Trump “continua otimista” em acordo comercial com a China

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

“O Presidente deixou claro que está muito aberto à questão de um acordo com a China”, disse a porta-voz da presidência norte-americana, Karoline Leavitt.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, “continua otimista” quando à possibilidade de um acordo comercial com a China, afirmou esta sexta-feira a Casa Branca. “O Presidente deixou claro que está muito aberto à questão de um acordo com a China”, disse a porta-voz da presidência norte-americana, Karoline Leavitt, em conferência de imprensa, sem avançar os motivos do otimismo de Trump.

As duas potências estão envolvidas numa escalada do duelo comercial iniciado pelo Presidente norte-americano com as tarifas impostas aos produtos chineses. Antes, Trump afirmou na sua rede social, Truth Social, que a política aduaneira está a “funcionar realmente bem”.

“A nossa política de direitos aduaneiros está a funcionar realmente bem. É emocionante para a América e para o mundo. Está a avançar rapidamente”, escreveu, depois de a China ter anunciado o aumento para 125% das taxas aduaneiras aos produtos norte-americanos e depois de os Estados Unidos terem decidido aplicar um total de 145% aos produtos chineses.

Esta declaração de Trump surge numa altura em que a moeda, a dívida e as ações norte-americanas estão sob ataque nos mercados, num contexto de escalada de tensão comercial com a China. A Organização Mundial do Comércio disse prever que esta situação possa causar uma quebra de 3% no comércio mundial.

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Programa eleitoral da AD “choca com a realidade”, diz PS

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

António Mendonça Mendes acusa Montenegro de desmentir o próprio ministro das Finanças que, diz o PS, indicou esta sexta na reunião do Eurogrupo o regresso do país a défice em 2026.

O PS defendeu esta sexta-feira que o programa eleitoral da AD “choca com a realidade” e “não é sério nem credível”, considerando que um Governo “a várias vozes” sobre a questão do défice “não oferece credibilidade aos portugueses”.

O programa da AD choca com a realidade. Desde logo com a realidade que nos dão as instituições nacionais e internacionais. E choca com o bom senso dos portugueses que adotaram e apreciam as contas certas”, disse o deputado e dirigente do PS António Mendonça Mendes, numa primeira reação ao programa eleitoral da AD que foi esta tarde apresentado por Luís Montenegro.

Segundo o antigo secretário de Estado, “ao contrário do PS, a AD promete um crescimento económico que ninguém antecipa” e diz “uma coisa em Portugal e outra coisa em Bruxelas”.

“É um programa que não é sério, que não é credível, que não pode ser levado a sério. Nós precisamos de líderes que nos ofereçam segurança e que nos ofereçam credibilidade”, acusou o socialista.

Perante o aviso deixado na véspera pelo Conselho de Finanças Públicas, para Mendonça Mendes “é muito surpreendente” que hoje Luís Montenegro tenha aquilo que diz ser “um exercício de tão pouca seriedade, que é de dar a ilusão de que pode fazer uma coisa que efetivamente não pode fazer”.

O dirigente socialista considera que só haveria dois cenários caso a AD vencesse as eleições: em caso de execução do programa eleitoral “seria o caminho para o desastre” ou então a “falta de seriedade” que acusa primeiro-ministro de ter fará com que “não cumpra aquilo que está no programa eleitoral porque não é possível fazê-lo”. Mendonça Mendes disse que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, “pertenceu a um governo que colocou o país com contas certas e sólidas”, acusando o Governo de Montenegro de as ter destruído no último ano.

“O Conselho de Finanças Públicas foi muito claro sobre a irresponsabilidade da trajetória orçamental do governo e aquilo que os portugueses devem procurar é a segurança de líderes como Pedro Nuno Santos, que têm uma garantia com o país”, apelou, considerando que não se pode “entrar em aventuras”.

Segundo o socialista, “o crescimento médio do PIB de 2,9 % no horizonte até 2029 que a AD apresenta no seu cenário macroeconómico é desmentido pelas projeções do Conselho de Finanças Públicas, do Banco de Portugal e do FMI”, além de ser “altamente imprudente”.

“Mas também é desmentido pelo próprio Governo, que apresentou em Bruxelas um crescimento médio de 2% no plano orçamental de médio prazo. Isto não é sério. E este truque do ilusionismo não é novo”, criticou. Segundo Mendonça Mendes, este “é um truque que pretende ficcionar o crescimento do PIB para justificar a entrada de promessas eleitorais”.

“É com esse truque de ilusionismo que Luís Montenegro desmentiu hoje, na apresentação do programa eleitoral da AD, o seu ministro das Finanças, que já hoje assumiu, na reunião do Eurogrupo em Varsóvia, que Portugal entre em défice no próximo ano, tal como, aliás, o PS já tinha antecipado e tem no seu cenário orçamental do programa eleitoral”, apontou.

O socialista recordou a conferência de imprensa do ministro da Economia da véspera, na qual Pedro Reis “admitiu num primeiro momento défice, mas foi prontamente advertido pelo primeiro-ministro para voltar a não falar a verdade”.

Um dia após o CFP ter previsto o regresso a uma situação de défices orçamentais a partir de 2026, Miranda Sarmento disse hoje: “Posso garantir que, com estas condições económicas, com a informação que temos hoje, nós projetamos excedentes orçamentais para os próximos anos”.

“E recordo que em outubro nós entregámos um plano orçamental médio prazo a Bruxelas, […] que prevê superávites nos próximos anos – menos em 2026, é verdade, por causa do efeito dos empréstimos PRR –, mas prevê superávites nos próximos anos e prevê um crescimento da despesa líquida primária dentro daquilo que era o teto assumido pela Comissão Europeia”, disse o ministro.

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UE investiga uso de dados pessoais na rede X para treinar IA

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

A Autoridade de Proteção de Dados irlandesa, que atua em nome da UE, indicou que a investigação diz respeito a "dados pessoais incluídos em publicações acessíveis divulgadas na rede social X".

A União Europeia (UE) iniciou esta sexta-feira uma investigação sobre o uso de dados pessoais pela rede social X para treinar os modelos de Inteligência Artificial, particularmente o Grok.

A Autoridade de Proteção de Dados (DPC) irlandesa, que atua em nome da UE, indicou que a investigação diz respeito a “dados pessoais incluídos em publicações acessíveis divulgadas na rede social X por utilizadores” da UE e do Espaço Económico Europeu, de acordo com um comunicado.

Em setembro, a rede social X comprometeu-se a deixar de utilizar determinados dados pessoais dos utilizadores europeus para treinar o seu programa de Inteligência Artificial. Na altura, a DPC anunciou que tinha retirado a ação judicial que tinha interposto junto do Supremo Tribunal da Irlanda sobre esta matéria.

O anúncio de setembro referia-se a dados pessoais utilizados entre 07 de maio e 01 de agosto do ano passado. Mas a empresa continuou a desenvolver os modelos de Inteligência Artificial depois dessa data.

A autoridade irlandesa vai, portanto, examinar a conformidade deste desenvolvimento “com uma série de disposições-chave do RGPD”, o regulamento europeu de proteção de dados, “em particular no que diz respeito à legalidade e transparência do processamento” de informações, acrescentou na mesma nota.

O DPC pode atuar em nome da UE porque a sede europeia da rede social X se situa na Irlanda, tal como a de muitos gigantes tecnológicos de Silicon Valley, Califórnia. Os gigantes tecnológicos norte-americanos, incluindo a X, estão no centro das negociações comerciais entre a UE e os Estados Unidos.

Se estas negociações falharem, a Comissão Europeia poderá decidir taxá-los, ameaçou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa altura de forte tensão entre o bloco europeu e Washington devido à guerra comercial iniciada pela administração liderada pelo republicano Donald Trump.

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Proposta da administração da Pharol de reagrupamento de ações foi chumbada

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

A proposta apresentada pelo Conselho de Administração para reagrupar ações, sem redução do capital, foi chumbada ao não ter sido alcançada a maioria de 2/3 dos votos.

Os acionistas da Pharol não aprovaram a proposta apresentada pelo Conselho de Administração de reagrupamento, sem redução do capital social, das ações representativas da empresa, anunciou esta sexta-feira a entidade.

A Pharol informa que, na assembleia-geral (AG) foi discutido o ponto seis sobre a proposta do Conselho de Administração de reagrupamento, sem redução do capital social, das ações representativas do capital social da sociedade, sobre os termos do processo de reagrupamento e tratamento de frações de ações sobrante.

“E, bem assim, sobre a consequente alteração estatutária (número 2 do artigo 4.º do contrato da sociedade)”, acrescenta a Pharol, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “A proposta apresentada pelo Conselho de Administração não foi aprovada por não ter sido alcançada a maioria de 2/3 dos votos emitidos exigida pelo nº 3 do artigo 386.º do Código das Sociedades Comerciais”, adianta a empresa.

Em 27 de março, a Pharol tinha convocado a AG para uma segunda data, esta sexta, depois de não ter conseguido votar um dos pontos, por falta de quórum, tendo ainda recusado pagar dividendos, apesar de instada por um acionista.

Esta operação pretende um reagrupamento de ações, sem redução do capital social, para “promover uma valorização nominal” dos títulos, adiantou, na proposta, em março.

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Bruxelas pede cautela orçamental na resposta às tarifas

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

“Temos de ter em mente estas considerações de sustentabilidade orçamental”, disse o comissário europeu Valdis Dombrovskis, depois de Portugal apresentar um pacote de dez mil milhões.

A Comissão Europeia pediu esta sexta-feira “cautela na resposta orçamental” dos países da União Europeia (UE) às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, após Portugal ter anunciado um pacote de medidas de 10 mil milhões de euros às empresas exportadoras.

“Do lado da Comissão Europeia, a nossa primeira avaliação é que precisamos de ser um pouco cautelosos na nossa resposta orçamental. Tivemos a pandemia de covid-19, tivemos uma crise energética relacionada com a agressão da Rússia na Ucrânia, enfrentamos sérios desafios de segurança e temos um défice e uma dívida elevados”, disse o comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis.

Em conferência de imprensa após o primeiro dia da reunião informal dos ministros das Finanças da UE marcado pelas tensões comerciais das novas políticas protecionistas norte-americanas, em Varsóvia pela presidência polaca do Conselho, Valdis Dombrovskis reforçou: “Temos de ter em mente estas considerações de sustentabilidade orçamental”.

O comissário europeu da tutela respondia a uma questão sobre se o executivo comunitário planeava avançar com apoios aos setores mais afetados da UE, aliviar as apertadas regras para ajudas estatais ou com outras medidas, depois de países como Portugal e Espanha já terem apresentado respostas.

Na quinta-feira, o Governo anunciou um pacote de medidas com um volume superior a 10 mil milhões de euros para o apoio rápido às empresas exportadoras, que incluem linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização.

Esta sexta, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, apontou que este pacote para apoiar as empresas exportadoras portuguesas – com empréstimos, linhas de seguros e fundos europeus – face às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos estará em vigor dentro de algumas semanas, após “diálogo com a Comissão Europeia”.

O programa irá abranger empresas exportadoras com base em Portugal. Valdis Dombrovskis não aludiu especificamente ao pacote português, mas indicou que o executivo comunitário está, de momento, “a concentrar-se na macroeconomia, no impacto das tarifas no crescimento atual, no impacto da inflação, na volatilidade dos mercados financeiros”.

“Não tivemos discussões aprofundadas sobre setores específicos, embora algumas das medidas de apoio dos Estados-membros que foram anunciadas tenham sido mencionadas” na reunião do Ecofin, adiantou.

Os ministros das Finanças da zona euro discutiram o impacto económico das novas tarifas aduaneiras dos Estados Unidos, num contexto de alívio após o anúncio norte-americano de suspensão temporária, pausa também adotada pelo bloco comunitário. Cálculos, publicados esta sexta-feira, pela Comissão Europeia dão conta de que os novos direitos aduaneiros norte-americanos implicam perdas de 0,8% a 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2027, sendo esta percentagem de 0,2% do PIB no caso da UE.

No pior cenário, isto é, se os direitos aduaneiros forem permanentes ou se houver outras contramedidas, as consequências económicas serão mais negativas, de até 3,1% a 3,3% para os Estados Unidos e de 0,5% a 0,6% para a UE. Em termos globais, o executivo comunitário estima uma perda de 1,2% no PIB mundial e uma queda de 7,7% no comércio mundial em três anos.

Ainda hoje, em declarações à Lusa, a comissária europeia para a União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, salientou que esta iniciativa “torna a Europa mais capacitada para resistir a choques externos e turbulências do mercado ao mesmo tempo que contribui para a inovação e o crescimento económico”, ao mesmo tempo que “cria as condições para o aumento da rentabilidade das poupanças dos cidadãos da Europa”.

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Empresas de ‘tuk-tuks’ avançam com queixa-crime contra presidente da Câmara do Porto

  • Lusa
  • 11 Abril 2025

Empresários acusam Moreira de favorecer cinco empresas, mas câmara do Porto nega acusações e diz que não foi noticiada pelo tribunal.

Dez empresários de ‘tuk-tuks’ apresentaram, esta sexta-feira, ao Ministério Público uma queixa-crime contra o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, por alegada violação de decisões judiciais e favorecimento a cinco empresas do setor no concurso lançado no ano passado.

Na queixa-crime apresentada ao Ministério Público, os empresários alegam que os factos podem constituir crimes de prevaricação, abuso de poder, participação económica em negócios, corrupção passiva, tráfico de influências e violação de decisão judicial.

Contactada pela Lusa, a Câmara Municipal do Porto afirmou que nem o município, nem o presidente foram notificados da apresentação de qualquer queixa, pelo que desconhece “em absoluto a sua existência ou o seu eventual conteúdo“.

O município assinala ainda ainda que os autores da queixam sabem que “o seu conteúdo é totalmente falso, as acusações infundadas e as suspensões suscitadas são uma tentativa torpe de condicionar as decisões da autarquia através de um ataque direto ao caráter dos visados, ao seu bom nome e à sua honra, pelo que não deixará de agir criminalmente contra os seus autores”.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, durante a conferência “As Políticas de Mobilidade nos Grandes Centros Urbanos” que decorreu na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto em 15 de outubro de 2024. FERNANDO VELUDO/LUSAFERNANDO VELUDO/LUSA

No documento entregue esta sexta-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, os empresários acusam o presidente de “violação de despacho judicial e atos contraditórios”.

Em causa estão os despachos assinados pelo autarca após a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) no início deste ano e que culminaram na suspensão das restrições no centro da cidade a todos os operadores de veículos turísticos.

“Ora entenda-se bem que 12 pequenas e médias empresas são um monopólio e cinco grandes empresas, escolhidas a dedo, não são”, referem.

Para o município, o despacho “em nada contraria, pelo contrário, amplifica os próprios efeitos da sentença”.

“Este despacho de 14 de março tem como destinatários todos os utilizadores, públicos, privados, individuais e coletivos do espaço público, indo muito para além dos operadores económicos em causa ou a outros”, refere.

Os empresários dizem também existir “indícios de viciação e favorecimento” no concurso público para operação na zona de restrição, lançado em fevereiro de 2024 para a atribuição de cinco licenças.

“Das 16 empresas candidatas, 11 foram excluídas. Restaram cinco empresas, que não se sabe muito bem como conseguiram cumprir os critérios que não foram esclarecidos e são ilegais, certamente por acesso a informação não disponibilizada a nenhuma das outras 11, que coincidentemente receberam as cinco licenças”, assinalam.

Segundo os autores da queixa, das cinco empresas selecionadas no concurso público, quatro tinham “relações privilegiadas” com membros da autarquia.

“Entendemos que estas relações, retenção de documentos, decisões contrárias aos pareceres jurídicos do seu próprio departamento legal, bem como decisões de violação de decisões judiciais que claramente prejudicavam empresas com relacionamentos com agentes políticos do município, só podem ser motivados por algo demasiado forte que não resida em comportamentos legais e que geram fortes dúvidas sobre as motivações dos mesmos”, lê-se.

Quanto a esta acusação, o município diz tratar “de forma imparcial todos aqueles que com ele entrem em relação, não favorecendo ou desfavorecendo ninguém, agindo sempre com base nos mais altos padrões éticos e preservando a todo o momento a isenção administrativa a que está obrigado”.

A 29 de janeiro, Rui Moreira anunciou a suspensão da restrição aos veículos turísticos e autocarros de serviço ocasional no Centro Histórico do Porto que tinha sido implementada em outubro, na sequência de uma decisão do TAF.

Em causa estava o projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos que arrancou a 1 de outubro de 2024 e que restringia a circulação dos veículos turísticos na baixa e centro do Porto.

O TAF do Porto aceitou a providência cautelar interposta por 12 operadores turísticos contra o município, tendo determinado a suspensão das restrições no centro histórico para estas empresas.

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Caso EDP. Salgado não está “inimputável” mas Relação admite outra solução que não a pena de prisão

Juízes da Relação de Lisboa defendem que Ricardo Salgado não está no patamar de "incapacidade que alega". Pinho e o ex-banqueiro viram as penas de prisão confirmadas no âmbito do caso EDP.

“Ao contrário do que parece poder estar a ser entendido, o arguido não é agora inimputável”, ainda que “seja certo que padece atualmente de uma situação pessoal de doença mental, geradora da necessidade de cuidados a esse nível, igualmente temos como certo que o mesmo não está no patamar de incapacidade que alega.”

Isso resulta “de forma clara da prova pericial junta aos autos”. Esta é a posição dos juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa relativamente à incapacidade alegada pela defesa do arguido Ricardo Salgado, que sofre da doença de Alzheimer. Porém, os magistrados que decidiram o recurso do caso EDP admitem que o cumprimento da pena da prisão de seis anos a que foi condenado pode não acontecer, invocando que “nesse enquadramento, e correspondendo a uma tradição jurídica nacional de humanização do sancionamento criminal, a legislação prevê várias soluções”, diz o acórdão de 1048 páginas a que o ECO teve acesso.

Esta sexta-feira, a Relação confirmou a condenação de Manuel Pinho a 10 anos de prisão por corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal, a pena de seis anos e três meses de prisão para o ex-banqueiro Ricardo Salgado, por corrupção ativa e branqueamento de capitais e manteve ainda a suspensão da pena de quatro anos e oito meses aplicada à mulher de Manuel Pinho, Alexandra Pinho, por branqueamento de capitais e fraude fiscal.

“O que nos leva diretamente à desnecessidade de extrair qualquer consequência jurídica em face de uma impossibilidade de compreensão do processo por parte do Arguido e de impossibilidade de se defender, por tal não se verificar. Consequentemente, temos para nós que nenhuma afronta ao princípio da dignidade humana, mormente na vertente da proibição de diferenciação, ocorreu”, acrescenta o acórdão. “Estar doente nos moldes em que o arguido está, determinará, na normalidade da evolução do estadio da doença, uma tão gradativa quão excessiva dependência em relação a terceiros e representa um sofrimento específico. Esse quadro, de forma inumana, agrava-se em sede prisional, porquanto neste meio exige-se uma capacidade física e psíquica específica para o cumprimento de pena”.

Embora as decisões executivas sob suspeita neste processo não envolvam a EDP, o caso resultou da investigação às chamadas rendas excessivas da elétrica, cuja acusação foi deduzida em outubro de 2024 pelo Ministério Público, incluindo contra Manuel Pinho. O antigo ministro está em prisão domiciliária desde dezembro de 2021 e os restantes arguidos em liberdade.

O Tribunal da Relação de Lisboa concorda com o coletivo da primeira instância que deu como provado o pacto corruptivo entre Manuel Pinho e Ricardo Salgado. Ou seja, que o antigo ministro da Economia recebia mesadas de cerca de 15 mil euros enquanto era governante para beneficiar o Grupo Espírito Santo no Governo de Sócrates. O antigo governante vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, um cenário inviável para Ricardo Salgado, uma vez que foi condenado a uma pena inferior a oito anos de prisão.

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Digi estreia-se em televisão com criatividade da McCann Lisbon

Com criatividade da McCann Lisbon, produção da Casper Films e estratégia de meios da Universal McCann, "Liberdade de Escolha" é o mote da campanha da operadora.

Cinco meses após ser lançada em Portugal, a Digi começou a comunicar em televisão. A operadora romena estreou-se com os filmes “Carrossel” e “Jogo das Latas”, que marcam presença na RTP1, SIC, TVI, SIC Notícias e SIC Mulher.

Com criatividade da McCann Lisbon, produção da Casper Films e estratégia de meios da Universal McCann, “Liberdade de Escolha” é o mote da campanha. Com uma abordagem criativa que aposta na simplicidade, a marca apresenta-se através de uma campanha que procura responder de forma direta às necessidades reais dos consumidores de telecomunicações em Portugal“, descrevem.

A operadora romena posiciona-se como “uma marca com valores claros: honestidade, simplicidade e, acima de tudo, liberdade. Liberdade para escolher, liberdade para personalizar e liberdade para pagar apenas pelo que se precisa — sempre a preços justos“. “Com esta campanha, a Digi reforça a sua missão de fornecer serviços de qualidade a preços acessíveis, permitindo aos clientes personalizar as suas escolhas e ajustá-las à sua medida. A Digi disponibiliza serviços de TV, Net, Voz e Móvel — mas sem as amarras habituais: sem longos períodos de fidelização e sem pacotes fechados que não se adaptam às necessidades dos clientes”, prosseguem em conjunto agência e anunciante.

Da campanha fazem parte mais dois filmes, disponíveis a partir desta sexta-feira no canal de YouTube da marca, e que serão também lançados em televisão.

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Woo lança campanha dedicada à satisfação dos clientes com criatividade d’O Escritório

  • + M
  • 11 Abril 2025

A campanha, que conta com a produção da Take it Easy e a realização de Tiago Guedes, está presente em televisão e em digital. O planeamento de meios ficou a cargo da Arena Media.

A Woo lançou uma nova campanha onde contrasta as vantagens dos seus serviços com uma série de situações de insatisfação comuns do quotidiano. A agência O Escritório é a responsável pela criatividade.

A operadora tenta assim mostrar aos seus clientes, de “uma forma descontraída” e ao explorar situações do quotidiano, que “mesmo quando não estão satisfeitos com alguma coisa, podem estar satisfeitos com a abundância, qualidade e simplicidade da Woo“.

Esta campanha vem reforçar o nosso foco em proporcionar um serviço de excelência aos nossos clientes, sempre com a melhor relação qualidade/preço. É para nós um grande motivo de orgulho podermos dizer que temos clientes satisfeitos, e, por isso, apostamos sempre nos pontos que as pessoas valorizam, tal como a qualidade, a simplicidade e uma experiência digital que funciona”, diz João Lima Raposo, diretor-geral da WOO, citado em comunicado.

A campanha, que contou com a produção da Take it Easy e a realização de Tiago Guedes, está presente em televisão e em digital. O planeamento de meios ficou a cargo da Arena Media.

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Novobanco patrocina terceira edição da Lisbon Design Week

  • + M
  • 11 Abril 2025

O banco patrocina a Lisbon Design Week desde a sua primeira edição. A parceria reflete o "forte compromisso" da marca com o "investimento social e cultural".

O Novobanco é patrocinador da terceira edição da Lisbon Design Week (LDW), evento que acontece entre 28 de maio e 1 de junho e que tem como objetivo “mostrar o que de melhor se faz nas áreas do design e do artesanato contemporâneo em Portugal“.

O banco patrocina a Lisbon Design Week desde a sua primeira edição, tendo vindo a desempenhar “um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento desta iniciativa”. O patrocínio reflete o “forte compromisso” da marca com o “investimento social e cultural, apoiando projetos que moldam o panorama criativo de Lisboa”, refere-se em nota de imprensa.

A galeria do Novobanco, no Marquês de Pombal, que no último ano acolheu a instalação “Bigorna Frases” de Wesley Sacardi, recebe este ano o projeto “Belonging”.

Esta instalação apresenta “três perspetivas sobre como a fotografia e o design nos podem transportar para um espaço e um tempo onde pertencemos, através de uma seleção de fotografias da coleção do Novobanco — uma das mais destacadas da Europa — em diálogo com objetos selecionados de artesãos e designers de Lisboa”, lê-se em nota de imprensa.

A curadoria da exposição é da responsabilidade de Alanna Nichelle, João Rosas e Justine Murniece.

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“Não será connosco que Portugal tornará a ter défice”, garante Montenegro

Líder do PSD defende que apesar da incerteza internacional, o país resiste. Garante ainda que irá "restabelecer a estabilidade", após a necessidade de eleições que atribuiu novamente à oposição.

O líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu esta sexta-feira que Portugal “está bem e recomenda-se”, apesar da incerteza internacional, e atirou à oposição sobre a necessidade de eleições, garantindo que a coligação que encabeça irá “restabelecer a estabilidade que o país precisa”.

O mundo mudou e está instável, a Europa tem diante de si enormes desafios para ultrapassar nos quais o nosso contributo também é importante, mas Portugal está bem e recomenda-se“, afirmou Luís Montenegro na apresentação do programa eleitoral da AD – Coligação PSD/CDS às legislativas de 18 de maio, após uma entrada no Centro de Congressos de Lisboa ao som de um novo lema: “Deixa o Luís trabalhar”.

O líder do PSD reconheceu que “a Europa está posta a prova e a pressão vinda do exterior é enorme”. Neste sentido, considera que é tempo de ter “bem presente o sentido da responsabilidade, do realismo, de fazer prevalecer sempre o interesse coletivo face a qualquer outro interesse”.

Montenegro prometeu “restabelecer a estabilidade que o país precisa” e vangloriou-se sobre os resultados macroeconómicos e orçamentais registados em 2024, elencando ainda medidas implementadas durante a governação do seu Executivo no último ano, como a redução do IRS e o bónus extraordinário aos pensionistas.

Segundo o líder do PSD, as contas equilibradas foram alcançadas mesmo “transformando e salvando o Estado Social”. Reconhecendo que não resolveu “tudo” – porque “não era possível em 12 meses” – atribuiu-o ao “estado de degradação e de desinvestimento” dos últimos anos, prometeu reforçar medidas no futuro.

Os portugueses podem ter a certeza de uma coisa: se as políticas estão a ser seguidas forem invertidas, os resultados vão piorar, se forem seguidas só podem melhorar“, afirmou, acrescentando que as transformações que o Governo está a “empreender vão produzir os seus efeitos de modo a que este ritmo possa fazer-se sentir de forma mais rápida”.

Puxou ainda dos galões pelo aumento da execução dos fundos europeus. “O PRR e o PT2030 têm taxas de execução que são muito melhores e com maior transparência do que há um ano”.

“É tempo para maturidade genuína”

Destacando que a coligação prevê apenas excedentes orçamentais – “não estimamos nenhum défice em nenhum ano desta legislatura, mesmo em 2026 com o impacto dos empréstimos do PRR” –, deixou a garantia: “Não será connosco que Portugal tornará a ter défice. Não será connosco que voltaremos a ter restrições por causa da irresponsabilidade dos governantes“.

Apesar de defender a resiliência demonstrada do país sublinhou que “nada está garantido”, atirando contra o líder do PS, Pedro Nuno Santos: “Este tempo não é para impulsos repentinos nem para precipitações, é o tempo para maturidade genuína, é o tempo para a moderação autêntica”.

Para Montenegro, “este é o tempo para a firmeza responsável, para a autenticidade”. “Não é o tempo para aqueles que se mascaram para a campanha eleitoral. O tempo é daqueles que mostraram sempre aquilo que são quando estiveram no Governo e estou muito à vontade, porque há um ano fui acusado de nunca ter estado no Governo e que isso era um handcap, uma desvantagem com o meu principal oponente, vou ceder nessa análise. Vamos então usar o critério do meu oponente da experiencia governativa”, assinalou.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD, Luís Montenegro, fala aos jornalistas à chegada para o debate frente ao secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, no Capitólio, em Lisboa, 19 de fevereiro de 2024. As eleições legislativas têm lugar a 10 de março de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

IRS Jovem é para continuar

No programa eleitoral, a AD promete aprofundar as medidas de política implementadas durante o último ano de governação, “a resposta a problemas preexistentes mas que tenham sido omitidos ou subestimados e a adequação ao agravamento das tensões, conflitos e estabilidade internacional”.

Entre as medidas propostas pela coligação incluem-se a redução do IRS em dois mil milhões euros, dos quais 500 milhões já em 2025 e a descida do IRC para 17% em 2029, uma redução de quatro pontos face à atual, de 20%. No entanto, isto significa um recuo face à meta inscrita no programa das legislativas de 2024, quando pretendia descer o imposto sobre as empresas até 15%.

Destacam-se ainda a intenção de subir o salário mínimo nacional para 1.100 euros por mês brutos, bem como aumentar o valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI) para 870 euros.

Na apresentação do programa, salientou que “o IRS Jovem é para continuar”, assim como também “é para continuar” o “apoio à compra da primeira habitação com isenção do IMT e Imposto de Selo“.

Desafio a Pedro Nuno Santos sobre IRS (e recado sobre “o sorriso”)

Montenegro desafiou Pedro Nuno Santos a responder se o IRS se reduziu em 2024 ou não. “Tem dito que Governo utilizou um truque com a descida do IRS. Diga com seriedade e rigor, o IRS em 2024 baixou ou não? Diga só: sim ou não”, atirou.

Mas não foi a única mensagem que deixou ao líder do maior partido da oposição. Numa presença recentemente no programa de entretenimento “Júlia”, na SIC, questionado sobre se era demasiado sério, Pedro Nuno Santos afirmou: “A mim custa-me muito mais os sorrisos cínicos de alguns políticos. Sorrio quando faz sentido. Simpático sou, não tenho é um sorriso cínico”.

A resposta de Montenegro chegou agora: “Seremos iguais ao que sempre fomos. Seremos mesmo sempre iguais. Até no sorriso. Sei que é uma coisa que incomoda muita gente. Este meu sorriso acompanha-me desde que nasci e não vou deixar de ser quem sou”, afirmou.

O primeiro-ministro garantiu ainda estar empenhado “numa campanha esclarecedora, inovadora e séria”.

A seriedade deve assentar em factos, em ações e não em insultos ou insinuações. Faremos a nossa parte. Faremos a nossa parte com sentido de responsabilidade e o espírito de serviço a Portugal, com respeito democrático, com a humildade de quem sabe que não tem razão em tudo, mas que acredita muito naquilo que defende”, disse.

O nosso programa há-de ser o essencial do programa de Governo. Não tento à segunda fazer diferente do que fiz a primeira. Sou o mesmo com as mesmas ideias e o mesmo enquadramento“, acrescentou.

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AD prevê economia a crescer 2,4% este ano e acelerar para 3,2% no fim da legislatura

Coligação liderada por Luís Montenegro prevê que o Produto Interno Bruto avance 2,4% este ano e 2,6% no próximo. Projeção é mais otimista do que a inscrita no OE2025, mas menos do que há um ano.

O PSD e o CDS prometem num crescimento da economia portuguesa de 3,2% no final da legislatura. No programa eleitoral, apresentado esta sexta-feira à tarde, a coligação liderada por Luís Montenegro prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 2,4% este ano e 2,6% no próximo.

O cenário projetado pela AD – Coligação PSD/CDS-PP é mais otimista do que a taxa de 2,1% este ano e de 2,2% em 2026 inscrita no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Joaquim Miranda Sarmento, em ocasiões públicas, tem sinalizado que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá avançar 2,5% este ano, acima dos 2,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), depois de um crescimento de 1,9% em 2024.

No plano de médio prazo, remetido em outubro a Bruxelas, a equipa de Joaquim Miranda Sarmento apontou para um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% em 2027 e de 1,8% em 2028. No entanto, a meta é agora revista em alta esperando um crescimento de 2,9% em 2027, estabilizando em 3,2% em 2028 e 2029.

 

A coligação prevê contudo um crescimento da economia ligeiramente inferior ao inscrito no programa eleitoral de 2024, no qual projetava um crescimento de 2,5% este ano, de 2,7% em 2026 e de 3% em 2027. Tal como o ECO avançou em primeira mão, no final da legislatura, a taxa de crescimento fica abaixo dos 3,4% em 2028 inscritos no programa para as legislativas do ano passado.

A taxa de crescimento em 2029 é, ainda assim, mais ambiciosa do que a prevista pelo PS no seu programa eleitoral. Os socialistas preveem chegar a 2029 com uma expansão do PIB mais contida: 2%. As projeções dos partidos para a evolução da atividade económica são desenhadas numa altura de elevada incerteza e volatilidade internacional, sobretudo devido aos avanços e recuos da guerra de tarifas.

Nos EUA, crescem os receios de uma recessão económica devido à política comercial da Administração Trump, enquanto na Europa instituições como o Banco Central Europeu (BCE) começam a admitir um menor crescimento dos países do euro. Esta sexta-feira, o comissário europeu para a Economia, Valdis Dombrovskis, estimou um impacto económico de até 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia por novos direitos aduaneiros norte-americanos permanentes.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) cortou na quinta-feira a projeção de crescimento económico deste ano, em dois pontos percentuais face a setembro, para 2,2%. Para os anos seguintes aponta para uma desaceleração: 2% em 2026 e 1,6% em 2027, esperando posteriormente uma estabilização em 1,8%. Já o Banco de Portugal prevê uma taxa de 2,3% este ano, de 2,1% em 2026 e de 1,7% em 2027.

No cenário macroeconómico, a AD prevê que o consumo privado cresce ligeiramente abaixo do crescimento do PIB e o investimento cresce acima, e de forma mais pronunciada em 2025 e 2026. Já as exportações mantêm o “crescimento robusto dos últimos anos” – 4,5% e 4,4% em 2027 e 2028 – e as importações ligeiramente menos.

A coligação prevê ainda que “o consumo público cresce de forma mais contida”: 1,6% em 2026, 1,4% em 2027, 2% em 2028 e 2029, em resultado de alguma contenção da despesa.

No entanto, reconhece que o cenário é marcado por “uma forte incerteza” no que toca à evolução da economia internacional, as novas regras orçamentais europeias e os seus impactos, a possibilidade de novo conflitos internacionais ou o agravamento dos existentes e a possibilidade de medidas protecionistas, com impacto no comércio internacional, na inflação e na atividade económica.

Tal como o ECO avançou em primeira mão, a AD prevê excedentes orçamentais ao longo de toda a legislatura e mantém o saldo positivo de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 0,1% em 2026, sobretudo devido ao impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), previsto no OE2025.

Não estimamos nenhum défice em nenhum ano desta legislatura, mesmo em 2026 com o impacto dos empréstimos do PRR“, afirmou Luís Montenegro durante a apresentação do programa eleitoral.

(Notícia atualizada às 18h32)

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