Avaliação bancária das casas volta a abrandar em maio

Apesar de acumular uma subida pelo sexto mês consecutivo para os 1.610 euros o metro quadrado, a avaliação bancária da habitação em Portugal abrandou pelo segundo mês consecutivo.

A avaliação bancária das casas em Portugal tem registado uma tendência de crescimento contínuo, atingindo novos máximos históricos, mas cada vez mais tem sido feito num ritmo cada vez mais baixo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira, o valor mediano da avaliação bancária das casas fixou-se em maio nos 1.610 euros por metro quadrado, marcando um aumento de 14 euros face ao mês anterior.

Este valor representa um crescimento de 0,88% em relação a abril, acumulando assim a sexta subida mensal consecutiva. No entanto, este aumento foi mais moderado em comparação com os meses anteriores, sinalizando um abrandamento pelo segundo mês seguido.

Avaliação bancária das casas

Em termos homólogos houve também um abrandamento em maio, com os preços a subirem 6,62%, que compara com uma taxa homóloga de 7,04% registados em abril.

Em termos regionais, os dados do INE continuam a revelar realidades distintas. Enquanto o Algarve registou o aumento mais expressivo em maio, com uma subida de 2,9% face ao mês anterior, a Região Autónoma dos Açores apresentou a maior descida, com os preços a contraírem 4,6%.

O comportamento da avaliação bancária dos diferentes tipos de imóveis teve também variações distintas. Segundo o INE, o valor mediano de avaliação bancária dos apartamentos foi de 1.780 euros por metro quadrado, um aumento de 5,4% em relação a maio de 2023. Já as moradias registaram um valor mediano de 1.263 euros por metro quadrado, representando um acréscimo de 9,5% face ao mesmo mês do ano anterior.

O INE revela ainda que em maio foram realizadas cerca de 32.781 avaliações bancárias, um aumento de 2,9% face ao período anterior e de 40,5% em termos homólogos. Este aumento no número de avaliações é indicativo de uma maior atividade no mercado imobiliário, apesar do abrandamento no ritmo de crescimento dos valores de avaliação.

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Miranda Sarmento acusa PS de “populismo” por aprovar medidas que ameaçam contas públicas

Ministro das Finanças acusa socialistas de porem em causa as contas públicas com a aprovação de medidas que aumentam a despesa ou implicam perda de receita. "É de pouca responsabilidade", diz.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, acusou esta quarta-feira o PS de populismo e falta de responsabilidade ao fazer aprovar medidas na Assembleia da República que diz porem em causa a saúde das contas públicas, enquanto os socialistas pediram que o governante preste um “bom serviço” ao país e não esteja “sempre a queixar-se”.

A posição de Joaquim Miranda Sarmento foi transmitida na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), onde está a ser ouvido no âmbito dos requerimentos apresentados pelo Chega, BE e PSD sobre a cobrança de impostos relativos às barragens e no âmbito do requerimento apresentado pelo PS sobre as contas nacionais.

“O PS tem aprovado algumas propostas neste Parlamento, com o voto favorável do Chega, e depois tem este discurso extraordinário de que o programa do Governo não é exequível com o equilíbrio das contas públicas. Em cima disso, vai pôr centenas de milhões de euros de despesa ou de perda de receita”, afirmou.

Para o ministro da tutela, “é completamente contraditório, populista e de pouca responsabilidade” por parte do partido liderado por Pedro Nuno Santos. Em causa, aponta, estão medidas como a descida do IVA da eletricidade e o fim das portagens nas ex-SCUTS, que os socialistas calculam ter um impacto orçamental de 157 milhões de euros, enquanto as Finanças estimam um custo de 180 milhões de euros.

O governante defendeu, novamente, que a situação das contas públicas no primeiro trimestre era pior da anunciada pelo anterior Executivo. “A situação não era aquela que os senhores estavam a propagandear no 1º trimestre de 2024. Tomaram decisões muito significativas, à pressa”, criticou, numa troca de argumentos com o deputado socialista António Mendonça Mendes.

Em causa estiveram as declarações de Joaquim Miranda Sarmento, em 2 de maio, sobre os diplomas aprovados pelo anterior Governo, já após o anúncio de demissão do ex-primeiro-ministro, António Costa. O Ministério das Finanças enviou, na segunda-feira, ao Parlamento o documento com a lista das resoluções, sem descrição do impacto de cada medida. A informação remetida pelo gabinete do ministro de Estado e das Finanças surge na sequência de um requerimento do PS para acesso à listagem das medidas que, segundo o governante, incorrem em despesa sem cabimento orçamental.

António Mendonça Mendes defendeu as decisões tomadas pelo anterior Executivo, afirmando que “parece que o senhor ministro queria que o anterior Governo deixasse de pagar contas”. “Todas as resoluções [do Conselho de Ministros] têm identificado as fontes de financiamento”, disse.

O deputado do PS argumentou que o Estado tem feito uma “consolidação positiva”, considerando que o ministro da tutela “tem boa oportunidade de fazer bom serviço ao país e não estar sempre a queixar-se”.

Miranda Sarmento voltou a defender na COFAP os argumentos sobre o estado das contas públicas, sublinhando que a “deterioração do saldo em contabilidade pública torna mais exigente a situação em contas nacionais”. Apesar deste cenário, reafirmou que a previsão do Governo continua a ser de um excedente orçamental entre 0,2% a 0,3% no final do ano.

Contudo, o governante precisou que a previsão não inclui o impacto das propostas aprovadas pelo parlamento à revelia do Governo, como a redução da taxa de IVA na eletricidade ou a abolição das portagens nas antigas SCUTS, remetendo para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) uma atualização. O ministro garantiu ainda que os programas apresentados pelo Executivo têm cabimento orçamental.

“Cada Ministério tem um programa orçamental e, com exceção da saúde, a nossa análise aos programas para 2024 é que têm condições para serem acomodados”, explicou, admitindo que em contas nacionais haverá alguma “redução da receita” com algumas medidas, mas escusando-se a quantificar.

Miranda Sarmento explicou que no caso da saúde o Ministério das Finanças “provavelmente até ao final do ano terá de usar aquilo que são as dotações centralizadas para reforçar esse programa”, uma decisão que deverá ser tomada em setembro ou outubro.

O Estado português passou de um excedente orçamental de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2023 para um défice de 0,2% do PIB no mesmo período deste ano, de acordo com os dados divulgados, na segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes dados são na ótica da contabilidade nacional (lógica de compromissos e a que conta para Bruxelas), diferindo dos avançados aquando da execução orçamental pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), que utiliza a contabilidade pública (ótica de caixa).

O ministro das Finanças realçou que “nos anos em que houve excedente em contas nacionais, houve excedente no primeiro trimestre”. Aquando da execução orçamental de março, a DGO revelou que o Estado registou um défice de 259 milhões de euros, o que, segundo Miranda Sarmento, na altura resultou, em grande medida, de diplomas aprovados pelo anterior Governo, já em gestão. O seu antecessor na pasta, Fernando Medina, recusou a acusação, acusando o seu sucessor de “inaptidão técnica” ou “falsidade política”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h10)

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Regulador defende revisão do contrato de concessão da CP para incluir “mais exigência” no serviço público

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Ana Paula Vitorino considera que os contratos de concessão mais antigos, como o da CP, devem ser revistos para que se possa introduzir “mais exigência relativamente ao serviço público”.

A presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), Ana Paula Vitorino, defendeu esta quarta-feira no Parlamento a revisão do contrato de concessão da CP – Comboios de Portugal, para incluir mais “exigência” no serviço.

“A questão das multas da CP têm a ver com a necessidade que já foi detetada pela AMT de se rever o contrato de concessão, os contratos de concessão de gerações mais antigas não têm uma perspetiva de supervisão e controlo do serviço”, afirmou a presidente da autoridade, Ana Paula Vitorino, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação.

A responsável respondia a questões do deputado do PS Ricardo Costa relativamente às multas aplicadas à CP, que ascendem a mais de meio milhão de euros, por falta de fiscalização, atrasos, entre outros motivos.

Para Ana Paula Vitorino, os contratos de concessão mais antigos, como o da CP, devem ser revistos para que se possa introduzir “mais exigência relativamente ao serviço público”.

Já questionada pelo deputado do PSD, João Vale e Azevedo, sobre os constrangimentos ao aumento da concorrência nos transportes de passageiros, a presidente da AMT lembrou que a partir de 2029, altura em que está prevista a conclusão do Plano Ferroviário Nacional (PFN), que prevê o aumento da rede, os operadores interessados estarão “em pé de igualdade com a CP”.

“Até lá, podem adaptar o seu pedido àquilo que existe de disponibilidade da rede”, apontou, referindo-se a um pedido por um operador à AMT que não teve parecer favorável, porque implicaria que os serviços que já existem “tivessem de desaparecer”, por falta de espaço-canal.

Já quanto à escassez de serviços Intercidades e Alfa Pendular na linha do norte, Ana Paula Vitorino realçou que aquela linha ferroviária está a funcionar acima da sua capacidade técnica.

Relativamente aos transportes rodoviários, o deputado do Chega Carlos Barbosa abordou o aumento das queixas contra condutores de transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE) e perguntou à AMT se pondera suspender as licenças para aquele efeito.

“Não, não ponderamos suspender as licenças. […] A maioria dos problemas não têm a ver com o condutor, têm a ver com os procedimentos para atribuição das licenças, incumprimentos e fenómenos curiosos nas escolas de condução, a morosidade na atribuição das licenças que dão origem a outras soluções com mais imaginação”, apontou a também antiga ministra do Mar.

Já questionada pelo deputado Paulo Núncio, do CDS-PP, sobre a posição da AMT relativamente ao fim das portagens nas ex-SCUT e nos troços “onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança”, proposta pelo PS e aprovada no parlamento com os votos contra do PSD, CDS-PP e abstenção da IL, Ana Paula Vitorino disse que a autoridade que lidera manifestou-se contra a medida.

“Face aos objetivos nacionais, europeus e das Nações Unidas, nós devemos favorecer modos menos impactantes do ponto de vista social e ambiental”, defendeu a responsável.

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Nova direção executiva do SNS já está completa. Conheça os cinco gestores que acompanham o CEO Gandra d’Almeida

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Junho 2024

Governo aprovou em Conselho de Ministros os nomes da equipa que vai acompanhar António Gandra d’Almeida na liderança da direção executiva do SNS.

O Governo já aprovou os cinco nomes que, até 2027, vão fazer parte da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sob a liderança do médico militar António Gandra d’Almeida, mostra a resolução do Conselho de Ministros realizado na terça-feira.

Ana Margarida Ribeiro, Ana Rangel, Carla Gonçalo Catarino, Hélder Teixeira de Sousa e Maria Helena Martins completam o conselho de gestão liderado pelo novo diretor executivo do SNS, que sucede no cargo a Fernando Araújo.

Os nomes, propostos por António Gandra d’Almeida para um período de três anos, têm ainda de passar pelo crivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

O médico militar iniciou funções como diretor executivo do SNS apenas este mês, no dia 14, embora o Ministério da Saúde tenha anunciado o nome de António Gandra d’Almeida em 22 de maio. O substituto de Fernando Araújo, que se demitiu do cargo em abril, aguardava o parecer da CReSAP.

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, Gandra d’Almeida, de 44 anos, ocupava o cargo de comandante do agrupamento sanitário e desempenhava “atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar”. Segundo um comunicado da tutela, o tenente-coronel médico tem uma vasta experiência em emergência médica e nas Forças Armadas, tendo acumulado funções de chefia e de coordenação.

(Notícia alterada às 12h20 para indicar que são cinco e não seis os nomes que vão fazer parte do conselho de gestão da direção executiva do SNS)

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Primeiro-ministro dos Países Baixos nomeado próximo secretário-geral da NATO

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Mark Rutte, de 57 anos, deverá iniciar funções no dia 1 de outubro, quando terminar o mandato de Jens Stoltenberg. Decisão foi anunciada depois de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte.

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, foi esta quarta-feira nomeado o próximo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), sucedendo ao norueguês Jens Stoltenberg.

A decisão foi anunciada depois de uma reunião do Conselho do Atlântico Norte.

Mark Rutte, de 57 anos, deverá iniciar funções no dia 1 de outubro, quando terminar o mandato de Jens Stoltenberg.

O primeiro-ministro dos Países Baixos era já o único candidato ao cargo, após a desistência do Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, a 20 de junho, e o endosso da candidatura de Mark Rutte. A nomeação já era esperada, uma vez que os 32 Estados-membros da NATO já tinham anunciado o apoio à sua candidatura.

Na rede social X, o secretário-geral cessante, Jens Stoltenberg, saudou “calorosamente a escolha dos aliados da NATO” para seu sucessor. “O Mark é um verdadeiro transatlântico, um líder forte, um criador de consensos”, completou.

Já o Kremlin afirmou que a nomeação do primeiro-ministro cessante neerlandês Mark Rutte como próximo secretário-geral da NATO não deverá conduzir a qualquer alteração da “linha geral” da Aliança Atlântica, que a Rússia considera hostil.

“É pouco provável que esta escolha mude alguma coisa na linha geral da NATO”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, aos jornalistas. “Atualmente, esta aliança é hostil para nós”, acrescentou Peskov.

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Fundação Santander Portugal premeia dez escolas públicas

  • BRANDS' ECO
  • 26 Junho 2024

Os vencedores do "Prémio Quem Brinca É Quem É" serão conhecidos esta quinta-feira, dia 27 de junho, num evento que irá decorrer no Auditório Santander, em Lisboa.

Já são conhecidos os vencedores do Prémio Quem Brinca É Quem É, que distingue projetos focados no método de aprendizagem “Aprender Através do Brincar” destinados a alunos do 1º e 2º ciclo. Este prémio é promovido pela Fundação Santander Portugal em colaboração com a Direção-Geral da Educação e a Rede de Bibliotecas Escolares.

Os vencedores incluem dez escolas públicas e um município, e serão anunciados esta quinta-feira, 27 de junho, num evento que terá lugar no Auditório Santander, em Lisboa. O evento contará com a presença e intervenções do Secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, da Presidente da Fundação Santander, Inês Oom de Sousa, e do psicólogo Eduardo Sá.

A Fundação Santander Portugal instituiu este prémio para promover boas práticas e metodologias inovadoras de ensino no âmbito do Aprender Através do Brincar – um método pedagógico que incentiva de forma lúdica a aprendizagem de competências essenciais para a vida e para o trabalho no século XXI, como a criatividade, a comunicação e a capacidade de resolução de problemas.

Para Inês Oom de Sousa, Presidente da Fundação Santander Portugal, “a adesão ao prémio superou todas as expectativas, foram mais de 400 as candidaturas que recebemos, de todos os distritos de Portugal continental e das Regiões Autónomas.” E acrescenta: “O nosso objetivo desde o primeiro momento foi contribuir para levar este método de ensino até às crianças portuguesas. Brincar é um superpoder. A brincar desenvolvemos competências cognitivas e emocionais essenciais. Temos de aproveitar a capacidade inata e o interesse natural das crianças por brincar, ajudando-as a aprender de forma mais significativa e a terem gosto em fazê-lo agora e ao longo da vida”.

Os vencedores recebem por igual, um prémio no valor de cinco mil euros, uma viagem à LEGO House na Dinamarca, formação na metodologia promovida pela LEGO Foundation em Portugal e um kit LEGO ou uma mesa de reuniões LEGO. Conheça a lista dos vencedores:

  • Movimento das Galochas – EB1/JI José Jorge Letria (Cascais): Aborda o brincar de uma forma curricular, transversal e complementar, proporcionando liberdade aos alunos para descobrir, explorar, desafiar e explorar a natureza como intervenientes e não como espectadores. O projeto contou com o envolvimento da comunidade escolar na fase de diagnóstico e no acompanhamento inicial e prevê a abertura da Escola à Comunidade.
  • Projeto BEE – Bem-Estar na Escola – EB1+2 Dr. Anastácio Gonçalves (Alcanena): Promove diversas oficinas criativas, em domínios como as Artes, a Escrita Criativa, a brincadeira livre com materiais diversos, educação física na natureza, atividades sensoriais e de relaxamento, atividades de ciências experimentais, visitas à comunidade. O projeto permite aos alunos experienciar uma grande variedade de experiências a brincar e envolve escola, família e comunidade.
  • Brincar e aprender, à chuva, vento e sol! – EB1/JI de Estrada – Ferreiros (Braga): Criar e manter uma horta escolar e ainda construir uma cozinha de lama, promovendo uma aprendizagem ativa, em que a criança vai aprendendo por tentativas, ultrapassando as dificuldades de forma independente, incentivando-se a desenvolver as suas próprias ideias, desenvolvendo o pensamento criativo e crítico.
  • Escape Room Play & Learn – Centro Escolar de Alcobaça/Agrupamento de Escolas de Cister (Alcobaça): Desenvolve uma ferramenta pedagógica em cenário de ‘Escape Room‘ que desafia os alunos a trabalhar em equipa para desvendar enigmas, decifrar códigos e superar obstáculos.
  • Clube do Poupas – Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo (Figueira de Castelo Rodrigo): Promove a educação financeira de forma lúdica através de atividades interativas como simulações financeiras da vida real e gestão de orçamentos, jogos educativos e campanhas de sensibilização. São envolvidas as famílias e utilizados indicadores de participação, feedback dos alunos e observações diretas para avaliar o impacto das atividades, o desenvolvimento das competências financeiras e o fortalecimento das relações intergeracionais.
  • Executivo Júnior – EB1 Bairro Económico (Braga): Consciencializar para a importância da democracia através da simulação durante um dia de uma assembleia composta por alunos, que simulam a atividade diária e tomadas de decisão da Junta de Freguesia local.
  • EmocionArte – Centro Escolar de Santiago (Aveiro): Cria uma história em cadeia com os alunos do Pré-escolar e 1º ciclo ao longo de todo o ano letivo, culminando na apresentação de um teatro de marionetas no final do ano, protagonizado pelos alunos. Envolveu toda a comunidade e surgiu em resposta a um desafio da Câmara Municipal de Aveiro, precisamente sobre métodos inovadores de aprendizagem.
  • Ciência Divertida: Saúl Dias Explora – Escola Básica Júlio-Saúl Dias (Vila do Conde): Fomentar o gosto pela Ciência através do desenvolvimento de atividades de caráter prático, lúdico e experimental que ajudam as crianças/alunos a compreenderem e a aprenderem conceitos, nas áreas de Biologia, Geologia, Física e Química.
  • MyMachine – Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos (Óbidos): Integra as crianças do pré-escolar e 1º ciclo com os alunos do ensino profissional e universidade, em que as crianças propõem e elegem uma ideia de uma máquina para resolver um problema, que depois é construída pela universidade, numa colaboração que combina diversos agentes da comunidade.
  • 4’Plays – Agrupamento de Escolas António Sérgio – EB1 do Marco (Vila Nova de Gaia): Cativa os alunos para a aprendizagem através da resposta aos problemas que eles próprios identificam, com o objetivo de melhorar os seus resultados. Estão em implementação as diferentes atividades, incluindo a melhoria dos espaços de recreio, a tarde semanal do brincar na sala de aula, o convite às famílias para a construção de brinquedos e a biblioteca enquanto local para colocar as ideias em prática.
  • Novo Modelo Local de AEC – Eira da Brincadeira – Município de Pampilhosa da Serra: Implementa atividades do programa de enriquecimento curricular (AEC). Este modelo envolve os alunos numa assembleia semanal, onde democraticamente se elege um presidente, secretários e votam nas atividades. Conta com apoio de alguns órgãos. No entanto, dá à criança um papel central na sua educação, promove diferentes atividades, e leva as crianças a procurarem outros caminhos na sua aprendizagem.
  • Brincar na Rua – Academia de Música de Vilar do Paraíso (Vila Nova de Gaia) – menção honrosa: Ensinar educação rodoviária através de um jogo de tabuleiro, numa primeira fase. Numa segunda fase, interligar os conceitos com as outras disciplinas e diversas atividades na rua. Por fim, é suposto que estas crianças integrem uma equipa de voluntariado que vai disseminar os conceitos aprendidos na restante comunidade. Os objetivos estão bem definidos, o projeto bem estruturado e pretende envolver toda a comunidade, fazendo das crianças agentes de mudança.

Para saber mais sobre esta iniciativa visite o site da Fundação Santander Portugal.

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Governo vai alterar código do IMI para resolver “problema estrutural” da cobrança de impostos nas barragens

Vai ser criado um grupo de trabalho para uma "solução técnica estrutural" para cobrança de impostos às barragens. Objetivo é que o imposto de 2025 seja pago em 2026 já de acordo com as novas regras.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou esta quarta-feira a criação de um grupo de trabalho para alterar o código do Imposto Municipal sobre Imóveis para resolver o “problema estrutural” da cobrança de impostos relativos às barragens. O objetivo é criar uma metodologia para avaliar estes ativos.

“O Governo vai a breve trecho criar um grupo técnico que será coordenado por uma personalidade independente e do ponto de vista técnico e académico irrepreensível, que iremos escolher nas próximas semanas”, disse na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Joaquim Miranda Sarmento está a ser ouvido esta manhã no âmbito dos requerimentos apresentados pelo Chega, BE e PSD sobre a cobrança de impostos relativos às barragens e no âmbito do requerimento apresentado pelo PS sobre as contas nacionais.

O governante precisou que o grupo de trabalho será composto pela Autoridade Tributária (AT), pela Agência Portuguesa do Ambiente, por organismos representativos dos avaliadores, pelo Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia Civil, pela Associação Nacional de Municípios e pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

“O grupo de trabalho não é para decidir se as barragens pagam ou não IMI. É para decidir qual a metodologia sobre a qual são avaliados estes ativos”, salientou. Segundo Miranda Sarmento, o grupo irá criar uma “metodologia e conjunto de critérios de avaliação” para que “ter para futuro regras claras, simples e confiáveis de que como é feita a avaliação destes empreendimentos”.

O grupo de trabalho não é para decidir se as barragens pagam ou não IMI. É para decidir qual a metodologia sobre a qual são avaliados estes ativos.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

O objetivo é entregar ao Parlamento, “até ao final do ano”, uma alteração ao Código do IMI, aplicável às barragens, de modo a que o imposto de 2025 pago em 2026 seja já de acordo com as novas regras. “Este grupo de trabalho irá desenvolver trabalhos nos próximos meses e apresentaremos neste Parlamento uma solução técnica para resolver este problema estrutural”, acrescentou.

O governante justificou a criação do grupo de trabalho com a “complexidade” do tema, considerando que é necessária uma análise “multidisciplinar”. “Procuraremos ter uma solução que possa ser acolhida por uma maioria neste Parlamento para que em 2025 e nos anos seguintes deixe de se levantar esta polémica e celeuma”, apontou.

Miranda Sarmento indicou ainda que “a AT já inscreveu na matriz 169 aproveitamentos hídricos”, tendo sido liquidados impostos de 2019 a 2022 relativos a esses ativos, afirmando não ter “a menor dúvida de que a AT tem feito tudo o que é possível para defender o interesse público e cumprir a legalidade”.

O ministro da tutela salientou, porém, que “a identificação de barragens não é competência da AT, mas da APA”, defendendo que se “olhou demasiado para a AT quando há outras autoridades envolvidas”.

Finanças não vão alterar despachados do anterior secretário de Estado

O ministro das Finanças garantiu ainda aos deputados que não irá apresentar uma interpretação distinta do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF), Nuno Félix, sobre a cobrança do IMI das barragens.

“À data de hoje, não tenho nenhuma razão para alterar os despachos do anterior Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Esses despachos procuraram respeitar o direito público”, disse, justificando que uma alteração “iria criar mais confusão”.

Miranda Sarmento destacou “que não há qualquer tema sobre a liquidação de 2019 a 2023, foram feitas”. “A posição do governo é que esses impostos são devidos. Os tribunais decidirão”, vincou.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h33)

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#13 A prova de aferição Geórgia, o TPC de Portugal e a rotação no 11

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Uma prova de aferição não conta para a nota, mas não deixa de ser um teste. Tal como não deixa de ser importante. Já com a qualificação garantida em primeiro lugar, Portugal vai enfrentar a Geórgia, que ainda luta pela passagem, na terceira e última jornada do Grupo F às 21h00 no Veltins-Arena, em Gelsenkirchen. Sem grandes preocupações, o tema de conversa é sobretudo o 11 inicial de Roberto Martínez, a gestão de titulares e a rotação do plantel. Faz sentido uma rotação total ou parcial, para não descuidar certas dinâmicas? Devem Cristiano Ronaldo e Pepe jogar ou descansar? Se há jogo para consolidar e até mesmo testar certas relações/aspetos táticos é este pelo contexto mencionado.

Quatro cantos

O TPC de Portugal

Depois do Portugal x Turquia na segunda jornada, Roberto Martínez disse em conferência de imprensa que as transições não foram tão bem geridas na segunda parte. A Seleção Nacional vencia por 3-0 e continuava a lançar na profundidade, em vez de conservar a bola, energia e controlar tranquilamente a partida. Por isso, definir bem os ritmos de jogo (e timings) é um dos aspetos que podem ter sido trabalhados.

Como o TPC costuma ter mais alíneas e a evolução é um processo contínuo, é importante também estar atento ao corredor direito. Houve melhoria desde o jogo com a Chéquia e agora Roberto Martínez pode testar uma nova combinação, com Nélson Semedo a lateral depois de já ter utilizado Diogo Dalot e João Cancelo. Frente à Turquia, a pressão alta também deu sinais de melhoria, tal como o comportamento defensivo (impacto de João Palhinha e exibição imperial de Pepe). Fundamental continuar a trabalhar na construção, chegada ao último terço e procura de soluções criativas e eficazes, no sentido de criar grandes oportunidades. Dá também confiança à equipa e aos adeptos, em caso de resultado positivo.

Rotação “total” ou “parcial”?

Uma vez que Portugal já está apurado e logo em primeiro lugar, Roberto Martínez certamente irá fazer mudanças. No entanto, essa é uma gestão importante e não pode ser simplesmente atirar a “equipa B” para dentro de campo. Há que ter um plano estruturado e fazer sentido entre descansar peças-chave, dar minutos aos que não têm, testar novas ideias/relações entre jogadores e olear dinâmicas. Não podemos esquecer que o Euro é um campeonato de curta duração e não há tantos jogos, pelo que descurar uma consolidação de rotinas mais importantes (com jogadores normalmente titulares) pode sair caro no futuro.

Portanto, o ideal seria uma rotação parcial e ir fazendo as trocas necessárias, mais numa de melhoria de equipa do que vencer o jogo. No entanto, também é importante pensar na vitória, nem que seja para manter confiança. Perder e mesmo empatar não seria muito positivo.

Vamos ao que interessa: qual o 11 de Portugal?

Se nos últimos jogos adivinhar o onze inicial de Portugal já foi tarefa difícil agora subiu de patamar. Não se sabe ao certo o que vai na cabeça de Roberto Martínez, os seus principais objetivos e quem mais quer ver. No entanto, não é crime nenhum analisar e debater um possível alinhamento, com base no contexto. Diogo Costa e Cristiano Ronaldo já estão garantidos pelo próprio selecionador. Na defesa, pode haver continuidade da linha de quatro, porém mudando os intervenientes para Diogo Dalot (esquerda), António Silva, Rúben Dias e Nélson Semedo (direita). Quanto a médios, João Neves deve ser eleito e ser acompanhado por Danilo Pereira e Bruno Fernandes. E na frente, João Félix e Diogo Jota, além Cristiano Ronaldo.

Reencontro ao fim de 16 anos

Em toda a história, Portugal e a Geórgia só s enfrentaram uma vez e foi um jogo particular no dia 31 de maio de 2008. Lembras-te do resultado? A Seleção Nacional, orientada por Luiz Felipe Scolari, venceu por 2-0 com golos de João Moutinho aos 19 minutos e Simão Sabrosa através de grande penalidade muito perto do intervalo. Pepe e Cristiano Ronaldo foram titulares na partida, que decorreu no Estádio do Fontelo em Viseu.

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“Precisamos de nos tornar mais tolerantes à diferença”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 26 Junho 2024

Rita Nabeiro, CEO Adega Mayor, partilha, em entrevista ao ECO, a sua opinião sobre a importância de incluir a diversidade e a inclusão nas políticas internas das empresas.

No próximo dia 3 de julho, a Cordoaria Nacional, em Lisboa, será palco da Conferência BCSD Portugal 2024, organizada pelo BCSD Portugal. O evento, que terá como tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”, contará com a participação de diversos líderes empresariais e especialistas.

Entre os tópicos em discussão estarão a interação entre os fatores de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa. A conferência também irá analisar como a diversidade nas empresas pode contribuir para uma economia mais competitiva. Outros pontos de debate incluirão os desafios que se avizinham para as empresas e para o planeta, bem como as estratégias para desbloquear financiamento e alavancar o poder das alianças com o objetivo de atingir as metas propostas.

Em entrevista ao ECO, Rita Nabeiro, CEO Adega Mayor, explica a importância da diversidade e da inclusão em contexto empresarial e dá o exemplo da própria empresa para demonstrar como usam estes fatores na sua política interna.

Que benefícios podem a diversidade e a inclusão trazer às empresas?

A diversidade e a inclusão têm impactos significativos nas organizações. Equipas diversas aportam mais perspetivas, o que estimula e potencia a troca de ideias, o debate e a criatividade, que são aspetos essenciais para o desenvolvimento organizacional. Acredito também que a diversidade de opiniões leva a tomada de decisões mais fundamentadas e conscientes, contribuindo para um crescimento mais sólido. Equipas heterogéneas estimulam ainda o desenvolvimento de um ambiente mais favorável e colaborativo, o que permite uma maior atração e a retenção de talento.

A diversidade deve ser tão abrangente quanto possível, considerando fatores como o género, a idade, etnia, orientação sexual, religião, contexto social, deficiências, entre outros. Quando as empresas apoiam e promovem um ambiente inclusivo, os benefícios superam quase sempre as expectativas.

O estudo da McKinsey & Company de 2020, “Diversity wins: How inclusion matters”, evidencia uma correlação direta entre melhores resultados financeiros e a diversidade nos cargos de liderança.

E como se promove essa diversidade e inclusão?

Criar uma cultura inclusiva é um compromisso contínuo que requer que as organizações adaptem práticas e políticas de forma evolutiva. A liderança inclusiva deve promover o respeito e a igualdade, assim como incentivar a participação de todos.

Desde a sua fundação que no Grupo Nabeiro existe uma preocupação para a existência de uma comunicação transparente e aberta, permitindo que todos se sintam confortáveis a expressar opiniões.

Além da criação de um espaço seguro, é importante usar métricas para saber onde estamos e definir objetivos de melhoria ambiciosos. É ainda fundamental ouvir a organização e as nossas pessoas para corrigir aspetos menos positivos e implementar mudanças.

Adicionalmente, garantimos que as nossas políticas e práticas são inclusivas e promovem igualdade de oportunidades, implementando processos de recrutamento e promoção justos, onde exista uma maior consciência dos nossos enviesamentos culturais inconscientes. A formação sobre estes aspetos é fundamental e contamos com o apoio de associações como a APPDI ou o BCSD Portugal, entre outros, na discussão e partilha das melhores práticas.

Promovemos também a flexibilidade no ambiente de trabalho para equilibrar a vida profissional e pessoal dos nossos colaboradores, valorizando a diversidade de competências e experiências que cada um traz para a empresa. Estimulamos ainda a que exista um feedback construtivo, onde se celebra a diversidade e se reconhecem essas diferenças como elementos que enriquecem a nossa organização.

Quais são os maiores desafios na promoção da inclusão nas empresas?

Um dos principais desafios são os preconceitos, a intolerância, os enviesamentos culturais, mas também as barreiras estruturais e a falta de acessibilidades para pessoas com deficiência. Na medida em que muitos espaços não estão preparados para acolher pessoas com deficiência, isso requer investimentos adicionais às empresas, sendo um fator de resistência.

No Grupo Nabeiro, temos uma grande diversidade de pessoas, geografias e culturas. Enfrentamos estes desafios através da promoção da comunicação aberta, evitando assim a falta de compreensão mútua e possíveis conflitos.

Para ultrapassar estes desafios, é essencial identificar os pontos de melhoria, adotar uma liderança inclusiva, investir na capacitação e na melhoria de espaços, na formação e educação para uma cultura que valoriza a diversidade e o respeito pelas diferenças.

Garantir que todos se sentem ouvidos é fundamental, assim como assegurar que as políticas de recrutamento e promoção sejam justas e proporcionem igualdade de oportunidades. No entanto, a implementação de práticas e programas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) pode ser desafiadora, uma vez que pode implicar mudanças culturais complexas e lentas.

Segundo o Estudo de 2023 “Diversidade, Equidade e Inclusão no meio empresarial português”, desenvolvido pelo BCSD Portugal, em parceria com a EY, que envolveu 73 empresas e 96.757 colaboradores, 23,9% ainda não implementaram práticas ou programas DEI. 10,4% enfrentam dificuldades na implementação e 26,9% realizam eventos sem um plano estratégico. As boas notícias são que 32,9% das empresas já integram essas práticas numa estratégia definida, enquanto apenas 6% estão num estado de maturidade avançado com práticas disruptivas.

Rita Nabeiro, CEO Adega Mayor.
Atualmente, consideram que as empresas têm feito caminho neste sentido?

Cada vez mais organizações reconhecem os benefícios de ter equipas diversificadas e têm vindo a adotar medidas para fomentar um ambiente de trabalho mais inclusivo. Estudos recentes confirmam e indicam que 76% das empresas portuguesas da amostra indicaram estar a abordar o tema DEI (Jornada 2030 – “Maturidade das empresas em Sustentabilidade”). Além disso, 65% afirmam que DEI é uma prioridade estratégica nas suas empresas (Harvard Business Review, 2021). Alguns exemplos que merecem destaque passam pela implementação de programas de recrutamento diversificados, para atrair e contratar talentos de diversas origens e experiências, o estabelecimento de políticas salariais justas e benefícios equitativos para garantir imparcialidade dentro da organização. Assim como a preocupação em oferecer formação sobre o tema e sensibilizar os colaboradores.

O desenvolvimento de políticas antidiscriminação e canais de denúncia para lidar com possíveis casos de discriminação no ambiente de trabalho é, também, essencial. Nesse sentido o Grupo Nabeiro criou recentemente um canal de denúncia que pode ser utilizado para esse efeito. Destaco ainda o programa recente “Talento Sénior Delta Cafés”, que visa fomentar a troca de conhecimento e experiências entre as gerações mais velhas e as mais jovens.

Embora ainda existam desafios a superar, é encorajador ver muitas empresas empenhadas em promover a diversidade e a inclusão e a adotar medidas concretas para criar ambientes mais seguros e equitativos para todos os colaboradores.

O que é que ainda pode ser feito?

Para melhorar a diversidade e inclusão, é essencial adotar uma abordagem estratégica, ambiciosa e transparente. É necessário que exista um compromisso genuíno da liderança, incentivando de forma clara a incorporação desses valores em todas as decisões e práticas da empresa.

É fundamental desenvolver políticas claras e procedimentos que promovam a equidade e a diversidade em todos os níveis da organização e implementar práticas de recrutamento e seleção que garantam a igualdade de oportunidades para todos os candidatos, independentemente da sua origem, identidade ou idade. É importante reforçar a formação sobre sensibilidade cultural, preconceito inconsciente e diversidade para todos os colaboradores. Intensificar programas de mentoria e apoio para grupos sub-representados na organização, proporcionando oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional.

Tudo isto contribui para a criação de um ambiente inclusivo, promovendo a celebração da diversidade, incentivando a colaboração e respeitando as diferentes perspetivas e experiências dos colaboradores.

Por fim, é importante avaliar a eficácia das iniciativas de DEI de forma regular, recolhendo dados demográficos e acompanhando o progresso em direção a metas de diversidade e inclusão.

Acreditam num futuro onde a diversidade e a inclusão sejam uma realidade em todos os locais de trabalho?

Não só acredito como acho fundamental. A promoção da diversidade e inclusão nos locais de trabalho é um processo contínuo e em constante evolução. Apesar dos avanços e retrocessos a nível político e social, em relação a determinados grupos, continuamos a assistir a um movimento crescente em direção a ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos. Com os esforços contínuos das empresas, governos, organizações e sociedade civil, é possível imaginar um futuro onde a diversidade e a inclusão sejam uma realidade em todas as empresas.

À medida que a consciencialização cresce e que as práticas e políticas são aperfeiçoadas, a diversidade não só é valorizada, como se torna um imperativo ético, reconhecida como um fator crítico para o sucesso e sustentabilidade das organizações.

Na declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da Unesco podemos ler que “A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade manifesta se na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o género humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido, constitui o património comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras”.

Com esforços contínuos e reforço positivo, é possível que a DEI se torne uma realidade generalizada e duradoura, mas precisamos de nos tornar mais tolerantes à diferença, ao outro, tornando-nos melhores seres humanos e, consequentemente, melhores líderes.

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Lisbon Digital School debate o uso estratégico da IA em evento online e gratuito

  • BRANDS' ECO
  • 26 Junho 2024

É uma série de palestras dinâmicas de 30 minutos com key speakers da indústria. O evento acontece esta quinta-feira, é gratuito, mas requer inscrição prévia.

A Lisbon Digital School anuncia para esta quinta-feira à tarde, 27 de junho, o próximo evento online e gratuito It’s All About, desta vez sobre o Strategic AI. Este evento promete ser um ponto de partida fundamental para profissionais que procuram aprofundar o seu conhecimento sobre o papel estratégico da IA na inovação e competitividade das empresas.

Como é que a utilização da Inteligência Artificial (IA) pode aumentar a produtividade dos indivíduos e das empresas e qual o seu impacto na competitividade das empresas? O convite à reflexão foi feito a vários profissionais que se propuseram responder aos desafios prementes colocados pela iminência da IA no mundo dos negócios em geral, e do Marketing em particular.

O evento It’s All About Strategic AI, gratuito e com transmissão online, contará com uma série de palestras dinâmicas de 30 minutos com key speakers da indústria, com foco no potencial transformador da IA estratégica e generativa em vários setores.

Para nós, enquanto escola que promove a literacia digital, é fundamental trazer para o debate os desafios deste presente que é incontornável e que surge como uma imensa oportunidade

Natacha Gama Pereira

CEO da Lisbon Digital School

No painel de oradores, encontramos Bruno Oliveira, Head of Digital Hub & E-Business na SUMOL+COMPAL, que vai abordar a IA generativa, Paulo Rossas, Chief Innovation Officer da Lisbon Digital School, a mostrar como criar uma campanha de A a Z com ferramentas de IA, Ricardo Lopes, Copywriter, Cronista e Argumentista, que abordará a revolução criativa que se impõe, Liliana Bernardino, Head of Customer Intelligence & Analytics na Sonae MC, que refletirá sobre o impacto do Machine Learning na Gestão das Empresas, Luís Chaby, Azure Sales Lead na Microsoft Portugal, que vai focar a sua apresentação nos negócios gerados por IA, e por fim, Hugo Macedo, Marketeer, Advisor, Investor, que fecha com chave de ouro com uma apresentação sobre o Impacto da IA nos Modelos de Negócio e Cultura Organizacional.

“Numa era em que a transformação digital é imperativa, compreender a utilização estratégica da IA é crucial para que as empresas se mantenham competitivas. A IA oferece vantagens significativas, como a análise de dados aprimorada, a automação de tarefas rotineiras e a criação de experiências personalizadas para os clientes, entre muitas outras que nos surgem com uma cadência impressionante. Este evento tem como objetivo dotar os participantes dos conhecimentos e ferramentas para aproveitar estas vantagens de forma eficaz, fomentando uma cultura de inovação e crescimento estratégico nas organizações. Para nós, enquanto escola que promove a literacia digital, é fundamental trazer para o debate os desafios deste presente que é incontornável e que surge como uma imensa oportunidade. Como tirar o maior partido dele? É esse o foco deste evento e das formações que entretanto desenhámos sobre o tema, para formar particulares e empresas que queiram estar um passo à frente do momento”, fundamentou Natacha Gama Pereira, CEO da Lisbon Digital School.

O evento online It’s All About Strategic AI é gratuito, mas requer inscrição prévia aqui.

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IA está a revolucionar a jornada do cliente

  • BRANDS' ECO
  • 26 Junho 2024

Responsáveis de várias empresas juntaram-se para uma talk sobre "O papel da automação na experiência do cliente", uma iniciativa da iCapital com o apoio do ECO.

‘O papel da automação na experiência do cliente’ juntou, numa conversa de fim de tarde, um conjunto de empresas que estão a tirar partido da tecnologia e que partilharam dificuldades e sucessos num mercado cada vez mais competitivo. A iniciativa foi da iCapital e contou com o apoio do ECO.

Um consumidor mais informado, com expectativas mais elevadas e mais complicado de fidelizar dificulta o trabalho das marcas e das organizações. Oferecer a melhor experiência de cliente é, cada vez mais, o objetivo e o foco das empresas que sabem que este é um fator crítico de sucesso. A crescente automação contribui para a criação de jornadas de cliente mais personalizadas, imersivas e com um impacto mais satisfatório no consumidor.

Neste contexto, a Inteligência Artificial (IA) tem um papel essencial desde que “não seja deixada sozinha”. A expressão é de Bruno Paulo, Director, Customer Experience Lisbon Site Lead na Cisco Portugal, que marcou presença no encontro promovido pela iCapital, e que defende que a supervisão humana não pode, nem deve, ser descurada na utilização da IA. Na empresa que representa, e que tem em Portugal um Customer Experience Center que dá apoio ao negócio dos clientes em diferentes geografias, esta tecnologia é cada vez mais importante porque “acelera o serviço ao cliente com maior qualidade e rapidez”.

Nesta área de negócio da Cisco, que representa mais de 20% das receitas globais, a automação é um fator crítico de sucesso, e a introdução da IA deu já origem ao humanoide Sherlock Holmes, um engenheiro virtual “que resolve muitos dos problemas”, como refere Bruno Paulo. Apesar de não ser um ‘bot’ suportado por IA generativa, este humanoide já garante a redução do tempo de resposta ao cliente, deixando para os ‘colegas’ humanos as tarefas mais complicadas.

Uso responsável e ético da IA é, na perspetiva de Mayte Cubino Gonzalez, essencial porque “apesar de ser uma ferramenta incrível, se não for usada corretamente, também pode ser uma grande arma”. Para a diretora de Support Engineering (MW & Azure) & CE&S Portugal Site Lead na Microsoft, é preciso definir princípios comuns para a utilização desta ferramenta que permitam garantir a sua utilização “para o bem”. Este caminho exige, contudo, “uma mobilização dentro das empresas e uma mudança de mentalidades”, defende.
A IA responsável, do ponto de vista ético, começou na Microsoft em 2019. Foi quando criaram o “Office of Responsible AI”. A partir desse momento, o desenvolvimento de tudo o que fazem na Microsoft passa pelos princípios que fazem parte dessa estrutura, sobre como criar produtos baseados em IA, que garantam inclusividade. Eles estão lá para democratizar, serem confiáveis, darem segurança e privacidade, transparência e responsabilidade. Porque sem isso, não seremos capazes de levar todos para esta nova era.

Automação interna permite prestar melhor serviço

Dar uma resposta mais adequada às necessidades dos clientes e, em simultâneo, tornar as operações mais eficientes e produtivas levou a iCapital a desenvolver um projeto de automação que inclui um conjunto de soluções internas e externas de IA. Nove meses depois do arranque da iniciativa, Eileen Duff, Managing Partner e Chief Client Success Officer na iCapital manifesta a sua satisfação com os resultados: “Tivemos 32% de ganhos médios de produtividade com estas ferramentas e prevemos cerca de 10 milhões de dólares de poupanças anuais (em tarefas de rotina) quando o projeto estiver finalizado”. A maior dificuldade, revela, foi a formação das equipas.

Já na Teleperformance, para quem o apoio ao cliente é o core do negócio, a utilização da IA é também uma realidade no dia-a-dia de trabalho. Segundo Pedro Gomes são mais de 23 mil os programas que usam a IA para aportar maior autonomia a colaboradores e a clientes. Paralelamente, o CEO revela que a IA já faz parte dos processos internos relacionados com as equipas, melhorando a experiência de relacionamento entre a empresa e os colaboradores. “O mesmo acontece nos processos de recrutamento, em que a IA é um suporte à decisão, mas sempre com a validação humana de todas as decisões”, salienta.

Apesar de reconhecerem a importância da automação e da utilização da IA na jornada do cliente, os participantes desta conversa são unânimes a reconhecer que haverá sempre a empatia e a capacidade de ouvir do ser humano no atendimento ao cliente. “A IA resolve problemas simples mais depressa, mas a inteligência emocional fará sempre falta”, acredita Mayte Cubino Gonzalez. Uma opinião também partilhada por Bruno Paulo, que reforça: “As pessoas querem interagir com máquinas, mas também com humanos”. Pode parecer um contrassenso, refere o responsável da Cisco, “mas é a realidade revelada por várias pesquisas”.

Já Pedro Gomes recorda que “a maior parte das decisões são emoções e, por isso, faz sempre falta a componente humana”. O CEO da Teleperformance vai mais longe e reforça que “nunca será possível substituir o talento humano na relação de um cliente com uma marca”.

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Julian Assange declara-se culpado e sai em liberdade

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Fundador do WikiLeaks aceita uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. Acordo implica pena de 62 meses de prisão, que já cumpriu no Reino Unido.

O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, declarou-se esta madrugada culpado de violar a lei de espionagem dos EUA por divulgar documentos confidenciais, no âmbito de um acordo com a justiça norte-americana.

Perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, Assange aceitou uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais.

Ainda assim, de acordo com o jornal The Washington Post, o australiano defendeu as suas ações. “Quando trabalhei como jornalista, incentivei a minha fonte a fornecer informações consideradas confidenciais para que eu pudesse publicá-las”, disse Assange.

A juíza Ramona Villagomez Manglona aceitou a confissão de Assange, de 52 anos, numa audiência que decorreu num tribunal localizado na ilha de Saipan, capital das Ilhas Marianas.

A defesa do australiano solicitou que a audiência fosse realizada no arquipélago devido à sua proximidade com a Austrália e porque Assange não queria viajar para o território continental dos Estados Unidos.

Após a confissão de culpa, os procuradores norte-americanos procederam à leitura do acordo com a defesa de Assange.

O acordo implica uma pena de 62 meses de prisão, o período que o australiano já cumpriu na prisão de segurança máxima de Belmarsh, no Reino Unido.

Assange aceitou ainda renunciar ao direito de apresentar recurso e comprometeu-se a destruir qualquer informação confidencial obtida pelo WikiLeaks.

O fundador do portal apareceu em tribunal acompanhado por Kevin Rudd, antigo primeiro-ministro da Austrália e atual embaixador australiano nos Estados Unidos.

O WikiLeaks disse na rede social X (antigo Twitter) que o avião de Assange partirá das Ilhas Marianas por volta das 12:15 (03:15 em Lisboa), com destino à capital da Austrália.

“Este é um desenvolvimento bem-vindo, mas também sabemos que estes procedimentos são sensíveis e devem ser respeitados”, disse o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, aos jornalistas em Camberra.

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 mil documentos secretos. O australiano estava acusado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma possível pena de até 175 anos de prisão.

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