, informando que o pacote do governo contará com medidas de apoio “sem precedentes”. “É doloroso saber que um número cada vez maior de pessoas nos Países Baixos estejam a ter problemas a pagar rendas, alimentação, seguro de saúde e contas de energia”, disse.

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INOVC+ promove programa “Seed Tech Transfer” em três universidades da região Centro

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior acolhem Programa “Seed Tech Transfer” para "transformar" ideias inovadoras, já em desenvolvimento, em empresas de base tecnológica.

Transformar “ideias inovadoras, que resultam das atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D), em novas Empresas de Base Tecnológica (EBT) de sucesso”. É este o grande objetivo do programa Seed Tech Transfer, integrado nas atividades do consórcio INOVC+: Ecossistema de Inovação Inteligente da Região Centro, que decorre de 12 de outubro a 30 de novembro, nas Universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior.

“De 12 de outubro a 30 de novembro, doutorados, doutorandos, docentes e pessoal não docente com vínculo a pelo menos uma entidade parceira do projeto INOVC+, que pretendam desenvolver uma ideia de negócio e/ou que tenham projetos académicos inovadores em fase inicial de desenvolvimento, são desafiados a participar no ‘Seed Tech Transfer’”, avançou a organização, em comunicado.

A iniciativa “oferece a possibilidade de obter ferramentas e conhecimentos necessários para alavancar a transferência das suas tecnologias e projetos de I&D para o mercado, através de uma metodologia ágil que alia tecnologia, mentoria e investimento”.

Segundo a organização, “sendo uma evolução do Programa CEBT – Competências Empreendedoras de Base Tecnológica, premiado pela União Europeia, o Programa Seed Tech Transfer visa promover o desenvolvimento e validação de ideias de negócio com base nas tecnologias mais promissoras das Instituições de Ensino Superior (IES) e Centros de Interface Tecnológica (CIT) da Região Centro“. Mais, descreve, “capacita os participantes para a valorização económica dos seus resultados de I&D+I, disponibilizando o acesso a uma rede de mentores para a criação de networking e oferecendo a oportunidade de apresentar ideias de negócio perante potenciais investidores”.

O programa do Seed Tech Transfer, que tem as candidaturas a decorrer, engloba a realização de sete workshops, que vão ter lugar nas Universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior (Covilhã) e que serão acompanhados de sessões de mentoria.

O primeiro workshop será dinamizado pela Universidade de Coimbra, em formato online, a 12 de outubro para todos os parceiros, sob a temática “Criatividade e Ideia Empresarial”.

A apresentação dos projetos será feita na Conferência Internacional INOVC+, a realizar em data a anunciar, na qual vão marcar presença investidores, empresários e outros elementos do ecossistema de inovação.

O INOVC+ é um Programa Estratégico Especial de criação de novos produtos e serviços resultantes de atividades de I&D e Inovação para a Região Centro, sendo uma evolução das duas edições anteriores (INOVC e INOVC 2020), abrangendo todo o território da região Centro.

Tem um investimento elegível total de 3,39 milhões de euros, cofinanciado a 85% pelo CENTRO 2020 – Programa Operacional Regional do Centro, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Portugal vai apoiar proposta de Bruxelas para lucros excessivos. Mas continua a avaliar a taxa no país

Portugal está ainda a avaliar se faz sentido aplicar uma taxa sobre os lucros extraordinários no país, mas vai aprovar a proposta da Comissão Europeia.

O primeiro-ministro adiantou que Portugal apoiará a proposta da Comissão Europeia sobre os lucros excessivos, mas ressalva que a sua aplicação no país ainda está em análise. O Governo está a fazer o “trabalho de casa” a avaliar a existência desses lucros e “em que medida o nosso sistema fiscal já tributa esses lucros”, explica.

Questionado sobre a proposta da Comissão de uma taxa de 33% sobre lucros extra nos combustíveis fósseis, António Costa diz que o Governo tem “estado a analisar, por um lado com a informação que a entidade reguladora fornece sobre existência ou não desses lucros, e em segundo lugar em que medida o nosso sistema já tributa esses lucros”, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões.

Mesmo assim, o primeiro-ministro salienta que “há uma proposta da Comissão Europeia que será apresentada ao Conselho e Portugal apoiará a proposta da Comissão”. Quanto ao calendário para a aprovação desta proposta, diz que o documento “há de fazer o seu circuito no conselho e veremos se será aprovada”.

A proposta foi apresentada por Ursula von der Leyen no discurso do Estado da União. Em causa está uma contribuição solidária, que será aplicada pelos Estados-membros tendo por base os lucros de 2022 que fiquem 20% acima da média dos três anos anteriores. A taxa será de, “pelo menos, 33%”, indicou a Comissão num comunicado.

Por cá, a taxa também tem sido discutida mas existem várias posições contrárias sobre o assunto, nomeadamente no Governo. Os governantes têm usado os mecanismos que já foram implementados, como o mecanismo ibérico, bem como os impostos que já existem para questionar a necessidade de avançar com esta tributação extra.

(Notícia atualizada às 16h50)

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Remessas de emigrantes sobem 2,9% em julho para 377,4 milhões de euros

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Já os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 47,2 milhões de euros, mais 8,9% do que os 43,3 milhões registados no mesmo mês de 2021.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 2,9% em julho, para 377,4 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos estrangeiros em Portugal subiram 8,9%, para 47,2 milhões de euros, face ao período homólogo.

De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP), os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram remessas no valor de 377,4 milhões de euros em julho, o que representa uma subida de 2,9% face aos 366,8 milhões enviados em julho do ano passado.

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 47,2 milhões de euros, mais 8,9% do que os 43,3 milhões enviados em julho do ano passado.

Os portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) enviaram 42,12 milhões de euros em julho, o que representa uma significativa subida de 36,9% face aos 30,7 milhões de euros enviados em julho do ano passado.

Em sentido inverso, os africanos lusófonos a trabalhar em Portugal enviaram 3,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 19,9% face aos 3,02 milhões enviados em julho do ano passado, referem os dados do BdP.

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“Não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social”, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

“O que existe é um truque do Governo, que quer pôr os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito", diz a líder do Bloco de Esquerda.

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu esta terça-feira que “não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social” e voltou a acusar o Governo de “truques, de aldrabices” e “manipulação das contas” no que toca às pensões.

Não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social, o que existe é um truque do Governo, que quer pôr os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito”, afirmou.

Catarina Martins falava aos jornalistas à margem de uma visita à Escola Secundária da Baixa da Banheira, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, e referiu uma notícia do Jornal de Negócios segundo a qual o Governo não teve em conta a receita nas contas enviadas ao parlamento sobre o impacto das pensões na sustentabilidade financeira da Segurança Social.

Apontando que o Governo alegou que “o problema era a sustentabilidade da Segurança Social porque atualizar as pensões como a lei prevê neste momento teria um impacto de mil milhões de euros, e isso era terrível para a sustentabilidade”, a líder do BE ironizou que o executivo “esqueceu-se de contar o resto da história”. E referiu que “o crescimento económico e a inflação não têm impacto só na atualização nas pensões, também têm impacto na receita da Segurança Social”, que “já ganhou mais 1.300 milhões de euros do que tinha”.

“Ou seja, atualizar as pensões teria um impacto de mais mil milhões de euros, mas as receitas da Segurança Social já cresceram mais 1.300 milhões de euros”, salientou Catarina Martins. A coordenadora bloquista considerou então que “não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social, o que existe é um truque do Governo, que quer por os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito”.

“A Segurança Social não é um problema para o país, o problema para o país é um Governo de truques, de aldrabices, de manipulação das contas que não diz a verdade e que quer por os pensionistas a financiarem o Estado em vez de lhes darem acesso à pensão que é sua por direito porque com a inflação também as receitas da Segurança Social aumentaram”, criticou. Catarina Martins defendeu que “o Governo já, sobre esta matéria, por duas vezes enganou as pessoas”.

“Primeiro dizendo que ia apoiar quando afinal o apoio que dá agora depois retira em mais para o futuro, depois dizendo que o problema era a sustentabilidade da Segurança Social quando na verdade estava a esconder que a Segurança Social hoje até está mais forte e já tem mais receitas do que tinha antes, mais receitas até do que o impacto do aumento das pensões de acordo com a lei que o Governo agora quer paralisar”, sustentou.

Assinalando que o primeiro-ministro, António Costa, “prometeu em junho” que iria cumprir a lei no que toca à atualização das pensões, Catarina Martins questionou também “o que é que mudou em tão pouco tempo” para a decisão ser diferente.

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