PS “vai ter e apoiar candidato” nas presidenciais, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

"O Partido Socialista, ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições, vai ter e vai apoiar um candidato”, afirmou o Secretário-Geral do PS.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, antecipou esta sexta-feira que o seu partido “vai ter e vai apoiar um candidato” nas próximas presidenciais, “ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições”. “Estamos longe desse momento”, mas “o que é claro para nós é que o Partido Socialista, ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições, vai ter e vai apoiar um candidato”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Feira de Agosto de Grândola, no distrito de Setúbal, Pedro Nuno Santos frisou que “é certinho” que, nas próximas eleições presidenciais, o seu partido terá um candidato. “Nós não vamos para eleições presidenciais sem uma posição definida. Vamos ter uma posição definida e vamos apoiar um candidato”, sublinhou.

O líder socialista foi questionado pelos jornalistas sobre declarações publicadas pelo Expresso do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que juntou o nome de Leonor Beleza à lista de possíveis candidatos às presidenciais. Instado sobre se o PS já tem alguma personalidade que possa anunciar às presidenciais, Pedro Nuno Santos, apesar de garantir que o partido vai ter candidato próprio, considerou que “ainda não é tempo” para discutir nomes.

“Nós ainda não estamos em tempo de presidenciais. Temos muito trabalho ainda pela frente, para já para desenvolver o nosso país”, argumentou. Para o líder do PS, é necessário é discutir “o futuro de forma estrutural e estratégica para o país”. “Nós não temos um Governo com uma visão e uma estratégia para Portugal, nós temos um governo que vai apresentando medidas de curto prazo, numa perspetiva eleitoralista”, criticou.

Por isso, e como também ainda vão ser realizadas eleições autárquicas antes, não é a altura de falar de presidenciais, para Pedro Nuno Santos: “Cada coisa no seu tempo, as presidenciais no tempo certo, não é agora”.

Questionado também em relação ao Orçamento do Estado (OE) para 2025, o líder socialista apelou “à responsabilidade do Governo”. “É o PSD que está a governar, é o PSD no Governo que tem que apresentar um OE e tem que ter a responsabilidade de conseguir promover negociações sérias com quem está na oposição”, defendeu.

Tratando-se de “um governo ultraminoritário” como o atual, este “tem que fazer um esforço adicional para assegurar que o seu orçamento passa”, frisou. “Em matéria de orçamento, estamos como estávamos em julho. O PS disse que só avançaria com negociação quando conhecesse as contas do orçamento, as previsões orçamentais, tanto para o ano de 2024, que ainda não terminou, como para 2025. Enquanto nós não tivermos informação orçamental, não avançaremos com negociação, não apresentaremos nenhuma proposta”, afiançou.

Em relação a nomes dos dois candidatos, um homem e uma mulher, que Portugal tem que propor, até dia 30 deste mês, para o posto de comissário europeu no novo executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen, Pedro Nuno Santos disse que essa é uma decisão do Governo.

A única coisa que esperamos é que Portugal consiga uma pasta relevante, como aquela que nós tivemos nos últimos cinco anos, e que tenhamos um comissário ou uma comissária com a mesma dimensão, capacidade e inteligência política que tivemos, nos últimos cinco anos, com Elisa Ferreira”, referiu.

PS defende que “é preciso corrigir aquilo que não correu bem” com fogo na Madeira

O secretário-geral do PS defendeu ainda que é preciso “corrigir aquilo que não correu bem” no incêndio na Madeira, considerando ser importante “fazer a avaliação” dos acontecimentos para que sejam “tomadas medidas”.

“O que para nós é importante é que a cada catástrofe, a cada incêndio muito grave, se devam apurar o que aconteceu porque das informações que vamos obtendo, seja a partir da Madeira, seja o que vamos acompanhando no continente, é cada vez mais claro que as coisas não correram bem”, afirmou.

Para o líder socialista, que falava aos jornalistas, em Grândola, no distrito de Setúbal, durante uma visita que efetuou à Feira de Agosto, que se realiza até à próxima segunda-feira, é preciso “estudar, ouvir, discutir” para, mais tarde, “corrigir aquilo que não correu bem”.

(Notícia atualizada às 21h55 com mais informação)

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Greve sem impacto nos atendimentos e análise de processos, segundo a AIMA

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

"Nenhum dos agendamentos previamente designado foi objeto de qualquer desmarcação por facto relacionado com a greve, tendo a agenda do dia sido integralmente cumprida", indica a AIMA.

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) garantiu esta sexta-feira que a greve em curso não teve impacto nos atendimentos agendados nem na análise de processos pendentes para regularização de imigrantes.

Em comunicado enviado à agência Lusa, num esclarecimento para “transmitir segurança” a quem recorre aos serviços, a AIMA adiantou que está a realizar “diariamente o atendimento de cerca de mil utentes” e assegura que a greve que se iniciou na quinta-feira às horas extraordinárias, convocada para exigir mais contratações que possam fazer face ao volume de trabalho acumulado, não teve impacto no atendimento presencial e análise de processos administrativos.

“No dia 22 de agosto de 2024, nenhum dos agendamentos previamente designado foi objeto de qualquer desmarcação por facto relacionado com a greve, tendo a agenda do dia sido integralmente cumprida pelos serviços de atendimento, na mais absoluta normalidade”, lê-se no comunicado da AIMA.

A agência acrescenta que no mesmo dia “não foi verificada qualquer adesão nos serviços relacionados com a análise e apreciação dos processos administrativos pendentes e relacionados com a regularização dos imigrantes, daqui não tendo, nesta data, resultado qualquer atraso na análise e apreciação dos processos”.

Segundo a AIMA, os processos de regularização de imigrantes pendentes são ainda 400 mil. A agência afirma ainda que o novo conselho diretivo, que tomou posse no final de julho, “está empenhado em cultivar a paz social na AIMA” e agradece “o trabalho hercúleo” dos trabalhadores “desenvolvido em circunstâncias que não são as ideais”.

“O Conselho Diretivo, em conjunto com a Estrutura de Missão, procurará contribuir para que, tão breve quanto possível, as pendências sejam recuperadas e possamos integrar quem procura o nosso país para viver em condições condignas de acolhimento, salvaguardando, na medida das suas atribuições e competências, a segurança interna, que também urge acautelar”, conclui o comunicado.

A greve às horas extraordinárias, convocada até ao final do ano pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), contesta a ausência de um regulamento interno, a falta de comunicação interna, equipas “subdimensionadas, que se traduz numa sobrecarga de trabalho e níveis elevados de stresse e ansiedade”, de acordo com o pré-aviso.

Segundo o documento, também muitos dos funcionários “já ultrapassaram as 150 horas de trabalho extraordinário” em 2024 (o limite legal para a função pública), mas “continuam a fazer horas extraordinárias sem que lhes sejam pagas”. O Governo anunciou na quinta-feira que os centros de atendimento da AIMA para resolver processos pendentes começam a funcionar em setembro.

No final de julho, o Governo nomeou Pedro Portugal Gaspar para a direção da AIMA e transferiu o então presidente da organização, Goes Pinheiro, para a nova estrutura de missão para as migrações. A nova Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes de imigrantes, prevista no Plano de Ação para as Migrações, terá como missão “resolver o histórico dos mais de 400 mil processos de regularização pendentes de análise, acumulados ao longo dos últimos anos”, referiu então o executivo.

A estrutura terá até 100 especialistas, 150 assistentes técnicos e 50 assistentes operacionais. Quanto à AIMA, o Governo prometeu uma “mudança de orientação”, procurando implementar as medidas preconizadas no Plano de Ação para as Migrações apresentado no início de junho.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 93 milhões

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 93 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 93 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 23 de agosto:

Números: 9, 15, 24, 47 e 50

Estrelas: 8 e 9

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PCP apresenta candidato às Presidenciais e Raimundo não exclui avançar

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O PCP vai apresentar candidato próprio às presidenciais. Paulo Raimundo "não nega à partida uma ciência que desconhece" e que a sua candidatura é um cenário que "fica em aberto".

O secretário-geral do PCP assegurou esta sexta-feira que o partido vai avançar com uma candidatura própria às próximas eleições presidenciais e deixou em aberto a hipótese de entrar na corrida a Belém.

Em declarações aos jornalistas à margem da sessão político-cultural “Camões –Poeta do povo num mundo em mudança” no âmbito do quinto centenário do nascimento do poeta Luís Vaz de Camões, em Lisboa, Paulo Raimundo afirmou que o partido vai “criar condições para ter uma força, uma voz, para a batalha das presidenciais”.

“O que temos assumido em congresso é aproveitar as possibilidades que as eleições presidenciais nos dão para afirmar a nossa própria linha, afirmar desde logo uma coisa muito importante que mais ninguém afirma sem sermos nós que é um livrinho que se chama Constituição da República Portuguesa, tem sido o nosso instrumento de luta”, explicou o líder do PCP.

Questionado sobre a possibilidade de vir a ser o candidato do PCP nessa disputa eleitoral, Paulo Raimundo começou por afirmar que ainda “não tinha pensado” nessa hipótese, mas acabou por admitir que “não nega à partida uma ciência que desconhece” e que esse é um cenário que “fica em aberto”.

Nas últimas eleições o candidato comunista foi João Ferreira, ex-eurodeputado e atualmente vereador da Câmara Municipal de Lisboa, que foi o quarto candidato mais votado com 4,3% dos votos. A eleição do próximo Presidente da República está agendada para o mês de janeiro de 2026 e os portugueses vão eleger o sucessor de Marcelo Rebelo de Sousa, que atingiu o limite de dois mandatos consecutivos em Belém.

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EUA aplicam sanções a “frota fantasma” usada pela Rússia

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Sete petroleiros entram na lista negra das sanções dos EUA. A chamada “frota fantasma” é usada pela Rússia para escapar às sanções impostas às exportações de hidrocarbonetos.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos acrescentou esta sexta-feira à sua “lista negra” sete petroleiros ligados à chamada “frota fantasma”, usada pela Rússia para escapar às sanções impostas às suas exportações de hidrocarbonetos. Entre os navios adicionados à lista do Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) estão três transportadores de GNL com bandeira de Palau (Asya Energy, Everest Energy e Pioneer), bem como quatro de gás com bandeira do Panamá (North Air, North Mountain, North Sky e North Way).

Segundo a Bloomberg, as embarcações Pioneer e Asya Energy terão levado os dois primeiros carregamentos do projeto Arctic LNG 2, anteriormente sancionado pelos Estados Unidos, cujas operações foram registadas através de imagens de satélite. A Rússia desenvolve há meses supostamente o que se acredita ser uma “frota fantasma” de navios de gás, semelhante à forma como costumava transportar petróleo bruto e produtos derivados.

Estas embarcações têm propriedade opaca, seguradoras desconhecidas e utilizam práticas como ocultar a sua localização, desligando ou manipulando os seus sistemas de identificação automática. Estas restrições surgem no mesmo dia em que o Departamento do Tesouro anunciou a imposição de um novo conjunto de sanções contra cerca de 400 indivíduos e organizações ligadas direta ou indiretamente à máquina de guerra russa.

O vice-secretário do Tesouro norte-americano, Wally Adeyemo, alertou que a economia russa é hoje “uma ferramenta ao serviço do complexo industrial do Kremlin”, uma vez que tudo parece centrado em suportar as despesas envolvidas na invasão da Ucrânia. Washington quer concentrar-se nos indivíduos e entidades da Rússia, mas também nos potenciais cúmplices internacionais, razão pela qual as sanções anunciadas visam também o Médio Oriente, a Ásia e a Europa.

“As empresas, as instituições financeiras e os governos de todo o mundo precisam de garantir que não apoiam as cadeias de abastecimento da indústria militar russa”, sublinhou Adeyemo num comunicado, antecedendo o Dia da Independência da Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou este último pacote de sanções, confiando que irão “enfraquecer ainda mais a capacidade da Rússia de travar uma guerra de agressão contra a Ucrânia”.

O líder ucraniano apelou não só para a manutenção da pressão, mas também ao seu aumento de forma constante. “Juntamente com todos os nossos parceiros, com todos os países que querem a paz, devemos restaurar o respeito pela Carta das Nações Unidas e forçar a Rússia a assinar a paz”, disse Zelensky numa mensagem difundida nas redes sociais.

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Empresários chineses anunciam fábrica de transformação do caju na Guiné-Bissau

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

"É uma grande vantagem para o país. A castanha do caju é o produto estratégico do país e é preciso que seja valorizado", afirmou o ministro guineense do Comércio e Indústria, Orlando Viegas.

Um grupo de 17 empresários da província chinesa de Hunan anunciou esta sexta-feira a construção na Guiné-Bissau de uma fábrica para transformação local da castanha de caju, principal produto agrícola e de exportação do país africano. Os empresários chineses, que terminam uma visita de prospeção de dois dias a Bissau, rubricaram um acordo geral com o presidente da Câmara do Comércio, Agricultura, Indústria e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló.

O ato foi testemunhado pelo ministro guineense do Comércio e Indústria, Orlando Viegas, que enalteceu a oportunidade que os empresários chineses vão trazer para o país, nomeadamente a “mudança do paradigma”. “É uma grande vantagem para o país. A castanha do caju é o produto estratégico do país e é preciso que seja valorizado”, afirmou Viegas.

O governante notou que, até aqui, países vizinhos da Guiné-Bissau beneficiam da castanha do caju do país através do contrabando nas fronteiras. Orlando Viegas admitiu que alguns países tinham fábricas de transformação que eram alimentadas com a castanha contrabandeada da Guiné-Bissau.

“A título de exemplo, vimos muitas fábricas de transformação a serem fechadas em Ziguinchor porque montámos um sistema rigoroso de controlo nas fronteiras”, declarou o ministro guineense. Ziguinchor é a capital da região senegalesa de Casamansa, que faz fronteira com o norte e o leste da Guiné-Bissau. O presidente da CCIAS, Mama Samba Embaló, agradeceu ao chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, que disse ser o promotor do acordo hoje rubricado com os empresários chineses.

O líder da Câmara do Comércio guineense observou que o acordo “é fruto da recente visita” de Sissoco Embaló à China. Mama Samba Embaló transmitiu aos empresários chineses que a Guiné-Bissau tem capacidade para produzir 300 mil toneladas da castanha de caju, mas que tem sido exportado, em bruto. Transformar localmente o produto no país, ainda que sejam 50 mil toneladas por ano, é para Samba Embaló “a concretização de um sonho”.

Nem dez por cento da nossa castanha é transformada aqui no país”, sublinhou. Para o presidente da CCIAS, a possibilidade de os produtos agrícolas da Guiné-Bissau, o caju em particular, serem comercializados para a China “é um privilégio”. Mama Samba Embaló frisou que os empresários chineses da província de Hunan, com cerca de 77 milhões de habitantes, ainda querem investir cerca de 20 milhões de dólares (17,9 milhões de euros) na produção de energia renovável na Guiné-Bissau.

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Governo descongela taxa de carbono e soma 3 cêntimos ao preço dos combustíveis

Portaria publicada esta sexta-feira determina o descongelamento parcial da taxa de carbono, acrescentando cerca de três cêntimos por litro ao preço dos combustíveis.

O Governo decidiu descongelar parcialmente a taxa de carbono aplicada aos combustíveis rodoviários, para “retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia”. Alteração entra em vigor na segunda-feira, 26 de agosto, e terá um impacto de cerca de três cêntimos. A descida dos preços antecipada para a próxima semana será, assim, bem menor.

“Considerando a evolução recente do preço dos combustíveis e a evolução do preço resultante dos leilões de licenças de emissão de gases de efeitos de estufa, em particular, verificando-se uma tendência de redução dos preços dos combustíveis e uma trajetória crescente no preço das emissões de CO2, o Governo retoma o descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO2, mantendo-se uma suspensão parcial desta atualização face ao valor de EUR 83,524 que seria aplicável em 2024″, lê-se na portaria publicada esta sexta-feira.

A taxa do adicionamento sobre as emissões de 68,368 euros por tonelada de CO2 aplica-se a partir do próximo dia útil e o impacto no preço será de cerca de três cêntimos, apurou o ECO. O que significa que a forte descida prevista para a próxima segunda-feira será bem menor. A expectativa, adiantada por fonte do setor, era de que o preço do gasóleo baixasse 3,5 cêntimos e a gasolina 4 cêntimos.

A taxa de carbono foi suspensa pela primeira vez no em dezembro de 2022 para responder ao aumento extraordinário do preço dos combustíveis. O anterior Executivo iniciou o descongelamento gradual em maio de 2023, mas voltou a interrompe-lo em agosto.

Na portaria, o Governo assinala que “o congelamento da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO2 constituiu uma medida excecional de apoio às famílias e empresas em face do referido aumento extraordinário dos preços dos produtos energéticos que, em consonância aliás com as recomendações da Comissão Europeia, deverá ser progressivamente eliminada à medida que a evolução do mercado da energia o permitir“.

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Novo presidente da Parpública vai gerir participações do Estado em 19 empresas

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Segundo a lista disponível na página da Parpública, tem sob a sua alçada as participações em 19 empresas, oito das quais com controlo exclusivo.

O Governo decidiu mudar a administração da Parpública, segundo foi anunciado esta semana, e o novo presidente, Joaquim Cadete, vai agora ter em mãos as participações do Estado em 19 empresas. A Parpública, sucessora da Partest, é uma sociedade de capitais públicos criada no final de 2000 que concentra as participações empresariais do Estado.

Atualmente, segundo a lista disponível na página da Parpública, tem sob a sua alçada as participações em 19 empresas, oito das quais com controlo exclusivo.

As empresas com participação a 100% da Parpública são a Estamo (que gere os ativos imobiliários do Estado), a Florestgal, a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, a Companhia das Lezírias (uma exploração agro-pecuária e florestal), o Circuito Estoril, a SIMAB (Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores), a Fundiestamo e a Sagesecur (Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos de Investimento Valores Mobiliários).

Já a participação na Águas de Portugal é de 81%, seguindo-se a CVP, a Sociedade de Gestão Hospitalar que gere o Hospital da Cruz Vermelha em Lisboa, com 45% e a Inapa com 44,89%. Esta última avançou no mês passado para um processo de insolvência, numa situação onde foram tecidas críticas à atuação da Parpública.

A Comissão Executiva da Inapa chegou a afirmar, no início deste mês, que “nunca foi possível” chegar a uma solução de capitalização da empresa “por indisponibilidade” do maior acionista Parpública, com quem realizou “mais de 50 contactos” para recapitalizar e reestruturar o grupo.

As participações geridas pela Parpública em outras empresas incluem a Galp Energia (8,02%), a MGI Capital (5%), o Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana, (4,77%) e a Lisnave – tanto a divisão de estaleiros navais como de infraestruturas navais (2,97% e 2,08%, respetivamente).

É também de destacar a TAP, com uma participação de 1%, um dos dossiês mais ativos, nomeadamente numa altura em que se espera que o Governo avance com a privatização da companhia aérea. Na lista encontra-se ainda uma participação de 0,25% nos CTT – Correios de Portugal, bem como na Nos, ainda que a dimensão desta não seja detalhada.

A compra da participação nos CTT apenas foi conhecida no início deste ano, mas ocorreu entre 2020 e 2021 por ordem do anterior Governo. Segundo explicou a Parpública, “a compra de ações dos CTT pela Parpública, realizada até outubro de 2021, ocorreu no cumprimento dos requisitos legais, designadamente o despacho do então ministro das Finanças, precedido do parecer prévio da UTAM [Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial]”.

Quanto às contas da Parpública, não está disponível no site o relatório e contas para o conjunto do ano de 2023, mas os dados semestrais mostram que a Parpública registou resultados líquidos de 86 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um aumento de 6,2% em relação ao período homólogo.

O grupo revelou, no relatório do 1.º semestre, que a sua dívida financeira consolidada “manteve a tendência decrescente, ficando em 1,8 mil milhões de euros, representando uma diminuição de 12,2% face ao montante registado a 31 de dezembro de 2022”. Até agora, a Parpública era presidida por José Realinho de Matos, que foi nomeado em novembro do ano passado para o mandato de 2023-2025.

O responsável, que era anteriormente vice-presidente da Parpública, está agora de saída, a qual foi justificada com a existência de uma postura mais reativa do que preventiva da administração, bem como com a falta de prestação de informação atempada ao ministério, segundo o Jornal de Negócios.

Quem irá assumir a presidência é Joaquim Cadete, diretor do mestrado de Finanças da Católica Lisbon School of Economics e administrador não executivo da Euronext Securities Porto, tendo integrado a administração do Banif Banco de Investimento entre 2017 e 2018, nomeado pela Oitante, e do Citigroup entre 2000 e 2011.

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Incêndios na Madeira: PS pede audição urgente da ministra da Administração Interna no parlamento

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Os socialistas pretendem "esclarecer com rigor o que se passou quanto à mobilização dos meios nacionais para combate aos gravíssimos incêndios que persistem na Madeira".

O PS pediu esta sexta-feira a audição urgente da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, no parlamento para esclarecer a “gestão política do combate ao grande incêndio na Madeira”.

Num requerimento entregue no parlamento, o Grupo Parlamentar do PS pede também a audição do presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, brigadeiro-general Duarte da Costa, e do secretário-geral do Sindicato Nacional da Proteção Civil, José Costa Velho.

Os socialistas querem ainda ouvir o presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil, o presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes, e o diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, Domingos Xavier Viegas, na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

O PS pretende “esclarecer com rigor o que se passou quanto à mobilização dos meios nacionais para combate aos gravíssimos incêndios que persistem na Madeira, designadamente a forma como ocorreu a articulação entre as autoridades nacionais e o Governo Regional, quer nas operações de combate, quer na adoção de medidas preventivas”.

“Os incêndios que continuam a alastrar nas serras da região abrangem uma área superior a 8.000 hectares, consumindo cerca de 14% da área florestal do território e colocando em causa a milenária floresta Laurissilva, património natural da UNESCO, sendo o maior incêndio rural em Portugal no ano de 2024. Nos últimos 20 anos arderam mais de 40 mil hectares”, refere o grupo parlamentar socialista.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

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Fogo em subestação da E-Redes deixa 4.000 clientes sem luz em Reguengos de Monsaraz

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

"O incidente foi espoletado por uma avaria mecânica num disjuntor da SE e provocou um pequeno foco de incêndio que careceu da intervenção dos bombeiros”, disse a empresa.

Cerca de 4.000 clientes da E-Redes no concelho de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, estão sem eletricidade, desde a tarde desta sexta-feira, devido a um incêndio na subestação elétrica local, já extinto, revelou a empresa. Segundo a E-Redes, num esclarecimento enviado à agência Lusa por escrito, às 12:26 “ocorreu um incidente na Subestação (SE) de Reguengos de Monsaraz que afetou cerca de 4.000 clientes”.

“O incidente foi espoletado por uma avaria mecânica num disjuntor da SE e provocou um pequeno foco de incêndio que careceu da intervenção dos bombeiros”, disse a empresa. Contactada pela Lusa, a presidente da câmara municipal daquele concelho alentejano, Marta Prates, precisou que não existe eletricidade “na cidade de Reguengos de Monsaraz e na freguesia de Corval”.

“Os planos de contingência estão acionados, os principais prontos obrigatórios, como escolas e centro de saúde, têm energia alternativa”, realçou. De acordo com a autarca, estão “dois geradores a funcionar e encontram-se mais quatro a caminho”, prevendo-se “mais três horas até a situação ser restabelecida”.

Nos esclarecimentos prestados à Lusa, a E-Redes disse que foram mobilizados para o incêndio bombeiros e equipas da empresa, que “chegaram ao local por volta das 13:30”. “Foram realizadas todas as manobras na rede para minimizar o impacto nos clientes”, garantiu a empresa, precisando que, “até às 23:00”, prevê-se que “seja regularizada a situação”.

Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central indicou à Lusa que o fogo foi considerado extinto por volta das 14:30. O combate às chamas mobilizou um total de 15 operacionais, apoiados por seis veículos, incluindo bombeiros e elementos da E-Redes e da câmara municipal.

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Subdiretor-geral da DGS garante que risco da febre hemorrágica Crimeia-Congo é reduzido

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

André Peralta Santos deixou "uma mensagem de tranquilidade", lembrando que o vírus se transmite através da picada de carraças infetadas e que "não existe transmissão pessoa a pessoa".

O subdiretor-geral da Direção-Geral da Saúde (DGS) assegurou esta sexta-feira que a deteção do primeiro caso e óbito por febre hemorrágica Crimeia-Congo (FHCC) representa um risco reduzido para a população e que as autoridades intensificaram a recolha de carraças.

Em declarações à Lusa, na sequência da primeira morte por FHCC em Portugal, André Peralta Santos deixou “uma mensagem de tranquilidade”, lembrando que o vírus se transmite através da picada de carraças infetadas e que “não existe transmissão pessoa a pessoa”, enfatizando que a investigação efetuada não revelou quaisquer casos associados ao do cidadão português com mais de 80 anos residente em Bragança.

Efetivamente, tivemos este primeiro caso diagnosticado em Portugal, com óbito a lamentar, mas pensamos que o risco para a população em geral será reduzido e que eventualmente podem existir casos raros e esporádicos. Houve uma intensificação da recolha de carraças para percebermos se pode haver algum foco com carraças que estejam eventualmente infetadas com este vírus”, afirmou.

André Peralta Santos disse também que a rede portuguesa de vigilância ainda não identificou carraças infetadas com o vírus e que a intensificação da recolha está a ser feita, “principalmente, na zona norte de Portugal e fronteiriça com Espanha”.

“Estivemos sempre em articulação com os colegas espanhóis e o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), em que fazemos uma avaliação do risco, tendo em conta aquilo que conhecemos da epidemiologia da doença e se temos ou não carraças infetadas. Já comunicámos este caso às redes internacionais. A nossa preocupação mantém-se a mesma; o que reforçámos foi a vigilância das carraças e, eventualmente, dos casos que possam aparecer com sintomas compatíveis com esta doença”, sublinhou.

Apesar de reconhecer que não existe vacina para a FHCC e que o tratamento é feito em função dos sintomas – febre, náuseas, dores musculares e vómitos –, o responsável notou que a doença mais grave apenas se manifesta em cerca de 20% dos casos, com os restantes 80% a registarem sintomas ligeiros. Porém, indicou que o alerta desta sexta da DGS visou ainda chamar a atenção dos profissionais de saúde para este possível diagnóstico.

Se estes sintomas, que são muito genéricos, forem mantidos no tempo, requerem sempre a atenção médica e, a partir do momento em que há este contacto médico, inicia-se a jornada de diagnóstico para perceber se pode ser esta doença (ou outra). (…) Este alerta serve também para reforçar a necessidade de pensarmos na eventualidade desta doença, com o quadro de sintomas relativamente inespecífico que pode apresentar”, referiu.

A informação da DGS adiantou igualmente que os casos de FHCC estão “a aumentar nos últimos anos, em especial no contexto de aumento das temperaturas médias no sul da Europa e em Portugal”, com Espanha a registar 16 casos desde 2013, e André Peralta Santos reconheceu que as alterações climáticas podem ter no futuro um impacto maior a este nível.

No sul da Europa, os invernos mais amenos são um desafio para a saúde pública, porque aumentam o risco de voltarmos a ter as chamadas doenças reemergentes ou até de virmos a ter novas doenças, como a FHCC. Apesar de tudo, temos sistemas de vigilância para as carraças e os mosquitos: a rede REVIVE, coordenada pelo Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge; e depois, em paralelo, a rede de vigilância humana de notificação de doenças, o SINAVE”, concluiu.

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Advogados reformados insistem em receber suplemento extraordinário em outubro

Governo anunciou que advogados e solicitadores reformados vão ficar de fora do "cheque" extra prometido para outubro. Ao ECO, direção da CPAS promete lutar por inclusão desses pensionistas.

Apesar dos argumentos apresentados pelo Ministério do Trabalho, os advogados e solicitadores entendem que devem receber o suplemento extraordinário anunciado para os portugueses com reformas mais baixas. “Vamos continuar junto do Governo e das demais autoridades a pugnar por uma situação que reponha a justiça“, garante a direção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), em declarações ao ECO.

Na semana passada, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou um suplemento para as reformas mais baixas, que corresponderá a 200 euros para quem recebe pensões até 509,26 euros. Já quem tem reformas entre 509,27 euros e 1.108,52 euros pode contar com um “brinde” de 150 euros. E quem tem pensões entre 1.108,53 euros e 1.527,87 euros terá direito a um “cheque” extra de 100 euros.

À partida, ficou assente que terão direito a este suplemento os portugueses que recebem a sua reforma da Segurança Social e aqueles que estão abrangidos pela Caixa Geral de Aposentações (CGA). E, entretanto, o Ministério do Trabalho confirmou também que os bancários reformados vão receber o “brinde”.

O presidente da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, Vítor Alves Coelho, veio, então, reclamar para os reformados destes setores o pagamento do suplemento, mas o Ministério do Trabalho garantiu ao ECO que tal não acontecerá.

“Os advogados e solicitadores têm um regime obrigatório fora da Segurança Social. Não estão abrangidos pela Segurança Social. O financiamento pelo Orçamento do Estado do suplemento extraordinário resulta de ser uma prestação do âmbito do subsistema de solidariedade que faz parte do sistema da Segurança Social, a que a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores não pertence”, explicou fonte do gabinete de Maria do Rosário Palma Ramalho.

Os advogados e solicitadores prometem, contudo, não desistir. A CPAS é um “regime autónomo”, reconhece a direção da caixa de previdência, mas o suplemento extraordinário, sendo financiado pelo Orçamento do Estado, deveria ser para todos os pensionistas, defendem.

A pedra de toque é, exatamente, o facto de não estar em causa uma medida financiada pelo Orçamento da Segurança Social, pois só neste caso seria natural e justificada a não inclusão dos pensionistas da CPAS”, sublinha a direção, em resposta ao ECO.

E continua: “O argumento que ora é utilizado para excluir os beneficiários da CPAS do suplemento extraordinário para pensionistas fica, aliás, em claro contrassenso, desde logo, com a aplicação da conhecida Contribuição Extraordinária de Solidariedade àqueles mesmos pensionistas, sendo que então se tratava de uma medida criada com a finalidade de reforço da sustentabilidade dos sistemas de proteção social que efetivamente, os Beneficiários da CPAS não integram”.

Com estes argumentos, a direção da CPAS entende que a exclusão destes reformados do suplemento será “uma evidente e injustificada desigualdade de tratamento“. Daí que prometa continuar a lutar pela inclusão nesse “brinde”, que custará 422 milhões aos cofres públicos e chegará a 2,4 milhões de pensionistas em outubro.

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