Portugal saúda acordo da UE com EUA: “Evita a escalada, mas põe exigências novas”, diz Montenegro

  • Lusa e ECO
  • 28 Julho 2025

Governo promete às empresas portugueses "total cooperação para mitigar efeitos negativos [das tarifas norte-americanas] e facilitar o acesso a novos mercados”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou esta segunda-feira que o acordo comercial alcançado no domingo entre os Estados Unidos e a União Europeia permite estabilidade, embora alerte que levanta novos desafios sobre novos acordos e barreiras.

“O acordo comercial UE-EUA traz previsibilidade e estabilidade, vitais para as empresas portuguesas e a economia. Evita a escalada, mas põe exigências novas na luta por mais acordos de comércio, no corte de barreiras e na agenda transformadora de simplificação e redução de custos”, escreveu o primeiro-ministro, numa publicação na rede social X.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou esta segunda-feira que o acordo comercial alcançado no domingo entre os Estados Unidos e a União Europeia “traz estabilidade”, mas defendeu a eliminação de barreiras ao comércio com os EUA, enquanto promete apoios às empresas nacionais.

“O acordo comercial UE-EUA traz previsibilidade e estabilidade, ao evitar uma guerra comercial em escalada“, afirma, num comunicado enviado à Lusa, o Ministério tutelado por Paulo Rangel.

O Governo português “saúda e agradece” à Comissão Europeia “o empenho para conseguir esta plataforma de estabilização das relações comerciais”. Enquanto se aguarda um “conhecimento detalhado dos termos e impacto” do acordo, o Executivo destaca que foram salvaguardados “alguns pontos críticos”.

“Seja como for”, sublinha o ministério liderado por Paulo Rangel, “nada substitui a liberdade de comércio”.

“Por isso, é fundamental que a UE e Portugal não desistam de se bater pela progressiva redução e eliminação de direitos aduaneiros e barreiras equivalentes ao comércio com os EUA, bem como com os restantes parceiros comerciais”, salienta a nota do MNE.

O Executivo chefiado por Luís Montenegro (PSD/CDS-PP) promete apoiar as empresas portuguesas. “Dentro deste novo quadro, as empresas portuguesas podem contar com a total cooperação do Governo português para mitigar efeitos negativos e facilitar o acesso a novos mercados“, adianta.

O Governo reafirma ainda a importância de os 27 fomentarem “novos acordos de comércio livre” e de “acelerar a entrada em vigor dos já negociados, designadamente do Mercosul”.

O acordo comercial anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.

O acordo prevê também o compromisso da União Europeia (UE) sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros) — visando nomeadamente substituir o gás russo — e o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros), além de aumentar as aquisições de material militar.

As duas principais potências comerciais trocam diariamente cerca de 4,4 mil milhões de euros em bens e serviços, e Washington ameaçava impor, já a partir de 1 de agosto, tarifas aduaneiras de 30% sobre todas as importações europeias.

(Notícia atualizada às 13h50 com a reação do primeiro-ministro)

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Luís Montenegro volta a liderar exposição televisiva em junho

  • + M
  • 28 Julho 2025

Embora com menor expressão, o primeiro-ministro voltou a liderar o ranking. Marcelo Rebelo de Sousa subiu à segunda posição e André Ventura manteve o terceiro lugar.

Depois de ter reconquistado a liderança de exposição mediática em maio, Luís Montenegro voltou a assegurar o primeiro lugar do ranking em junho, embora com menos expressão. O primeiro-ministro voltou a ocupar a primeira posição ao protagonizar 139 notícias de 6 horas e 4 minutos de duração.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, subiu à segunda posição, com 116 notícias de 5 horas e 11 minutos de duração, enquanto André Ventura, presidente do Chega, manteve a terceira posição, ao protagonizar na primeira pessoa 105 notícias de 4 horas e 52 minutos de duração. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, ocupou a quarta posição, intervindo na primeira pessoa em 101 notícias com 4 horas e 11 minutos de duração, enquanto Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, subiu à quinta posição, com 62 notícias de 3 horas e 12 minutos de duração.

Roberto Martínez, selecionador nacional de futebol (2 horas e 52 minutos), Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP (2 horas e 34 minutos), Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República (2 horas e 20 minutos), António Leitão Amaro, ministro da Presidência (2 horas e 7 minutos) e Inês Sousa Real, porta-voz do PAN (1 hora e 59 minutos), completam a lista dos dez nomes que mais figuraram nas notícias televisivas durante o mês de junho.

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

Também segundo a Marktest, durante o mês de junho, os três principais canais da televisão portuguesa — RTP1, SIC e TVI — emitiram 222 horas de informação regular, o que representa uma quebra mensal de 3,4% e uma descida homóloga de 6,3%.

No sexto mês do ano foram para o ar 6.231 peças, menos 3,6% que no mês anterior e mais 6,3% em relação a junho de 2024. A duração média das reportagens emitidas foi de 2 minutos e 8 segundos, menos 7 segundos que o registado em abril.

Em junho, foram emitidas um total 6231 notícias, menos 3,6% do que no mês anterior e mais 6,3% que em junho de 2024. A duração média das notícias emitidas foi de 2 minutos e 8 segundos, tal como em maio.

RTP1 manteve-se como a estação que emitiu mais notícias, com 2351 matérias (menos 147 que em maio), bem como a que dedicou mais tempo em grelha à informação regular, com 84 horas de duração (menos quatro que no mês anterior).

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+M

Resumos de IA no Google geram menos visitas aos sites

  • Lusa
  • 28 Julho 2025

Das pesquisas analisadas no estudo, 18% geraram um resumo de IA, a grande maioria destas (88%) citou três ou mais fontes, enquanto 1% citou uma única fonte.

Os utilizadores do Google são menos propensos a visitar sites apresentados nos resultados de pesquisa quando o motor de busca exibe um resumo criado com recurso a Inteligência Artificial (IA), concluiu uma organização americana.

Um relatório do Pew Research Center analisou dados de 900 adultos americanos, concluindo que seis em cada dez entrevistados (58%) realizaram pelo menos uma pesquisa no Google que produziu um resumo gerado com IA.

“Os utilizadores do Google eram menos propensos a clicar em ‘links’ de resultados ao visitar páginas com um resumo de IA (…) para pesquisas que resultaram num resumo gerado por IA, os utilizadores raramente clicaram nas fontes citadas”, refere o documento.

Segundo os investigadores, os utilizadores que encontraram um resumo de IA aquando da sua pesquisa apenas acederam a um ‘link’ do resultado de pesquisa tradicional em 8% das vezes, sendo que os que não encontram um resumo de IA clicaram em ‘links’ resultantes da pesquisa quase duas vezes mais (15%).

Além disso, dos utilizadores que se cruzaram com um resumo de IA, apenas 1% clicou numa ligação proposta pelo próprio resumo, pelo que “os utilizadores do Google são mais propensos a encerrar totalmente a sessão de navegação depois de visitar uma página de pesquisa com um resumo de IA”.

Entre as fontes mais citadas nos resumos de pesquisa criados com a tecnologia, estão a Wikipédia, YouTube e Reddit, “estes três ‘sites’ são as fontes mais comummente vinculadas em resumos de IA e resultados de pesquisa padrão”.

As três plataformas representam 15% das fontes identificadas em resumos de IA e 17% das fontes em pesquisas padrão.

“Os ‘links’ da Wikipédia são um pouco mais comuns em resumos de IA do que em páginas de pesquisa padrão, enquanto os ‘links’ do YouTube são um pouco mais comuns em resultados de pesquisa padrão do que em resumos de IA”, lê-se no documento.

Cerca de 6% das fontes vinculadas nos resultados de IA pertenciam a ligações “.gov”, em comparação com apenas 2% para resultados de pesquisa padrão, sendo que 5% das fontes em ambos os modelos redireciona para ‘sites’ de notícias.

Das pesquisas analisadas no estudo, 18% geraram um resumo de IA, a grande maioria destas (88%) citou três ou mais fontes, enquanto 1% citou uma única fonte.

“As pesquisas mais longas têm maior probabilidade de produzir um resumo de IA. Apenas 8% das pesquisas de uma ou duas palavras resultaram em resumos de IA“, sendo que este valor sobe para 53% quando se tratam de pesquisas com 10 ou mais palavras.

O Pew Research Center é uma organização de investigação americana, sem fins lucrativos, que se dedica ao estudo de hábitos noticiosos, tendências sociais e metodologias de pesquisa.

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Barcelense Mecwide volta às compras com aquisição de empresa industrial que fatura 4,4 milhões

Com 50 trabalhadores e presença também em Irlanda, Angola e Moçambique, o vila-condense grupo COEM presta serviços de engenharia, montagem e manutenção de instalações industriais.

A Mecwide anunciou esta segunda-feira a aquisição do grupo COEM, com um volume de negócios de 4,4 milhões no ano passado e cerca de 50 trabalhadores, que presta serviços de engenharia, montagem e manutenção de instalações industriais nas áreas elétrica, de instrumentação, automação e controlo.

Fundado em 1990 por José Moreira da Silva, o grupo sediado em Vilar do Paraíso, no concelho de Vila do Conde, integra a COEM e a COEM Tech. Está presente em Portugal, Irlanda, Angola e Moçambique, e opera em sectores como a indústria farmacêutica, petróleo & gás, químico, pasta e papel, siderurgia e energia.

Falando num investimento para “reforçar o papel” da Mecwide no setor dos serviços da indústria metalomecânica a nível internacional”, o CEO André Pinto aponta que a integração do grupo COEM no portefólio “permite explorar sinergias de conhecimento, recursos e experiência” e vai fortalecer a sua posição no mercado nacional, expandir a carteira de produtos e serviços, e “ampliar a presença global”.

André Pinto, CEO da MecwideMecwide

Com sede em Barcelos, mais de 1.700 trabalhadores e fábricas em Portugal, Moçambique e Angola, o grupo de engenharia fundado e detido em exclusivo por Carlos Palhares – em 2023, o empresário recomprou 51% da empresa à capital de risco Inter-Risco, que esteve no capital durante cerca de uma década – alcançou um volume de negócios de 170 milhões de euros em 2024.

Em comunicado, o grupo minhoto sublinha ainda que esta aquisição é uma “oportunidade de crescimento conjunto, mas sem impor limitações à atuação individual das empresas”. “A COEM continuará a atuar de forma independente no mercado. Esta aquisição visa criar sinergias e potenciar oportunidades de crescimento, mas sem comprometer a autonomia estratégica”.

“Nem a COEM prestará serviços em exclusivo à Mecwide, nem a Mecwide limitará os seus fornecedores à COEM, mantendo assim as parcerias e relações comerciais que tem vindo a desenvolver. Acreditamos que esta independência é essencial para garantir a competitividade e a inovação que caracterizam ambos os grupos, garantindo a manutenção da sua atuação diferenciada no mercado”, completa André Pinto.

Contabilizando no portefólio mais de 2.000 projetos executados em todo o mundo, o grupo Mecwide presta serviços de engenharia na indústria metalomecânica especializada nos setores de Oil & Gas, Assistência Técnica, Minas & Cimentos, Sistemas Modulares, Indústria & Energia e Data Centers.

Foi neste último setor que estabeleceu uma parceria com a norueguesa CTS, tendo em junho do ano passado, com o braço norueguês CTS Nordics e a americana Victaulic, inaugurado em Vila Nova de Cerveira uma fábrica dedicada ao pré-fabrico de tubagens para a construção de data centers. Com perto de 60 trabalhadores no arranque, a unidade industrial no Alto Minho representou um investimento de oito milhões de euros.

Foi também com a colaboração da empresa liderada por Carlos Palhares que o CTS Group desenhou e construiu recentemente um complexo de data centers para a Green Mountain, “destinado exclusivamente ao TikTok”.

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Primeiro-ministro francês lamenta “dia sombrio” em que Europa “se resigna à submissão”

  • Lusa
  • 28 Julho 2025

François Bayrou considerou que hoje é "um dia sombrio" para a Europa, que "se resigna à submissão" ao assinar o acordo comercial, anunciado no domingo, entre a União Europeia e os EUA.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, considerou que hoje é “um dia sombrio” para a Europa, que “se resigna à submissão” ao assinar o acordo comercial, anunciado no domingo, entre a União Europeia e os EUA.

“É um dia sombrio aquele em que uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar os seus valores e defender os seus interesses, se resigna à submissão“, reagiu o chefe do Governo francês na rede social X.

O acordo comercial anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.

O acordo prevê também o compromisso da União Europeia (UE) sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares (cerca de 642 mil milhões de euros) — visando nomeadamente substituir o gás russo – e o investimento de 600 mil milhões adicionais (514 mil milhões de euros), além de aumentar as aquisições de material militar.

As duas principais potências comerciais trocam diariamente cerca de 4,4 mil milhões de euros em bens e serviços, e Washington ameaçava impor, já a partir de 01 de agosto, tarifas aduaneiras de 30% sobre todas as importações europeias.

Também os ministros do Comércio Externo e dos Assuntos Europeus franceses, Laurent Saint-Martin e Benjamin Haddad, respetivamente, lamentaram um acordo “desequilibrado”.

“Vamos ter de continuar a trabalhar, nomeadamente na parte dos serviços”, em especial os serviços digitais, afirmou Laurent Saint-Martin em declarações à rádio France Inter, acrescentando que os EUA têm um excedente comercial em relação à UE, ao contrário do que acontece com os bens.

Para o ministro do Comércio Externo, “há uma questão política por detrás disto” e a Europa precisa de mostrar que é uma potência económica.

“Agora vai haver uma negociação técnica”, afirmou, acrescentando: “Podemos aproveitar este momento para nos fortalecermos“, acrescentou.

Além disso, Laurent Saint-Martin afirmou que as isenções setoriais são muito importantes para França, considerando o setor aeronáutico essencial para o equilíbrio da balança comercial do país.

Paralelamente, pediu à Comissão Europeia que prepare “medidas de apoio para os setores mais afetados” pelo aumento das tarifas aduaneiras, que em França se fará sentir particularmente nas exportações de vinhos, queijos e cosméticos.

Laurent Saint-Martin sublinhou também que os 27 Estados-membros têm de avançar no processo de simplificação administrativa e burocrática, bem como numa “diversificação comercial”, para baixar as taxas em países como a Índia, a Indonésia, o Golfo Pérsico ou a América Latina, em que a França é atualmente o principal bloqueio ao acordo UE-Mercosul alcançado em dezembro passado.

Já o ministro da Indústria, Marc Ferracci, mostrou a mesma cautela relativamente aos setores que poderão escapar às novas tarifas aduaneiras.

“Certos setores importantes para a indústria europeia, como a aeronáutica e os espirituosos, deverão ser isentos”, afirmou Ferracci na rádio RTL, acrescentando que ao longo do dia serão divulgados os detalhes do acordo e que dará origem a “uma negociação técnica nas próximas semanas” em Bruxelas.

Embora se reconheça que este acordo traz “estabilidade” para as empresas, os negociadores europeus devem usar “todas as ferramentas à sua disposição”, incluindo o mecanismo que permite, por exemplo, “limitar o acesso das empresas norte-americanas aos concursos públicos europeus”, salientou Ferracci.

O Grupo das Indústrias Francesas Aeronáuticas e Espaciais (GIFAS) saudou, numa declaração enviada à agência France-Presse, uma isenção “positiva para uma indústria equilibrada entre a França e os EUA”, que permitirá “manter empregos qualificados em todos os níveis da cadeia de fornecimento”.

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Viagens dos portugueses ao estrangeiro aumentaram 18,5% no início do ano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Julho 2025

Entre janeiro e março, o principal motivo das deslocações dos residentes foi a visita a familiares e amigos, mas o segmento de negócios destaca-se com a maior subida trimestral.

As viagens de portugueses ao estrangeiro registaram um crescimento homólogo de 18,5% nos primeiros três meses do ano, para um total de 710,5 mil, enquanto as deslocações dentro de território nacional aumentaram 15,6% no mesmo período, totalizando 4,5 milhões.

Os dados, divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que o total de viagens realizadas pelos residentes foi de 5,2 milhões no primeiro trimestre, mais 16% do que um ano antes. O número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +36,0% em janeiro; +15,9% em fevereiro; e apenas +0,7% em março.

Evolução homóloga das viagens dos portugueses a nível trimestral e por destino

Fonte: INE

O gabinete estatístico detalha que 86,3% das deslocações dos portugueses entre janeiro e março ocorreram em território nacional, pelo que 13,7% tiveram como destino outro país.

O principal motivo das deslocações dos turistas nacionais nos primeiros três meses de 2025 foi “visita a familiares ou amigos”, correspondendo a 2,1 milhões de viagens (+0,5%), seguindo-se as que se deveram “lazer, recreio ou férias” (+25,4%).

Já as viagens por motivos “profissionais ou de negócios”, embora com um peso menor, de 12,5%, nas deslocações dos residentes, totalizando 647,4 mil, foram o segmento que mais cresceu (+48%).

Nas deslocações em território nacional, a “visita a familiares e amigos” foi a principal motivação dos residentes para viajar, enquanto nas deslocações ao estrangeiro foi o “lazer, recreio ou férias” que motivou a maioria das viagens dos portugueses.

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Samsung vai fornecer chips de IA à Tesla em negócio de 16,5 mil milhões de dólares

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Julho 2025

Empresa tecnológica sul-coreana obtém a maior encomenda de sempre de um único cliente, numa altura em que procura recuperar o negócio de fabricação de chips.

A Samsung ganhou um contrato no valor de 16,5 mil milhões de dólares (cerca de 14,1 mil milhões de euros) para produzir a próxima geração de chips de inteligência artificial (IA) personalizados da Tesla, por um período de oito anos, avança o Financial Times.

O negócio, anunciado pela gigante sul-coreana num documento regulatório e confirmado pelo dono da Tesla, Elon Musk, esta segunda-feira, é o maior que o segmento de chips da Samsung já fechou com um único cliente. O seu valor equivale a 7,6% da receita da empresa em 2024.

Numa publicação na rede social X, Musk escreveu que a Samsung vai produzir o chip AI6 de última geração da Tesla na sua nova fábrica no Texas, parte de um investimento de 40 mil milhões de dólares feito pela tecnológica sul-coreana com a ajuda de subsídios sob uma legislação aprovada pela anterior Administração norte-americana.

O chip será usado para alimentar as tecnologias de condução autónoma e robôs humanoides da Tesla. Numa conferência sobre os resultados do segundo trimestre, na semana passada, Musk adiantou esperar que o AI6 também possa ser usado em centros de dados para alimentar os programas de treino de modelos de IA baseados em vídeo da Tesla, o que lhe permitiria reduzir a sua dependência de unidades de processamento gráfico de uso geral produzidas por empresas como a Nvidia.

A Samsung “concordou em permitir que a Tesla ajudasse a maximizar a eficiência da produção”, afirmou o multimilionário, acrescentando que irá “pessoalmente acompanhar o processo para acelerar o ritmo do progresso”.

“A fábrica está convenientemente localizada não muito longe da minha casa”, assinalou Musk, que também disse que o valor de 16,5 mil milhões era “apenas o mínimo necessário”. “A produção real provavelmente será várias vezes superior“, antecipou.

Este anúncio é visto com bons olhos para a Samsung, que luta para conseguir ganhar terreno num mercado liderado pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, parceira contratada pela Tesla para o chip AI5, que deve entrar em produção em massa no final deste ano.

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Taxas do crédito da casa sobem e ficam acima dos 2%

  • Lusa
  • 28 Julho 2025

Taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, subiram nos principais prazos e ficaram acima dos 2%.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, subiram a três, seis e 12 meses, e ficaram acima dos 2% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a seis meses avançou para 2,101%, mais 0,048 pontos do que na sexta-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou para 2,131%, mais 0,073 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 2,016%, 0,045 pontos do que na sessão anterior e depois de seis sessões abaixo de 2%.

Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Os analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Avaliação das casas pelos bancos dispara 18% em junho. Valor do metro quadrado bate novo recorde de 1.911 euros

O valor mediano de avaliação bancária das casas nunca antes tinha ultrapassado os 1.900 euros o metro quadrado. Essa barreira acaba de ser quebrada, devido a um aumento anual de mais de 18%.

O mercado imobiliário em Portugal acaba de bater mais um recorde. O valor mediano a que os bancos avaliam o metro quadrado das casas antes de concederem crédito a habitação atingiu, no passado mês de junho, os 1.911 euros.

Trata-se de um crescimento superior a 18% face ao mesmo mês do ano passado. É também a primeira vez que a mediana da avaliação bancária ultrapassa os 1.900 euros, de acordo com a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A informação resulta do último Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação do INE, publicado esta segunda-feira. O instituto destaca que o número de avaliações realizadas em junho caiu 7,5% face a maio e aumentou 2,8% face a junho de 2024.

Valor mediano de avaliação bancária das casas:

Valores em euros por metro quadrado | Fonte: INE

De acordo com o INE, foi na região Oeste e Vale do Tejo que foi registado o aumento mais expressivo do valor do metro quadrado, na ordem dos 2,5%. Pelo contrário, a única descida foi observada no Alentejo (-0,3%).

Analisando os apartamentos, verifica-se que o valor mediano do metro quadrado de apartamentos foi superior à mediana geral do país, fixando-se em 2.208 euros e um crescimento de 22,9% em junho. A Grande Lisboa registou o valor mais alto, de 2.940 euros por metro quadrado, enquanto o crescimento homólogo mais expressivo foi na Península de Setúbal.

Quando às moradias, o valor mediano foi de 1.389 euros por metro quadrado, mais 9,2% do que no mesmo mês de 2024. O valor mais elevado foi, novamente, o da Grande Lisboa, onde a mediana da avaliação do metro quadrado foi de 2.669 euros, e o maior crescimento também foi o da Península de Setúbal, de 17,2%.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h21)

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Lucro do Abanca sobe quase 4% no primeiro semestre. Eurobic dá mais de 27 milhões

Banco galego lucrou 427,1 milhões de euros na primeira metade do ano, com Eurobic a contribuir com mais de 27 milhões. Governo contra banca espanhola? "Não temos razões de queixa", diz Escotet.

O Abanca lucrou 427,1 milhões de euros no primeiro semestre, correspondendo a uma subida de 3,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, anunciou esta segunda-feira a instituição espanhola. O Eurobic, adquirido no ano passado, contribuiu com 27,1 milhões para este resultado.

Em conferência de imprensa, o presidente Juan Carlos Escotet destacou que o Abanca foi dos poucos bancos que, apesar da descida das taxas de juro, conseguiu manter um crescimento na margem financeira: aumentou 4,5% para 802,1 milhões de euros.

As comissões aceleraram 18,8% para 182,3 milhões, permitindo ao banco somar mais 6,9% no produto bancário, que ascendeu a 984,4 milhões.

Governo português “tratou-nos magnificamente bem”

Uma das razões para este crescimento tem a ver com a aquisição do Eurobic, anunciada há um ano e cujo processo de integração tecnológica no banco galego ficará concluído em novembro. O volume de negócios do Abanca disparou 16% face há um ano, superando os 134 mil milhões de euros. Sem o Eurobic, o crescimento foi de apenas 5%. Os recursos de clientes — que inclui depósitos e não só — ascendem a 81,4 mil milhões. Já a carteira de crédito subiu para 52,7 mil milhões.

Questionado sobre a oposição do Governo português ao aumento da influência espanhola no mercado português, Juan Carlos Escotet assinalou que “não tem razões de queixa” e que cada vez que tomou uma decisão de reforçar em Portugal — primeiro com a aquisição do negócio do Deutsche Bank e depois com o Eurobic — sempre tratou o Abanca “magnificamente bem”.

Escotet afastou planos de redução dos quadros ou agências em Portugal. “Não temos previsto fechos ou reduções de pessoal relevantes. Sendo [uma operação] complementar, queremos manter o tamanho da rede e dos quadros”, assegurou, assinalando, contudo, que poderá haver lugar a sinergias após a conclusão do processo de integração. Já o CEO Francisco Botas apontou que o Abanca quer “atrair talento” em Portugal para desenvolver o seu negócio no país.

Instado a comentar o inquérito da Autoridade da Concorrência ao mercado bancário, Escotet considerou que o setor português é “muito competitivo”. “Não há um grau concentração preocupante que possa gerar distorções, é muito parecido ao modelo espanhol. É um mercado competitivo, o cliente tem oportunidade de ter preço e serviço competitivo”, salientou.

Mais compras? “Não no horizonte imediato”

Escotet respondeu ainda a questões sobre o futuro, designadamente sobre possibilidade de o Abanca avançar com mais compras de outros bancos, sobre uma potencial fusão Sabadell e sobre uma ida para a bolsa.

Sobre o primeiro tópico, afirmou que não tem nenhum plano de aquisição “no horizonte imediato“, reconhecendo que a realidade do mercado mudou completamente e que hoje em dia, com taxas de juro altas, é um “cenário mais difícil” poder avançar para a compra de outro banco.

Sabadell? “Não nos interessa”

No seguimento desta resposta, Escotet também afirmou que não tem interesse em integrações com outros bancos com perda de controlo, como aconteceria com uma fusão com o Sabadell. “Não tivemos conversas formais com o Sabadell, nem nos interessa. Não nos interessa uma integração com o Sabadell“, repetiu.

Em relação a uma eventual ida para a bolsa, o responsável reconheceu que sempre disse que se as condições do mercado evoluíssem favoravelmente como evoluíram, que olharia para essa opção. Ainda assim, afirmou: “Não parece que vai ser no curto prazo”.

(Notícia atualizada às 11h05)

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Segurança Social começa a aceitar pagamentos por MB Way a partir desta segunda-feira

  • Lusa
  • 28 Julho 2025

"A introdução do MB WAY (...) representa um passo significativo na modernização dos serviços públicos”, afirma o presidente do Instituto de Informática da Segurança Social.

A Segurança Social começa a partir desta segunda-feira a aceitar pagamentos por MB Way, num processo que será gradual entre os serviços e cujo objetivo é facilitar o cumprimento das obrigações, avançou fonte oficial da tutela à Lusa.

A partir desta segunda-feira, passa a estar disponível no portal da Segurança Social o novo canal de pagamento por MB Way. Na terça-feira, esta possibilidade é também alargada à aplicação móvel da Segurança Social.

O objetivo é facilitar o cumprimento das obrigações por parte dos cidadãos e empresas, reduzindo o risco de atrasos e penalizações.

A introdução do MB WAY como novo canal de pagamento da Segurança Social representa um passo significativo na modernização dos serviços públicos, aproximando o Estado das pessoas, com soluções mais simples, rápidas e adaptadas ao quotidiano dos cidadãos”, afirma o presidente do Instituto de Informática da Segurança Social, Luís Farrajota, numa nota escrita, enviada à agência Lusa.

Com estas medidas, o instituto espera uma redução de cerca de 70% dos pagamentos feitos presencialmente nos espaços de atendimento ao público da Segurança Social (cerca de 500 mil pessoas).

No ano passado, mais de 700 mil pessoas deslocaram-se a um balcão da Segurança Social para pagar as suas contribuições, sendo que este ano já foram registados mais de 200 mil atendimentos.

Já no que toca especificamente aos trabalhadores de serviço doméstico, o pagamento por MB Way fica disponível no portal da Segurança Social a partir de quinta-feira.

O Instituto de Informática da Segurança Social espera, deste modo, uma “redução total dos pagamentos presenciais em tesourarias, para este serviço“.

Os trabalhadores de serviço doméstico podem atualmente pagar as suas contribuições à Segurança Social através de homebanking multibanco e presencialmente.

Mas foram identificados constrangimentos nestas modalidades, pelo que o instituto liderado por Luís Farrajota considera que estas dificuldades “evidenciam a necessidade de uma simplificação significativa, especialmente para este grupo de trabalhadores”.

“Em 2024, o pagamento efetuado na tesouraria para estes trabalhadores representou 30% dos pagamentos. Este ano de 2025, a situação mantém-se”, acrescenta.

Os pagamentos à Segurança Social por MB Way estavam previstos arrancar em 2026, mas o Governo decidiu antecipar, à luz das medidas que têm sido implementadas para simplificar a relação com a Segurança Social e a aposta no digital, permitindo também reduzir as filas de espera nos atendimentos presenciais.

No final de abril, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, tinha indicado que o programa de digitalização que está a ser implementado, designado “Primeiro Pessoas”, permitiu retirar 450 mil pessoas do atendimento presencial desde janeiro.

Na nota escrita e enviada à Lusa, a ministra realça que “a nova opção de pagamento por MB WAY é mais um passo decisivo dos vários que ainda serão dados este ano” para facilitar a relação com a Segurança Social, e reitera que o programa de transformação digital “está a poupar tempo às pessoas e empresas”.

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França diz que acordo da UE com EUA é desequilibrado e Itália quer conhecer mais detalhes

  • Lusa
  • 28 Julho 2025

Ministro francês do Comércio Externo afirma que o acordo tem como fundo uma questão política e que a Europa deve assumir-se como uma potência económica, sobretudo no setor dos serviços.

O ministro francês do Comércio Externo, Laurent Saint-Martin, disse esta segunda-feira que o acordo entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos é desequilibrado e que o bloco europeu deve afirmar-se como uma potência económica.

Laurent Saint-Martin disse à France Inter, sem especificar, que o acordo tem como fundo uma questão política e que a Europa deve assumir-se como uma potência económica, sobretudo no setor dos serviços.

“Eu não quero que fiquemos pelo que aconteceu ontem [domingo]”, disse o ministro francês considerando que o acordo com os Estados Unidos é “desequilibrado”.

O acordo comercial anunciado no domingo em Turnberry, na Escócia, pelo Chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê a taxa de 15% sobre produtos europeus.

O acordo prevê também o compromisso europeu sobre a compra de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares e o investimento de 600 mil milhões adicionais, além de aumentar as aquisições de material militar.

Esta segunda-feira, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou também que o acordo comercial é sustentável, mas frisou que vai ser necessário analisar os detalhes.

Meloni disse ainda, à margem da cimeira das Nações Unidas sobre sistemas alimentares, que decorre esta segunda-feira na Etiópia, que o agravamento das relações comerciais entre a Europa e os Estados Unidos teria consequências imprevisíveis e devastadoras.

Mesmo assim, para a chefe do Governo de Roma, é preciso estudar os detalhes do acordo, porque, sublinhou, o documento assinado no domingo é um acordo-quadro que juridicamente não é vinculativo.

Há uma série de elementos que faltam, assim como não sei a que se refere quando se fala de investimentos sobre a compra de gás“, declarou Meloni.

Na Alemanha, a federação que representa os fabricantes de automóveis disse que os direitos aduaneiros de 15% que podem vir a ser aplicados aos automóveis europeus que entram nos Estados Unidos podem “pesar” sobre as empresas alemãs do setor.

Hildegard Mueller, a presidente da federação dos fabricantes de automóveis alemães VDA, afirmou que os direitos aduaneiros norte-americanos de 15%, que também se aplicam aos produtos automóveis, vão custar milhares de milhões de euros — todos os anos — às empresas automóveis da Alemanha.

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