Municípios investem em parcerias com privados para prestar cuidados de saúde

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Numa tentativa de compensar a falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), vários municípios, sobretudo na região Centro, articulam-se com entidades privadas para garantir cuidados de saúde.

Vários municípios, sobretudo na região Centro do país, estão a investir em parcerias com entidades privadas para prestar cuidados de saúde aos seus habitantes, numa tentativa de compensar a falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A Câmara de Porto de Mós, no distrito de Leiria, disponibiliza desde julho de 2022 um plano de saúde aos munícipes, em parceria com uma empresa da especialidade, ao qual já aderiram mais de metade dos habitantes do concelho.

Dois anos e meio após a entrada em funcionamento do plano, em 31 de janeiro passado, 14.298 munícipes tinham já aderido ao plano, num concelho com cerca de 23.200 habitantes, distribuídos por 10 freguesias.

O presidente da Câmara, Jorge Vala, explicou que a iniciativa não visa substituir o SNS, mas é “um complemento importante aos cuidados de saúde primários, nomeadamente ao nível da resposta de algumas especialidades a que habitualmente o SNS responde muito tardiamente, e que permite às pessoas, a um custo relativamente baixo, poderem ter acesso a estes serviços”.

Em Óbidos, também no distrito de Leiria, a Câmara tem em vigor, desde 2024, um plano de saúde gratuito para os habitantes do concelho, onde cerca de 82% da população não tem médico de família.

O “Óbidos + Saúde” dá acesso a uma rede de mais de 35 mil prestadores de cuidados de saúde, exames complementares de diagnóstico a preços convencionados, cuidados médicos durante cinco horas por dia em quatro dias da semana e 40 horas semanais de serviços de enfermagem. No ano passado, 5.931 habitantes beneficiaram do programa, que a autarquia prevê alargar este ano a cerca de sete mil pessoas.

No Bombarral, concelho do mesmo distrito, o município firmou um acordo com a Santa Casa da Misericórdia local, envolvendo também a Unidade Local de Saúde do Oeste, para garantir consultas médicas. O presidente da Câmara, Ricardo Fernandes, disse à Lusa que a autarquia assegura despesas sobretudo com deslocações e alojamento dos médicos.

Em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, foi adjudicado em janeiro um seguro municipal de saúde, prevendo-se que os serviços sejam prestados pela Casa de Saúde de São Mateus, sediada em Viseu.

em Penela, no distrito de Coimbra, a Câmara contratou um plano de saúde para que, a partir deste ano, os 5.400 habitantes do concelho tenham descontos no acesso a serviços complementares ao SNS.

Em Penamacor, no distrito de Castelo Branco, a população começa este mês a beneficiar de um serviço municipal com um médico e um enfermeiro, em permanência, através de uma empresa privada.

Um pouco mais a sul, em Mafra, no distrito de Lisboa, uma parceria da Unidade Local de Saúde de Santa Maria e do município com a Santa Casa da Misericórdia da Venda do Pinheiro permite garantir o funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente e reforçar as consultas médicas a utentes sem médico de família no Centro de Saúde de Mafra. A autarquia comparticipa parte dos custos, segundo o protocolo, a que a Lusa teve acesso.

No Alentejo, a Câmara de Nisa, no distrito de Portalegre, tem em curso desde 2023 um seguro de saúde municipal denominado “éNisa Saúde”, que permite aos munícipes o acesso a consultas, tratamentos e análises clínicas, entre outras áreas. Este seguro é destinado a residentes no concelho, recenseados, à data da proposta de adesão, há pelo menos dois anos na região, e com uma idade igual ou superior a 18 anos.

Na Madeira, a Câmara Municipal de Santa Cruz dispõe de três programas de apoio aos munícipes na área da saúde, nos quais já investiu mais de um milhão de euros, abrangendo um total de 3.534 utentes carenciados. O município criou, em 2018, o programa de Apoio à Medicação e em 2019 avançou com o programa de Apoio à Realização de Pequenas Cirurgias e com o Banco de Local de Ajudas Técnicas.

Até dezembro de 2024, 230 munícipes beneficiaram do Apoio às Pequenas Cirurgias, um programa único ao nível das autarquias da região autónoma. Um total de 2.860 utentes tiveram acesso ao Apoio à Medicação e 444 beneficiaram de Ajudas Técnicas no setor.

Na região Norte, o município de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, implementou um seguro municipal de saúde há cerca de um ano meio, ao qual já aderiram 2.197 munícipes que procuram, assim, um complemento ao SNS.

Até agora, foram efetuadas ao abrigo do seguro 1.154 consultas de clínica geral e familiar no Serviço Municipal de Saúde e 191 ecografias, entre outras valências medicas, números que a presidente da autarquia, Helena Barril, vê como positivos.

“Vai ser feita uma análise profunda aos números, analisando quais as melhorias que podem ser efetuadas, podendo manter este serviço a toda a população, aumentando as valências, as especialidades, bem como a possibilidade de realização de consultas de especialidades num consultório em Miranda do Douro”, indicou.

Em Mondim de Basto, no distrito de Vila Real, a Câmara criou o serviço “Transporte Social Médico”, que assegura aos utentes do SNS e residentes no concelho o transporte para consultas, exames, tratamentos e outros atos médicos nos estabelecimentos de saúde para os quais estão referenciados, nos distritos de Vila Real, Porto, Braga e Viseu.

Desde que entrou em vigor, em abril de 2023, o programa assegurou 1.521 pedidos. Em 2024 foram assegurados 916 pedidos, o que representou, nesse ano, um investimento de 33 mil euros para o município.

“O Transporte Social Médico tem vindo a desempenhar um papel crucial na garantia do acesso de pacientes a serviços de saúde, especialmente para aqueles em situações de vulnerabilidade”, realçou o presidente da autarquia, Bruno Ferreira.

O serviço apoia idosos em situação de carência económica comprovada ou sem retaguarda familiar, utentes portadores de deficiência, doença crónica ou mobilidade reduzida comprovada por relatório médico e ainda doentes oncológicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: carros elétricos, bazuca e coima à EDP

  • ECO
  • 18 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O valor do apoio do Fundo Ambiental para a compra de carros elétricos com mais de cinco lugares sobe para 55 mil euros. O Governo garante que o PRR e o PT 2030 avançam como se não houvesse crise política, mas com “foco nas subvenções” e não nos empréstimos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Governo dá cheque para carros elétricos até 55 mil euros

O aviso para o incentivo à introdução no consumo de veículos de emissões nulas vai ser lançado até ao final da semana. O valor do “cheque” mantém-se, mas passam a ser elegíveis automóveis ligeiros de passageiros com um valor até aos 55.000 euros, mais IVA, mas só se adquiridos por famílias que necessitem de mais lugares do que o habitual — ou seja, só para carros que tenham seis, sete, oito e até nove lugares.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo garante PRR até às eleições, mas empréstimos podem cair

Apesar de o país ir novamente a eleições em breve, o Governo demissionário vai continuar a gerir o Plano de Recuperação e Resiliência PRR), bem como a reprogramação do Portugal 2030, cuja proposta tem de ser entregue pelo país até ao final de março. “Nós iremos assinar todos os contratos e iremos lançar todos os concursos que sejam necessários e adequados, independentemente da dissolução do Parlamento. Não deixaremos nenhum contrato por assinar, nenhum concurso por lançar por causa da situação política”, afirmou o ministro Manuel Castro Almeida. O foco, porém, é nas subvenções. “Não executar empréstimos não traria prejuízo” ao país, acrescenta o governante.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

EDP perde recurso em que pedia prescrição da condenação a coima de 40 milhões

Num acórdão datado de 12 de março, o Tribunal da Relação de Lisboa julgou improcedente o recurso apresentado pela EDP Produção, em que a elétrica pedia a anulação de uma coima histórica de 40 milhões de euros da Autoridade da Concorrência (AdC), por prescrição. Em causa está a prática de atos que, segundo a AdC, configuraram um abuso de posição dominante por parte da EDP entre 2009 e 2013 no mercado de serviços de sistema, tendo a elétrica sido acusada de beneficiar do facto de ter as suas centrais hidroelétricas cobertas pelo regime CMEC – Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, para limitar a oferta dos seus ativos nos serviços de sistema.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Solverde recorre ao Tribunal Constitucional para receber 15 milhões do Estado

A Solverde recorreu aos juízes do palácio Ratton para anular a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA), que em janeiro tinha anulado uma decisão arbitral que condenava o Estado a pagar 15,5 milhões de euros – que subiria a 18 milhões com juros – à concessionária de casinos no Algarve. O recurso foi apresentado a 3 de março, já depois de ser pública a avença de 4.500 euros por mês que a empresa familiar de Luís Montenegro, a Spinumviva, recebia do grupo. Montenegro tem mesmo usado esta decisão do STA para defender a sua independência.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Médicos dizem que fecho de urgências vai “piorar mais” no final de março

O encerramento de serviços de urgência já começou a piorar neste fim de semana, com um total de 13, e ao longo desta semana serão 16. Mas a tendência “é para piorar” quando março terminar, segundo o Movimento dos Médicos em Luta (MML) e os dois sindicatos da classe. Mais médicos a saírem do Serviço Nacional de Saúde e o limite das horas-extra a ser atingido são as razões apontadas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço de residências sénior sobe para valor médio de 1.675 euros em quarto individual

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Pressão da procura reflete-se num aumento generalizado dos preços, com mais de 25% das residências seniores a reportarem subidas superiores a 5%", aponta estudo sobre o setor em Portugal.

Os preços nas residências sénior em Portugal têm vindo a aumentar, com médias mensais entre 1.315 euros e 1.675 euros, devido sobretudo à falta de oferta, de acordo com um estudo divulgado esta terça-feira.

Assim, o 3.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, realizado pela plataforma sobre esta oferta, Via Sénior, e pela BA&N Research Unit, concluiu que “a pressão da procura se reflete num aumento generalizado dos preços, com mais de 25% das residências a reportarem subidas superiores a 5%”.

De acordo com um comunicado, que dá conta das conclusões do estudo, “em dezembro de 2024, apenas 11% das residências sénior em Portugal tinham vagas disponíveis para receber novos utentes”, indicando que as taxas de ocupação de 100% estendem-se “a mais de 67% das unidades existentes em Portugal”.

Segundo o estudo, que pretende traçar um retrato do setor, que abrange 2.700 infraestruturas que representam mais de 105 mil camas, “o número de camas em residências sénior em Portugal está muito aquém das necessidades”, sendo que “em dezembro de 2024 cerca de 70% das instituições apresentavam taxas de ocupação de 100%, 22,2% tinham taxas de ocupação entre os 91% e os 99% e apenas 11,1% reportaram vagas, com a generalidade da ocupação a situar-se nos 80%”, indicou.

“Considerando os cerca de 2,5 milhões de residentes em Portugal com mais de 65 anos, a cobertura é pouco superior a 4%, subindo para 8,7% se considerarmos a população idosa com mais de 75 anos”, referem.

De acordo com o estudo, “a pressão da procura reflete-se num aumento generalizado dos preços com mais de 25% das residências a reportarem subidas superiores a 5%”, sendo que “o preço médio ponderado de alojamento em quarto individual ronda os 1.675 euros, enquanto um quarto duplo custa 1.375 euros e um triplo 1.315 euros”.

Segundo o mesmo comunicado,” incapaz de responder ao aumento da procura devido à evolução demográfica e à crescente esperança média de vida, o setor continua sob forte pressão com os valores de alojamento a refletirem também os investimentos associados à melhoria dos serviços prestados aos idosos”.

O estudo lembrou que “a população europeia continua a envelhecer a um ritmo acelerado”, destacando que, segundo os dados do Eurostat em janeiro de 2025, mais de um quinto da população europeia (21,6%) tinham 65 anos ou mais e Portugal ocupa o terceiro lugar no ‘ranking’ da União Europeia em termos da proporção de pessoas com mais de 80 anos, apenas atrás de Itália e Alemanha.

O Retrato das Residências Sénior em Portugal foi realizado através de um inquérito online, sendo que este ano, o universo é representado por cerca de 2.700 Residências Sénior que, no global, são responsáveis por mais de 105.000 camas. Foi realizado entre 01 de dezembro de 2024 e 15 de janeiro de 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRR

Governo garante atingir até abril todas as metas relativas ao 7º pagamento do PRR

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Ministro da Coesão Territorial assegura que os marcos e as metas relativos ao sétimo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) se encontram “numa fase avançada”.

O Governo anunciou que deve cumprir no mês de abril todas as metas relativas ao sétimo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que incluem o lançamento de concursos e a celebração de contratos ainda pendentes.

Num comunicado, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, sublinha que o governo mantém o compromisso de execução das subvenções do PRR até 31 de dezembro de 2026, em consonância com o pedido de reprogramação da Comissão Europeia, acrescentando que os marcos e metas relativos ao sétimo pedido de pagamento se encontram “numa fase avançada”.

Segundo as projeções do governo, nessa altura, Portugal atingirá uma execução de 46% do PRR. Castro Almeida adianta que o governo colocou o “PRR português num caminho consistente de recuperação de atrasos” e que “seria uma perda para o país que este caminho fosse interrompido”.

No que diz respeito aos projetos que deixaram de contar com o financiamento do PRR, o Governo assegura que “nenhuma das obras que deixaram de ser financiadas pelo PRR deixará de ser realizada, mudando apenas a origem do seu financiamento, o que passará a ser as verbas europeias do Portugal 2030 e o Orçamento do Estado”.

De acordo com o ministro, o Governo conseguiu “ultrapassar burocracias” e até “antecipar prazos”, fazendo de Portugal o “segundo Estado-Membro a submeter o 6º pedido de pagamento”.

“Seria uma perda para o país que este caminho fosse interrompido”, acrescenta Castro Almeida, num comunicado em que assegura o cumprimento destes prazos apesar da dissolução do Parlamento. “É prioridade do Governo garantir que a sua execução decorre sem interrupções, cumprindo os objetivos estabelecidos e maximizando o impacto dos investimentos”, acrescenta Castro Almeida.

Segundo dados do último relatório de monitorização, publicado a 12 de março, o PRR pagou 100 milhões de euros na última semana e aprovou 1.778 candidaturas. O total de pagamentos ascende a 6.863 milhões de euros, o equivalente a 31% da dotação e do valor contratado e a 33% do aprovado.

Com os maiores valores recebidos até quarta-feira aparecem as empresas (2.419 milhões de euros) e as entidades públicas (1.559 milhões de euros). Seguem-se as autarquias e áreas metropolitanas (837 milhões de euros), as empresas públicas (698 milhões de euros), as escolas (499 milhões de euros) e as instituições do ensino superior (256 milhões de euros).

No fundo da tabela estão as famílias (219 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (202 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (174 milhões de euros).

Por sua vez, as aprovações de projetos totalizaram 21.070 milhões de euros, mais 12 milhões de euros relativamente à semana anterior. Destacam-se as empresas (5.980 milhões de euros), as entidades públicas (4.950 milhões de euros) e as autarquias e áreas metropolitanas (4.038 milhões de euros). As empresas públicas (2.886 milhões de euros) e as escolas (1.026 milhões de euros) completam o ‘top’ cinco.

Depois surgem as instituições de ensino superior (804 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (591 milhões de euros), as instituições do sistema científico e tecnológico (536 milhões de euros) e, por último, as famílias (258 milhões de euros).

Dos 463 marcos e metas acordados com Bruxelas, Portugal cumpriu 147, enquanto 30 estão em avaliação e 13 em fase de apresentação à Comissão Europeia.

Portugal recebeu da União Europeia (UE) 51% do PRR nacional, ou seja, 11.396 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de março

  • ECO
  • 18 Março 2025

Ao longo desta terça-feira, 18 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 18 Março 2025

O Presidente da República está em visita oficial à Eslovénia. É dia da reunião do Conselho de Política Monetária da FED. Por cá é assinado o acordo de compromisso com o setor social e solidário.

Entre os destaques desta terça-feira está a visita oficial do Presidente da República à Eslovénia e a assinatura do acordo de compromisso de cooperação com o setor social e solidário para 2025-2026, presidida Luís Montenegro. Este também é o primeiro dia da reunião do Conselho de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA.

Marcelo Rebelo de Sousa na República da Eslovénia

Marcelo Rebelo de Sousa está, até quarta-feira, em visita oficial à República da Eslovénia. Esta terça-feira é recebido, numa cerimónia oficial de boas-vindas, pela sua homóloga Nataša Pirc Musar. Os dois chefes de Estado assinam um Memorando de Entendimento sobre Turismo. Marcelo encontra-se ainda com primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, e o vice-presidente da Assembleia Nacional, Danijel Krivec. Participa no Fórum Económico Portugal-Eslovénia.

O dia de Montenegro

O primeiro-ministro demissionário, Luís Montenegro, participa na cerimónia dos 20 anos de privatização da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, no Parque Aeronáutico de Alverca. Já ao final da tarde, na residência oficial, Montenegro preside à assinatura do acordo de compromisso de cooperação com o setor social e solidário para o biénio 2025-2026.

Conselho da FED reunido

O Conselho de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA (FED) reúne-se esta terça-feira, devendo anunciar na quarta-feira as decisões de política monetária, com grande expectativa acerca do rumo das taxas de juro.

Eurostat divulga dados económicos

O Eurostat divulga, esta terça-feira, dados sobre as vagas de emprego assim como relativos ao comércio internacional de mercadorias, de janeiro de 2025. O gabinete de estatística europeu apresenta ainda dados a propósito do transporte aéreo — passageiros, carga e correio — referente a julho de 2024. Dá ainda a conhecer as contas nacionais anuais com evolução das componentes do rendimento do PIB, referente ao ano de 2024.

Conferência sobre Financiamento da Europa

Maria Luís Albuquerque, comissária europeia responsável pelos Serviços Financeiros e pela União da Poupança e dos Investimentos, participa na 22.ª Conferência sobre Financiamento da Europa, no auditório BNP Paribas, em Bruxelas, Bélgica. Numa iniciativa do ForumEurope e do Barclays, sob o tema “Investimento que apoia a sociedade”, participam ainda Francesco Ceccato, CEO do Barclays Europe; José Manuel Campa, presidente da Autoridade Bancária Europeia; e Ulrich Bindseil, diretor-geral do Banco Central Europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Música ao vivo e poesia, as estrelas do novo espaço de relaxamento e bem-estar do Caldea

  • Servimedia
  • 18 Março 2025

Sob o título “A sua vida flui”, o Caldea convida-o a um relaxamento profundo num workshop que se realizará aos fins-de-semana.

Caldea, o centro de lazer termal de Andorra, convida os seus visitantes a descobrir um novo workshop de relaxamento e bem-estar. Sob o título “A tua vida flui”, o Caldea promete “momentos de serenidade e evasão com esta nova atividade”, em que a música ao vivo é o protagonista e a água o elemento principal.

Caldea propõe aos seus utilizadores uma viagem musical e poética com a água como fio condutor desta nova experiência em que os participantes descobrirão o toque da chuva na sua pele, “num momento íntimo para se ligarem ao eu interior, esquecerem as preocupações e fluírem”.

O workshop tem lugar na área de tratamento do Caldea, com um calendário de sessões em três línguas que abrange todo o fim de semana: sábados às 20h30 (em catalão), 21h15 (em francês) e 22h (em espanhol), e domingos às 10h (em catalão), 10h45 (em francês) e 11h30 (em espanhol). A experiência é gratuita para os clientes que adquirem o acesso Premium no Caldea.

O novo atelier de relaxamento wellness “A tua vida flui” promete “um relaxamento profundo com música ao vivo e um recital poético, tendo a água como fio condutor da sessão”. As sessões serão ministradas por Sílvia Monné, terapeuta de yoga e mindfulness com mais de 10 anos de experiência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ricardo Serrano Vieira é o candidato a bastonário com mais notícias positivas. Fernanda de Almeida Pinheiro em último lugar

A Carma, multinacional de media intelligence fez um balanço da presença mediática dos quatro candidatos a bastonário dos advogados no primeiro trimestre do ano. Eleições decorrem esta terça e quarta.

O candidato a bastonário da Ordem dos Advogados (OA) Ricardo Serrano Vieira é o que tem mais referências positivas na comunicação social nos primeiros meses do ano. Ainda assim, a atual bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro, é a candidata com maior presença mediática.

Segundo dados revelados pela Carma, multinacional de media intelligence, em exclusivo à Advocatus– que fez um balanço da presença mediática dos quatro candidatos no primeiro trimestre do ano, tanto em janeiro/fevereiro como em março (até esta segunda-feira, da parte da manhã), é Ricardo Serrano Vieira que arrecadou mais menções positivas, 71,4% e 66,7%, respetivamente. Já em segundo lugar está José Costa Pinto, com 67,4% nos dois primeiros meses do ano e 63% em março. Por fim, João Massano com 60,4% e 58,3%. A atual bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro, é a que reúne o menor sentimento positivo, tendo em março a percentagem de 17,6%.

Nos primeiros dois meses a maior perceção negativa recaiu sobre João Massano (8,3%) e em março sobre Fernanda de Almeida Pinheiro, com quase 50%.

“Fernanda de Almeida Pinheiro teve um aumento drástico nas menções negativas (+41.6%) e uma queda nas positivas (-38.1%). José Costa Pinto manteve um perfil estável, com uma leve queda nas positivas (-4.4%) e um leve aumento nas neutras. João Massano também sofreu uma redução nas menções positivas (-2.1%), e um leve aumento nas negativas. Ricardo Serrano Vieira, que antes não tinha menções negativas, agora tem 16.7% negativas e uma redução de 4.7% nas positivas”, refere o estudo.

A Carma revela ainda que em março, a maioria dos artigos negativos associados à atual bastonária devem-se à notícia associada ao pedido de averiguação de eventual prática de procuradoria ilícita por parte da empresa da família de Luís Montenegro. “Outro tema negativo de destaque é a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores que acusa a atual bastonária de promover uma campanha de desinformação”, referem. Entre os temas está ainda a decisão de baixar em 31% os honorários pagos aos advogados oficiosos, a invasão do grupo de extrema-direita Habeas Corpus num evento sobre direitos LGBTI+ e a possível suspensão de eleições.

No que toca a João Massano, as reações negativas são associadas à notícia dos alegados contratos ilegais realizados pelo Conselho Regional de Lisboa, órgão que lidera. Já as notícias negativas relativas a José Costa Pinto estão relacionadas com a acusação de André Pardal – que integra a sua lista – no caso Tutti-Frutti. Por fim, as notícias negativas relativas a Ricardo Serrano Vieira estão ligadas à greve de guardas na cadeia do Linhó, onde esteve presente.

Fernanda de Almeida Pinheiro tem mais visibilidade

A atual bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro obteve cerca de 65% de visibilidade entre janeiro e fevereiro. Já João Massano registou cerca de 22%, José Costa Pinto cerca de 20% e Ricardo Serrano apenas 13%.

“Fernanda Pinheiro é a mais mencionada por ser a atual Bastonária e muitas notícias referirem a Ordem dos Advogados e não diretamente as eleições. Da análise feita, retiramos que 62% dos artigos são referentes às eleições – diretamente ou como menção a um dos candidatos. Dos artigos em que mencionam Fernanda Pinheiro, apenas 47% são referentes às eleições. Existe uma prevalência, também, de artigos de opinião devido à sua presença como colunista no Correio da Manhã”, refere

Entre os temas abordados estão os relacionados com a remuneração dos advogados oficiosos (30%), com a ministra da Justiça (30%), a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (13%) e os estatutos da OA (12%).

nas primeiras semanas de março a tendência mediática manteve-se. Fernanda de Almeida Pinheiro destaca-se, com quase 60%, seguida por José Costa Pinto (21,77%), João Massano (19,35%) e Ricardo Serrano Vieira (14,51%). Entre os temas que os candidatos surgem mencionados estão os mesmos do período de janeiro/fevereiro, com a novidade do tópico das sociedades multidisciplinares.

Os dados da Carma foram recolhidos entre 1 de janeiro e 17 de março, tendo sido analisados 4.000 meios de comunicação social. No total foram analisadas mais de 200 notícias.

Entre esta terça e quarta-feira, os advogados vão votar para eleger o 29.º bastonário da Ordem dos Advogados. Na corrida pela liderança para o cargo estão quatro candidatos: a atual bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro e três estreantes – João Massano, José Costa Pinto e Ricardo Serrano Vieira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

63% dos municípios fazem recolha de biorresíduos. Mas taxas são baixas

“Durante o presente ano, a grande maioria dos municípios poderá ter implementada essa recolha”, prevê a tutela. Porém, as taxas de recolha são baixas e justificadas com falta de adesão dos munícipes.

Há 195 municípios em Portugal que já fazem a recolha seletiva de biorresíduos, indica o Ministério do Ambiente ao ECO/Capital Verde, apontando dados de novembro de 2024. Destes, cinco possuem taxas de recolha seletiva (face ao total de resíduos urbanos recolhidos) entre os 51% e os 30%, outros 51 municípios têm taxas entre os 30% e os 10% e 139 municípios têm taxas de recolha seletiva abaixo dos 10%.

De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), os biorresíduos produzidos em Portugal são, em média, cerca de 40% do total de resíduos urbanos. “Uma taxa [de recolha] abaixo de 10% é muito baixa”, considera Susana Fonseca, membro da direção da associação ambientalista Zero.

Salienta ainda que, conforme diretiva europeia, todos os países da União Europeia estavam obrigados a assegurar a recolha diferenciada de biorresíduos até ao final de 2023. “Fazia todo o sentido que o país se mobilizasse para aproveitar este recurso e devolver a matéria orgânica à terra”, afirma, assinalando que os biorresíduos são fertilizantes naturais e que Portugal importa grande parte dos fertilizantes que utiliza ou as respetivas matérias-primas.

Não temos de agir só por causa da legislação. É de facto lamentável o desperdício de recursos“, conclui.

O ministério considera que tem havido, no último ano, uma evolução “muito positiva” do número de municípios que implementaram a recolha seletiva de biorresíduos, uma tendência que espera que se mantenha, face ao apresentado pelos próprios nos respetivos planos. “Durante o presente ano, a grande maioria dos municípios poderá ter implementada essa recolha”, prevê a tutela.

Em paralelo, o gabinete liderado por Maria da Graça Carvalho realça que já foram abertos os primeiros avisos para candidaturas ao financiamento para a recolha e tratamento, por forma a apoiar a implementação e o alargamento de redes de recolha seletiva, nomeadamente de biorresíduos, e do seu tratamento diferenciado. Tratam-se dos avisos “cujos beneficiários são as entidades municipais. Em 2024 o valor financiado foi de 27 milhões de euros.

De acordo com o Plano de Ação dos Resíduos, apresentado no início de março pelo Executivo, em 2022 eram 144 os municípios que apresentavam este tipo de recolha e, em 2023, subiram para 168. Tendo em conta os 308 municípios que há no país, em novembro do ano passado pouco mais de metade (63%) tinha algum tipo de recolha, com a maioria a apresentar taxas abaixo dos 10%.

Há dificuldades em promover adesão

O Executivo justifica estes números modestos com a dificuldade de implementação. “A alteração para um modelo baseado na recolha seletiva destes biorresíduos é um processo lento”, escreve fonte oficial, explicando que exige adaptação ao nível das instalações de tratamento, mas também a implementação de redes de recolha seletiva e a alteração dos hábitos e comportamento do cidadão neste âmbito.

A adesão da população também tem sido limitante nesta matéria”, indica o ministério. No entanto, prevê um incremento da participação do cidadão a partir do momento que esteja lançada a Campanha de Comunicação e Sensibilização, em fase de concurso público, e que será desenvolvida pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente.

De acordo com o ministério, para já, o objetivo não será a aplicação de sanções, mas o incentivo à implementação e alargamento das redes de recolha seletiva de biorresíduos e a promoção da adesão da população. Como exemplo, destaca que a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) prevê uma redução do seu valor para os municípios que cumpram os objetivos de recolha seletiva e tratamento na origem previstos nos seus planos de ação para os resíduos urbanos (PAPERSU).

O ECO/Capital Verde falou com os concelhos de Mafra e Cascais, que possuem recolha de biorresíduos, para perceber a perspetiva de quem está no terreno. O Concelho de Mafra apresenta uma taxa de recolha de biorresíduos na ordem dos 11%, face ao total de resíduos produzidos anualmente, o que compara com os 3% de 2020.

“Crê-se que a referida evolução resulta do empenho para envolver o maior número de habitantes, atuando-se com proximidade e através da implementação de um sistema simples”, indica a Câmara, em declarações por escrito, ao mesmo tempo que identifica como maior dificuldade a motivação dos munícipes.

Nesse sentido, este município está a preparar uma compensação através de um sistema SAYT (Save As You Throw), que premeia quem tem o comportamento adequado em termos da separação. Pretende também continuar a expandir a rede de locais de disponibilização dos sacos verdes, aqueles que são distribuídos para colocar os biorresíduos, de forma a que estes possam ser triados. Além disso, identificando o canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafés) como um “grande contribuidor” na produção destes resíduos, está de pé, desde meados de 2024, a campanha de adesão ao projeto “Mafra a Reciclar – Por um HORECA +Verde”.

No caso de Cascais, o concelho regista a recolha de 6% de biorresíduos face ao total de resíduos, exceto a recolha de cortes de jardins, sendo que em 2024 as quantidades recolhidas deram um salto de 45%, atingindo as 72 mil famílias aderentes. Em 2025, a Câmara afirma que vai continuar a trabalhar para que mais pessoas adiram ao sistema.

Neste município, os cidadãos recebem em casa um contentor de sete litros, rolos de sacos verdes a cada dois meses, consoante o tamanho do agregado, e informação sobre o que são os biorresíduos. Os restos de comida e os alimentos degradados são colocados no saco verde. Depois, o saco verde deve ser fechado e colocado diretamente no contentor dos resíduos urbanos indiferenciados, o mesmo contentor onde se coloca o lixo comum. Esses contentores são recolhidos pelos camiões da Cascais Ambiente e levados para a Tratolixo, onde, através de um separador ótico na central de triagem, os sacos de biorresíduos são identificados e separados através da cor, sendo depois o seu conteúdo tratado para a produção de energia e composto orgânico para os solo. No canal HORECA Cascais tem uma recolha dedicada.

O mais importante neste momento seria uma campanha nacional a alertar para esta separação obrigatória”, concorda também esta Câmara. Em Cascais faz-se a sensibilização porta-a-porta, mas os responsáveis consideram que seria importante ter divulgação nos grandes meios de comunicação nacionais para reforçar o trabalho local.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Fomento dispensado de cumprir parte das regras dos contratos públicos

Gonçalo Regalado pode "contratar a aquisição de bens e serviços relacionados com essa transformação digital e tecnológica através de mecanismos de contratação mais céleres".

O Banco de Fomento está dispensado de cumprir parte das regras da contratação pública para aumentar os serviços digitais. A instituição pode assim contratar a compra de bens e serviços de forma mais célere, uma opção que o Governo justifica com a urgência da questão. O Presidente da República já promulgou o diploma.

O Governo aprovou um decreto-lei no Conselho de Ministros de 10 de março que “dá maior agilidade, por um período máximo de 12 meses, à contratação de bens e serviços imprescindíveis ao processo de transformação tecnológica e digital” do Banco de Fomento.

Questionado sobre os detalhes da decisão, fonte do Ministério da Economia disse ao ECO que “o diploma aprovado visa possibilitar que o BPF proceda a uma transformação estrutural e transversal da sua infraestrutura digital e tecnológica, necessária para o cabal cumprimento da sua missão e para o impulso que a nova administração pretende dar à atividade do BPF”.

Assim, o banco agora liderado por Gonçalo Regalo “poderá contratar a aquisição de bens e serviços relacionados com essa transformação digital e tecnológica através de mecanismos de contratação mais céleres, atenta a urgência da questão, ainda que sempre sujeito a limites quantitativos e exigindo consulta prévia de mercado”, explicou fonte oficial do Ministério tutelado por Pedro Reis.

No entanto, de acordo com a nota do Presidente da República que dá conta da promulgação do diploma, o Banco de Fomento fica “excluído da aplicação da Parte II do Código dos Contratos Públicos”. Esta é a parte que determina quais os tipos de procedimentos a que as entidades adjudicantes estão sujeitas seja ajuste direto, consulta prévia, concurso público, concurso limitado por prévia qualificação, procedimento de negociação, diálogo concorrencial, ou parceria para a inovação e quais as prestações que são abrangidas. Em causa estão desde as empreitadas de obras públicas às compras de serviços.

O Código determina que as entidades podem optar pela consulta prévia na aquisição de bens móveis e de serviços, quando o valor do contrato for inferior a 75 mil euros, embora tenham de consultar pelo menos três entidades.

Na apresentação do Plano de Ação do Banco de Fomento, o novo CEO, Gonçalo Regalado anunciou que estavam previstos investimentos “relevantes” em tecnologia para criar um Banco de Fomento Digital para “ganhar tempo de resposta” e “eficiência operacional ao serviço das empresas”. Porque, como reconheceu, “não é tolerável demorar meses a responder às empresas”.

Banco de Fomento, Plano de Ação para a criação de um Banco de Fomento Digital

Em cima da mesa está a criação de um site dedicado, app e serviços remotos com capacidade de decisão just in time. Em entrevista ao Jornal Económico, Gonçalo Regalado explicou que “o Plano Digital do Banco de Fomento enquadra 3 pilares: a fundação e inovação com a construção dos laboratórios de inovação digitais, com a implementação de metodologia ágil, com a ativação de infraestruturas tecnológicas e com a implementação de software low code; a criação de experiência de cliente com eficiência operacional, tecnologias de automação e GEN AI que nos permitam ter modelos preditivos de negócio; e a construção de um Banco Digital com serviço às empresas”.

Recorde-se que, em dezembro, ainda no mandato da anterior administração, liderada por Ana Carvalho, o Banco de Fomento estabeleceu um protocolo de consultoria em Investigação e Desenvolvimento (I&D) com o INESC TEC, durante dez meses, para apoiar a “conceptualização de um plano de transformação digital do banco”.

Questionado pelo ECO sobre as alterações que o novo decreto-lei introduz, fonte oficial do Banco remeteu quaisquer esclarecimentos para a tutela, já que não tinham detalhes sobre o diploma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Barómetro ACEGE: 91% defende venda de maioria do capital TAP

Governo que tomar posse após as eleições de 18 de maio irá decidir qual a percentagem da companhia que será privatizada. PSD e PS têm visão diferente.

A quase totalidade dos inquiridos no Barómetro da ACEGE defende que deve ser vendida a maioria do capital da TAP no processo de reprivatização. Uma opinião que vai ao encontro do que tem sido defendido pelo Governo.

Para 91,4% dos inquiridos no inquérito aos empresários da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) deve ser privatizado mais de 50% do capital da companhia aérea. Apenas 7,7% não concorda que sejam alienadas mais de metade das ações da TAP.

A queda do Governo interrompeu o processo de venda da transportadora. A intenção do Executivo era avançar até ao final do mês com o processo de privatização, mas já afastou, entretanto, a possibilidade de o fazer estando em gestão. O que significa que será o Governo que tomar posse após as eleições de 18 de maio que decidirá que percentagem da TAP será alienada.

Luís Montenegro, que será novamente candidato a primeiro-ministro, defende a venda de 100% do capital, embora com garantias que assegurem a manutenção da marca, da sede e das rotas estratégicas da companhia aérea portuguesa.

Já o líder do PS, Pedro Nuno Santos, sempre defendeu que a privatização deveria incidir sobre uma minoria do capital, de forma a assegurar os interesses do país na transportadora.

Nota: O Barómetro é uma iniciativa mensal realizada em colaboração com o ECO, Rádio Renascença e Netsonda, e tem como objetivo saber a opinião dos Associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não sendo por isso uma sondagem de opinião. Foi enviado por email a 1.094 associados da ACEGE, através de uma plataforma da Netsonda, e esteve aberto entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, tendo respondido 104 pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Barómetro ACEGE: 68% dos empresários acredita que a crise política terá impacto negativo na economia

Apenas 27,88% dos inquiridos considera que a crise política não terá impacto na economia. Empresários estão menos otimistas com o futuro do país do que há um mês.

A maioria dos empresários portugueses considera que a crise política e, eleições antecipadas, terá um impacto negativo na economia. De acordo com o último Barómetro ACEGE, divulgado esta terça-feira, 68,72% aponta para esta opção.

Entre os associados da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores), 104 empresários responderam ao questionário durante a semana passada, durante o pico da pico da crise política: o chumbo da moção de confiança, consequente queda do Governo e o anúncio de eleições legislativas antecipadas.

Entre os associados, apenas 27,88% considerou que uma crise política não terá impacto na economia, enquanto 3,85% assinalou não saber ou não respondeu.

A opinião dos empresários foi expressa ao longo da semana, tendo o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciado a convocação de eleições antecipadas para o dia 18 de maio apenas na quinta-feira, após reunião do Conselho de Estado e de ouvidos os partidos políticos. Perante a questão “receita uma crise política”, 75% indicaram que sim, contra 22,12% que apontaram não. Apenas, 2,88% assinalaram não saber ou não responder.

Ainda assim, 42,31% dos empresários assume estar moderadamente otimista em relação ao país. Contudo, menos do que há um mês, já que a percentagem cai face aos 58% do barómetro anterior. Por outro lado, indicam estar mais pessimistas face ao fevereiro, com 34,62% indicar este mês estar moderadamente pessimista, contra 17,65% no anterior relatório. Já 5,77% indica estar francamente pessimista, enquanto 17,31% não se identifica nem com um opção, nem com outra.

No entanto, o nível de confiança em relação ao futuro das respetivas empresas piorou face ao mês anterior. Sete em cada dez empresários estão na globalidade otimistas — com 11,54% francamente otimistas e 60,58% moderadamente otimistas, o que compara com os 15,69% francamente otimistas e 66,67%, respetivamente, do barómetro anterior. Já 10,58% estão moderadamente pessimistas, mais do que os 8,82% do barómetro anterior, e 0% francamente pessimistas. O número de indecisos subiu, com 17,31% a não estar nem pessimista, nem otimista, que compara com os 8,82% registados anteriormente.

Apesar da crise política, os decisores políticos têm garantido que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não fica em risco. Um programa que os empresários consideram ter ficado melhorado com a reprogramação, já que 49% apontou esta opção. Ainda assim, 38,46% não sabem ou não respondem a esta questão, enquanto apenas 12,5% considera que a reprogramação não tornou o PRR melhor.

Quando questionados sobre se o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a cortar as taxas de juro de referência ou chegou o momento de fazer uma pausa e avaliar a evolução da inflação, 50,96% considera que a instituição deve fazer uma pausa, contra 44,23% que considera que deve continuar a reduzir os juros. Já 4,81% não sabe/não responde.

Certo é que mais de metade dos empresários (54,81%) não se mostra favorável a uma redução da taxa contributiva global do sistema previdencial (conhecida por TSU), se isso implicar cortes nos apoios sociais ou a diminuição das pensões, contra 33,65% que dizem apoiar a medida nesse contexto e 11,54% indicam não saber ou não responder.

Nota: O Barómetro é uma iniciativa mensal realizada em colaboração com o ECO, Rádio Renascença e Netsonda, e tem como objetivo saber a opinião dos Associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não sendo por isso uma sondagem de opinião. Foi enviado por email a 1.094 associados da ACEGE, através de uma plataforma da Netsonda, e esteve aberto entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, tendo respondido 103 pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.