Euribor descem a três e seis meses para mínimos desde outubro

  • Lusa
  • 29 Abril 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram a três e a seis meses para mínimos desde outubro do ano passado, tendo subido no prazo a 12 meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram a três e a seis meses para mínimos desde outubro do ano passado, tendo subido no prazo a 12 meses face a sexta-feira.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,835%, permanece acima da taxa a seis meses (3,815%) e da taxa a 12 meses (3,726%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu para 3,815%, menos 0,020 pontos, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu para 3,726%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou para 3,835%, menos 0,030 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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JinkoSolar mais uma vez está no topo do relatório de bancabilidade da PV Tech do primeiro trimestre de 2024 com classificação AAA

  • Conteúdo Patrocinado
  • 29 Abril 2024

A distinção destaca a posição de liderança de um dos maiores e mais inovadores fabricantes de módulos solares do mundo.

A JinkoSolar Holding Co., Ltd., um dos maiores e mais inovadores fabricantes de módulos solares do mundo, anunciou hoje que mais uma vez ficou em primeiro lugar no PV Tech 2024 Q1 ModuleTech Bankability Report, recebendo uma classificação “AAA”, que destaca a posição de liderança da empresa em excelência de fabricação, qualidade confiável, participação de mercado, desempenho financeiro sólido e inovação tecnológica.

JinkoSolar mais uma vez está no topo do relatório de bancabilidade da PV Tech do primeiro trimestre de 2024 com classificação AAA
A JinkoSolar obteve 330 patentes TOPCon e bateu o recorde de eficiência de conversão de células 25 vezes

A JinkoSolar alcançou um crescimento significativo no desempenho operacional e financeiro em 2023. De acordo com o relatório anual de 2023 da sua filial Jinko Solar Co., Ltd. divulgado em 22 de abril de 2024, as receitas totais ascenderam a 118,68 mil milhões de RMB, um aumento de 43,55% em relação ao ano anterior. O lucro líquido atribuível aos accionistas foi de 7,44 mil milhões de RMB, um aumento de 153,2% em relação ao ano anterior. Até o final de 2023, as remessas globais acumuladas de módulos da empresa ultrapassaram 210 GW, com uma quota de mercado de 15% em 2023, ocupando o primeiro lugar no mundo. Enquanto isso, o premiado módulo Tiger Neo tipo N da JinkoSolar foi reconhecido como um dos módulos tipo N de melhor desempenho no mercado.

A JinkoSolar há muito que está empenhada na inovação e exploração tecnológicas, liderando o desenvolvimento da tecnologia de tipo N na indústria fotovoltaica. A JinkoSolar obteve 330 patentes TOPCon e bateu o recorde de eficiência de conversão de células 25 vezes. A eficiência de conversão da célula solar em tandem de perovskite baseada em TOPCon de tipo N atingiu 32,33% e a eficiência média de produção em massa da célula TOPCon de tipo N atingiu atualmente 26,1%, liderando novamente a indústria.

No futuro, a JinkoSolar continuará a reforçar as suas capacidades tecnológicas, a aderir à inovação e a melhorar a competitividade dos seus produtos. Ao mesmo tempo, aproveitará plenamente as sinergias da sua cadeia industrial para otimizar a atribuição de recursos, reduzir custos, melhorar a competitividade global da indústria e promover o desenvolvimento de alta qualidade da indústria fotovoltaica global, bem como a energia limpa no futuro.

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Sánchez não se demite. Continua à frente do Governo de Espanha

Pedro Sánchez decidiu não se demitir na sequência do inquérito que visa a sua mulher por alegado tráfico de influências e corrupção, e continua à frente do Governo de Espanha.

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira que não se demite e continua à frente do Governo espanhol.

“Decidi ficar com ainda mais força à frente da presidência do Governo de Espanha. Assumo o compromisso de trabalhar sem descanso com firmeza e com serenidade pela regeneração pendente da democracia”, afirmou Sánchez, que está à frente do Governo espanhol desde 2018.

Numa declaração em Madrid, no Palácio da Moncloa, a sede do Governo, Sánchez ressalta que esta decisão é uma forma de “mostrar ao mundo como se defende a democracia”.

O líder dos socialistas espanhóis admitiu, na semana passada, abandonar o cargo devido ao inquérito que visa a sua mulher, Begoña Gomez, por alegado tráfico de influências e corrupção. No entanto, após cinco dias de reflexão decidiu manter-se no cargo.

O líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) e do Governo de Madrid disse que ele próprio e a mulher, Begoña Gómez, estão há meses a ser vítimas da “máquina de lodo” da direita e da extrema-direita (Partido Popular e Vox) e que não sabia se valia a pena continuar a desempenhar o cargo perante um “ataque sem precedentes, tão grave e tão grosseiro”.

No caso que envolve Begoña Gómez estão em causa ligações da mulher de Pedro Sánchez a empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia de Covid-19 ou assinaram contratos com o Estado quando o marido era já primeiro-ministro.

(Notícia atualizada às 10h31)

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Fórum da Agricultura Sustentável: conheça o programa e inscreva-se aqui

  • Capital Verde
  • 29 Abril 2024

Acontece a 14 de maio no CNEMA, em Santarém, e vai reunir o que de melhor se está a fazer em Portugal no campo da agricultura sustentável.

O Ministro da Agricultura José Manuel Fernandes, o Vereador Nuno Russo e António Serrano, ex-Ministro da Agricultura e Professor Catedrático da Universidade de Évora, são alguns dos nomes fortes que vão marcar presença no Fórum da Agricultura Sustentável, o primeiro grande evento dedicado à Agricultura Sustentável em Portugal e que se pretende que seja de recorrência anual. O objetivo do encontro é debater, divulgar, amplificar e promover as boas práticas sustentáveis no setor agrícola, reforçando o reconhecimento, competência e compromisso social e ambiental do setor.

O evento vai realizar-se no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, na manhã de 14 de maio. A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

 

Programa:

09h30 – Sessão de Abertura
Chief Operating Officer ECO Diogo Agostinho
Margarida Oliveira, Diretora da Escola Superior Agrária de Santarém

09h45 – Políticas Públicas: Como o Estado pode potenciar a Agricultura Sustentável? E o seu financiamento?
Keynote Speaker: António Serrano, Ex-Ministro da Agricultura e Professor Catedrático da Universidade de Évora
Nuno Serra, Secretário-Geral CONFAGRI
Luís Mira, Secretário-Geral CAP
Cristina Melo Antunes, responsável de Negócio ESG e Green Finance, Santander Portugal

10h30 – Combinar a otimização de recursos com a produtividade das culturas
Gonçalo Santos Andrade, Presidente Portugal Fresh
Francisco Gomes da Silva, Diretor-Geral AGROGES
Abílio Pereira, Administrador Área Agrícola da Quinta da Lagoalva
José Palha, Presidente da Direção da Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC)

11h15 – Coffee-break

11h30 – Biotecnologia ao serviço da Sustentabilidade
Andreia Afonso, cofundadora da Deifil e diretora do departamento de ID e de produção in vitro
Diogo Palha, Executive Board Member e CFO EntoGreen
Tiago Costa, CEO Agricultural Business SOGEPOC​

12h15 – Estratégia Farm to Fork: Os desafios na transição dos fertilizantes
Pedro Sebastião, Sales Manager AsfertGlobal
Hartmut Nestler, Diretor Leal & Soares, SA (SIRO)
Cristina Cruz, Professora Universitária da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

12h45 – Entrega de Certificados Olival Circular

13h15 – Sessão Encerramento
Diretor do ECO António Costa
Vereador da Câmara Municipal de Santarém Nuno Russo
Ministro da Agricultura José Manuel Fernandes

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Lucro do Abanca dispara 50% para 158,4 milhões no primeiro trimestre

Banco galego que se prepara para comprar Eurobic registou um disparo dos lucros para 158,4 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, voltando a beneficiar da alta das taxas de juro.

O Abanca registou lucros de 158,4 milhões de euros no primeiro trimestre, correspondendo a uma subida de 50,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com resultado a ser novamente impulsionado pela escalada das taxas de juro.

A margem financeira — que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — aumentou 49,2% para 376,6 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, segundo anuncia o banco liderado por Juan Carlos Escotet. Com este desempenho, as receitas base, que incluem ainda as comissões, subiram 36,7% para 449,4 milhões.

O banco galego prepara-se para comprar o Eurobic a um conjunto de investidores angolanos, incluindo Isabel dos Santos, negócio com o qual irá tornar-se no oitavo maior banco em Portugal.

De resto, o Abanca indica que vai passar a gerir um volume de negócios superior a 124 mil milhões de euros entre depósitos e crédito com a aquisição do banco português — sem o Eurobic, o volume de negócios é de 113 mil milhões.

Os recursos de clientes atingiram os 68,1 mil milhões de euros no final de março, mais 9,7% em termos homólogos, um desempenho que se deve à subida de 5,9 mil milhões no depósitos e produtos fora de balanço. A carteira de crédito registou um aumento ligeiro de 1% para 44,6 mil milhões.

Apesar da alta de juros deixar milhares de famílias e empresas em situação de maior aperto, o Abanca diz que conteve o rácio de crédito malparado nos 2,5%, “claramente abaixo da média do sistema”, na casa dos 2,9%.

Em termos de solvabilidade, o rácio de capital total fixou-se nos 16,8%, apresentando “um excesso de 429 pontos base e 1,46 mil milhões de euros face aos requisitos totais”.

(Notícia atualizada às 10h16)

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Confiança dos consumidores em máximos desde fevereiro de 2022

Saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país melhorou nos últimos cinco meses, superando as diminuições observadas entre julho e novembro.

A confiança dos consumidores melhorou em abril para máximos desde fevereiro de 2022, sobretudo graças ao contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira. No entanto, o indicador de clima económico das empresas recuou, contrariando o aumento registado no mês anterior.

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e abril, registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022 e situando-se acima da média histórica da série”, avança o Instituto Nacional de Estatística, esta segunda-feira. “A evolução do indicador em abril resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar“, acrescenta. Já as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo nulo.

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou nos últimos cinco meses, superando as diminuições observadas entre julho e novembro. O saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar também aumentou nos últimos cinco meses, aproximando-se do valor registado em fevereiro de 2022. E o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços aumentou em abril, após ter diminuído nos dois meses anteriores.

o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, diminuiu em abril, contrariando o aumento registado no mês anterior. Os indicadores de confiança diminuíram tanto na indústria transformadora como nos serviços, mas aumentaram no comércio e, apenas ligeiramente, na construção e obras públicas.

Nos principais fatores limitativos à atividade indicados pelas empresas de construção, a dificuldade em recrutar pessoal qualificado continuou a ser o principal obstáculo à atividade, “verificando-se um aumento da percentagem de empresas que referiu este obstáculo, após três meses consecutivos de diminuição”, especifica o INE.

Já ao nível do comércio, o indicador de confiança aumentou de forma moderada em abril, pelo terceiro mês consecutivo, após ter diminuído em janeiro. Um desempenho que resulta do contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa, mas as opiniões sobre o volume de vendas contribuíram negativamente e as apreciações sobre o volume de stocks registaram um contributo nulo. Além disso, o indicador de confiança aumentou no comércio a retalho e diminuiu no comércio por grosso.

Por outro lado, as perspetivas de atividade recuperaram em abril, prolongando o perfil ascendente iniciado em outubro. Em sentido contrário, o saldo das opiniões sobre o volume de vendas diminuiu em março e abril, interrompendo o movimento ascendente iniciado em novembro.

O inquérito qualitativo de conjuntura à indústria transformadora e aos serviços mostra que mais de metade (57,9%) das empresas da indústria transformadora estima que em 2024 o investimento vai estabilizar face a 2023, enquanto cerca de um terço (34%) acredita que irá aumentar. Em 2023, o investimento estabilizou em 48,7% destas empresas, aumentou em 34,9% e diminuiu em 16,4%. Também a maioria (71,8%) das empresas de serviços acredita que o investimento vai estabilizar em 2024, enquanto 16,1% prevê uma subida e 12,1% uma diminuição. Cerca de 60,6% das empresas dos serviços estabilizaram o seu investimento em 2023, 16,2% aumentaram e 23,2% diminuíram.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Governo exige urgente plano de reestruturação à provedora da Santa Casa

  • ECO
  • 29 Abril 2024

Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social exige um plano de reestruturação urgente para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho, exige um plano de reestruturação urgente para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). O pedido foi feito a 12 de abril à provedora Ana Jorge quando foi esta chamada a conhecer os membros da tutela e fazer um ponto da situação da instituição, avança esta segunda-feira o Público (acesso condicionado).

A provedora tem ainda de entregar o Relatório de Contas de 2023 que apresenta resultados líquidos positivos de dez milhões de euros, apesar de no primeiro trimestre de 2024 atingir receitas abaixo do orçamentado em mais de 20 milhões. A agravar a situação está o facto de os jogos sociais, que representam 85% da receita da SCML, estarem a perder mercado para os jogos online.

Entretanto, uma auditoria forense, de agosto de 2023, detetou 80 “desconformidades” na internacionalização de jogos, nomeadamente o não cumprimento da condição do anterior Governo de o processo arrancar pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Em vez disso, a Santa Casa adquiriu uma participação numa empresa no Reino Unido, a Ainigma Holdings, detendo a Ainigma Holding Services, no Canadá, e a Nextlot, no Peru. Neste relatório são apontadas responsabilidades a todos os membros da mesa liderada pelo ex-provedor Edmundo Martinho e aos gestores da Santa Casa Global.

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Inflação em Espanha acelerou para 3,3% em abril à boleia dos preços do gás e dos alimentos

  • Lusa e ECO
  • 29 Abril 2024

inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) foi 2,9% em abril, menos quatro décimas, e tem vindo a abrandar há nove consecutivos.

Os preços em Espanha subiram 3,3% em abril, mais uma décima do que no mês anterior, segundo uma estimativa divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de estatística espanhol (INE).

Este aumento numa décima da inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) deveu-se ao aumento do gás, que em abril de 2023 tinha baixado, e à subida dos alimentos. Esta evolução é explicada também, “embora em menor escala”, pela “eletricidade, cujos preços caíram, mas menos que no mesmo mês do ano anterior”, avança o INE. “Em sentido inverso, destaca-se a queda dos preços do lazer e da cultura, que subiram em abril de 2023”, acrescenta o instituto de estatísticas espanhol.

Se se confirmar esta estimativa, a inflação em Espanha acelerou em abril pelo terceiro mês consecutivo.

a inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) foi 2,9% em abril, menos quatro décimas, e tem vindo a abrandar há nove consecutivos.

Espanha vai manter pelo menos até meados do ano sem IVA os alimentos considerados básicos, assim como outras medidas de resposta à inflação.

Na área da energia, o IVA (imposto sobre o consumo) da eletricidade subiu de 5% para os 10% em janeiro.

Espanha adotou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia e de em julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).

Ao longo de 2022, o país aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais.

Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor em janeiro de 2023 um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA de alguns alimentos e produtos considerados básicos.

Espanha fechou 2022 com a inflação mais baixa da União Europeia (5,7%) e no ano passado a taxa continuou a baixar, apesar de algumas oscilações durante o ano, chegando a dezembro nos 3,1%.

 

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Hoje nas notícias: Santa Casa, pensões e IRS

  • ECO
  • 29 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo exige um plano de reestruturação urgente para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e 327,8 mil pensionistas da Segurança Social vão receber menos em maio. A grande maioria dos inquiridos numa sondagem da Intercampus atribui o mérito do alívio fiscal ao anterior Governo de António Costa. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais desta segunda-feira.

Governo exige plano de reestruturação urgente à provadora de Santa Casa

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho, exige um plano de reestruturação urgente para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). O pedido foi feito a 12 de abril à provedora Ana Jorge desta instituição quando foi chamada a conhecer os membros da tutela e fazer um ponto da situação da instituição. Tem ainda de entregar o Relatório de Contas de 2023 que apresenta resultados líquidos positivos de dez milhões de euros, apesar de no primeiro trimestre de 2024 atingir receitas abaixo do orçamentado em mais de 20 milhões.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

328 mil pensionistas sofrem acertos para corrigir retenção de IRS

Um total de 327,8 mil pensionistas da Segurança Social vai receber menos em maio e os cortes podem atingir os 12 euros. O Instituto da Segurança Social (ISS) alega tratar-se de um acerto para corrigir, nos meses de abril e maio, a retenção na fonte que em janeiro foi aplicada com base numa tabela provisória. Na prática, o valor bruto da pensão é o mesmo em relação ao mês anterior e a taxa de retenção na fonte também; apenas o valor de retenção de IRS é mais elevado, logo valor líquido a receber é inferior.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Portugueses dão mérito a António Costa pela redução das taxas de IRS

Uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios dá conta de que a maioria dos inquiridos (mais de 60%) atribui o mérito do alívio fiscal ao anterior Governo de António Costa contra 32,4% que aponta a redução do imposto dos rendimentos do trabalho ao atual Executivo de Luís Montenegro. Também 59,3% admite que “a baixa de imposto do IRS que o atual Governo está a prometer” não vai ter efeitos práticos. Esta sondagem foi realizada entre 18 e 23 de abril, ou seja, antes do adiamento da votação no Parlamento de todas as propostas sobre o IRS.

Leia a notícia a completa em Correio da Manhã (acesso pago)

Portugal obrigado a cortar 2,8 mil milhões por ano com novas regras de Bruxelas

Portugal terá de cortar 2,8 mil milhões de euros anuais para reduzir a dívida, o equivalente ao orçamentado para a área da Defesa nacional e representa mais de 800 milhões da despesa anual da Justiça em 2024. Esta situação deve-se à entrada, esta terça-feira, das novas regras orçamentais europeias que definem um ritmo de redução de 1% do PIB na dívida pública para os países com um indicador acima de 90%, como Portugal. O valor de redução da dívida, em relação à previsão do PIB de 277 mil milhões de euros este ano.

Leia a notícia a completa em Jornal Económico (acesso pago)

Europol declara guerra às mensagens encriptadas que travam investigações

Mais de 30 chefes das polícias europeias lançaram um alerta a propósito do risco para a segurança pública do aumento do uso da encriptação ponta-a-ponta das comunicações nas plataformas de mensagens. Alegam que “prejudica a capacidade de investigar e prevenir crimes”. E exigem medidas urgentes aos Governos e às plataformas para proteger a segurança pública. O diretor Nacional da PJ, Luís Neves, esteve presente nesta reunião em Londres.

Leia a notícia a completa em Diário de Notícias (acesso pago)

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Gonzalo Sánchez (PwC Espanha): “Precisamos de um setor bancário rentável para que possa continuar a contribuir para o crescimento e o bem-estar do país”

  • Servimedia
  • 29 Abril 2024

Na apresentação do relatório sobre a União Bancária, Gonzalo Sánchez (PwC Espanha), salientou que "a rendibilidade é uma parte intrínseca e necessária das empresas".

O Presidente da PwC Espanha, Gonzalo Sánchez, afirmou que “os resultados do sector financeiro são uma notícia positiva para toda a sociedade: reforçam a capacidade de concessão de crédito a empresas e particulares para que possam realizar os seus investimentos e projectos, contribuem para a criação de emprego de qualidade, impulsionam o crescimento económico e promovem o progresso social”.
O presidente da PwC Espanha afirmou-o durante a apresentação do relatório “Unión Bancaria, ¿retorno a la rentabilidad?”, elaborado pela PwC, que contou com a presença de Carlos Cuerpo, Ministro da Economia, Comércio e Empresa. O presidente da PwC Espanha considera que “as instituições financeiras têm vindo a fazer o seu trabalho de casa há muitos anos e a responder como a sociedade e as empresas esperam que o façam, e é altura de as valorizar”. Os bancos cumpriram o seu papel no ciclo da COVID e em todos estes anos de taxas de juro baixas”, afirmou.

Sánchez também fez um balanço da evolução da economia espanhola e europeia em 2023. “Foi um ano melhor do que o esperado, em que os principais países da União Europeia mostraram a sua resiliência. A Espanha surpreendeu com um crescimento de 2,5%, alavancado no consumo público e privado, e apesar dos efeitos que a inflação teve no poder de compra das famílias”, afirmou.

Olhando para os próximos meses, o presidente da PwC estima que “continuaremos imersos numa fase de aterragem suave após o pico de inflação que se seguiu à pandemia e como resultado da enorme injeção monetária no sistema”.

Para 2024, conclui o responsável da PwC Espanha, “pensamos que o crescimento será mais moderado, que o investimento será mais rigoroso e que as despesas financeiras estarão muito longe do dinheiro a custo zero de há apenas alguns anos”. Neste contexto, a Espanha continua a ter questões por resolver, como a melhoria da produtividade, a consolidação fiscal e a sustentabilidade do seu crescimento para pagar a dívida acumulada. Neste ambiente estabilizado, mas com uma aterragem e com grandes desafios, continuará a ser fundamental assegurar o fluxo financeiro para o sistema. Os bancos desempenham uma função essencial para a economia e para a sociedade, que é a canalização da poupança para o investimento”.

O relatório “União Bancária, um regresso à rentabilidade?”, é o décimo primeiro de uma série sobre a nova regulação do setor financeiro que a PwC tem vindo a preparar desde 2014. De facto, no próximo mês de novembro assinala-se o décimo aniversário da implementação da União Bancária, que produz um resultado abertamente positivo para o setor financeiro: as instituições melhoraram substancialmente tanto a qualidade dos seus balanços como os seus indicadores de capital.

No entanto, o estudo destaca alguns dos principais desafios enfrentados pelos bancos espanhóis e europeus, que têm a ver com o aumento da pressão de supervisão e a necessidade de se concentrar no risco de crédito e nos riscos não financeiros, especialmente os relacionados com as alterações climáticas, a cibersegurança e a inteligência artificial.

O estudo aprofunda as preocupações atuais das instituições financeiras relacionadas com o aumento da pressão da supervisão em diferentes frentes. A mais óbvia são os resultados da revisão anual (SREP) que o Mecanismo Único de Supervisão (MUS) coloca aos bancos europeus, que em 2023 resultou num aumento dos requisitos mínimos de capital, devido à aplicação de amortecedores contracíclicos em alguns países.

Mas salienta também que o supervisor está a endurecer a sua estratégia de pressão e que, a partir de agora, as sanções podem desempenhar um papel importante. O ponto de partida desta abordagem mais agressiva é a política de sustentabilidade. O MUS está insatisfeito com o ritmo a que as instituições estão a cumprir a avaliação dos riscos climáticos. Esta abordagem punitiva pode ser alargada a outras áreas, como a governação, o reporte e a sustentabilidade do modelo de negócio, onde também foram identificadas deficiências.

De uma forma mais subtil, mas também significativa, a autoridade de supervisão está também a instar as instituições financeiras a estarem mais atentas ao risco de crédito. Embora as taxas de incumprimento estejam contidas, tanto em Espanha como na União Europeia, o MUS aumentou a sua pressão para tornar as políticas dos bancos mais rigorosas em diferentes aspetos. Outra frente que as instituições financeiras têm de enfrentar são as alterações regulamentares e de supervisão relacionadas com as tensões nas taxas de juro e na liquidez, dois dos principais riscos estruturais a que as instituições de crédito estão expostas.

Riscos não financeiros

O Comissário salienta que o sistema financeiro enfrenta desafios (“novos e menos novos”) que, em princípio, são alheios à própria essência da sua atividade de intermediação financeira, mas que determinam o seu desenvolvimento e viabilidade futuros.

A política de sustentabilidade e os riscos ambientais voltam a estar no topo da sua lista de prioridades, e não só porque a autoridade de supervisão ameaçou aplicar coimas diárias aos bancos que não cumpram o seu plano de redução das emissões. Além disso, está em curso um teste de stress climático, no qual os bancos têm de divulgar as exposições dos clientes e do setor, e já está em vigor a nova diretiva europeia relativa aos relatórios de sustentabilidade das empresas (CSRD), que também implicará um esforço de transparência considerável.

Relativamente aos crimes de cibersegurança, afirma que os incidentes são cada vez mais frequentes e que a cibersegurança se tornou uma preocupação importante para os reguladores e supervisores, bem como para as próprias instituições. “A resposta regulamentar é o DORA, um regulamento que será aplicável a partir do início de 2025, que visa assegurar a capacidade do setor financeiro para lidar com os riscos tecnológicos e de segurança da informação. A adaptação não vai ser fácil, porque o DORA inclui inúmeras obrigações em termos de governação, gestão de riscos, notificações e partilha de informações”, acrescenta.

Relativamente à inteligência artificial generativa, afirma que “a esta amálgama de riscos financeiros e não financeiros” se juntou recentemente a explosão da inteligência artificial (IA), cujo desenvolvimento tem o potencial de transformar ou perturbar os modelos de gestão, nomeadamente em termos de produtividade.

“A IA não é um conceito novo para os bancos. O que é novo é a emergência da inteligência artificial generativa, cujos modelos podem comunicar como um ser humano, o que lhes permite realizar um grande número de tarefas até agora reservadas às pessoas. Mas as imensas possibilidades abertas pela IA também levantam incertezas sobre como utilizá-la de forma eficiente, onde investir e quais são os compromissos em termos de governação, ética e privacidade”, afirma.

Por último, o relatório também traz para a mesa o debate sobre a rentabilidade da atividade bancária, que é o título do estudo. A melhoria das demonstrações de resultados dos bancos foi causada principalmente pelo aumento das taxas de juro oficiais, que facilitou o aumento das margens e levou muitas instituições, especialmente em Espanha, a obter lucros recorde em 2023, com o consequente efeito negativo em parte da opinião pública, que considera a rentabilidade dos bancos excessiva.

Segundo ele, desde a crise financeira de 2008 (“e o seu corolário, o resgate de muitas instituições, na sua grande maioria caixas económicas”), o setor bancário tem tido um problema de reputação, que só em parte foi atenuado pela sua gestão solidária da pandemia do coronavírus. O forte aumento dos lucros em 2023 (26,8% para os cinco maiores bancos) só veio reavivar a polémica, alimentada em parte pela suposta justificação que estes resultados implicam para a manutenção do imposto especial sobre os bancos.

Contrariamente a esta corrente de opinião, afirma que os investidores consideram que a rendibilidade dos bancos não é suficiente. “Pelo menos é o que sugere o facto de o preço das ações da maioria dos bancos espanhóis e europeus estar ainda abaixo do seu valor contabilístico, o que é um sintoma de falta de confiança na capacidade do setor para continuar a gerar lucros no futuro. Embora os preços das ações dos principais bancos espanhóis tenham subido mais de 25% em 2023, apenas um estava acima do seu valor contabilístico no início de 2024, enquanto outro estava muito próximo do ponto de equilíbrio. Os restantes estavam abaixo. Na Europa, a situação era ainda pior”, conclui.

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Agricultores do Algarve só aceitarão cortes de água iguais para todos

  • Lusa
  • 29 Abril 2024

O Algarve está em situação de alerta devido à seca desde 5 de fevereiro. Está em vigor medidas de restrição ao consumo: redução de 15% no setor urbano, incluindo turismo, e de 25% na agricultura.

A Comissão para a Sustentabilidade Hidroagrícola do Algarve (CSHA) defendeu esta segunda-feira uma atualização dos cortes no consumo de água impostos pelo anterior Governo e advertiu que “só aceitará cortes iguais” para todos os setores da região.

A posição da comissão foi anunciada em comunicado, na véspera da reunião da Subcomissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, para avaliar a situação dos recursos hídricos no Algarve.

A CSHA, que representa mais 1.000 produtores, operadores e associações do setor agrícola algarvio, considera que já foi “ultrapassada a previsão de armazenamento” de água de superfície nas bacias do Algarve”, encontrando-se a região “com níveis de água suficientes para os próximos anos”.

“Tendo em consideração que nunca foi apresentada uma justificação para a diferença entre os cortes para a agricultura e para os restantes setores […], a CSHA só aceitará aquilo que sempre defendeu, um corte no consumo de água de 15% para todos os setores”, apontou.

A comissão disse esperar que na reunião de terça-feira — em que participarão os principais agentes ligados à utilização da água –, sejam atualizados os valores dos cortes em vigor desde janeiro, de 15% para o setor urbano e turismo e de 25% para a agricultura.

“Temos também a expectativa de que, já nesta reunião, seja apresentada uma proposta para a legislação da gestão da água subterrânea que permita a criação de associações de produtores instalados e utilizadores de cada aquífero“, lê-se na nota.

Ao mesmo tempo, a CSHA adiantou que “gostaria de ouvir” a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) anunciar o aumento do volume de água, a transpor da barragem do Funcho para a do Arade, no barlavento algarvio.

A medida, adianta, tem sido pedida pela Associação de Regantes de Silves, Lagoa e Portimão, para que a agricultura daquele perímetro de rega possa fazer esta campanha com o corte de 15%, pois necessita de cinco hectómetros cúbicos de água do Funcho”.

“Acreditamos que apenas com a implementação destas medidas se poderá contribuir para a gestão sustentável dos recursos hídricos e garantir o abastecimento eficiente de água à agricultura, prioridades assumidas por este Governo”, conclui a nota da CSHA.

Segundo o Governo, a reunião da Subcomissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, prevista para terça-feira, antecede a reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, que deverá ocorrer até ao dia 10 de maio, em Faro.

O encontro será presidido pelos ministros do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, onde serão coordenadas as novas decisões sobre a gestão dos recursos hídricos no Algarve.

O Algarve está em situação de alerta devido à seca desde 5 de fevereiro, tendo o anterior Governo aprovado um conjunto de medidas de restrição ao consumo, nomeadamente a redução de 15% no setor urbano, incluindo o turismo, e de 25% na agricultura.

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Lançamento do AC75 começa a revelar os segredos e as inovações das equipas da America’s Cup

  • Servimedia
  • 29 Abril 2024

Com o NYYC American Magic e o Orient Express Racing prestes a revelar as suas obras-primas, quatro equipas já estão na linha de partida e adotaram soluções diferentes para desafios semelhantes.

Enquanto os neozelandeses e os italianos viram apenas uma pequena parte do seu potencial, com os seus foils e braços ainda um mistério, os suíços atraíram todas as atenções com os seus hidrofólios personalizados, que terão um grande impacto no seu desempenho e lhes permitiram descolar com uma brisa de 6,5 a 7,5 nós, uma melhoria impressionante do desempenho em relação aos barcos da primeira geração. A INEOS Britannia apresentou o seu barco, mas manteve os seus novos foils em segredo até ao lançamento.

Na popa, todas as equipas optaram por formas em T, enquanto na zona da proa as diferenças são mais acentuadas: desde o “bustle” de grande volume do INEOS Britannia aos perfis mais largos da proa, passando pelos braços do Luna Rossa Prada Pirelli e do Emirates Team New Zealand.

A zona do convés exigiu o máximo esforço dos projetistas e dos técnicos. Os italianos optaram por uma abordagem de carbono natural cuidadosamente modelada, moldando os módulos laterais uniformemente em direção ao convés e a popa até à travessa. A Emirates Team New Zealand faz o mesmo, com uma popa elíptica elevada que faz lembrar a palavra “aerodinâmica”. Para o Alinghi Red Bull Racing, os pormenores vão da proa à popa, com o que parecem ser saliências “Ventur” na proa para facilitar o fluxo de ar para a bujarrona e um cockpit aberto. O INEOS Britannia parece estar algures entre o italiano e o suíço, com os módulos laterais a misturarem-se com a popa.

As saliências no casco e no convés são evidentes em todos os modelos, mas talvez as maiores diferenças residam no tratamento das saliências e dos esqueletos que correm a meio do barco. O que se vê no AC75 suíço é quase semelhante ao International Moth, enquanto os neozelandeses e os italianos têm uma abordagem mais equilibrada e ponderada, dizem os especialistas no desporto.

O bustle do Emirates Team New Zealand percorre todo o comprimento do barco, subindo no último terço até à popa, permitindo que o leme fique pendurado por baixo. Os seus ângulos são muito acentuados, algo semelhantes à definição do INEOS Britannia, embora o seu “bustle” pare a alguns metros do topo da popa, o que significa que o mecanismo do leme está principalmente acima do convés.

Os suíços dispõem de um volume considerável à ré do seu bustle, com a vantagem adicional de terem os comandos do leme baixos e escondidos. O mesmo acontece com o Luna Rossa Prada Pirelli, cujo bustle refinado se estende a todo o comprimento do barco e, mais uma vez, o leme está escondido na parte inferior. Todos os barcos têm uma quilha que sobressai da proa com diferentes graus de profundidade.

Tripulação

Até agora, a disposição dos marinheiros é outro aspeto em que as equipas parecem estar de acordo, com todos os trimmers à frente, seguidos do timoneiro e dos dois ciclistas à popa. Um ecrã na proa do Alinghi Red Bull Racing confirma o seu objetivo aerodinâmico, enquanto os outros trimmers estão muito baixos, mais protegidos do vento que gerem. O mesmo acontece com os “cyclors”, as unidades de potência da 37ª America’s Cup, que permanecerão numa posição quase de contrarrelógio.

Em termos de controlo das velas, todas as equipas optaram por configurações de trincheiras, tanto na bujarrona como na vela grande. A Emirates Team New Zealand inovou e retirou todos os componentes de controlo do convés de popa para criar um sistema de controlo duplo que varia automaticamente de um lado para o outro e lhes dá o controlo final sobre as duas pontes da vela principal. Todos os sistemas de jib parecem controlos 3D submersos montados em calhas automáticas e todas as equipas ligaram a rotação do mastro ao sistema de vela principal.

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