AXA XL Iberia reforça a equipa de liderança

  • ECO Seguros
  • 26 Setembro 2022

A AXA XL Insurance anunciou hoje uma série de promoções no âmbito da sua operação ibérica, com profissionais nomeados para a equipa de liderança local a partir de 1 de Outubro.

A Axa XL Insurance implementou promoções estratégicas dentro da sua operação ibérica, com nomeações para a sua equipa de liderança local a partir de 1 de outubro.

Destacam-se os seguintes movimentos no departamento Iberia: Iván Blanco foi nomeado Gestor de Subscrição, Propriedade, Construção e Energia; Patrick Lee-Warner nomeado Gestor de Subscrição, Linhas Financeiras; Mariano Fisac nomeado Chefe das Reclamações e Clara Martínez nomeada Chefe de Operações do Middle Office.

Adicionalmente, Francisco Triviño, anteriormente Gestor de Subscrição, Property, torna-se Assessor Executivo de Enrique López Torrents, Country Manager Iberia, antes da sua reforma, em janeiro de 2023.

Enrique López Torrents declarou que “ao entrarmos num novo capítulo para as nossas operações ibéricas, simplificámos a organização da nossa equipa de liderança para aproximar ainda mais a tomada de decisões dos nossos clientes e corretores”.

O Country Manager Iberia acrescentou: “Estou encantado por termos conseguido encontrar o talento certo entre as nossas fileiras para preencher estas posições de liderança. Clara, Iván, Mariano e Patrick são todos reconhecidos pelos seus pares pela sua experiência e liderança. Tenho plena confiança na sua capacidade de impulsionar o nosso negócio e de fornecer as melhores soluções e serviços aos nossos clientes em Espanha e Portugal“.

Iván Blanco tem mais de duas décadas de experiência no setor, iniciou a sua carreira com a Vitalicio Seguros, como Assessor de Construção e juntou-se à AXA XL em 2007, como Gestor de Energia e Subscrição de Construção.

Patrick Lee-Warner iniciou a sua carreira há mais de 20 anos e desde então ocupou uma série de posições de subscrição na Liberty, ACE Europe e, desde 2014, na AXA XL, dentro da equipa de Instituições Financeiras.

Mariano Fisac está na AXA XL como líder de sinistros desde 2017. Antes de se juntar à AXA, passou 10 anos na Zurich Insurance.

Clara Martínez iniciou a sua carreira como Gestora de Carteira no Banco de Santander antes de ingressar na AXA em 2005. Ocupou vários cargos dentro do Grupo e foi Chefe de Eficiência de Distribuição & Digital antes de ingressar na AXA XL como Chefe de Pessoal do Country Manager.

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WTW: Índice de Risco Aeroportuário apresentado em Lisboa

  • ECO Seguros
  • 26 Setembro 2022

Lisboa foi a cidade escolhida para apresentar o ARI, o Índice de Risco Aeroportuário, no evento da WTW que juntou a Airport Risk Community (ARC).

A WTW e o Centro de Estudos de Risco da Universidade de Cambridge revelaram, em Lisboa, o recém-criado Índice de Risco Aeroportuário, originalmente, Airport Risk Index (ARI). A informação foi transmitida aos líderes do setor, a WTW Airport Risk Community, ou Comunidade de Risco Aeroportuário (ARC).

Nuno Arruda é o Head of Portugal da WTW.

Em comunicado, a WTW esclareceu que “os aeroportos do mundo serão capazes de introduzir novos métodos de definição de perfis de risco para provar, no futuro, o seu planeamento de resiliência, combinando análises históricas e preditivas, para determinar os níveis de probabilidade e o impacto da perturbação operacional na rentabilidade de um aeroporto“.

A conferência da comunidade ARC contou com o patrocínio de seguradoras líderes como a aeroespacial AIG; a Chubb Global Markets, seguradora de aviação e líder multiclasse; a Convexx, seguradora internacional de especialidade e resseguros, a companhia Global Aerospace e a Starr Consulting Services (SCS).

O encontro consistiu numa série de conferências orientadas para o esclarecimento de questões como os métodos de desenvolvimento do índice, a importância das perspetivas de desafio e as perceções do índice, assim como a apresentação da análise dos 110 dos aeroportos mais movimentados do mundo por volume de passageiros, e as 19 ameaças identificadas.

Nuno Arruda, Head of Portugal da WTW Portugal disse que “a solução hoje apresentada é mais um excelente exemplo do potencial das parcerias que estabelecemos com a comunidade científica e académica, como fontes de valor para os nossos clientes e para a sociedade em geral”.

John Rooley, CEO da Global Aerospace, justificou a necessidade do índice Airport Risk Index, ou ARI: “Em linha com a estratégia baseada em dados da WTW, estamos a impulsionar a mudança em todo o ecossistema da aviação. Este índice vai proporcionar novas perspetivas e desafiar a forma como a indústria mede e gere o risco“.

A WTW defende que, “através do ARI, os aeroportos poderão assegurar aos governos, reguladores, investidores, seguradoras e parceiros comerciais que têm uma compreensão renovada dos seus riscos e das estratégias de mitigação necessárias”.

O Dr. Trevor Maynard, Diretor de Investigação de Risco Sistémico do Centro de Estudos de Risco, da Cambridge Judge Business School, declarou que “o Centro de Estudos de Risco da Cambridge Judge Business School e a WTW colaboraram na criação deste índice, que capacitará os líderes do mundo da aviação a informar sobre a resiliência ao risco através de conhecimentos orientado por dados.

Hélène Galy, Diretora da Research Network da WTW, salientou o valor das parcerias baseadas na ciência que são o cerne do ARI: “a melhor forma de compreender o risco e promover a resiliência é através do trabalho em parceria e abraçando o talento de pessoas de todo o mundo. É aqui que o nosso investimento a longo prazo, em parcerias de investigação, se revela inestimável, trazendo a ciência mais recente até aos nossos clientes”.

O grupo de oradores incluiu ainda Thierry Ligonnière, Chief Executive Officer da ANA; Darren Porter Managing Director Aerospace WTW, Andrew Hall MBE Global Client Relationship Director WTW; Karen Larbey, Director of Strategy and Planning for Transportation Industry; Andreas Schäfer, Professor de Energia e Transportes no Instituto de Energia da UCL, University College London; Rachel Delhaise, Chefe de Sustentabilidade, Convex e Alex Rogers, Gestor de Seguros, Aeroporto de Gatwick Ltd.

 

 

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Retoma da economia melhora excedente orçamental para 2,3 mil milhões até agosto

  • ECO
  • 26 Setembro 2022

Receitas com IVA disparam 21% nos primeiros oito meses do ano. Administrações públicas registam excedente de 2,3 mil milhões, ainda sem contar com planos de apoios às famílias e energia.

O “dinamismo da economia” e a “dissipação dos efeitos da pandemia” ajudaram as Administrações Públicas a registarem um excedente orçamental de 2,3 mil milhões de euros até agosto, mostram os dados da execução orçamental dos oito primeiros meses do ano, que ainda não contabilizam os planos de apoios às famílias e empresas para combater a escalada da inflação, anunciados em setembro, de acordo com o Ministério das Finanças.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, as Finanças explicam que a melhoria homóloga do saldo orçamental das administrações públicas “é fortemente justificada por dois fatores”: por um lado, o crescimento da atividade económica e do mercado de trabalho, que influencia o crescimento da receita de 16,6% em relação ao ano passado; por outro, contabiliza-se um menor impacto das medidas associadas ao combate à pandemia.

Conta consolidada das Administrações Públicas

Em relação às receitas, o ministério liderado por Fernando Medina fala em “recuperação robusta da economia” para explicar o aumento de 17,7% da receita fiscal e contributiva. Mas há que contar ainda com o impacto da escalada da inflação na arrecadação de IVA, que dispara 20,9% entre janeiro e agosto.

Quanto à receita contributiva, sobe 9,5%, enquanto o mercado laboral continua a mostrar resiliência face à deterioração das condições e perspetivas económicas devido não só à guerra da Rússia na Ucrânia ou inflação, mas também com o aperto das condições financeiras do Banco Central Europeu (BCE).

Despesa sobe 3,3%

As Finanças adiantam ainda que o saldo primário – que não contabiliza a despesa com juros da dívida – foi positivo em mais de 6,4 mil milhões de euros no mesmo período, quando há um ano registava um défice primário de 2,3 mil milhões de euros.

Do lado da despesa, a rubrica sobe 3,3% sem contar com os efeitos associados às medidas de prevenção e combate à Covid-19.

Com o SNS, a despesa registou um acréscimo de 6%, destacando-se a componente de aquisição de bens e serviços (+10,1%), para a qual contribuiu “fortemente o crescimento da despesa associada a produtos vendidos em farmácias (+16,6%) e aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (+14,8%).

Já as despesas com salários nas Administrações Públicas cresceram 3%. Aqui as Finanças dão relevo à evolução dos salários no SNS (+5,5%) e do pessoal docente dos estabelecimentos de ensino não superior (+2,7%), “a qual reflete o aumento do número de contratações, os aumentos salariais e as valorizações remuneratórias”.

As despesas com prestações sociais realizada pela Segurança Social excluindo prestações de desemprego e medidas Covid-19 subiram 3,3%. A resposta à Covid-19 custou 2.835,2 milhões de euros até agosto, devido à perda de receita em 464,5 milhões de euros e ao aumento da despesa em 2.370,7 milhões

(Notícia atualizada às 20h07 com mais informação)

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Câmara de Mortágua aplica taxa mínima de IMI

  • Lusa
  • 26 Setembro 2022

Câmara de Mortágua aplica a taxa mínima de 0,3% de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI). E decidiu que as famílias com filhos a seu cargo vão beneficiar de deduções.

A Câmara de Mortágua anunciou, esta segunda-feira, que decidiu aplicar a taxa mínima de 0,3% de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) e que as famílias com filhos a seu cargo vão beneficiar de deduções.

Segundo aquela autarquia do distrito de Viseu, o IMI familiar representa uma “dedução fixa de 20, 40 e 70 euros, consoante as famílias tenham um, dois ou três ou mais dependentes a cargo, respetivamente”.

Para os prédios situados na área de reabilitação urbana de Mortágua e de Vale de Açores, que tenham recebido obras de recuperação, o município decidiu “uma minoração da taxa de 20% no IMI, ao contrário dos prédios urbanos devolutos ou degradados, que terão uma majoração da taxa de 20%”.

“Desta forma, pretende-se incentivar a reabilitação urbana, seja para habitação própria ou para arrendamento”, justificou.

Com o objetivo de beneficiar os contribuintes com domicílio fiscal no concelho de Mortágua, não haverá retenção na participação no IRS a que a autarquia tem direito. “Quando receberem a nota de liquidação do IRS, os contribuintes pagarão menos (se tiverem de pagar IRS) ou receberão mais (reembolso do IRS) por via do município abdicar daquela taxa/receita municipal”, elucidou, lembrando que, de acordo com a lei, os municípios podem aplicar uma taxa de participação variável no IRS que pode ir até aos 05%.

No que respeita à derrama, a Câmara de Mortágua decidiu também fixar a taxa em 0% para as empresas sediadas no concelho cujo volume de negócios no ano anterior tenha sido igual ou inferior a 150 mil euros e uma taxa reduzida de 01% para as que excedam aquele valor. Segundo a autarquia, “desta forma, as chamadas pequenas empresas, a grande maioria no concelho, ficarão isentas de derrama”.

O presidente da Câmara, Ricardo Pardal, justificou que estas medidas de desagravamento fiscal se inserem “numa política de apoio e proteção às famílias e às empresas”, de forma a ajudá-las a enfrentar os efeitos da escalada de preços da energia e da alimentação.

A atual conjuntura económica “exige um apoio reforçado às famílias que têm mais encargos na educação e saúde e às famílias mais vulneráveis em termos socioeconómicos” e, por isso, a autarquia já tomou outras medidas, como a gratuitidade da creche para todas as famílias.

Apesar de estas medidas de isenção e redução fiscal representarem “a perda de uma receita municipal significativa“, Ricardo Pardal sublinhou que é um “investimento nas pessoas” e garantiu que “o equilíbrio orçamental está salvaguardado por via de uma gestão rigorosa dos recursos financeiros e controle da despesa corrente”. Estas deliberações serão submetidas à Assembleia Municipal de sexta-feira.

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Direito dos Seguros: Os próximos passos de Margarida Lima Rego

Um congresso a projetar o futuro do direito dos seguros, lançar um novo módulo universitário a focar os objetivos ONU e ser recurso às autoridades financeiras europeias são os próximos trabalhos.

Falar de Direito dos Seguros em Portugal e cada vez mais da Europa, é falar de Margarida Lima Rego, professora Associada com Agregação e Subdiretora da Faculdade de Direito da Universidade NOVA de Lisboa e coordenadora do Mestrado em Direito e Mercados Financeiros –NOVA School of Law. Uma atividade académica intensa leva-a a estar na linha da frente nas questões jurídicas na Europa e também em Portugal, e enquanto jurisconsulta, é regularmente consultada sobre matérias variadas de direito português e da lusofonia, tendo contribuído para a resolução de litígios perante os tribunais de diversas jurisdições.

Margarida Lima Rego em entrevista ao ECOSeguros - 23JUL19
Margarida Lima Rego: “O tema da sustentabilidade é-me muito caro, na sua tríplice dimensão social, económica e ambiental”.Hugo Amaral/ECO

A AIDA, Associação Internacional de Direito dos Seguros, faz 50 anos em Portugal, onde é presidida por Margarida Lima Rego, e realiza um congresso especial para comemorar a data. Mais, a jurista explica – em entrevista a ECOseguros – os seus novos papéis no recém-criado Módulo Jean Monnet em Direito Europeu dos Seguros e como membro Board of Appeals das autoridades financeiras europeias.

Congresso de Direito dos Seguros da AIDA fala dos últimos 50 anos e vai projetar os próximos 50?

É um Congresso muito especial, pois marca o 50 aniversário da AIDA Portugal, que é a secção portuguesa da AIDA, Associação Internacional de Direito dos Seguros, daí o título Celebrando Meio Século e Refletindo sobre os Desafios dos Próximos 50 Anos. A AIDA Portugal foi fundada em janeiro de 1970. Ou seja, completou 50 anos em janeiro de 2020. A AIDA é um pouco mais antiga, tendo sido fundada em 1960. Só chegaria a Portugal uma década depois. Há dois anos, preparávamo-nos para celebrar a efeméride, quando a pandemia nos apanhou na curva e fomos tendo de adiar a sua realização. Finalmente conseguimos avançar: o congresso será em 27 e 28 de outubro, no Hotel Altis, em Lisboa, em parceria com a Almedina.

Vão tratar os novos riscos?

Os temas principais do Congresso procuram dar resposta ao duplo desafio que transparece no título: honrar o passado, preparar o futuro. Vamos ter um painel dedicado às três etapas de desenvolvimento do Direito dos Seguros em Portugal, com o pormenor de termos um ator principal de cada uma delas a comentar a época que lhe precedeu. Teremos ainda um conjunto de homenagens a anteriores presidentes da AIDA Portugal. Mas temos também a apresentação formal da AIDA Jovem, elemento mais recente e dinâmico da nossa AIDA Portugal, e temos um conjunto de painéis com temas da atualidade, muito virados para o futuro: seguros e novas tecnologias, seguros de riscos transacionais, sustentabilidade nos seguros, o que está para vir em matéria de riscos catastróficos, a importância da prevenção.

Quais os principais contributos?

Contamos com a presença de Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), e de um nome talvez inesperado, neste contexto, mas entusiasmante: Henrique Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada, que foi coordenador da Task Force do Plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal. Vai falar-nos sobre a sua experiência na estratégia, planificação e logística da gestão de riscos, e designadamente no papel das novas tecnologias nessa gestão. Ouviremos falar de gestão de risco, tema central para a indústria seguradora.

Portugal e Brasil serão as principais presenças?

Teremos um conjunto de oradoras e oradores provenientes de diferentes regiões de Portugal, bem como do Brasil. Tendo em conta o importante papel desempenhado pela AIDA Brasil na constituição da AIDA Portugal, entendemos que seria muito relevante reconhecer esse papel procurando trazer para este Congresso intervenções que nos dão a perspetiva transatlântica sobre os vários temas em discussão. A lista de intervenções inclui nomes como Ana Cristina Borges, Ernesto Tzirulnik, Filipe Albuquerque Matos, Francisco Espejo, Francisco Luís Alves, Francisco Rodrigues Rocha, Ilan Goldberg, José Pedro Antunes, José Vasques, Lucila de Almeida, Luís Poças, Margarida Torres Gama, Maria de Deus Botelho, Maria do Carmo Fonseca, Maria Elisabete Ramos, Maria Inês Oliveira Martins, Maria Raquel Guimarães, Paula Ribeiro Alves, Paula Rios, Pedro Pais de Vasconcelos, Pedro Romano Martinez, Pery Saraiva Neto, Vítor Ribeiro e eu própria. No final, teremos a honra de ouvir umas breves palavras proferidas por Peggy Sharon, Presidente da AIDA Mundo.

O elevado número de mulheres é comum na AIDA?

Acabo de contar, pela primeira vez, o número de oradoras e de oradores deste Congresso, verificando que atingimos, sem esforço, a paridade. É algo que me deixa muito satisfeita. Não há muitos anos, contavam-se pelos dedos de uma mão as mulheres oradoras em eventos de seguros. É claro que isto é uma preocupação que tenho em tudo o que faço, mas este elenco foi surgindo em resultado das sugestões de muitas pessoas diferentes. Não houve ninguém a contar, garantindo que, no final, teríamos este equilíbrio entre os géneros. E, no entanto, ele aconteceu naturalmente, que é o que se quer.

Entretanto vai lançar o Módulo Jean Monnet em Direito Europeu dos Seguros. O que são estes módulos?

São programas com a duração de três anos, financiados pelo Erasmus+. Destinados a promover a excelência no ensino e na investigação em temas relacionados com a União Europeia. Procuram incentivar o diálogo entre o mundo académico e a sociedade, gerar conhecimentos e ideias para apoiar a tomada de decisões políticas europeias, promover os valores da União Europeia, dando visibilidade ao que representa e procura alcançar, e reforçando o papel da União Europeia no mundo. Na perspetiva de quem vê a sua candidatura aprovada, como foi o meu caso, representam, antes de mais, o reconhecimento internacional de um percurso académico e dos seus bons resultados, e o financiamento que nos permite trazer para os eventos que serão organizados neste domínio, um conjunto de oradoras e oradores de renome internacional.

No caso, é direito dos seguros, o que se pretende atingir?

O Módulo tem como mote o Direito Europeu dos Seguros e os novos desafios na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Procura desenvolver o conhecimento do Direito Europeu dos Seguros, mas também, mais especificamente, refletir sobre o importante papel que a indústria seguradora é chamada a desempenhar na busca por um futuro melhor para as pessoas e para o planeta. Em cada um dos três anos de duração deste Módulo, ofereceremos, na NOVA School of Law, uma unidade curricular de Direito Europeu dos Seguros, integrada no Mestrado em Direito e Mercados Financeiros, mas suscetível de ser frequentada por qualquer pessoa, seja ou não estudante da NOVA. Ofereceremos ainda, em cada ano, um curso intensivo online, especificamente sobre a interconexão entre os seguros e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Ambos são lecionados em inglês. Finalmente, em julho de cada ano, organizaremos uma conferência anual em parceria com a AIDA Portugal e com o apoio da AIDA Europa, destinada a discutir com vários stakeholders portugueses e europeus o contributo da indústria seguradora para um futuro sustentável, produzindo um conjunto de recomendações de políticas públicas a divulgar amplamente.

O foco é a sustentabilidade?

O tema da sustentabilidade é-me muito caro, na sua tríplice dimensão social, económica e ambiental. Fico muito satisfeita por me terem sido dadas condições para pôr em prática um projeto com este alcance. Tenho de agradecê-lo ao programa Erasmus+, embora seja devida uma palavra especial à outra coordenadora do projeto, Marival Bolívar Oñoro, da Universidade de Alcalá, em Madrid, que desde janeiro realiza estudos pós-doutorais sob minha orientação, na NOVA School of Law. Sem as muitas horas de trabalho de qualidade que dedicou ao projeto, nada disto teria sido possível. O projeto conta ainda com a participação, na equipa, de Claire Bright, Fabrizio Esposito, Joana Campos Carvalho, Maria Elisabete Ramos, Martinho Lucas Pires, Patrícia Assunção Soares, Soraya Nour-Sckell, com o apoio da Ana Cansado, gestora de ciência do CEDIS, centro de investigação e desenvolvimento da NOVA School of Law. O projeto integra-se, por fim, num centro de conhecimento que lancei em junho deste ano, em conjunto com o meu colega Fabrizio Esposito: o NOVA Knowledge Centre for Data-Driven Law.

Finalmente, foi nomeada para o Board of Appeals das autoridades financeiras europeias. Qual o papel que está a assumir neste campo?

Desde dezembro de 2022, integro a Câmara de Recurso das Autoridades Europeias de Supervisão. O SESF consiste numa rede composta pelas três Autoridades Europeias de Supervisão, pelo Comité Europeu do Risco Sistémico e pelas autoridades de supervisão nacionais. Tem como principal função assegurar uma supervisão financeira coerente e adequada em toda a União Europeia. As três Autoridades Europeias de Supervisão são a Autoridade Bancária Europeia (European Banking Authority – EBA), a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (European Insurance and Occupational Pensions Authority – EIOPA), e a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (European Securities and Markets Authority – ESMA). A Câmara de Recurso é um órgão independente cuja missão é apreciar e decidir os recursos que sejam interpostos por pessoas ou instituições afetadas pelas decisões das três Autoridades Europeias de Supervisão. É composta por seis membros efetivos e seis membros suplentes, nomeados pelas Autoridades Europeias de Supervisão. Têm de ser nacionais de países-membros da União Europeia com experiência profissional comprovada nos domínios da banca, seguros, pensões e mercado de capitais ou outros serviços financeiros, devendo ter os conhecimentos jurídicos necessários para prestar aconselhamento jurídico especializado em relação às atividades das Autoridades. Eu sou um dos seis membros efetivos, juntamente com os meus colegas Michele Siri (Itália) que é Presidente, Christos Gortsos (Grécia), o Vice-Presidente, Gerben Everts (Países-Baixos), Carsten Zatschler (Alemanha) e Geneviève Helleringer (França).

O papel que desempenho neste órgão depende, e dependerá, até ao final do atual mandato, em 2026, da quantidade, e pertinência, dos recursos que venham a ser interpostos. Qualquer pessoa pode fazê-lo, sem necessidade de se fazer representar por advogado/a. Até ao momento, ainda só intervim numa única decisão, num processo iniciado por uma pessoa singular contra uma decisão da Autoridade Bancária Europeia.

E o que foi decidido nesse caso?

A Câmara concluiu não tinha competência para apreciar a decisão em causa, por se tratar de uma decisão discricionária da EBA. Creio que há ainda muito pouca informação sobre a possibilidade de recorrer das decisões destas autoridades, e, quando esta é conhecida, desconhecem-se os fundamentos que podem levar a uma decisão de apreciação do mérito da causa, o que leva a que, até ao momento, este órgão mantenha por realizar grande parte do seu potencial. A ideia de simplificar o acesso, dispensando o patrocínio judiciário, pode ser boa em abstrato, mas em concreto tem levado a que, numa percentagem significativa de casos, os pedidos que são feitos não sejam passíveis de apreciação quanto ao mérito, o que pode, por sua vez, desencorajar quem possa pôr a hipótese de recorrer. A existência deste tipo de órgãos, de natureza quase-judicial, ainda é relativamente recente e precisará, porventura, de alguns afinamentos que lhe permitam cumprir cabalmente a função que lhe está destinada.

Mais informação sobre o Congresso da AIDA Portugal aqui .

https://gestaoeventos.almedina.net/congressos/IIICDS/

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CCDR-Norte espera ter “maior autonomia de gestão” no Portugal 2030

  • Lusa
  • 26 Setembro 2022

"Na execução pode haver uma visão mais central daquilo que é a execução dos fundos do PRR, mas deve ser feita com uma forte descentralização", disse o deputado socialista Nuno Fazenda.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte disse, esta segunda-feira, esperar que a instituição tenha “maior autonomia de gestão” no quadro comunitário Portugal 2030 e que não haja “uma tentativa de nacionalizar” programas regionais.

À margem de uma reunião com a Subcomissão Parlamentar dos Fundos Europeus e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), António Cunha lamentou que a gestão do PRR não tenha sido descentralizada.

Temos de ter — e isso é muito importante — para o próximo quadro, modelos de governação adequados”, frisou, apontando o tipo de modelo que espera que venha a ser desenhado para a gestão do próximo quadro comunitário, o Portugal 2030.

“Espero que possa haver uma maior capacidade, uma maior autonomia de gestão, por parte das autoridades de gestão, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), qualquer que seja o modelo em que isso vai ser consumado, que ainda não está bem definido”, referiu.

O ex-reitor da Universidade do Minho espera que “não haja aquilo que por vezes aconteceu no passado” que “é uma tentativa de tentar nacionalizar, em termos de politicas nacionais, os programas regionais”, esclarecendo que não é uma critica “dirigida a um Governo especifico”.

“Os programas regionais devem ser aplicados num conceito regional, atendendo à especificidade regional porque é assim que eles conseguirão conduzir a melhores resultados”, defendeu.

No mesmo momento, o presidente da Subcomissão Parlamentar dos Fundos Europeus e do PRR, o deputado socialista Nuno Fazenda, referiu que “é bom” existir “combinação entre aquilo que é uma gestão centralizada com a articulação com as diferentes entidades regionais”.

Questionado sobre a centralização da gestão e recursos do PRR, o deputado salientou o papel das CCDR no processo. “Estou certo que na execução pode haver uma visão mais central daquilo que é a execução dos fundos do PRR, mas deve ser feita com uma forte descentralização, uma forte ancora nas regiões e no papel que têm as CCDR, porque temos de articular os investimentos do PRR com aquilo que são os investimentos do Portugal 2020 ou do Portugal 2030”, considerou.

Para Nuno Fazenda, a coesão territorial é “um desígnio nacional” que deve estar presente quer na execução do PRR, quer do próximo quadro comunitário.

“Há uma preocupação muito importante que temos que garantir, que passa a dimensão do PRR e do Portugal 2030, e essa dimensão é a coesão territorial. Nós temos cerca de 70% da população concentrada no litoral e todas as políticas públicas devem contribuir para a coesão territorial, para o maior equilíbrio do nosso país”, concluiu.

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Easyjet acelera transição para neutralidade carbónica com novos aviões

  • Lusa
  • 26 Setembro 2022

Estratégia da companhia aérea 'low cost' inclui medidas que preveem investimento em novas aeronaves, poupança de combustível e utilização de aviões movidos a hidrogénio.

A companhia aérea britânica easyJet anunciou esta segunda-feira um plano para alcançar a neutralidade carbónica até 2050, com medidas que incluem investimento em novas aeronaves, poupança de combustível e utilização de aviões movidos a hidrogénio.

Segundo o plano revelado em Luton, a norte de Londres, onde está sedeada, a easyJet vai investir 21.000 milhões de dólares (21.800 milhões de euros no câmbio atual) em 168 novos aviões Airbus neo até 2029, que são mais eficientes.

O presidente executivo, Johan Lundgren, não quis adiantar o custo por cada aeronave, mas disse que o investimento visa uma mistura de substituição de aparelhos mais antigos, nomeadamente os Airbus 320ceo.

A companhia já opera 59 Airbus 321neo e 320neo, vários dos quais nas rotas portuguesas. Os primeiros têm maior capacidade e os segundos permitem uma redução em 15% no uso de combustível e em 50% em termos de ruído.

Lundgren disse que os 99 Airbus 319 que a companhia ainda opera vão ser substituídos nos próximos cinco anos por Airbus 320 e 321, que têm também mais capacidade, permitindo transportar mais passageiros e aumentar as receitas.

Além desta medida, a easyJet também vai investir “vários milhões de euros” para equipar toda a frota com ‘software’ que contribuirá para reduzir as emissões de gases com efeito de estuda, nomeadamente nas descidas dos aviões ao aproximarem-se da aterragem.

Outra medida é um maior uso de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), produzido a partir de materiais como óleo de cozinha usado e resíduos de gordura animal, tendo assinado um contrato para os próximos cinco anos com a fornecedora Q8.

Entretanto, a easyjet assumiu esta segunda-feira que o hidrogénio apresenta o “maior potencial” como energia alternativa menos poluente e também a que está mais avançada em termos de desenvolvimento, estando “nos preparativos finais” para os primeiros testes no solo com motores de combustão de hidrogénio da parceira Rolls-Royce.

O plano da companhia prevê que, assim que as tecnologias estejam disponíveis, seja possível reduzir 78% das suas emissões de carbono por passageiro, por quilómetro, até 2050 (relativamente a 2019), sendo as restantes emissões compensadas por tecnologia de remoção de carbono.

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Dos hackers éticos ao lixo oceânico, conheça os vencedores do Prémio Inova+

Seis projetos empresariais e de investigação premiados nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade e soluções digitais. José Neves e Fernando Lobo Pereira recebem distinções especiais.

O Prémio Inova+, que visa distinguir a excelência empresarial e científica na inovação nacional, distinguiu os investigadores Catarina Moreira, Joana Rosa e João Pereira (com 5 mil euros cada), assim como as empresas Ethiack, Neutroplast e MyGreenApp (com o mesmo valor unitário, mas atribuído em serviços de consultoria em processo de candidatura europeia) pelos projetos desenvolvidos nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade e soluções digitais.

Este ano, o júri decidiu atribuir ainda distinções especiais de “excelência empresarial” a José Neves, CEO da Farfetch e presidente da Fundação com o seu nome, pelas iniciativas promovidas na área das competências digitais; e de “excelência científica” (a título póstumo) a Fernando Lobo Pereira, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que se notabilizou nos domínios de sistemas de controlo, sistemas autónomos, ou aplicações de controlo em robótica móvel, potência e sistemas de fabrico.

“A inovação em Portugal nunca foi tão dinâmica. Pela primeira vez, a despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) ultrapassou os 3.000 milhões em 2021 e nunca empresas e instituições tiveram tantos profissionais a trabalhar na inovação. O Prémio Inova+ vem contribuir e incentivar para a inovação em Portugal, pois acreditamos que esta é a grande alavanca para o desenvolvimento do país”, destaca o chairman, Eurico Neves, citado numa nota de imprensa.

Organizado pela consultora, este prémio tem como parceiros a Agência Nacional da Inovação (ANI), o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), e a AIP – Associação Industrial Portuguesa. O júri foi constituído por Eurico Neves, Goreti Sales (FCTUC), Lillian Barros (CIMO-IPB), Gil Gonçalves (FEUP) e Verónica Orvalho (Didimo).

Conheça os seis projetos vencedores, distribuídos por três categorias.

Inteligência Artificial

  • Ethiack, representada por Jorge Monteiro, pelo projeto Ethically-Driven Security For the Digital Age. Pretende oferecer uma solução de cibersegurança autónoma numa abordagem black box, através da utilização de inteligência artificial e ethical hackers. O projeto materializa-se na plataforma simbiótica em que hackers éticos testam as vulnerabilidades das soluções auxiliando as organizações a prevenir o cibercrime.
  • Catarina Moreira, pelo projeto XENIA – eXplainable Enhanced diagNostics Interactively through AI. Investiga como a informação do registo de movimentos oculares pode ser utilizada para ensinar a uma máquina como é que radiologistas analisam e classificam as imagens. O projeto tem como objetivo a criação de arquiteturas de inteligência artificial human centric para instruir radiologistas com pouca experiência a analisar imagens de raio-X.

Sustentabilidade dos Recursos Naturais e dos Ecossistema

  • Neutroplast, através de Tânia Simões, pelo projeto SeaRubbish2Cap. Focado na identificação e recuperação de lixo do leito oceânico sem danos para o ecossistema, tratando estes resíduos por forma a serem incorporados em produtos de valor acrescentado. Projeto prevê a recolha de cinco toneladas de resíduos plásticos na área de Peniche, com a previsão de uma produção superior a 2,5 toneladas de pellets para utilização em embalagens.
  • Joana Rosa, pelo projeto CELLAQUA – New tools to stimulate cell-based seafood production in Portugal. Desenvolvimento de linhas celulares de peixes para a aquacultura moderna. Projeto envolve espécies de peixe magro com elevado potencial de marketing e aceitação pelo consumidor e que não são atualmente produzidos em aquacultura.

Soluções digitais para cidades resilientes

  • Pedro Teixeira, da MyGreenApp, Lda, pelo projeto MyGreenApp – A holistic digital guide for yourdecarbonizedlife. Uma app concebida para ajudar pessoas e organizações a reduzir o seu impacto ecológico através de uma ferramenta simples e acessível para monitorizar e compensar a sua pegada carbónica.
  • João Pereira, pelo projeto SmartRFID – Long-RangeSmart RFID Location for ResilientCities. Apresentado como um inovador sistema de localização RFID de longa distância para localizar pessoas, animais ou produtos em ambientes residenciais, comerciais e industriais.

Os vencedores do Prémio Inova+ foram anunciados esta segunda-feira durante uma cerimónia realizada no auditório da FEUP, onde decorreu durante a tarde uma conferência sobre inovação, que contou com a presença de Isabel Ferreira, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Diogo Gomes de Araújo, diretor de Capacitação do Sistema Nacional de Inovação na ANI, e Joana Resende, vice-reitora da Universidade do Porto.

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“Precisamos que as taxas de juro estabilizem em valores suportáveis para as famílias e empresas”, diz presidente da CGD

Presidente da Caixa, Paulo Macedo, admite que as taxas de juro vão continuar a subir nos próximos tempos, mas espera que estabilizem em níveis que sejam comportáveis para as famílias e as empresas.

“Perspetivamos que as taxas de juro ainda possam subir e a questão é onde vão estabilizar. Precisamos que estabilizem em valores que sejam suportáveis para as famílias e empresas”, afirmou esta segunda-feira o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, no Encontro Fora da Caixa, que teve o ECO como parceiro de media.

De acordo com Paulo Macedo, as taxas de juro que temos atualmente são “caracterizadas por terem tido um pico acentuado e antes do previsto”, enquanto as previsões apontavam para um aumento “bastante mais gradual, quer em quantidade, quer ao longo do tempo”.

“O que aconteceu foi que as taxas subiram bastante mais depressa, mas subiram para valores de 2,5%”, apontou o gestor, recordando que, em “80% dos últimos 20 anos, as taxas estiveram sempre acima dos valores que estão hoje”.

Ou seja, “apesar de trazer sacrifícios para as famílias e empresas”, as taxas atuais fazem parte de um “cenário central ou benigno”, disse Macedo na conferência que teve lugar na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã.

Por conta da escalada da inflação, o Banco Central Europeu (BCE) já aumentou as taxas diretoras por duas ocasiões desde julho e já avisou que vai continuar a apertar o cinto das condições financeiras mesmo que a economia deslize para uma recessão. Neste cenário, as taxas Euribor, que são usadas pelos bancos na concessão de crédito às famílias e empresas, estão a subir de forma acelerada nos últimos meses, tendo atingido máximos de mais de dez anos esta segunda-feira.

Para a banca, o aumento das taxas de juro há de provocar um efeito positivo “no princípio”, na medida em que as empresas e famílias pagam juros mais altos nos seus créditos. Paulo Macedo avisa, porém, “que se a taxa de juro fosse para valores acima da inflação, imediatamente o [crédito] malparado disparava”.

Isto quer dizer que “o cenário das taxas de juro ficarem numa zona intermédia é aquele que é positivo para os bancos”, afirmou.

Com a taxa de juro “acima de determinado valor, a banca, em teoria, contabiliza os juros, mas depois deixa de receber” devido à aumento do incumprimento dos clientes, explicou o presidente do banco público.

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Aprovado por unanimidade reforço de 253 mil ao programa de apoio à renda no Porto

  • ECO e Lusa
  • 26 Setembro 2022

Câmara do Porto aprova reforço de 253 mil euros para o programa Porto Solidário, que vai apoiar o pagamento da renda a 644 famílias.

O executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, reforçar em 253 mil euros o programa Porto Solidário, que nesta 10.ª edição apoia o pagamento da renda a 644 famílias. À margem da reunião privada do executivo, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, esclareceu que o reforço responde à “tentativa de acolher todos os pedidos que foram submetidos e aceites”.

“Houve algumas candidaturas que tiveram de ficar de fora, porque já não havia dotação financeira suficiente. Por outro lado, há folgas orçamentais do lado da Domus Social que podem ser realocadas a este programa”, disse.

Nesta 10.ª edição do Porto Solidário, lançada a 22 de fevereiro, a Domus Social recebeu 836 candidaturas, sendo que dessas, 644 foram consideradas “válidas“, adianta, em comunicado, a autarquia do Porto.

Esta edição do programa de apoio à renda tem uma dotação de 2,65 milhões de euros, à qual se soma o reforço de 253 mil euros que permitirá “abranger a totalidade dos pedidos”. De acordo com a Câmara do Porto, o valor médio de apoio à renda atingiu “o novo máximo” de 200,82 euros por mês.

As famílias abrangidas pela 10.ª edição do Porto Solidário têm uma dimensão média de 2,05 elementos e, em cerca de 40% dos casos, pelo menos um menor a cargo. A maioria das famílias reside nas freguesias do centro histórico (26%), Campanhã (19%) e Paranhos (18%). Para estes agregados, a renda “corresponde, em média, a uma despesa de 353 euros, para um rendimento mensal de apenas 600 euros“.

“Cerca de 60% dos rendimentos são alocados ao pagamento da habitação. Números que refletem o cenário cada vez mais difícil para as famílias, em que aos crescentes encargos com a renda da casa soma-se a perda de poder de compra provocada pela inflação”, afirma a autarquia, salientando que o programa “assume um papel cada vez mais determinante”.

Aos jornalistas, Pedro Baganha adiantou ainda que na próxima reunião do executivo será apresentado um balanço da 10.ª edição do programa. Criado em 2014, o Porto Solidário já ajudou mais de 4.500 famílias com 13 milhões de euros atribuídos, calcula a autarquia, adiantando que, atualmente, são mais de 1.200 as famílias que beneficiam do programa.

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Feedzai nomeia David Henshall para conselho de administração

A nomeação reforça a equipa de liderança à medida que a unicórnio Feedzai acelera a sua estratégia de crescimento

A Feedzai acaba de anunciar a nomeação de David Henshall para o seu conselho de administração. O profissional é o antigo presidente e CEO da Citrix, onde esteve quase 20 anos.

“A Feedzai tem vindo a redefinir a luta contra a fraude. Juntar-me ao conselho de administração da Feedzai e contribuir para a próxima fase de crescimento da empresa é abordar verdadeiramente a forma de operacionalizar o risco do crime financeiro. Estou ansioso por fazer parte do impacto sem limites que isso pode ter”, afirma David Henshall, em comunicado.

“A Feedzai tem seguido uma trajetória de crescimento com parcerias significativas e distinções da indústria, ao mesmo tempo que continua a mostrar como as instituições financeiras estão a utilizar a inovação para proteger milhões de pessoas contra esquemas e fraudes financeiras”, comenta Nuno Sebastião, cofundador e CEO da Feedzai. “Estamos entusiasmados por dar as boas-vindas ao David. A sua vasta experiência no crescimento de algumas das empresas mais inovadoras do mundo, como a Citrix, será inestimável para nos ajudar a escalar o nosso negócio e a continuar o nosso ciclo de hipercrescimento.”

Henshall foi presidente e diretor executivo da Citrix Systems, onde desempenhou funções executivas durante quase vinte anos. Como chefe de operações e diretor financeiro, foi responsável pela supervisão das finanças a nível global, operações e organizações administrativas da empresa.

Antes de se juntar à Citrix, Henshall foi diretor financeiro da Rational Software Corporation e ocupou vários cargos financeiros na Cypress Semiconductor e na Samsung. É membro do conselho de administração da New Relic e Everbridge, Inc. Ao nível académico, o gestor é licenciado em Administração de Empresas pela Universidade do Arizona.

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Grupo estudantil cria Girl Up ISCAL para promover igualdade de género no meio académico

A organização sem fins lucrativos nasce da um vontade de um grupo de estudantes, e promete sensibilizar e formar as pessoas para que possam construir uma liderança justa e acelerar a mudança social.

O Girl Up ISCAL é o novo núcleo da instituição de ensino para fomentar a igualdade e a defesa dos direitos de género, sobretudo, no meio académico. A organização sem fins lucrativos nasce da um vontade de um grupo de estudantes, e promete sensibilizar e formar as pessoas para que possam construir uma liderança justa, bem como acelerar a mudança social.

“Criámos a Girl Up ISCAL principalmente por acharmos que é um tema que pouco ou nada é abordado em contexto académico, especialmente em áreas como a contabilidade e gestão. Sendo que estávamos em plena pandemia a tarefa foi dificultada, mas sempre senti que havia uma falta enorme de representatividade e sensibilização para um tema tão atual como a igualdade de género”, começa por dizer Carolina Ataíde, aluna de Contabilidade e Administração no ISCAL e presidente da Girl Up ISCAL.

“O feminismo engloba muito mais áreas para além das mulheres e da igualdade entre géneros: falamos de saúde física e mental, realidades financeiras e sociais, problemáticas teóricas, política, ambientalismo, etc. O feminismo é o epílogo da intersecionalidade das nossas vidas”, acrescenta, em comunicado.

O Girl Up ISCAL é, assim, um grupo de ação de justiça social que promove a igualdade de direitos de género, principalmente no meio académico. Procura desconstruir algumas temáticas relacionadas com a igualdade de género, de uma forma interativa, positiva e moderna, de forma a sensibilizar toda a comunidade do ISCAL para estes temas.

O núcleo vai usar as redes sociais (Facebook e Instagram) como os principais canais de comunicação, mas também haverá espaço para a realização de alguns eventos ao longo do ano, entre os quais uma rubrica mental de debate e um dicionário online, onde serão explicados alguns temas importantes e ainda são pouco conhecidos pelo grande público.

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