Associações denunciam à Meta aplicação para “despir” pessoas com IA

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Duas organizações portuguesas alertaram a dona do Facebook e do Instagram para a existência de uma aplicação que, através de inteligência artificial, despe qualquer pessoa que esteja numa fotografia.

Duas organizações portuguesas alertaram a Meta, dona do Facebook e do Instagram, para a existência de uma aplicação que consegue, através de inteligência artificial, “despir uma pessoa” que esteja numa fotografia.

A denuncia foi feita no domingo pela MiudosSegurosNa.Net e pela Agarrados à Net, mas esta segunda-feira de manhã a app “continuava ativa” e a ser publicitada nas plataformas da Meta, disse à Lusa Tito de Morais, fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net.

“Até este momento ainda não tivemos qualquer feedback por parte da Meta, achámos que era importante chamar a atenção das pessoas para este tipo de situações, para que possam ser regulamentadas”, acrescentou.

Tito de Morais lembrou a proposta do Bloco de Esquerda, que foi recentemente aprovada por unanimidade, para criminalizar este tipo de práticas, mas a proposta de alteração do Código Penal ainda não está em vigor.

Usando frases como “Apaga as roupas dela. Carrega uma foto. Apaga as roupas de qualquer pessoa” ou “Vê-me nua gratuitamente. Esta aplicação espantosa pode apagar tudo!”, a publicidade aponta para um site onde o utilizador pode descarregar uma foto de uma pessoa vestida, carregar num botão para gerar uma foto igual mas com a pessoa nua.

A imagem gerada por inteligência artificial (IA) é apresentada ligeiramente desfocada e, para a desfocar ou fazer o seu download, basta o utilizador subscrever o serviço, que pode ser pago de forma mensal, trimestral, anual ou mesmo de forma vitalícia.

“Numa altura em que se fala em banir as redes sociais a menores de 16 anos era importante que este tipo de situações fosse regulamentada. Não interessa banir as crianças das redes se vai continuar a afetar os adultos. Não podíamos ficar em silêncio ao ver a Meta aprovar publicidade a uma aplicação de ‘nudificação’, incentivando, na prática, os utilizadores a cometer um ato ilícito”, afirmou o fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net.

“Em vez de restringirem as redes sociais a menores de 16 anos ou proibirem a utilização de telemóveis, era bom que os Governos se preocupassem em responsabilizar as plataformas que aprovam publicidade que na prática incentiva a cometer um ilícito que afeta não apenas crianças e jovens, mas também adultos”, acrescentou Cristiane Miranda, cofundadora do projeto Agarrados à Net.

Tito de Morais lembrou algumas das recomendações que tem vindo a ser sugeridas pelas duas organizações, como obrigar a que as imagens criadas com recurso a IA contenham uma marca de água ou outro sinal que as identificasse como sendo produzidas por IA.

Já no caso de aplicações como a agora denunciada, os dois projetos vão mais longe, sendo da opinião que nem sequer deveriam ser permitidas “e as empresas que as produzem deviam ser fortemente penalizadas”, explicou Tito de Morais.

“De facto, a tecnologia tem imensos benefícios e vantagens, mas nas apps de ‘nudificação’ não encontro nenhum. Deviam ser proibidas”, corroborou Cristiane Miranda.

Tito de Morais e Cristine Miranda apelam à Meta que remova a publicidade a este tipo de produtos e que tome medidas para evitar situações semelhantes no futuro.

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“Experimenta viver mais”, aconselha a Vodafone em campanha de Natal

  • + M
  • 2 Dezembro 2024

Criada e produzida em Portugal, a campanha é lançada também na Alemanha e Países Baixos. A assinatura é da VML, a produção da Krypton Films e o planeamento de meios da Dentsu.

A Vodafone aborda na sua campanha de Natal a importância de um uso responsável da tecnologia, em particular dos telemóveis. Para isso, em “Experimenta viver mais”, mostra como um jovem “redescobre” a importância da relação humana e se reconecta com a vida para lá do ecrã, após ficar sem o telemóvel quando vai passar o Natal a casa do avô.

“Na Vodafone acreditamos que a tecnologia é um poderoso aliado para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, das comunidades e da economia. Temos esse propósito no coração e em tudo o que fazemos. Mas também estamos cientes que o uso abusivo da mesma provoca comportamentos aditivos com consequências prejudiciais para a socialização e para a saúde mental e física. Este fenómeno toca transversalmente todas as gerações, mas é particularmente impactante nos mais jovens“, começa por explicar Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone Portugal, citada em comunicado.

“Por isso, nos dias de hoje, é missão da marca Vodafone estimular o uso consciente, equilibrado e sempre protegido da tecnologia e ajudar os mais jovens a descobrir como podem estar mais seguros online, como podem usar o telemóvel de forma saudável e como podem pedir ajuda quando necessitam. Este Natal sensibilizamos todos para o bom uso da tecnologia”, acrescenta.

A campanha é assinada pela VML e conta com a produção da Krypton Films. Marca presença em televisão e no digital, sendo o planeamento de meios da Dentsu/Carat.

Esta é também a primeira vez que a campanha de Natal, criada e produzida em Portugal, é lançada em simultâneo noutros mercados da Vodafone, nomeadamente na Alemanha e Países Baixos.

Esta abordagem internacional “sublinha a importância transversal deste assunto e representa o reconhecimento das campanhas de Natal da Vodafone Portugal que, desde 2015, dedica o seu momento mais importante de comunicação do ano a temas e causas socialmente relevantes“, refere-se em nota de imprensa.

A marca de telecomunicações tem vindo a trabalhar no sentido de “sensibilizar a comunidade para o uso responsável da tecnologia”, nomeadamente também através do recente lançamento da aplicação Tozi, desenvolvida com a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) para ajudar no combate ao cyberbullying e na promoção da segurança online entre crianças e jovens.

Vai também, nas próximas semanas, lançar o “Digitalmente”, um videocast semanal que visa “estimular o debate sobre o papel da tecnologia na sociedade, incluindo a temática do seu uso responsável”, que será transmitido no YouTube, Spotify e Apple Podcast.

A marca disponibiliza também aos seus clientes o serviço Secure Net Family, que inclui “funcionalidades avançadas de controlo parental como filtros de conteúdo, pausa, dormir e estudo, para possibilitar às famílias a gestão da vida digital de todos, especialmente crianças e adolescentes”.

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Operadoras instalam antenas 5G ao ritmo mais lento de sempre

Quase três anos depois de terem iniciado o lançamento da quinta geração móvel, o número de antenas 5G em Portugal da Meo, Nos e Vodafone cresceu apenas 2% entre o segundo e o terceiro trimestres.

A instalação de antenas 5G em Portugal pelas três maiores operadoras — Meo, Nos e Vodafone — registou no terceiro trimestre de 2024 o ritmo mais lento de sempre, de acordo com o balanço mais recente divulgado pela Anacom.

Entre o final de junho e o final de setembro, o número de estações de base (vulgo, antenas) instaladas em Portugal por estas empresas cresceu apenas 2%. Muito longe dos 48% alcançados no terceiro trimestre de 2022, numa altura em que o setor ainda dava os primeiros passos no lançamento do 5G.

Quase três anos depois de as operadoras terem começado a disponibilizar a quinta geração aos clientes, o país chegou ao fim do terceiro trimestre com um total de 10.592 antenas 5G.

Nessa altura, foi também ultrapassada, pela primeira vez, a fasquia dos três milhões de acessos ativos à internet móvel através desta tecnologia, como noticiou o ECO na semana passada, com base em números oficiais do regulador.

Todos os 308 concelhos do país têm, pelo menos, uma estação de base 5G. A Meo continuou a ser a única operadora que ainda não está presente em todos os concelhos, faltando Mesão Frio, Pedrógão Grande e Resende.

Dando uma volta pelas freguesias, a Anacom destaca que existem antenas 5G em apenas 72% das freguesias do país, correspondendo a cerca de 7,3% da população nacional. A Anacom lembra que “uma freguesia poderá não ter qualquer estação instalada mas, ainda assim, o seu território poderá dispor de determinada área coberta por uma estação de base instalada numa freguesia contígua”.

Segundo refere a Anacom no último balanço do 5G, “atendendo às características das redes móveis 5G – que se antecipa que venham a ter um grau de densidade de antenas relativamente elevado por comparação com tecnologias anteriores – é expectável que continue a existir um ritmo relevante de investimento na instalação de mais estações de base, com vista ao reforço da cobertura e da capacidade das redes”.

No entanto, os dados evidenciam um forte abrandamento na instalação de estações de base de quinta geração nos últimos trimestres, sobretudo neste último, à medida que a cobertura da rede das operadoras vai atingindo novos níveis de maturidade.

Estes dados ainda não incluem as estações de base da Digi, operadora que apenas se estreou no país no início de novembro.

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Governo apresenta plano de ação para matérias-primas críticas após queda da refinaria de lítio em Setúbal

Governo avança com uma estratégia numa fase em que a queda da Northvolt e o cancelamento de um projeto de refinação de lítio por parte da Galp lançam dúvidas sobre a cadeia de valor das baterias.

O Governo vai divulgar esta terça-feira o Plano de Ação para o Regulamento Europeu das Matérias-Primas Críticas, informa em comunicado o ministério do Ambiente e da Energia.

A apresentação está marcada para as 18h20. Será aberta pela secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, que depois dará lugar a Cristina Lourenço, coordenadora do Grupo de Trabalho que desenvolveu a estratégia. O encerramento estará a cargo da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do ministro da Economia, Pedro Reis.

Este plano de ação enquadra-se na legislação emitida pela Comissão Europeia em março de 2023, quando foi lançado o Regulamento das Matérias-primas Críticas. Este pretende dar resposta a um “aumento exponencial” da procura por matérias-primas como o lítio, cobalto e níquel, à medida que a UE deixa de investir nos combustíveis fósseis e aposta em sistemas de energia limpa que necessitam de mais minerais.

“A transição ecológica da UE exigirá o desenvolvimento da produção local de baterias, painéis solares, ímanes permanentes e outras tecnologias limpas. Será necessário ter um acesso desafogado a uma série de matérias-primas para dar resposta à procura correspondente”, explicou uma nota do Conselho Europeu, emitida na altura da adoção deste ato legislativo.

A apresentação da estratégia portuguesa acontece também no rescaldo de algumas más notícias para o setor a nível nacional e internacional. As questões começaram a surgir quando, a 21 de novembro, a fabricante sueca de baterias de lítio Northvolt apresentou um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, depois de ter falhado um acordo com investidores para salvar a empresa.

Na semana seguinte, a Galp anunciou que vai cancelar o projeto Aurora, a refinaria de lítio que previa instalar em Setúbal através de uma parceria com a Northvolt. “É mais um investimento que não vem para o país, isso é preocupante, e triste, mas é preocupante essencialmente a nível europeu, porque isto não é um caso isolado, significa um certo arrefecimento do mercado em relação à área, ao lítio, às baterias, e significa uma grande força do sudeste asiático, nomeadamente a China, e uma grande dificuldade europeia em fazer concorrência à China”, reagiu a ministra.

Já a Lifthium Energy, empresa criada pela Bondalti e José de Mello para atuar na área do lítio, afirma-se “empenhada” em avançar com o seu projeto de refinaria, mas não tem, para já, qualquer decisão final quanto a este investimento.

Por seu lado, Savannah Resources, empresa que tem a concessão da exploração do lítio no Barroso, em Portugal, afirma que o seu caminho é “independente” do da Galp e diz estar a discutir a possibilidade, com o parceiro AMG e outros, de se construírem mais refinarias na Península Ibérica.

Por fim, a Lusorecursos, empresa que detém a concessão para explorar o lítio da mina de Montalegre, afirma que os planos de extração e refinação do minério se mantêm. Espera iniciar a extração em 2027 e começar a entregar o produto da refinação em 2028.

 

 

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Governo aponta diretor de sondagens da Católica para vice-presidente da AMT

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Economista Ricardo Ferreira Reis escolhido pelo ministro das Infraestruturas e Habitação para vice-presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Nome já teve 'luz verde' da CReSAP.

O ministro das Infraestruturas e Habitação escolheu o economista Ricardo Ferreira Reis para o cargo de vice-presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que obteve parecer positivo da CReSAP, seguindo-se a audição no parlamento.

Numa comunicação enviada pelo gabinete do ministro das infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, ao gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, a que a Lusa teve acesso, pede-se que sejam promovidas “as diligências conducentes a promover a audição pela Comissão de Economia, Obras Pública e Habitação, do doutor Ricardo César Ribeiro Ventura Ferreira Reis para o exercício do cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da AMT”.

Esta etapa do processo procede o parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), a quem foi pedida, pelo Governo, em 1 de outubro, a avaliação curricular e de adequação de competências da personalidade indigitada para vogal do Conselho de Administração da AMT.

“As informações contidas no curriculum vitae e no questionário de autoavaliação, bem como os resultados do questionário de competências pessoais e os dados obtidos através da entrevista individual, evidenciam competências técnicas e comportamentais que sustentam uma apreciação positiva para o desempenho do cargo em causa”, considerou a entidade liderada por Damasceno Dias.

O pedido é também acompanhado de uma declaração de incompatibilidades e impedimentos para o cargo, na qual Ricardo Ferreira Reis indicou os cargos de sócio-gerente da Ricardo Ferreira Reis, Lda, e de diretor não-executivo no Instituto Mais Liberdade.

“Mais declaro, que caso venha a ser designado para o cargo ao qual me encontro indigitado, tais incompatibilidades e impedimentos cessarão na data do despacho de designação”, referiu.

Ricardo Ferreira Reis é economista de formação e é diretor do Centro de Estudos Aplicados (CEA) e do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa.

A AMT tem por missão regular e fiscalizar o setor da mobilidade e dos transportes terrestres, fluviais, ferroviários, e respetivas infraestruturas, e da atividade económica no setor dos portos comerciais e transportes marítimos.

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DLA Piper assessora S317 Consulting, consultora especializada em transição energética

O Sócio responsável pela transação, por parte do comprador, foi João Costa Quinta, Sócio da DLA Piper em Portugal e Co-Head da área de Corporate / M&A.

A DLA Piper assessorou a S317 Consulting, Lda., participada pelo Fundo FCR Touro I, gerido pela Touro Capital Partners, em todas as fases da aquisição da Sair da Casca – Consultoria em Comunicação da Responsabilidade Social, Lda. Esta assessoria incluiu a estruturação e negociação da transação, a realização de due diligence jurídica, a elaboração e revisão do contrato de compra e venda de participações sociais e de documentos acessórios.

O Sócio responsável pela transação, por parte do comprador, foi João Costa Quinta, Sócio da DLA Piper em Portugal e Co-Head da área de Corporate / M&A, com mais de 25 anos de experiência em operações societárias, com especial enfoque em transações de Private Equity. A equipa da DLA Piper Portugal foi ainda composta pela Associada Sénior Margarida Sá Marques e pela Associada Maria Loureiro.

A transação reforça o portefólio da S317 Consulting nas áreas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa, aproveitando sinergias para potenciar a sua posição no mercado e os serviços orientados para critérios ESG.

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Euribor cai em todos os prazos e a seis meses para mínimo de quase dois anos

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Esta segunda-feira, a Euribor desceu em todos os prazos: a três meses para 2,924%, a seis meses para 2,675% e a 12 meses para 2,431%.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e no prazo intermédio para um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,924%, continuou acima da taxa a seis meses (2,675%) e da taxa a 12 meses (2,431%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, desceu para 2,675%, menos 0,020 pontos e um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também caiu, para 2,431%, menos 0,030 pontos, depois de ter descido em 26 de novembro para 2,393%, um novo mínimo desde 5 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 2,924%, menos 0,010 pontos do que na sessão anterior e contra um novo mínimo desde 20 de março de 2023, de 2,892% registado também em 26 de novembro.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio. Nesse mês, baixou 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro); 0,214 pontos, para 2,788%, a seis meses (contra 3,002%); e 0,185 pontos, para 2,506%, a 12 meses (contra 2,691%).

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Dívida pública portuguesa cai pelo quarto mês seguido. Em outubro diminuiu 0,9%

O stock da dívida das administrações públicas registou em outubro uma redução mensal de 2,4 mil milhões de euros. No entanto, em termos homólogos, aumentou 0,18%.

A dívida pública continua a cair. De acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, o stock da dívida das administrações públicas na ótica de Maastricht baixou 0,9% em outubro para cerca de 270 mil milhões de euros.

A redução de 2,4 mil milhões de euros do stock da dívida pública em outubro traduz-se no quarto mês consecutivo de quedas. “Esta descida refletiu a redução dos títulos de dívida de longo prazo (-3,4 mil milhões de euros), parcialmente compensada pelo aumento dos títulos de dívida de curto prazo (1,0 mil milhões de euros)”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

No entanto, quando se analisa a evolução homóloga, verifica-se um aumento anual de 0,18% ou 483,9 milhões de euros. Foi a primeira vez em 13 meses que o stock da dívida pública registou um aumento homólogo. Este ano, o stock da dívida das administrações públicas contabiliza um aumento de 3% num montante equivalente a 7,9 mil milhões de euros.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Considerando o stock da dívida pública líquida de ativos em depósitos das administrações públicas, o Banco de Portugal refere que, em outubro, a dívida pública aumentou 2,8 mil milhões de euros, para 255 mil milhões de euros.

Os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 14,8 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 5,1 mil milhões de euros relativamente a setembro“, detalha o banco central em comunicado.

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Mota-Engil ‘extrai’ novo contrato de 200 milhões com a Petrobras

Construtora portuguesa vai prestar serviços de manutenção e reparação em unidades de produção marítimas da Petrobras no Brasil, incluindo navios plataforma para extração de petróleo e gás.

A Mota-Engil, através da sua participada no Brasil, fechou um novo contrato com a Petrobras no valor aproximado de 200 milhões de euros. A empresa portuguesa, que quer acelerar o contributo do mercado brasileiro com um crescimento de perto de dois dígitos, vai prestar serviços de manutenção e reparação de unidades de produção marítimas.

“O novo contrato, no valor de cerca de 1,2 mil milhões de reais, tem por objeto a prestação de serviços de manutenção e reparação em unidades de produção marítimas, incluindo navios plataforma para extração de petróleo e gás, bem como o fornecimento de materiais”, explica a empresa portuguesa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), informa ainda que este contrato terá a duração de 50 meses e as atividades serão executadas ao largo da Bacia de Campos, no município do Rio de Janeiro.

“Com este contrato, a Mota-Engil continua a reforçar a sua presença no Brasil, nomeadamente junto de atuais clientes estratégicos, bem como vai incrementando a sua carteira de encomendas na região da América Latina“, acrescenta a empresa lidera por Carlos Mota dos Santos.

A Mota-Engil quer reforçar a presença no mercado brasileiro nos próximos anos, aumentando o peso na carteira de encomendas do grupo, que subiu para um recorde de 14,8 mil milhões de euros no final de setembro. O administrador financeiro (CFO), José Carlos Nogueira, antecipa um crescimento anual próximo de dois dígitos, destacando as oportunidades neste país da América Latina.

“É importante para nós posicionarmo-nos com alguma relevância no Brasil. O Brasil tem obrigação de crescer, senão a dois dígitos, pelo menos a um dígito alto nos próximos anos como contributo para o grupo Mota-Engil”, adiantou o CFO, em declarações ao ECO na semana passada.

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Europa aprova novo pacote de cibersegurança para reforçar defesas digitais

Entre as medidas adotadas pelo Conselho da União Europeia está a criação de um "sistema de alerta de cibersegurança" que estará focado na deteção e ação contra ameaças cibernéticas no espaço europeu.

O Conselho da União Europeia adotou esta segunda-feira duas novas leis que fazem parte do pacote legislativo de cibersegurança, para fortalecer as capacidades de deteção, preparação e resposta a ameaças e incidentes de cibersegurança na Europa.

As medidas incluem uma alteração específica à lei da cibersegurança (CSA) de 2019 e à chamada lei da solidariedade cibernética, que estabelece novas capacidades para tornar a Europa mais resiliente face às ameaças cibernéticas, reforçando simultaneamente os mecanismos de cooperação.

Uma das principais novidades é a criação de um “sistema de alerta de cibersegurança”, descrito como “uma infraestrutura pan-europeia composta por hubs cibernéticos nacionais e transfronteiriços em toda a União Europeia”.

Estes hubs serão responsáveis pela partilha de informações e pela deteção e ação contra ameaças cibernéticas, utilizando tecnologia de ponta, incluindo inteligência artificial e análise avançada de dados, permitindo que as autoridades europeias e outras entidades respondam de forma mais eficiente e eficaz a incidentes de cibersegurança.

“Os hubs cibernéticos utilizarão tecnologia de ponta, como inteligência artificial (IA) e análise avançada de dados, para detetar e partilhar alertas oportunos sobre ameaças e incidentes cibernéticos além-fronteiras”, refere o documento.

A alteração específica ao ato de cibersegurança de 2019 visa reforçar a resiliência cibernética da UE, permitindo a futura adoção de esquemas de certificação europeus para os chamados “serviços de segurança geridos”.

Além disso, o novo regulamento prevê a criação de um mecanismo de emergência cibernética para aumentar a preparação e melhorar as capacidades de resposta a incidentes no espaço da União Europeia.

Este mecanismo apoiará ações de preparação, incluindo “testes a entidades em setores altamente críticos (saúde, transportes, energia, etc.) para potenciais vulnerabilidades, com base em cenários de risco e metodologias comuns”, refere o Conselho da UE em comunicado.

Outra novidade é a criação de uma reserva de cibersegurança da União Europeia, composta por serviços de resposta a incidentes do setor privado, prontos para intervir a pedido de um Estado-membro ou instituições, órgãos e agências da União Europeia, bem como países terceiros associados, em caso de um incidente de cibersegurança significativo ou de grande escala.

A alteração específica ao ato de cibersegurança de 2019 visa reforçar a resiliência cibernética da UE, permitindo a futura adoção de esquemas de certificação europeus para os chamados “serviços de segurança geridos”.

O documento reconhece “a importância crescente dos serviços de segurança geridos na prevenção, deteção, resposta e recuperação de incidentes de cibersegurança”. Estes serviços podem incluir, por exemplo, gestão de incidentes, testes de penetração, auditorias de segurança e consultoria relacionada com suporte técnico.

Esta alteração permitirá o estabelecimento de esquemas de certificação europeus para estes serviços de segurança geridos, ajudando a aumentar a sua qualidade e comparabilidade, fomentando o surgimento de fornecedores de serviços de cibersegurança confiáveis e evitando a fragmentação do mercado interno.

Após a assinatura pelos presidentes do Conselho e do Parlamento Europeu, ambos os atos legislativos serão publicados no Jornal Oficial da UE nas próximas semanas e entrarão em vigor 20 dias após esta publicação.

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Sindicato dos Jornalistas quer reunião urgente ao Governo sobre crise na dona da Visão

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

O SJ considera que "os governantes têm a obrigação de tentar encontrar uma solução que viabilize os títulos da TiN, assegure o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho".

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) vai pedir uma reunião urgente ao ministro com a tutela da comunicação social, Pedro Duarte, para debater a crise da Trust in News (TiN), dona da Visão, Exame, entre outros títulos.

A empresa está “em insolvência, tem salários em dívida aos trabalhadores e pagamentos em atraso a quem trabalha a recibos verdes”, referiu o sindicato em comunicado.

O assunto já foi abordado “nas quatro reuniões havidas entre o SJ e o ministério dos Assuntos Parlamentares” e o Sindicato dos Jornalistas “entende que é urgente debater com o Executivo, num encontro com caráter de urgência, a crise neste grupo de comunicação social“.

O Estado, “através da Segurança Social e da Autoridade Tributária, é detentor de mais de 50% dos créditos, tendo reprovado o Plano Especial de Revitalização [PER], que foi aprovado pelos outros principais credores”, salientou o Sindicato, que aponta “aqui uma via que pode ser explorada”.

O SJ considera que “os governantes têm a obrigação de tentar encontrar uma solução que viabilize os títulos da TiN, assegure o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho“.

Além disso, o sindicato “alertou já todos os grupos parlamentares, ao enviar uma carta aberta dos trabalhadores da TiN para os políticos, com o intuito de reforçar a sensibilização dos detentores de cargos públicos para a gravidade da situação, que afeta 17 títulos e dezenas de famílias”.

O SJ apelou ainda “a todos os jornalistas que se associem à concentração pública que irá realizar-se na quarta-feira, dia 4 de dezembro, entre as 18:00 e as 21:00, na Praça de Luís de Camões”, no Chiado, em Lisboa.

A TiN, que detém 16 títulos, entre os quais a Visão, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Caras, Activa, TV Mais, viu o PER ser reprovado em 5 de novembro, tendo em 12 de novembro a administração anunciado a sua intenção de apresentar um plano de insolvência, requerendo já a convocação de uma assembleia de credores para apresentação e fundamentação de um plano de recuperação.

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Aprovado dividendo extra de 9 cêntimos na Corticeira Amorim, pago a partir de 18 de dezembro

Assembleia geral aprova dividendo extraordinário bruto de 9 cêntimos por ação proposto pela administração liderada por António Rios de Amorim, uma tradição iniciada pela empresa em 2012.

A assembleia geral da Corticeira Amorim aprovou esta segunda-feira o pagamento de um dividendo extraordinário bruto de 9 cêntimos por ação, proposto pela administração da empresa.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por António Rios de Amorim confirmou que o valor será colocado à disposição dos acionistas a partir do dia 18 de dezembro e será processado “através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco BPI”.

A Corticeira Amorim iniciou esta tradição de pagar este dividendo extraordinário em 2012, tendo sido apenas interrompida durante a pandemia. Os acionistas que “não tenham ainda procedido à conversão das suas ações tituladas em ações escriturais não poderão exercer o respetivo direito a dividendos até que efetuem a referida conversão, sendo tais dividendos pagos logo que efetuada a conversão”, salienta.

“Os senhores acionistas, para efeitos de isenção, dispensa de retenção na fonte ou redução da taxa de retenção na fonte de IRS ou de IRC, deverão fazer prova dos factos de que dependem as referidas exceções, até ao dia do início do pagamento dos dividendos, junto do intermediário em que se encontram registadas as respetivas ações”, acrescenta na mesma nota.

A Corticeira Amorim fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 47,8 milhões de euros, uma redução de 28,6% face ao período homólogo. O grupo de Santa Maria da Feira reportou ainda uma quebra de 4,8% nas vendas até setembro, para 726,2 milhões de euros, assinalando que os resultados foram “penalizados também pela inclusão de custos não-recorrentes (5,3 milhões) bem como pelo aumento dos encargos financeiros em consequência do maior endividamento médio”.

Apesar de a atividade continuar condicionada pela baixa visibilidade e pela pressão sobre os volumes, e a rentabilidade afetada pelos elevados preços de consumo de cortiça, o CEO e presidente da empresa assegurou ao mercado que “estas adversidades não constituem um obstáculo à ambição de garantir uma gestão eficiente dos recursos e de continuar a crescer no futuro”.

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