Eclipse vai reduzir produção de energia solar em 23%. REN admite “desafios operacionais” para equilibrar geração e consumo

Eclipse causará "desafios operacionais relacionados com o equilíbrio entre geração e o consumo no Sistema Elétrico Nacional", pelo que será preciso recorrer à geração hídrica e térmica para compensar.

Na manhã deste sábado, 29 de março, acontece um eclipse solar parcial durante cerca de duas horas. A REN – Redes Energéticas Nacionais diz estar “em estreita colaboração” com os restantes operadores europeus de redes elétricas de transporte, de forma a preparar o Sistema Elétrico Nacional (SEN) para os efeitos desse acontecimento.

O fenómeno ocorrerá no território continental entre as 9h30 e as 11h30 e provocará uma perda de geração estimada de 560 MW, o que representa cerca de 8,5% do consumo e 23% da produção do Sistema Elétrico Nacional previsto para este horário.

Durante o eclipse, estima-se uma perda de 10 MW por minuto e uma recuperação à taxa de 22 MW por minuto, “o que causará desafios operacionais relacionados com o equilíbrio entre geração e o consumo no SEN“, alerta a REN, assim como na gestão da interligação com Espanha.

Neste sentido, “para mitigar os impactos da perda de geração associada a este eclipse será necessário alocar reservas adicionais com geração hídrica e/ou térmica“.

Os valores estimados representam apenas a produção solar centralizada e a registada pela REN, não tendo em conta outra produção solar associada a algumas Unidades de Produção para Autoconsumo, que também terão um efeito no aumento do consumo, ressalva ainda a operadora das redes. “Este efeito está também a ser estimado pela REN e devidamente previsto nas previsões de consumo para esse dia, de modo a reduzir e mitigar, em tempo real, os efeitos inesperados”, informa.

A REN assegura que a progressiva incorporação de fontes renováveis em Portugal tem sido acompanhada pela manutenção dos objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço no SEN, “mesmo nestas situações mais adversas e desafiantes”.

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Diretor-geral da nova Entidade Orçamental vai ganhar 6.237 euros por mês

Ordenado é equiparado ao do secretário-geral do Governo. Autoridade que vai agregar a Direção-Geral do Orçamento e a Unidade da Lei de Enquadramento Orçamental arranca a 1 de abril.

O diretor-geral da nova Entidade Orçamental (EO), autoridade criada no âmbito da reforma orgânica do Ministério das Finanças, vai ganhar 6.236,84 euros brutos por mês, uma remuneração idêntica à do secretário-geral do Governo. Será coadjuvado por uma equipa que poderá ter até cinco subdiretores-gerais, 15 diretores de serviços e um chefe de divisão, segundo o decreto-lei publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Para termo de comparação, o vencimento do primeiro-ministro é de 8.768,65 euros ilíquidos por mês (salário base mais despesas de representação), ou seja, cerca de 2.500 euros mais alto.

A EO, que agrega as funções da Direção-Geral do Orçamento (DGO) e integra a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UNILEO), entra em funcionamento a 1 de abril, de acordo com o mesmo diploma.

O salário mensal bruto do diretor-geral da EO corresponde “a 100 % do nível remuneratório 80 da Tabela Remuneratória Única (TRU)”, o que se traduz num salário de 4.989,47 euros brutos por mês. Há ainda direito ao pagamento de uma retribuição adicional de 1.247,37 euros relativa a despesas de representação, de 25% sobre o ordenado base. Tudo somado dá 6.236,84 euros brutos por mês.

Os subdiretores-gerais vão ganhar 85% da remuneração base do diretor-geral, ou seja, 4.241,05 euros brutos mensais, mais 848,21 euros em despesas de representação (20% do ordenado), o que totaliza 5.089,26 euros.

Para o cargo de diretor de serviço, a oferta salarial é de 3.742,10 euros, o que corresponde a 70% do vencimento do diretor-geral, e são pagas despesas de representação no valor mensal de 561,32 euros (15% do vencimento). Tudo junto resulta numa remuneração global de 4.303,42 euros.

Por fim, o chefe de divisão vai auferir 70% do ordenado do diretor-geral da EO, ou seja, 3.492,63 euros, e ainda 349,26 euros em despesas de representação (10% do salário), o que dá uma retribuição total de 3.841,89 euros.

“No âmbito da reforma da organização, governação e prestação do setor público prevista no seu programa, o XXIV Governo Constitucional estabeleceu como prioridade a ‘agregação de serviços dispersos em unidades, serviços, direções-gerais e inspeções’, bem como o desenvolvimento dos centros de competência existentes, com os principais objetivos de melhorar o serviço prestado aos cidadãos e criar instituições eficazes e eficientes, transparentes, sustentáveis, inclusivas e mais próximas dos cidadãos e das empresas”, lê-se no preâmbulo do decreto-lei.

O Executivo de Luís Montenegro, que protagoniza esta reforma do Estado, lembra ainda que as alterações “no funcionamento e organização interna da Administração Pública é uma das reformas relevantes no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dirigido à Administração Pública”.

Neste sentido, “o presente decreto-lei procede à reestruturação da Direção-Geral do Orçamento, que passa a designar-se Entidade Orçamental (EO), bem como à aprovação da respetiva orgânica, passando a EO a integrar a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UNILEO)”, estabelece o mesmo texto legal.

Entre as atribuições da EO, destacam-se, por exemplo, a preparação e execução do Orçamento do Estado, a elaboração da Conta Geral do Estado ou a gestão das dotações financeiras previsionais para assegurar o cumprimento dos compromissos com as transferências para o Orçamento da União Europeia (UE).

“As comissões de serviço dos titulares dos cargos dirigentes da DGO cessam automaticamente”, estabelece o diploma. No entanto, os trabalhadores em cargos diretivos mantêm-se em funções “até à data determinada por despacho do responsável do processo de reestruturação da DGO”, segundo o decreto-lei, assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

“A EO tem ainda por missão, no âmbito da área de atividade da UNILEO, pelo período necessário à sua conclusão, assegurar a implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) nas dimensões jurídica, técnica, comunicacional, informática e de controlo, de forma a proporcionar ao Estado e aos seus serviços e organismos maior eficácia das políticas públicas numa lógica de resultados”, determina o decreto do Governo.

Apesar de integrar esta nova autoridade, a UNILEO “goza de autonomia técnica e profissional nas atividades relacionadas com o desenvolvimento dos projetos de implementação da LEO”, segundo o texto legal.

Ainda no âmbito da reforma da Administração Pública, foi publicado o decreto-lei que extingue a Secretaria-Geral do Ministério das Finanças e integra as suas funções e os seus trabalhadores em “várias entidades e serviços” na esfera da Secretaria-Geral do Governo, o que mereceu reparos por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando promulgou o diploma. Esta reestruturação produz efeitos a 1 de junho.

Em concreto as competências e funcionários da Secretaria-Geral das Finanças serão distribuídos pela Secretaria-Geral do Governo, Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), Centro Jurídico do Estado (CEJURE), Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB); Museus e Monumentos de Portugal (MMP) e ESTAMO – Imobiliárias (ESTAMO).

Também foi publicada, em Diário da República, a lei orgânica que cria a Direção-Geral da Economia. “O presente decreto-lei cria a Direção-Geral da Economia (DGE), através da extinção, por fusão, da Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE) e do Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE), sendo que para a DGE são transferidas a totalidade das atribuições destes serviços, estabelecendo-se ainda o procedimento de integração dos trabalhadores da DGAE e do GEE”, estabelece o mesmo diploma.

A DGE é dirigida por um diretor-geral, coadjuvado por dois subdiretores-gerais e até sete diretores de serviços. A estrutura remuneratória, incluindo o pagamento de despesas de representação, é idêntica à da Entidade Orçamental e à da Secretaria-Geral do Governo. Assim, o diretor-geral vai ganhar 6.236,84 euros brutos por mês e o subdiretor-geral terá um vencimento de 5.089,26 euros. Para o cargo de diretor de serviços, a oferta salarial é de 4.303,42 euros.

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Sérgio Ribeiro assume presidência da ACAP num momento decisivo para o setor automóvel

  • ECO
  • 28 Março 2025

O novo presidente da ACAP, Sérgio Ribeiro, promete fortalecer a representação do setor automóvel em Portugal, num momento de transição energética e desafios industriais.

Sérgio Ribeiro, administrador executivo da Salvador Caetano Auto, foi nomeado presidente da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) para o triénio 2025-2027. A cerimónia de tomada de posse decorreu na sede da associação na quarta-feira, em Lisboa, marcando o início de uma nova fase para a entidade que representa os interesses do setor automóvel em Portugal.

“É com prazer que anuncio que assumi a Presidência da Direção da ACAP para o triénio 2025-2027, com o objetivo de trabalhar para a melhoria da representação dos seus associados e da defesa dos seus interesses junto de diversas entidades, entre elas, o Governo Português”, escreve o gestor na sua conta do LinkedIn.

Com uma carreira consolidada no setor automóvel, Sérgio Ribeiro traz para a ACAP uma visão estratégica e experiência acumulada ao longo de anos em cargos de liderança. No seu percurso profissional, destacam-se posições como CEO na Hyundai Portugal durante mais de 10 anos, CEO da Nissan Portugal e os últimos oito anos como membro do Conselho Executivo e CEO da Global Automotive Distribution na , funções que reforçam a sua capacidade de gestão e conhecimento profundo do mercado automóvel.

Sérgio Ribeiro sucede a José Ramos, que liderou a ACAP nas últimas gestões, e assume a presidência num momento crucial para a indústria automóvel, que enfrenta desafios significativos relacionados com a sustentabilidade, a transição energética e as mudanças no comportamento do consumidor.

O novo elenco diretivo conta ainda com Pedro Lazarino (Stellantis Portugal) e Joaquim Candeias (Ferdinand Bilstein Portugal) como vice-presidentes. A assembleia-geral será presidida por António Coutinho (M. Coutinho Douro Comércio de Automóveis), enquanto António Carvalho Martins (António Martins & Filhos) assume a presidência do conselho fiscal.

“Com esta nova direção, a ACAP reafirma o seu compromisso na defesa dos interesses do setor automóvel em Portugal, assumindo um papel ativo como porta-voz num período crucial de transformação da indústria automóvel”, refere a ACAP em comunicado.

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Retalhistas publicaram mais folhetos promocionais em 2024

  • + M
  • 28 Março 2025

O Continente foi a insígnia que mais apostou neste formato no ano passado, respondendo por 20% do total de folhetos lançados. Já o Intermarché foi o que mais aumentou a exposição em folheto.

As principais retalhistas presentes em Portugal publicaram um total de 1.044 folhetos promocionais em 2024, o que representa um aumento de 3,6% face ao ano anterior.

Analisando os últimos cinco anos, 2022 foi aquele em que se lançaram mais folhetos (1.111 folhetos), verificando-se uma quebra de 9% no ano seguinte, para os 1.008 folhetos. Embora o valor de 2024 tenha crescido, o mesmo ainda ficou abaixo do máximo do período em análise. Os dados são do serviço e-Foliotrack da Marktest.

Em termos de insígnias, o Continente, com 20% do total de folhetos lançados em 2024, foi a que mais apostou neste formato. Segue-se o E.Leclerc, que responde por 17% dos folhetos publicados e o Pingo Doce, com 15% dos folhetos. Na quarta posição, com mais 29 folhetos publicados do que em 2023, surge o Intermarché (13%), que troca assim de posição com o Lidl, que registou 11% de quota e encerra o top cinco.

Já em termos relativos, o Intermarché foi o retalhista que mais aumentou a exposição em folheto, com mais 23% de folhetos do que em 2023.

No que diz respeito ao número de inserções, este recuou 4,5% face a 2023, o que indica que embora o número de folhetos tenha aumentado, cada folheto lançado conta com um menor número de inserções.

O Continente foi também o responsável pelo maior número de inserções, com 26% de share, seguido de Pingo Doce, com 20%, e E.Leclerc, com 17%. Em conjunto, estas três insígnias respondem por quase dois terços (63%) das inserções promocionais.

Face ao ano anterior, Intermarché e El Corte Inglés foram as insígnias com maior aumento do número de inserções, com aumentos de 15% e 12%, respetivamente.

O estudo evidencia também que as inserções presentes em folheto sem promoção associada correspondem a 25% do total, tendo aumentado 19,5% face a 2023, quando representavam 20% do total de inserções.

Na análise, feita com recurso ao serviço e-Foliotrack, da Marktest, foram consideradas as insígnias da distribuição alimentar Aldi, Auchan, Continente, El Corte Inglés, E.Leclerc, Intermarché Super, Lidl, Minipreço e Pingo Doce.

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Cores que contam histórias (a arte do design na Volvo)

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 28 Março 2025

As cores influenciam as emoções. Na Volvo Cars, Marie Stark aposta em tons ousados como Mulberry Red e Forest Lake, equilibrando tradição e inovação para transformar a perceção do design automóvel.

As cores desempenham um papel fundamental no nosso dia-a-dia, influenciando emoções, perceções e até comportamentos. No design automóvel, a escolha das cores vai muito além da estética, refletindo identidade, cultura e inovação. Na Volvo, essa relação entre cor e emoção é levada a sério, com inspirações que vêm desde a natureza escandinava até às tendências globais.

Marie Stark, Design Manager da Volvo Cars, lidera essa abordagem criativa há décadas, equilibrando tradição, inovação e sustentabilidade. Com um histórico de mais de 18 anos na marca sueca, Marie tem sido uma peça-chave na evolução das paletas de cores da Volvo, trazendo tons ousados como o Mulberry Red e o Forest Lake para um universo tradicionalmente dominado pelo preto, branco e cinzento.

O Volvo EX30 ilustra bem essa ousadia cromática, apresentando tonalidades expressivas que desafiam o convencional. Mas, para Marie Stark, esta mudança não é abrupta, e sim uma evolução natural. “Sempre equilibrámos a nossa paleta base mais discreta, composta por preto, branco e cinzento, com cores mais fortes e visíveis no passado, como o Bursting Blue, o Fusion Red ou o Sage Green. Gostamos de explorar diferentes expressões com as nossas cores exteriores e como estas podem alterar a perceção dos nossos automóveis”, explica.

O Forest Lake, por exemplo, é um verde acinzentado com um leve tom azulado, inspirado nas florestas suecas e na calma dos seus lagos. “Transmite uma sensação de tranquilidade e relaxamento”, destaca Marie. Já o Mulberry Red, um vermelho escuro e profundo, remete à urze do outono, evocando um caráter exclusivo e misterioso. Para a Volvo, cada cor conta uma história, criando uma ligação emocional com os condutores.

Além da estética e da expressão pessoal, a sustentabilidade também orienta a escolha das novas paletas. A Volvo procura pigmentos e processos de pintura que reduzam o impacto ambiental sem comprometer a qualidade e a durabilidade das cores. “Trabalhamos continuamente para tornar os nossos métodos de produção mais sustentáveis, desde a escolha dos materiais até às tintas utilizadas”, afirma Marie.

E se a tradição cromática da indústria automóvel muitas vezes se prende a tons neutros, a Volvo vê nas cores uma forma de desafiar essa norma, criando veículos que não só representam o futuro da mobilidade elétrica, mas também refletem a individualidade de quem os conduz. “Queremos oferecer opções para todos – para quem prefere a sofisticação dos tons neutros e para aqueles que querem expressar a sua personalidade com cores mais vibrantes”, conclui Marie Stark.

Com uma abordagem que equilibra inovação, herança escandinava e sustentabilidade, a Volvo continua a redefinir a paleta automóvel, provando que a cor é um elemento essencial de identidade e experiência.

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⛽ Gasolina vai subir quatro cêntimos e o gasóleo dois na próxima semana

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,601 euros por litro de gasóleo simples e 1,748 euros por litro de gasolina simples 95.

Na próxima semana os preços dos combustíveis vão sofrer um forte aumento. A gasolina deverá subir quatro cêntimos e o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá aumentar dois cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado.

Quando for abastecer, passará assim a pagar 1,601 euros por litro de gasóleo simples e 1,748 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Caso esta tendência se venha a confirmar o gasóleo interrompe quatro semanas consecutivas de descidas e é preciso recuar a 14 de janeiro para encontrar uma subida tão acentuada. Já a gasolina caminha para a segunda semana de subidas e desde 24 de julho de 2023 que não sofria um agravamento tão expressivo.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 0,3 cêntimos e a gasolina subiu 1,8 cêntimos, um desempenho diferente das expectativas do mercado, que apontava para uma estabilização dos preços da diesel e uma subida de 2,5 cêntimos dos preços da gasolina.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a descer 0,03% para os 74 dólares por barril e caminha, pela terceira semana consecutiva, para uma subida semanal de 2,5%, a mais elevada desde a primeira semana do ano. As pressões sobre a Venezuela e o Irão estão a compensar os receios de que a guerra de tarifas possa comprometer o crescimento mundial arrefecendo a procura por petróleo e a alimentar o aumento dos preços.

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Pingo Doce e Fnac em parceria para dar “promoçããão” 

  • + M
  • 28 Março 2025

A campanha, que une o Pingo Doce e a Fnac, marca presença em televisão, rádio, lojas, digital e app O Meu Pingo Doce. A criatividade é da BBDO e o planeamento de meios da Initiative.

O Pingo Doce e a Fnac uniram-se no lançamento de uma campanha promocional. Este fim de semana, na primeira compra de valor igual ou superior a 50 euros nas lojas Pingo Doce recebe-se um vale de 10 euros para utilizar na Fnac.

O vale pode ser usado na Fnac entre os dias 1 e 7 de abril, numa única compra de valor igual ou superior a 50 euros.

“No Pingo Doce continuamos a oferecer, diariamente, as melhores oportunidades de poupança para os nossos clientes, que reforçamos com parceiros estratégicos, como a Fnac, para trazer ainda mais benefícios e vantagens exclusivas, em particular para membros registados da app O Meu Pingo Doce e do Cartão Poupa Mais”, diz Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce, citada em comunicado.

Já Pedro Falé, diretor comercial da FNAC Portugal, refere que esta parceria estratégica com o Pingo Doce amplia a oferta de descontos exclusivos da marca, “criando uma experiência única de compra, onde a tecnologia e o lazer se encontram com o retalho alimentar, proporcionando mais valor e conveniência aos nossos clientes“.

A campanha marca presença em televisão, rádio, lojas, digital e app O Meu Pingo Doce. A criatividade é da BBDO e o planeamento de meios da Initiative.

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Conheça os finalistas dos Tangity Young Lions Portugal

  • + M
  • 28 Março 2025

As equipas que chegaram agora à final vão responder aos briefings das marcas Betclic, Nos, Worten, Bellissimo Cafés e Turismo de Portugal.

Estão escolhidas as 34 duplas que entre os dias 4 e 8 de abril vão participar no bootcamp dos Tangity Young Lions Portugal. A decorrer nas instalações do grupo NTT DATA, no Saldanha, em Lisboa, desta competição vai sair a delegação de 14 jovens que irá representar o país na edição internacional dos Young Lions, que decorre em junho, em Cannes.

As equipas que chegaram agora à final vão responder aos briefings das marcas Betclic, Nos, Worten, Bellissimo Cafés e Turismo de Portugal. Em 48 horas, as 34 duplas vão resolver o desafio que lhes é proposto e, além do desenvolvimento do projeto, vão defender as suas ideias perante o júri de cada uma das categorias.

Finalistas da primeira fase dos Tangity Young Lions Portugal:

Media

  • Daniel Soares (Zenith Media) & Pedro Almeida (Publicis)
  • Filipa Serra da Silva (Initiative) & Mariana de Oliveira Duque (Arena Media)
  • Margarida Brilhante & Bernardo Graça (Mindshare)
  • Juliana Cunha Pereira & Alice Barreira Martins (Initiative)
  • Débora Jaime (Arena Media) & João Santos (Buzz Mosquito)

Relações Públicas

  • Sofia Tavares de Carvalho & Matilde Ribeirinho (Havas)
  • João Mendes & Catarina Corte-Real (Publicis)
  • Salomé Souto & Marisa Esteves (Nervo)
  • Beatriz Raposo & Rita Paulo (LLYC)

Filme

  • Catarina Araújo (Uzina) & Joana Antunes (Fuel)
  • Guilherme Kaufmann & Ruben Vilaça (FunnyHow)
  • Beatriz Roque & João Bronze (BBDO TBWA)
  • Joana Quintela Moura & Rafael Gomes (Bar Ogilvy)
  • Francisco Vitorino Urgueira & Duarte João de Brito Batista Cunha (Nossa)

Imprensa/Outdoor

  • Francisco Nave (Freelancer) & Sebastião Pinto (The Hotel)
  • Manuel Stock & Vasco Ribeiro da Cunha (Dentsu Creative Portugal)
  • André Rafael Almeida Cabral (O Escritório) & Luís Ferreira Borges (Stream & Tough Guy)
  • Afonso Magro & José Barreiro (Dentsu)
  • Mariana Laurência & Carlos Alberto (ACNE Lisboa)

Marketing

  • Diogo Alves (ERA Portugal) & Rita Brígido (Simplefy)
  • Carolina Ferreira & Rita Rodrigues (Nos)
  • Esmeralda Moreira (Lidl) & Luís Girão (Future School)
  • Bruno Loureiro & Joana Luís (Via Verde)
  • Inês Mendes de Almeida Rechau & Giovanna Bastos Pereira Pardal (Worten)

Digital

  • Guilherme Vasques (DDB) & Cláudia Encarnação (Nossa)
  • Nuno Miguel Coelho (ACNE Lisboa) & Tomás Toste (Bar Ogilvy)
  • Pedro Manuel Cardoso Lopes da Silva & Welzimar Silva (Fuel)
  • Beatriz Martinho & Catarina Moura (Bar Ogilvy)
  • Mariana Santos & Maria Vaz da Silva (Havas)

Design

  • Michelle Silva (Judas) & Carolina Gonçalves (Bar Ogilvy)
  • David Canaes (Fuel) & Francisco Roque do Vale (O Escritório)
  • Francisco Modesto da Silva (FABAMAQ) & Isa Marita Ribeiro Romão (CO+K Disruptive Creators)
  • Nuno Ventura (Bureau Borsche) & Pedro Meireis (New Studio)
  • Pedro Rodrigues (McCann Lisboa) & Romeu Ribeiro (Judas)

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Rendas das casas fecharam 2024 com subida de 9,3%. Lisboa e Setúbal lideram nos preços

Grande Lisboa e Península de Setúbal lideram nos preços anuais, com um valor de arrendamento superior à média nacional de 7,97 euros por metro quadrado.

A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação aumentou no final do ano passado e fixou-se em 8,43 euros por metro quadrado (m2) no último trimestre, mais 9,3% que nos mesmos três meses do ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Entre outubro e dezembro de 2024 foram registados 24.445 novos contratos de arrendamento em Portugal, sendo que o crescimento da renda mediana (os tais 8,43 euros/m2) representam um abrandamento em relação à subida observada no trimestre anterior (9,8%). Quanto ao número de novos contratos de arrendamento, aumentou 3,4% comparativamente ao mesmo período de 2023, quando tinham sido 23.637 novos contratos.
de 3,4%.

No acumulado de 2024, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Portugal foi 7,97 euros/m2 com as zonas da Grande Lisboa e de Setúbal, onde se localiza Tróia, a liderarem nos preços.

Mesmo se analisarmos apenas o último trimestre de 2024, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa e da Península de Setúbal registaram rendas medianas superiores à nacional, embora com subidas homólogas diferentes. Destacam-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e aumento homólogo do valor das rendas superior ao do país, a Amadora (12,61 euros/m2 e 10,4%) e Sintra (10,82 euros/m2 e 9,7%).

As sub-regiões da Grande Lisboa (13,06 euros/m2), Península de Setúbal (9,99 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (9,60 euros/m2), Algarve (9,41 euros/m2) e Área Metropolitana do Porto (8,85 euros/m2) registaram valores superiores ao nacional.

Quanto aos concelhos, mais de quatro dezenas de municípios (42) tiveram rendas acima do valor nacional de 7,97 euros por m2. “Lisboa apresentou o valor mais elevado (15,93 euros/m2), destacando-se, ainda, com valores superiores a 12 euros/m2: Cascais (15,31 euros/m2), Oeiras (13,80 euros/m2) e Porto (12,58 euros/m2)”, assinala o relatório do INE publicado esta manhã.

Por outro lado, as rendas baixaram em cadeia no Alentejo Litoral (-7,3%) – a região, onde se encontra a costa vicentina, onde houve também a maior queda homóloga no número de novos contratos de arrendamento – e no Tâmega e Sousa (- 2,8%).

“Em sentido inverso, o maior aumento da renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares registou-se na sub-região Terras de Trás-os-Montes (32,5%). As seguintes sub-regiões apresentaram também acréscimos superiores a 10% no valor das rendas: Algarve (17,8%), Beiras e Serra da Estrela (16,4%), Alentejo Central (16,1%) e Ave (13,6%)”, enumera o INE.

Notícia atualizada às 12h com mais informação

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Portugal é o 10º país da União Europeia com custos de trabalho mais baixos

Bulgária, Roménia e Hungria foram os países da UE com custos de trabalho por hora mais baixos. Em Portugal, os gastos são bem superiores, mas ficam abaixo da média da UE (18,2 vs. 33,5 euros).

As empresas da União Europeia (UE) despenderam, em média, 33,5 euros por cada hora de trabalho realizada no último ano, mostram os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Portugal está abaixo dessa média: com um custo de trabalho de 18,2 euros, está entre os dez países do bloco comunitário onde as empresas menos gastaram por hora de trabalho.

“Em 2024, o custo de trabalho médio por hora para o conjunto da economia foi estimado em 33,5 euros na UE e em 37,3 euros na Zona Euro, valores que correspondem a aumentos face aos 31,9 euros e 35,7 euros registados, respetivamente, em 2023″, informa o gabinete de estatísticas no destaque publicado esta manhã.

Há, no entanto, “fossos significativos” entre os vários países do bloco comunitário. Enquanto na Bulgária (10,6 euros), na Roménia (12,5 euros) e na Hungria (14,1 euros), as empresas despenderam menos de 15 euros por hora de trabalho, no Luxemburgo os empregadores gastaram mais de 55 euros.

Em destaque estão também a Dinamarca e a Bélgica, onde o custo do trabalho por hora foi de 50,1 euros e 48,2 euros, respetivamente, no último ano.

Em comparação, em Portugal, as empresas despenderam 18,2 euros por hora de trabalho realizada em 2024, valor superior aos 17 euros registados no ano anterior. Portugal ficou, assim, abaixo da média comunitária e da área da moeda única, sendo um dos dez países da UE onde as empresas menos gastaram por hora de trabalho.

Os custos do trabalho abrangem tanto os valores que as empresas despendem com salários, como os valores pagos em contribuições sociais, impostos, subsídios e seguros. Apesar dos aumentos dos últimos anos, Portugal continua a comparar mal, em termos salariais, com os demais países da União Europeia, o que explica que os custos do trabalho registados por cá fiquem abaixo da média comunitária e estejam entre os menos expressivos do Velho Continente.

(Notícia atualizada às 11h35)

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Os “loucos anos 20” contados pelos cocktails do Bar Américain, no Porto

Embarcamos numa viagem sensorial a que o palato não fica indiferente com os novos cocktails inspirados na história dos "loucos anos 20", no Bar Américain do 5 estrelas Monumental Palace, no Porto.

Deixamos para trás o frenesim da cidade do Porto quando entrámos no Bar Américain e viajamos no tempo até aos “loucos anos 20” com um modo de vida hedonista e boémio ao ritmo da música Charleston. Era a época dos cabarets, dos speakeasies — bares clandestinos –, e dos contrabandistas que desafiavam a Lei Seca que então vigorava. Toda uma efervescência a vivenciar neste novo mundo que a poucos deixaria indiferente. E que nos conduz a esta história que aqui vamos contar.

Embarcamos nesta viagem em que nada foi deixado ao acaso. E que bem que ficaria se nos tivéssemos aperaltado ao estilo daqueles tempos para condizer com o que a seguir nos seria desvendado no bar do luxuoso cinco estrelas Maison Albar – Le Monumental Palace, na Avenida dos Aliados.

Pontuado com tons dourados, que lhe conferem um toque majestoso e sui generis, o Bar Américain recebe-nos com luz baixa, música ambiente ao ritmo da melodia tocada ao piano. E com um trunfo na manga: uma viagem sensorial a que o palato não fica indiferente com a prova dos novos cocktails pela mestria de Tiago Oliveira, mixologista que com conta na bagagem com vários anos de experiência em bares de referência em Londres. Tiago foi precisamente beber inspiração a essa memorável época dos anos 1920.

Ficamos a ganhar com toda esta imersão no mundo da coqueteleria, com misturas de bebidas e frutos e outros ingredientes que depois harmonizam a seleção de delicacies criadas pelo estrela Michelin Julien Montbabut. Chef executivo do hotel e do restaurante gastronómico Le Monument, Julien Montbabut delicia-nos com a sua sugestão gastronómica de bradar aos céus, inspirada na cozinha francesa com influências contemporâneas.

Tiago Oliveira, ao centro, com a sua equipa

Mas a história não fica por aqui. Todas estas novidades também vão buscar muito do passado deste bar: a descoberta de um bar clandestino, mantido em secretismo no então Café Monumental que emprestou o nome ao hotel. Aconteceu durante as obras desta unidade de cinco estrelas, e agora também serve de inspiração para o conceito do Bar Américain e dos novos cocktails de autor criados por Tiago Oliveira. E o resultado está à vista, ou melhor, à prova.

“A imponência do nosso edifício e a decoração do hotel já nos indicavam o caminho a seguir, mas o facto de ali mesmo já ter existido um speakeasy tinha de ser o mote para dar esta nova vida ao Bar Américain”, começa por explanar Tiago Oliveira.

O convite é no sentido de “desfrutar de um trabalho rigoroso e criativo disponível nesta nova carta, que quer fazer do Bar Américain uma referência no mundo dos cocktails. Desde clássicos reinventados até criações originais que narram histórias, as propostas são variadas. Comecemos pelo “Rum Runner” inspirado precisamente nos rum runners, os contrabandistas que arriscavam tudo para transportar álcool ilegal para os Estados Unidos, desafiando a Lei Seca imposta na ocasião. A degustar é uma combinação de spiced rum caseiro, licor de chocolate, sumo de lima, sumo de ananás e bitters, numa explosão de sabores.

Num tributo à música e dança Charleston, Tiago dá asas à imaginação para criar um cocktail aprimorado com Bourbon aromatizado com coco, vermute de toranja, xarope de lima e espuma de chá de bagas selvagens.

Já o “Flapper” surge inspirado nas flappers, ícones da liberdade feminina nos anos 1920, com o seu estilo de vida irreverente e mais ousado. Combina gin Sipsmith London Dry, sumo de arando, melaço caseiro de romã, sumo de limão, puré de líchia e um toque de alecrim, “resultando num equilíbrio entre doce e ácido que reflete o espírito destas mulheres pioneiras”.

Mas se preferir um cocktail mais tropical, o “Empire” pode ser o ideal com uma infusão de vodca com lima, xarope caseiro de puré de banana, soda e sumo de limão. Também aqui não poderia faltar uma narrativa que desta vez começa em torno do icónico Empire State Building, em Nova Iorque, Estados Unidos, num tributo a este arranha-céus e ao estilo Art Déco.

Bar Américain
Maison Albar – Le Monumental Palace, Avenida dos Aliados nº 151, Porto
Tel.: 22 766 2410

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Redes sociais, influenciadores e IA têm papel na desinformação, defendem especialistas

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Redes sociais, influenciadores digitais e IA pode maximizar a desinformação. Mas, ao mesmo tempo, podem também ter um papel a desempenhar na proteção contra este fenómeno.

Especialistas em verificação de factos e literacia mediática consideram que as redes sociais e os influenciadores digitais desempenham um importante papel na difusão da desinformação, mas também podem ajudar a combatê-la.

Na conferência “Desinformação vs. Liberdade de Expressão” desenvolvida pelo Iberifier, a professora da Universidade de Navarra Charo Sádaba disse que “os influencers devem estar conscientes da responsabilidade que têm em mãos” em matéria de desinformação.

A professora referiu que a facilidade das redes sociais faz com que as pessoas procurem informação através destas plataformas porque “custa menos intelectualmente”, até porque estar informado requer tempo, dinheiro e boas fontes de informação.

O diretor de operações do jornal português de fact-checking Polígrafo, Filipe Pardal, afirmou que, além da facilidade das redes sociais, é necessário ter em conta a “gratificação que os jovens procuram” e que as redes sociais podem dar, nomeadamente através da interação que os influenciadores estabelecem com o público, dizendo que utilizam “uma forma de comunicação eficaz”.

Sergio Hernadez, representante da EFE Verifica, por sua vez defendeu que uma das formas para combater a desinformação nas redes sociais é através de parcerias com os influenciadores digitais. “Pode-se estabelecer parcerias com os influencers. Há ‘influencers’ que podem ser parte da solução para transmitir informação de qualidade para uma geração mais jovem“, disse.

Além disso, o representante da EFE Verifica referiu a literacia mediática como importante para fomentar um pensamento crítico na sociedade, gerando mais resiliência em todos os grupos da sociedade.

Já Filipe Pardal mencionou que além dos projetos nas escolas é também essencial uma formação ao longo da vida, “num ambiente digital que muda a toda a hora, essa formação contínua é cada vez mais importante. A escola é a base de tudo, mas tem de se olhar além da escola”, disse.

À agência Lusa, o diretor do Polígrafo disse também que, numa perspetiva pessoal, “está cada vez mais difícil distinguir o que é jornalismo, o que é notícia, do que são opiniões […]. Obviamente que os canais não estão a difundir desinformação, mas as pessoas são desinformadas porque não têm tempo para perceber que se está a falar opinião e não de jornalismo.”

O professor da Universidade Ramon Llull de Barcelona Jaume Suau Martinez abriu a conferência e destacou que o “objetivo das campanhas de desinformação é atingir a sociedade em geral”, questionando-se sobre o efeito da desinformação.

O professor disse ainda que “não se pode deixar que a liberdade de expressão deixe a porta aberta para a desinformação e intolerância“.

Modelos de linguagem em grande escala podem maximizar desinformação

Na mesma conferência, o professor universitário José Moreno defendeu que os modelos de linguagem de grande escala (LLM) podem maximizar a desinformação, mas também “proporcionam agentes para proteger da desinformação”.

O professor do ISCTE disse que “os LLM’s [como o ChatGPT] proporcionam agentes para fazer desinformação e também proporcionam agentes para proteger da desinformação”, acrescentando ser uma “realidade bastante complexa”.

“A partir do momento em que uma inteligência artificial pode criar, por exemplo, diálogos para fazer comentários, o que está a fazer é manipular o algoritmo para obter uma determinada vontade. Isto vai acontecer mais frequentemente […] e tem de se encontrar maneiras de controlar a existência da inteligência artificial com muitos e muitos dispositivos”, disse.

Por sua vez, a investigadora do LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas) Joana Sá referiu que “a única hipótese para resolver os problemas dos algoritmos são as políticas públicas e regulação que devem proteger a população e garantir uma melhor qualidade dos serviços”, pois as plataformas não dizem o que são os algoritmos nem como funcionam.

Para a investigadora perceber a forma como os algoritmos funcionam não é difícil, até porque “a partir do momento em que se percebe a forma como os algoritmos funcionam é muito fácil de os manipular”, mencionando a política enquanto área onde está manipulação é propícia.

Carolina Moreno, professora universitária, salientou a necessidade de “recuperar o espaço público”, contaminado com desinformação.

Segundo a professora “as instituições devem trabalhar para alcançar uma melhor qualidade de informação. E as ferramentas de IA têm de servir a qualidade jornalística, não para empobrecê-la“, disse.

Já a especialista em inteligência artificial Maria José Rementeria (BSC – Barcelona Supercomputing center) salientou a relevância dos modelos de linguagem, dizendo que “todos os países estão a desenvolver uma plataforma”, pois é necessário saber como estas tecnologias são treinadas e a única forma de o saber é criando uma ferramenta.

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