Whitelane Research destaca a T-Systems pela satisfação do cliente na transformação digital

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

A Whitelane Research avaliou a satisfação dos clientes com os principais fornecedores de serviços de TI do país.

A Whitelane Research destaca a T-Systems, a divisão de serviços de digitalização do Grupo Deutsche Telekom para empresas e administração pública, pela satisfação do cliente na transformação digital, colocando-a no “top 3” do ranking nesta categoria, com 83% de satisfação.

Isto de acordo com o relatório “IT Services Sourcing Study” da empresa de investigação Whitelane Research, que avalia a satisfação dos clientes com os principais fornecedores de serviços de TI do país. Este relatório, realizado em colaboração com a empresa de consultoria Eraneos, é uma referência na análise da satisfação e do desempenho dos fornecedores e plataformas de TI na região.

Com uma metodologia baseada no feedback dos clientes, o estudo da empresa de investigação consolidou a T-Systems como um dos três principais intervenientes no domínio da transformação digital em Espanha. A posição da T-Systems neste ranking reflecte o seu firme compromisso com a transformação digital e o desenvolvimento de serviços de TI abrangentes, o que se traduz no facto de a empresa ter a taxa de renovação de clientes mais elevada. De facto, 100% dos clientes de Transformação Digital tencionam renovar e 86% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços da empresa.

“O reconhecimento da Whitelane é um reflexo do compromisso da T-Systems com os nossos clientes e da nossa capacidade de impulsionar a mudança transformacional nas suas organizações. A nossa missão é fornecer soluções tecnológicas que não só satisfaçam as necessidades actuais, como também antecipem as tendências futuras. Estar entre os três principais fornecedores de transformação digital deixa-nos orgulhosos e motiva-nos a continuar a elevar os padrões da indústria”, afirmou Osmar Polo, diretor-geral da T-Systems Iberia.

A T-Systems afirmou que fornece um conjunto abrangente de soluções de TI e redes interconectadas para impulsionar a transformação digital. A sua oferta inclui, para além de serviços de nuvem pública e privada, inovações digitais como a Indústria 4.0, inteligência artificial, realidade virtual e blockchain. A empresa oferece soluções digitais personalizadas para processos empresariais, permitindo que as organizações explorem plenamente o potencial da digitalização.

Como parte do processo de criação de soluções em alguns sectores-chave, a T-Systems desenvolve provas de conceito (PoC) para validar a viabilidade de soluções inovadoras. Por exemplo, na indústria transformadora, implementou sistemas de alerta em tempo real baseados em inteligência artificial para prever falhas e otimizar a produção, demonstrando o seu compromisso com a inovação e a eficiência operacional.

Além disso, a T-Systems destaca que é pioneira na criação de espaços de dados, oferecendo soluções que garantem a soberania dos dados e promovem a interoperabilidade entre sistemas. Neste sentido, a empresa tem sido um parceiro-chave na criação e desenvolvimento do Catena-X, o primeiro ecossistema de dados colaborativo e aberto para a indústria automóvel, que liga todos os actores ao longo da cadeia de valor. Nesta linha, desenvolveu serviços e produtos abrangentes para este espaço de dados, incluindo workshops de estratégia e conceito, bem como soluções técnicas para a integração de sistemas empresariais no ecossistema.

Em termos de transformação digital, a empresa também se destaca na aplicação da metodologia ágil, com foco na estreita colaboração com os clientes, permitindo uma resposta rápida à mudança e entrega contínua de valor. Ao aplicar princípios ágeis, a T-Systems facilita o feedback constante e a melhoria contínua dos produtos, garantindo que as soluções estão alinhadas com as necessidades e expectativas dos clientes.

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Uma em cada cinco pessoas com epilepsia sofre de depressão ou ansiedade, o que pode afetar o tratamento

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

A conclusão tem por base um relatório sobre a relação entre as doenças neurológicas e a saúde do cérebro, apresentado na Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Neurologia.

Na LXXVI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN) foi apresentado o “Relatório sobre a relação entre as doenças neurológicas e a saúde do cérebro”, elaborado pela SEN em colaboração com a Angelini Pharma. O documento salienta que 20% das pessoas com epilepsia desenvolvem ansiedade e 23% depressão, complicações que agravam o impacto emocional da doença e afetam a eficácia dos tratamentos e a qualidade de vida dos doentes.

Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e 400.000 em Espanha sofrem de epilepsia, o que a torna uma das doenças neurológicas mais comuns. Apesar da sua elevada prevalência, continua a ser uma das patologias mais desconhecidas e estigmatizadas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os doentes com esta doença têm um risco de mortalidade prematura três vezes superior ao da população em geral, devido à dificuldade de controlo das crises, aos efeitos secundários dos tratamentos e a uma maior exposição a acidentes e complicações secundárias.

O relatório defende um modelo bio-psico-social de cuidados, aprovado pela OMS, que aborda a doença numa perspetiva holística e salienta a eficácia da combinação do tratamento médico com intervenções psicossociais. Salienta também a importância de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercício físico, bom descanso e evitar o consumo de álcool e tabaco, para reduzir a frequência das crises e melhorar a qualidade de vida.

Durante o encontro, a Angelini Pharma organizou também o simpósio “Dar a volta à epilepsia. Novos pontos de vista e dogmas a derrubar”, onde neurologistas e especialistas em epilepsia analisaram a forma como os doentes lidam com a doença e como esta afeta a sua vida quotidiana. Durante a sessão, moderada pelo Dr. Antonio Gil-Nagel, diretor da Unidade de Epilepsia do Hospital Ruber Internacional, foi discutido em profundidade o impacto das crises na vida pessoal, social e profissional dos doentes, salientando a necessidade de uma abordagem clínica global e personalizada que vá para além das crises.

O especialista salientou a importância da gestão precoce e multidisciplinar da epilepsia: “Não se trata apenas de controlar as crises, mas também de ter em conta a interferência na vida quotidiana, como o sono, a motricidade e as relações sociais. Em casos complexos, uma equipa multidisciplinar com especialistas em neurologia, reabilitação e fisioterapia é essencial para prestar cuidados abrangentes que cubram todas as necessidades do doente”.

Em conclusão, os especialistas concordaram que a transformação da abordagem da epilepsia exige a combinação do controlo clínico das crises com o apoio emocional e social, uma estratégia que melhorará a gestão da patologia e, por conseguinte, a qualidade de vida das pessoas que vivem com esta doença.

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ONU Turismo lança Desafio Global de IA para startups e scaleups

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

Procura startups e scaleups que estejam a revolucionar o setor do turismo através de soluções inovadoras.

O Desafio Global de Inteligência Artificial (IA) apoiará projetos que utilizem tecnologias digitais para melhorar o turismo, promover a sustentabilidade e impulsionar o crescimento económico. Para o efeito, a iniciativa incentiva os participantes a abordarem a transformação digital, a sustentabilidade, a inclusão e a governação digital em áreas-chave: branding e marketing; destinos inteligentes e tecnologias profundas; soluções educativas escaláveis; e eficiências operacionais.

Através destas categorias, o desafio incentiva a inovação para aumentar a atratividade dos destinos, otimizar a gestão dos recursos e criar experiências turísticas inteligentes e com impacto. O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou: “A inovação é um fator-chave para o futuro do turismo. Este desafio constitui uma oportunidade única para as pessoas mais criativas contribuírem para o crescimento sustentável e inclusivo do setor do turismo. Estamos ansiosos por ver as soluções inovadoras que irão surgir desta iniciativa global”.

A diretora executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, acrescentou: “Prevê-se que a IA acrescente entre 15,7 e 19,9 biliões de dólares à economia mundial até 2030, sendo que só a IA generativa acrescentará entre 2,6 e 4,4 biliões de dólares por ano. Este é um poder transformador: a IA é o futuro do turismo. Um futuro que já está aqui, e é inteligente, eficiente e sustentável”.

O desafio é apoiado por parceiros como SPARK, a Esfera de Inovação Les Roches do grupo Sommet Education; bem como Unicoin, a criptomoeda oficial de Unicorn Hunters e Amadeus e seu Venture Capital para empresas de tecnologia.

REQUISITOS

O desafio está aberto a indivíduos, equipas e empresas de todo o mundo. Os candidatos devem apresentar uma proposta pormenorizada que descreva a sua solução inovadora, o seu impacto potencial no setor do turismo e um plano de execução. As propostas serão avaliadas com base na sua criatividade, viabilidade e escalabilidade. Os candidatos podem candidatar-se até 31 de março de 2025 e os finalistas terão a oportunidade de apresentar as suas propostas no Dia de Demonstração do Turismo da ONU: Aventuras tecnológicas do Turismo da ONU, no final de 2025.

Os vencedores terão apoio para desenvolver e implementar os seus projetos, recebendo orientação de especialistas do setor e líderes de inovação digital através de um acelerador de dois meses no SPARK, a Esfera da Inovação. Além disso, terão a oportunidade de apresentar os seus projetos em eventos e conferências internacionais de turismo, aumentando a sua visibilidade global, e aceder a uma vasta rede de profissionais de turismo e potenciais investidores. Os interessados no desafio podem encontrar mais informações, explorar todos os benefícios e apresentar as suas candidaturas através do sítio Web oficial do desafio.

Desde 2018, a ONU Turismo lançou 32 desafios de inovação e concursos para startups, abrangendo mais de 150 países em todo o mundo. Com mais de 20 000 participantes e cerca de 400 startups de topo mapeadas com mais de 2 mil milhões de dólares em financiamento, a ONU Turismo continua a envidar esforços para apoiar a digitalização e a inovação com o objetivo de promover a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O turismo é uma ferramenta de transformação positiva e de desenvolvimento económico inclusivo.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de dezembro

  • ECO
  • 2 Dezembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 2 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 2 Dezembro 2024

O Banco de Portugal vai divulgar os dados da dívida pública referentes a outubro. Já o Eurostat vai revelar os dados da taxa de desemprego na UE e o INE os dados dos índices de produção industrial.

Esta segunda-feira, o Banco de Portugal vai divulgar os dados da dívida pública referentes a outubro de 2024. Já o Eurostat vai revelar os dados da taxa de desemprego na União Europeia e o INE os dados dos índices de produção industrial. A marcar do dia está ainda a descida da gasolina e a revelação da shortlist a palavra do ano.

Banco de Portugal revela dívida pública

Esta segunda-feira, o Banco de Portugal vai divulgar os dados da dívida pública referentes a outubro de 2024. Em setembro a dívida pública voltou a cair, baixando 0,54%, ou 1,48 mil milhões de euros, para 272,2 mil milhões de euros. Foi o terceiro mês consecutivo em que o stock da dívida registou uma queda mensal em termos nominais e foi também o valor mais baixo do rácio da dívida desde setembro de 2010, com a dívida pública a alcançar um valor equivalente a 97,4% do PIB.

Qual é a taxa de desemprego na UE?

O Eurostat vai divulgar esta segunda-feira os dados da taxa de desemprego na União Europeia (UE) referente a outubro de 2024. Em setembro, a taxa de desemprego na Zona Euro desceu para os 6,3% em comparação com o período homólogo de 2023, e diminuiu também na UE para os 5,9%. Na comparação em cadeia, a taxa de desemprego estabilizou ao nível da Zona Euro e da UE em comparação com o mês de agosto de 2024.

INE divulga produção industrial

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os índices de produção industrial referente a outubro de 2024. Em setembro, os preços na produção industrial aumentaram 2,7%, comparativamente com o mesmo período do ano anterior, após ter recuado 1,5% no mês anterior. Excluindo o agrupamento de energia, o Índice de Produção Industrial passou de uma redução de 0,8% em agosto para um crescimento de 2,5% em setembro.

Como vão oscilar os preços dos combustíveis?

Os preços da gasolina vão descer, mas os do diesel não mexem nesta semana. A gasolina deverá descer 2,5 cêntimos e o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, não deverá sofrer alterações. Assim, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,690 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,601 euros por litro de gasóleo simples, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira.

E a palavra do ano é…

A Porto Editora e a Infopédia vão revelar as dez candidatas finalistas a Palavra do Ano 2024 esta segunda-feira no Mercado do Bolhão, no Porto, a partir das 8h30. Após apresentada a shortlist, a votação decorrerá durante todo o mês de dezembro, exclusivamente através da internet. A vencedora será anunciada nos primeiros dias de 2025.

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Von der Leyen pisca o olho ao gás de Trump com alívio dos custos na mira

Com o regresso de Trump à Casa Branca, a UE prepara-se para novas tarifas vindas dos EUA. Em paralelo, von der Leyen procura estreitar laços, piscando o olho ao GNL americano.

A Europa e os Estados Unidos já deram os primeiros passos para inaugurar a nova era comercial entre os dois blocos, agora que Trump será o novo inquilino da Casa Branca, a partir de janeiro de 2025. Ursula von der Leyen quer aumentar ainda mais as importações de gás natural liquefeito (GNL) norte-americano, justificando a aposta no fornecimento vindo do outro lado do Atlântico com base nos preços mais baixos em relação ao gás de Moscovo.

Numa conversa que a presidente da Comissão Europeia teve com Donald Trump, dois dias depois de ter sido declarada a vitória deste candidato nas eleições norte-americanas, foi abordada “a questão do GNL”, visto que parte deste combustível que chega ao bloco europeu ainda provém da Rússia. “E porque não substituí-lo pelo gás americano? É mais barato e permite reduzir os nossos preços. É uma discussão a ter“, disse von der Leyen, durante uma conferência de imprensa, no início do mês, salientando ser “muito importante” identificar os “interesses comuns” entre o bloco europeu e os Estados Unidos e “negociar”.

Esta questão é levantada numa altura em que paira a ameaça norte-americana de adotar novas tarifas contra a União Europeia, e ao mesmo tempo o bloco procura aliviar a dependência do gás de Moscovo. Até ao início da guerra na Ucrânia, a Rússia era o principal fornecedor deste combustível, tendo chegado a representar quase metade dos consumos de GNL em toda a Europa.

Mas com as sanções europeias e a destruição do Nord Stream 2, o gás por gasoduto de Moscovo perdeu uma quota significativa de mercado, tendo a União Europeia apostado na diversificação de fornecedores com origens na Noruega, Norte de África e Estados Unidos. Atualmente, os fluxos de gás da Rússia que chegam ao bloco europeu por gasoduto, a principal via de entrada no bloco europeu, representam cerca de 15% do total.

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Embora o fornecimento norte-americano seja uma alternativa para a Europa, o transporte desde o outro lado do Atlântico faz com que o preço deste combustível suba. O transporte de GNL por navios metaneiros de facto encarece o custo comparativamente ao transporte por pipeline”, aponta, Gonçalo Aguiar, engenheiro eletrotécnico.

Considerando os preços praticados, em novembro, o GNL americano no mercado grossista custava entre 22 a 25 euros por MWh ao passo que o gás russo por gasoduto na fronteira com a Alemanha custava cerca de 44 euros MWh. Mas enquanto o preço do combustível proveniente de Moscovo já inclui os custos de transporte por gasoduto, o americano tem de ser transformado, pelo menos duas vezes, até chegar o mercado europeu, processo que encarece o preço deste combustível.

O transporte de GNL por navios cargueiros é geralmente mais caro do que o transporte de gás natural por gasodutos, como os que trazem gás russo diretamente para a Europa“, explica Paulo Monteiro Rosa, do Banco Carregosa ao ECO. “Os custos são necessariamente no “processo de liquefação e regaseificação”, custos de transporte, maior distância, e infraestrutura portuária e de armazenamento”, acrescenta o analista.

Segundo Gonçalo Aguiar, o transporte de gás russo por gasoduto custa cerca de quatro euros por MWh por já estar no estado adequado para o seu transporte, não sendo necessário ser transformado. Já o gás natural dos Estados Unidos passa por um processo diferente.

A 29 de novembro, os contratos do gás natural nos mercados grossistas nos Estados Unidos custavam cerca de 10,80 euros por MWh. Depois de extraído, o gás natural tem de ser liquidificado, um processo que custa, em média, 8,53 euros por MWh. Depois de ser transportado desde a origem até aos terminais de receção na Europa – fator que varia dependendo da distância – somam-se 4,27 euros por MWh. Chegado ao mercado europeu, o gás precisa de ser regaseificado para estar adequado ao transporte, algo que custa cerca de três euros por MWh.


Estes custos de processamento são considerados o preço de breakeven, ou seja, o valor mínimo a que os produtores precisam de vender o gás natural por forma a cobrir todos os custos – extração, liquidificação, transporte e regaseificação –, sem ter prejuízo. Neste caso, totalizam cerca de 15 euros por MWh.

Uma vez exportado, o GNL americano entra nos mercados globais, como o TTF (Title Transfer Facility) na Europa ou o JKM (Japan-Korea Marker) na Ásia, onde o valor final pode variar de acordo com a oferta e a procura regionais. Feitas as contas, o preço final do gás americano acaba a rondar os 25 euros por MWh.

Com base nesses números, o GNL dos EUA é significativamente mais barato na entrega final à Europa, considerando os custos adicionais“, estima Paulo Monteiro Rosa, economista chefe do Banco Carregosa, corroborando as afirmações de Ursula von der Leyen. No fundo, conclui o economista, o gás americano “permitiria baixar substancialmente os preços” da energia na Europa, que atualmente é quatro vezes superior aos preços praticados nos Estados Unidos e China, tal como alerta Mario Draghi.

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A poucas semanas do início do inverno, as reservas de gás natural na Europa já estão cheias, permitindo que o bloco europeu, sobretudo os países da Europa Central, tenham recursos suficientes para satisfazer as necessidades domésticas e industriais.

Em agosto, a Comissão Europeia dava nota de que 90% das reservas dos 27 Estados-membros estavam cheias, o que corresponde a uma capacidade de cerca de 1,147 terawatts-hora (TWh), cumprindo assim a meta comunitária definida em 2023, segundo os dados agregados do Gas Infraestructure Europe. Desse total, Portugal contribui com 3,5 TWh de capacidade, tendo mais de 100% das reservas completas.

Moscovo com prejuízos de 6 mil milhões com fim do contrato com Kiev

A guerra na Ucrânia fez com que o gás natural se tornasse numa arma de arremesso da Rússia contra uma Europa que se unia para apoiar Kiev, obrigando a que o bloco europeu rumasse em direção à independência energética. Neste momento, essa realidade ainda é distante uma vez que a exploração de GNL na Europa ainda é limitada. A maioria do GNL consumido entre os 27 Estados-membros, incluindo Portugal, ainda é maioritariamente importado.

Neste momento, embora ainda existam alguns contratos com a empresa estatal de gás russo, a Gazmpom, em vigor na Europa – Hungria, Eslováquia, República Checa, e fora da UE, a Sérvia e Bulgária – a ideia da União Europeia é de que até 2027 seja possível fechar, por completo, a torneira ao gás vindo de Moscovo. Sobretudo a torneira ucraniana.

O próximo contrato a chegar ao fim será o da Rússia com a Ucrânia, que termina a 1 de janeiro de 2025. Segundo as contas do Bruegel, um think tank com sede em Bruxelas, o fim deste fornecimento resultaria numa perda de 6,5 mil milhões de dólares anuais para a Rússia, a menos que esta possa redirecionar estes fluxos para outros gasodutos ou terminais de GNL.

O fim do contrato marcará uma mudança importante porque o gás via Ucrânia regido pelo contrato representa atualmente metade das restantes exportações russas de gás por gasoduto para a UE e um terço do total das exportações russas de gás, incluindo o GNL“, estima Bruegel. O impacto far-se-á sentir especialmente na Áustria, Hungria e Eslováquia, países para os quais a rota de trânsito ucraniana satisfazia 65% da procura de gás em 2023. Globalmente, a percentagem do trânsito ucraniano nas importações de gás da UE diminuiu de 11% em 2021 para cerca de 5%.

Em sentido contrário, a Ucrânia também sairá prejudicada: o think tank estiva que Kiev perca cerca de e 0,5% do PIB com o fim do contrato de trânsito, “arriscando-se a comprometer o seu papel estratégico como parceiro energético da Europa”, nomeadamente, como fornecedor de gás.

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O Grupo Gallo e a Marvel unem forças para lançar a primeira massa do Homem-Aranha

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

O super-herói da Marvel será a estrela das refeições das crianças com esta nova massa feita com formas características do famoso universo do Homem-Aranha.

O Grupo Gallo está a lançar uma nova variedade de massas para crianças em colaboração com a The Walt Disney Company. O Homem-Aranha, um dos super-heróis da Marvel, será a estrela das refeições das crianças com esta nova massa feita com formas características do famoso universo do Homem-Aranha.

A Pastas Gallo afirma que pretende fazer de cada refeição “uma experiência inesquecível, onde a diversão e a alimentação saudável se unem numa massa que satisfaz as necessidades nutricionais de uma dieta infantil equilibrada, fornecendo a energia necessária para o dia a dia dos mais pequenos”. Tudo isto com o apoio da Marvel, um franchise com 85 anos de história e um dos universos cinematográficos de maior bilheteira de todos os tempos”.

Estas novas formas de massa foram concebidas através de um processo de desenvolvimento tecnológico desenvolvido pela equipa de especialistas em inovação do Grupo Gallo. Esta nova variedade de massa infantil é fabricada na fábrica da Gallo em El Carpio (Córdoba), utilizando trigo duro de “alta qualidade”.

A adição do Homem-Aranha à gama de produtos “Gallo Kids” reforça a oferta para crianças e permite “alargar o interesse a um público mais vasto, incluindo adultos que fazem parte da poderosa comunidade de fãs da Marvel”. Este lançamento complementa a atual gama de massas infantis, oferecendo uma experiência culinária que se relaciona com todas as gerações e reforça a posição do Grupo Gallo como líder nesta categoria”, afirmou a empresa.

A massa Homem-Aranha é a sexta referência de massa infantil que o Grupo Gallo lança no mercado, após o lançamento das referências Mickey, Frozen, Carros e Nemo em junho de 2023, e o lançamento da edição limitada Halloween Mickey em outubro deste ano. A aposta da empresa no segmento de massas infantis impulsionou um crescimento de 80,1% no valor deste mercado e um aumento de 24,3% no volume, revalorizando assim a categoria. O projeto encerrou o ano representando 44% do crescimento da marca Gallo em 2023, atrás apenas do fenómeno “Rolling Gallo”, de acordo com os dados da empresa.

Este projeto permitiu à Gallo captar 519.000 lares no segmento das massas infantis, muitos dos quais provenientes da marca de retalho, segundo dados da Kantar. De facto, a empresa fechou o ano passado a ultrapassar a marca própria em valor, atingindo uma quota de mercado de 41,2%.

Júlia Sala, Diretora de Marketing do Grupo Gallo, destaca a importância deste projeto na estratégia de I&D da empresa. “Este projeto é o resultado da inovação, um valor intrínseco no nosso ADN que nos permite ser uma marca relevante para as famílias de ontem, de hoje e de amanhã.

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A ajudar a passar a Nobre de marca de charcutaria para marca alimentar, Lia Oliveira, na primeira pessoa

Lia Oliveira, diretora de marketing da Nobre, trabalha em conjunto com a marca para "desdramatizar" as refeições dos portugueses.

A Nobre tem vindo a proceder a uma “adaptação muito grande” ao longo das últimas décadas, de forma a passar de uma marca “reconhecida como líder em charcutaria em Portugal” para uma marca com maior abrangência, ou seja, uma marca alimentar.

E porquê? Porque “queremos cada vez mais continuar a ser relevantes para os nossos consumidores e para isso temos de ir ao encontro das novas tendências e consumos e não ficar só limitados à oferta que temos dentro da charcutaria“, começa por explicar Lia Oliveira, marketing and external communication director da Nobre.

O atual papel da Nobre, enquanto marca, passa assim por facilitar “o drama de saber o que fazer para a refeição”, através da disponibilização de opções que sejam “fáceis, saborosas e práticas” e que permitam “desdramatizar os momentos da refeição“.

“Tem sido o nosso principal foco de comunicação, que vai ao encontro quer do nosso propósito – ‘inspirar o nobre sabor da vida’ -, quer de sermos uma marca cada vez mais transversal, com produtos para todos os tipos de consumo”, acrescenta.

“Assim, nos últimos anos temos trilhado esse caminho de passar de uma marca exclusivamente de charcutaria para uma marca alimentar. E, obviamente, impactou a forma como comunicamos, desde logo porque a mensagem que temos de passar é diferente, passa por termos produtos para todos os gostos e de facilitarmos o momento das refeições”, afirma.

Perante a necessidade desta “grande mudança” na marca, a comunicação tem de ser feita “com muita consistência e repetição”. A mudança de mensagem “tem de ser muito transversal”, ou seja, “tem de estar em todos os pontos de contacto com a marca, seja em campanhas mais tradicionais ou nos pontos de contacto mais diários como as redes sociais, nos pontos de venda, nas ativações, em todos estes momentos em que a marca interage e cria experiências com o consumidor”, explica Lia Oliveira.

Pode-se considerar que este processo de mudança teve início a partir do momento que a marca começou a desenvolver produtos que vão para além da charcutaria — e isso já lá vão umas décadas –, “mas obviamente depois tem que se ganhar reputação, território, credibilidade e massa crítica para se poder começar a comunicá-lo”, pelo que a mudança ao nível comunicacional e de posicionamento foi adotada ao longo dos últimos cinco anos.

“Começou, passo a passo, a ser criado um novo posicionamento, um novo propósito para a marca, para podermos ter uma base de comunicação e de trabalho para podermos efetivamente chegar aos nossos consumidores. E agora, nos últimos três anos, tem sido muito mais consistente, mesmo na parte de campanhas de comunicação, a implementação desta ideia de que ‘fazer [as refeições] com gosto é Nobre’, que estamos cá para facilitar o drama das refeições e não só para vender salsichas e fiambres, que era o que acontecia antigamente”, acrescenta a marketing and external communication director.

A estratégia de marketing e comunicação da Nobre assenta também nos valores da partilha, da família, de tradição e da confiança, que são depois transversais a outras áreas de atuação da marca, nomeadamente no apoio à cultura, à música e à portugalidade. Estas são áreas onde a Nobre se tem posicionado uma vez que “fazem sentido na lógica de, enquanto marca líder, termos também de devolver algo à comunidade e à sociedade“, explica.

No âmbito da cultura, a marca tem apoiado espetáculos — como “A Bela e o Monstro — O Musical”, de Filipe La Féria -, enquanto na área da música se associou ao Rock in Rio na lógica de “criar experiências junto dos portugueses e dos consumidores”, inspirando-os a “tirar o melhor que há na vida”, bem como pela aproximação do festival à sustentabilidade.

Além disso, a marca desenvolve também, ao nível da responsabilidade social, o projeto Nobre Casa de Cidadania, que visa promover a cidadania através de exemplos de atos nobres. O objetivo é que as pessoas candidatem histórias de alguém que tenha realizado um ato nobre, para que essa pessoa seja passível de ser eleita e promovida como cidadão nobre.

Lia Oliveira conta com uma equipa de cinco pessoas. Além disso, trabalha com a Uzina como agência criativa, com a Adagietto para a comunicação e com a OMD como agência de meios.

O marketing, no entanto, esteve muito perto de não ser uma realidade na vida de Lia Oliveira, que por pouco não se tornou médica. Quando chegou ao final do 12º ano, foi “daquelas jovens que tinha tantas possibilidades na cabeça que não sabia muito bem o que havia seguir”.

As suas primeiras opções no concurso à universidade eram Medicina, uma vez que sempre gostou de perceber “como as coisas funcionam”, incluindo o corpo e a cabeças das pessoas. Acabou por não enveredar pela Medicina — o que não gosta de chamar de desistência, uma vez que foi uma opção “muito consciente” decidir não voltar a tentar – e de ir para a área da estão, curso que tirou no ISEG.

Após o curso e ao longo dos primeiros sete anos da sua carreira trabalhou em consultoria, nas áreas de marca e comunicação, na Interbrand e depois no Grupo Consultores (atual Scopen), tentando sempre “perceber como é que as pessoas são impactadas por via da comunicação e como é que as marcas ajudam as empresas a crescer”.

Esta experiência na área da consultoria foi muito benéfica para a sua carreira, uma vez que fez com que tivesse contacto com “realidades muito diferentes e setores muito distintos”.

“Quando se trabalham setores distintos, abre os horizontes de quem está a fazer análises e de quem está a fazer estudos de consultoria para uma panóplia de opções, de realidades diversas e de necessidades de negócios distintos, o que é muito enriquecedor. Quando se começa na área da consultoria, a analisar estilos de comunicação, de patrocínios ou de reputação de marca de empresas tão diferentes umas das outras, fica-se com uma abertura de mente muito grande que permite analisar cenários diferentes. O percurso na consultoria foi ótimo para iniciar o meu percurso profissional, e continua sem dúvida a beneficiar-me até hoje”, afirma.

Entrou depois no mundo do marketing do lado do cliente tendo, após breves passagens pela LxMedical e Novartis, ingressado na Nobre há mais de 12 anos. Chegada à marca em 2012, passou a diretora de marketing em 2015, pelo que já conta com quase uma década no desempenho da função.

Esta experiência “tem sido incrível”, entende. “Cresci muito como profissional e também pessoalmente dentro desta empresa e marca que adoro e que também ajudei a crescer. Tem sido fantástico fazer este percurso. Entrei como product manager, o primeiro nível da carreira de marketing dentro da empresa, e as coisas correram bem. Estava a fazer o que devia fazer, no sítio certo e na hora certa. As oportunidades apareceram e eu consegui agarrá-las“, recorda.

Alfacinha de gema” e “menina da cidade”, cresceu em Lisboa — cidade que adora — pelo que teve uma infância e adolescência muito citadina, indo a pé para a escola, andando de metro e indo ao cinema com os amigos.

No entanto, mudou-se depois para perto de Sintra, para poder desfrutar do “melhor dos dois mundos”. Ou seja, ter a calma e a serenidade de estar fora do centro urbano mas, por outro lado, estar muito perto e poder regressar quando quer. É aí que vive, portanto, com os dois filhos Jaime (de oito anos) e Gaspar (de cinco) — e com o marido (e melhor amigo), Nuno.

Trabalhando em regime híbrido, reparte-se também entre viagens ao Lagoas Park (Oeiras), onde a empresa tem um escritório, e Rio Maior, onde se localiza a unidade fabril da Nobre e onde também vai com frequência.

É com os filhos que desenvolve o seu atual e principal hobbie: construir legos, além de jogar às escondidas e de tratar da “micro-horta”, naquele que é um “escape mental”, de “estar de volta das plantas e fazer crescer coisas novas”, algo que também considera ser uma atividade importante para os dois filhos.

Também adora viajar, especialmente em família. “Descobrir novas culturas e conhecer novas pessoas é algo fundamental para mim e é algo que nós também fazemos em família”, pelo que tentam sempre fazer uma viagem por ano. A última foi a Marrocos, no final do verão. “Foi de uma riqueza cultural incrível. E mesmo aos miúdos que são pequenos e provavelmente não se vão lembrar de metade das coisas –, acho que isto os muda. Foi realmente incrível”, recorda.

Sendo “menina de listas”, tem também uma lista dos próximos locais onde quer ir. Tendo ainda muitas opções por fazer “check”, uma que está na lista há muito tempo e que tem vindo a ser adiada por várias razões, mas que vai ser feita muito em breve, é a viagem à Islândia. Outros locais, como o Japão, por exemplo, também constam da lista mas são mais difíceis de concretizar.

A leitura é outro dos hobbies prediletos da diretora de marketing de 42 anos, que confessa ter o “guilty pleasure” de adorar livros policiais, pelo que é “devoradora” de livros deste género . Recentemente descobriu um autor de quem tem gostado muito – Jørn Lier Horst – apontando ainda “1984“, de George Orwell, como um livro que a marcou, embora considere que já o leu tarde. “É um livro incrível, e é ainda mais surpreendente que passadas tantas décadas ainda esteja tão atual, e se calhar cada vez mais”, diz.

Também gosta de cinema, sendo “Memento“, de Christopher Nolan, um filme que a marcou. “Agora já está na caixa da avozinha e já há muitas coisas dentro do mesmo género, mas na altura para mim foi uma pedrada no charco muito grande, gostei muito”, refere.

Conseguir contagiar o mais possível as pessoas de quem gosto para fazermos um caminho de felicidade juntos“, é o grande desafio que elege para a sua vida.

“Ser feliz não é uma busca de algo intangível, é ser feliz no dia-a-dia, nas pequenas coisas, nos pequenos momentos. O meu maior desafio é conseguir trazer as pessoas de quem eu gosto neste meu barco, o que nem sempre é fácil, porque isto depende muito do nosso interior. E quando eu consigo trazer as minhas pessoas neste meu barco de ‘vamos aproveitar o melhor possível o momento que estamos a viver’ — obviamente sem descurar o futuro, não pode ser um carpe diem total — aí estou em felicidade plena”, detalha.

Lia Oliveira em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Achei genial a campanha de Natal da Worten de 2022 que repescou os grandes clássicos de Natal de outras marcas e lhes deu uma nova roupagem humorística, arriscando e tornando-se memorável.
Já a campanha internacional da Dove – Beleza Real é uma campanha que aliou de uma forma irrepreensível o propósito da marca a uma tensão cultural absolutamente premente. Incrível como já se passaram 20 anos e continua a ser muitíssimo relevante.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Sempre equilibrar o curto prazo e o longo prazo. É tentador ceder à pressão do dia a dia e dos resultados imediatos, mas a construção de uma marca sustentável exige coerência, consistência, visão e coragem para investir em estratégias que muitas vezes só mostram retorno daqui a anos e que implicam muitas vezes ter que arriscar.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

As pessoas, os consumidores, atuais e futuros. Ouvir, entender e antecipar as suas necessidades é o que diferencia estratégias boas de marcas inesquecíveis.

4 – O briefing ideal deve…

Ser construído em parceria e ser claro, inspirador e desafiar as equipas. Um bom briefing não é apenas um resumo de informações, é um ponto de partida para soluções que ainda não existem.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É nossa parceira, que é uma extensão da equipa interna. Que questiona, desafia e constrói connosco, sempre com foco em perceber a tensão mais relevante para gerar impacto real.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar com inteligência. Não é sobre ser ousado apenas por ser, é sobre tomar riscos calculados que gerem impacto positivo, sejam memoráveis e sempre alinhados com o propósito e a estratégia da marca.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Construiria experiências imersivas que unissem tecnologia e emoção, para transformar cada interação com a marca numa história que os consumidores queiram contar e repetir.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Um excelente talento criativo, com potencial para voar cada vez mais longe.

9 – Construção de marca é?

Criar relevância e confiança no coração das pessoas, de forma consistente e intencional, mas sempre adaptando-se às mudanças culturais. Sem nunca perder de vista o seu objetivo último, criar valor para todos, sociedade e negócio.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria cirurgiã ou engenheira, adoro entender como as coisas funcionam! Seja a mente dos consumidores sejam sistemas biológicos ou tecnológicos.

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Das pensões aos impostos, como ficou o Orçamento do Estado para 2025

Duplo brinde nas reformas, descida do IRS e do IRC, IVA reduzido para a comida de bebés ou o prémio de produtividade estão entre as principais medidas que vão ter impacto no próximo ano.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), aprovado na sexta-feira com os votos a favor de PSD e CDS e a abstenção do PS, é o primeiro do Governo de Luís Montenegro. E traz diversas novidades para o próximo ano, desde logo um aumento extraordinário das pensões, descidas em vários impostos, o fim do corte salarial dos políticos, medidas na área da saúde e educação e a manutenção da publicidade na RTP, que o Executivo queria eliminar.

O documento sai da especialidade com alterações face à proposta original. Entre as novas medidas do PSD, CDS e do PS, a “fatura” para o próximo ano sobe, pelo menos, cerca de 314 milhões de euros, a que poderão ainda somar-se mais 400 milhões se o Governo voltar a atribuir o “bónus” aos pensionistas. Contra a vontade do Governo, a proposta do PS para um aumento extraordinário permanente para os pensionistas no próximo ano teve “luz verde”.

Pensionistas vão ter um aumento extraordinário e ainda podem receber um bónus

Em 2025, os pensionistas poderão ser duplamente beneficiados. Além de o Parlamento ter conseguido aprovar um aumento estrutural das pensões, em 2025, os partidos deram simultaneamente ‘luz verde’ à atribuição de um suplemento extra, à semelhança do que foi feito, este ano. A única diferença entre as duas propostas, é que o suplemento extra do Governo só deverá ser aprovado se a execução orçamental assim o permitir, enquanto que o primeiro está agora assegurado – ainda que contra a vontade do Executivo de Montenegro.

Assim, a partir de janeiro do próximo ano, as pensões até cerca de 1.500 euros vão ter um aumento extraordinário em janeiro do próximo ano. Já o suplemento extra deverá rondar entre os 100 e os 200 euros.

Atualização dos escalões do IRS e alargamento do IRS Jovem

O IRS vai voltar a descer com a atualização dos nove escalões do IRS em 4,6% o que dará um alívio fiscal adicional aos trabalhadores dependentes e pensionistas. Esta medida já consta da proposta inicial. Na prática, rendimentos brutos anuais até 8.057 euros deixam de pagar IRS. Trata-se de uma atualização significativa de 354,34 euros (4,6%) face aos 7.703 euros atualmente isentos.

O mínimo de existência, isto é, o valor até ao qual o rendimento não é tributável vai acompanhar o salário mínimo que, em 2025, sobe 50 euros para 870 euros. Assim, aquele indexante passa dos atuais 11.480 euros para 12.180 euros, o que significa que a retribuição mínima mensal garantida vai continuar isenta de imposto.

No caso do IRS Jovem, também passou uma proposta do Governo que alarga o regime de isenção parcial de cinco para 10 anos para trabalhadores até aos 35 anos que iniciem a vida ativa. Neste novo modelo, cai a exigência de ter uma licenciatura e sobe o limite máximo do rendimento até ao qual se aplica o desconto fiscal. A isenção, entre 100% e 25%, passa então a abranger rendimentos brutos anuais até 55 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS) ou cerca de 28.700 euros anuais de ganhos de trabalho dependente ou independente, o que corresponde a um salário bruto mensal de cerca de 2.000 euros. Este patamar vai no limiar imediatamente acima do sexto escalão do IRS.

No primeiro ano do benefício, a isenção é de 100%, depois baixa 75%, entre o segundo e quarto anos, 50% entre o quinto e o sétimo anos, e 25% de isenção, entre o oitavo e 10.º anos de atividade.

Debate quinzenal com o Primeiro-Ministro - 03OUT24

Descida de um ponto na taxa de IRC

Na sequência das negociações entre o Governo e o PS para a viabilização do OE2025, Luís Montenegro recuou na proposta inicial de reduzir a taxa de IRC em dois pontos e inscreveu uma descida de um ponto, de 21% para 20%. É igualmente reduzida em um ponto para 16% a taxa de IRC aplicável aos primeiros 50.000 euros de matéria coletável das micro, pequenas e médias empresas (PME) ou das empresas de pequena-média capitalização.

Diminuição das tributações autónomas sobre as viaturas

Ainda em sede de IRC, as tributações autónomas sobre as viaturas vão baixar 0,5 pontos percentuais. Esta era uma das matérias que consta do acordo tripartido que o Governo celebrou com patrões e sindicatos. Só a CGTP ficou fora deste pacto.

Assim, as empresas vão pagar menos imposto com a aquisição de viaturas ligeiras de passageiros, de determinadas viaturas ligeiras de mercadorias, motos ou motociclos. Viaturas até 37.500 euros serão tributadas em 8%, em vez dos atuais 8,5%. Se o valor da compra oscilar entre 37.500 euros e 45.000 euros, a taxa desce de 25,5% para 25%. No caso de veículos que custem mais de 45.000 euros, o imposto recua de 32,5% para 32%.

IVA reduzido para as touradas e comida dos bebés

No caso do IVA, apenas foram aprovadas duas alterações: o imposto que os consumidores pagam na compra de bilhetes para espetáculos tauromáquicos vai baixar da taxa máxima, de 23%, para a mínima de 6%, já a partir do próximo ano. A medida proposta por PSD e CDS passou com o apoio do Chega e a abstenção do PS.

Também o imposto sobre “produtos alimentícios destinados a lactentes e crianças de pouca idade, incluindo as fórmulas de transição” e ainda dos “alimentos para fins medicinais específicos e os substitutos integrais a dieta para controlo do peso” desce para a taxa mínima de 6%. Esta proposta foi apresentada pela IL e acabou por ser viabilizada pelos partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD).

Prémios, incentivo à valorização salarial e subsídio de refeição

O Orçamento do Estado prevê que os prémios de produtividade estão isentos de IRS e de contribuições sociais apenas se o empregador aumentar o seu salário médio em, pelo menos, 4,7%, e se for essa também a subida média dos ordenados que estão, neste momento, abaixo da média da empresa. Paralelamente, o incentivo em IRC para as empresas que aumentem os ordenados dos trabalhadores vai continuar a estar destinado apenas àquelas que não agravem a desigualdade do seu leque salarial, isto é, não agravem a diferença entre quem ganha menos e mais.

Entre as principais medidas para as empresas, destaca-se a majoração das despesas com seguros de saúde, que vão valer mais 20% em sede de IRC. Na proposta orçamental ficou ainda inscrito que o Governo irá avaliar o desenvolvimento de incentivos à criação de salas de creche, por empresas, para apoio a descendentes de trabalhadores, membros dos órgãos sociais, e restantes trabalhadores.

O Orçamento do Estado prevê ainda que o teto para a isenção do subsídio de refeição em cartão sobe para 70%, para 10,2 euros, enquanto a isenção fiscal quando o montante é pago em dinheiro mantém-se nos seis euros.

Empresas vão receber incentivos à capitalização

O Parlamento aprovou um incentivo à capitalização das empresas, em sede de IRC. Assim, a taxa a aplicar aos montantes dos aumentos líquidos dos capitais próprios elegíveis será aumentada por forma a que, na determinação do lucro tributável, produza efeitos pelo menos iguais aos que resultam do recurso a capitais alheios em igual montante, tomando como referência a Euribor 12 meses com spread de 2%. Este ano vigorou um spread de 1,5%.
Adicionalmente, a dedução prevista no regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas será majorada em 50% em 2025, ainda que seja mantido o limite já previsto: 4.000.000 de euros ou​ 30% do resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

Paralelamente, o Parlamento aprovou também um incentivo à capitalização de empresas por particulares. Segundo a proposta, o sujeito passivo de IRS que realize entradas de capital em dinheiro a favor de uma sociedade na qual detenha uma participação social poderá deduzir até 20% dessas entradas ao montante bruto dos lucros colocados à disposição por essa sociedade”. Os mesmos 20% podem ser deduzidos ao saldo apurado entre as mais-valias e menos-valias realizadas, no caso de alienação da participação.

Contratação de 400 técnicos para o INEM

A proposta orçamental prevê a contratação de 400 técnicos de emergência pré-hospitalar para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) até ao final do ano de 2025. Ressalva-se, contudo, que a contratação de 400 técnicos para o INEM já está prevista pelo Governo. Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), no início do mês, revelou ao ECO que o Ministério se comprometeu “a contratar 200 funcionários e, no futuro, abrir um novo aviso para recrutar mais 200”.

Está ainda definido que as receitas próprias do INEM são consignadas à realização de despesas do próprio e o Governo deve promover “as medidas adequadas” para atribuição de médico de família a todos os utentes do SNS, “recorrendo, sempre que necessário, aos setores privado e social”. Estipula também a aprovação de um novo modelo de incentivos à dispensa de medicamentos genéricos pelas farmácias comunitárias, uma medida para comparticipar a 100% os sistemas híbridos de perfusão subcutânea de insulina e que sejam implementadas medidas de incentivo à utilização, em ambulatório, dos medicamentos genéricos, com vista a aumentar a quota de mercado para, pelo menos, 55%.

Está ainda prevista a “implementação urgente” de um programa de alargamento e melhoramento da rede de cuidados paliativos com reabilitação de espaços, construção de novas unidades em todo o território nacional, bem como o levantamento “exaustivo” e a inventariação das infraestruturas do SNS que necessitem de uma reabilitação urgente.

Residências estudantis em regime de PPP

O Orçamento do Estado prevê a promoção da construção de residências estudantis em regime de Parceria Público-Privada (PPP), com a possibilidade de regime dual, permitindo a conversão em unidades de turismo no período de férias. A proposta final orçamental estipula também a identificação de património imobiliário público adicional que seja apto para adaptação e conversão em residências estudantis temporárias ou definitivas, no âmbito da concretização do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.

Paralelamente, o complemento de alojamento atribuído a estudantes deslocados que arrendem no setor privado será revisto e aumentado e a decisão sobre atribuição de bolsas de estudo no Ensino Superior antecipada. Durante o próximo ano, o Governo deverá também estudar a possibilidade de estender medidas de ação social escolar da responsabilidade do Ministério da Educação e dos Municípios aos alunos que frequentam o ensino particular e cooperativo.

Salário dos políticos deixa de sofrer corte em 2025

Foi das propostas que mais polémica gerou, por não ter gerado o consenso esperado entre os partidos: a partir de 2025, o corte de 5% aplicado aos salários dos titulares de cargos políticos e gestores públicos desde 2011 vai deixar de ser aplicado. Assim, a partir de janeiro, figuras como o Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, bem como os restantes membros do Governo, deputados, gestores públicos executivos e não executivos, deixarão de ter corte salarial.

Embora o Chega tivesse votado contra a proposta do PSD e CDS-PP, a medida foi aprovada, tendo motivado uma ação de protesto na Assembleia da República, no dia da votação final global do documento. José Aguiar Branco considerou a iniciativa como “vandalismo político”.

Parlamento trava mexidas nas férias e greves da Função Pública

Uma medida polémica do Governo acabou por cair. O Parlamento forçou a retirada do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) de um pedido de autorização legislativa que permitia ao Governo alterar a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, designadamente na marcação de férias, nas regras dos pré-avisos de greve e no regime de mobilidade da Função Pública. A iniciativa do BE que prevê a eliminação desse ponto foi aprovada com os votos de toda a esquerda (PS, BE, PCP, Livre) e PAN. O Chega absteve-se e PSD, CDS e IL votaram contra.

No entanto, o Governo vai continuar a negociar estas matérias com as estruturas sindicais e deverá apresentar uma nova proposta de lei, depois do OE2025, sem a forma de pedido de autorização legislativa e que terá de passar pelo escrutínio dos deputados.

Os deputados chumbaram ainda um outro pedido de autorização legislativa para a implementação de um projeto-piloto no sistema de avaliação integrado da Administração Pública (SIADAP) com vista à criação de um prémio de desempenho.

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Simulações. Pensão de 600 euros sobe 23 euros em janeiro com inflação e extra proposto pelo PS

Pensões vão ter dois aumentos em janeiro: uma atualização até 2,6% por efeito da inflação e do crescimento económico e uma atualização extra de 1,25 pontos percentuais aprovada pelo Parlamento.

Janeiro de 2025 promete trazer dois aumentos aos pensionistas portugueses. Por um lado, terão atualizações de até 2,6% por efeito da inflação e do crescimento económico. Por outro, um extra de 1,25 pontos percentuais, que foi proposto pelo PS e aprovado pelo Parlamento à revelia do Governo. As contas feitas pelo ECO mostram que uma reforma de 600 euros subirá em torno de 23 euros por mês com ambos os reforços.

Comecemos pelo aumento que é ditado pela inflação e o crescimento económico. Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os dados (provisórios) relativos à evolução dos preços em novembro, o que permite já calcular que atualizações deverão ser aplicadas às pensões, por esta via, em janeiro.

Para as reformas até 1.045 euros o aumento normal deverá ser de 2,6%, enquanto para as pensões entre 1.045 e 3.135 euros deverá ser de 2,1%. Já para as pensões mais elevadas, acima de 3.135 euros, a atualização normal deverá ser de 1,85%.

Contudo, no Parlamento, uma maioria negativa aprovou um aumento extraordinário das pensões, por proposta do PS, que se irá somar a essas atualizações. Assim, para as reformas até cerca de 1.500 euros, além da subida proporcionada pela inflação e pelo crescimento económico, haverá um aumento de 1,25 pontos percentuais.

Ou seja, as pensões até 1.045 euros terão, no total, um aumento de 3,9% em janeiro; as pensões entre 1.045 e 1.567,5 euros terão uma subida total de 3,35%; as reformas entre 1.567,5 e 3.135 euros terão um reforço de 2,1%; e as pensões acima de 3.135 euros terão um acréscimo total de 1,85%.

Mas vamos a casos concretos. Uma reforma de 600 euros teria uma subida de 15,6 euros só pela inflação e pelo crescimento económico. Porém, com o bónus proposto pelo PS, irá crescer 23,4 euros em janeiro. Ou seja, aumentará mais 7,8 euros do que se só fosse aplicada a fórmula legal.

Já no caso de uma pensão de mil euros, janeiro trará uma subida total de 39 euros: destes, 26 euros são resultantes da inflação e do crescimento económico, enquanto 13 euros resultam do aumento extraordinário aprovado no Parlamento.

Também as reformas de 1.500 euros beneficiarão deste duplo reforço. Neste caso, o aumento total previsto é de cerca de 50 euros, dos quais 31,5 euros de aumento normal e 18,75 euros de subida extraordinária.

Já uma pensão de dois mil euros não terá direito ao extra proposto pelo PS. Neste caso, aplica-se a atualização normal de 2,1%, o que significa que o ganho mensal será de 42 euros.

Noutra situação está quem ganha, por exemplo, quatro mil euros de reforma. Neste caso, a atualização normal será de 1,85%, o que se traduzirá em mais 74 euros na carteira do pensionista por mês.

Estes valores são brutos, pois todos os meses os pensionistas veem retida uma parte da sua reforma em sede de IRS. Esses descontos dependem, contudo, das tabelas de retenção na fonte que irão vigorar no próximo ano, que o Governo ainda não publicou, impedindo o cálculo dos valores líquidos.

Também importa ressalvar que os dados divulgados nesta sexta-feira relativos à inflação são provisórios e só serão confirmados a 11 de dezembro. Poderão, nessa altura, ser revistos, o que implicaria atualizações normais das pensões diferentes das agora calculadas nestas simulações.

No entanto, é possível confirmar o que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sublinhou esta quinta-feira, à saída do Conselho de Ministros: a subida mais robusta das pensões resultará da inflação e do crescimento económico, e não do extra proposto pelo PS.

Os pensionistas poderão ainda ter outra boa notícia no ano que vem. O Parlamento aprovou, também no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, uma proposta do PSD e do CDS que abre a porta a que, em cima destes aumentos, recebam também um suplemento, pago uma única vez e até 200 euros, caso haja margem orçamental para isso, à semelhança do que aconteceu este ano.

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Portugal tem seis escolas de negócios entre as melhores da Europa. Nova SBE entra no “top 20”

Nova SBE, Católica Lisbon School of Business and Economics, Universidade do Porto, ISCTE Business School, ISEG e Católica Porto Business School são melhores escolas de negócio portuguesas, diz o FT.

seis escolas de negócios portuguesas entre as 100 melhores da Europa, de acordo com o ranking organizado pelo Financial Times (FT). Nesta edição, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) não só consolidou a liderança entre as escolas portuguesas, como entrou, pela primeira vez, no top 20 europeu.

“A Nova SBE conquista a melhor posição de sempre de uma escola portuguesa no ranking do Financial Times“, sublinha a faculdade liderada por Pedro Oliveira, numa nota enviada às redações. Nesta edição, esta escola ficou em 18.º lugar, melhorando três posições face ao ano passado.

Este ranking tem por base a posição das várias escolas de negócios em cinco rankings individuais. No caso da Nova SBE, a entrada no “top 20” reflete as “posições de destaque” alcançadas nas seguintes listas: 7.º lugar com o mestrado internacional em Gestão; 11.º lugar com os programas customizados de formação de executivos; 24.º lugar com o Lisbon MBA; 26.º lugar com os programas abertos de Formação de Executivos; e 28.º lugar com o Lisbon MBA Executive.

O nosso compromisso com a excelência académica e o desenvolvimento de talento para contextos empresariais internacionais tem-se revelado uma aposta ganha.

Pedro Oliveira

Dean da Nova SBE

“Estes resultados foram determinantes para a posição histórica agora alcançada”, realça a escola. “O nosso compromisso com a excelência académica e o desenvolvimento de talento para contextos empresariais internacionais tem-se revelado uma aposta ganha, posicionando a Nova SBE como um parceiro estratégico de referência e um pilar essencial do ensino superior em Portugal e na Europa”, acrescenta, por sua vez, o dean, Pedro Oliveira.

Já a segunda mais bem classificada entre as escolas portuguesa foi, como nas edições anteriores, a Católica Lisbon School of Business and Economics, que alcançou se manteve no 22.º lugar.

“Apesar de manter a classificação de 2023, esta é a melhor posição de sempre neste grupo de Escolas Líderes. Recorde-se que a Católica-Lisbon foi a primeira business school portuguesa a integrar este ranking, estando consistentemente em posições cimeiras desde 2012″, salienta a escola.

Em comunicado, o diretor, Filipe Santos, afirma que “este sucesso é um testemunho do talento e dedicação dos estudantes, alumni [antigos alunos], corpo docente e staff [pessoal].

“A Católica-Lisbon é hoje um hub de atração de talento de docentes e alunos de nível mundial, um gerador de conhecimento de ponta em economia e gestão, e uma rampa de lançamento para carreiras de sucesso com verdadeiro impacto na sociedade”, declara o mesmo.

Universidade do Porto dispara 14 lugares

A completar o “pódio” nacional está a Universidade do Porto (Faculdade de Economia e Porto Business School), que, ao subir 14 lugares, chegou à 39.º posição da tabela. Na última edição, tinha sido a ISCTE Business School a terceira portuguesa mais bem qualificada, mas desta vez a Universidade do Porto conseguiu maior destaque.

“A justificar esta subida estão os excelentes resultados da Porto Business School, nas categorias de Executive Education, onde ocupa a 33ª nos programas personalizados e a 28ª posição em open. No Executive MBA, a Porto Business School, mantém a 56ª posição. E no International MBA, a Porto Business School subiu quatro lugares, para a 39ª posição. Por sua vez, o Master in Management, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, ocupa a 57ª posição”, destaca a escola.

Em reação, José Esteves, dean da Porto Business School, destaca “este reconhecimento reforça a motivação para continuar a desenvolver soluções formativas inovadoras, alinhadas com as exigências do mercado global”.

Já Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia do Porto, sublinha: “esta conquista inspira-nos a continuar a formar líderes, enfrentar os desafios globais e consolidar a FEP como uma referência de ensino e investigação, tanto a nível nacional como internacional”.

Já em 43.ª posição aparece, este ano, a ISCTE Business School, que melhora, assim, um lugar no ranking face à última edição. “A ISCTE Business School consolidou a sua posição entre as 50 melhores escolas de gestão da Europa, alcançando o 43.º lugar. Este resultado reflete uma subida de uma posição em relação ao ano anterior“, destaca a escola.

Citada em comunicado, a diretora dessa faculdade, Maria João Cortinhal, sublinha que esta trajetória traduz “o compromisso com um ensino e investigação de elevada qualidade“.

“A subida para a 43.ª posição em 2024 é uma prova dessa consistência num panorama internacional de gestão dinâmico e complexo, em que às novas lideranças é exigida uma visão estratégica e capacidade de adaptação para terem sucesso“, diz a responsável.

Por outro lado, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) desceu 11 lugares no ranking do Financial Times, passando da 59ª posição para a 70ª posição. Ainda assim, essa escola realça que consegue entrar, pelo terceiro ano consecutivo, nesta tabela e o presidente, João Duque, realça que tal é “a confirmação da qualidade de uma oferta que tem vindo a atrair os melhores alunos, em Portugal e um pouco por todo o mundo“.

A integração da Católica Porto Business School neste ranking tão prestigiado é o reconhecimento de todo o trabalho que temos vindo a fazer no reforço da oferta formativa e nos cursos executivos internacionais, mas também na qualidade das parcerias que nos permitem alavancar a excelência da nossa Faculdade.

João Pinto

Dean da Católica Porto Business School

E pela primeira vez também a Católica Porto Business School também consegue um lugar nesta tabela do Financial Times. Estreia-se em 94.º lugar. “Esta integração soma-se à tripla acreditação internacional da EQUIS, AMBA e AACSB, reforçando o posicionamento de excelência ao nível do ensino, da investigação e do impacto na sociedade da Católica Porto Business School”, salienta a escola, numa nota enviada às redações.

Já o diretor, João Pinto, observa que a entrada neste ranking é “o reconhecimento de todo o trabalho” que a escola tem vindo a fazer “no reforço da oferta formativa e nos cursos executivos internacionais, mas também na qualidade das parcerias que nos permitem alavancar a excelência da faculdade”.

Entre as 100 escolas consideradas pelo FT, é a Insead que consegue a medalha de ouro. A prata vai para a HEC Paris e o bronze para a London Business School.

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Carlos Tavares renuncia à presidência executiva da Stellantis

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2024

Em 11 de outubro, a empresa tinha anunciado que o português iria sair e reformar-se em 2026. Agora, anunciou que o Conselho de Administração aceitou a demissão do cargo de CEO com efeitos imediatos.

A construtora automóvel Stellantis anunciou este domingo que o Conselho de Administração aceitou a renúncia de Carlos Tavares do cargo de presidente executivo (CEO), com efeitos imediatos, e que o seu substituto será nomeado no primeiro semestre de 2025.

Em 11 de outubro, a empresa tinha anunciado que o português Carlos Tavares iria sair do grupo e reformar-se em 2026.

Agora, em comunicado, o grupo Stellantis anunciou que o Conselho de Administração, sob a presidência de John Elkann, “aceitou hoje a demissão de Carlos Tavares do cargo de CEO com efeitos imediatos”.

O processo de nomeação do novo CEO permanente “está bem encaminhado, gerido por um Comité Especial do Conselho, e será concluído no primeiro semestre de 2025″, acrescenta o construtor automóvel, que tem uma unidade em Mangualde.

“Até lá, uma nova Comissão Executiva interina, presidida por John Elkann, irá ser estabelecida”, salienta.

O grupo confirmou ainda “o ‘guidance’ [orientação] que apresentou à comunidade financeira em 31 de outubro” último, relativamente a todo o ano de 2024.

O diretor independente sénior da Stellantis, Henri de Castries, afirmou, citado no comunicado, que “o sucesso da Stellantis desde a sua sua criação está enraizado num alinhamento perfeito entre os acionistas de referência, o Conselho e o CEO”.

Contudo, “nas últimas semanas surgiram diferentes opiniões que resultaram na decisão do Conselho e do CEO de hoje“, prosseguiu.

“O nosso agradecimento ao Carlos [Tavares] pelos anos de serviço dedicado e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, além das reviravoltas anteriores da PSA e da Opel, colocando-nos no caminho para nos tornarmos um líder global na nossa indústria”, afirmou, por sua vez, o presidente do Conselho de Administração (‘chairman’), John Elkann.

“Estou ansioso por trabalhar com o nosso novo Comité Executivo Interino, apoiado por todos os nossos colegas Stellantis, à medida que concluímos o processo de nomeação do nosso novo CEO. Juntos, iremos garantir a implementação contínua da estratégia da empresa no interesse a longo prazo da Stellantis e de todas as suas partes interessadas”, rematou.

A Stellantis é uma das principais fabricantes de automóveis do mundo e no seu portefólio tem marcas como Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, Fiat, Jeep®, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys.

A fábrica do grupo em Mangualde registou um aumento da produção de 2,6% nos primeiros 10 meses do ano, face a igual período de 2023.

Atualmente, a fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, tem cerca de 900 colaboradores e este ano já produziu 72.477 viaturas (dados de janeiro a outubro).

Também a produção de veículos elétricos está a correr como previsto. A produção em série de viaturas elétricas na fábrica de Mangualde da Stellantis arrancou no início de outubro, nas versões de passageiros e comerciais ligeiros, destinadas aos mercados doméstico e de exportação.

Foi a primeira fábrica a produzir veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros elétricos a bateria, de grande série, em Portugal, no âmbito de um investimento de 119 milhões de euros, obtido através de uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial de que a Stellantis é líder — o projeto GreenAuto.

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