FNS2025: “Sem colaboração na proteção de colheitas, caminhamos para uma desgraça”

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2025

Líderes do setor agrícola e segurador debateram no 4.º Fórum Nacional de Seguros o papel do Estado e estratégias de cálculo de risco das atividades agrícolas. Veja aqui o painel.

António Mendes, Presidente da Adega Cooperativa de Mangualde, Filipe Charters de Azevedo Country Manager HAGEL – Seguros Agrícolas em Portugal, Miguel Fino Diretor Nacional de negócio Agrícola da Cegrel, Corretor especialista em Seguros Agrícolas a debater no 4.º Fórum Nacional de Seguros sob a moderação de Cláudio Gonçalves Diretor Geral da NacionalGest.

No 4.º Fórum Nacional de Seguros foi analisada a atividade do setor agricultor nos campos: desde a análise da evolução da agricultura até aos riscos que enfrenta em Portugal.

O painel “Colheitas – Proteger o Presente para Cuidar do Futuro” reuniu António Mendes, Presidente da Adega Cooperativa de Mangualde, Filipe Charters de Azevedo Country Manager HAGEL – Seguros Agrícolas em Portugal, Miguel Fino Diretor Nacional de negócio Agrícola da Cegrel, Corretor especialista em Seguros Agrícolas. Sob a moderação de Cláudio Gonçalves Diretor Geral da NacionalGest os especialistas debateram o papel do Estado nos seguros agrícolas e como o cálculo do risco pode ser feito de modo a beneficiar o cliente.

Veja ou reveja na integra o painel:

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Despesa do PRR nas autarquias com falhas. UTAO fala em “falta de transparência”

"Persiste a insuficiência de informação sobre o subsetor da administração local", sendo este o principal executor da componente habitação, criticam os peritos que apoiam os deputados.

Há “falta de transparência” na informação sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nas autarquias, o subsetor da Administração Pública que é o principal responsável pela componente de habitação, critica a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) no relatório de apreciação à Conta Geral do Estado de 2024, divulgado esta quarta-feira.

“No apuramento dos efeitos do PRR, persiste a insuficiência de informação sobre o subsetor da Administração Local, o que impede o apuramento da natureza económica da despesa final, constituindo este o segundo subsetor mais importante na execução deste plano e o principal implementador da sua componente de habitação”, escrevem os peritos que apoiam os deputados da comissão de orçamento, finanças e administração pública do Parlamento.

No documento, a UTAO critica “a inexistência de informação sobre a execução do PRR na Administração Local, o que constitui uma falta de transparência a assinalar”.

“Mesmo a autoridade estatística (INE) apenas consegue aceder à informação das transferências feitas pela Administração Central (AdC) para a Administração Local (AdL)”, salienta.

Este método não permite, contudo, “apurar a natureza final da despesa e dificulta a consolidação da informação e a avaliação futura dos efeitos do PRR”, alertam os peritos. Neste contexto, a UTAO assinala que a Administração Local “constitui um importante executor da componente de habitação neste plano de investimentos, tendo beneficiado em 2024 de ajudas ao investimento de 327 milhões de euros para este efeito, embora este detalhe não transpareça na informação disponível”.

A parte relativa a este montante, de 327 milhões de euros, que deve ser evidenciada nas contas das administrações públicas como ajudas ao investimento “é a que se destina aos apoios às famílias de menores rendimentos para reabilitação de habitações, no contexto do Programa 1.º Direito”, referem os especialistas que prestam apoio aos deputados.

Como investimento, devem ser registados “os montantes destinados ao aumento da oferta pública habitacional, no contexto da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, do parque Público de Habitação a Preços Acessíveis e do aumento da oferta pública de alojamento estudantil a preços acessíveis”.

Porém, “a insuficiência de informação sobre este subsetor não permite fazer esta distinção”, lamenta a UTAO.

A Administração Central constitui-se como a principal executora do PRR, sendo responsável por 69% da despesa em 2024, seguindo a Administração Local (20%) e a Administração Regional e a Segurança Social, ambas com um peso de 6%, assinala a UTAO.

A Administração Central executou despesa de 2.352 milhões de euros, o que representa 89% do PRR no conjunto do ano de 2024. Este levantamento inclui 524 milhões de euros de transferências para a Administração Local, repartidas entre a componente corrente (76 milhões de euros) e as ajudas ao investimento (448 milhões de euros).

Se considerarmos estas transferências, o peso da Administração Central na execução do PRR reduz-se para 69%, constituindo a Administração Local o segundo subsetor (20%), seguindo-se a Segurança Social (6%) e a Administração Regional (6%), escreve a UTAO.

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Trump oficializa tarifas de 50% ao Brasil. Lula convoca ministros de emergência

  • Lusa
  • 30 Julho 2025

O presidente brasileiro convocou entretanto um conselho de ministros de emergência não só para debater as tarifas de 50% como para discutir a aprovação da Lei Magnitsky ao juiz Alexandre de Moraes.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, naquela que representa mais uma escalada da Casa Branca contra o Governo de Lula da Silva. O presidente brasileiro, segundo avançam os media do país, convocou entretanto um conselho de ministros de emergência.

“Hoje, o Presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”, lê-se no documento.

Uma das justificações é a acusação de golpe de Estado a Jair Bolsonaro, aliado político de Donald Trump. “A perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais contra o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares dos seus apoiantes constituem graves abusos de direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”, indicou.

Os Estados Unidos impuseram ainda esta quarta-feira a Lei Magnitsky ao juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes, dispositivo que impõe sanções económicas por violações graves contra os direitos humanos ou corrupção.

“Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”, frisou, em comunicado, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, referindo-se à acusação de tentativa de golpe de Estado por parte do ex-Presidente Jair Bolsonaro e à batalha do juiz contra a desinformação nas plataformas das big techs.

Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos judicializados com motivação política, inclusive contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro”, lê-se na mesma nota, numa referência ao processo contra o núcleo duro ‘bolsonarista’ sobre o planeamento de um golpe de Estado, mas também aos processos contra radicais que a 8 de janeiro de 2023 invadiram e atacaram as sedes dos três poderes em Brasília.

A medida representa uma nova pressão por parte da administração de Donald Trump, que a 18 de julho já tinha revogado o visto do juiz e proibido a sua entrada em território norte-americano.

As sanções bloqueiam os possíveis bens e propriedades de Alexandre de Moraes nos Estados Unidos e proíbem os cidadãos norte-americanos de realizarem com ele qualquer transação e surgem depois do juiz ter decretado várias medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de pulseira eletrónica, a proibição de utilizar redes sociais e ainda recolher obrigatório noturno.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-Presidente brasileiro, que se encontra nos Estados Unidos a articular e fazer lobby para a imposição de sanções contra o Brasil reagiu nas redes sociais declarando que estas sanções representam “um marco histórico e um alerta: abusos de autoridade agora têm consequências globais”.

“Chegou a hora do Congresso agir. A amnistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, escreveu, referindo-se ao facto das sanções tanto económicas como diplomáticas estarem intimamente ligadas ao processo de Jair Bolsonaro.

Antes deste anúncio, numa entrevista publicada esta quarta pelo The New York Times, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, frisou que quer negociar com os Estados Unidos, mas avisou que “em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”.

“Eu acho que é importante que o Trump considere: se ele quer ter uma briga política, então vamos ter uma briga política. Se ele quer falar de comércio, então vamos sentar e conversar sobre comércio. Mas você não pode misturar os dois”, disse.

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Carneiro assume “princípio de diálogo” com o Governo. Habitação e lei laboral entre as divergências

O líder do PS mantém que há "matérias para consenso" como defesa, justiça e política externa e "matérias para dissenso" como habitação ou legislação laboral.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, assumiu esta quarta-feira que há “um princípio de acordo para o diálogo que se manterá no futuro” com o Governo da AD, mas em matérias onde pode haver “consenso democrático” como “política externa, defesa, segurança interna, reforma do Estado e justiça”, afirmou à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em São Bento.

A este respeito voltou a indicar a abertura do Executivo para abraçar a proposta dos socialistas de criar uma coordenação da emergência hospitalar.

“O princípio é que esse diálogo se manterá no futuro”, sublinhou, referindo que “o Orçamento do Estado não foi objeto de qualquer conversa”. E lançou o repto ao Executivo de Montenegro: “Se quer dialogar com o PS, é com o PS que deve dialogar”.

Carneiro salientou que “o PS não é um partido qualquer, é um partido que, desde a clandestinidade, lutou pelas liberdades e garantias fundamentais”.

“E é esse respeito institucional que exige que o diálogo deve ser construído com o PS”, defendeu. Há “matérias do consenso democrático, da política externa, da defesa, da segurança interna, da reforma do Estado, da justiça”, em que é possível estabelecer esse diálogo entre PS e os partidos que suportam da Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CDS, frisou.

E, depois, “há matérias de divergência e de oposição firme à forma como se abordam as questão da habitação, da legislação laboral, à forma com se responde aos custos de vida e às dificuldades com o aumento de custo de ida”, separou. Assim, resumiu, “há matérias para consenso e dissenso”.

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Câmara de Lisboa repudia aumento da capacidade aeroportuária

  • Lusa
  • 30 Julho 2025

Carlos Moedas diz que pode "obrigar" o Governo a recuar no aumento da capacidade do aeroporto. Oposição lamenta a “inércia” do presidente da autarquia.

A Câmara de Lisboa decidiu esta quarta-feira, por unanimidade, “repudiar veementemente” a intenção do Governo de aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado e, com os votos contra de PSD/CDS-PP, lamentou a “inércia” do presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD).

“Poderemos até falar como é que o podemos fazer de uma forma mais veemente, agora não posso obrigar o Governo [a recuar no aumento da capacidade do aeroporto]. Posso influenciar, posso estar presente, posso dizer que não, e tenho-o feito cada vez que estou com algum membro do Governo, em particular até com o senhor primeiro-ministro [Luís Montenegro, do PSD], refiro este tema e a preocupação para os lisboetas”, afirmou o social-democrata Carlos Moedas.

Em reunião pública da câmara, o PCP apresentou uma moção “contra as obras no Aeroporto Humberto Delgado (AHD) que permitem um aumento da capacidade de movimentação de aeronaves”, que foi subscrita por todos os membros do executivo, inclusive da liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta).

Sobre o mesmo tema, o PS propôs um voto de repúdio pela expansão da capacidade do AHD e pela “inércia” da liderança da Câmara Municipal de Lisboa (CML), tendo a proposta sido viabilizada com os votos contra de PSD/CDS-PP.

Na apresentação do voto, o vereador do PS Pedro Anastácio lembrou a posição unânime assumida pela câmara em setembro de 2024, através de uma moção, em que a autarquia recusou liminarmente qualquer aumento da capacidade aeroportuária do AHD, face aos impactos já nessa altura “muito significativos para a saúde pública, o ambiente e a qualidade de vida dos lisboetas”.

Em causa está a decisão do Governo de PSD/CDS-PP de avançar com obras para a expansão da capacidade do AHD, aumentando os movimentos por hora de 38 para 45. Na perspetiva do PS, o presidente da CML, depois de subscrever a moção aprovada em setembro, “nada fez nem disse” após o anúncio das obras de expansão por parte do Governo.

Além de repudiar a atitude de “inércia e ausência de intervenção pública” por parte de Carlos Moedas, o voto do PS condena a “incapacidade política” do autarca do PSD para influenciar o Governo e exige que a CML adote, com urgência, todas as diligências legais e institucionais ao seu alcance, inclusive se oponha à emissão de Declaração de Impacte Ambiental pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, “para proteger os interesses da cidade e dos lisboetas”.

Quanto à moção proposta pelo PCP, a câmara deliberou “repudiar veementemente” a intenção do Governo de avançar com obras que visem o aumento da capacidade do AHD, reafirmando o conteúdo integral do posicionamento tomado em setembro e instando o Governo a que o respeite. Outro dos pontos é para mandatar o presidente da câmara para “interceder, com caráter de urgência, junto do Governo”, no sentido de assegurar a reversão do plano de obras de expansão no AHD.

No âmbito do debate sobre o tema, o PS considerou que a moção do PCP “é uma boia de salvação para Carlos Moedas”, ideia recusada pelos comunistas, que assinalaram a mudança de posição do autarca do PSD quanto ao aeroporto e exigiram uma atitude “mais interventiva” na defesa dos interesses da cidade.

O social-democrata reforçou que a sua posição está em linha com a do PCP: “Não querer voos noturnos, não querer um aumento de capacidade neste aeroporto. Queremos um outro aeroporto”. Quanto ao voto de repúdio do PS, Carlos Moedas disse que é uma proposta “que não é fácil de acompanhar”, porque é “do contra, de um bloco do contra”, lembrando que em anteriores mandatos os socialistas defenderam “exatamente o contrário” do que agora exigem.

O executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” – PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, três do PS, três dos Cidadãos Por Lisboa, dois do PCP, um do Livre e um do BE.

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Governo lança apoios de 117 milhões para empresas do interior

  • ECO
  • 30 Julho 2025

O concurso tem uma dotação de 117 milhões de euros, dos quais 70 milhões de euros geridos pelo Compete2030 e o restante pelos Programas Regionais (Norte, Centro, Alentejo e Algarve).

O Governo lançou esta quarta-feira o concurso do sistema de incentivos à inovação produtiva para os territórios de baixa densidade. Este concurso contempla uma taxa de financiamento a fundo perdido, de até 50%, para as micro e pequenas empresas e de até 40% para as médias empresas, através da modalidade de subvenções não reembolsáveis.

Fora das regiões de baixa densidade, o máximo de apoio não reembolsável é de até 30%. O concurso tem uma dotação de 117 milhões de euros, dos quais 70 milhões de euros geridos pelo Compete2030 e o restante pelos Programas Regionais (Norte, Centro, Alentejo e Algarve).

“A coesão territorial começa quando todas as regiões contam, e contam por igual. Esta diferenciação positiva das empresas dos territórios de baixa densidade impulsiona essa coesão, tornando os fundos mais atrativos para as empresas que escolham ali investir e com isso fixar mais população no interior”, diz Manuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial, citado em comunicado.

São elegíveis projetos de investimento que “visem a criação de um novo estabelecimento, o aumento da capacidade de produção de estabelecimento já existente, a diversificação de produção para produtos não produzidos ou serviços não prestado ou a alteração do processo global de produção”, detalha o Ministério da Economia e da Coesão Territorial, em nota de imprensa.

Ao concurso podem candidatar-se micro, pequenas e médias empresas dos territórios de baixa densidade das regiões NUTS II do Continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve), “não sendo elegíveis projetos enquadráveis nos investimentos no âmbito das energias renováveis, agroalimentar e turismo da região NUTS III Alentejo Litoral”.

As candidaturas já estão abertas, sendo a análise e decisão realizada em duas fases, com a primeira a terminar a 28 de novembro de 2025 e a segunda em 31 de março de 2026.

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EUA impõem Lei Magnitsky ao juiz brasileiro Alexandre de Moraes

  • Lusa
  • 30 Julho 2025

A leu Magnitsky impõe sanções económicas por violações graves contra os direitos humanos ou corrupção. Trump assina ordem executiva que eleva as tarifas sobre produtos brasileiros para 50%.

Os Estados Unidos impuseram esta quarta-feira a Lei Magnitsky ao juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes, dispositivo que impõe sanções económicas por violações graves contra os direitos humanos ou corrupção.

“Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”, frisou, em comunicado, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, referindo-se à acusação de tentativa de golpe de Estado por parte do ex-Presidente Jair Bolsonaro e à batalha do juiz contra a desinformação nas plataformas das big techs.

Esta decisão representa mais uma escalada da guerra comercial e diplomática iniciada pelo Governo de Donald Trump contra o Governo de Lula da Silva, a dias das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil entrarem em vigor. Aliás, Trump assinou esta quarta-feira a ordem executiva para uma tarifa adicional de 40% ao Brasil, aumentando para 50% a taxa de entrada dos produtos brasileiros no mercado norte-americano.

“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos judicializados com motivação política, inclusive contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro”, lê-se na mesma nota, numa referência ao processo contra o núcleo duro ‘bolsonarista’ sobre o planeamento de um golpe de Estado, mas também aos processos contra radicais que a 08 de janeiro de 2023 invadiram e atacaram as sedes dos três poderes em Brasília.

A medida representa uma nova pressão por parte da administração de Donald Trump, que a 18 de julho já tinha revogado o visto do juiz e proibido a sua entrada em território norte-americano.

As sanções hoje anunciadas bloqueiam os possíveis bens e propriedades de Alexandre de Moraes nos Estados Unidos e proíbem os cidadãos norte-americanos de realizarem com ele qualquer transação e surgem depois do juiz ter decretado várias medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de pulseira eletrónica, a proibição de utilizar redes sociais e ainda recolher obrigatório noturno.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-Presidente brasileiro, que se encontra nos Estados Unidos a articular e fazer lobby para a imposição de sanções contra o Brasil reagiu nas redes sociais declarando que estas sanções representam “um marco histórico e um alerta: abusos de autoridade agora têm consequências globais”.

“Chegou a hora do Congresso agir. A amnistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, escreveu, referindo-se ao facto das sanções tanto económicas como diplomáticas estarem intimamente ligadas ao processo de Jair Bolsonaro.

Antes deste anúncio, numa entrevista publicada esta quarta pelo The New York Times, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, frisou que quer negociar com os Estados Unidos, mas avisou que “em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”.

“Eu acho que é importante que o Trump considere: se ele quer ter uma briga política, então vamos ter uma briga política. Se ele quer falar de comércio, então vamos sentar e conversar sobre comércio. Mas você não pode misturar os dois”, disse.

O Presidente brasileiro aguarda uma chamada do homólogo norte-americano para discutir as tarifas de 50% que este impôs às exportações brasileiras, mas tem um plano de contingência nas mãos para ser ativado caso as taxas comecem na sexta-feira, como anunciou Trump.

Tanto o Palácio do Planalto (Presidência) como o Congresso brasileiro trabalhavam ativamente nos bastidores num esforço para reforçar o interesse do Brasil numa negociação das tarifas, que foram anunciadas no dia 9 de julho numa carta de Trump publicada nas redes sociais e endereçada ao Presidente brasileiro, com a justificação (não factual) de fluxo de comércio injusto entre os dois países e pela alegada “caça às bruxas” do sistema judicial brasileiro ao ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.

 

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Grupo Ervideira cresce 6% e aponta “excesso de oferta” no setor

O volume de negócios da alentejana Ervideira cresceu "apenas" 6% no primeiro semestre. Empresa aponta como causas o "excesso de oferta" no mercado e quebra no consumo no setor vitivinícola.

O grupo Ervideira atingiu uma faturação de 1,34 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa “um crescimento de apenas 6% face ao período homólogo de 2024″, avança a empresa vitivinícola. Duarte Leal da Costa, diretor executivo, justifica “os crescimentos ténues, mas certos” com o facto de “o setor continuar a sofrer de excesso de oferta e uma quebra no consumo, com problemas no mercado bem conhecidos de todos”.

Este resultado é alavancado pelas gamas Invisível e Flor de Sal – vinhos de perfil moderno –, com a Ervideira a apresentar um crescimento de 4% no canal Horeca e 10% no enoturismo, contabiliza a empresa alentejana com 110 hectares de vinha distribuídos pelas sub-regiões da Vidigueira e Reguengos de Monsaraz.

O diretor executivo da Ervideira considera, assim, que os resultados obtidos neste semestre refletem a crise que tem vindo a afetar o setor vitivinícola e as novas tendências no mercado. “Tem havido um crescimento nas categorias de vinhos de ‘pouco compromisso’, isto é, vinhos mais baratos, mais fáceis de beber, agradáveis e de “pouca história”, estando os vinhos de forte caráter, vinhos de guarda, ou chamados vinhos de alto padrão, em linha inversa”, assinala Duarte Leal da Costa.

Tem havido um crescimento nas categorias de vinhos de ‘pouco compromisso’, isto é, vinhos mais baratos, mais fáceis de beber, agradáveis e de “pouca história”, estando os vinhos de forte caráter, vinhos de guarda, ou chamados vinhos de alto padrão, em linha inversa.

Duarte Leal da Costa

Diretor Executivo da Ervideira

A acrescentar a esta conjuntura no setor, realça, “a nova geração tem tendência para preferir o consumo de cerveja ou cocktails (com teor alcoólico superior) como Vodka, Tequila, Rum; havendo ainda uma tendência por bebidas zero álcool“.

A empresa fechou o ano de 2024 com uma faturação superior a três milhões de euros, o que representou um crescimento de 9,85%.

A produzir vinho desde 1880, o grupo tem uma várias referências no mercado, como Conde D’Ervideira, Invisível, Vinha D’Ervideira, Terras D’Ervideira, Lusitano ou ainda o Flor de Sal produzido já pela quinta geração da família. Recentemente, a Ervideira lançou o G(in)visível, o seu primeiro Gin, “feito a partir do vinho de maior sucesso da marca” – o Invisível.

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Fed volta a resistir a Trump e mantém taxas de juro intactas

Pela quinta reunião consecutiva, a Reserva Federal norte-americana manteve as Fed Funds inalteradas no intervalo 4,25%-4,50%, face uma forte pressão da Casa Branca e sinais de crescimento económico.

Num ambiente económico dominado pela incerteza e pela tensão entre poderes político e monetário, a Reserva Federal dos EUA (Fed) voltou a manter intactas as taxas diretoras do dólar no intervalo 4,25% e 4,5%, mas com a novidade de pela primeira vez em mais de 30 anos, ter-se registado mais do que um governador a votar contra a decisão do presidente da Fed.

A decisão, anunciada esta quarta-feira, era amplamente antecipada pelos mercados, e foi novamente adotada sob uma tempestade de pressões vindas do próprio presidente norte-americano, que há apenas seis dias protagonizou uma rara visita à sede da Fed para exigir cortes “drásticos” nas taxas de juro.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A quinta “pausa” consecutiva das Fed Funds surge numa altura em que Trump intensifica o seu braço-de-ferro público contra Jerome Powell, presidente da Fed, utilizando todos os meios ao seu alcance – de conferências a publicações agressivas nas redes sociais – para pedir reduções rápidas e profundas do custo do dinheiro, sugerindo inclusive um corte até ao patamar de 1%, cenário este considerado desajustado à realidade do ciclo económico, já que a economia dos EUA, apesar de sinais de abrandamento estrutural, apresentou um crescimento anualizado de 3% no segundo trimestre e níveis baixos de desemprego.

A decisão desta quarta-feira fica marcada por um precedente histórico: pela primeira vez desde dezembro de 1993, dois governadores da Fed votaram contra a decisão do presidente do banco central. Os governadores Christopher Waller e Michelle Bowman – ambas nomeações de Trump durante o seu primeiro mandato – votaram a favor de um corte de 25 pontos base nas taxas de juro

Segundo o comunicado oficial da Fed, “votaram a favor da ação de política monetária Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Michael S. Barr; Susan M. Collins; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Philip N. Jefferson; Alberto G. Musalem; e Jeffrey R. Schmid. Votaram contra esta ação Michelle W. Bowman e Christopher J. Waller, que preferiam baixar o intervalo-alvo para a taxa dos fundos federais em 25 pontos percentuais nesta reunião“.

  • Christopher Waller, considerado um candidato à sucessão de Powell, tem argumentado publicamente que “o crescimento do emprego no setor privado está a aproximar-se da velocidade de paragem” e que “não devemos esperar que o mercado de trabalho se deteriore antes de baixarmos a taxa de política”.
  • Michelle Bowman, que serve como vice-presidente para supervisão e também é vista como potencial substituta de Powell, quebrou um silêncio de 19 anos dos governadores sobre dissidências em setembro passado, opondo-se então a cortes mais profundos. Agora, mudou de posição, defendendo cortes preventivos para evitar maior deterioração do mercado laboral.

Contexto político e pressões externas

Na sua declaração, o Comité de Política Monetária da Fed (FOMC) reconhece que “embora as oscilações nas exportações líquidas continuem a afetar os dados, os indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade económica moderou na primeira metade do ano. A taxa de desemprego mantém-se baixa, e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas. A inflação permanece algo elevada”.

O FOMC reitera ainda que “procura alcançar o pleno emprego e inflação à taxa de 2% a longo prazo. A incerteza sobre as perspetivas económicas mantém-se elevada. O Comité está atento aos riscos de ambos os lados do seu duplo mandato”.

Para apoiar os seus objetivos, “o Comité decidiu manter o intervalo-alvo para a taxa dos fundos federais em 4,25% a 4,5%. Ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais ao intervalo-alvo para a taxa dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, as perspetivas em evolução e o equilíbrio de riscos”.

A sustentar a ponderação da Fed estão os dados mais recentes do crescimento da economia norte-americana divulgados esta quarta-feira, dando nota de uma expansão de homóloga de 3% do PIB no segundo trimestre, superando as expectativas de 2,4%, mas refletindo principalmente uma diminuição das importações após o aumento das tarifas de Trump no primeiro trimestre.

A inflação, embora tenha diminuído relativamente aos picos anteriores, mantém-se acima do objetivo de 2% da Fed, com as tarifas a contribuírem para pressões inflacionistas adicionais. Esta realidade económica explica a divisão de opiniões no seio do FOMC.

A decisão da Fed de manter as taxas de juro inalteradas marca um momento histórico na governação do banco central, com Powell a ganhar tempo com uma postura de “esperar para ver”, combinando continuidade política com dissidência interna sem precedentes.

Com o mandato de Powell a terminar em maio do próximo ano e Trump já a ter indicado que não o reconduzirá, as dissidências de Waller e Bowman podem ser interpretadas como posicionamento político para a sucessão. Ambos são vistos como candidatos credíveis para liderar a Fed sob uma segunda administração Trump.

Além da decisão de manter inalteradas as Fed Funds, a Fed revelou também que manterá “a redução das suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos garantidos por hipotecas de agências” e “está fortemente empenhada em apoiar o pleno emprego e o regresso da inflação ao seu objetivo de 2%”, sinalizando uma continuidade na atual abordagem política, independentemente das pressões externas.

Esta decisão marca assim um momento histórico na governação da Fed, com Powell a ganhar tempo com uma postura de “esperar para ver”, combinando continuidade política com dissidência interna sem precedentes, num contexto de pressão política extraordinária que testa os limites da independência do banco central americano.

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Governo prolonga prazo para entrega do estudo para a substituição do SIRESP

  • Lusa
  • 30 Julho 2025

O Governo indica que prorroga o prazo, mas não estabelece uma nova data para a entregado estudo técnico destinado à substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança.

O Governo anunciou esta quarta-feira que vai prorrogar o prazo para a entrega do estudo técnico destinado à substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP). Numa nota conjunta do Ministério da Administração Interna e do Ministério das Infraestruturas e Habitação, o Governo indica que prorroga o prazo, mas não estabelece uma nova data para a entrega do estudo.

Segundo a mesma nota, “a equipa designada para desenvolver o estudo reuniu-se esta terça-feira e vai agora trabalhar, com o coordenador recentemente nomeado, com o objetivo de encontrar uma solução que assegure um sistema de comunicações robusto, fiável, resiliente, tecnologicamente adequado e plenamente interoperável”.

O coordenador da equipa criada pelo Governo em 30 de abril para, até esta semana, concluir um estudo técnico-estratégico para a substituição urgente do SIRESP foi designado há dias, segundo um despacho publicado em Diário da República.

Em 2 de maio, os dois ministérios anunciaram a constituição, à data de 30 de abril, de “uma equipa de trabalho técnica e multissetorial com a missão de desenvolver, no prazo máximo de 90 dias, um estudo técnico-estratégico para a substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança”.

A medida surgiu depois de a rede de comunicações exclusiva do Estado português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em todas as situações de emergência e segurança ter falhado durante o apagão de energia de 28 de abril deste ano.

Em 24 de julho, foi publicado em Diário da República um despacho assinado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, que designa Carlos Leitão para coordenador do grupo de trabalho, com 17 de julho como data de entrada em funções.

Segundo a nota curricular anexa ao despacho, Carlos Leitão, de 63 anos, é licenciado em Engenharia Eletrónica, Telecomunicações e Computadores pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e foi diretor técnico da SIRESP, SA, onde exerceu funções de 2006 a 2024. A SIRESP, SA é a empresa pública que comanda e coordena a rede SIRESP.

A equipa encarregue de estudar a substituição urgente do SIRESP integra representantes da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), do Estado-Maior das Forças Armadas, da GNR, da PSP e do INEM, entre outras entidades.

A “análise do atual modelo de governação, arquitetura tecnológica e infraestrutura do SIRESP”, a apresentação de um modelo alternativo e a “inclusão, na solução proposta, da componente de alerta público com base na tecnologia Cell Broadcast” são algumas das tarefas de que o grupo de trabalho está incumbido, segundo o despacho que o constituiu.

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Currículo do novo governador “fala por si”, diz CEO do BCP

Miguel Maya diz estar "cabalmente esclarecido" em relação à futura sede do Banco de Portugal. E diz que há distorções na banca nas contribuições que uns fazem e outros não para o Fundo de Resolução.

O CEO do BCP, Miguel Maya, considera que o currículo de Álvaro Santos Pereira “fala por si” e que é “suficientemente sólido” para o cargo de governador do Banco de Portugal.

“Não carece de considerações”, afirmou o gestor, depois de questionado pelos jornalistas sobre o sucessor de Mário Centeno à frente do supervisor bancário.

Sobre a polémica em relação à nova sede do Banco de Portugal, Miguel Maya disse que ouviu os esclarecimentos do governador e ficou sem dúvidas em relação ao negócio. “Estou cabalmente esclarecido”, afirmou o gestor na apresentação dos resultados do BCP no primeiro semestre.

A Fosun é acionista do BCP e dona da seguradora Fidelidade, com quem o Banco de Portugal assinou o contrato para a nova sede do supervisor nos terrenos da antiga Feira Popular, num negócio de 192 milhões de euros.

Contribuições para o FdR são “uma distorção que entra pelos olhos”

Instado a comentar o inquérito que a Autoridade da Concorrência se prepara para lançar ao mercado, Miguel Maya fez a mira às contribuições que “uns pagam e outros não” para o Fundo de Resolução e que isso é uma “distorção que entra pelos olhos”.

Rejeitou problemas de concorrência no mercado bancário português e usou mesmo o termo de “guerra de preços” no crédito à habitação. “Se a Autoridade da Concorrência entendeu que há motivos, que faça a consulta. Mas é preciso fazer as perguntas de forma neutra”, alertou.

Relativamente ao modelo de contribuições para o Fundo de Resolução, Miguel Maya tem a certeza de que será alterado. “Não é tema do governador, é tema também do Governo. Algum dia se perceberá que não é um modelo adequado, devia ser mudado e quanto mais tarde pior”, apontou.

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Incêndios. Este é o ano com mais área ardida desde 2022

A maioria dos incêndios rurais registou-se este ano na região Norte, com 2.429 de incêndios e 18.300 hectares de área ardida.

Entre 1 de janeiro e 30 de julho deste ano deflagraram 4.581 incêndios rurais, que consumiram 29.414 hectares, fazendo deste o pior arranque do ano desde 2022, no qual arderam 60.481 hectares e foram registados 6.980 fogos, no mesmo período, segundo as estatísticas oficiais do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).

Recuando a 2023, o portal indica que no mesmo período ocorreram 4.857 incêndios e 10.526 hectares de área ardida. Já o ano passado, entre o primeiro dia do ano e 30 de julho, tinham ocorrido 2.575 fogos e 4.382 hectares de área ardida.

Os dados mostraram que a maioria dos incêndios rurais registou-se este ano na região Norte, com 2.429 de incêndios, seguido de Lisboa e Vale do Tejo (780 incêndios), Centro (710), Alentejo (477) e Algarve (185).

Já os valores mais elevados da área ardida foram também no Norte (18.300 hectares) e Alentejo (6.960), seguido do Centro (3.652), Lisboa e Vale do Tejo (472) e Algarve (30 hectares).

Os dados indicam que 38% das ocorrências de incêndio, que correspondem a 63% da área ardida, não foram investigados, pelo menos para já. Por outro lado, os dados indicam que 21% das ocorrências de incêndio tiveram como causa o “uso do fogo”, nomeadamente a prática de queimadas. Os mesmos dados apontam o “incendiarismo” como causa de 14% dos fogos, no que toca à sua ignição.

Os seis principais incêndios (Arouca, Ponte da Barca, Penafiel, Ponte de Lima, Cinfães e Paredes) ativos esta quarta-feira em Portugal continental estavam às 17:00 a ser combatidos por 1.723 operacionais, apoiados por 562 viaturas e 17 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.

Na terça-feira, a Proteção Civil avisou que metade dos incêndios começa durante a noite, apelando à população “para não usar fogo”.

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