Produção de automóveis em Portugal cai 1,3% em 2023

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

Apesar disso, 2023 foi o terceiro melhor ano de sempre, tendo apenas sido superado por 2019 e 2022, segundo a ACAP - Associação Automóvel de Portugal.

A produção de veículos automóveis nas fábricas instaladas em Portugal registou uma queda de 1,3% em 2023, para 318.231 unidades, face ao ano anterior, revelam dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal divulgados esta segunda-feira.

Apesar disso, o ano de 2023 foi o terceiro melhor de sempre na produção de veículos automóveis em Portugal, tendo apenas sido superado pelos anos de 2019 e 2022, refere a ACAP em comunicado.

No mês de dezembro do ano passado, foram produzidos no País 19.050 veículos automóveis, o que representou em termos homólogos um decréscimo de 36,2%, adianta.

Ao nível do mercado externo, as exportações do setor automóvel representam 97,8% da venda de veículos fabricados em Portugal, contribuindo, de forma significativa, para a balança comercial portuguesa.

A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional com 87,8%.

Por países, a Alemanha lidera o top das vendas com 18,8%, seguida pela França (14%), da Itália (13,4%) e da Espanha (10,2%).

Quanto à montagem de veículos automóveis em Portugal, em dezembro passado foram montados 32 veículos pesados, tendo representado um crescimento de 100% face a igual mês do ano anterior, enquanto em 2023, a montagem de veículos pesados apresentou um aumento de 7,6%, para 212 unidades, em relação ao ano precedente.

Além disso, a ACAP realça que em 2023 apenas foram montados veículos pesados de passageiros.

Em 2023 foram exportados 99,5% dos veículos montados em Portugal (211 unidades).

A Alemanha com 50,2% e o Reino Unido com 49,8% foram os únicos destinos destas exportações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Relatório europeu acusa Portugal de não fiscalizar juízes e Ministério Público

"Só podemos concluir que o nível de cumprimento das recomendações é globalmente insatisfatório", diz o segundo relatório da quarta ronda de verificação do cumprimento das recomendações do GRECO.

O Grupo de Estados contra a Corrupção do Conselho da Europa (GRECO) concluiu que Portugal fez “progressos limitados” no que se refere à prevenção da corrupção em relação a deputados, juízes e procuradores do Ministério Público, indica o relatório divulgado esta segunda-feira.

“Só podemos concluir que o nível atual de cumprimento das recomendações permanece globalmente insatisfatório”, diz o segundo relatório da quarta ronda de verificação do cumprimento das recomendações emitidas nesta área. O GRECO diz ainda que Portugal cumpriu de forma satisfatória apenas três as 15 recomendações. As restantes 12 recomendações só foram “parcialmente concretizadas”.

O relatório solicita ainda às autoridades portuguesas que apresentem, até ao final do ano, relatórios sobre os progressos realizados na concretização das recomendações pendentes. O GRECO é um órgão do Conselho da Europa que visa melhorar a capacidade dos seus membros para combater a corrupção.

Em concreto, o que critica o relatório do GRECO?

  • As regras e regulamentos atuais para os deputados ainda não abordam adequadamente as questões das relações entre deputados e terceiros, como é o caso da atividade de lóbi;
  • Ainda não foi implementado um sistema de prevenção de conflitos de interesses para os deputados;
  • Da mesma maneira, a Entidade independente para a Transparência, responsável pela avaliação das declarações dos deputados de rendimentos, ativos e juros ainda não está totalmente operacional;
  • No que diz respeito aos juízes, a base de dados ECLI ainda não está operacional para fornecer acesso online às decisões definitivas dos tribunais de primeira instância. Não houve melhorias no reforço da composição do Conselho Superior da Magistratura para salvaguardar independência. E o método de seleção dos juízes do Supremo Tribunal permanece inalterado;
  • O Conselho Superior da Magistratura preparou um primeiro projeto de código de conduta para juízes que, juntamente com um projeto de código para juízes dos tribunais administrativos e fiscais jurisdição, aguarda concretização prática;
  • No que diz respeito ao Ministério Público, a entrada em vigor do Código de Conduta dos procuradores representa um desenvolvimento positivo, mas a supervisão da atividade dos magistrados deste organismo continua sem expressão.

Já no seu relatório anual – divulgado a semana passadao GRECO fez 28 recomendações a Portugal, nomeadamente a melhoria da eficácia do seu sistema de promoção da integridade e de prevenção de corrupção no Governo e nas instituições de autoridade.

Em janeiro de 2023 foi aprovado e publicado em Diário da República um questionário com 36 perguntas que os candidatos a governantes vão ter de preencher antes de aceitarem o cargo. Os governantes terão de fazer uma cruz no “sim” ou “não” em 36 perguntas sobre a situação profissional e fiscal, a participação em empresas, atividades dos familiares, conflitos de interesse e envolvimento em processos judiciais.

Assim, o GRECO sugere ainda que esse mesmo questionário deve ser para todos os que ocupam posições de topo no Estado, e não apenas os futuros membros do Governo. “O GRECO recomenda que as regras sobre verificações de integridade se apliquem a todas as pessoas com funções executivas de topo, antes da sua nomeação, a fim de identificar e gerir conflitos de interesses existente e potenciais”, indica o relatório da quinta ronda de avaliação.

De acordo com o organismo, os resultados devem ser difundidos no momento da tomada de posse. A área de competência e os deveres específicos de todos os membros dos gabinetes ministeriais, incluindo o do primeiro-ministro, devem ser “publicados online e mantidos atualizados”, sustenta.

A equipa de peritos do GRECO concluiu ainda que a Estratégia Nacional Anticorrupção (ENA) ficou aquém do necessário, visto que não contempla um plano de ação específico que descreva “tarefas precisas, funções das autoridades responsáveis, prazos para a implementação de tarefas e indicadores de realização”. Também de acordo com a entidade a ENA não estabelece requisitos de apresentação de relatórios de monitorização.

O GRECO refere que entre 2019 e 2021 Portugal criou mecanismos de combate à corrupção, mas que todo o processo foi prejudicado por atrasos sucessivos, recomendando um “redobrar de esforços” para o país tornar o seu sistema de combate à corrupção mais eficaz. E reconhece que Portugal só vai ver resultados dessas medidas quando o Mecanismo Anti-Corrupção Nacional e a Entidade para a Transparência estiverem a funcionar em pleno, “o que não é ainda o caso”, refere o sumário do relatório.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e CastroJOÃO RELVAS/LUSA

É ainda pedida uma maior transparência para contactos entre membros do Governo e lobistas. Uma recomendação que surge num contexto de crise política e com eleições legislativas à porta – marcadas para 10 de março –, depois das suspeitas de terem existido favores e influências por parte do ex-chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária, e do advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa, junto do Governo, que desaguaram no processo da Operação Influencer, que levou à demissão de António Costa e à consequente queda do Governo.

O GRECO acrescenta que a “receção de presentes, ofertas, hospitalidade, convites ou outros benefícios” deve ser registada num registo central e o acesso do público à informação melhorado, apelando para a revisão dos procedimentos de consulta pública relativos aos decretos-lei.

No relatório é lembrado que, segundo o Índice de Perceção da Corrupção (CPI), da Transparência Internacional, Portugal ocupou a 33.ª posição entre 180 países em 2022, obtendo uma pontuação de 62 num total de 100 (0 corresponde a países com um elevado nível de corrupção e 100 para países com baixo nível corrupção).

Ministra da Justiça desvaloriza

A ministra da Justiça desvalorizou as conclusões relativas a Portugal do último relatório do GRECO, observando que se trata de um relatório feito “há um ano e meio”.

Falando aos jornalistas à margem da sessão de apresentação da Estratégia Nacional para as Vítimas de Crime 2024-2028, Catarina Sarmento e Castro realçou que, desde então, houve uma “evolução muito positiva”, nomeadamente com a implementação do Mecanismo Nacional Anticorrupção.

Quanto à Entidade para a Transparência, a ministra sublinhou que “hoje também já tem o seu local de trabalho identificado em Coimbra”, estando “em condições para começar a trabalhar”.

De acordo com Catarina Sarmento e Castro, as duas entidades apontadas no relatório foram “efetivamente postas no terreno”, sendo que o Mecanismo Nacional Anticorrupção é aquele que mais lhe diz respeito e com que lidou durante o seu mandato.

“Já está a lançar campanhas, tem pessoal que está devidamente alocado, tem um orçamento muito significativo que tem sido atribuído e que foi agora renovado neste novo orçamento (de Estado) e tem também verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para construir a plataforma eletrónica”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salário mínimo ficaria “em risco de congelar” com proposta do Chega para as pensões

Chega quer equiparar pensões mais baixas ao salário mínimo, mas especialistas dizem que tal só é "demagogia". Alertam que retribuição mínima ficaria em risco de abrandar ou congelar.

Uma “proposta demagógica“, com “poucos fundamentos técnicos” e com fracas possibilidades de se realizar. É assim que os especialistas olham para a promessa de André Ventura, líder do Chega, de alinhar as pensões mais baixas com o salário mínimo nacional. Ao ECO, avisam, por um lado, que a sustentabilidade da Segurança Social ficaria ameaçada e, por outro, que o próprio salário mínimo, depois de vários anos de aumentos, poderia ficar congelado, castigando-se à boleia um quinto dos trabalhadores portugueses.

Foi este fim de semana, na convenção nacional do Chega, em Viana do Castelo, que André Ventura realçou que há vários idosos em Portugal obrigados a escolher entre a alimentação e a medicação, cenário com o qual disse querer acabar.

Por isso, de olho nas eleições Legislativas marcadas para 10 de março, o presidente do Chega prometeu equiparar as pensões mais baixas ao salário mínimo nacional. Segundo André Ventura, tal seria feito de forma faseada — num primeiro momento, a pensão mínima ficaria alinhada com o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) — ao longo de seis anos.

Ora, com um eleitorado cada vez mais envelhecido, não surpreende que as pensões estejam a ser um dos temas quentes das últimas semanas, da esquerda à direita. Mas os especialistas não poupam críticas à proposta de André Ventura, considerando-a não só “irrealista” e “irresponsável” como “infantil” e “puramente demagógica“.

“A implementação desta proposta teria impactos financeiros muito significativos“, frisa o professor e investigador Frederico Cantante, que lembra que há cerca de duas décadas que já estão previstas prestações sociais (como o Complemento Solidário para Idosos) que “têm tido impactos relevantes na redução do nível de pobreza entre os mais idosos“.

O Complemento Solidário para Idosos é uma prestação não contributiva (não resulta dos descontos feitos para a Segurança Social) que visa assegurar que todos os idosos têm, pelo menos, 550,67 euros por mês de rendimento.

Medidas como essa podem e devem, sim, ser aprofundadas, admite Frederico Cantante, aumentando-se “a sua generosidade“. Mas com respeito pela lógica já existente no sistema da Segurança Social, isto é, cumprindo a ligação ao IAS, e não ao salário mínimo nacional, afirma.

“Não faz sentido a ligação da pensão mínima ao salário mínimo nacional. É tudo ruído eleitoralista“, salienta, assim, o investigador do CoLabor. E deixa um aviso: fazer essa conexão poderia mesmo levar ao abrandamento ou estagnação da retribuição mínima garantida, na medida em que, todos os anos, os Governos teriam de ponderar o impacto na Segurança Social, no momento da definição do limite mínimo para os vencimentos.

“Era provável que o aumento do salário mínimo não pudesse ser tão pronunciado“, argumenta Frederico Cantante. “Haveria o risco de ficar congelado“, insiste.

O professor universitário não está sozinho nesta leitura. Fernando Ribeiro Mendes, ex-secretário de Estado da Segurança Social do Governo de António Guterres, também reconhece esse perigo, sublinhando que “é mais prudente manter a ligação ao IAS“.

E, mesmo à direita, José Silva Peneda, antigo ministro da Segurança Social do Governo de Cavaco Silva, antevê esse mesmo risco. Para este ex-governante, a proposta de André Ventura é “própria de quem sabe que não vai ser Governo“, uma vez que é “irrealizável“, a menos que a economia crescesse acima dos 10%. “Estamos muito longe de ter condições para isso“, declara Silva Peneda, que acusa o líder do Chega de “vender ilusões“.

Também Fernando Ribeiro Mendes entende que esta proposta é demagógica, não tendo fundamentos técnicos. “É só criar encargos que não correspondem à justiça universal“, alerta, frisando que, cumprindo-se a promessa do Chega, todos receberiam indiscriminadamente esse mínimo.

Por exemplo, um banqueiro que tivesse declarado um salário magro ao longo da vida à Segurança Social, mesmo tendo um património paralelo vasto, também beneficiaria deste esforço da Segurança Social, observa o ex-secretário de Estado.

Na visão deste especialista, e em linha com Frederico Cantante, o mais equilibrado seria, portanto, apostar em medidas como o Complemento Solidário para Idosos para combater a pobreza entre os idosos.

“É uma preocupação com os idosos meramente eleitoralista”

Para Frederico Cantante, a promessa de André Ventura não merece críticas somente porque ameaçaria a Segurança Social e os salários. Também as merece porque deixa perceber que é motivada por uma “preocupação meramente eleitoralista“.

É que, em paralelo, o Chega tem atacado o Rendimento Social de Inserção, cujo objetivo também é mitigar a pobreza entre os portugueses. “O Chega tem tido uma postura muito crítica, de quase criminalização dos beneficiários“, salienta o professor universitário.

“Porque não indexar outro tipo de prestações ao salário mínimo? Porque não indexar a Prestação Social para a Inclusão ao salário mínimo? Porque não indexar o valor de referência do Rendimento Social de Inserção ao salário mínimo nacional?“, interroga o investigador, que atira que fazer a mudança “ad hoc” somente no caso das pensões geraria estranheza no sistema.

“A proposta do Chega é eleitoralista, porque é direcionada a uma parte da população que tem um peso muito grande no eleitorado“, assinala Frederico Cantante.

As pensões e a Segurança Social têm sido, de resto, temas quentes (e polémicos) nas últimas semanas no debate político. Por exemplo, Luís Montenegro prometeu um “rendimento mínimo” aos pensionistas de 820 euros, que acabou por gerar confusão, porque o líder PSD não estava a prometer uma pensão mínima (como inicialmente percebido), mas um aumento do Complemento Solidário para Idosos.

Já Pedro Nuno Santos propôs a diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social, sinalizando o regresso de uma velha proposta da esquerda de taxar mais as empresas de base tecnológica que têm elevado valor, mas poucos trabalhadores.

Com a ida às urnas marcada para daqui a dois meses, o interesse político em torno da proteção social está, assim, instalado, mas multiplicam-se as controvérsias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo perto de atingir meta de receitas para 2027 de 27 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

As previsões, para 2023, apontam para 77 milhões de dormidas, um crescimento de quase 11% face ao ano anterior, e receitas de cerca de 25 mil milhões de euros.

O presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, disse esta segunda-feira que o setor está quase atingir a meta de receitas previstas para 2027, de 27 mil milhões de euros.

“Estamos a 7,6% de atingir, em 2024, as receitas turísticas de 27 mil milhões de euros” previstas para 2027, afirmou o responsável do Turismo de Portugal, que foi o convidado num almoço da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.

Admitindo que não se pode fazer previsões no dia 15 de janeiro, para o ano que agora se iniciou, Carlos Abade sublinhou que o setor do turismo em Portugal é “particularmente competitivo”, tendo crescido a um ritmo superior à média mundial.

Para o presidente do Turismo de Portugal, “não há razão nenhuma para achar que em 2024 não será exatamente o mesmo”.

Segundo os dados recentemente divulgados, as previsões para 2023 apontam para 77 milhões de dormidas, um crescimento de quase 11% face ao ano anterior, e receitas de perto de 25 mil milhões de euros.

Carlos Abade considerou ainda “absurda” a ideia de que o setor do turismo está a chegar ao seu limite, mas apontou alguns desafios para o setor em 2024, entre eles a criação de valor para os residentes.

“O turismo é bom na exata medida em que for bom para as pessoas e o turismo tem sido muito bom para as pessoas”, defendeu o responsável.

Outro dos desafios elencados por Carlos Abade passa por valorizar e qualificar os trabalhadores, sublinhando que o aumento dos salários no setor tem sido superior ao crescimento da média nacional.

Antes, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, tinha destacado o impacto do aumento das taxas de juro na hotelaria, “medida clássica do combate à inflação”, e manifestou-se disponível para trabalhar em conjunto com o Turismo de Portugal no problema.

Já na fase de perguntas da audiência, Carlos Abade foi questionado sobre o novo aeroporto de Lisboa, tendo defendido que, para já, tem de se gerir “de forma mais eficiente” as infraestruturas que existem, realçando que “todos os aeroportos em Portugal têm capacidade de crescimento”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cruzeiros no Porto de Lisboa superam pela primeira vez os 700 mil passageiros em 2023

"O ano de 2023 foi, indiscutivelmente, o melhor de sempre da atividade de cruzeiros em Lisboa", diz o presidente da APL. Atividade teve um impacto económico na cidade superior a 83 milhões.

O Porto de Lisboa anunciou, esta segunda-feira, que bateu vários recordes na atividade de cruzeiros em 2023, superando, pela primeira vez, a barreira dos 700 mil passageiros e a dos 200 mil passageiros no segmento turnaround (cruzeiros que têm embarque e/ou desembarque no terminal de cruzeiros da capital).

Ao todo, o Porto de Lisboa contabilizou 758.328 de passageiros de cruzeiros, mais 54% do que em 2022, ultrapassando o anterior recorde de 2018 com 577.603 passageiros de cruzeiro.

Feitas as contas, o maior destaque vai para o segmento turnaround que atingiu os 204.004, um aumento exponencial de 131% quando comparado com esse mesmo ano, com 102.680 passageiros embarcados e 101.324 desembarcados. Já o número de passageiros em trânsito atingiu os 554.324, um crescimento de 37% em relação a 2022, calculou o Porto de Lisboa, em comunicado.

O ano de 2023 foi, indiscutivelmente, o melhor de sempre da atividade de cruzeiros em Lisboa, o que reflete o sucesso da estratégia de valorização e qualificação da indústria de cruzeiros na capital portuguesa coordenada pela APL [Administração do Porto de Lisboa] e pelo concessionário.

Carlos Correia

Presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa (APL)

A atividade de cruzeiros teve um impacto económico direto na cidade superior a 83 milhões de euros, quando contabilizados os 102.680 passageiros que embarcaram e os 554.324 que estiveram em trânsito em Lisboa. De acordo com o Porto de Lisboa, um passageiro embarcado gasta, em média, 367 euros e um passageiro em trânsito 82 euros, tendo como suporte um estudo de impacto económico da APL, elaborado pela Netsonda e pela Nova SBE.

Por tudo isto, o presidente do Conselho da Administração do Porto de Lisboa (APL), Carlos Correia, é perentório em afirmar: “O ano de 2023 foi, indiscutivelmente, o melhor de sempre da atividade de cruzeiros em Lisboa, o que reflete o sucesso da estratégia de valorização e qualificação da indústria de cruzeiros na capital portuguesa coordenada pela APL e pelo concessionário”.

“Estamos perante excelentes notícias para o desenvolvimento económico-social de toda a região, com a boa notícia adicional que foram os resultados do estudo ambiental relativo aos cruzeiros em Lisboa, realizado para a APL pela CLIA – Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros, em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Rovira i Virgili (Tarragona, Espanha)”, completa Carlos Correia.

Porto de Lisboa

Segundo o Porto de Lisboa, “a 30 de julho registou-se a maior operação de turnaround de sempre, com um total de 9.163 passageiros, dos quais 4.476 embarcados e 4.687 desembarcados”.

No topo dos passageiros, estão os britânicos com 286.305 visitantes, o que corresponde a 38% do total. Os Estados Unidos subiram para a segunda posição com um crescimento de 116% de passageiros: são responsáveis por 149.233 turistas, o que representa uma quota de 20% face à de 14% em 2022.

O mercado alemão, apesar de ter registado um crescimento de 14%, passa a ocupar a terceira posição, responsável por 15% dos turistas de cruzeiros em Lisboa. E o Canadá surge em quarto lugar, com 34.085 passageiros, ou seja, mais do que duplicou o número de turistas de cruzeiro (172%) e tem já uma quota de mercado de 4%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fidelidade compra maioria do capital da Veterinários sobre Rodas

  • ECO Seguros
  • 15 Janeiro 2024

A seguradora entra no negócio de cuidados de saúde a animais de companhia, acelerando a integração entre os seguros pet e clínicas veterinárias.

A Fidelidade adquiriu a maioria da “Veterinários sobre Rodas”, reforçando a sua posição no ecossistema de saúde de animais de companhia e a sua oferta nesta área. O grupo segurador tomou 88% do capital da empresa, ficando 12% na posse do seu CEO, Diogo Campos.

Diogo Campos da Veterinários Sobre Rodas e Bruno Militão Ferreira da Fidelidade querem acelerar a integração de seguros e cuidados de saúde veterinários.

Criada em 2018, a “Veterinários sobre Rodas”, a empresa tem registado crescimento acelerado atingindo 927 mil euros em 2022, numa altura em que já contava com 19 colaboradores. Presta cuidados médico-veterinários ao domicílio a animais de companhia, estando presente na Grande Lisboa, na margem-sul, no Grande Porto e no Algarve.

Adicionalmente, conta com uma clínica em Sintra, uma carrinha de banhos e tosquias, como também um espaço canino, onde se incluem serviços de estadia, treino para cães e creche diária. De forma a colmatar o setor digital, dispõe ainda de uma loja online chamada “A Loja dos Animais”.

A Fidelidade afirma que com esta aquisição, “pretende promover sinergias, com a integração entre os seguros para animais de companhia e as clínicas veterinárias, alargando a oferta a novos produtos e serviços, e consequentemente os benefícios para os clientes das suas empresas”

Para Diogo Campos, CEO da Veterinário sobre Rodas, “A Fidelidade vai certamente ajudar-nos a crescer pelo país. Vejo um enorme potencial na sinergia com o seguro Pets, pois acredito que podemos estar na frente de todos os serviços que a Fidelidade oferece neste seguro, e fortalecer o seguro reciprocamente. Estamos a trabalhar em sinergias que nos permitam crescer”.

Para Bruno Militão Ferreira, Diretor de Negócios Particulares, a “Veterinários sobre Rodas” representa “mais um passo na estratégia de crescimento e alargamento dos serviços que prestamos aos nossos clientes Pets e no robustecimento do nosso ecossistema de saúde e bem estar para os animais de companhia”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Instituto das Florestas recruta 50 técnicos superiores a ganhar 1.385,99 euros

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já abriu o concurso para integrar trabalhadores com licenciatura em áreas como agronomia ou medicina veterinária.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já abriu o concurso para integrar 50 técnicos superiores com licenciatura em áreas como agronomia, medicina veterinária ou gestão florestal, segundo o aviso publicado no site da Bolsa do Emprego Público. É oferecido um salário bruto mensal de 1.385,99 euros, que é a primeira posição remuneratória desta carreira.

Os licenciados, que serão colocados de norte a sul do país, terão um contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, segundo o procedimento concursal comum.

A formalização das candidaturas é realizada exclusivamente online. Os candidatos devem enviá-las por email para o endereço eletrónico [email protected] até 26 de janeiro.

Este procedimento junta-se aos dois concursos externos que o ICNF já tinha lançado para recrutar 175 trabalhadores, tal como o ECO já tinha noticiado. Em concreto, o instituto público, que é tutelado pelo Ministério do Ambiente, quer integrar 50 estagiários para a função de vigilantes da natureza, 125 sapadores bombeiros florestais. E oferece para essas posições o salário mínimo do Estado, que está nos 821,83 euros brutos mensais, segundo os avisos publicados na Bolsa do Emprego Público consultados pelo ECO.

A data limite para submissão das candidaturas termina a 25 de janeiro para o cargo de vigilante e a 26 de janeiro para bombeiro.

Em breve, será também publicado um aviso para o recrutamento para mais 100 assistentes operacionais em todo o país, segundo o ICNF.

O recrutamento destes 325 profissionais, entre assistentes operacionais, técnicos superiores, vigilantes e bombeiros, faz parte da estratégia do Governo de reforçar os quadros de entidades públicas. Além do ICNF, o MAAC pretende reforçar as equipas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) face às exigências da transição energética, embora não se saiba quando serão abertos os concursos. Para estas duas instituições prevê-se que sejam recrutados 340 profissionais. Ao todo, deverão ser recrutados mais 665 trabalhadores para integrar as equipas do ICNF, APA e DGEG.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dono da Agriloja entra na produção ao comprar empresa de plantas hortícolas de Torres Vedras

Depois de adquirir a maioria do capital da rede de frutarias Ludite, o grupo português Agris comprou a Fitoplanta que se dedica à produção e comercialização de plantas hortícolas.

O grupo português Agris, que é dono da rede de lojas Agriloja, das frutarias Ludite e da Xplor Solutions, comprou a empresa Fitoplanta, que se dedica à produção e comercialização de plantas hortícolas. O valor da aquisição não foi revelado.

“A Fitoplanta tem as instalações na zona Oeste (Torres Vedras) e é uma referência pela qualidade dos seus produtos desenvolvidos com acompanhamento técnico de equipas especializadas e sistemas informatizados de rega, tratamento, adubação, controlo de temperatura e humidade”, explica o grupo Agris em comunicado.

Com a integração da Fitoplanta, o grupo Agris passou a ter cinco áreas de negócios: retalho, distribuição, produção, tecnologia e imobiliário. O grupo realça na mesma nota que “continua a investir na estratégia de expansão e diversificação de negócios, mantendo a estrutura empresarial com raízes portuguesas e capital 100% nacional”.

Fundada em 1985, sob a marca Agritorres, o ano de 1996 marca o início do Grupo Agris, com o nascimento da Agriloja. A primeira loja abriu em 2000 na cidade de Torres Vedras. Entre os anos 2001 e 2007 abriu sete outras lojas em regime de franchising, nas regiões do Oeste e no Centro do país. Nos três anos seguintes, duplica a rede de lojas, próprias e franchisadas. Em 2013, abre a primeira loja nos Açores. Soma atualmente 35 lojas com a insígnia Agriloja.

É em 2016 que o grupo diversifica o portefólio de negócios, entrando no mercado de distribuição de combustíveis, através da marca Agripower. Em 2018 arranca uma nova fase de expansão da rede Agriloja, com a aquisição de outras insígnias do mesmo setor. E em 2021, o grupo abre um hospital veterinário, seguindo-se a aquisição, em 2022, de uma rede de lojas especializadas em alimentação, saúde e bem-estar animal.

Em novembro do ano passado, o grupo português Agris anunciou a aquisição das lojas Sanipina e a compra da maioria do capital da rede de frutarias Ludite, que conta com um total de 60 lojas, emprega 160 pessoas e fatura perto de 15 milhões de euros por ano.

Em 2022, ano em que registou uma faturação consolidada da ordem dos 106 milhões de euros, o Grupo Agris estreou-se nos mercados com a emissão de obrigações no montante de 15 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atlânticoline lança concurso de 25 milhões para construção de dois navios elétricos

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

As embarcações para transporte de passageiros e viaturas deverão operar, em 2026, nas ilhas dos Açores. As candidaturas poderão ser entregues até 14 de fevereiro de 2024.

A Atlânticoline lançou esta segunda-feira um concurso público para a construção de dois navios elétricos, no valor de 25 milhões de euros, que deverão integrar a operação nas ilhas do Triângulo, nos Açores, em 2026, foi anunciado esta sexta-feira.

Os navios, que irão transportar passageiros e viaturas, deverão operar no canal Horta/Madalena e no canal Velas/São Roque e serão movidos inteiramente a energia elétrica, segundo a empresa, que tenciona que as embarcações integrem a operação da empresa em 2026.

Segundo a empresa pública, o preço base é de 25 milhões de euros para os dois navios e as candidaturas poderão ser entregues até 14 de fevereiro de 2024.

A construção dos dois navios elétricos tem como objetivo “descarbonizar a operação da empresa no Triângulo”, sublinha a Atlânticoline.

Trata-se de um concurso limitado por prévia qualificação, com publicidade internacional, que tem por objeto a escolha da proposta que servirá de base à outorga de um contrato para a construção de dois navios elétricos, destinados ao transporte de passageiros e viaturas na Região Autónoma dos Açores”, segundo explica ainda a operadora marítima, numa nota de imprensa.

Além das construções, certificações, homologações e aprestamentos dos navios, o contrato abrange a realização e desenvolvimento dos projetos, ensaios e testes.

Atualmente, a frota própria da Atlânticoline é composta por cinco embarcações: a lancha Ariel, com capacidade para 12 passageiros, os navios Cruzeiro das Ilhas e Cruzeiro do Canal, com capacidade para 191 passageiros, e os ferries Mestre Jaime Feijó e Gilberto Mariano, cujas capacidades são, respetivamente, 333 passageiros/13 viaturas e 296 passageiros/10 viaturas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso EDP: Júdice reviu acordo e admite tensão por causa da reforma de Pinho no BES

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

O advogado José Miguel Júdice disse em tribunal ter revisto o acordo de Manuel Pinho para a cessação de funções executivas no BES e admitiu que a questão da reforma aos 55 anos gerou alguma tensão.

O advogado José Miguel Júdice disse esta segunda-feira em tribunal ter revisto o acordo do ex-governante Manuel Pinho para a cessação de funções executivas no BES e admitiu que a questão da reforma aos 55 anos gerou alguma tensão.

Ouvido como testemunha em mais uma sessão do julgamento no caso EDP no Juízo Central Criminal de Lisboa, o advogado frisou que ajudou sempre o antigo ministro da Economia “como amigo” e que foi nessa qualidade que em 2005 veio analisar o acordo assinado um ano antes com o ex-presidente do BES Ricardo Salgado e o administrador Mosqueira Amaral, assegurando que o objetivo de Pinho era salvaguardar o cumprimento do acordado apesar de ir para o Governo.

Em 2005 pediu-me para dar uma olhadela a um documento. Havia a expectativa de vir a ter funções executivas e fui rever um acordo que tinha sido feito uns tempos antes. Ele queria assegurar que uma parte do acordo — reformar-se aos 55 anos — não suscitava quaisquer dúvidas”, explicou, continuando: “Reafirma a ideia de que ele ao aceitar a pasta da Economia não ia afetar os direitos que tinha acordado com o banco”.

José Miguel Júdice contou ainda que depois, em 2009, Manuel Pinho voltou a contactá-lo face ao entendimento do BES de que não seria possível cumprir a reforma aos 55 anos e destacou a tensão que procurou atenuar entre o ex-ministro e o Grupo Espírito Santo (GES).

“Manuel Pinho tinha feito um acordo em 2004 com Ricardo Salgado. Esse acordo nunca tinha sido questionado e em 2005 foi reafirmado por um facto novo — a saída para o Governo. Em 2009, soube que havia uma teoria de que não era possível assegurar aqueles direitos. Lembro-me de que ele estava muito indignado. Manuel Pinho tem o coração perto da boca e reagia por vezes com alguma tensão, o que seria mau se fosse feito diretamente com o banco”, observou.

Questionado se o acordo de cessação de funções executivas de Manuel Pinho no BES assinado em 2004 e a carta de desvinculação em 2005 seriam uma suposta encenação, o advogado afastou esse cenário.

“Se alguém me tivesse dito na altura o que está a referir como hipótese, ficaria muito surpreendido. Se houve uma farsa, então eu também fui enganado. Não me passou pela cabeça, nem houve o mais pequeno indício de que este processo fosse fraudulento”, afirmou, acrescentando que interpretou o regresso de Pinho em 2010 para o BES África como uma forma de compensação de Ricardo Salgado a Pinho por não cumprir o acordo da reforma.

A sessão desta segunda-feira contou também com o depoimento do ex-administrador do BES Morais Pires, que substituiu Manuel Pinho na direção da área financeira do banco. Revelou não ter conhecimento do acordo de 2004 entre o ex-governante e Ricardo Salgado, mas indicou que também não teria de saber e que esse desconhecimento também se aplicava em relação aos prémios pagos no estrangeiro, uma vez que eram algo tratado de forma individual.

Eu declarei os prémios, mas é verdade que eram pagos no exterior por uma empresa do GES, a ES Enterprises“, admitiu Morais Pires, que recebeu cerca de 22 milhões de euros entre 2007 e 2013, garantindo que não tinha conhecimento de que Manuel Pinho tinha recebido pagamentos mensais do GES no estrangeiro durante o período em que esteve no Governo: “A forma, o prazo ou o método era uma decisão do acionista”.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal. A sua mulher, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento de capitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Iberia propõe criar empresa própria de handling e saída de 1.727 pessoas até 2026

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2024

A Iberia propôs um plano de viabilização da nova empresa que inclui a desvinculação de 1.727 pessoas até 31 de dezembro de 2026 através de pré-reformas e rescisões de funcionários com mais de 56 anos.

A companhia aérea Iberia propôs esta segunda-feira aos sindicatos em Espanha criar uma empresa para assegurar os serviços em terra nos aeroportos (handling) participada a 100% pelo grupo de aviação IAG, de que fazem também parte British Airways e Vueling.

Em paralelo, a Iberia propôs um plano de viabilização da nova empresa que inclui a desvinculação de 1.727 pessoas até 31 de dezembro de 2026 através de pré-reformas e rescisões de trabalhadores com mais de 56 anos de idade.

A Iberia Airport Services, que assegura serviços de handling, tem atualmente 8.000 trabalhadores.

A proposta foi revelada pela própria companhia aérea e surgiu depois de uma greve durante o primeiro fim de semana de janeiro em Espanha (que coincidiu com a celebração dos Reis no país e o fim das festas de final do ano).

As centrais sindicais pedem à Iberia que os trabalhadores do handling continuem na órbita da empresa, apesar de a companhia aérea ter perdido a gestão de serviços em terra em oito dos maiores aeroportos de Espanha num concurso de adjudicação que foi decidido em setembro passado.

A nova empresa proposta pela Iberia teria como objetivo assegurar os serviços de handling a todas as companhias aéreas que integram o InternationalAirlinesGroup (IAG): Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level, garantindo assim o volume de serviço necessário para ser sustentável economicamente.

O resultado do concurso para adjudicação do handling conhecido em setembro estabelecia que os trabalhadores destes serviços nos aeroportos ficassem subordinados às empresas vencedoras, mas os sindicatos querem que o pessoal permaneça na Iberia.

O IAG é um dos três principais grupos europeus de aviação — Lufthansa, Air France-KLM e IAG. Todos eles manifestaram publicamente interesse na compra da companhia aérea portuguesa TAP, cujo processo de privatização foi iniciado pelo Governo em setembro passado, mas está atualmente num impasse por causa de um veto do Presidente da República, da queda do executivo e da antecipação de eleições para março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação e manutenção na concessão Douro Litoral passa a ser assegurada pela Ascendi

Em pouco mais de três meses, a Autoestradas do Douro Litoral e o Estado chegaram a acordo quanto à renegociação da concessão rodoviária do Douro Litoral, que inclui A32, A41 e A43.

A Autoestradas do Douro Litoral (AEDL) e o Estado chegaram a acordo quanto à renegociação da concessão rodoviária do Douro Litoral, que inclui as três vias dos distritos do Porto e Aveiro – A32, A41 e A43, num total de 73,3 quilómetros.

O ECO/Local Online apurou que os serviços de operação e manutenção da concessão, que eram realizados pela Brisa, anterior acionista, passam a ser assegurados pela Ascendi. Com esta renegociação, “ficam resolvidos todos os temas pendentes que a concessão tinha com o Estado”.

A Autoestradas do Douro Litoral chegou a ser detida pelo grupo Brisa, mas foi comprada na totalidade em 2019 pelo fundo Strategic Value Partners. A empresa liderada por Gonçalo Reis explica, em comunicado, que o “processo, que teve início em setembro de 2023, depois da nomeação por parte da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos de uma comissão de negociação, chegou ao fim nos primeiros dias de janeiro”.

O contrato de concessão foi celebrado com a Autoestradas do Douro Litoral (AEDL), detida pelo fundo Strategic Value Partners, em dezembro de 2007 e expira em 2034. Os três lanços, de 73,3 quilómetros, abriram à circulação em 2011.

Foi um acordo positivo e razoável para ambas as partes, assegurando um enquadramento estável, previsível e amigável para o desenvolvimento desta concessão. Congratulamo-nos que estejam reunidas todas as condições para a continuação de uma lógica de crescimento e melhoria desta infraestrutura, que tem um contributo relevante para a mobilidade na região Norte”, afirma Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração da AEDL, em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.