Contrato de concessão da ANA tem regras que podem empatar novo aeroporto

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

Análise jurídica pedida pela CTI conclui que capítulo sobre novo aeroporto presta-se “a dúvidas e equívocos”, obriga as partes a “constante negociação” e tem disposições com “potencial de impasse”.

O contrato de concessão entre o Estado e a ANA – Aeroporto de Portugal “suscita desafios de interpretação e de aplicação assinaláveis”, notam as advogadas da PLMJ a quem a Comissão Técnica Independente que estudou a localização do novo aeroporto pediu uma apreciação, o que pode dificultar o novo projeto, avança o Público.

“O ponto de partida do contrato é o de que as vias contratuais de expansão [da capacidade aeroportuária de Lisboa] envolvem a, e são desenvolvidas pela, concessionária” – “como pedra-de-toque do regime contratual em causa, encontra-se o exclusivo de apresentação de proposta pela ANA, cujo papel é dificilmente contornável”, referem as advogadas.

Além disso, a regulação sobre o novo aeroporto “revela um incentivo à constante negociação entre as partes, que deverão preferencialmente chegar a um acordo expresso sobre a solução a implementar”. Estas disposições têm assim um “significativo potencial de impasse”, como admitem as advogadas responsáveis pela análise.

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Hoje nas notícias: aeroporto, fisco e leilão offshore

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O contrato de concessão com a ANA poderá dificultar o novo aeroporto devido a algumas regras de difícil interpretação. Na construção, o Fisco ganhou um processo de quase um milhão que dizia respeito à aplicação da taxa reduzida de IVA. Já a Repsol defende que o leilão offshore só se deve realizar após as eleições de março. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Contrato de concessão da ANA tem regras que podem empatar novo aeroporto

O contrato de concessão entre o Estado e a ANA – Aeroporto de Portugal “suscita desafios de interpretação e de aplicação assinaláveis”, notam as advogadas da PLMJ a quem a Comissão Técnica Independente que estudou a localização do novo aeroporto pediu uma apreciação, o que pode dificultar o novo projeto. “O ponto de partida do contrato é o de que as vias contratuais de expansão [da capacidade aeroportuária de Lisboa] envolvem a, e são desenvolvidas pela, concessionária” – “como pedra-de-toque do regime contratual em causa, encontra-se o exclusivo de apresentação de proposta pela ANA, cujo papel é dificilmente contornável”, referem.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

IVA na construção. Fisco ganha processo de um milhão

Uma decisão arbitral do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) deu razão ao Fisco num processo que envolvia cerca de um milhão de euros de imposto. Em causa estava a taxa reduzida de IVA de 6% para as empreitadas de reabilitação urbana, que o CAAD concluiu que não têm apenas de se localizar numa Área de Reabilitação Urbana mas também de ter sido aprovada uma Operação de Reabilitação Urbana para o local de construção.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Repsol defende leilão offshore só depois das eleições

A Repsol defende que o leilão eólico marítimo (offshore) só deve ser lançado depois das eleições, para assegurar o apoio do novo Governo. “Preferíamos o mais cedo possível, mas o que é que acontece se for lançado e o novo Governo não quiser? É mais sensato aguardar”, disse José Partida Solano, diretor da unidade de eólica offshore da Repsol.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso condicionado).

Quase mil lares idosos fechados de urgência pela Segurança Social desde 2015

Desde 2015, foram fechados 946 lares de idosos pela Segurança Social, a maioria por falta de licença. Olhando apenas para este ano, até ao final de outubro, já foram encerrados 81 lares de idosos, dos quais 77 funcionavam de forma irregular, de acordo com o Instituto da Segurança Social. No entanto, há situações em que as instituições não cumprem as ordens de encerramento.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Lisboa, Setúbal e Porto com 10.750 vagas para professores

Ainda há quase 11 mil vagas para professores em Lisboa, Setúbal e Porto, de um total de 24.191 vagas para os novos 63 Quadros de Zona Pedagógica (eram 10 até agora). Os professores que quiserem preencher estas vagas terão de concorrer no concurso de transição destes quadros, sendo que terão de manifestar preferência para todos os quadros resultantes da divisão do antigo.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Três em cada quatro consumidores comparam preços e escolhe marcas mais baratas

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

Entre janeiro e setembro de 2023, mais de metade das ocasiões de compra dos consumidores nacionais incluíram produtos em promoção, de acordo com um estudo divulgado pela Centromarca.

Cerca de três em cada quatro consumidores admitiram comparar preços e escolher marcas mais baratas quando faz compras e mais de metade incluiu produtos em promoção nos seus cestos, segundo um estudo divulgado esta terça-feira pela Centromarca.

As conclusões são de uma análise realizada pela Kantar e analisado em conjunto com a Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, com uma amostra de 4.000 famílias participantes, representativos de Portugal Continental, dispersos em mais de 1.000 pontos de sondagem, que declararam as suas compras entre 02 de janeiro e 08 de outubro de 2023.

“Os portugueses continuam a procurar as promoções e a comparar preços”, apontou a Centromarca, destacando que, “entre janeiro e setembro de 2023, 51,3% das ocasiões de compra dos consumidores nacionais incluíram produtos em promoção” e que “77% dos consumidores inquiridos afirmaram ainda comparar preços e escolher as marcas mais económicas”.

Adicionalmente, os dados permitiram concluir que, em 2023, os consumidores em Portugal continuaram a aumentar a frequência com que vão às compras e a diminuir o volume comprado de cada vez, mas ambas as tendências abrandaram em relação ao ano passado.

No terceiro trimestre, os consumidores chegaram mesmo a reduzir o número de vezes em que foram às compras, face a 2022. Enquanto a frequência de compra registou um aumento de 3,3% no caso da alimentação, 2% nos produtos frescos e 3,3% nas bebidas, registou-se uma diminuição de 0,9% na alimentação animal.

Paralelamente, o volume por cada ato de compra diminuiu em todas as categorias, sendo mais evidente na alimentação animal (-8,2%), mas registada também na alimentação (-7,3%), nos frescos (-7,7%), e nas bebidas (-6%).

A reversão do IVA Zero, a partir de 1 de janeiro, pode contrariar o aumento do tamanho da cesta nos produtos fora do cabaz abrangido pela medida, que se vinha observando nos últimos meses.

Marta Santos

Diretora da área de clientes da Kantar

Os dados mostraram ainda um aumento homólogo expressivo no volume de produtos fora do cabaz IVA Zero, durante o segundo e o terceiro trimestres do ano. “A reversão do IVA Zero, a partir de 1 de janeiro, pode também contrariar o aumento do tamanho da cesta nos produtos fora do cabaz abrangido pela medida, que se vinha observando nos últimos meses”, apontou a diretora da área de clientes da Kantar, Marta Santos.

As marcas de distribuição continuaram a ganhar relevância nos lares portugueses, com a frequência de compra naquelas superfícies a registar um aumento de 4,4% entre 2022 e 2023, destacando-se ainda mais pelo aumento expressivo de 19,4% no valor gasto pelos consumidores naquelas marcas.

A progressiva contração da inflação e a expectável atualização salarial podem permitir uma ligeira recuperação do poder de compra por parte de muitas famílias.

Pedro Pimentel

Diretor-geral da Centromarca

“A progressiva contração da inflação e a expectável atualização salarial podem permitir uma ligeira recuperação do poder de compra por parte de muitas famílias, que foram fortemente massacradas nestes dois últimos anos. No entanto, é necessário contar com o impacto desfavorável da reversão do IVA Zero no início de janeiro”, referiu o diretor geral da Centromarca, Pedro Pimentel. Para aquele responsável, “este seria, havendo condições políticas, o momento adequado para discutir as propostas de harmonização do IVA no setor alimentar”.

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CO2 Revolution estima que é necessário um bosque de 200 árvores para compensar a pegada de carbono da produção da lotaria de Natal

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2023

CO2 Revolution, especializada no cálculo e compensação de pegadas de carbono, estima que são precisas 200 árvores para compensar a pegada de carbono da produção da lotaria de Natal.

Neste Natal, entram em jogo 185 milhões de bilhetes de lotaria, 5 milhões a mais do que em 2022. Essa quantidade de bilhetes é impressa pela Fábrica Nacional de Moeda e Selos, que cada vez conta com um maior número de inovações tecnológicas para agilizar e aumentar sua produção, bem como para prevenir falsificações.

A CO2 Revolution avaliou este processo e concluiu que a produção atual dessa quantidade de bilhetes gera aproximadamente 113 toneladas de CO2, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Para esse cálculo, a empresa levou em consideração os seguintes fatores: tipo de papel OCR utilizado nos bilhetes, dimensão (11 x 6,5 cm) e gramatura (90 gr/m2).

Uma vez calculada a pegada gerada, indica-se que “uma maneira ótima de compensá-la é através do reflorestamento”. Para isso, a CO2 Revolution, respaldada pela sua experiência e conhecimento do setor, se baseou em exemplos reais de áreas onde opera para fazer uma estimativa de compensação da pegada de CO2 gerada por essa produção.

A CO2 Revolution apresenta não apenas a estimativa de árvores necessárias, mas também a floresta ideal para esse plantio. Para essa compensação, foram levadas em consideração várias variáveis: desde a localização, Galícia, até o tipo de repovoamento, densidades, espécies e anos de permanência ideais. De acordo com sua estimativa e em conformidade com a metodologia aprovada pela certificação MITECO, para compensar 113 toneladas de CO2, seria necessário criar um bosque com 200 árvores, garantindo sua permanência por 35 anos, com a seguinte composição: 140 árvores de Pinus pinaster atlântica, 30 árvores de Betula spp, 30 árvores de Castanea sativa. Essa empresa apoiou-se no seu departamento especializado em cálculos conforme a norma ISO 14064.

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SEUR sobe cinco pontos e Correos cai quatro na quota de pacotes, de acordo com o último relatório da CNMC

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2023

21% dos espanhóis enviaram algum pacote durante o primeiro semestre do ano, de acordo com dados do Painel de Famílias da CNMC sobre pacotes e correios, o número mais alto na série deste indicador.

O indicador mostra que o serviço de pacotes dos Correos continua sendo o mais utilizado pelos cidadãos. No entanto, caiu mais de quatro pontos na quota de mercado no último ano. De acordo com os dados do supervisor, o serviço postal público, presidido por Juan Manuel Serrano, perde a confiança de milhões de clientes quando os usuários enviam o maior número de pacotes da história. Desde 2019, os Correos perderam 15 milhões de usuários, o equivalente a 16,3%.

A queda dos Correos beneficia a SEUR, uma empresa liderada por Alberto Navarro, que ganha a confiança dos consumidores e cresce cinco pontos na quota nos primeiros seis meses do ano. Assim, a empresa líder privada em transporte urgente na Espanha fica com uma quota de 14% em serviços de pacotes, ficando apenas atrás da empresa pública.

A SEUR, que entregou mais de 120 milhões de pacotes em 2022 e teve uma faturação de 890 milhões de euros, impulsionou, no último ano, serviços inovadores para oferecer maior flexibilidade e comodidade aos seus clientes e fortaleceu suas soluções de entrega fora de casa, como armários inteligentes e rede de pontos pick-up, contando agora com mais de 5.000 pontos de conveniência onde os clientes podem recolher os seus pedidos. A empresa conta com 10.000 profissionais em comparação com os mais de 53.000 funcionários dos Correos, a maior empresa estatal em número de trabalhadores.

Apesar do setor postal ter crescido 10% no ano passado, os Correos estão perdendo clientes e faturação, que operadores privados como a SEUR sabem aproveitar. Segundo o registo postal, só em 2022 foram incorporados 717 novos operadores, totalizando agora 2.894. A concorrência está aumentando para a empresa pública ao mesmo tempo em que a sua faturação caiu 6,7% em 2022.

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“Só nos resta um envelope de ajuda”. Casa Branca alerta que fundos para ajudar Ucrânia terminam em breve

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Congressistas republicanos estão a bloquear um importante pacote de ajuda, exigindo grandes mudanças na política de migração dos EUA, incluindo medidas mais rígidas na fronteira com o México.

A Casa Branca alerta que os Estados Unidos têm fundos para apenas mais um pacote de ajuda à Ucrânia este ano, enquanto o Congresso norte-americano continua a bloquear um novo apoio militar a Kiev.

“Só nos resta um envelope de ajuda” antes que os fundos dedicados à Ucrânia esgotem, sublinhou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, John Kirby. Este responsável recusou-se a especificar o montante deste novo pacote de ajuda, que é esperado durante o mês de dezembro.

O Congresso dos Estados Unidos comprometeu-se com mais de 110 mil milhões de dólares (100 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) desde que a invasão russa começou em fevereiro de 2022, mas os congressistas republicanos estão a bloquear um importante pacote de ajuda, exigindo grandes mudanças na política de migração dos EUA, incluindo medidas mais rígidas na fronteira com o México.

Poucos dias antes da pausa nos trabalhos no Congresso, os legisladores aprovaram um orçamento de defesa para 2024, libertando assim 300 milhões de dólares (247 milhões de euros) para Kiev, um montante mínimo em comparação com os 61 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros) solicitados pela Casa Branca.

Kirby instou o Congresso a “agir sem demora” para evitar o fim do envio de ajuda: “É claramente do nosso interesse nacional e a nossa ajuda é essencial para que a Ucrânia possa continuar a sua luta pela liberdade”.

O Presidente Joe Biden “está preparado para negociar de boa-fé e com compromisso”, garantiu ainda Kirby, apontando que o executivo norte-americano está a negociar com membros do Congresso sobre a segurança das fronteiras e sobre o financiamento à Ucrânia e Israel.

A chamada “Lei de Autorização de Defesa Nacional”, num valor equivalente a 805,8 mil milhões de euros — que se aplica ao atual ano fiscal, que começou em 01 de outubro -, foi aprovada na quinta-feira na Câmara dos Representantes (câmara baixa), depois de ter recebido luz verde do Senado na quarta-feira.

A iniciativa foi aprovada após meses de intensas negociações entre democratas e republicanos. O orçamento inclui um aumento salarial de 5,2% para os militares, assim como fornece o financiamento necessário para os diferentes programas do Pentágono.

Entre eles, inclui 11,5 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros) para combater a influência de Pequim no Mar da China Meridional. No entanto, a maior parte da ajuda militar a Kiev continua travada no Congresso, onde os republicanos bloquearam um pacote orçamental de emergência enviado por Biden.

Esse pacote é de 106 mil milhões de dólares (96,4 mil milhões de euros) e inclui 61 mil milhões de dólares (55,4 mil milhões de euros) para a Ucrânia e 15 mil milhões de dólares (13,6 mil milhões de euros) para Israel, mas os republicanos exigem a aplicação de uma política de imigração mais restritiva em troca da sua aprovação.

 

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Portal Open Data pretende impulsionar a transição energética em Portugal

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Dezembro 2023

Luís Tiago Ferreira, da E-REDES, explica como surgiu o Portal, parte integrante do serviço público que a empresa quer prestar ao país.

No âmbito do 2º Encontro Energia e Território, Luís Tiago Ferreira, da E-REDES, explicou como surgiu o Portal, parte integrante do serviço público que a empresa quer prestar ao país e quais os tipos de dados que podem ser consultados. O responsável destaca ainda o papel das universidades, não apenas para o OPEN DATA, mas também para a aceleração da transição energética.

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A indústria da alta joalharia em Espanha enfrenta um Natal dinâmico em termos de vendas e fidelização

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2023

A indústria do luxo goza de boa saúde e, após a interrupção causada pela pandemia a nível global, voltou a recuperar dinamismo e cresceu com força, superando a incerteza económica.

O setor de alta gama na Espanha movimentou 17,7 bilhões de euros em 2022, representando 4,5% da receita na Europa e 1% mundial, de acordo com dados recentes do Círculo Fortuny em conjunto com a análise da McKinsey & Company.

Por segmentos, os bens e objetos pessoais representam quase metade das vendas, e nele desempenha um papel fundamental o mercado espanhol da alta joalharia, que se consolidou como um segmento em constante evolução junto a marcas líderes e referências tanto no âmbito nacional como internacional.

Às portas do Natal, as principais empresas do setor de joalharia e relojoaria enfrentam uma campanha crucial em vendas com base na demanda local, que é impulsionadora de crescimento, embora a recuperação do turismo internacional já seja uma realidade que impacta nas receitas.

Entre os principais expoentes dessa proposta premium, encontram-se marcas com longa tradição e prestígio, como Cartier, Rabat, Bulgari ou Rolex, entre outras, que com suas boutiques nas emblemáticas artérias comerciais de Madrid e Barcelona oferecem um universo experiencial com suas marcas próprias e de terceiros.

Na avenida de luxo da capital catalã, empresas de tradição joalheira prepararam esta campanha, como é o caso da Rabat. A partir de sua flagship, um edifício modernista de seis andares próximo à La Pedrera, a empresa destaca-se por uma estratégia de excelência e fidelização do cliente nacional, que busca personalização em joias ou relógios de grandes marcas.

Bulgari foi outra casa que viveu um momento áureo neste outono e trabalha para atrair um público que busca valores e experiências. A casa romana organizou uma exposição na sua boutique em Barcelona para comemorar o 75º aniversário de sua coleção Serpenti, um de seus ícones mais emblemáticos. Da mesma forma, outra marca internacional, como Cartier, uniu arte e artesanato na sua boutique renovada na Catalunha.

Nesse universo de marcas de alta joalharia que consolidam esse setor em Espanha, também estão presentes marcas veteranas como Bagués Masriera, Pere Quera, Carrera y Carrera, além da marca de joias e acessórios Tous ou Suárez, que recentemente comemorou seu 80º aniversário.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 19 de dezembro

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

Ao longo desta terça-feira, 19 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

Esta terça-feira, destaca-se a divulgação de dados relativos à atualização da taxa de juro implícita no crédito à habitação, assim como os dados do Eurostat sobre a taxa de inflação anual na UE.

A 12 dias de terminar o ano serão divulgados os dados relativos à taxa de inflação anual pelo Eurostat, bem como a atualização da taxa de juro implícita no crédito à habitação pelo INE. Ainda nesta terça-feira há dados relativos às estatísticas do emprego público divulgado pela DGAEP, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais vai ao Parlamento explicar se haverá um agravamento do IMI e o BCE apresenta resultados de supervisão bancária.

Nuno Félix é ouvido no Parlamento sobre IMI

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais vai ser ouvido sobre um eventual agravamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no âmbito de um requerimento potestativo do PSD. Em entrevista ao Jornal de Negócios, Nuno Félix admitiu estar prevista uma “revisão dos coeficientes que determinam a avaliação dos prédios urbanos”, uma vez que existe um “desalinhamento do VPT [Valor Patrimonial Tributário] dos imóveis face àquilo que é a realidade do mercado”.

Eurostat divulga dados sobre a taxa de inflação anual

O Eurostat, o organismo de estatística da União Europeia, divulga esta terça-feira os dados relativos à inflação anual registada na Zona Euro e na União Europeia em novembro deste ano. Segundo os últimos dados, na Zona Euro a taxa inflação anual de outubro foi de 2,9%. Também na União Europeia a tendência foi de abrandamento da taxa de inflação anual, que registou 3,6% em outubro deste ano quando no mesmo mês do ano passado registava 11,5%.

Como está a evoluir o emprego na Administração Pública?

A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) vai divulgar esta terça-feira o Boletim Estatístico de Emprego Público, onde consta informação sobre o emprego público, no âmbito de estatísticas do mercado de trabalho, desde 2011 até ao primeiro semestre de 2023. O último boletim deu conta que os trabalhadores da Administração Pública estão cada vez mais envelhecidos e a idade média destes trabalhadores ultrapassa os 48 anos.

INE atualiza taxa de juro implícita no crédito à habitação

Esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica a atualização das taxas de juro implícitas no crédito à habitação referente a novembro. De acordo com a última atualização, relativo a outubro, a taxa subiu pelo 19.º mês consecutivo, atingindo 4,433%, alcançando o valor mais elevado desde março de 2009. Em outubro, a taxa de juro implícita no conjunto de contratos de crédito à habitação subiu 16,3 pontos base (p.b) face a setembro (4,27%).

BCE divulga resultados da supervisão bancária

O Banco Central Europeu (BCE) apresenta, em conferência de imprensa, os resultados agregados do Processo de Análise e Avaliação para fins de Supervisão (SREP) da banca europeia em 2023. Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, e Frank Elderson, vice-presidente, devem ainda divulgar as prioridades de supervisão das instituições de crédito para 2024 e anos seguintes.

 

 

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Setor vê como “difícil” que Portugal consiga quase triplicar instalação de renováveis até 2030

Da crise política aos processos de licenciamento morosos, os agentes do setor energético apontam vários obstáculos que se entrepõem entre os objetivos e a sua concretização. 

Portugal compromete-se a multiplicar por cerca de 2,5 a capacidade renovável de que dispõe ao dia de hoje, até 2030. Esta ambição, vertida na última versão do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) 2030, é bem vista do ponto de vista da intenção mas, na prática, os agentes do setor contactos pelo ECO/Capital Verde apontam várias dificuldades em cumprir o objetivo. Da crise política aos processos de licenciamento morosos, muitos são os obstáculos que se entrepõem entre os objetivos e a sua concretização.

No âmbito da 28.ª Conferência das Partes (COP28), 123 países comprometeram-se a, até 2030, contribuir para a meta global de triplicar a capacidade renovável dos 3.382 gigawatts (GW) existentes em 2022 para 11.200 GW, em 2030.

Portugal foi um dos países a assinar este acordo, mas isto não significa que o país triplique a respetiva capacidade. “Este objetivo global traduz-se em diferentes contributos nacionais, definidos por cada país, dependendo dos seus pontos de partida, trajetórias e abordagens”, explica fonte oficial do Governo ao ECO/Capital Verde. Considerando o país como “líder na transição energética” – portanto, com um ponto de partida já avançado – Portugal deverá manter a ambição patente no Plano Nacional de Energia e Clima 2030, que dita uma multiplicação não por 3, mas de cerca de 2,5 vezes da capacidade instalada.

Portugal, que, de acordo com os dados da Direção Geral de Energia e Geologia, tinha instalados 18,3 GW de capacidade renovável em outubro deste ano, compromete-se a atingir os 42,8 GW em 2030, suportados sobretudo pelo crescimento acentuado do parque solar.

A responsabilidade sobre a instalação dos cerca de 11.000 GW de capacidade renovável não se cinge, então, aos seus signatários, embora estes se afirmem empenhados em contribuir para este objetivo. O grande benefício deste acordo ao nível da COP28 passa portanto, esclarece Francisco Ferreira, presidente da organização ambientalista Zero, por criar mais um indicador a ser monitorizado no que toca à neutralidade carbónica, além da já acompanhada redução de emissões.

Crise política, licenciamento demorado, redes e inflação atrapalham

Temos todas as condições para atingir as metas, mas temos muito trabalho a fazer”, diz Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). Mostra-se, contudo, preocupado com o efeito da mudança antecipada de Governo. Amaral Jorge acredita que os projetos que estão em curso terão continuidade, mas ficam em suspenso decisões relativas a leilões, ligação à rede de projetos. “Entendemos que as eleições provocam sempre um conjunto de atrasos. Esperamos que os impactos sejam o menos intensos possível, mas vão sempre acontecer”, indica.

João Amaral, responsável da Voltalia em Portugal, concorda que “triplicar a capacidade instalada é perfeitamente exequível”. Tendo em conta os projetos vencedores dos leilões de solar de 2019 e 2020, assim como aqueles que estão em lista de espera para se ligarem à rede através de acordo com os operadores de rede, o gestor considera que existe suficiente massa crítica de projetos para que, mesmo com alguns a ficarem pelo caminho, outros os substituam. No caso da energia eólica, também se mostra otimista, tendo em conta “a experiência enorme” que existe no país. Das tecnologias mencionadas no PNEC, só vê o hidrogénio como “um desafio maior”, tendo em conta a falta de maturidade da tecnologia.

"Mais vale atrasar um pouco do que depois ter tudo bloqueado. Mais vale prevenir conflitos do que depois procurar ultrapassá-los.”

Francisco Ferreira

Presidente da Zero

A dúvida, no caso do líder da Voltalia em Portugal, está na capacidade de adequar a disponibilidade de redes e as necessidades dos consumidores à eletricidade disponível. “É o mesmo que andar numa estrada congestionada. Não me interessa ter capacidade para andar na velocidade máxima se as condições da estrada não mo permitirem”, ilustra.

Assim, vê como essencial o reforço das redes elétricas mas também, e antes disso, a necessidade de serem criadas condições para os operadores investirem em soluções que deem flexibilidade à rede. As metas, indica, têm por base projeções de necessidades de consumo crescentes, apoiadas por exemplo no desenvolvimento da mobilidade elétrica, e que podem, ou não, verificar-se. Neste sentido, considera importante remunerar a flexibilidade, por exemplo a disponibilização de baterias. “As centrais têm disponibilidade, mas não podem ser penalizadas por não existir consumo suficiente, quando está a ser pedido que instalem para cumprir metas”, defende.

Francisco Ferreira concede que “não vai ser fácil” cumprir com o estipulado no PNEC, especialmente na componente mais ambiciosa: a do solar centralizado. “Temos de encontrar os sítios certos, com os menores impactos, garantir que temos rede elétrica a chegar lá… em 6 anos, é muito complicado”, avalia. E alerta que é importante que não existam “atropelos” nos processos, de forma a acelerá-los, correndo-se o risco de estes levarem a uma maior contestação por parte das populações, e que possam mesmo a vir bloquear o progresso mais tarde. “Mais vale atrasar um pouco do que depois ter tudo bloqueado. Mais vale prevenir conflitos do que depois procurar ultrapassá-los”, defende. Quanto às metas traçadas para o hidrogénio verde, também oferece reservas, sobretudo no que toca à exportação.

O contexto atual sugere prudência na implementação desta visão, nomeadamente pela inflação verificada nos últimos anos e pelo consequente aumento dos custos de investimento e financiamento, que, além de serem um obstáculo ao investimento direto em renováveis, têm principalmente provocado um atraso nas expectativas de eletrificação, e uma estagnação do consumo.

Endesa

Fonte oficial

A Endesa realça que o objetivo de triplicar a capacidade renovável até 2030 dará um forte impulso ao fornecimento de energia limpa, acessível e segura. Contudo, “o contexto atual sugere prudência na implementação desta visão, nomeadamente pela inflação verificada nos últimos anos e pelo consequente aumento dos custos de investimento e financiamento, que, além de serem um obstáculo ao investimento direto em renováveis, têm principalmente provocado um atraso nas expectativas de eletrificação, e uma estagnação do consumo”, indica fonte oficial da empresa.

Nesta ótica, “o esforço deve ser repartido de maneira equilibrada pelo investimento em nova capacidade, pelo desenvolvimento da rede e do armazenamento, e pelo incentivo à eletrificação”, num movimento acompanhado de meios humanos suficientes da administração pública, acredita a empresa.

Um “desafio grande”, apesar de “não ser impossível”, é como Duarte Sousa, diretor-geral da Engie Hemera, olha para as metas de capacidade renovável a que Portugal se propõe, sobretudo tendo em conta a “velocidade” a que se pretende concretizá-las. Tendo como foco o autoconsumo, o gestor identifica como maiores entraves a vertente administrativa e o licenciamento, assim como a limitação atual de injeção de até 1 megawatt na rede por parte de entidades com sistemas de autoconsumo. Isto porque, explica, cada vez mais empresas têm necessidades entre os 4 a 5 megawatts mas, se param a atividade durante o fim de semana, uma parte relevante da energia produzida é desperdiçada.

“Bastante ambiciosas” é como o fundador e administrador da Ertec, Celso Leão, classifica também as metas vertidas no PNEC, dado “o curto espaço de tempo”. Para o gestor, “a questão burocrática é um entrave enormíssimo”, alertando para o longo tempo de licenciamento. Neste caso, defende a responsabilização do promotor, de forma a que este não tenha de passar por todas as camadas burocráticas. A DGEG “não tem recursos humanos nem próximos do que devia ter. Tem hoje uma capacidade idêntica à que tinha nos anos 90”, realça. Em paralelo, sublinha que é necessária a aposta em redes inteligentes para otimizar a capacidade, “o que demora tempo a implementar”, sendo os seis anos até 2030 “manifestamente pouco”

Já João Nuno Serra, CEO da Enforce e presidente da ACEMEL — Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado, afirma-se “muito cético”. “Penso que o país tem excelentes condições para triplicar a capacidade, e devíamos dar esse passo. Mas estão-se a construir castelos com pés de barro”, acusa. Na sua visão, a estrutura da administração pública “não tem capacidade para dar resposta a toda esta exigência”, uma vez que ainda não está resolvida a questão da morosidade dos processos. “O rei vai nu”, afirma, ilustrando com a estimativa de que os projetos selecionados em 2023 para serem ligados à rede por acordo com o operador da rede, só devem estar ligados em 2028.

De forma a solucionar o problema da falta de resposta administrativa, João Nuno Serra vê como solução que a DGEG assuma um novo estatuto, de instituto, que lhe permita contratar quadros em pé de igualdade com setor privado, “senão ninguém quer ir trabalhar para lá”, acredita, face às condições remuneratórias que considera “pouco competitivas”. Outra alternativa seria concessionar a privados o licenciamento, sugere. Em paralelo, o líder da ACEMEL queixa-se do peso que os operadores de rede têm nas decisões sobre ligações à rede. Nesta vertente da desburocratização, Pedro Amaral Jorge defende uma digitalização dos processos das várias entidades envolvidas, desde a DGEG até às câmaras municipais.

A EDP afirma que continua a desenvolver soluções inovadoras em diferentes regiões do mundo, incluindo em Portugal (desde os modelos híbridos a tecnologias de solar descentralizado), que contribuem ativamente para acelerar a transição energética, e ressalva que as iniciativas e medidas de ação climática devem ser promovidas não apenas pelos Estados, mas também por empresas, organizações internacionais, instituições financeiras e até sociedade civil.

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Saiba qual é o salário dos advogados em Portugal

Segundo um estudo da Michael Page, os indicadores do mercado para o próximo ano indicam que não haverá grandes oscilações em termos salariais relativamente a 2023 na maioria dos setores.

Se um advogado associado, 10 anos após fazer o exame final de agregação da Ordem dos Advogados (OA), pode receber até 78.000 euros brutos, sem bónus, em Lisboa numa pequena sociedade, já numa grande sociedade o valor podes ascender aos 150.000 euros. Por outro lado, no Porto, os valores tocam o máximo de 72.000 euros numa firma de pequena dimensão e 102.000 euros numa de maior dimensão. Estas conclusões foram apresentadas pela empresa de recrutamento Michael Page.

“Nos vários setores, é percetível a importância da digitalização, da flexibilidade e novos modelos de trabalho, a par do aumento da profissionalização e surgimento de novas funções, mantendo-se a disputa pelo talento em áreas distintas como IT e Tax & Legal. Em termos salariais, os indicadores de mercado no contexto da atual conjuntura económica, não preveem para o próximo ano grandes oscilações relativamente a 2023 na maioria dos setores“, refere o estudo.

No que concerne às sociedades de pequena dimensão, um estagiário pode receber anualmente até 18.000 euros em Lisboa e 14.400 euros no Porto. Já um associado até três anos pós agregação recebe até 30.000 euros, em Lisboa, e 19.200 euros, no Porto. Os valores vão aumentando consoante o número de anos pós agregação, chegando ao máximo de 78.000 euros anuais em Lisboa e 72.000 euros no Porto para um advogado com mais de 10 anos de atividade.

Por outro lado, num escritório de média ou grande dimensão, ou boutiques especializadas, os valores oscilam entre os 16.800 euros anuais e 150.000 euros em Lisboa e 15.600 euros e 102.000 euros no Porto. Um estagiário na capital chega a receber 30.000 euros brutos em Lisboa, enquanto no Porto auferem 21.600 euros. Nos primeiros anos pós agregação os valores sobrem para os 44.440 euros e 30.000 euros, em Lisboa e Porto respetivamente. Após 10 anos de agregação, os advogados recebem até 150.000 em Lisboa e 102.000 euros no Porto.

Já um diretor jurídico numa pequena empresa ou consultora recebe anualmente entre 32.200 e 45.000 euros em Lisboa e 26.600 e 49.000 euros no Porto. Por outro lado, numa grande empresa os valores aumentam, auferindo até 160.000 euros em Lisboa e 84.000 euros no Porto.

No que toca aos in house e juristas, numa pequena empresa ou consultora estes podem ganhar entre 18.000 e 45.000 euros em Lisboa e 16.800 e 35.000 euros no Porto. Enquanto numa média e grande empresa, podem somar entre 22.400 e 70.000 euros na capital e entre 21.000 e 63.000 euros na cidade invicta.

Já os Tax Manager podem chegar a receber entre 90.000 e 77 euros numa empresa, em Lisboa e no Porto respetivamente, e entre 75.000 e 70.000 euros numa consultora, também nas respetivas localizações. Por fim, um Senior Tax Manager pode auferir entre 21.000 e 40.000 euros em Lisboa e 23.800 e 35.000 euros no Porto, e um Tax Consultant pode ganhar até 21.000 ou 28.000 euros.

“O estudo de remuneração apresentado foi realizado graças ao conhecimento do mercado e à constante relação com clientes e candidatos. A informação contida neste estudo é o resultado de uma análise empírica de três fontes de informação diferentes: base de dados, perfis de candidatos e clientes e publicação de anúncios na imprensa e na internet”, explicou a consultora de recrutamento.

Firmas procuram advogados jovens

O estudo anual da Michael Page sobre as principais tendências do mercado de trabalho para 2024 para quadros executivos em empresas de grande dimensão concluiu ainda que o ano de 2023 ficou marcado pela “continuação do extremo dinamismo”, tendo a procura de perfis por parte dos escritórios de advogados se mantido elevada. “Este dinamismo refletiu-se por um aumento salarial significativo na grande maioria das sociedades, tanto de grande como de média dimensão”, lê-se.

Em 2023, os perfis de advogados mais procurados continuam a ser os com senioridade entre os dois e cinco anos de experiência pós agregação na Ordem dos Advogados, mas também os recém-agregados, “sendo notório o aumento da procura destes perfis mais juniores relativamente aos anos anteriores”.

Também nas empresas, o número de pedidos de advogados e juristas foi elevado, continuando a ser uma tendência. Segundo a Michael Page, a razão prende-se com o “objetivo de continuar a reduzir custos com a externalização de serviços”.

“Tal como em 2022, a tendência na procura de perfis mais seniores (com mais de cinco anos pós agregação) manteve-se por parte de sociedades de advogados em determinadas áreas, tais como, Contencioso, Público, Corporate e M&A, Regulatório e Concorrência, Fiscal, Imobiliário e Penal”, lê-se no estudo

Já no que toca às áreas de prática, a maior afluência de recrutamento registou-se nas áreas de Público, Corporate e M&A, Fiscal, Imobiliário, Laboral, Propriedade Intelectual e TMT. Por parte das empresas, o interesse manteve-se nos perfis mais generalistas e versáteis, com “background nas áreas de Corporate, Civil, Comercial e Laboral, bem como uma acentuada necessidade na área de Proteção de Dados e Compliance”.

“Relativamente ao mercado das Consultoras na área de Tax, a tendência verificada em anos anteriores voltou a registar-se, existindo uma elevada rotatividade nos diferentes departamentos, com a maior procura a verificar-se na posição de Senior, nas diferentes áreas, com ênfase na área de Impostos Indiretos, Imigração e Corporate Tax. Do lado dos consultores, a procura passa por transitar para o denominado “cliente final”, nomeadamente por questões relacionadas com o work/life balance”, referem.

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