Dupla de arquitetos minhotos ‘reveste’ negócio com entulho das obras

Dois arquitetos transformam o entulho das obras como telhas, tijolos, cimento e pedras em materiais de revestimento. O projeto Matterpieces já desviou 50 toneladas de resíduos dos aterros.

Após seis anos a exercerem em Viena, na Áustria, os arquitetos Patrícia Gomes e Luís Lima decidiram regressar a Portugal em 2020 para tentar “redefinir” o futuro dos materiais de construção. A dupla criou o projeto Matterpieces, que transforma os desperdícios da construção, como telhas, tijolos, cimento e pedras, em novos materiais de revestimento e até mobiliário.

“A construção é uma das indústrias mais poluentes do planeta, responsável por 50% da extração de matérias-primas do solo, um terço dos resíduos gerados em todo o mundo e 38% das emissões de carbono para a atmosfera”, contextualiza a cofundadora da Matterpieces, natural de Braga.

Apercebendo-se disso, diz Patrícia Gomes, licenciada em Arquitetura na Universidade do Minho, começaram por incorporar desperdícios de obra nos projetos de arquitetura, mas “rapidamente” perceberam que “para fazer a diferença” não se podiam limitar a processar apenas quilos de resíduos – teriam de começar a pensar em toneladas.

Fundado em 2022 na garagem dos pais dos fundadores, o projeto Matterpieces já desviou 50 toneladas de resíduos dos aterros. Nos próximos dois anos, os responsáveis estimam ultrapassar as 360 toneladas processadas, um número que já “reflete o compromisso em reduzir a extração de matérias-primas”.

“Estamos a inaugurar um novo ciclo na arquitetura e construção. Por um lado, a recolher resíduos de obras, a tratá-los e transformá-los em novos materiais que são estéticos, funcionais e, por isso mesmo, competitivos. Por outro, a implementar uma estratégia circular colaborativa que reúne empresas de demolição, gestão de resíduos, arquitetos, construtores e produtores de materiais para alcançar um objetivo comum, a construção circular”, resume Patrícia Gomes.

Com o entulho da obra, refere em comunicado, a Matterpieces disponibiliza 13 texturas em catálogo, disponíveis em painéis ou ladrilhos, com diferentes tipos de acabamento. A cofundadora adianta ao ECO que os revestimentos custam 65 euros por metro quadrado.

De forma a adaptar o método de fabrico a uma escala industrial, a Matterpieces estabeleceu parcerias com empresas de demolição e gestão de resíduos, como a Costa Almeida Ambiente e a Zircom. E uma “colaboração estreita” com a RMC de Aveiro, onde a dupla transforma o entulho em novos materiais.

A internacionalização é o próximo passo na estratégia dos jovens empreendedores nortenhos. “O objetivo consiste em estabelecer parcerias estratégicas noutros pontos do globo e reutilizar os desperdícios que são gerados em diferentes geografias de forma local”, conclui o vimaranense Luís Lima, cofundador da Matterpieces.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acesso a incentivo de 2025 para grandes produções de cinema e audiovisual abre na 2.ª feira

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Esta fase de candidatura anual ao cash refund abre numa altura em que não foi ainda atingido o teto máximo dos 20 milhões de euros de dotação do programa anterior, que abriu a 16 de setembro de 2024.

O programa de incentivo financeiro às grandes produções de cinema e audiovisual (cash refund) abre uma nova fase de candidaturas na próxima segunda-feira, com uma dotação de 20 milhões de euros, anunciou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

De acordo com o ICA, a partir das 10h00 da próxima segunda-feira, 3 de fevereiro, podem ser submetidos online os “requerimentos de admissão ao incentivo financeiro à grande produção cinematográfica e audiovisual”, designado cash refund.

As normas de mecanismo estipulam que, em cada ano civil, o incentivo seja atribuído aos projetos elegíveis por ordem de entrada, “até ao limite das disponibilidades financeiras de cada exercício”.

Esta fase de candidatura anual ao cash refund abre numa altura em que não foi ainda atingido o teto máximo dos 20 milhões de euros de dotação do programa anterior, que abriu a 16 de setembro de 2024. Na plataforma onde deve ser feita a candidatura, o ICA revela que o montante global requerido em 2024 pelos candidatos está atualmente nos 11,1 milhões de euros.

No entanto, não foi ainda atribuída qualquer verba aos projetos considerados elegíveis, nem divulgada a lista dos candidatos.

Este incentivo cash refund “destina-se a apoiar produções cinematográficas que efetuem em território nacional, pelo menos, 2.500.000 [de euros] de despesas elegíveis“, como se lê na portaria com as normas de acesso a este mecanismo.

São consideradas despesas elegíveis, por exemplo, “remunerações de autores, atores, técnicos e outro pessoal afeto à produção da obra cinematográfica ou audiovisual” e recurso a equipamento como “câmaras, iluminação, equipamento de som” comprado ou alugado em Portugal.

Este mecanismo “permite, assim, diversificar as produções a realizar em território nacional, de forma complementar ao incentivo à produção cinematográfica e audiovisual [designado ‘cash rebate’] no âmbito do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema (FATC) e dar resposta à procura muito elevada pelo incentivo do FATC nos anos de 2022 e 2023”, pode ler-se no mesmo texto da portaria.

O FATC foi criado em 2018 para apoiar e financiar iniciativas que reforcem a vertente turística do país e inclui um mecanismo de incentivo (cash rebate) para a rodagem de produções de cinema e audiovisual em Portugal.

Segundo um estudo encomendado pelo Governo anterior sobre o FATC, divulgado em março de 2023, o sistema de cash rebate apoiou 168 projetos de cinema e audiovisual, com um investimento total de 238,1 milhões de euros, dos quais 128,7 milhões de euros foram de investimento estrangeiro. O total do montante de incentivo foi de 64,3 milhões de euros, referia o estudo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Custos dos instrumentos financeiros não devem comprometer retorno, recomenda a CMVM

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

O regulador dos mercados aponta que deve existir documentação a fundamentar estes custos, bem como a realização de análises sobre a coerência entre os custos e o retorno potencial.

Os intermediários financeiros devem seguir um conjunto de boas práticas, nomeadamente tendo em conta que os custos dos instrumentos financeiros não devem comprometer o retorno esperado, segundo recomenda a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A CMVM quer incentivar os intermediários financeiros a oferecer instrumentos financeiros que tenham ‘Value for Money’, tendo por isso lançado esta segunda-feira uma circular com um conjunto de boas práticas, que têm também em vista reforçar a proteção dos investidores.

Seguindo o princípio de que os custos e encargos não devem comprometer as expectativas de retorno do instrumento financeiro, a CMVM aponta que deve existir documentação a fundamentar estes custos, bem como a realização de análises sobre a coerência entre os custos e o retorno potencial.

No que diz respeito às necessidades do mercado-alvo, a CMVM salienta que não é uma boa prática a “distribuição de instrumentos financeiros com elevados custos e encargos iniciais junto de investidores que pretendem um horizonte de investimento curto, por não permitirem diluir os custos e encargos num período de investimento alargado”.

O regulador alerta ainda que “desvios desproporcionais nos custos e encargos devem ser justificados pelos benefícios esperados subjacentes ao produto”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal fecha acordo com Fidelidade para construir sede na antiga Feira Popular

Tal como o ECO avançou em outubro, a nova sede do Banco de Portugal vai ser erguida nos terrenos da antiga Feira Popular, em Lisboa. Obras ficam concluídas em 2027.

O Banco de Portugal fechou o acordo com a seguradora Fidelidade para a construção da sua nova sede nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, Lisboa, confirmando uma notícia avançada pelo ECO em outubro. As obras ficam concluídas no terceiro trimestre de 2027.

Em comunicado, o supervisor liderado por Mário Centeno adianta que “a formalização está sujeita à conclusão satisfatória das negociações e à obtenção das aprovações necessárias“.

Não foram revelados valores do negócio, embora o ECO tenha adiantado em outubro que o negócio poderia superar os 240 milhões de euros. Na altura, o ECO noticiou que o supervisor estava a analisar duas opções neste momento: concentrar tudo num espaço de até 30 mil metros quadrados onde estava o antigo parque de diversões; ou ocupar apenas 10 mil metros e ficar com o Edifício Marconi, que fica ao lado e para onde se vai mudar temporariamente.

O projeto deverá estar concluído no terceiro trimestre de 2027 e “representa o culminar de um processo com várias décadas de procura da melhor solução para uma localização única do espaço de escritórios na cidade de Lisboa“, adianta a entidade reguladora.

“É como o novo aeroporto…”

O desejo de mudança do supervisor é antigo e a centralização dos serviços visa responder a um esforço de racionalização de custos. Atualmente, as instalações do Banco de Portugal encontram-se espalhadas por quatro localizações de Lisboa, onde trabalham cerca de 1.500 dos 1.700 trabalhadores do banco: a sede (Rua do Comércio), o Edifício Portugal (Avenida Almirante Reis), Rua Castilho e Avenida da República.

“Para um banco central, por questões de segurança, para proteção não só das condições de trabalho, mas também de informação e valores que o Banco de Portugal tem à sua guarda, isto leva a um grau de despesa e de ineficiência muito elevado”, referiu Mário Centeno na conferência de apresentação do relatório do conselho de administração de 2023.

“Há mais de 40 anos, mais ou menos o mesmo tempo que o aeroporto, que o Banco de Portugal discute, debate e procura soluções para as suas instalações. O Banco de Portugal não tem história de ter tido instalações únicas em Lisboa”, acrescentou.

Enquanto não encontra uma solução estrutural para o seu problema, o supervisor decidiu instalar-se temporariamente no Edifício Marconi, que fica ao lado dos antigos terrenos da Feira Popular.

Fidelidade rentabiliza terrenos

A Fidelidade comprou os terrenos da antiga Feira Popular em 2018 por cerca de 270 milhões de euros. A seguradora adquiriu três parcelas de terreno naquela zona, sendo que uma delas (Parcela C, praticamente colada à linha de comboio) já está ocupada com a futura sede da seguradora – chegou a sondar o mercado com vista a uma potencial venda, mas desistiu do processo.

Sobram dois lotes de terreno, ocupando uma área conjunta de mais de 70 mil metros quadrados, e que serão destinados a comércio e serviços (Parcela A, onde vai ser edificada a nova sede do Banco de Portugal) e comércio, serviços e habitação (Parcela B), sendo que as obras ainda se encontram numa fase muito inicial.

Num comunicado separado a confirmar o acordo, a Fidelidade salienta que o projeto de Entrecampos “representa uma visão revitalizadora daquela área central de Lisboa, criando um marco urbano que combina sustentabilidade, design contemporâneo e funcionalidade”. Revela ainda que os arquitetos Ana Costa, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, ambos laureados com o Prémio Pritzker, vão ser os responsáveis pelos edifícios residenciais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DeepSeek. Como a China abalou os investidores em inteligência artificial

O sucesso inesperado da empresa chinesa, que superou o ChatGPT nos EUA, precipitou um sell-off nas gigantes tecnológicas. Soluções "low cost" de IA são uma ameaça a gigantes como a Nvidia?

Tem um ano, é chinesa e precisou apenas de 5,6 milhões de dólares para abalar o domínio das gigantes de inteligência artificial (IA) dos Estados Unidos e os milhares de milhões investidos pelas tecnológicas. A DeepSeek apresentou um modelo de IA “low cost”, que concorre com o ChatGPT e acelerou uma forte correção nas ações das empresas tecnológicas e de semicondutores, lançando dúvidas sobre o valor das cotações do setor.

Quando o tema é inteligência artificial, os EUA assumem-se sempre como o mercado que domina esta tecnologia. Gigantes como a Nvidia, a Alphabet ou a Microsoft são inevitavelmente os nomes que saltam, mas esta segunda-feira apresentou aos investidores um novo player na IA, que vem concorrer diretamente com estas companhias e com o domínio — até aqui — incontestável dos EUA: a DeepSeek.

A startup chinesa, criada por Liang Wenfeng, lançou um novo modelo de IA chamado R1, uma versão mais barata do ChatGPT, que gerou grande popularidade nos EUA e que está a deixar os investidores mundiais em alerta. “O novo modelo da startup chinesa de IA é económico e funciona com chips de capacidade reduzida. O desenvolvimento levanta questões sobre as elevadas avaliações das principais empresas de IA, como a Nvidia, e o caso de investimento para toda a cadeia de fornecimento de IA”, escreve o Saxo Bank, num comentário publicado esta segunda-feira.

O modelo apresentado pela DeepSeek vem contrariar as elevadas necessidades de investimento defendidas pelo setor. Na semana passada, a Meta anunciou que vai investir mais de 65 mil milhões de dólares este ano no desenvolvimento de IA. Já Sam Altman, CEO da OpenAI, disse no ano passado que a indústria da IA ​​vai necessitar de biliões de dólares em investimentos para apoiar o desenvolvimento de chips muito procurados, necessários para alimentar os centros de dados de electricidade que gerem os modelos complexos do setor.

“Potencialmente, esta tecnologia pode ser um game changer e questões estão a ser colocadas sobre as enormes quantidades de dinheiro que os players do setor tecnológico tradicional, as chamadas 7 Magníficas, têm alocado ao desenvolvimento de IA“, argumenta o ING. Os especialistas destacam que o surgimento da startup chinesa apresenta um “grande desafio” ao setor

“A DeepSeek parece mostrar agora que podemos fazer mais com o poder computacional existente do que se pensava anteriormente. Além disso, a DeepSeek está a disponibilizar o seu modelo gratuitamente”, acrescenta o ING, acrescentando que “o mercado precisa de avaliar uma taxa de adoção mais lenta da computação de alto desempenho e das receitas das empresas que vendem modelos de IA”, isto num momento em que estas empresas negoceiam com níveis de avaliação elevados.

Os analistas recordam que a ASML, por exemplo, negoceia com um rácio do lucro por ação (PER) de 33,6 vezes e a Nvidia apresenta um PER de 48,5 vezes.

As tecnológicas estão a ser fortemente castigadas pelo surgimento desta alternativa, com o tecnológico Nasdaq a afundar mais de 3,5%, arrastado pelas quedas de empresas como a Nvidia, a líder do setor, que segue a tombar mais de 17%, para mínimos de quatro meses, ou da Microsoft e Alphabet, com quedas próximas de 3,5%. Também o setor tecnológico europeu esteve a sentir o impacto deste selloff, com o índice europeu para o setor a recuar 5,8%, o pior desempenho desde 15 de outubro.

E as quedas poderão não ficar por aqui. “Não espero que as empresas ocidentais instalem software de IA chinês, mas os EUA não vão ser o único player na competição global“, adianta Guillermo Hernández Sampere, “head of trading” da Manfred Piontke, ao ECO.

Apesar do pessimismo que domina este início de semana, os analistas do ING alertam que é preciso alguma cautela, notando que as coisas “podem mudar rapidamente”. “Ainda há incerteza sobre como exatamente a DeepSeek funciona, se é segura e quão robusto é”, avisam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto e Gondomar redesenham fronteiras dos concelhos. Moreira diz que não faziam sentido

Porto e Gondomar repõem fronteiras e trocam territórios. A cidade Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados que inclui a Quinta de Villar d’Allen e o concelho vizinho recebe 138 mil m2 de área.

Ainda falta a publicação em Diário da República, mas finalmente “o Porto passará a ter uma fronteira normal e articulada com Gondomar” depois de, em 2012, não ter havido “grande empenho [dos municípios] em impedir a anormalidade” da delimitação administrativa que está em vigor, assinalou o presidente da câmara portuense, Rui Moreira.

O Executivo aprovou, por unanimidade, esta segunda-feira a reposição da fronteira entre os dois concelhos vizinhos depois de os municípios terem chegado a acordo. Porto e Gondomar vão, assim, trocar parcelas em zonas de fronteira dos dois concelhos que contemplam a zona a Norte da Estrada da Circunvalação, Pêgo Negro, Areias, zona a Sul das Areias, área a sul da Rua Oito de Setembro, zona a Sul da Granja (EN208), Quinta Villar d’Allen e a parcela contígua, junto à EN108.

Não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

A Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados de território, que inclui 68 habitações e 15 imóveis de comércio e serviços. E conquista a Quinta de Villar d’Allen para regozijo de Rui Moreira, assegurando que a autarquia portuense “tem recursos e meios para olhar por aquela propriedade, com uma raiz histórica”.

Já Gondomar recebe quase 138 mil metros quadrados de território com 67 casas, e um espaço de comércio e serviços.

A atual Carta Administrativa Oficial de Portugal “não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia, como acontecia na fronteira na zona Norte”, vincou o presidente da câmara do Porto, durante a reunião do Executivo desta segunda-feira.

Também o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, considerou que se fez justiça. “Estamos a racionalizar uma fronteira que não era lógica, que tinha sido alterada de forma unilateral pelo Estado”.

Depois de aprovado pelas respetivas assembleias municipais, a alteração da Carta Administrativa Oficial de Portugal segue para a Assembleia da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Generali abre unidade para atacar empresas na Índia

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2025

O foco do governo indiano no desenvolvimento de infraestruturas e o apoio contínuo ao setor industrial motivaram a Generali a entrar no mercado com produtos para empresas.

O Grupo Generali, ao qual pertence a Generali Tranquilidade, estabeleceu no primeiro dia do ano a unidade de negócios Global Corporate & Commercial (GC&C) Índia dentro da Future Generali India Insurance, reforçando assim a sua presença no segmento de seguros corporativos e comerciais que está “em rápido crescimento na Índia”.

O forte foco do governo indiano no desenvolvimento de infraestruturas e o apoio contínuo ao setor da manufatura apresentam uma oportunidade significativa para a Generali entrar no mercado com a sua gama de produtos GC&C”, explicou Rob Leonardi, regional officer da Generali Ásia. “A perspetiva positiva para os próximos anos torna este movimento um investimento estratégico e de longo prazo numa das economias mais dinâmicas do mundo”, afirma.

Segundo comunicado pelo grupo italiano, Shib Shankar Saha foi nomeado head da GC&C Índia e reporta diretamente a Axel Roesner, head da GC&C Ásia.

A nova unidade de negócios está preparada para oferecer soluções de seguros personalizadas para empresas de média e grande dimensão. Entre a sua oferta, encontram-se soluções de seguros de propriedade, responsabilidade civil, linhas financeiras, engenharia, marítimos, cibernéticos e paramétricos para empresas multinacionais e nacionais, bem como serviços de consultoria de risco.

A Generali está confiante que o “vasto conhecimento local da Generali” e a sua ampla rede global vão alavancar a posição da GC&C Índia em apoiar as empresas “num ambiente de negócios em rápida evolução”.

“Como um interveniente de destaque no mercado indiano, já estabelecemos uma forte presença no segmento corporativo e comercial local, e acreditamos que as nossas novas capacidades irão reforçar ainda mais o nosso foco e melhorar a nossa capacidade de subscrever riscos críticos para apoiar o crescimento da nação”, afirmou Anup Rau, MD & CEO da Future Generali India Insurance. “Estamos confiantes de que a GC&C Índia não só aprimorará a nossa proposta de valor para o cliente, como também ajudará a expandir o mercado.”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Delegação da Air France-KLM esteve em Lisboa para reuniões sobre a TAP

  • ECO
  • 27 Janeiro 2025

Delegação da companhia franco-neerlandesa esteve a semana passada em Lisboa onde reuniu com entidades privadas ligadas à produção de combustíveis sustentáveis.

Responsáveis da Air France/KLM encontraram-se a semana passada com várias entidades e personalidades com o objetivo de reunir apoios para a privatização da TAP e abrir portas a negócios futuros, sobretudo na área da sustentabilidade, noticia o Expresso.

Uma delegação do Grupo Air France-KLM, composta em particular pelas suas equipas de sustentabilidade, visitou Lisboa nos últimos dias”, afirmou ao semanário fonte oficial do grupo.

A delegação “reuniu-se com vários stakeholders para discutir possíveis oportunidades de cooperação e parceria na área da sustentabilidade e, mais especificamente, nos combustíveis sustentáveis para aviação (Sustainable Aviation Fuels – SAF), dos quais a Air France-KLM é o maior comprador e utilizador mundial”, acrescentou.

A Air France-KLM é um dos três grupos de aviação que já declararam publicamente o interesse na privatização, a par da Lufthansa e IAG (dona da British Airways, Iberia e outras).

Segundo o Expresso, a companhia franco-neerlandesa não reuniu com o Governo desta vez, ao contrário do que tinha acontecido em outubro. O CEO, Benjamin Smith, reiterou o interesse na privatização da TAP durante a última apresentação de resultados e que confirmou ao Executivo “estar disponível para a compra de uma participação maioritária ou minoritária”.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, reafirmou em entrevista à TSF e ao JN que o Governo pretende aprovar o relançamento da privatização até ao final de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS pede ao Banco de Portugal documentos sobre fim do acordo no Novobanco

Grupo parlamentar socialista quer ter acesso aos documentos e informações relacionadas com o fim do acordo de capital contingente entre o Novobanco e o Fundo de Resolução.

O grupo parlamentar do PS apresentou esta segunda-feira um requerimento junto do Banco de Portugal para obter informação e documentação relacionada com o fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA) entre o Novobanco e o Fundo de Resolução, anunciado em dezembro.

Em específico, os deputados socialistas requereram ao supervisor liderado por Mário Centeno o seguinte:

  • O acordo de cessação de vigência do Acordo de Capitalização Contingente, assinado a 9 de dezembro de 2024, entre o Fundo de Resolução e a Nani Holdings;
  • A ata da reunião de conselho de administração que aprovou este acordo;
  • O side agreement assinado entre as partes anteriormente mencionadas e o Estado a regular as condições de venda do Novobanco;
  • Informação se foi dado conhecimento ao Tribunal de Contas dos acordos acima mencionados;
  • Uma memória descritiva das ações, litígios e diferendos e do seu respetivo ponto de situação, bem como dos valores em causa e para que contraparte;
  • Uma relação das provisões contraídas pelo Novobanco ou pelo Fundo de Resolução sobre as ações, litígios e diferendos descritos no número anterior.
  • A avaliação previsional do Fundo de Resolução sobre a necessidade de fazer novos pagamentos no âmbito de perdas do CCA em 2025;
  • A previsão de aplicação por parte do Fundo de Resolução dos dividendos a receber do Novobanco, designadamente de amortização do crédito contraído pelo Fundo de Resolução a contrapartes públicas e privadas.

A Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública vota esta quarta-feira um outro requerimento apresentado pelo grupo parlamentar socialista para a realização de audições do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e do presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, sobre o término antecipado do CCA.

O Novobanco e o Fundo de Resolução anunciaram no dia 9 de dezembro o termo antecipado do mecanismo de capital contingente criado aquando da venda do banco ao fundo americano Lone Star, quando Mário Centeno era ministro das Finanças do governo de António Costa.

O fim CCA vai permitir ao Novobanco pagar 1,3 mil milhões de euros em dividendos, com cerca de 300 milhões a entrarem nos cofres públicos. E avançar para a venda – o que poderá acontecer em maio através de uma oferta pública inicial.

No âmbito do CCA, o Fundo de Resolução injetou mais de 3,4 mil milhões de euros no Novobanco para a cobertura de perdas relacionadas com ativos tóxicos herdados do BES e dos rácios de capital do banco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE pede audição urgente do secretário de Estado Hernâni Dias no parlamento

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Bloquistas consideram que o Secretário de Estado ao criar duas imobiliárias, quando já era membro do Governo, "pode configurar conflito de interesses nas suas funções”.

O BE requereu esta segunda-feira a audição urgente do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sobre a criação de duas empresas imobiliárias “que podem configurar conflito de interesses”.

Num requerimento assinado pela deputada Joana Mortágua e dirigido ao presidente da comissão de Poder Local e Coesão Territorial, refere-se que Hernâni Dias “criou duas empresas imobiliárias quando já era membro do Governo”.

A bancada bloquista realça que “este ato pode configurar conflito de interesses nas suas funções”, dado que o ministério que Hernâni Dias integra é o responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.

O requerimento refere que Hernâni Dias “fundou uma primeira sociedade, a 28 de outubro de 2024, a MCRH Singular, Lda, com a sua esposa e filhos, em Bragança, enquanto já estava no executivo” e “detém 35%, a esposa outra fatia igual e cada um dos filhos 15%”, empresa que se dedica “ao setor imobiliário, construção civil e «gestão de património»”.

“Nessa altura, já a lei dos solos estava a ser preparada pelo executivo e dois meses depois haveria de ser publicada em Diário da República. Duas semanas depois daquela empresa, fundou outra empresa, a Prumo, Esquadria e Perspetiva, lda, na Maia, com os mesmos fins. Nesta tem metade do capital e uma menor de idade tem os restantes 50%”, continua o requerimento bloquista.

Joana Mortágua escreve que “a criação da primeira empresa foi comunicada à Entidade para a Transparência, no entanto, a segunda empresa não foi comunicada”.

“A juntar a estes factos recorde-se que o referido Secretário de Estado está envolvido em polémicas relevantes referentes a atos cometidos antes da sua entrada para o governo, nomeadamente em relação à gestão de fundos europeus enquanto presidente de câmara [de Bragança]”, é acrescentado.

Chega pede demissão de Hernâni Dias

O líder do Chega pediu, por seu lado, a demissão do secretário de Estado e anunciou que vai apresentar um diploma para que ninguém na administração pública aufira um salário superior ao do primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, em Lisboa, André Ventura considerou que a notícia divulgada pela RTP revela uma “situação de incompatibilidade pura” e é “corrupção aos olhos de todos”.

“Acho que o primeiro-ministro só tem uma solução: é demitir Hernâni Dias rapidamente. Se não o fizer, é cúmplice: está a pactuar com esquemas de suspeição e degradação da democracia”, afirmou, recordando que já foi noticiado que Hernâni Dias também está a ser investigado pela Procuradoria Europeia devido ao negócio da empreitada de ampliação da Zona Industrial de Bragança, feito quando era autarca daquela cidade.

André Ventura procurou comparar os casos que envolvem o secretário de Estado Hernâni Dias e o ex-deputado do Chega Miguel Arruda, constituído arguido por suspeita de furto de malas no aeroporto de Lisboa. “Deixo o desafio ao senhor primeiro-ministro: num caso 100 mil vezes mais grave, que envolve contrapartidas no exercício de funções públicas, benefício próprio no processo de legislativo, vai tomar a mesma atitude que eu tomei em relação a um deputado ou só vale a crítica e a exigência para o Chega?”, perguntou.

Ventura anunciou ainda que o partido vai dar entrada com um requerimento para ouvir com urgência Hernâni Dias no parlamento, caso o secretário de Estado não seja demitido, prometendo ainda aprovar o pedido já feito pelo BE com o mesmo efeito.

O líder do Chega indicou ainda que vai pedir à comissão parlamentar de Transparência e Estatuto dos Deputados para emitir um parecer sobre a situação do secretário de Estado e irá também solicitar à Entidade da Transparência as declarações entregues por Hernâni Dias “para verificar se esta situação já era conhecida do primeiro-ministro”.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem agora beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias está a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança. Esta terça-feira, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência bancária, conforme contrato”.

No domingo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, pediu a demissão de Hernâni Dias, e opôs-se fortemente ao decreto sobre a lei dos solos que vai ser alterada pelos deputados do parlamento mas que os bloquistas queriam revogar.

(Notícia atualizada às 17h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Peso das receitas e despesas públicas mais do que duplicou desde 1974

Mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a despesas com prestações sociais, saúde e educação, representando 30% do PIB, quatro vezes mais do que em 1974, destaca BdP.

O peso das receitas e das despesas públicas mais do que duplicou entre 1974 e 2023, de acordo com uma análise do Banco de Portugal divulgada esta segunda-feira. Os dados revelam que mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a despesas com prestações sociais, saúde e educação, representando 30% do Produto Interno Bruto (PIB), quatro vezes mais do que no ano da Revolução dos ‘Cravos’.

A análise do supervisor bancário assinala que, “em grande medida, com o desenvolvimento do Estado Social, as receitas e as despesas públicas aumentaram substancialmente.

Desde 1974, as receitas e as despesas públicas mais do que duplicaram em percentagem do PIB, passando de valores em torno de 20% para 43%, no caso das receitas, e 42%, no caso das despesas“.

Fonte: Banco de Portugal

A contribuir para o aumento da despesa pública estiveram os encargos do Estado com prestações sociais, educação e saúde. Mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a estas áreas, representando 30% do PIB, quatro vezes mais do que em 1974.

Esta variação traduz, além da dinâmica demográfica, as políticas públicas de apoio ao desenvolvimento do capital humano e de proteção e coesão social, enquadradas pelos direitos sociais consagrados na Constituição da República Portuguesa. As prestações sociais são particularmente relevantes na mitigação da pobreza. Em 2023, permitiram reduzir a taxa de risco de pobreza de 40,3% para 16,6%“, refere o Banco de Portugal.

Fonte: Banco de Portugal

Paralelamente, o crescimento das receitas públicas “beneficiou da modernização do sistema fiscal”, nomeadamente com a introdução do IRS, do IRC e do IVA, e do aumento das contribuições sociais. O supervisor realça que “a importância relativa dos impostos indiretos na carga fiscal é superior à da média da União Europeia, ao contrário das contribuições sociais e, sobretudo, dos impostos diretos”.

A entidade liderada por Mário Centeno destaca que na generalidade dos países desenvolvidos, as despesas e as receitas públicas são agora “muito superiores” às da segunda metade da década de 70.

A maior magnitude dos défices orçamentais no nosso país ao longo destes 50 anos refletiu-se num crescimento da dívida pública que suplantou o significativo crescimento observado também naqueles países. Resultou inclusive num peso da dívida na economia superior a 100%, quase mais 20 pontos percentuais do que nesses países“, realça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carga movimentada no porto de Lisboa subiu 3,6% em 2024 para 11,3 milhões de toneladas

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Este aumento resulta "da recuperação das linhas de contentores e da introdução de novas rotas comerciais que agora ligam Lisboa a mercados estratégicos", como ao continente americano.

O Porto de Lisboa registou um total de 11,3 milhões de toneladas movimentadas no ano passado, um crescimento de 3,6% em relação ao período homólogo, com a carga contentorizada a subir 12%, adiantou, num comunicado divulgado esta segunda-feira.

Segundo a mesma nota, “este crescimento em 2024 verificou-se principalmente ao nível da carga geral e contentorizada e resulta, em grande medida, da recuperação das linhas de contentores e da introdução de novas rotas comerciais que agora ligam Lisboa a mercados estratégicos, como por exemplo ao continente americano”.

Assim, o porto da capital “encerrou o ano passado com resultados positivos e consolidados no setor da carga, registando um crescimento de 3,6% face ao período homólogo”, ou seja, “um total de 11,3 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a dezembro de 2024”.

No que diz respeito ao segmento de carga geral, o porto de Lisboa registou 5,28 milhões de toneladas, um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, sendo que “a carga contentorizada foi outro dos motores deste desempenho”, aumentando 12% e totalizando 4,9 milhões de toneladas.

De acordo com o Porto de Lisboa, “este segmento contabilizou ainda 460.746 TEU (unidades equivalentes a contentores de 20 pés), um aumento significativo de 9,8% em comparação com 2023”.

Paralelamente, o Porto de Lisboa registou “um total de 2.386 escalas de navios ao longo de 2024, o que representa um aumento de 6,7% face ao ano anterior”, destacando-se um “crescimento de 13% nas escalas de navios de mercadorias, que totalizaram 1.902 escalas”.

Carlos Correia, presidente do Conselho de Administração da APL – Administração do Porto de Lisboa, acredita que a tendência de crescimento irá manter-se este ano.

“Estamos confiantes de que esta recuperação irá manter-se este ano. A paz social a que temos assistido no Porto de Lisboa tem sido outro dos pilares fundamentais para os números que apresentamos hoje serem possíveis. Este ambiente de estabilidade é imprescindível para garantir a continuidade da recuperação e da nossa competitividade no contexto portuário europeu e global”, realçou, citado na mesma nota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.