TdC chumba recurso da Câmara de Idanha-a-Nova para criação de cartão de seguro de saúde

  • Lusa e ECO Seguros
  • 16 Setembro 2025

A recusa do visto ao contrato deveu-se apenas à não aprovação do mesmo pela Assembleia Municipal. O presidente da autarquia diz que vai avançar com novo concurso até ao final deste mês.

O Tribunal de Contas (TdC) julgou improcedente o recurso da Câmara de Idanha-a-Nova sobre a recusa do visto ao contrato para a criação de um cartão de saúde, porque a aprovação não passou pela assembleia municipal.

No acórdão do TdC a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira, o tribunal decidiu julgar improcedente o recurso do município de Idanha-a-Nova, “confirmando-se – embora com fundamentação parcialmente distinta – a decisão da recusa de visto proferida no acórdão recorrido”.

Contudo, neste acórdão, o TdC é taxativo ao admitir que “as autarquias locais participam na efetivação do direito à proteção da saúde, nas suas vertentes individual e coletiva, nos termos da lei”.

Adianta ainda que constituem atribuições do município a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações, em articulação com as freguesias” e, de entre as respetivas competências, “encontra-se a saúde”.

Ora, segundo o TdC é a assembleia municipal que tem competência para deliberar sobre todas as matérias que visem a realização do direito à saúde. Mas só este órgão. À câmara municipal não cabem estas competências”.

O TdC reconheceu que a resposta para a criação do Cartão Raiano de Saúde constitui um serviço de interesse público, absolutamente essencial para a população, sobretudo num contexto em que o Serviço Nacional de Saúde, pelas fragilidades conhecidas, não consegue garantir todas as necessidades.

Quer isto dizer que a recusa do visto ao contrato celebrado entre a Câmara de Idanha-a-Nova e a empresa RNA Seguros, S.A. para a criação do Cartão Raiano de Saúde, em maio, deveu-se apenas à não aprovação do mesmo pela Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova, órgão que tem competência para tal.

Em maio, o TdC tinha recusado o visto ao contrato celebrado entre a Câmara de Idanha-a-Nova e a empresa RNA Seguros, S.A. para a criação do Cartão Raiano de Saúde.

No acórdão, o tribunal informava que tinha decidido “recusar o visto ao contrato objeto de fiscalização prévia (…) ao contrato de aquisição de serviços de seguro para Cartão Raiano de Saúde 0 – 114, outorgado em 31 de outubro de 2024 com RNA Seguros, S.A, pelo valor de 769,012.00 euros acrescido do IVA legalmente aplicável, com um prazo de execução de 730 dias, após assinatura”.

A autarquia, não concordando com o TdC, apresentou a sua defesa, com um recurso e ficou a aguardar a decisão final do tribunal, reforçando “a necessidade de que territórios como Idanha, de muito baixa densidade e extensos, tenham acesso a serviços de saúde de proximidade, para todos os cidadãos, nomeadamente os que não têm subsistemas de saúde como a ADSE e outros”.

À agência Lusa, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, disse esta terça-feira que a autarquia vai já avançar com um novo concurso público para a aquisição de serviços de seguro para Cartão Raiano de Saúde e, até ao final deste mês, será apresentado à Assembleia Municipal para votação.

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova que a autarquia vai já avançar com um novo concurso público para a aquisição de serviços de seguro para Cartão Raiano de Saúde e, até ao final deste mês.

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Data center de sete mil milhões em Abrantes abre em 2028 e tem capital estrangeiro, diz investidor

Projeto de 7 mil milhões de euros, quase o valor previsto pela Start Campus para Sines, vai desenvolver-se em três fases e conta com outros parceiros além da EDC One, disse o gestor José Moura ao ECO.

O centro de dados que está a ser planeado para Abrantes vai desenvolver-se em três fases e entrar em funcionamento no segundo trimestre de 2028, avançou ao ECO o sócio da empresa por detrás do projeto, a EDC One, que afirma que o investimento irá totalizar sete mil milhões de euros.

José Meneses da Silva Moura diz que, além do investimento da sociedade que lidera, tem mais parceiros nacionais e estrangeiros: “Contamos com parceiros internacionais, nacionais e locais que divulgaremos logo que seja oportuno”, diz o empresário da Maia, deixando a pista de que se trata de empresas ligadas aos setores de data centers, construção e energia mais de 20 anos de experiência tanto nos mercados europeus como no norte-americano.

A primeira fase deste investimento – que ganhou mediatismo por representar quase o mesmo valor que a Start Campus está a aplicar em Sines (8,5 mil milhões de euros) – terá 300 MW (megawatts) e conta com uma operação em brownfield (terrenos industriais que foram abandonados), que sofrerá uma readaptação de edificados de larga escala existentes no local para receber um dos edifícios, explica José Moura. Em causa estão os antigos terrenos da antiga RPP Solar, segundo a imprensa regional.

O plano é expandir a capacidade de 300 MW para 800 MW no final da terceira fase. O investidor, que também lidera a Diverstock Investments, confirma que a EDC One é uma sociedade veículo criada para este projeto em concreto, mas vai mais longe e detalha que o termo “EDC One” indica que é o primeiro investimento “de outros que esperamos se seguirão”, nomeadamente EDC Two e EDC Three.

Isso explicará o facto de o valor por MW ser significativamente diferente da média do mercado. Ou seja, os cálculos do ECO mostram que o valor do MW para todas as fases (800 MW) totalizaria cerca de 8,7 milhões de euros cada, sendo que o custo estimado por MW (de 1 GW de fornecimento de data center) na Europa está nos 12 milhões de euros, segundo a CBRE.

Questionado sobre se a EDC One apresentou a candidatura formal a PIN – Potencial Interesse Nacional, José Moura negou e esclareceu que apenas tem a aprovação de PIM – Projeto de interesse Municipal. “No entanto, o projeto tem tido o devido acompanhamento das entidades responsáveis por suportar o onboarding de investimento internacional no nosso país”, garante.

Informação que vai ao encontro daquela que foi transmitida pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) ao Jornal de Negócios: “A empresa EDC ONE Lda. não tem presentemente qualquer candidatura PIN, nem em apreciação, nem em acompanhamento”.

Este projeto de data center em Abrantes veio a público através do jornal Médio Tejo e da rádio local Antena Livre, que noticiaram a aprovação, em reunião da Câmara Municipal de Abrantes realizada a 2 de setembro, a atribuição de isenções fiscais (IMI, IMT e derrama) no valor global de 16,2 milhões de euros à empresa EDC One, no âmbito de uma candidatura a PIM.

Em declarações ao ECO, o empresário disse ainda que cumpre todos os critérios de elegibilidade e viabilidade para colocar o centro de dados naquele local, até porque está a trabalhar neste desenvolvimento há quase três anos. “As nossas equipas estão presentemente na fase de masterplanning detalhado que será por sua vez submetido para apreciação do Município de Abrantes. Os licenciamentos que faltam são aqueles decorrentes do projeto propriamente dito que ainda não foi submetido a aprovação”, acrescenta.

Em relação à escolha de Abrantes, argumenta com o crescimento do mercado tecnológico e a Zona Livre Tecnológica. “A forte procura por capacidade de computação e armazenamento de dados existente a nível global. Abrantes e especificamente o Pego reúnem condições infraestruturais e territoriais de excelência para alicerçar este sector. Além disso, a designação da Zona Livre Tecnológica de Abrantes também permitiu consolidar a decisão de se acomodar o projeto na região”, justifica.

A EDC One, criada há pouco mais de um ano, tem capitais próprios em torno dos 4.400 euros e dedica-se à compra e venda de bens imobiliários. Com sede na Maia (Área Metropolitana do Porto) e sem registo de trabalhadores ou geração de receitas, este verão procedeu à alteração da razão social da antiga PGAI – Participação e Gestão de Ativos Imobiliários, Lda., de acordo com a informação consultada pelo ECO.

O ECO também contactou a Câmara Municipal de Abrantes e o Ministério das Infraestruturas no início da semana passada, mas até ao momento da publicação deste artigo não obteve respostas.

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Incidentes de cibersegurança registados em 2024 sobem 36%

  • Lusa
  • 16 Setembro 2025

Cerca de 78% dos incidentes registados ocorreram em entidades privadas, valor próximo do observado em 2023.

O número de incidentes de cibersegurança registados pelo CERT.PT aumentou 36% em 2024 para 2.758, refere o Relatório de Cibersegurança Riscos & Conflitos do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) publicado esta terça-feira.

De acordo com o documento, “verificou-se, em 2024, um aumento no número de incidentes registados pela Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática Nacional (CERT.PT) no ciberespaço de interesse nacional, num ano caracterizado por vários incidentes de grande impacto”.

Entre estes constam “ransomware, indisponibilidades, tanto causadas por interrupções por falha crítica como por ataques de negação de serviços distribuída (DDoS), assim como grandes leaks [roubos] de credenciais de entidades da Administração Pública, de operadores de serviços essenciais e prestadores de serviços digitais, por vezes associados à crescente ameaça dos ‘infostealers’ [acesso ilegal a informação] e ao ecossistema de compra e venda de credenciais a esta associado”.

Como em anos anteriores, “o CERT.PT registou mais incidentes no quarto trimestre de 2024”. Cerca de 78% dos incidentes registados ocorreram em entidades privadas, valor próximo do observado em 2023, sendo que no ano passado registaram-se “aumentos no número de incidentes nos setores e áreas governativas da energia, na Administração Pública local e regional”.

Em sentido inverso, “o setor bancário passa do 3.º setor com mais incidentes registados em 2023 para a 9.ª posição em 2024, tendo-se verificado uma descida no número de incidentes na ordem dos 69%”. O phishing/smishing foi novamente o tipo de incidente mais registado, “tendo-se verificado um aumento no número de incidentes na ordem dos 13%”.

A engenharia social foi a tipologia que registou o maior aumento no número de incidentes, segundo dados do CERT.PT, passando a ser a 2.ª tipologia mais frequente. A tentativa de login foi a tipologia que teve maior diminuição em 2024, na ordem dos 42%.

As marcas mais simuladas em ataques de phishing/smishing são do setor da banca, “tendo-se observado um aumento de 33%, seguidas de marcas relacionadas com entidades do setor dos transportes e logística e a plataformas de email, embora ambas tenham decrescido relativamente a 2023”.

Os subtipos de engenharia social mais frequentes “foram o vishing [em que usam chamadas telefónicas ou de voz] (18,31% do total), a ‘CEO Fraud’ (17,89%), seguindo-se as técnicas de falso recrutamento (11,6% do total) e burlas ‘Olá, Pai… Olá, Mãe’ (8,7%)”. Apesar do elevado impacto no ciberespaço de interesse nacional, “verificou-se uma queda de 35% no número de incidentes relacionados com ransomware“.

No ano passado, 45 incidentes estiveram associados “à exploração de 36 vulnerabilidades, sendo a severidade média das mesmas considerada alta”. Destaque para o facto do número de notificações de violação de dados pessoais ter caído 19%, com o registo de 331 notificações no ano de 2024.

No ano passado registou-se “uma diminuição tanto no número de crimes informáticos (diminuição de 1%) assim como nos chamados ‘crimes relacionados com a informática’ (diminuição de 6%) registados pelas autoridades policiais (DGPJ)”, segundo o relatório. Os distritos com a taxa de criminalidade relacionada com informática (normalizada pela população) mais elevada foram Portalegre, Setúbal, Faro e Lisboa.

As principais tendências para o futuro próximo, segundo uma análise dos contributos dos parceiros, são aumento nos ataques direcionados para infraestruturas da computação em nuvem e fornecedores, exploração de vulnerabilidades fruto do aumento da superfície de ataque, a ameaça dos infostealers e a comercialização de credenciais e o seu uso para fins maliciosos, crescimento no uso ofensivo de ferramentas de IA generativa, eventuais novas valorizações de criptomoedas que potenciam ações maliciosas e alterações nas plataformas digitais fomentarem a desinformação”, segundo o documento.

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André Ventura é candidato do Chega a Belém

A decisão será comunicada às 17h, depois de consultado o conselho nacional. É a segunda vez que o líder do Chega se candidata às presidenciais, depois de ter ficado em terceiro lugar em 2021.

O presidente do Chega, André Ventura, vai candidatar-se à Presidência da República, revelou ao Observador. “O espaço de luta contra a corrupção e contra a imigração descontrolada não podia ficar sem candidato”, afirmou ao jornal online. A decisão é comunicada esta terça-feira às 17h, na sede do Chega, em Lisboa, segundo fonte oficial do partido ao ECO.

É a segunda vez que o presidente do Chega será candidato a Belém, depois de ter ficado em terceiro lugar em 2021. Desta vez, entra na corrida como líder da oposição e com o objetivo de disputar uma possível segunda volta.

Na passada sexta-feira, Ventura disse ao Conselho Nacional do partido que não queria entrar na corrida a Belém, mas que seria candidato, caso os conselheiros assim o entendessem: “Se quiserem e entenderem que devo ir, aqui estarei. Se entenderem que não devo ir, aqui estarei. E se entenderem que outro ou outra deve ir, aqui estarei”.

O presidente do Chega também assumiu que o partido não pode “fugir” do sufrágio presidencial e que o objetivo deve ser o de ter um candidato que consiga disputar uma hipotética segunda volta. “O que importa é a causa, mas a causa precisa de força. Eu acho que o meu vizinho do segundo andar é um bom candidato, mas não devemos dar aos portugueses candidaturas vazias, sem significado e sem impacto”, sublinhou na sexta-feira.

Esta será a segunda vez que André Ventura é candidato a Belém, depois de, em 2021, ter ficado em terceiro lugar, com 11,90% (496.773 votos), atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e de Ana Gomes. Desta vez, Ventura parte para as presidenciais numa posição mais forte: é o primeiro líder da oposição a concorrer às eleições para chefe de Estado, após fazer do Chega o segundo partido com maior representação parlamentar com 22,76% e 1.437.881 votos.

Na passada sexta-feira, o barómetro da Aximage para o Diário de Notícias colocou pela primeira vez o Chega em primeiro lugar, com 26,8%, nas intenções de votos para umas eventuais legislativas, à frente de Luís Montenegro, que ficou em segundo, e de José Luís Carneiro, em terceiro.

Neste momento, estão na corrida a Belém Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes (PSD), António José Seguro (PS), João Cotrim Figueiredo (IL), António Filipe (PCP) e Catarina Martins (BE).

Joana Amaral Dias (ADN) e André Pestana, do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (STOP) são outros dos candidatos, nas eleições que deverão realizar-se a 18 de janeiro.

(Notícia atualizada às 15h38)

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“Orçamento do Estado tem sido sacrificado com o PRR”, diz Hélder Reis

No final da semana passada foi autorizado o pagamento de mais 39 milhões de euros em devolução do IVA às entidades beneficiárias do PRR.

“O Orçamento do Estado tem sido sacrificado sucessivamente com o Plano de Recuperação e Resiliência.” O desabafo foi do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, esta terça-feira na Comissão de Economia.

“Já o foi no tempo do PS, quando teve de alavancar a habitação social em 400 milhões de euros. Já foi connosco em mais 390 milhões. Já foi nas escolas, onde fomos buscar 180 milhões, porque o PRR foi uma projeção de investimento a realizar”, explicou o responsável.

“Mas a maior parte destes investimentos, por força da inflação e, pior ainda, porque a avaliação e os preços que ocorreram dentro da construção foram muito acima do que que foi a taxa de inflação média. Isto significou que muitas vezes os recursos não foram suficientes e o custo adicional foi partilhado pelos vários subsetores das Administrações Públicas: regiões autónomas, municípios, Segurança Social, Administração Central”, detalhou.

Esse tem sido um custo do PRR em termos de recursos financeiros que temos de alocar“, sublinhou. O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional alertou ainda que é fundamental “não confundir” que “o empréstimo do Banco Europeu de Investimento vai resolver todos os problemas”.

“É um empréstimo, como os do PRR. Quando cá chegam são dívida pública, impacto negativo no saldo orçamental”, recordou, frisando que “alguém vai ter de o pagar no futuro”.

Hélder Reis revelou ainda que, no final da semana passada, foi autorizado o pagamento de mais 39 milhões de euros em devolução do IVA. O secretário de Estado reconheceu que “o mecanismo por trás do ressarcir as entidades do IVA, dado que o PRR não paga IVA, tem alguma morosidade, porque é preciso verificar toda a informação” e por isso é difícil ter as contas em dia.

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Bruxelas avança com choque fiscal para libertar poupanças das famílias

A Comissão Europeia avançará nos próximos dias com um pacote de medidas fiscais (e não só) para libertar poupanças dos depósitos e incentivar milhões de cidadãos a investir as poupanças nos mercados.

A Comissão Europeia está prestes a apresentar um plano que promete revolucionar como os europeus poupam e investem o seu dinheiro. Ainda este mês, Bruxelas irá revelar um conjunto de medidas fiscais destinadas a reduzir a carga tributárias sobre aforradores e principalmente sobre os investidores, no âmbito da ambiciosa iniciativa União da Poupança e dos Investimentos, segundo informações recolhidas esta terça-feira pela Bloomberg junto de fontes próximas do processo.

As propostas incluem deduções fiscais para abertura de contas de poupança e investimento, isenções sobre rendimentos de investimentos e um sistema de diferimento que permitirá aos cidadãos serem tributados apenas quando levantarem fundos das contas. O objetivo é claro: libertar os 10 biliões de euros que estão atualmente “presos” em depósitos bancários de baixa remuneração em toda a União Europeia.

Para este ambicioso projeto, Bruxelas olha para a Suécia como o exemplo a seguir. O modelo nórdico, assente no sistema InvesteringsSparKonto (ISK), transformou o investimento em ações numa espécie de “desporto nacional”. Os agregados familiares suecos investem mais de metade das suas poupanças em ações, mais do dobro da média da Zona Euro.

Atualmente, são muito poucos os cidadãos europeus que obtêm um rendimento decente das suas poupanças, pelo menos de uma forma simples e eficaz em termos de custos.

Maria Luís Albuquerque

Comissária europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos

A conta ISK, introduzida em 2012, não está sujeita a impostos sobre mais-valias e permite comprar e vender títulos diretamente por aplicações bancárias móveis. Atualmente, de uma população de cerca de 10,6 milhões de pessoas, quase quatro milhões de suecos têm uma conta ISK.

A iniciativa de Bruxelas faz parte da estratégia mais ampla da União da Poupança e dos Investimentos, uma pasta confiada à comissária portuguesa Maria Luís Albuquerque. O projeto visa combinar a União dos Mercados de Capitais e a União Bancária, criando um ecossistema de financiamento que beneficie os investimentos nos objetivos estratégicos da União Europeia.

“Atualmente, são muito poucos os cidadãos europeus que obtêm um rendimento decente das suas poupanças, pelo menos de uma forma simples e eficaz em termos de custos”, declarou a comissária aos jornalistas em Bruxelas, em março, no seguimento da apresentação das linhas gerais da estratégia para a União da Poupanças e dos Investimentos

Obstáculos e oportunidades

O sucesso da proposta dependerá da “vontade política” dos Estados-membros, especialmente porque as questões fiscais permanecem sob jurisdição nacional. A Comissão Europeia só pode oferecer um guia sobre como construir uma conta de poupança e investimento à escala da União Europeia, cabendo aos países implementá-la.

De acordo com um estudo promovido pelo think thank New Financial com a colaboração da gestora Fidelity, publicado em maio, a adoção de contas semelhantes às ISK suecas em toda a União Europeia poderia atrair entre 1,5 biliões e 4,8 biliões de euros em investimentos na próxima década. As recomendações dos especialistas incluem simplicidade na abertura e gestão das contas, incentivos fiscais atrativos, limites elevados de depósito e ausência de restrições de levantamento.

Como alertou a comissária Maria Luís Albuquerque em maio, no decorrer da conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “o investimento em bolsa tem risco de perda, mas os depósitos têm tido certeza de perda”. A proposta de setembro pode ser o primeiro passo para mudar esta realidade, oferecendo aos europeus ferramentas para que as suas poupanças trabalhem verdadeiramente a seu favor.

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200 líderes rumam ao Porto para discutir empregos de qualidade

Fórum Social do Porto acontece a 18 e 19 de setembro e é organizado pelo Governo português, com o apoio da Comissão Europeia.

Mais de duas centenas de líderes internacionais — incluindo o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e a vice-presidente da Comissão Europeia, Roxana Mînzatu — rumam esta semana à Invicta para discutir os empregos de qualidade, no âmbito do Fórum Social do Porto.

“Num momento em que a Europa tem um notório crescimento do emprego, o Fórum Social do Porto, organizado pelo Governo português com apoio a Comissão Europeia, pretende focar o debate na criação de empregos de qualidade, ou seja, empregos bem pagos, com conciliação entre vida profissional e familiar, boas condições no local de trabalho e proteção social adequada”, sublinha o Ministério do Trabalho, numa nota divulgada esta terça-feira.

“A natureza transfronteiriça dos desafios do mercado laboral europeu justifica a realização deste fórum. Pretende-se construir uma Europa em que a competitividade reforce a proteção social“, acrescenta a tutela, em comunicado.

Com lugar no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, o Fórum Social do Porto acontecerá nos dias 18 e 19 de setembro e reunirá mais de 200 líderes internacionais, incluindo, além dos já mencionados, representantes dos Estados-membros da União Europeia, países candidatos, países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e dos países de língua oficial portuguesa (CPLP).

Têm presença confirmada também representantes de alto nível das instituições europeias, parceiros sociais, organizações da sociedade civil e outras entidades internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho, adianta o Ministério do Trabalho.

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Das gigafábricas ao Mercosul, economia europeia “já está a responder” às medidas de Draghi

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Setembro 2025

Comissão Europeia diz que já adotou 47 medidas do relatório elaborado pelo ex-presidente do BCE, mas Draghi critica a “lentidão” e a “inércia” do bloco europeu no que respeita à competitividade.

Numa altura em que se assinala um ano desde a divulgação do relatório sobre a competitividade económica da União Europeia (UE), elaborado por Mario Draghi, a Comissão Europeia dá conta de que, desde janeiro, já foram adotadas 47 medidas propostas no documento, das quais 33 iniciativas principais e 14 iniciativas legislativas.

Entre os “resultados tangíveis” mencionados pelo Executivo comunitário num relatório divulgado esta terça-feira incluem-se 200 mil milhões de euros de investimento em inteligência artificial (IA), sendo que 20 mil milhões destinaram-se às gigafábricas (cujo lançamento do concurso está previsto para o final do ano); 150 mil milhões de euros no âmbito do SAFE, o instrumento para Segurança e Defesa; e mais de 100 mil milhões de euros para a produção de tecnologias limpas e a descarbonização industrial.

Adicionalmente, são também referidos os 70 mil milhões de euros, através do TechEU, para empresas inovadoras; os 500 milhões de euros para atrair os melhores cientistas mundiais através do Choose Europe; e ainda a assinatura dos acordos comerciais com o Mercosul e o México, estando próximos de concluir os acordos com a Índia e a Indonésia.

Quanto aos projetos transfronteiriços já em curso, a Comissão Europeia destaca “o lançamento das primeiras cinco gigafábricas de IA”, “a implantação de uma infraestrutura de carregamento de camiões em 11 Estados-membros para descarbonizar o transporte de mercadorias” e “o desenvolvimento de interligações estratégicas para expandir a eletricidade limpa e barata e garantir um abastecimento estável”.

Há cerca de um ano, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o antigo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, apresentavam o relatório final sobre o futuro da competitividade da UE, em Bruxelas.EPA/OLIVIER HOSLET

O Executivo comunitário diz ainda que a economia da UE já está a responder a estes investimentos, nomeadamente com um crescimento do PIB da UE de 1,1% este ano e de 0,9% na Zona Euro, prevendo aumentos de 1,5% e 1,4%, respetivamente, em 2026. No campo do emprego, foram criados 732 mil postos de trabalho, enquanto o desemprego no bloco está nos 6,2%.

A produtividade, por sua vez, cresceu 0,4% no último trimestre de 2024, e os empréstimos e obrigações internacionais aumentaram 40%, para quase 900 mil milhões de dólares, o que equivale ao valor mais alto desde 2007-2009, período marcado pelo espoletar da crise do euro.

“Com mais de metade das iniciativas já concretizadas e mais de um bilião de euros mobilizados em inovação, tecnologias limpas e segurança, a Comissão Europeia está a garantir que a UE se mantém competitiva, sustentável e resiliente — e no bom caminho para atingir a sua meta de adoção de 75 % até ao final de 2025“, refere a instituição no documento publicado esta terça-feira.

Numa conferência em Bruxelas, esta terça-feira, sobre a implementação das recomendações do relatório Draghi, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se com uma “mentalidade de urgência” até que as propostas do documento sejam tornadas realidade.

“A minha nova Comissão tomou posse há nove meses e a primeira iniciativa do novo mandato foi a nossa Bússola para a Competitividade, que traduz o relatório [Draghi] em políticas práticas. Depois, esforçámo-nos por correr na sua implementação. (…) Esta é a mentalidade de urgência que prometemos e manteremos implacavelmente o rumo até que tudo isso seja feito“, afirmou.

Von der Leyen reconhece, contudo, que a UE deve concentrar-se “no impacto real no terreno”. “A competitividade tem a ver com empregos. Trata-se de bons salários para as pessoas e bons lucros para as empresas. É sobre o nosso modo de vida”, acrescentou.

A líder do Executivo comunitário defendeu também a remoção de obstáculos para aproveitar o potencial de atividades como startups de IA ou do lítio em Portugal e do corredor do Lobito em Angola.

Draghi critica lentidão da UE

Não obstante, apesar dos dados revelados esta terça-feira pelo Executivo comunitário, Draghi criticou a lentidão e a inércia do bloco no que respeita à competitividade, apelando a uma nova dinâmica para que sejam obtidos resultados “em meses, não em anos”.

As empresas e os cidadãos […] manifestam uma frustração crescente, estão desiludidos com a lentidão com que a UE atua”, apontou o ex-primeiro-ministro italiano e antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), intervindo na mesma conferência.

Draghi defende que a opção por uma nova via de competitividade significa que os Estados-membros devem “atuar em conjunto e não fragmentar os esforços” e “concentrar os recursos onde o impacto é maior”.

Antes de ser apresentado o relatório da Comissão Europeia, dados divulgados pela organização europeia de lóbi Conselho Europeu para a Inovação Política (EPIC, na sigla em inglês) revelavam que, do total de 383 recomendações apresentadas no relatório Draghi, apenas 11,2% (43 medidas) foram totalmente cumpridas.

Contando com os progressos parciais, o EPIC estima que a UE já tenha implementado 31,4% (77 medidas) das iniciativas defendidas por Mario Draghi, estando o resto em curso (46%, 176 medidas) ou por aplicar (22,7%, 87 medidas).

Esta organização fala em “disparidades setoriais marcantes”, especificando que os transportes e as matérias-primas críticas estão à frente, impulsionados pela segurança da cadeia de abastecimento e pela transição para veículos elétricos, enquanto as áreas da energia e da digitalização estão atrasadas devido às diferentes sensibilidades políticas na UE, à regulamentação complexa e à propriedade fragmentada.

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Operação Pivot. PJ deteve 64 suspeitos de grupo organizado sueco por ‘phishing’

  • Lusa
  • 16 Setembro 2025

A Polícia Judiciária (PJ) deteve 64 suspeitos de pertencerem a um grupo transnacional organizado que terá conseguido ganhos de cerca de 14 milhões de euros através da prática de 'phishing'.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve 64 suspeitos de pertencerem a um grupo transnacional organizado que terá conseguido ganhos de cerca de 14 milhões de euros através da prática de ‘phishing’.

Em comunicado, a PJ explicou que foram feitas 73 buscas domiciliárias em várias zonas do país, no âmbito da Operação ‘Pivot’ e que em causa estão crimes informáticos, de burla qualificada e de branqueamento de capitais.

Este esquema “consistia na angariação de vítimas, todas de nacionalidade sueca, na generalidade com idades superiores a 65 anos”, adiantou esta polícia, acrescentando que os suspeitos convenciam as vítimas a fornecer os respetivos códigos de acesso às contas bancárias – método conhecido como ‘phishing’.

Numa fase seguinte, eram feitas transferências para contas sediadas em Portugal e noutros países e, posteriormente, esses valores eram retirados dessas contas.

O grupo criminoso é composto por um núcleo principal e, segundo a Polícia Judiciária, todos os elementos deste grupo central são de nacionalidade sueca e viviam e atuavam em Portugal.

Além das burlas informáticas, estes elementos “angariaram largas dezenas de ‘money mules’, que abriam ou cediam as suas contas bancárias para ocultar e dissipar os montantes ilicitamente obtidos, contribuindo, assim, para o branqueamento de capitais”.

Durante as buscas feitas hoje, a Polícia Judiciária apreendeu documentação e material informático “que corroboram os indícios de crime praticados” e conseguiu ainda apreender carros de alta cilindrada, jóias e relógios valiosos.

Esta foi uma investigação conjunta, entre a PJ e a polícia sueca, e contou também com a colaboração da Europol e Eurojust, que acompanharam as buscas feitas em Portugal. “Por sua vez, as autoridades suecas também realizaram diligências naquele país”, acrescentou a PJ em comunicado.

Os 64 detidos serão presentes a juiz para primeiro interrogatório e determinação das respectivas medidas de coação.

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Telles nomeia quatro novos sócios

Guilherme Seabra Galante, José Pedroso de Melo, Nuno Marques e Pedro Matias Pereira integram o colégio de sócios da Telles, passando a firma a contar com 27 sócios.

A Telles acaba de anunciar a nomeação de quatro novos sócios: Guilherme Seabra Galante, José Pedroso de Melo, Nuno Marques e Pedro Matias Pereira integram o colégio de sócios da TELLES, passando a firma a contar com 27 sócios, num universo de 150 advogados.

Os novos sócios integram áreas-chave como Corporate, Transacional e Private Equity, Fiscal, Público e Urbanismo, consolidando a aposta da Telles no desenvolvimento de novas competências, de abordagens diferenciadoras e na capacidade de resposta às necessidades de clientes nacionais e internacionais em setores estratégicos da economia.

Guilherme Seabra Galante e Nuno Marques passam a sócios da área de Corporate, Transacional e Private Equity. Com 15 anos de experiência profissional, Guilherme Seabra Galante é reconhecido a nível nacional e internacional pelo seu know-how em privatizações, reorganizações empresariais, private equity e contratos comerciais. O seu percurso é ainda pautado pela assessoria jurídica regular a sociedades cotadas e grupos de grande dimensão, em especial nos setores do turismo e do transporte.

Com cerca de 19 anos de experiência profissional, Nuno Marques desenvolveu a sua especialização em privatizações, reorganizações empresariais, private equity e contratos comerciais. Tem estado envolvido nas mais relevantes e complexas operações nacionais e cross-border em vários setores de indústria, nomeadamente energia, infraestruturas e transportes.

José Pedroso de Melo passa a sócio da área de Fiscal. Com 29 anos de experiência profissional, é advogado Especialista em Direito Fiscal, título conferido pela Ordem dos Advogados Portugueses. Tem uma vasta experiência em contencioso tributário e assessoria jurídico-fiscal a grandes grupos empresariais portugueses e multinacionais, designadamente nos setores da banca, seguros, imobiliário e em operações de reestruturação empresarial.

Pedro Matias Pereira passa a sócio da área de Público e Urbanismo. Com 18 anos de experiência profissional, Pedro Matias Pereira dedica-se à formação e execução de contratos públicos, ao contencioso e arbitragem administrativos, em diversos setores de atividade, assessorando entidades públicas e privadas. Mantém uma carreira académica reconhecida, sendo Professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, lecionando também em outras instituições no âmbito de cursos especializados, e está em fase de conclusão do doutoramento em Direito Público. É autor de uma monografia e vários artigos científicos.

“Estas nomeações refletem o compromisso contínuo da Telles com o desenvolvimento e valorização do talento que formamos. Um talento jovem, altamente qualificado e especializado, preparado para contribuir ativamente para a evolução do setor jurídico. Mais do que um reconhecimento individual, são o reflexo de uma estratégia consistente de fortalecimento das nossas equipas, capazes de responder com rigor, inovação e visão aos desafios de setores e mercados cada vez mais dinâmicos, exigentes e orientados pela transformação tecnológica”, afirma Francisco Espregueira Mendes, managing partner da Telles.

Estas nomeações reforçam “a estratégia de crescimento sustentado da Telles e representam o reconhecimento do mérito, da especialização e da capacidade de liderança dos seus advogados. São também reflexo de uma aposta contínua no talento interno e na construção de uma advocacia de excelência, que posiciona a Telles como um parceiro estratégico e de confiança, plenamente alinhado com os desafios e objetivos dos seus clientes”, segundo comunicado do escritório.

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Ricardo Arroja afastado da AICEP por falta de “disponibilidade, presença física e proximidade às empresas”

Era necessário "encontrar uma solução com maior disponibilidade e presença física" para a presidência da AICEP, justificou o ministro da Economia, questionando a "capacidade de adaptação ao lugar".

O ministro da Economia e da Coesão explicou no Parlamento que a decisão de afastar Ricardo Arroja da presidência da AICEP se deveu à necessidade de encontrar alguém com “disponibilidade e presença física”. Castro Almeida garante que em momento algum pôs em causa as capacidades intelectuais ou técnicas”, mas antes “a sua capacidade de adaptação ao lugar”.

O lugar de presidente da AICEP “exige grande disponibilidade, grande presença física e proximidade às empresas”, sublinhou Castro Almeida, explicando que a escolha de Madalena Oliveira e Silva, uma “solução da casa”, foi uma “opção para criar condições e aceleração do ritmo de trabalho da agência”.

Recusando usar a expressão de que despediu o ex-presidente da AICEP por este faltar ao trabalho ou de revelar se Ricardo Arroja lhe pediu para executar as suas funções em teletrabalho, Castro Almeida manteve-se sempre fiel à expressão de que “o cargo exigia grande disponibilidade e presença física e, por isso, era necessário encontrar uma solução com maior disponibilidade e presença física”. “Se quisesse usar outra expressão teria usado”, disse.

“O que estava em causa era a sua concreta adaptação ao lugar de presidente da AICEP, que é um lugar que exige uma grande disponibilidade, uma grande presença física, proximidade às empresas, em Portugal e no estrangeiro, e capacidade para incentivar e mobilizar as equipas que tinha sob o seu comando“, disse Castro Almeida.

“Fui tão claro quanto devia nas razões que levaram à mudança do presidente da AICEP”, frisou Castro Almeida, reiterando que “não houve qualquer motivação político/partidária, até porque foi escolhida uma pessoa da casa” – Madalena Oliveira e Silva.

Em abono da sua independência, Castro Almeida recordou que tem na sua dependência dois serviços públicos que têm na sua direção pessoas que foram membros do Governo socialista. “Mantive-as em funções não por mera continuidade. Foi decisão de as manter em funções e estou muito satisfeito porque o meu critério é o da lealdade ao programa do Governo e não ao ministro”, sublinhou, numa referência a Cláudia Joaquim, a presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, que foi secretária de Estado do Orçamento e antes secretária de Estado da Segurança Social em governos socialistas de António Costa.

Confrontando com as associações feitas várias vezes entre o nome de Madalena Oliveira e Silva e a Operação Maestro, o ministro da Economia e Coesão explicou que a nova presidente da AICEP teve a seu cargo a área de atribuição de incentivos e não a de verificação dos mesmos, áreas que estão segregadas dentro da agência. A auditoria encomendada no âmbito da Operação Maestro — que tem como principal arguido Manuel Serrão que terá utilizado indevidamente 41 milhões de euros em fundos europeus — revelou que havia “irregularidades ma aplicação do incentivo”, ou seja, no processo de verificação. “Por isso tenho toda a confiança técnica e no profissionalismo da nova presidente da AICEP“, garantiu Castro Almeida.

O Partido Socialista sublinhou que em momento algum achou que o afastamento de Ricardo Arroja teve motivações políticas, mas reiterou que o despedimento de Filipe Santos Costa, o anterior presidente da AICEP, esse sim foi motivado por razões políticas, até porque os resultados eram visíveis.

Na audição do ministro, foi-lhe ainda questionado o facto de o erário público ter sido chamado a pagar uma indemnização a Ricardo Arroja. Mas Castro Almeida sublinhou que essa nunca seria uma razão para não afastar um gestou público.

(Notícia atualizada com mais informações)

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SRS Legal assessora a C2 Capital Partners num investimento na Brainr

A equipa da SRS Legal foi liderada pelo sócio Gustavo Ordonhas Oliveira e contou com os associados Miguel Pereira Bonifácio, Solange Fernandes e Joana Ferreira Gonçalves.

A SRS Legal assessorou a C2 Capital Partners num investimento na Brainr, uma startup tecnológica de Leiria especializada em soluções de inteligência artificial para coordenar operações na indústria do setor alimentar.

A equipa da SRS Legal foi liderada pelo sócio Gustavo Ordonhas Oliveira e contou com os associados Miguel Pereira Bonifácio, Solange Fernandes e Joana Ferreira Gonçalves, da equipa de Private Equity & Venture Capital da sociedade.

A operação de investimento, liderada pela C2 Capital Partners, consiste numa seed round com um valor de até 11 milhões de euros, sendo apresentado como a maior seed round alguma vez realizada em Portugal, superando o anterior recorde em cerca de meio milhão de euros.

Este investimento permitirá acelerar a expansão internacional da Brainr e estender a tecnologia a outros segmentos da indústria alimentar.

“Estamos muito orgulhosos de ter contribuído para uma operação que combina inovação e criação de valor real para a economia portuguesa. Foi uma operação desafiante, em que o alinhamento entre fundador e investidor foi decisivo para fechar com sucesso uma ronda com milestones”, explica Gustavo Ordonhas Oliveira, responsável pela área de Private Equity & Venture Capital da SRS Legal.

André Oliveira, managing partner da C2 Capital Partners, afirma: “a Brainr conta com uma equipa de pessoas altamente capazes e conhecedoras do setor, que conseguem transformar as operações, simplificando e otimizando o dia-a-dia das fábricas. A Brainr tem tudo para liderar a digitalização da indústria alimentar”.

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