Habitação “não pode ficar dependente” de dividendos de qualquer banco, defende Montenegro

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Montenegro criticou a proposta do PS e defendeu que o financiamento da habitação tem de passar "pelos recursos do Orçamento do Estado, dos fundos europeus e do Estado".

O primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira que a habitação é tão prioritária no desenvolvimento do país que “não pode ficar dependente” dos dividendos de qualquer banco, ainda que do Estado, numa crítica implícita a uma proposta do PS.

Na abertura de Congresso Internacional de Habitação Pública, que decorreu no Taguspark, em Oeiras, Luís Montenegro disse não querer entrar em polémicas pré-eleitorais, mas acabou por se referir, indiretamente, a uma proposta que consta do programa do PS e que passa por utilizar parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos numa conta corrente estatal que permite financiar as autarquias na construção de habitação pública.

“A habitação é tão prioritária, é tão essencial na estratégia de desenvolvimento do país, que não pode ficar dependente agora do volume de dividendo de uma determinada entidade bancária, mesmo que seja do perímetro estatal. O seu financiamento tem que ser assegurado, ponto final, tem de ser assegurado pelos recursos públicos”, defendeu Luís Montenegro.

Para o primeiro-ministro, o financiamento da habitação tem de passar “pelos recursos do Orçamento do Estado, pelos recursos dos fundos europeus e pelos recursos que o Estado pode assegurar de instrumentos de financiamento a baixos custos, nomeadamente através do Banco Europeu de Investimento”.

“E é isso que um governo deve assegurar, seja ele qual for, e deve assegurar para o seu mandato e para os mandatos seguintes, para quem vier a seguir, é isso que nós estamos a fazer”, afirmou.

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INE confirma abrandamento da inflação para 1,9% em março

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Abril 2025

Sem os produtos energéticos e os alimentos não transformados, a variação também foi de 1,9% em março.

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 1,9% em março, menos 0,5 pontos percentuais face ao valor registado em fevereiro, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e que confirmaram a estimativa rápida.

Quanto à inflação subjacente, que retira da equação os produtos energéticos e os produtos alimentares não transformados, a variação homóloga no terceiro mês de 2025 foi também de 1,9%, contra 2,5% em fevereiro.

Fonte: INE

O índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 0,1% em março em termos homólogos, em comparação com 1,5% no mês anterior.

Ao contrário dos preços da energia, a taxa de variação homóloga do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,8%, acelerando quatro décimas face a fevereiro.

Nas maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC estão, segundo o INE, os restaurantes e hotéis, os bens alimentares e bebidas não alcoólicas e a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.

Comparando com fevereiro, destaca-se a diminuição da contribuição do vestuário e calçado, dos transportes e do lazer, recreação e cultura. “Em sentido contrário, nenhuma das classes teve contributo positivo significativo para a evolução da variação homóloga do IPC”, indica o gabinete estatístico.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, utilizado para comparação com os restantes países europeus, apresentou uma variação homóloga de 1,9% (2,5% no mês anterior). Este valor é inferior em 0,3 pontos percentuais à média estimada pelo Eurostat para os países da Zona Euro.

Face ao mês anterior, a variação do IPC foi de 1,4% (-0,1% em fevereiro e 2,0% em março de 2024).

(Notícia atualizada pela última vez às 11h55)

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Disparo na despesa líquida ameaça meta de médio prazo acertada com Bruxelas, avisa Conselho das Finanças Públicas

Conselho das Finanças Públicas alerta que despesa líquida irá crescer acima do compromisso assumido por Portugal com a Comissão Europeia no plano orçamental estrutural de médio prazo.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) alerta que Portugal poderá incumprir a meta acordada com a Comissão Europeia no plano orçamental estrutural de médio prazo. Em causa está um crescimento médio da despesa líquida de 4,4%, acima do compromisso assumido com Bruxelas.

No relatório de projeções macroeconómicas e orçamentais, divulgado esta quinta-feira, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral projeta, com base na informação atualmente disponível, uma taxa de crescimento média da despesa líquida de 4,4% entre 2025 e 2028. As contas ultrapassam, assim, os 3,6% com os quais Portugal se comprometeu no plano enviado ao executivo comunitário em outubro e que recebeu ‘luz verde’ por parte do Conselho da União Europeia.

É evidente que a margem que temos se encurta para a tomada de novas medidas de política, a menos que possa haver medidas de compensação do lado da receita ou da despesa, se queremos estar preservados“, afirmou a presidente do CFP, em conferência de imprensa, em Lisboa.

É evidente que a margem que temos se encurta para a tomada de novas medidas de política, a menos que possa haver medidas de compensação do lado da receita ou da despesa, se queremos estar preservados.

Nazaré da Costa Cabral

Nazaré da Costa Cabral destaca que os “desvios previstos acima do que são os desvios tolerados pelas regras europeias em 2025 e 2027“.

O novo indicador central das avaliações de Bruxelas inclui a despesa líquida de encargos com juros, medidas discricionárias em matéria de receitas, despesas relativas a prestações de desemprego, medidas pontuais e outras medidas temporárias, despesas relativas aos programas da União inteiramente cobertas por receitas de fundos da União e despesas nacionais relativas ao cofinanciamento de programas financiados pela União.

O CFP explica que o cálculo para 2024 tem uma natureza provisória por não dispor da atualização das medidas discricionárias da receita. No entanto, na projeção, a partir de 2025 (inclusive), “o saldo acumulado na conta de controlo ultrapassa o limiar máximo permitido, o que pode implicar a elaboração de um relatório por parte da Comissão Europeia”, caso a execução de 2026 confirme a situação de défice orçamental projetado de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: CFP

(Notícia atualizada às 12h36 com as declarações da presidente do CFP)

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Startupbootcamp tem cerca de 21 milhões para acelerar startups nacionais

Fundo tem como meta apoiar até final do ano 30 startups que vão integrar os "programas de aceleração da Startupbootcamp e terão como objetivo "escalar soluções inovadoras com impacto real".

A Startupbootcamp tem cerca de 21 milhões de euros para acelerar três dezenas de startups nacionais até ao final do ano. O novo fundo é conhecido esta quinta-feira no mesmo dia em que arranca em Aveiro o Future XPO, evento que marca a chegada da Startupbootcamp, a maior aceleradora de startups da Europa, a Portugal.

O novo fundo de investimento, o Startupbootcamp Growth Investment Fund, tem como nome provisório Flywheel Fund I (FWF I) e será gerido pela Octanova. “Este fundo, com sede em Portugal, será dedicado exclusivamente ao apoio, até ao final do ano, de 30 startups que vão integrar os programas de aceleração da Startupbootcamp, e terão como objetivo, escalar soluções inovadoras com impacto real”, informa comunicado. Disponível para investimento estão cerca de 21 milhões de euros, informa fonte oficial, questionada pelo ECO.

O fundo é conhecido no mesmo dia em que arranca o Future XPO, evento internacional que reúne em Aveiro mais de 400 participantes, entre empreendedores, investidores, especialistas e decisores. “O evento será palco para a apresentação de 25 startups nacionais e internacionais nas áreas mais promissoras da atualidade: Energia, Saúde e Bem-Estar e Inteligência Artificial”, informa comunicado.

O Future XPO marca o arranque de atividade em Portugal da aceleradora europeia, presente em mais de 20 países, tendo já acelerado e investido em mais de 1.700 startups, ligando-as a investidores, parceiros corporativos e mentores.

“Portugal é um early-adopter na questão da inovação e acreditamos que este é o momento certo para trazer a nossa experiência em aceleração para este ecossistema tão dinâmico. O Future XPO não marca apenas a nossa chegada ao mercado português — acreditamos que será um verdadeiro catalisador para colaborações significativas capazes de gerar valor e impacto real nas nossas vidas”, afirma Kauan Von Novack, CEO Global da Startupbootcamp, citado em comunicado.

Marleen Evertsz (Nxchange), Guga Stocco (MIT Review Brasil), Eva Cicinyte (Gnomi App), António Queirós (Indigo Power Solutions) e representantes de entidades como a Confederação Empresarial da CPLP, o EU Longevity Hub e o Banco Português de Fomento são alguns dos oradores previstos neste evento que prevê ainda um “hackathon que desafia jovens empreendedores a resolver problemas globais em apenas oito horas”.

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Conselho das Finanças Públicas corta crescimento para 2,2% este ano e alerta para riscos da guerra comercial

Instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral está mais pessimista sobre crescimento e adverte que guerra comercial representa um risco significativo para a economia mundial e Portugal.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) reviu em baixa as projeções de crescimento da economia portuguesa para este ano e o próximo, apontando agora para uma taxa de 2,2% e 2%, respetivamente. Apesar de salientar a resiliência que a atividade económica do país tem registado, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral alerta para riscos, entre os quais a guerra comercial.

No relatório de atualização de projeções macroeconómicas e orçamentais, divulgado esta quinta-feira, o CFP projeta uma aceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos 1,9% verificados em 2024, para 2,2% este ano. Esta previsão encerra, contudo, um corte de 0,2 pontos percentuais (pp.) face ao relatório publicado em setembro.

Apesar do efeito de arrastamento do crescimento registado no último trimestre do ano passado, o impacto da revisão em baixa do crescimento intra-anual, particularmente na primeira metade do ano, no consumo e no investimento, é superior.

A instituição revela-se mais pessimista do que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que em ocasiões públicas tem apontado para uma taxa de 2,5%, acima dos 2,1% inscritos no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

A explicar a evolução face ao ano anterior, o CFP aponta para “o aumento da taxa de investimento, impulsionada sobretudo pelo reforço do investimento público, alicerçado na expectativa de uma maior taxa de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em face do ano precedente”.

Para 2026 e 2027 prevê um abrandamento no ritmo de crescimento do PIB para 2% e 1,6%, respetivamente, convergindo, no médio prazo, para 1,8%. Em setembro, a instituição apontava para uma taxa de 2,1% em 2026, enquanto o OE2025 prevê 2,2%.

O CFP justifica o abrandamento esperado em 2026 com “a subsistência de níveis de incerteza elevados, condicionando a evolução do consumo, investimento empresarial e exportações, mas principalmente a um impulso menos expressivo do investimento público”.

No entanto, adverte que as projeções estão envoltas em riscos descendentes. “O ressurgimento de políticas comerciais protecionistas e a imposição de tarifas de larga escala, anunciadas já após a data de fecho desta publicação, representam um risco significativo para a economia mundial e, também, para Portugal“, alerta.

“A incerteza gerada por estas medidas pode ter um impacto negativo no comércio, na inflação, no investimento e, consequentemente, no crescimento económico, justificando uma monitorização próxima das suas repercussões por parte do Governo e a preservação de espaço orçamental para a eventual necessidade de adotar medidas de mitigação desses impactos“, acrescenta.

Aponta ainda, ao nível interno, o risco da “possibilidade de o investimento público crescer a um ritmo inferior ao esperado, assim como atrasos adicionais na implementação financeira do PRR”.

Crescimento desacelerou fortemente no primeiro trimestre

O CFP assinala que após o desempenho surpreendente registado no último trimestre de 2024, com uma taxa em cadeia de 1,5% (após uma média de 0,4% nos três trimestre anteriores), “a economia portuguesa deverá desacelerar de forma expressiva no primeiro trimestre”.

O relatório aponta que o crescimento na reta final do ano passado foi “influenciado pelo impacto de medidas de dimensão significativa e de cariz pontual: o suplemento extraordinário de pensões e o ajustamento das tabelas de retenção em sede de IRS“.

Neste sentido, realça que, em conjunto, estas alterações representaram um impulso equivalente a 4% do rendimento disponível trimestral das famílias, pelo que terá um efeito transitório no crescimento.

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Nos junta músicos em novo projeto para reforçar ligação ao território da música

  • + M
  • 10 Abril 2025

O projeto conta com duas temporadas, num total de 12 episódios, lançados quinzenalmente. A estreia é esta quinta-feira, com o encontro entre Lena D’Água e Milhanas.

A Nos lançou um novo projeto que junta músicos de língua portuguesa de diversas gerações e estilos para reinterpretarem, frente a frente, temas uns dos outros. O objetivo de “Nos canta ao outro e não ao mesmo” passa por apoiar e celebrar a diversidade da música portuguesa, bem como reforçar a ligação da marca de telecomunicações ao território da música.

Com esta iniciativa, a Nos reforça e fortalece a sua presença no território da música, um território natural para a marca, repleto de ligações positivas. A Nos está na música para que todos vivam momentos únicos, ligados entre si e com uma amplificação de todas as emoções”, diz António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da operadora, citado em comunicado.

“Este projeto vive muito da difusão via redes sociais e televisão, porque queremos estar onde as pessoas estão e levar a emoção da música ao máximo número de pessoas, acrescentando valor a esta experiência“, acrescenta.

O projeto conta com duas temporadas, num total de 12 episódios que são lançados quinzenalmente, às quintas-feiras, pelas 21h. Visando criar uma maior envolvência com o público, com cada episódio será lançado um conjunto de outros conteúdos, que vão desde o convite aos artistas até o processo criativo, para que as “pessoas possam seguir todo o processo” através das redes sociais e, em detalhe, no canal de transmissão da Nos no Instagram.

Ana Lua Caiano, David Bruno, Lena D’Água, Milhanas, Romeu Bairos, e Samuel Úria são os artistas convidados da primeira temporada, enquanto Dino d’Santiago é um dos nomes já confirmados para a segunda temporada. A curadoria artística é assinada por Henrique Amaro e Fred Pinto Ferreira.

O primeiro episódio estreia esta quinta-feira, com o encontro entre Lena D’Água e Milhanas. Para marcar o lançamento do projeto e celebrar a música portuguesa, a Nos preparou ainda uma listening party disponível aqui.

Os episódios estão disponíveis em nos.pt/musica e no canal de YouTube da Nos. No entanto, a grande novidade é o novo Canal de Transmissão da Nos no Instagram. Um canal “pensado com o objetivo de criar a maior comunidade de fãs de música, estreitando laços com os fãs de diferentes estilos musicais, testando novos formatos de conteúdos digitais e disponibilizando conteúdos exclusivos”, refere-se em nota de imprensa. Através do canal vão ainda ser oferecidos, semanalmente, bilhetes para o Nos Alive 2025.

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Mais pessimista, Conselho das Finanças Públicas prevê défice de 1% no próximo ano

O Conselho das Finanças Públicas avisa que "a margem orçamental de Portugal é reduzida e já foi amplamente utilizada" a aconselha gestão "prudente" da despesa pública nos próximos anos.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) está mais pessimista e vê o país regressar aos défices já no próximo ano. Um regresso com estrondo: 1% do Produto Interno Bruto (PIB), influenciado em mais de metade pelo impacto dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Descontando este efeito, o saldo orçamental ainda seria negativo em 0,4% devido às medidas de política.

Na atualização das projeções macroeconómicas e orçamentais, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral revê em baixa a projeção orçamental de médio prazo face à apresentada em setembro, devido ao impacto orçamental de medidas de política económica de aumento da despesa pública e de redução da receita.

Para 2025 aponta agora para um saldo orçamental equilibrado (0,0% do PIB), quando anteriormente previa um excedente de 0,4%. Neste sentido, revela-se mais pessimista do que o Ministério das Finanças, que inscreveu no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) um saldo orçamental positivo de 0,3%.

 

“Para a deterioração anual do saldo orçamental em 2025 muito contribui o impacto de novas medidas de política que aumentam a despesa com pessoal, prestações sociais, subsídios e outra despesa corrente”, assinala o CFP.

No entanto, destaca que a projeção é “sensível a alguns fatores”. Entre estes elenca o grau de execução do investimento público, dos empréstimos PRR e a evolução dos impostos diretos, em particular do IRS, e da utilização de mecanismos de contenção orçamental. Assim, admite que “não se pode excluir a possibilidade de um ligeiro excedente orçamental”.

O cenário mais pessimista agudiza-se para o ano seguinte. Para a instituição, caso de mantenham em vigor as políticas atuais, o país irá regressar aos défices. Para 2026 prevê um défice de 1% e para os anos seguintes até 2029 perspetiva-se uma estabilização do défice orçamental em torno de 0,6%. Em setembro, a instituição admitia, para 2026, um excedente de 0,1%, em linha com o projetado pelo Ministério das Finanças.

O CFP explica que 0,6% do défice projetado para o ano seguinte deverá ser explicado pelo recurso aos empréstimos PRR para financiamento da despesa associada a projetos deste plano. Descontando este efeito, o défice seria de 0,4% do PIB.

O tema tem servido de arma de arremesso entre a AD (Aliança Democrática) e o PS, na pré-campanha para as legislativas de maio. No cenário orçamental do seu programa eleitoral, os socialiatas apontam para um défice de 0,4% no próximo ano, o que levou a críticas do partido do Governo. O ministro Adjunto Castro Almeida afirmou, em declarações à Lusa, na terça-feira que o PS fez “uma opção errada” ao apresentar um programa eleitoral que prevê défice para 2026, assegurando que a AD irá prever no seu programa “contas equilibradas”.

A margem orçamental de Portugal é reduzida e já foi amplamente utilizada, pelo que a gestão da receita e da despesa pública nos próximos anos tem de ser feita de forma prudente, sem comprometer o funcionamento dos estabilizadores automáticos nem a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas.

Conselho de Finanças Públicas

Para o CFP, a penalizar a receita fiscal está a a dissipação do efeito pontual do menor volume de reembolsos de IRS expectável em 2025 e o impacto do novo regime do IRS Jovem, bem como a redução da taxa de IRC. Paralelamente, acresce na despesa pública o agravamento do custo orçamental das medidas de revalorização salarial, com um impacto crescente até 2027, bem como o acréscimo de investimento financiado por fundos nacionais.

Ainda assim, prevê que o saldo primário, que exclui os encargos com juros, irá continuar excedentário, contribuindo para a diminuição do rácio da dívida pública. Neste sentido, acredita numa redução de 94,9% em 2024 para 91,8% em 2025, caindo para 90,3% em 2026.

O CFP estima ainda que a meta de gastos de 2% do PIB em defesa levaria o défice de 0,6% do PIB previsto para 2029 a agravar-se em 0,6 pontos percentuais e o rácio da dívida pública em 1,3 pontos percentuais.

Margem é “reduzida”

O CFP deixa ainda um aviso para o próximo Governo. “A margem orçamental de Portugal é reduzida e já foi amplamente utilizada, pelo que a gestão da receita e da despesa pública nos próximos anos tem de ser feita de forma prudente, sem comprometer o funcionamento dos estabilizadores automáticos nem a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas”, alerta.

A instituição assinala ainda que a trajetória orçamental prevista no seu relatório pode estar influenciada por fatores não considerados, como uma possível subestimação do Complemento Solidário para Idosos (CSI) após 2025, uma contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia mais elevada e eventuais futuros apoios à Ucrânia ou a materialização de responsabilidades contingentes, entre outros.

Pelo lado positivo, a beneficiar a trajetória orçamental projetada estão dividendos mais elevados a receber de participações financeiras, uma menor execução de investimento público suportado por financiamento nacional ou pela componente de empréstimos do PRR ou menores encargos com juros.

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Lucro operacional da Volkswagen baixa 39% no primeiro trimestre para 2,8 mil milhões

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

O volume de negócios do grupo Volkswagen aumentou 3%, para 78 mil milhões de euros. A rentabilidade operacional sobre as vendas se situará entre 5,5% e 6,5%.

O grupo automóvel Volkswagen reduziu o seu lucro operacional em 39% no primeiro trimestre, para 2,8 mil milhões de euros, devido a perdas extraordinárias de 1,1 mil milhões de euros.

A Volkswagen informou na quarta-feira à noite que mantém a sua previsão de um aumento do volume de negócios de até 5% em 2025, apesar da política tarifária do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de modo a que a rentabilidade operacional sobre as vendas se situará entre 5,5% e 6,5%.

As ações do grupo Volkswagen, que inclui marcas como VW, Skoda, Seat, Cupra, Porsche e Audi, subiram 6,5% para 89,32 euros na abertura da Bolsa de Frankfurt, porque a confirmação das previsões foi avaliada positivamente.

O grupo Volkswagen afirmou que, de momento, não sabe qual será o efeito no volume de negócios, nos resultados e na tesouraria do aumento das tarifas de importação, nomeadamente nos Estados Unidos.

O volume de negócios do grupo Volkswagen aumentou 3% (78 mil milhões de euros). A rendibilidade operacional das vendas do grupo Volkswagen situou-se em 3,6% no primeiro trimestre (6% um ano antes).

As perdas extraordinárias de 1,1 mil milhões de euros são principalmente provisões de 600 milhões de euros relacionadas com a regulamentação das emissões de CO2 na Europa e 200 milhões de euros para a reestruturação da sua filial de software Cariad.

Além disso, o grupo reservou mais 300 milhões de euros para ajustamentos das reservas relacionadas com a manipulação das emissões dos veículos a gasóleo e para despesas com eventuais correções de valor dos veículos em transporte devido às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos no início de abril.

A Volkswagen tinha uma liquidez líquida na divisão automóvel de 33 mil milhões de euros no final de março e espera ter entre 34 e 37 mil milhões de euros no final deste ano (34,4 mil milhões no final de 2024).

Prevê igualmente que o fluxo de caixa líquido desta divisão se situe entre dois e cinco mil milhões de euros no final do ano. A Volkswagen publica o balanço completo do primeiro trimestre a 30 de abril.

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Cristiano Ronaldo investe em estúdio de cinema com o realizador do filme Kick-Ass

  • ECO e Lusa
  • 10 Abril 2025

É mais um negócio no portefólio de investimentos do futebolista português. Nova parceria já financiou e produziu dois filmes de ação e "está prestes a começar um terceiro na mesma série”.

O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo e o realizador britânico Matthew Vaughn juntaram-se para criar um estúdio de cinema voltado para “tecnologia inovadora”.

Em comunicado sobre o novo projeto, intitulado UR•MARV, o consórcio indica que Cristiano Ronaldo e Vaughn, através da nova parceria, já “financiaram e produziram dois filmes de ação juntos e estão prestes a começar um terceiro na mesma série”.

“Ambos estão ansiosos por anunciar o primeiro lançamento em breve”, pode ler-se no mesmo texto. O estúdio vai adotar “tecnologia inovadora, com um aceno à tradição”.

Citado no comunicado, o realizador de filmes como “Kick-Ass” e “Kingsman” refere-se ao avançado dos sauditas do Al Nassr como “um super-herói da vida real”, enquanto Ronaldo afirma ser “um capítulo entusiasmante” para si, numa altura em que olha em frente para “novas oportunidades de negócios”.

O capitão da seleção portuguesa, que em fevereiro completou 40 anos, mais de metade deles dedicados ao futebol, conta com um portefólio de investimentos diversificado, passando pela hotelaria, estética e, mais recentemente, pelas porcelanas, movimentando milhões por ano.

Classificado pela revista Forbes como o desportista mais bem pago do mundo em 2023, ano em que terá faturado mais de 240 milhões de euros, Cristiano Ronaldo anunciou, em junho do ano passado, a entrada no capital da Vista Alegre e a criação de uma nova empresa com este grupo.

Esta operação foi anunciada ao mercado menos de um ano após ter sido confirmada a entrada do futebolista na então Cofina Média, que passou a chamar-se Medialivre, que agrega títulos como o Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios, Sábado, TV Guia, Flash e Máxima.

Também no ano passado, o futebolista fez um “investimento significativo” na Whoop, tendo-se tornado embaixador e investidor desta empresa americana de performance desportiva, que desde 2012 angariou mais de 400 milhões de dólares de venture capital.

Já em 2021, Ronaldo tinha apostado numa área de negócio alternativa ao entrar no capital da Insparya, grupo até então conhecido como Saúde Viável, que se dedica à área da saúde, nomeadamente aos transplantes capilares, com operações em Portugal, Itália e Espanha.

A chegada do avançado ao mundo da hotelaria aconteceu em 2016, quando foi anunciada uma joint venture de 75 milhões de euros entre o grupo Pestana e Cristiano Ronaldo para a construção de quatro novos hotéis – Funchal, Lisboa, Madrid e Nova Iorque -, e criação da marca Pestana CR7 Lifestyle Hotels, dedicada aos ‘millenials’ (geração que nasceu entre 1981 e 1996).

Com um contrato de mais de 200 milhões de euros por ano até 2025 no clube de futebol saudita Al Nassr, Cristiano Ronaldo tem mais de 850 milhões de seguidores nas redes sociais e todos os anos fatura perto de 90 milhões de euros em contratos publicitários, de acordo com estimativas da Forbes.

Os negócios de Ronaldo

O capitão da seleção das quinas, que é o jogador com mais internacionalizações de sempre, é um investidor com uma carteira de participações empresariais vasta e bastante diversificada. De acordo com uma pesquisa do ECO, é dono de um império empresarial composto por mais de uma dezena de participações diretas e indiretas em empresas nacionais a operar em diferentes setores de atividade, com particular foco no turismo, no imobiliário e nos média.

No leque de empresas de Cristiano Ronaldo há duas que se destacam, por serem utilizadas como uma espécie de porta-aviões, por onde se estendem os maiores investimentos do atleta. Uma dessas companhias é a CR7 Lifestyle, uma unipessoal com mais de 20 milhões de capitais próprios que conta na gerência com três dos seus braços direitos: o irmão Hugo Aveiro; o amigo de longa data Miguel Paixão dos Santos; e Miguel Marques, que gere a fortuna do futebolista há muitos anos.

Segundo dados recolhidos pelo ECO, a CR7 Lifestyle agrega uma participação de 100% na CR7 Lifestyle Lisboa, a empresa detentora da unidade hoteleira Pestana CR7 Lisboa Hotel na capital portuguesa, e ainda uma participação de 50% na Pestana CR7 – Madeira Hotel Investimentos Turísticos, no Funchal.

O outro bastião do portefólio empresarial de Cristiano Ronaldo é a CR7 SA, uma sociedade anónima (anteriormente denominada de CR7 Unipessoal) que tem como presidente do conselho de administração Miguel Marques, sócio da sociedade de investimentos LMCapital.

Debaixo da CR7 SA, Cristiano Ronaldo tem uma posição de controlo sobre quatro empresas nacionais (Domum Septem, CR7 Footwear, 7Egend e Category Challenge – esta última está inativa desde 30 de abril de 2021) e posições minoritárias ou igualitárias em cinco empresas portuguesas e outras tantas companhias estrangeiras.

Deste leque de negócios destaca-se a participação de 50% na CR7 Marrakesh, a empresa dona do hotel do grupo Pestana em Marraquexe, e 50% do capital na Maravilha Décimal, a empresa que comercializa a Ursu9, a água alcalina que CR7 lançou em parceria com Francisco Ferreira, um empresário de Vizela dono do grupo Outeirinho.

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Inova Quality Hub quer apoiar 45 startups até final do ano

Até ao final do ano, o hub do IPQ quer aumentar o número de empresas ligadas ao projeto: 45, através de programas de pré-incubação, incubação e de aceleração.

O Inova Quality Hub quer até ao final do ano apoiar 45 startups, um aumento face à atuais 20 startups ligadas à incubadora do Instituto Português de Qualidade (IPQ), confirmou João Pimentel, presidente do conselho diretivo do IPQ, ao ECO.

“Neste momento temos cerca de 20 incubados e algumas empresas na área da saúde”, diz o responsável sobre o projeto que, desde novembro passado, ocupa mais de 700 metros quadrados no IPQ, na Caparica. É o caso Brainr, Complear Health ou da Medicompliance.

Saúde é, aliás, uma das áreas da incubadora parte da Rede Nacional de Incubadoras, mas o foco é também projetos nos setores de Energia e Ambiente, procurando retirar potencial de alguns projetos/setores em que o IPQ está envolvido.

“Temos projetos até muito emblemáticos na área da saúde, na área da energia, na área do digital, na área do mar”, afirma João Pimentel.

“Na área da saúde, lideramos um consórcio internacional com um budget de dois milhões de euros, com parceiros, para desenvolver um chip para que os testes laboratoriais, que hoje ainda se fazem com suporte em alguns animais, possam vir a passar completamente a ser feitos num chip, mimetizando o comportamento do corpo humano”, descreve o presidente do IPQ.

“Há uma área de conhecimento muito forte que é gerada no âmbito destes projetos de I&D em que participamos e alguns lideramos e, portanto, há aqui uma possibilidade também de ser transferido”, para as incubadas, justifica.

Projetos para o futuro: reforçar incubadora

Até ao final do ano, o hub quer aumentar o número de empresas ligadas ao projeto: 45, através de programas de pré-incubação, incubação e de aceleração. “Apresentámos uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aos Vales para Incubadoras, essa é uma meta que consta no projeto. Naturalmente, estamos empenhadíssimos e a mobilizar todas as nossas energias para o seu cumprimento”, diz João Pimentel.

João Pimentel, presidente do conselho diretivo do IPQ.

 

“Estamos neste momento numa rampa de lançamento”, aponta o presidente do IPQ, destacando a participação do hub na Web Summit Qatar. “Tivemos uma série de leads muito interessantes, muitos contactos. Aliás, estamos a trabalhar muitos desses contactos de empreendedores, de startups que nos visitaram no Qatar, que têm interesse em Portugal e olham para Portugal como uma plataforma para a Europa”, refere.

Estamos a fazer estas interações com estas empresas com quem interagimos no Qatar e também com um conjunto de outras empresas internacionais que vieram ao IPQ através candidatura que formalizámos ao Startup Visa“, refere ainda.

Nova norma para startups

A pensar ainda no ecossistema de empreendedorismo, o IPQ desenvolveu igualmente uma norma, a NP 4595, que João Pimentel classifica de “pioneira a nível nacional e internacional”.

A norma, que tem uma adoção voluntária, “poderá ajudar as nossas startups a terem processos mais bem estruturados, organizados e, portanto, no fundo, ajudá-los a desenvolver as competências de gestão do negócio, quer na perspetiva da qualidade, como da inovação”, explica.

“É uma norma que não encontra paralelo em termos internacionais. Levávamo-la também ao Qatar, estivemos em Espanha com os nossos contrapartes. O IPQ vai fazer agora um caminho junto do Comité Europeu de Normalização e da Organização Internacional de Normalização, no sentido de propor a adoção internacional desta norma, porque também na área da qualidade internacional há aqui, de facto, um gap de atenção relativamente a este ecossistema em particular”, diz.

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China não teme mais tarifas e avisa Trump que vai “fracassar” na guerra comercial

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Pequim adverte que “não se vai acomodar nem deixar que os direitos e os interesses legítimos do povo chinês sejam violados”. Goldman Sachs revê em baixa previsões de crescimento da China.

A China não está interessada numa guerra comercial, mas adverte que não teme que os Estados Unidos continuem com as ameaças tarifárias.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China referiu que “a causa americana não conquista o apoio do povo e vai terminar em fracasso”.

Lin Jian promete que Pequim “não se vai acomodar nem deixar que os direitos e os interesses legítimos do povo chinês sejam violados”.

Também esta quinta-feira, o Ministério do Comércio avisou que “pressão, ameaças e chantagem não são a maneira correta de lidar com a China”, que irá “até ao fim” se Trump insistir neste caminho.

Face às “tarifas intimidatórias” dos EUA, Pequim prometeu que “na qualidade de segunda maior economia do mundo e segundo maior mercado de consumo de matérias-primas (…) promoverá inabalavelmente uma abertura de alto nível” e “injetará mais segurança na economia global”.

O novo aumento das taxas de 34% para 84% sobre os produtos provenientes dos Estados Unidos que chegam à China já entrou em vigor, em resposta à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira por Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.

Na sequência do anúncio de Pequim, na quarta-feira, Trump voltou a aumentar as tarifas sobre a China para 125% com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das tarifas anunciadas a 2 de abril aos restantes países do mundo.

Face à guerra tarifária entre Pequim e Washington, o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs reviu esta quinta-feira em baixa as previsões de crescimento da economia chinesa em 2025 e 2026, para 4% e 3,5%, respetivamente.

“O aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos chineses terá um impacto significativo na economia e no mercado de trabalho chineses”, afirmou o banco, notando que eventuais novos aumentos tarifários terão um “impacto marginal”, devido às elevadas taxas já em vigor.

Quem já saudou a suspensão das tarifas recíprocas, anunciada por Trump, foi a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Trata-se de um passo importante para estabilizar a economia mundial. Condições claras e previsíveis são essenciais para o funcionamento do comércio e das cadeias de abastecimento”, reagiu.

Para a presidente da instituição que detém a competência da política comercial da UE, “as tarifas são impostos que só prejudicam as empresas e os consumidores”, pelo que Bruxelas “continua empenhada em negociações construtivas” com Washington. A ambição é conseguir trocas comerciais “sem atritos e mutuamente benéficas”.

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Relatório Draghi: Nuno Melo na 3.ª conferência ECO sobre Segurança e Defesa

  • ECO
  • 10 Abril 2025

Nuno Melo, Ministro da Defesa Nacional, estará presente na 3.ª conferência dedicada ao Relatório Draghi, desta vez sobre Segurança e Defesa. Será a 17 de abril no Estúdio ECO.

“A Europa tem de reagir a um mundo de geopolítica menos estável, no qual as dependências se estão a transformar em vulnerabilidades, e não pode continuar a depender de outros para a sua segurança”. Estas foram as palavras de Mario Draghi no relatório sobre o futuro da competitividade europeia, ainda em setembro, muito antes de Donald Trump ter chegado à Casa Branca e ter abalado os equilíbrios históricos entre Europa e Estados Unidos.

Com estes desenvolvimentos, o tema da defesa e da segurança só ganhou ainda mais relevância, É isso que iremos discutir nesta terceira conferência dedicada ao Relatório Draghi: a segurança e a defesa, numa ótica militar mas também de independência estratégica em termos de matérias-primas e de cadeias de produção.

A conferência ocorre no Estúdio ECO, em Lisboa, a 17 de abril, a partir das 10h00. O ministro da Defesa Nacional Nuno Melo fará a abertura do encontro. A entrada é livre, limitada à lotação da sala e mediante inscrição aqui.

As Conferências Relatório Draghi têm o apoio da PwC.

PROGRAMA

09:45 Registo e Welcome coffee

10:15 Boas-Vindas
António Costa, Diretor do Eco

10:20 Abertura
Nuno Melo, Ministro da Defesa Nacional

10:40 O relatório Draghi e a Defesa e Segurança europeia
Luís Rebelo de Sousa, Director da PwC

11:00 Painel de discussão
Francisco Oom Peres, COO da Orion Technik
Hélder Sousa Silva, Eurodeputado
José Neves, Presidente do AED Cluster Portugal
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

11:45 Encerramento
Vítor Sereno, Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa

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