Operação Fizz: Defesa de Orlando Figueira contesta mandado para cumprir pena

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

A defesa do ex-procurador Orlando Figueira considerou que há várias questões pendentes que impedem a justiça de impor o cumprimento imediato da pena de prisão e anunciou que vai contestar.

A defesa do ex-procurador Orlando Figueira considerou esta segunda-feira que há várias questões pendentes que impedem a justiça de impor o cumprimento imediato da pena de prisão do ex-magistrado e anunciou que vai contestar e pedir esclarecimentos urgentes.

Desconhecemos a emissão de mandados. Iremos apresentar um requerimento a suscitar as questões pendentes e que aguardam decisão, como seja um recurso que está pendente sobre a aplicação da Lei do Perdão de Penas, aquando da vinda do Papa Francisco a Portugal, e um incidente de nulidade por violação do princípio do juiz natural, entre outros. Todos aguardam resposta há meses”, afirmou à Lusa a advogada Carla Marinho.

Segundo a mandatária, o recurso está pendente no Tribunal da Relação de Lisboa e o incidente de nulidade encontra-se na primeira instância.

Antes de o mandado para cumprimento de pena ter sido confirmado à Lusa por fonte judicial, a mandatária do antigo magistrado do Ministério Público mostrou-se surpreendida com a informação avançada inicialmente pelo Observador e alegou que existia “um recurso pendente”, considerando que “não há trânsito em julgado” da condenação.

Segundo fontes judiciais à Lusa, o mandado de cumprimento de pena pedido pelo Ministério Público (MP) foi validado pela juíza Sofia Claudino, do Juízo Central Criminal de Lisboa, estando os trâmites do mandado a serem executados. Uma das fontes garantiu também que o recurso pendente “não tem efeitos suspensivos”, pelo que não trava o mandado de cumprimento da pena.

A informação de que o antigo magistrado do Departamento Central e Investigação e Ação Penal (DCIAP) estava na iminência de ir para a cadeia foi avançada na segunda-feira à noite pelo Observador, que descreveu os vários recursos e outros incidentes processuais suscitados pela defesa de Orlando Figueira que fizeram evitar durante anos que a condenação a seis anos e oito meses de prisão efetiva transitasse em julgado.

Porém, Orlando Figueira chegou a ir para o Estabelecimento Prisional de Évora (que acolhe reclusos que exerceram funções em forças de segurança ou pessoas que necessitam de especial proteção) em fevereiro passado, tendo sido libertado três dias depois por estar ainda pendente um recurso no Tribunal Constitucional.

Orlando Figueira foi condenado, em dezembro de 2018, pelo Tribunal Criminal de Lisboa, a uma pena de prisão efetiva de seis anos e oito meses por corrupção, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documento, tendo sido dado como provado que recebeu mais de 760 mil euros do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, em troca de favores nos processos que visavam o então governante angolano no DCIAP.

A acusação do MP português contra Manuel Vicente por corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento foi separada dos autos da Operação Fizz e enviada para as autoridades judiciárias de Angola, onde, volvidos anos, o caso está ainda numa fase embrionária.

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Andreia Ribeiro assume direção criativa da Fuel

  • + M
  • 1 Outubro 2024

Nos últimos três anos diretora criativa da Uzina, Andreia Ribeiro regressa à agência da qual saiu em 2019. Reforçar o output criativo e conquistar negócio é o objetivo da agência com esta contratação.

Andreia Ribeiro, desde março de 2021 diretora criativa da Uzina, vai assumir a direção criativa de publicidade da Fuel. A agência liderada por João Madeira e Pedro Santana anunciou esta terça-feira o regresso da criativa, que tinha deixado a agência em 2019. “É um regresso que nos deixa muito felizes e orgulhosos. Quem já trabalhou com a Andreia, conhece o seu talento, inteligência, generosidade e sentido de humor. Quem nunca trabalhou, poderá confirmar tudo isto, em breve”, diz João Madeira, que acumula funções de diretor criativo executivo da agência com a de co-CEO. “Para alguns clientes, vai ser uma descoberta, para outros, vai ser um reencontro feliz, por já terem trabalhado com a Andreia no passado“, acrescenta o co-CEO, Pedro Santana.

Reforçar o output criativo junto dos atuais clientes e dotar a agência de mais talento para conquistar negócio é o objetivo da agência com a contratação da criativa. “Este é um retorno a uma casa que conhece bem, onde esteve durante 8 anos e onde deixou saudades. E esse é outro ponto importante deste novo ciclo: a Fuel é feita de pessoas como a Andreia, que olham para a agência como veículo de produção de boas ideias, mas também como um espaço de familiaridade e felicidade“, diz Pedro Santana, citado em comunicado.

Andreia Ribeiro passou por agências como a DDB, Brandia Central, Havas, BBDO e Uzina. Faz parte da direção do Clube de Criatividade de Portugal e já foi jurada em vários festivais de criatividade como o One Show, o ADCE, o New York Festivals, os Golden Awards e os Latvian Art Directors Club festival.

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Israel convoca mais quatro brigadas da reserva para combater Hezbollah

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

O Exército israelita já tinha anunciado a mobilização de duas brigadas da reserva territorial para o norte do país. Uma brigada de infantaria israelita tem normalmente entre 1.000 e 2.000 soldados.

O Exército israelita anunciou esta terça-feira a convocação de mais quatro brigadas da reserva que serão destacadas no norte do país, após ter lançado uma ofensiva terrestre contra posições do movimento xiita armado Hezbollah no sul do vizinho Líbano.

“Esta medida permitirá prosseguir as atividades da operação contra a organização terrorista Hezbollah e alcançar os objetivos operacionais, nomeadamente o regresso em segurança dos habitantes do norte de Israel às suas casas”, declarou o Exército em comunicado.

O comunicado não fornece quaisquer pormenores sobre as novas brigadas que serão destacadas para o norte de Israel. A 25 de setembro, o Exército tinha anunciado a mobilização de duas brigadas da reserva territorial para o norte do país. Uma brigada de infantaria israelita tem normalmente entre 1.000 e 2.000 soldados, ao passo que uma brigada blindada tem cerca de 100 tanques.

O Hezbollah começou a disparar rockets, mísseis e drones (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 7 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza. O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um “Eixo de Resistência” apoiado pelo Irão contra Israel.

Israel respondeu com vagas de ataques aéreos que, além do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, já vitimaram outros altos responsáveis do movimento, e o conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.

As autoridades israelitas afirmam estar determinadas a fazer regressar cerca de 60.000 dos seus cidadãos às comunidades do norte do país que foram evacuadas há quase um ano. Por seu lado, o Hezbollah afirmou que só suspenderá o lançamento de ‘rockets’ se houver um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que se tem revelado difícil, apesar de meses de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, o Qatar e o Egito.

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Ex-presidente da Octapharma e empresa Convida refutam crimes de fraude fiscal

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

O ex-presidente da Octapharma Paulo Lalanda e Castro e a empresa Convida refutaram os crimes de fraude fiscal imputados pelo Ministério Público num processo extraído do caso O-Negativo.

O ex-presidente da Octapharma Paulo Lalanda e Castro e a empresa Convida refutaram os crimes de fraude fiscal imputados pelo Ministério Público (MP) num processo extraído do caso O-Negativo, que terão lesado o Estado em 7,65 milhões de euros.

Segundo os requerimentos de abertura de instrução (RAI) dos arguidos, que já foram distribuídos no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) e a que a Lusa teve acesso, a defesa de Lalanda e Castro alegou que o MP não apontou factos que indicassem um “conluio do arguido com qualquer entidade”, designadamente entre a offshore Ruby Capital, controlada pelo arguido, e a Octapharma, que pagaria à primeira comissões pela atividade desenvolvida.

Em causa estão rendimentos não declarados em sede de IRS entre os anos 2007 e 2010 por Lalanda e Castro.

De acordo com a acusação, o arguido auferiu cerca de 17,4 milhões de euros na conta da Ruby (sediada nas Ilhas Virgens Britânicas), pagos pela Octapharma, pelos quais devia ter declarado 7.429.760,75 euros, com o MP a salientar que “atuou de forma livre, deliberada e consciente, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei”.

Porém, o RAI assinado pelo advogado Ricardo Sá Fernandes sustentou que a Ruby não tinha só uma relação comercial com a Octapharma e que o MP considerou os proveitos da offshore como se fossem diretamente do arguido, sublinhando também que a sociedade não era dirigida efetivamente a partir do território português e que não desenvolvia atividades dirigidas ao território nacional.

“O arguido agiu sempre no pressuposto de que a operação da Ruby era legítima, pelo que não agiu com dolo com vista à obtenção de vantagens fiscais indevidas, atuando na convicção que só teria de declarar fiscalmente em Portugal dividendos que lhe fossem atribuídos, o que não aconteceu”, lê-se no documento, que criticou ainda o englobamento dos quatro anos de declarações como um único crime, inviabilizando assim a prescrição de várias das infrações.

A defesa do empresário rejeitou igualmente que tenha cometido fraude fiscal enquanto representante da sociedade Convida num negócio no qual intermediou a cobrança de uma percentagem do passe do jogador brasileiro Walter Silva, então pertencente à SAD do FC Porto.

O MP entendeu que a Convida não podia ter deduzido na declaração de IRC relativa a 2016 o valor de 218.750,25 euros sem declarar os proveitos estimados em 875 mil euros.

“O arguido não agiu com a consciência de que estaria a ocultar ou a alterar quaisquer valores que devessem ser revelados à Autoridade Tributária, pelo que não praticou condutas ilegítimas”, referiu o RAI.

No mesmo sentido, a defesa da sociedade invocou ter sido apenas intermediária numa recuperação de um crédito, que não houve dolo e que a declaração de IRC foi sujeita a uma inspeção tributária sem que tivessem sido apontadas irregularidades.

“Não existiu qualquer ocultação que visasse a não liquidação de imposto ou a obtenção de qualquer benefício, não existiu diminuição de receita tributária e, ainda que assim não se considerasse, o Ministério Público calcula erroneamente o alegado prejuízo que entende ter existido”, lê-se no RAI assinado pela advogada Inês Rogeiro, que considerou “bastante improvável — senão mesmo impossível — que se venha a verificar uma condenação”.

Os RAI dos arguidos concluem que o juiz Nuno Dias Costa, do TCIC, não deve remeter o caso para julgamento (ou que siga apenas por fraude fiscal simples, no caso da empresa), mas a defesa de Lalanda e Castro garantiu estar disponível para a suspensão provisória do processo.

Este mecanismo permite que o arguido não seja julgado mediante o pagamento de uma verba (só para crimes com pena de prisão até cinco anos) e já lhe foi aplicado anteriormente no caso O-Negativo, estando a ser contestado num recurso do MP.

No processo O-Negativo, Lalanda e Castro chegou a ser acusado dos crimes de corrupção, branqueamento, recebimento indevido de vantagem e falsificação.

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Quinta de Jugais antecipa faturar 42 milhões com vendas de cabazes de Natal

Os donos da Quinta de Jugais antecipam atingir os 42 milhões de faturação e vender 500 mil cabazes de Natal este ano para vários países. Um destes produtos pode custar 1.600 euros.

Quinta de Jugais1 outubro, 2024

Faltam mais de dois meses para o Natal, mas, no lote 17A da zona industrial de Oliveira do Hospital, as encomendas de cabazes não param de chegar e já se instalou a azáfama para apetrechar um baú ou até uma cesta de viga com vinhos, queijos da Serra da Estrela ou bolachas em caixas de música. Os donos da Quinta de Jugais, os irmãos António e Pedro Martins, esperam vender 500 mil cabazes e faturar 42 milhões de euros este ano.

Foi em 2001 que os dois irmãos começaram a engendrar este negócio inspirados no nome da propriedade da família – Quinta de Jugais –, em plena Serra da Estrela. O pontapé de saída fez-se com um investimento inicial de 5.000 euros nos 1.721 metros quadrados de fábrica e escritórios, e nos mais de 3.000 metros quadrados de área do armazém, na zona da Serra da Estrela. Por aqui os 60 colaboradores já vivem a azáfama de apetrechar estes produtos distribuídos entre Portugal e Angola; entraram neste último mercado em 2007 e o negócio familiar ganhou novo fôlego.

Em 2023 a empresa faturou quase 40 milhões de euros, considerado o melhor ano desde a sua génese, em 2001, que ascendeu aos 50.000 euros. “Para 2024, as previsões apontam para um crescimento de 5%, o que reflete a confiança no potencial do nosso negócio e no fortalecimento das nossas operações”, assinala António Martins.

Para 2024, as previsões apontam para um crescimento de 5%, o que reflete a confiança no potencial do nosso negócio e no fortalecimento das nossas operações.

António Martins

Coproprietário da Quinta de Jugais

Começaram por vender 800 destes cabazes e atualmente comercializam mais de 400 mil, antecipando chegar ao meio milhão este ano. Um destes produtos pode custar entre 12 e 1.600 euros e há cabazes para todos os gostos.

Nestes cabazes não falta o tradicional bacalhau, os queijos da Serra da Estrela, as garrafas de vinho, os chocolates, os enchidos, as bolachinhas ou os típicos doces igualmente “inspirados em receitas tradicionais, que passam de geração em geração”.

Também existem os temáticos em homenagem a diversas regiões portuguesas, como o Cabaz Ilhas ou Cabaz Beiras, além dos premium, gourmet, biológico, vegan, “gift boxes” e garrafeiras. “Todos os anos lançamos uma coleção de cabazes de Natal exclusiva com várias novidades, não só em termos de produtos como também de embalagens”, nota Pedro Martins.

Mas no caso de as empresas não encontrarem a solução pretendida, a nossa equipa cria uma proposta personalizada, de acordo com o seu orçamento, preferência de produtos e embalagem”, completa o irmão António Martins.

Quinta de Jugais1 de outubro, 2024

Os produtos viajam por esse mundo fora numa simples caixa, baú de madeira, mala de viagem, cestos de verga ou em latas temáticas, personalizados com expressões como “Uma entrega especial diretamente do Polo Norte” ou “Acredita na magia do Natal”.

O volume de trabalho intensifica nesta altura do ano de tal forma que a empresa “chega a ter na equipa mais de 400 pessoas” a trabalhar, destaca Pedro Martins.

Cabaz de Natal da Quinta de Jugais1 de outubro, 2024

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CMS Portugal assessora Valmesa na aquisição da P.& I.

A transação foi liderada por Tiago Valente de Oliveira, Sócio da área de Corporate M&A, e incluiu o Associado Francisco Verdelho e o Advogado Estagiário Gonçalo Sampaio.

A CMS Portugal assessorou a empresa espanhola de Avaliação de Imóveis, Valmesa, na sua entrada no mercado português, ao adquirir 100% do capital social da sociedade P.&I. – Propriedade e Investimento Consultores em Investimento Imobiliário Lda, que desenvolve serviços de avaliação imobiliária em Portugal.

A equipa da CMS Portugal que assessorou a Valmesa nesta transação foi liderada por Tiago Valente de Oliveira, Sócio da área de Corporate M&A, e incluiu o Associado Francisco Verdelho e o Advogado Estagiário Gonçalo Sampaio.
A Valmesa é uma empresa espanhola, de Alicante, com sede em Benidorm, cuja atividade principal é a Avaliação de Imóveis.

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Equipa das rádios chega à Medialivre. Pedro Carreira e Francisco Penim lideram o projeto

Com uma equipa de 27 profissionais, a rádio vai ter como diretor executivo Pedro Carreira, também diretor executivo da CMTV. Francisco Penim lidera o lançamento da operação.

A Medialivre começou a receber esta terça-feira os profissionais que transitaram da SBSR e da Rádio Festival, rádios cuja compra o grupo concluiu no final de junho. Em conjunto, avançou Carlos Rodrigues ao +M, são 17 os profissionais que transitam das duas estações para a rádio que o grupo vai lançar. A estes vão juntar-se mais dez colaboradores, estando previsto que o projeto tenha uma equipa de 27 profissionais.

A nova rádio, cujo objetivo é ser lançada ainda este ano, será liderada por Pedro Carreira, também diretor executivo da CMTV. Este, por sua vez, delega em Francisco Penim a instalação e lançamento das rádios, a adequação de grelhas e linguagem, o workflow, a formação profissional e a circulação de conteúdos entre plataformas. Para cada uma destas funções, cabe a Francisco Penim nomear os coordenadores.

A estrutura de direção da rádio foi anunciada por Carlos Rodrigues, numa nota interna ao qual o +M teve acesso. Será mais uma missão exaltante para todos os profissionais das plataformas CM”, descreve o diretor-geral editorial do grupo.

A MediaLivre (ex-Cofina) concluiu o processo de aquisição da Rádio SBSR (frequência 90.4 MHz Lisboa) e da Rádio Festival (94.8 MHz Porto) no final de junho, o que permite ao grupo dono de meios como a CMTV, Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Sábado marcar presença em imprensa, televisão, digital e rádio.

“Há pouco mais de meio ano, quando criámos a Medialivre, anunciámos uma forte aposta na dinamização do setor em Portugal. Estas aquisições, na área da rádio, permitem ao grupo estruturar uma nova oferta, num meio que soube manter-se relevante e que é fundamental no panorama dos media nacionais”, dizia na altura Luís Santana, CEO da Medialivre, citado em comunicado.

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Mais de 3.300 advogados e solicitadores candidatos a tratar pendências de imigrantes

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Pelo menos 3.342 juristas candidataram-se a prestar serviços ao Estado na instrução de processos pendentes de imigrantes.

Pelo menos 3.342 juristas candidataram-se a prestar serviços ao Estado na instrução de processos pendentes de imigrantes, anunciaram esta terça-feira as Ordens dos Advogados e dos Solicitadores e Agentes de Execução.

No caso dos advogados, foram 2.592 candidaturas e há registo de pelo menos 750 solicitadores candidatos ao concurso para “prestação de serviços para a instrução dos processos de concessão de autorizações de residência e renovações de autorização de residência pendentes”, que “estão a ser tramitados pela Estrutura de Missão da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo)”.

Os candidatos irão agora ser avaliados para confirmar se cumprem os critérios.

Estes serviços, prestados remotamente, serão assegurados por advogados, advogados estagiários ou solicitadores, que “integrarão bolsas e equipas a constituir em função da tipologia dos processos” atribuídos, pode ler-se no concurso.

As diligências administrativas serão pagas, cada uma, a 7,5 euros e cada jurista terá até 200 processos a cargo.

No comunicado em que lançaram o concurso, as duas ordens destacaram “a honra e o privilégio de poder, assim, contribuir para a resolução de um tão grave problema, que afeta atualmente milhares de pessoas”.

No regulamento, a AIMA salvaguarda o risco de incompatibilidades levantado por alguns sindicatos, impondo regras apertadas aos candidatos.

Os prestadores de serviços estão “impedidos de ter quaisquer interesses ou ligações com os processos em tratamento ou com os respetivos requerentes” de modo direto ou indireto, através de sociedades de advogados e colegas com quem partilhem escritório ou com quem “possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais”.

Além disso, os prestadores “ficam também impedidos de prestar aos requerentes qualquer serviço por si, por via da sociedade de que façam parte, por meio de colegas de escritório ou de outros com quem possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais, nos 12 meses subsequentes à prestação do serviço”.

Os requisitos para a inscrição serão verificados pelas respetivas Ordens e inclui a “frequência de uma ação de formação prévia, a ser disponibilizada pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA”.

Em 5 de março, foram celebrados acordos entre a AIMA e as duas ordens, mas só agora é que o protocolo foi concretizado.

O período de candidaturas terminou na segunda-feira.

No final de 2023, as autoridades portuguesas estimavam em 400 mil o número de imigrantes com processos pendentes.

Em junho, o Governo alterou a lei de estrangeiros, impondo novas restrições, entre as quais o fim das manifestações de interesse, um recurso que permitia a um cidadão estrangeiro, com visto de turista, iniciar em Portugal o seu processo de regularização.

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Operação Fizz: Ex-procurador Orlando Figueira alvo de mandado para cumprir pena

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

O ex-procurador Orlando Figueira, condenado em 2018 por corrupção, branqueamento de capitais e outros crimes no processo "Operação Fizz", foi alvo de um mandado de cumprimento de pena de prisão.

O ex-procurador Orlando Figueira, condenado em 2018 por corrupção, branqueamento de capitais e outros crimes no processo “Operação Fizz”, foi alvo de um mandado de cumprimento de pena de prisão, confirmou esta terça-feira à agência Lusa fonte judicial.

A mesma fonte adiantou que o mandado de cumprimento de pena pedido pelo Ministério Público (MP) foi validado por uma juíza do Juízo Central de Lisboa, estando os trâmites do mandado a serem executados.

A informação de que o antigo magistrado do Departamento Central e Investigação e Ação Penal (DCIAP) estava na iminência de ir para a cadeia foi avançada na segunda-feira à noite pelo Observador, que descreveu os vários recursos e outros incidentes processuais suscitados pela defesa de Orlando Figueira que fizeram evitar durante anos que a condenação a seis anos e oito meses de prisão efetiva transitasse em julgado.

Contactada a advogada de Orlando Figueira, Carla Marinho mostrou-se surpreendida com a informação de que havia um mandado de condução à prisão e alegou que “há um recurso pendente”, considerando que “não há trânsito em julgado” da sentença.

A fonte judicial contactada pela Lusa contrapôs que o recurso pendente “não tem efeitos suspensivos”, pelo que não trava o mandado de cumprimento da pena visando Orlando Figueira.

Porém, Orlando Figueira, conforme recorda o Observador, chegou a ir para o Estabelecimento Prisional de Évora (que acolhe reclusos que exerceram funções em forças de segurança ou pessoas que necessitam de especial proteção) em fevereiro passado, tendo sido libertado três dias depois por estar ainda pendente um recurso no Tribunal Constitucional.

Orlando Figueira foi condenado, em dezembro de 2018, pelo Tribunal Criminal de Lisboa, a uma pena de prisão efetiva de seis anos e oito meses por corrupção, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documento, tendo sido dado como provado que recebeu mais de 760 mil euros do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, em troca de favores nos processos que visavam o então governante angolano no DCIAP.

A acusação do Ministério Público português contra Manuel Vicente por corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento foi separada dos autos da Operação Fizz e enviada para as autoridades judiciárias de Angola, onde, volvidos anos, o caso está ainda numa fase embrionária.

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Casa do Impacto financia startups com 10 mil euros para responder aos desafios ambientais

Uma solução de vermicompostagem, uma plataforma de retalho online e uma solução para o setor da habitação são os vencedores da 3.ª edição do programa de aceleração Triggers.

A Humiverso, a RA-RO e a Digna Engenharia foram as três startups vencedoras da 3.ª edição do Triggers, programa de aceleração da Casa de Impacto que visa apoiar startups com soluções inovadoras para responder aos desafios ambientais. Ao todo, as startups receberam 10 mil euros de financiamento.

Trata-se de “um cohort que reflete uma visão clara sobre como transformar desafios ambientais em oportunidades. Os projetos finalistas trazem uma energia renovada ao ecossistema da sustentabilidade, ajudando-nos a delinear um caminho para um futuro mais sustentável e promissor através das suas soluções”, diz Nuno Comando, head of programs, investment & communications da Casa do Impacto, citado em comunicado.

A Humiverso — que desenvolve máquinas modulares que transformam resíduos orgânicos em fertilizante orgânico, através da utilização de vermicompostagem com minhocas” — foi a vencedora, tendo a startup de Pedro Carvalho e Rafael Crisóstomo recebido um prémio de 5.000 euros.

“A sua abordagem inovadora de vermicompostagem e descentralização do tratamento de resíduos é um exemplo claro do potencial transformador que procuramos no Triggers. A sua solução não só responde a um problema ambiental urgente, como também tem a capacidade de ser replicada e escalada, com potencial de impacto concreto”, diz Nuno Comando.

A RA-RO ganhou o segundo lugar, tendo recebido um prémio de 3.000 euros, além de incubação e mentoria, com a sua”plataforma de retalho online que foca na preservação da herança de produção artesanal, biodiversidade e técnicas de produção ancestrais, oferecendo produtos selecionados através de curadoria”. A equipa é composta por Luís Serra, Tiago Reis e Sérgio Carvalho.

A Digna Engenharia ficou em terceiro lugar, arrecadando 2.000 euros, bem como incubação e mentoria. Liderado por Evelin Mello, o projeto “apresenta uma solução tecnológica social para o setor da habitação, com foco no desenvolvimento de comunidades sustentáveis e na prestação de serviços que abordam questões habitacionais complexas.”

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Presidente do Turismo de Portugal destaca “importância do Alojamento Local fora das grandes cidades”

No primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal, Carlos Abade reforça que "é incontornável a importância do Alojamento Local na oferta da atividade turística em Portugal".

Portugal não é só Porto e Lisboa e o presidente do Turismo de Portugal considera que o “Alojamento Local (AL) contribui para atrair e fixar turistas nacionais e estrangeiros em outras localizações“. Carlos Abade reforça que o setor tem um “papel fundamental” para combater a regionalização.

“O desafio que Portugal tem é estender o turismo ao longo de todo o ano, mas também ao longo de todo o território. Sabemos a importância que o Alojamento Local tem fora das grandes cidades”, afirma Carlos Abade no primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), que decorre esta terça e quarta-feira na Alfândega do Porto. Para o presidente do Turismo de Portugal “este é tipo de oferta turística que permite a retenção dos turistas nesses locais”, numa altura que a taxa extraordinária sobre o Alojamento Local foi revogada.

O presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, recorda que “não existem hotéis em todo o lado” e que “existem concelhos na região Norte que não conseguiam reter turistas se não fosse o Alojamento Local”, numa altura que o turismo bateu recordes e já ultrapassou os níveis pré-pandemia.

Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, dá exemplos práticos e recorda que “se não fosse o Alojamento Local não existia a capacidade turística em Mafra e Ericeira”.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, contabiliza que a região algarvia “tem 40 mil registos de Alojamento Local” e reitera que este tipo de alojamentos são uma ferramenta para “potenciar o interior” e dar ao conhecer aos turistas que o Algarve não é só sol e praia”.

O ano passado, o peso do alojamento local nas dormidas nacionais rondou os 42%, ao invés dos 15%, reportados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma diferença de 36,3 milhões de dormidas face ao valor real, de acordo com o estudo “A Perceção do Valor do Turismo em Portugal”, apresentado esta terça-feira no congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal.

“É incontornável a importância do Alojamento Local na oferta da atividade turística em Portugal”, conclui Carlos Abade, que sucedeu a Luís Araújo o ano passado.

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Governo aprova financiamento de 83 milhões para 22 projetos de hidrogénio renovável

  • Capital Verde
  • 1 Outubro 2024

22 projetos vão ter um financiamento comunitário de 83 milhões de euros e vão contribuir em grande parte para atingir a meta de capacidade adicional instalada que está prevista para 2026.

O Ministério do Ambiente e Energia, através do Fundo Ambiental, aprovou 22 projetos para a produção de hidrogénio renovável. Estes projetos têm um financiamento 83 milhões de euros disponibilizados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

As 22 candidaturas aprovadas vão permitir alcançar uma capacidade total de 178,5 megawatts (MW) na produção de hidrogénio e de outros gases renováveis, contribuindo desta forma para a meta de 200 MW de capacidade adicional instalada, prevista até ao primeiro trimestre de 2026.

As iniciativas que beneficiam deste financiamento abrangem diferentes tecnologias e setores, desde a produção de hidrogénio a partir de fontes renováveis até à sua utilização nos transportes e na indústria. O objetivo, lê-se na nota de imprensa, é colocar Portugal na vanguarda deste setor.

“Com este investimento, estamos a dar um passo decisivo para a transição energética em Portugal, promovendo a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis, que são essenciais para a descarbonização de diversos setores da economia”, afirma a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, citada num comunicado enviado esta terça-feira às redações.

 

 

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