Portugal, mais 20 países e UE pedem reversão de plano israelita para alargar colonatos

  • Lusa
  • 21 Agosto 2025

Os ministros de 21 países, incluindo Portugal, defendem que os "planos de colonatos a construção na zona E1, a leste de Jerusalém" constituem uma "violação do Direito Internacional".

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de cerca de 20 países, incluindo Portugal, e a chefe da diplomacia europeia instaram esta quinta-feira Israel a “reverter imediatamente” o plano “inaceitável” de construir novos colonatos junto a Jerusalém.

A decisão do Comité Superior de Planeamento de Israel de aprovar planos de colonatos a construção na zona E1, a leste de Jerusalém, é inaceitável e constitui uma violação do Direito internacional”, escrevem os representantes, num comunicado conjunto que foi subscrito pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.

Os signatários afirmam condenar esta decisão e apelam à sua “reversão imediata”.

Países também exigem a Israel acesso imediato de jornalistas a Gaza

Em outro documento, um grupo de 27 países, incluindo Portugal, exigiu a Israel que permita “o acesso imediato” de jornalistas estrangeiros independentes à Faixa de Gaza e que proteja os profissionais já presentes no enclave. “Os jornalistas e os profissionais e comunicação social desempenham um papel vital para lançar luz sobre a realidade devastadora da guerra”, afirmam os 27 signatários, entre os quais Reino Unido, Alemanha e França, no texto divulgado pela diplomacia de Londres.

Os países que assinaram o documento integram a Coligação para a Liberdade dos Media, uma parceria global com a participação de 51 membros de todos os continentes, mas não Israel. No apelo, o grupo de países assinala a “catástrofe humanitária em curso em Gaza” e destaca a sua oposição comum “a todas as tentativas de restringir a liberdade de imprensa e de bloquear a entrada de jornalistas” durante os conflitos.

“Condenamos também veementemente toda a violência dirigida contra jornalistas e profissionais dos meios de comunicação social, especialmente o número extremamente elevado de mortes, prisões e detenções”, refere o documento.

Nesse sentido, os países signatários frisam que “atacar deliberadamente jornalistas é inaceitável” e ofende o Direito Internacional e pedem igualmente às autoridades israelitas que garantam que os profissionais na Faixa de Gaza, mas também em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, possam realizar o seu trabalho com liberdade e segurança.

Apelamos para que todos os ataques contra profissionais dos meios de comunicação social sejam investigados e que os responsáveis ​​sejam processados, ​em conformidade com a legislação nacional e internacional”, afirmam os países signatários. No final do texto, o grupo reitera ainda a necessidade de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e acesso irrestrito de ajuda humanitária ao território, além de “um caminho para uma solução de dois Estados, e para a paz e a segurança a longo prazo”.

Este apelo surge num momento em que o Exército israelita iniciou os preparativos para ocupar a Cidade de Gaza e expulsar centenas de milhares dos seus habitantes, gerando uma vaga de condenação internacional e dentro de Israel.

Ocorre também numa fase em que os mediadores internacionais – Egito, Qatar e Estados Unidos – tentam relançar as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, através de uma proposta que já tem a concordância do grupo islamita palestiniano Hamas mas que ainda não mereceu resposta de Israel.

No dia 10 de agosto, seis jornalistas locais morreram num bombardeamento cirúrgico de Israel na Faixa de Gaza, juntando-se a uma lista de gravidade sem precedentes de mais de duas centenas de profissionais de comunicação social mortos em 22 meses de conflito no território palestiniano.

Segundo a ONU, a Faixa de Gaza enfrenta uma “situação de fome catastrófica”, que foi agravada desde março, quando Israel rompeu o último cessar-fogo com o Hamas e impôs um bloqueio quase total ao território. O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

(atualizado às 18h37 com mais informação)

 

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Governo espera que apoio chegue numa semana a lesados pelos incêndios

A preocupação do Governo e das autarquias relacionada com as consequências dos incêndios prende-se com a "celeridade do processo" no apoio à alimentação dos animais dos agricultores.

O Governo espera começar a apoiar os agricultores afetados pelos incêndios numa semana. “Se as autarquias fizerem chegar os pedidos no início da próxima semana, na semana seguinte já os lesados vão começar a receber o dinheiro nas suas contas“, disse esta quinta-feira Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial.

A preocupação do Governo e das autarquias relacionada com as consequências dos incêndios prende-se com a “celeridade do processo” no apoio aos agricultores, uma vez que a alimentação dos animais “não dá para esperar muito tempo”, assim como na recuperação de casas e fábricas ardidas, disse aos jornalistas após reunião com autarcas que viram os seus municípios afetados.

Nesse sentido, “vamos procurar ter um processo o mais ágil possível”, sendo que “o que está combinado com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro é que se as autarquias fizerem chegar os pedidos no início da próxima semana, na semana seguinte já os lesados vão começar a receber o dinheiro nas suas contas. É de facto um procedimento muito expedito, é o mais expedito que se pode fazer, mas é uma exigência das circunstâncias atuais”, acrescentou o ministro.

“As pessoas pedem-nos que sejamos rápidos na resposta. Vamos fazer o máximo possível e evitar ao máximo as burocracias para ajudar quem precisa. É para isso que o Estado existe, para ajudar quem precisa mais em cada momento”.

Sobre o apoio na reconstrução de primeiras habitações, caberá às respetivas câmaras municipais, acompanhadas por um técnico da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, fazerem uma avaliação de quando custa reparar o edifício, após o que o Governo avançará “imediatamente” com 50% do valor da obra, para que as pessoas possam “começar a reconstruir a casa imediatamente”, explicou ainda o ministro.

Em relação à quantificação dos prejuízos, Castro Almeida disse que estes são “claramente maiores” em relação ao ano passado, mas que ainda não é possível fazer esse cálculo, desde logo por ainda haver incêndios a acontecer.

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Incêndio em restaurante obriga a evacuar check-in do Humberto Delgado. Fogo está extinto

Um incêndio deflagou na cozinha do restaurante Burger King, no aeroporto de Lisboa, obrigando a evacuar zona das partidas. Fogo já foi extinto.

Um incêndio deflagrou esta quinta-feira à tarde na cozinha do restaurante Burger King no aeroporto Humberto Delgado. O fogo foi extinto, mas o fumo obrigou à evacuação do check-in na zona das partidas sul, confirmou o ECO junto de fonte da ANA.

Segundo a SIC Notícias, o alerta às autoridades foi dado às 14:56. A entrada de fumo do incêndio nas condutas de ar obrigou à retirada dos passageiros na zona das partidas para o exterior do edifício.

“Esta situação teve resposta imediata por parte do serviço de combate a incêndios do aeroporto, tendo ficado resolvido”, esclareceu entretanto a concessionária.

“Neste momento, as equipas do aeroporto e os bombeiros estão a fazer a extração dos fumos causados, tendo sido evacuada a área de check-in A – entre as 15:41 e as 16h10 – para proteção de passageiros e staff“, acrescenta.

(Notícia atualizada às 16h48)

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Ações da Corticeira Amorim disparam 5,24% com isenção das tarifas para os EUA

Cortiça está entre os produtos que 'escaparam' às tarifas de 15% negociadas entre os EUA e a UE, beneficiando assim as ações da maior produtora mundial. Setor vê decisão como "determinante".

As ações da Corticeira Amorim fecharam a sessão desta quinta-feira a ganhar 5,24% para 8.03 euros cada e lideraram os ganhos no índice PSI, impulsionadas pela isenção da cortiça no acordo tarifário entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE). O índice PSI sobe 0,43%.

COR 1,91%

Os Estados Unidos e a UE assinaram a 31 de julho um acordo que prevê um limite tarifário de 15% sobre bens europeus, incluindo automóveis e peças de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores (chips). No entanto esta quinta-feira o executivo comunitário informou, na sequência da declaração conjunta, que “garantimos isenções significativas – tarifas a zero ou próximas de zero – em áreas importantes. Isto inclui recursos naturais indisponíveis, como cortiça, aviões e peças de aviões, medicamentos genéricos e os seus ingredientes e precursores [compostos] químicos”.

A APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça salientou em comunicado que “esta decisão representa o reconhecimento internacional da especificidade geográfica única da cortiça, cuja matéria-prima é produzida exclusivamente na bacia mediterrânica – com Portugal a assumir o papel de maior produtor mundial”.

Os EUA são atualmente o quarto maior produtor mundial de vinho, com uma quota de cerca de 10% da produção global, adiantou.

“A ausência de alternativas locais ou internacionais capazes de substituir a rolha de cortiça reforça a importância estratégica destes produtos no mercado americano, em particular para a sua indústria vitivinícola”, referiu, vincando que “a isenção de tarifas é determinante para inverter as recentes tendências das exportações portuguesas de cortiça, garantindo maior competitividade no acesso a um dos mercados mais relevantes para o setor”.

(Notícia atualizada às 16h49 com cotações de fecho)

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Madeira quer mercado próprio de habitação pública. “A habitação é um problema que não é difícil de resolver”

  • Lusa
  • 21 Agosto 2025

“A habitação é um problema que não é difícil de resolver”, afirmou Miguel Albuquerque, que acredita que criar um mercado próprio de habitação pública está "ao alcance" da região.

O Governo da Madeira (PSD/CDS-PP) pretende criar um mercado próprio de habitação pública na região, indicou esta quinta-feira o chefe do executivo, explicando que o objetivo é impedir que fogos construídos com apoios do Estado sejam transacionados no mercado privado.

“É essa via que temos de seguir. Penso que está ao nosso alcance”, disse Miguel Albuquerque, sublinhando que atualmente estão a ser construídas “centenas de fogos nas diversas modalidades” na região autónoma. “A habitação é um problema que não é difícil de resolver”, afirmou.

Miguel Albuquerque falava na sessão solene comemorativa do 517.º aniversário da Cidade do Funchal, que decorreu nos Paços do Concelho, onde assegurou que o Governo Regional e a autarquia, também liderada por uma coligação PSD/CDS-PP, vão continuar a colaborar nos projetos “estruturantes e fundamentais” para o município, nomeadamente ao nível da habitação pública e da mobilidade.

O chefe do executivo madeirense explicou que pretende “atualizar e adaptar” à região a lei-quadro nacional de habitação, criando mecanismos que permitam avançar com um mercado próprio regional no setor público.

“Ou seja, para além de ultrapassarmos as limitações burocráticas e sobretudo algumas fraudes potenciais que a própria habitação social pode gerar, criamos um mercado de arrendamento e de alienação de habitação pública, como existe noutros países”, explicou, defendendo que a habitação apoiada pelo Estado “nunca pode entrar no mercado de transação normal”.

Albuquerque lembrou que o mercado imobiliário privado rendeu 1.000 milhões de euros na Madeira em 2024, mas sublinhou ser fundamental “criar um mercado de habitação pública que não pode entrar no mercado normal”. O presidente do Governo Regional disse, a propósito, que o rácio de habitação pública na Madeira já é de 5% em função da população (cerca de 250.000 habitantes), o que representa o dobro do continente.

Por outro lado, defendeu alterações na lei do arrendamento, para estimular o mercado, vincando que “o senhorio não pode continuar a ser visto como um especulador”.

Na sessão solene do Dia da Cidade do Funchal, Miguel Albuquerque apontou também a mobilidade como uma prioridade, destacando a construção, já em curso, de um novo eixo rodoviário de atravessamento horizontal da cidade, orçado em 400 milhões de euros, e novos arruamentos nas zonas altas do concelho, o mais populoso da região autónoma, com 108.129 habitantes (dados oficiais referentes a 2024).

Já a presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, afirmou que a gestão camarária liderada desde 2021 pela coligação PSD/CDS-PP, após oito anos de governação de coligações encabeçadas pelo PS, tornou a autarquia “mais robusta” financeiramente e assegurou mais apoios sociais e menos carga fiscal sobre os munícipes e as empresas.

No seu discurso, a autarca enumerou as principais obras e medidas levadas a cabo nos últimos quatro anos e sublinhou ter sido “uma honra e um privilégio” servir a causa pública, mas vai abandonar a equipa após as eleições autárquicas de 12 de outubro.

Cristina Pedra assumiu a presidência da Câmara Municipal do Funchal no início de 2024, depois de Pedro Calado ter renunciado ao cargo, na sequência do processo judicial que investiga suspeitas de corrupção da Madeira, no qual foi constituído arguido, tornando-se a primeira mulher a chefiar o executivo camarário em 517 anos de história.

Na sessão solene comemorativa do 517.º aniversário da Cidade do Funchal foram homenageadas cinco personalidades com a atribuição da Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro: Cecília Berta Fernandes Pereira (antiga diretora regional de Educação Especial), Francisco Simões (escultor), José Nelson Rodrigues Coelho (empresário), Mário André Rosado (músico) e Rui Alberto Camacho (fotógrafo, investigador e músico).

Foram ainda distinguidos três munícipes com a insígnia municipal “Munícipe Centenário” – Maria José Gouveia da Silva, Florinda de Freitas Pinto e Maria Celeste Nóbrega, que completaram 100 anos.

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SaTG comunica chegada da Uber à Dinamarca

  • + M
  • 21 Agosto 2025

Depois de campanhas para a Uber Eats em Portugal e Espanha, a agência foi convidada pela Uber Mobility para lançar a marca na Dinamarca.

“Dinamarca, o seu Uber chegou”. É desta forma que a Uber está a a comunicar a sua chegada à Dinamarca, mercado ao qual agora regressa. A campanha é da portuguesa Stream and Tough Guy (SaTG).

“Depois de fazermos campanhas para a Uber Eats em Portugal e Espanha, fomos convidados pela Uber Mobility para lançar a Uber na Dinamarca. Criativamente, tirámos partido da geometria da bandeira dinamarquesa, transformando-a numa estrada que é percorrida pelo veículo da Uber”, enquadra João Ribeiro, head of strategy e managing partner da agência.

“A ideia prima pela simplicidade, mas acreditamos que tem alto impacto e que será eficaz tendo em conta que a campanha estará presente, exclusivamente, em out-of-home”, prossegue, citado em comunicado.

A campanha reforça o posicionamento da Uber como solução prática, acessível e segura para a mobilidade nas cidades dinamarquesas. Como oferta de lançamento, os utilizadores poderão ter 30% de desconto em viagens durante um mês, descreve a agência.

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AMA passa chamar-se Agência para a Reforma Tecnológica do Estado

  • Lusa
  • 21 Agosto 2025

A nova agência tem como missão "dirigir, coordenar e assegurar a execução da estratégia de transformação tecnológica e de digitalização do Estado no quadro das políticas definidas pelo Governo".

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) passa a chamar-se Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE), segundo o decreto-lei publicado esta quinta-feira em Diário da República e que entra em vigor na sexta-feira.

Em 13 de agosto, a Presidência da República anunciou a promulgação do diploma que reestrutura a Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE).

Segundo o decreto-lei n.º 96/2025, “é criada a Agência para a Reforma Tecnológica do Estado, IP (ARTE, IP), uma entidade que consolida as atribuições da AMA, IP, bem como um conjunto alargado de novas atribuições necessárias à concretização dos objetivos estratégicos de Portugal na área da transformação digital”.

O programa do XXV Governo Constitucional “assume, de forma clara, esta ambição – posicionar Portugal entre os 10 países digitalmente mais avançados até 2030”, lê-se no documento. O Governo decreta que a AMA “assume a designação” de ARTE e que todas as referências feitas à Agência para a Modernização Administrativa “constantes do decreto-lei n.º 43/2012, de 23 de fevereiro, demais atos legislativos, regulamentares ou de outra natureza, consideram-se feitas à ARTE”.

Esta agência tem como missão “dirigir, coordenar e assegurar a execução da estratégia de transformação tecnológica e de digitalização do Estado no quadro das políticas definidas pelo Governo”.

O que inclui promover “a modernização e simplificação da Administração Pública [AP], o desenvolvimento de serviços públicos digitais centrados no cidadão e na empresa, a integração de tecnologias emergentes e o reforço da capacitação da sociedade portuguesa para as oportunidades tecnológicas do futuro”, refere o decreto-lei.

Entre as suas atribuições estão contribuir para definição e coordenar a execução da estratégia transversal e unificada de transformação tecnológica e de digitalização da Administração Pública, em alinhamento com as políticas definidas pelo Governo, bem como definir a arquitetura transversal e a governação de sistemas de informação da AP.

Inclui ainda a promoção da adoção de tecnologias emergentes e processos inovadores na AP, “nomeadamente na área da inteligência artificial, incluindo a gestão de iniciativas e a disseminação de modelos” de IA, “com foco na maximização do valor para cidadãos e empresas e no desenvolvimento e escala de novas soluções” e no “apoio ao desenvolvimento e implementação de soluções de avaliação e deteção de fraudes na interação com os serviços públicos”.

Também tem de garantir a “implementação e monitorização de políticas de cibersegurança, segurança da informação e conformidade legal, em estreita articulação com as entidades da Administração Pública com atribuições nestas matérias”.

A gestão e desenvolvimento da rede de atendimento presencial e mediado para os cidadãos e as empresas, nomeadamente as lojas do cidadão, os espaços cidadão e o sistema de informação para a gestão do atendimento, e a coordenação da definição dos termos e requisitos necessários ao processo de aquisição de bens e serviços TIC são outras das suas atribuições.

A ARTE vai dar também “parecer prévio e acompanhar os projetos em matéria de investimento público e dar parecer prévio sobre a afetação de fundos europeus, no contexto da modernização e simplificação administrativa e da administração eletrónica”, entre outros. O diretor de sistemas e tecnologias de informação da Administração Pública é, por inerência, o presidente do conselho diretivo, refere o decreto-lei, que adianta que aos membros do conselho diretivo é aplicável o estatuto do gestor público.

No âmbito do processo de restruturação de outros serviços ou entidades da AP, “o Governo identifica as atribuições das mesmas que transitam para a ARTE, IP, com vista a dar cumprimento da sua missão”, refere o diploma. Os membros do conselho diretivo da AMA, IP, “mantêm-se em funções até à designação” dos membros da ARTE, refere o documento. O decreto-lei “entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação”.

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Os cinco filmes pré-selecionados para a candidatura portuguesa aos Óscares

  • Lusa
  • 21 Agosto 2025

“Banzo”, “Hanami”, “Os Papéis do Inglês”, “Sobreviventes” e “Sonhar com Leões” foram os cinco filmes pré-selecionados para a votação do candidato português à categoria de Melhor Filme Internacional.

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) anunciou esta quinta-feira quais os cinco filmes pré-selecionados para a votação do candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos Óscares, a decorrer em 2026.

Banzo”, com realização de Margarida Cardoso, “Hanami”, de Denise Fernandes, “Os Papéis do Inglês”, realizado por Sérgio Graciano, “Sobreviventes”, do cineasta José Barahona, e “Sonhar com Leões”, dirigido por Paolo Marinou-Blanco, foram os filmes pré-selecionados, segundo a APC, em comunicado.

Os cinco trabalhos foram escolhidos pelo comité de pré-seleção entre “24 longas-metragens elegíveis e enviadas pelas entidades produtoras à consideração”, lê-se na mesma nota.

A realizadora e produtora Ana Sofia Fonseca, o ator Fernando Luís, a produtora Joana Domingues, o realizador e produtor Jorge António, o jornalista e crítico de cinema Jorge Leitão Ramos, a realizadora Renata Sancho, o argumentista Rui Cardoso Martins e a diretora de fotografia Susana Gomes foram os responsáveis pelas escolhas.

O processo de seleção do filme de Portugal na categoria de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos Óscares “passará agora por um período de votação entre todos os membros ativos da Academia”, de 22 de agosto a 10 de setembro, e o candidato será divulgado em data ainda a anunciar.

Banzo” é uma ficção passada no começo do século XX algures numa ilha tropical africana, e retrata a relação violenta entre colonos portugueses e negros em trabalho escravo. No filme, Carloto Cotta interpreta um médico da metrópole, enviado para a ilha, para curar um grupo de escravos negros, embarcados à força para plantações e que estão a morrer por causa de uma profunda tristeza.

Hanami” é uma primeira longa-metragem de Denise Fernandes, foi rodada na ilha do Fogo, em Cabo Verde, e o elenco integra maioritariamente não-atores, na sua primeira experiência em cinema, explica a produtora portuguesa O Som e a Fúria sobre a obra distinguida em vários festivais, incluindo Locarno, em 2024.

Produzido pela Leopardo Filmes, “Os Papéis do Inglês” tem argumento de José Eduardo Agualusa e baseia-se na poesia e na ficção do escritor Ruy Duarte de Carvalho, em particular na trilogia “Os Filhos de Próspero”, composta pelas obras “Os Papéis do Inglês” (2000), “As Paisagens Propícias” (2005) e “A Terceira Metade” (2009). O filme é um projeto pessoal de Paulo Branco tornado realidade com “dois cúmplices extraordinários”, Agualusa, no argumento, e Sérgio Graciano, na realização, tendo este passado dez semanas em rodagem no deserto do Namibe, no sul de Angola.

Já “Sobreviventes” – uma ideia de José Barahona (que morreu em novembro, aos 55 anos), com argumento coescrito com José Eduardo Agualusa, que remete também para o livro “Nação Crioula”, do autor angolano, e para a personagem fictícia Fradique Mendes – foi rodado em 2022 na costa portuguesa, o filme conta com interpretações, entre outros, de Anabela Moreira, Zia Soares, Ângelo Torres e Miguel Damião.

Sonhar com Leões” é uma comédia negra sobre Gilda, uma mulher com uma doença terminal que, depois de várias tentativas de suicídio, se inscreve num programa de uma empresa clandestina para morrer. É lá que conhece Amadeu, que trabalha numa funerária, deprimido e a sofrer de insónia crónica. O filme, rodado em Portugal e em Espanha com coprodução brasileira, é descrito como uma tragicomédia romântica e surreal sobre a vida e o direito à morte.

A 98.ª edição dos Óscares realiza-se em 15 de março de 2026, no Dolby Theatre, em Hollywood.

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Google introduz novas capacidades de IA no motor de busca

  • Lusa
  • 21 Agosto 2025

Funcionalidades permitem, por exemplo, a partilha dos resultados de pesquisa e fazer reservas em restaurantes de forma direta.

A Google anunciou a ampliação das capacidades do modo de IA (inteligência artificial) no motor de busca com novas funcionalidades que permitem, por exemplo, a partilha dos resultados de pesquisa.

O modo de IA (“AI Mode”) é uma experiência de pesquisa que possibilita fazer perguntas específicas, em vez de várias perguntas, para obter uma determinada resposta, disponibilizando links que levam à informação.

As novas funcionalidades permitem, por exemplo, fazer reservas em restaurantes de forma direta, bem como a possibilidade de partilhar os resultados obtidos a partir da pesquisa.

Nos EUA, a Google também anunciou uma experiência que permite ver em modo IA resultados adaptados aos interesses e preferências dos utilizadores, através do acesso a conversas anteriores e ao histórico de pesquisa.

A empresa de tecnologia informou que pretende expandir estas funcionalidades baseadas em IA, atualmente disponíveis nos EUA, Índia e Reino Unido, para que possa chegar a utilizadores em mais de 180 países.

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Sapo assume venda de publicidade da HBO Max e SkyShowtime

  • + M
  • 21 Agosto 2025

A marca passa a ser responsável pela gestão do inventário publicitário em desktop, mobile e televisores inteligentes (CTV) nestes dois serviços de vídeo on demand.

O Sapo é a nova sales-house da HBO Max e da SkyShowtime em Portugal. A marca passa assim a ser responsável, em exclusivo, pela gestão do inventário publicitário em desktop, mobile e televisores inteligentes (CTV) nestes dois serviços de vídeo on demand.

A integração destes dois serviços de streaming no portefólio comercial do Sapo “representa um passo estratégico no alargamento e diversificação da sua oferta publicitária digital“, diz o Sapo em comunicado. “Estas duas novas parcerias comerciais confirmam a ambição do Sapo em continuar a oferecer às marcas novas oportunidades de comunicação em ambientes premium e de grande alcance“, prossegue.

A HBO Max, recorde-se, é a principal plataforma de streaming global da Warner Bros. Discovery e a SkyShowtime é um consórcio entre a Comcast e a Paramount Global.

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Ministro estima prejuízos “acima de 30 milhões” com incêndios. Apoios a agricultores pagos “em dez dias ou menos”

O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida referiu esta quinta-feira que os prejuízos dos incêndios deste ano são "bastantes superiores" aos do ano passado.

O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, estimou esta quinta-feira que os prejuízos dos incêndios deste ano sejam “bastantes superiores” aos do ano passado, superando os 30 milhões de euros. O ministro garantiu ainda que o Governo vai ser rápido no pagamento dos apoios, e que aprovará nesta mesma quinta-feira uma lei para enquadrar este tipo de apoios de forma mais permanente.

“Na região Norte os prejuízos são bastantes superiores aos incêndios de 2024. O número de agricultores abrangidos é muito maior, cerca de 5.000, do que ano passado, que foram 1.000 e tal. O volume envolvido é bastante superior ao do ano passado. Estamos a falar de algumas dezenas de milhões de euros, acima de 30 milhões“, disse, em declarações à RTP3.

Castro Almeida esteve reunido com cerca de 30 presidentes da Câmara Municipal, no município de Sernancelhe, e assume que ajudou a consolidar algumas ideias. Por exemplo, sobre a declaração de estado de calamidade, assume que as opiniões se dividem: “Há autarcas que são a favor e outros não. A declaração de calamidade tem vantagens e também muitas desvantagens e é preciso ponderar bem. Há municípios que ficariam beneficiados com isso e outros que ficariam prejudicados”, explicou, sublinhando que a maioria dos autarcas rasgou elogios ao sistema de proteção civil.

O ministro sublinhou que o grande problema tem a ver com as pequenas explorações agrícolas, mas que já têm uma “solução expedita”. “O que combinámos com os presidentes de Câmara foi que, na próxima semana, ficam disponíveis os formulários para as pessoas fazerem as suas candidaturas de apoios. Apresentam as candidaturas na Câmara, que as encaminha para a CCDR. A CCDR avalia e paga em dez dias ou menos, pelo menos os primeiros milhares de pedidos de apoio que vão aparecer“, explicou.

O governante referiu ainda que vai ser aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma lei de enquadramento para regular os apoios que o Estado dá às pessoas afetadas pelos incêndios e que será adaptada ano a ano consoante “aquilo que acontecer”.

O país tem sido afetado por vários incêndios florestais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, numa altura em que as temperaturas têm estado elevadas, levando o Governo a declarar situação de alerta desde o dia 2 de agosto.

A vaga de incêndios que Portugal está a passar já provocou três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal. Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

(Notícia atualizada às 13h22)

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Cortiça e medicamentos genéricos escapam a tarifas de 15% com acordo EUA-UE

Comissão Europeia divulgou esta quarta-feira a declaração conjunta do acordo comercial com os EUA. Documento menciona "isenções significativas", nomeadamente em indústrias relevantes para Portugal.

O acordo entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos que estabelece tarifas a 15% para a maioria das exportações prevê que a cortiça e os medicamentos genéricos como exceções, com as taxas aduaneiras nulas (ou quase nulas), mas deixa os vinhos e bebidas alcoólicas europeias fora das isenções.

“Hoje, tenho o prazer de anunciar que cruzámos a meta“, disse o comissário europeu do Comércio e Segurança Económica, cerca de um mês após o aperto de mão entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Garantimos isenções significativas – tarifas a zero ou próximas de zero – em áreas importantes. Isto inclui recursos naturais indisponíveis, como cortiça, aviões e peças de aviões, medicamentos genéricos e os seus ingredientes e precursores [compostos] químicos”, informou o executivo comunitário na sequência da declaração conjunta UE-EUA.

Bruxelas considera que este acordo “não é o fim”, mas um ponto de partida para incluir mais setores de atividade económica “ao longo do tempo”.

“A nossa relação transatlântica é uma das maiores parcerias económicas do mundo. Este acordo tem um objetivo claro e comum: firmá-lo e ajudar a impulsionar a reindustrialização em ambos os lados do Atlântico. Queremos explorar plenamente o potencial do nosso poder económico agregado”, comentou o comissário europeu do Comércio e Segurança Económica, Maroš Šefčovič.

Os Estados Unidos e a UE assinaram a 31 de julho um acordo que prevê um limite tarifário de 15% sobre bens europeus, incluindo automóveis e peças de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores (chips). Dias mais tarde, Donald Trump decidiu que iria adiar as novas tarifas globais, que estavam previstas para arrancar mais cedo, até 7 de agosto. Bruxelas seguiu a mesma postura e suspendeu, durante seis meses, as tarifas de retaliação.

No entanto, o acordo transatlântico ainda tinha algumas pontas soltas por esclarecer, nomeadamente as taxas sobre as bebidas alcoólicas ou as componentes automóveis, que não eram mencionadas como exceção no decreto executivo do presidente dos Estados Unidos assinado a 31 de julho. Só hoje ficou confirmado que os vinhos foram penalizados, mas há boas notícias para os automóveis.

“As tarifas sobre automóveis e peças automóveis vão descer para 15%, a partir de 1 de agosto, ajudando a nossa indústria automóvel a manter-se competitiva a nível global”, adiantou o comissário europeu a propósito das taxas de 25% que impactavam as fabricantes de veículos e peças.

Notícia atualizada às 13h27

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