Solverde.pt lança websérie. Cândido Costa e Pedro Abrunhosa foram os convidados do primeiro episódio

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  • 26 Dezembro 2024

O objetivo da marca com este novo formato passa por ampliar a sua presença no universo do entretenimento digital em Portugal e por "envolver ainda mais o público".

A Solverde.pt lançou a “Slot do Destino”, uma nova websérie disponibilizada através do YouTube. Com episódios de cerca de dez minutos e lançados mensalmente, o programa recebe sempre dois convidados para enfrentarem desafios escolhidos à sorte por uma slot machine.

Criámos a ‘Slot do Destino’ para unir a emoção e diversão do casino a um formato de entretenimento leve e dinâmico, protagonizado por algumas das maiores personalidades nacionais. O resultado é uma experiência diferenciadora, tanto para os convidados como para os espetadores”, diz Telma Marques, head of marketing da Solverde.pt, citada em comunicado.

O ex-futebolista e apresentador Cândido Costa e o músico Pedro Abrunhosa foram os primeiros convidados, tendo enfrentado desafios que vão desde provas de resistência ao picante até experiências gustativas improváveis.

“Entre os desafios presentes no episódio, destaca-se o ‘Dealer de mentiras’, onde cada participante conta uma história e o outro tem de adivinhar se é verdade ou não. Quem errar terá de ficar com os braços no ar durante o resto do programa. Outro desafio é a ‘Roleta ChatGPT’, inspirada no formato Family Feud. A pergunta é: quais são os cinco pratos mais populares de Portugal segundo o ChatGPT? Por cada resposta errada, o participante terá de usar um objeto até ao final do desafio. Quem acertar mais, vence”, explica-se em nota de imprensa.

O objetivo da marca passa por ampliar a sua presença no universo do entretenimento digital em Portugal e por “envolver ainda mais o público”.

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Juristas da Câmara de Lisboa afastam ilegalidade na substituição de vereadores

Departamento jurídico da autarquia não encontrou vício de nulidade na escolha de Joana Costa, diz o Executivo. PS exige acesso ao referido parecer jurídico e mantém preocupação com ilegalidade.

A substituição de Diogo Moura por Joana Oliveira Costa na vereação da Câmara Municipal de Lisboa, em maio deste ano, não está ferida de ilegalidade, assegura o departamento jurídico da autarquia, segundo informação prestada pelo Executivo ao ECO/Local Online. “Dúvidas não se colocam quanto à conformidade do exercício do cargo pela vereadora Joana Oliveira Costa”, indica a autarquia.

A informação foi já transmitida pelo vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, na reunião camarária desta quinta-feira. O Partido Socialista já reagiu, e acusa o Executivo de Carlos Moedas de não apresentar o referido parecer do departamento jurídico. Os vereadores socialistas decidiram mesmo ausentar-se da reunião.

Os vereadores do Partido Socialista expressaram a preocupação e objeção no início desta reunião, já que toda e qualquer deliberação saída do dia de hoje corre o risco de ser nula, conforme indicado pelos constitucionalistas ouvidos sobre o caso. Apesar da urgência em regularizar a composição da estrutura executiva da Autarquia, os Novos Tempos apenas dizem estar na posse de um parecer dos serviços jurídicos que, ao fim de cinco dias de ser conhecida a polémica, continuam a recusar partilhar com todos os vereadores“, apontam os socialistas.

Há uma semana, uma notícia do Expresso dava nota de uma alegada irregularidade na transição de pastas, por a substituição do ex-vereador do CDS não ter sido feita por quem estava na posição imediatamente a seguir nas listas eleitas nas últimas autárquicas, mas sim por Joana Oliveira Costa.

Na altura, várias forças políticas ouvidas pelo ECO/Local Online mostraram preocupação relativa à legalidade das decisões tomadas em reunião de câmara, designadamente a proibição de mais alojamentos locais em Lisboa e os empréstimos contraídos. A ação da vereadora da Economia e Inovação estaria igualmente em causa, colocando em causa medidas como os apoios à Web Summit.

Mais uma vez o PS, que governou Lisboa nos últimos 14 anos, volta a fazer acusações que cada vez mais revelam as suas práticas políticas. Como noutras acusações infundadas, também nesta a legalidade foi cumprida e está assegurada. Sobre ilegalidade pode o PS dar lições. Sobre transparência e combate à corrupção o executivo de Carlos Moedas dá lições.

Posição da Câmara Municipal de Lisboa

Agora, o departamento jurídico indica que, no que concerne ao alegado vício de nulidade, “afastado se encontra”.

O Executivo de Carlos Moedas acusa o PS, “que governou Lisboa nos últimos 14 anos”, de “mais uma vez” repetir “acusações que cada vez mais revelam as suas práticas políticas. Como noutras acusações infundadas, também nesta a legalidade foi cumprida e está assegurada”.

O Partido Socialista já reagiu, e refere que “ao manter em funções uma vereadora que tomou posse ilegalmente e que não cumpre os requisitos legais para ocupar o cargo, Carlos Moedas sabe que todas as deliberações da Câmara Municipal estão feridas de ilegalidade e podem ser consideradas nulas. Ainda assim, marcou uma reunião extraordinária de vereação para o dia de hoje, 26 de dezembro, como se nada tivesse acontecido, de tal forma que nem marcou presença na reunião por si convocada“.

“Os Vereadores do Partido Socialista não aceitam fazer parte de uma farsa, continuando a decidir e adotar deliberações cuja legalidade é questionável, lembrando ainda que a lei da tutela administrativa prevê a realização de sindicâncias que, a confirmarem ilegalidades, podem gerar perda de mandato e a própria dissolução do órgão executivo”, indica o PS em comunicado.

A autarquia diz que “sobre ilegalidade pode o PS dar lições. Sobre transparência e combate à corrupção o executivo de Carlos Moedas dá lições“.

Leia a posição da Câmara Municipal de Lisboa na íntegra:

Ao contrário de práticas anteriores levadas a cabo por 14 anos de governação socialista na Câmara Municipal de Lisboa, o atual executivo liderado por Carlos Moedas tem-se pautado pela transparência e por práticas de renúncia a qualquer suspeita de irregularidades ou ilegalidades, como se verifica em casos como o concurso público sobre a substituição das Led’s ou a substituição do Vereador Diogo Moura. Mais uma vez o PS, que governou Lisboa nos últimos 14 anos, volta a fazer acusações que cada vez mais revelam as suas práticas políticas. Como noutras acusações infundadas, também nesta a legalidade foi cumprida e está assegurada.

Sobre ilegalidade pode o PS dar lições. Sobre transparência e combate à corrupção o executivo de Carlos Moedas dá lições. Lamentamos que o PS tente diariamente, ao longo dos últimos 3 anos, derrubar Carlos Moedas na secretaria e não aceite que os lisboetas tenham preterido o PS nas urnas.

(Notícia atualizada às 15h30 com reação do PS)

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Bicicletas Órbita regressam ao mercado pela mão da Lightmobie

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2024

“A Órbita está de volta. A redescobrir-se, a reconstruir o portefólio e a disponibilizar um conjunto de soluções, bicicletas e componentes, adaptadas à realidade atua”, disse a empresa de mobilidade.

As bicicletas Órbita estão de regresso ao mercado, depois de a empresa de mobilidade suave Lightmobie ter adquirido 100% da massa falida da fabricante de bicicletas de Águeda, que foi declarada insolvente em 2020.

“A Órbita está de volta… a redescobrir-se, a reconstruir o seu portefólio e a disponibilizar um conjunto de soluções, bicicletas e componentes, adaptadas à realidade atual”, refere a Lightmobie, na sua página na internet.

A fabricante nacional de bicicletas, que esteve quase meio século sob a liderança da família Ferreira, foi declarada insolvente em 2020, poucos meses depois de a Miralago – a empresa mãe – ter entrado na fase de liquidação.

Situada também em Águeda, no distrito de Aveiro, esta empresa especializada no desenvolvimento e produção de soluções para a Mobilidade Suave, em particular bicicletas partilhadas eléctricas/convencionais, diz que a “estima e o valor da marca Órbita no legado e identidade nacionais são demasiado elevados para se perderem na história”.

Em declarações à Lusa, o dono da Lighmobie, José Augusto Mota, disse que o negócio envolveu a aquisição de 100% da massa falida da Órbita e ainda de cerca de 80% da massa falida da Miralago, que corresponde a “grande parte das máquinas e ao edifício”.

O gestor fala de um “marco importante” na sua vida, uma vez que foi na Miralago que começou a sua vida profissional e onde trabalhou cerca de cinco anos.

“Depois de conhecer a realidade que tinha acontecido a duas empresas que tanto diziam a tanta gente, e com o desafio de alguns amigos mais próximos, decidi abraçar de novo o mundo do ciclismo e da mobilidade suave”, explica.

A escritura da compra e venda do edifício foi assinada no início deste ano e logo depois arrancaram as obras, que se encontram atualmente na fase de acabamentos.

“Depois, vamos começar a montar as máquinas, para ver se em fevereiro, março de 2025 começamos a trabalhar”, disse José Augusto Mota.

Entretanto, a empresa já começou a produzir nas suas instalações alguns modelos da Órbita que estão disponíveis para venda na loja ‘online’ e em vários distribuidores em Portugal e Espanha.

José Augusto Mota referiu ainda que, atualmente, a empresa conta com cerca de 35 colaboradores, mas espera poder ultrapassar os 120 colaboradores no próximo ano.

As dificuldades financeiras da Órbita começaram a surgir em 2019 quando a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) rescindiu o contrato com a empresa de Águeda para o fornecimento de bicicletas de uso livre, por incapacidade para prestar o serviço contratualizado.

A empresa recorreu a um Processo Especial de Revitalização (PER), mas o prazo das negociações com os credores foi ultrapassado sem que tivesse sido apresentado o plano.

Na altura em que recorreu ao PER, a Órbita tinha 99 credores que reclamavam 14,2 milhões de euros de dívidas, dos quais quase metade (6,8 milhões de euros) pertencia à EMEL.

A empresa de bicicletas devia ainda quase 5,9 milhões de euros à banca, surgindo à cabeça o Santander e o BNI Europa, com três e dois milhões de euros de dívidas, respetivamente.

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Lagos contra aumento da área de mexilhão de aquicultura na sua fronteira

Câmara Municipal manifesta-se contra projeto que “poderá prejudicar a pesca, a náutica e o turismo”. Pedido de expansão da produção representa uma quase duplicação da área ao lago de Vila do Bispo.

O projeto de aquicultura em mar aberto na costa do município de Vila do Bispo “poderá prejudicar a pesca, a náutica e o turismo e, consequentemente, a economia e tecido social local e algarvios”, denuncia a Câmara Municipal de Lagos.

A autarquia liderada pelo socialista Hugo Pereira manifesta-se contra a concessão de um título de atividade aquícola (TAA) à empresa Finisterra S.A., já detentora de licença de exploração ao largo de Sagres e que agora pretende expandir a área de aquicultura de Mexilhão-do-Mediterrâneo para um total de 2.957 km2, entre a Ponta dos Caminhos e Ponta da Torre, no município de Vila do Bispo.

Desta extensão, 1.346 km2 dizem respeito à nova área, conforme se lê no edital de 22 de novembro da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

A autarquia de Lagos alude às “centenas de embarcações de pesca artesanal” que ali pescam sardinha, carapau, cavala, besugo, polvo e mariscos, e argumenta com o impacto sobre a atividade e rendimento de mais de 300 famílias. Adicionalmente, a atividade náutica de recreio e turismo “será afetada por esta exploração, acarretando consequências nefastas para o concelho de Lagos, bastante ligado a esta valência”.

Numa lista de impactos negativos, a câmara de Lagos aponta ainda a possibilidade de embarcações de recreio deixarem de atracar na zona e um potencial perigo para a segurança, devido aos equipamentos da atividade, designadamente cabos e boias.

“Apesar de reconhecer a importância da aquacultura em mar aberto e os seus contributos para a economia do país, perante os efeitos prejudiciais desta exploração nas atividades piscatórias e náuticas, turismo e economia local, a Câmara Municipal de Lagos manifestou junto da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos a sua total discordância em relação à concessão do TAA à empresa Finisterra”, indica a autarquia em comunicado, dando ainda nota do alerta “para a necessidade de se reavaliar a legislação reguladora deste tipo de atividade de forma a ter em conta os impactos negativos nas regiões e implementar instrumentos de fiscalização mais eficazes”.

Aquicultura VIla do Bispo Finisterra mapa
Tráfego da náutica de recreio e lazer entre a Ponta de Sagres e a Baía de Lagos. Explorações já existentes assinaladas com setas pretas. Área de expansão Finisterra 1 assinalada com retângulo tracejado a vermelho. A linha preta representa o circuito mais curto utilizado atualmente e o tracejado a preto o rumo que o tráfego passará a seguir.

Com atividade ao largo de Sagres, a Finesterra S.A., empresa com raízes no início da década passada e apoiada pelo Mar2020, defendia, em 2021, no site de comunicação do programa comunitário, que, “ao contrário da maioria dos mexilhões comercialmente disponíveis, devido à qualidade ímpar das águas do Mar de Sagres, estes mexilhões não requerem ser depurados e estão prontos para consumo humano no momento em que são extraídos do mar“.

“As vastas quantidades de nutrientes saudáveis (fitoplâncton) trazidas pelas fortes correntes oceânicas promovem uma biodiversidade única e fornecem a base para a reprodução natural e saudável”, explicava então a empresa. Sobre o processo, escrevia que “uma vez colhidos em mar aberto, os mexilhões biológicos são transportados para o porto de pesca tradicional, o Porto da Baleeira, Sagres, localizado a 3 milhas náuticas dos cultivos. Esta curta distância permite manter níveis muito elevados de frescura. Ao chegar ao porto, os mexilhões são desgranados, lavados com a própria água do Mar – bombeada a mais de 20 metros de profundidade, calibrados, cuidadosamente selecionados e cozidos a vapor na sua própria água”.

Imagem de localização do projeto publicada a 22 de novembro num edital da DGRM. A zona laranja inferior corresponde ao novo lote de exploração de mexilhão.

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Rádio Universidade de Coimbra lança campanha para renovar estúdios

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2024

O objetivo da campanha passa por conseguir angariar 30 mil euros para que seja possível avançar com a renovação dos seus e respetivo material técnico da Rádio Universidade de Coimbra.

A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) anunciou o lançamento de uma campanha de angariação de fundos, com o objetivo de angariar 30 mil euros para renovar os seus estúdios e o respetivo material técnico.

“O uso diário do material ao longo de anos a fio tem conduzido a uma constante degradação e, neste momento, estamos a chegar a um ponto que nos obriga a ficar alerta”, alegou a RUC, em comunicado, justificando a campanha de financiamento coletivo (crowdfunding, em inglês).

Notando que a sua atividade principal passa pelos estúdios do edifício-sede da Associação Académica de Coimbra (AAC), a emissora radiofónica — que está à beira de comemorar 39 anos de atividade contínua, no próximo dia 01 de março — adianta que chegou a altura de renovar o material, pelo que decidiu pedir ajuda à comunidade.

“Mesmo a tempo do Natal, criámos este crowdfunding na esperança que os nossos ouvintes e apoiantes consigam contribuir um pouco para a sua rádio local”, frisou a RUC.

A campanha iniciou-se na semana passada e estará aberta até 31 de janeiro. Até ao momento, a RUC angariou 1.835 euros do total de 30 mil euros necessários, provenientes de 81 contribuidores.

A rádio, que é uma secção cultural da AAC, diz contar com “uma história ímpar de formação contínua de pessoas para a radiofonia”, com um percurso que teve origem na década de 1940 do século XX e que levou à criação, duas décadas depois, do Centro Experimental de Rádio, cuja atividade consistia em emitir em direto para as cantinas da Universidade.

“Mais tarde [em meados dos anos 80] veio a legalização e, com ela, um acréscimo de responsabilidades. Sendo hoje obrigados a cumprir com as normas estabelecidas pela ERC [Entidade Reguladora da Comunicação] e pela ANACOM [Autoridade Nacional de Comunicações], e seguindo o código deontológico do jornalismo, a RUC tem uma atuação de grande relevo no panorama académico e local, sendo referência para muitos dos habitantes da cidade de Coimbra”, notou.

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DBRS sobe rating do Caixabank com melhor rentabilidade e redução do malparado

A agência de notação financeira canadiana reviu também o 'outlook' (perspetiva) de ‘positivo’ para ‘estável’ e argumentou com a "boa e resiliente qualidade dos ativos" e diminuição do malparado.

A DBRS Morningstar melhorou o rating de emitente de longo prazo do CaixaBank de ‘A’ para ‘A (elevado)’, e reviu o outlook (perspetiva) de ‘positivo’ para ‘estável’ face à melhorias na rentabilidade nos últimos anos e redução do malparado.

A agência de notação financeira canadiana considera que a classificação intrínseca do grupo bancário é A (elevada) e destaca o facto de ser predominantemente espanhol, com mais de 93% dos seus ativos totais localizados em Espanha e mais de 90% das suas receitas terem sido geradas internamente, segundo o relatório financeiro até 30 de junho de 2024.

A agência de rating tem a expectativa de que o grupo que detém o BPI continue a reportar níveis sólidos de rentabilidade no médio prazo, sobretudo devido ao contexto de taxas de juro mais elevadas do que o período pré-2022, ao crescimento do crédito, elevados níveis de eficiência e um custo de risco moderado.

“As notações de crédito têm também em conta a boa e resiliente qualidade dos ativos do grupo, como ficou provado pela diminuição dos créditos não produtivos (NPL) subsequente à harmonização das definições contabilísticas (IFRS 9) e prudenciais (Autoridade Bancária Europeia), bem como a sua significativa taxas de cobertura e limpeza consistente de ativos executados”, detalharam os analistas sobre o banco com sede em Valência.

Na análise publicada pela DBRS e enviada à CNMV, a entidade homóloga da CMVM em Espanha, é também mencionado que a DBRS melhorará mais o rating do banco caso haja uma melhoria nas notações de crédito soberanas de Espanha, bem com uma melhoria “significativa” no perfil de risco do Caixabank ou uma diversificação do franchising a nível internacional.

O CaixaBank registou um lucro líquido de 4.248 milhões de euros até setembro, o que corresponde a uma subida de 16,1% em termos homólogos. O rácio de capital de qualidade CET1 fixou-se em 12,2%. Já a rendibilidade do capital próprio tangível (RoTE) ficou nos 16,9% nos nove primeiros meses do ano.

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Dezenas subscrevem queixa sobre operação policial no Martim Moniz para levar à provedora de Justiça

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2024

Dezenas de personalidades assinaram o texto de uma queixa que está a ser preparada para entregar em janeiro à provedora de Justiça.

Dezenas de personalidades assinaram o texto de uma queixa que está a ser preparada para entregar em janeiro à provedora de Justiça, relativa à atuação policial no Martim Moniz (Lisboa) na operação de dia 19 de dezembro.

Segundo disse à Lusa Bruno Maia, um dos organizadores, a queixa partiu de várias associações que trabalham no terreno e que consideram a operação policial que a PSP desenvolveu na Rua do Benformoso desproporcionada e lesiva de princípios fundamentais do Estado de Direito.

No texto da queixa, noticiada pelo Diário de Notícias e a que Lusa teve acesso, os promotores lembram que a operação incluiu a revista de dezenas de cidadãos encostados à parede, “perfilados e de mãos levantadas, sem qualquer indicação de suspeita de prática de crimes”.

“Tal atuação configura, a nosso ver, uma utilização de meios desproporcionais em relação aos fins anunciados: a forma como a operação foi conduzida fere o princípio da proporcionalidade previsto no artigo 18.º da Constituição da República Portuguesa e também os direitos fundamentais à dignidade da pessoa humana e à presunção de inocência”, consideram.

A queixa, que deverá ser entregue a 06 de janeiro à provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, refere ainda que encostar cidadãos à parede “de forma ostensiva, sem indicação de suspeitas concretas de envolvimento em crimes, e adotando procedimentos invasivos” configura uma “atuação desnecessária e humilhante” por parte das autoridades.

“A justificar-se uma intervenção na zona, esta nunca pode implicar uma atuação simbólica e individualmente vexante, quando a PSP tem ao seu dispor outros meios de atuação proporcionais e adequados”, indica o texto.

Personalidades como a deputada Joana Mortágua (BE), a deputada e ex-ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Ana Mendes Godinho (PS), o encenador Tiago Rodrigues, o deputado e sociólogo historiador José Soeiro (BE), a promotora musical Maria Escaja e a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, entre outras, já subscreveram a queixa.

Em declarações à Lusa, Bruno Maia explicou tratar-se de um texto “muito plural”, não sendo nada contra a polícia, mas sim a favor de um futuro melhor, e que ainda hoje será divulgado um link onde quem quiser subscrever o documento o pode fazer.

Os promotores da queixa consideram ainda preocupante que este tipo de operações ocorra “numa área da cidade predominantemente frequentada por comunidades imigrantes, levantando dúvidas sérias sobre a equidade no tratamento de cidadãos em função do local onde habitam ou transitam”.

“Estas ações dificilmente teriam lugar em outras áreas da cidade, facto que aprofunda a perceção de desigualdade no tratamento de diferentes comunidades. Tais ações contrariam os valores da democracia e os valores republicanos e criam um ambiente de desconfiança entre a população e as forças de segurança”, refere o texto.

O documento está a circular através das redes sociais, assim como a convocatória para uma manifestação agendada para dia 11 de janeiro, que descerá a Avenida Almirante Reis, em direção ao Martim Moniz, em Lisboa.

Os promotores da queixa pedem à provedora de Justiça para averiguar e apurar a legitimidade e proporcionalidade da atuação policial de dia 19 de dezembro, considerando que esta situação “exige uma reflexão profunda e a adoção de medidas” para garantir que, no futuro, “sejam evitadas práticas desproporcionais e lesivas de direitos fundamentais como esta”.

A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) decidiu abrir um processo administrativo “de natureza não disciplinar” sobre a operação da PSP no Martim Moniz, que decorreu na tarde de dia 19 de dezembro, quando um forte dispositivo policial cercou a Rua do Benformoso, onde há uma grande comunidade de cidadãos do subcontinente indiano, e revistou dezenas de pessoas, que ficaram entre uma a duas horas viradas para a parede.

Dois homens, ambos de nacionalidade portuguesa, foram detidos, um por posse de arma proibida e droga e outro por suspeita de pelo menos oito crimes de roubo.

A ação da PSP tem sido criticada por associações de imigrantes, grupos antirracismo e várias forças políticas, que acusam a polícia de estar ao serviço da propaganda do Governo contra os cidadãos estrangeiros irregulares.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também considerou que as ações da polícia devem ser feitas com recato.

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Vendas de elétricos devem superar as de carros convencionais na China em 2025

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2024

A vendas de veículos elétricos, incluindo a baterias e híbridos, devem ultrapassar as dos automóveis a combustão na China, pela primeira vez, em 2025.

As vendas de veículos elétricos devem ultrapassar as dos automóveis com motores de combustão interna na China, pela primeira vez, em 2025, segundo dados do setor, ilustrando o rápido avanço no país asiático.

A China deve ultrapassar as previsões internacionais e os objetivos oficiais de Pequim, com as vendas domésticas de veículos elétricos — incluindo a baterias e híbridos — a crescerem cerca de 20% para mais de 12 milhões de unidades, em 2025, de acordo estimativas de bancos de investimento e grupos de investigação citadas pelo jornal britânico Financial Times.

O número seria mais do dobro dos 5,9 milhões vendidos em 2022.

As previsões são dos bancos de investimento UBS e HSBC e dos grupos de investigação Morningstar e Wood Mackenzie.

Estas previsões implicam que, nos próximos anos, as fábricas instaladas na China para produzir dezenas de milhões de automóveis com motores tradicionais não terão praticamente procura no mercado chinês, segundo os analistas.

O estudo salienta também que o rápido crescimento da indústria chinesa de veículos elétricos ameaça agora as marcas alemãs, japonesas e norte-americanas, que dominam o mercado mundial de automóveis há várias décadas.

A quota das marcas estrangeiras no mercado chinês caiu para um mínimo histórico de 37% — um declínio acentuado em relação aos 64% registados em 2020 — à medida que as vendas de veículos elétricos cresceram cerca de 40%, em 2024, em termos homólogos.

Só este mês, a norte-americana General Motors reduziu em mais de cinco mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) o valor do seu negócio na China. A dona da Porsche alertou para uma redução da sua participação na Volkswagen de até 20 mil milhões de euros, enquanto as rivais japonesas Nissan e Honda anunciaram uma fusão, para responder a um “ambiente empresarial em mudança drástica”.

Vincent Sun, analista de títulos mobiliários que cobre o setor automóvel chinês para o grupo de pesquisa de investimentos Morningstar, observou que vários fabricantes de automóveis multinacionais, incluindo a Volkswagen da Alemanha, não vão lançar novos modelos elétricos na China até ao final de 2025 ou 2026.

O HSBC estimou que cerca de 90 novos modelos de automóveis foram lançados na China, no quarto trimestre de 2024 – cerca de um por dia -, quase 90% elétricos.

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Natal não dá tréguas ao preço da eletricidade na Península Ibérica. Dezembro foi o mês mais caro do ano

Os preços da eletricidade no mercado ibérico têm estado em altas durante o mês de dezembro. Esta quinta-feira, atingirá o máximo de 166,80 euros por MWh.

Os preços da eletricidade no mercado grossista, no qual os produtores vendem a eletricidade aos comercializadores, têm estado em forte alta na Península Ibérica durante o mês de dezembro.

De acordo com os dados disponíveis na plataforma do mercado ibérico (OMIE) para Portugal e Espanha, o preço médio da eletricidade no mercado grossista, esta quinta-feira, definido no dia anterior, é de 133,94 megawatt/hora (MWh).

A hora mais cara deverá ocorrer pelas 21h00, altura em que o preço da eletricidade no mercado grossista irá atingir os 166,80 euros por MWh. É preciso recuar quase dois anos, altura em que a crise energética na Europa empurrava os preços da eletricidade para constantes subidas, para encontrar valores semelhantes.

Nos últimos 26 dias, o preço da eletricidade tem estado acima dos 100 euros em média no mercado grossista, o que faz de dezembro o mês mais caro deste ano. O mês mais barato foi abril, altura em que o preço da eletricidade leiloada no mercado elétrico esteve abaixo de zero.

Apesar das subidas, o aumento do preço no mercado grossista, não deverá ter impacto em todos os clientes. Estas flutuações horárias apenas afetam os consumidores que têm tarifas indexadas. Os que estão no mercado livre pagarão o seu consumo de acordo com o preço por MWh fixado pela empresa com a qual têm um contrato de fornecimento.

Os preços da eletricidade no mercado ibérico estão a ser pressionados pelos preços do gás natural, que também é usado como matéria-prima para a produção de eletricidade. O mesmo se tem verificado com os preços dos contratos de gás natural que servem de referência para a Europa, o holandês Title Transfer Facility (TTF), que ao longo do mês de dezembro tem oscilado devido aos riscos que poderão surgir com o fim do contrato de fornecimento de gás entre a Rússia e a Ucrânia.

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Social commerce, influencer marketing e IA: as tendências de marketing para 2025, segundo a Samy Alliance

A afirmação da IA com uma abordagem mais humana, o crescimento do social commerce mas também o recuo do investimento, são algumas das tendências apontadas pela agência para o marketing no próximo ano.

O marketing em 2025 continuará a evoluir rapidamente, impulsionado pelas novas tecnologias, pelas mudanças nas necessidades dos consumidores e pela crescente procura por autenticidade“. A antevisão é avançada pela Samy Alliance, que prevê também uma mudança no papel dos profissionais de marketing, que implicará uma “gestão de dados mais inteligente e a incorporação da inteligência artificial com um foco humano para uma execução mais eficiente e personalizada”.

As ideias fazem parte do relatório anual “Marketing Trends 2025“, da Samy Alliance, que tem por base entrevistas a mais de 70 líderes de marcas globais como a L’Oréal, Diageo, Sony, BBVA, Nestlé ou Heineken, combinadas com a análise feita pela sua equipa.

O relatório – que destaca tendências, desafios e oportunidades no setor do marketing – aponta ainda para um cenário com audiências cada vez mais fragmentadas, onde as marcas irão enfrentar o desafio de se manterem relevantes num panorama digital em constante mudança. Conheça as tendências do marketing para o próximo ano apontadas pela Samy Alliance.

Crescimento do social commerce

A intersecção entre as redes sociais e o e-commerce vai continuar a crescer, vaticina a Samy Alliance. “Mais do que uma tendência, é uma resposta à evolução do comportamento do consumidor“, refere a agência, que entende que a pandemia foi um “ponto de viragem” que transformou a forma como os consumidores interagem e compram online.

Plataformas como o TikTok Shop, lançada em 2023 nos Estados Unidos e este mês em Espanha — estando previsto chegar a mais países europeus no primeiro ou segundo trimestre de 2025 — vão liderar essa transformação, numa tendência que deve continuar a crescer nos próximos anos.

As projeções apontam mesmo para que o social commerce represente 20% de todas as vendas online a nível global em 2025 e alcance os 21,7% em 2028. Apesar disso, 30% dos profissionais de marketing entrevistados admitem não ter uma estratégia para tirar proveito deste cenário.

Mas “através de uma estratégia eficaz de social commerce, as marcas poderão fundir a experiência de compra com o entretenimento e a interação em tempo real“, refere a Samy Alliance, que alerta que, no entanto, “é fundamental manter a conexão humana, assegurando uma ligação genuína e autêntica com os consumidores“.

Evolução do marketing de influência

Os influenciadores permitem que as marcas não só aumentem o awareness mas também obtenham resultados de vendas tangíveis, pelo que o marketing de influência tem sido uma tendência em crescimento. No entanto, segundo 60% dos entrevistados, o maior desafio está em encontrar os perfis certos.

Outro desafio gira em torno da capacidade de quantificar o retorno sobre o investimento (ROI) do marketing de influência. Quanto a este ponto, “importa lembrar que esta estratégia influencia todo o funil de marketing, particularmente na construção da marca e na consideração, o que, no final, contribui significativamente para a conversão“, refere-se no “Marketing Trends 2025”.

Manter a autenticidade entre os influenciadores e os seus seguidores é outro dos desafios a ser encarado, pelo que a tendência para 2025 passa por dar prioridade ao entretenimento, principalmente através de conteúdos curtos e ao vivo. Note-se que os micro e nano influenciadores serão particularmente eficazes em conseguir gerar uma ligação mais autêntica com públicos ou nichos específicos, observa-se no relatório.

Afirmação da IA com uma abordagem mais humana

A inteligência artificial (IA) está a transformar o setor do marketing em quatro áreas cruciais, aponta a Samy Alliance. Desde logo, tem desempenhado um papel na segmentação das audiências e na otimização de anúncios, uma vez que “permite veicular anúncios personalizados com base nas preferências de cada utilizador, histórico de navegação e comportamentos de compra”.

Também no atendimento ao cliente, através de interações personalizadas, a IA tem a possibilidade de oferecer uma eficiência operacional otimizada. O conhecimento detalhado do consumidor, pode fazer com que a IA também ajude as marcas a antecipar as necessidades e os comportamentos dos seus clientes, mediante a análise de padrões e tendências de dados.

Mas esta tecnologia tem também uma palavra a dizer na produção de conteúdos para os diversos canais. Tendo em conta que a limitação de tempo é uma das principais preocupações apontadas pelos profissionais de marketing, “este benefício posiciona-se como um dos mais relevantes”, com cerca de 80% dos entrevistados a afirmar mesmo que a economia de tempo é o maior benefício da IA na geração de conteúdo.

“No entanto, é importante combinar essas ferramentas com uma abordagem humana para implementar estratégias que gerem uma ligação autêntica com o público“, alerta-se no “Marketing Trends 2025”.

Queda no investimento

Outra tendência que pautará o próximo ano prende-se com a redução do orçamento destinado à publicidade, sendo que apenas 44% dos profissionais estão confiantes num aumento do seu orçamento em 2025, uma queda de 9% em relação a 2024 e que representa um “declínio notável”, segundo o estudo.

A previsão é de que a maior parte destes orçamentos seja investida em paid media (60% dos marketeers planeia aumentar o seu investimento em paid media em 2025), com o investimento em meios tradicionais — como televisão, imprensa e rádio — a continuar em queda. Redes sociais, conteúdos patrocinados e marketing de influência são outras áreas-chave para onde os orçamentos serão direcionados, com o social commerce, os podcasts e o streaming a ganharem força, uma vez que há “cada vez mais especialistas a reforçar os seus orçamentos ou a planear investir nesses formatos pela primeira vez”.

A tendência para 2025 é também que as marcas concentrem o seu investimento em menos redes sociais, ao invés de dividirem os seus esforços entre várias plataformas. A análise da Samy Alliance aponta para que estes orçamentos se concentrem sobretudo no Instagram (um em cada quatro especialistas preveem investir entre 26% e 50% do seu orçamento nesta rede social), seguido pelo TikTok e YouTube.

Relevância cultural será crucial

No meio destas tendências, o marketing vai contar com um eixo central em 2025, que passa pela relevância cultural. “Este conceito, que vai além de simplesmente seguir tendências, exige que as marcas identifiquem e ativem pilares culturais que se alinhem de uma forma autêntica com os seus valores e com os da sua audiência“, aponta a Samy Alliance.

Mas, na verdade, 60% dos profissionais de marketing entrevistados admitem dificuldades na integração destas tendências nas suas estratégias. O principal desafio, apontam, é a rapidez com que os dados e as tendências se tornam obsoletos, em oposição a processos de tomada de decisão mais lentos, o que “reflete a importância de ter processos claros para tomar decisões de forma mais ágil e eficiente“.

Criar um guia de trabalho que ajude as equipas a identificar as tendências que valem a pena de forma mais rápida e eficiente“, é a proposta avançada pela Samy Alliance para superar este desafio no próximo ano. Este guia deve ser construído tendo por base três categorias-chave, que se dividem entre os pilares culturais que são relevantes para a marca, os que devem ser evitados por não estarem alinhados com o seu posicionamento e os que devem ser explorados por terem maior potencial de fortalecer a ligação com a audiência.

“Esta estrutura de trabalho permite às equipas a tomar decisões rápidas e seguras, fomentando a agilidade, criatividade e eficiência”, aponta-se.

Competências necessárias para enfrentar os desafios de 2025

Ter a capacidade de adaptar as narrativas de forma eficaz aos diferentes canais é a competência mais crucial para os profissionais do marketing no próximo ano, de acordo com 74% dos entrevistados no estudo. Identificar e investir nas plataformas certas será também crucial para demonstrar retorno sobre o investimento (ROI).

Os marketeers devem também ter a capacidade de quebrar barreiras e de conseguir influenciar a tomada de decisões feita a nível administrativo e executivo, aponta-se ainda no estudo, onde se sublinha a necessidade indispensável, num cenário em constante mudança, de estes profissionais se manterem bem informados sobre a evolução das tendências de marketing e do comportamento do consumidor.

O CMO [chief marketing officer] do futuro é apaixonado por tecnologia e não tem medo de explorar, inovar e aprender com as suas falhas“, lê-se no estudo.

Em relação aos desafios, mais de metade dos marketeers identificam o (limitação de) tempo como a sua principal preocupação. “O ecossistema em rápida evolução – impulsionado por avanços tecnológicos contínuos e plataformas emergentes – pode ser esmagador”, refere-se no “Marketing Trends 2025”.

Outro desafio prende-se com investimento insuficiente em tecnologia e inovação, o que “limita a capacidade de agilizar os fluxos de trabalho e melhorar a eficiência”.

Conseguir uma gestão de dados mais inteligente é também um desafio que se apresenta no horizonte, devendo os profissionais de marketing “aprimorar os seus recursos de análise e de recolha de dados, ao mesmo tempo em que permanecem em conformidade com as regulamentações de privacidade“, observa-se no estudo.

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Ativista e dirigente sindical Maria do Carmo Tavares morreu aos 76 anos

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2024

A ativista e dirigente da CGTP-IN Maria do Carmo Tavares morreu aos 76 anos, anunciou a central sindical, estando o funeral marcado para sexta-feira em Lisboa.

A ativista e dirigente da CGTP-IN Maria do Carmo Tavares morreu aos 76 anos, anunciou a central sindical, estando o funeral marcado para sexta-feira em Lisboa.

Em comunicado, a CGTP-IN recorda a “camarada que dedicou grande parte da sua vida ao projeto sindical” e que “sempre se bateu pela valorização do trabalho e dos trabalhadores” e “por um Portugal de progresso e justiça social”.

“A melhor forma de honrar a sua memória é continuar a luta por melhores condições de vida e de trabalho, pela valorização de quem trabalha ou trabalhou”, sustenta.

Nascida em 06 de março de 1948 e analista química de profissão, Maria do Carmo Tavares foi ativista e dirigente sindical quer antes, quer depois do 25 de Abril de 1974.

Maria do Carmo Tavares, a 03 Julho 2006, na sede da CGTP.MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

Foi membro da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa química onde trabalhava, a Neocel, e fez parte dos órgãos sociais do Sindicato dos Técnicos e Operários da Indústria Química de Lisboa, primeiro como membro da direção e, mais tarde, como presidente da Assembleia Geral.

Antes do 25 de Abril participou na negociação do Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho (IRCT) dos analistas químicos, tendo também estado envolvida no processo de fusão dos três sindicatos do setor químico (Porto, Lisboa e Setúbal), que deu lugar ao Sinquifa (Sindicato dos Trabalhadores de Química Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas, cuja direção integrou), e no processo de verticalização que originou a Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas).

“Em representação do seu sindicato, integrou a CNOP e a CNOC para o Congresso de Todos os Sindicatos, realizado em janeiro de 1977”, tendo sido “eleita, neste congresso, para o Secretariado Nacional da CGTP-IN e reeleita, sucessivamente, para o Conselho Nacional e para a sua Comissão Executiva desde o 3.º congresso, realizado em março de 1980, até ao XII, realizado em fevereiro de 2012″, recorda a central sindical.

A CGTP lembra ainda as “importantes tarefas a tempo inteiro” desempenhadas por Maria do Carmo Tavares na central sindical, primeiro no Departamento de Contratação Coletiva e, depois como responsável pelas Políticas Sociais — Segurança Social, Saúde e Educação.

Também referido é o seu “destacado papel, sobretudo na defesa da segurança social pública, universal e solidária”, tendo sido membro, durante 13 anos, do Conselho de Gestão do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

Militante do Partido Comunista Português (PCP), Maria do Carmo Tavares fazia parte do Conselho Consultivo da Fundação Inatel.

O velório tem início às 17:00 de hoje, na casa mortuária da Igreja de S. Francisco de Assis, em Lisboa, estando o funeral previsto para sexta-feira, com saída às 16:50 horas e cremação às 17:00 no Cemitério do Alto de S. João.

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Teresa Fiúza e Tiago Mateus vão integrar nova comissão executiva do Banco de Fomento

Gonçalo Regalado e Tiago Mateus são os dois administradores cooptados que iniciam funções em janeiro. Vice-presidente da Portugal Ventures, Teresa Fiúza, só entra em fevereiro ou março.

Teresa Fiúza e Tiago Mateus vão integrar a nova comissão executiva do Banco Português de Fomento. A vice-presidente da Portugal Ventures e o diretor de CRM e Customer Intelligence do BCP são dois elementos da equipa de Gonçalo Regalado, que ainda aguarda luz verde do Banco de Portugal, mas vão entrar no banco promocional em momentos diferentes.

Tiago Mateus, juntamente com o futuro CEO, são os dois administradores cooptados que deverão iniciar funções já em janeiro, tal como o ECO avançou terça-feira. Em conjunto com o atual CFO, Bruno Rodrigues — que se manterá em funções tal como o ECO já avançou — os três administradores asseguram o número mínimo exigido pelos estatutos do banco e dão garantia de continuidade às atividades da instituição e evitar qualquer perturbação decorrente da renúncia ao cargo de três dos atuais administradores executivos: Ana Carvalho, a presidente executiva, Pedro Ventaneira e Sofia Machado.

O Banco de Fomento tem 1,32 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para executar até dezembro de 2025 e a esta altura estão realizados apenas 93 investimentos.

Nenhum dos três administradores mostrou disponibilidade para permanecer no banco após o fim do mandato a 31 de dezembro de modo a assegurar uma transição de pastas para a nova administração. Mas, existe a confiança na instituição de que o Banco de Portugal deverá concluir, muito rapidamente, o procedimento fit and proper de Gonçalo Regalo e Tiago Mateus.

Os restantes elementos da equipa só deverão chegar ao Banco de Fomento em fevereiro ou março, ao que o ECO apurou. A atual vice-presidente da Portugal Ventures, que está na capital de risco do Estado desde 2022, é uma dela. A responsável tem uma vasta experiência em banca, tendo já passado pelo Montepio, Novobanco e Banco Espírito Santo.

A nova comissão executiva vai ter seis elementos, mais um face à atual estrutura, tal como o conselho de administração passará a ter 12. Na prática é mais um elemento em cada um dos órgãos. O objetivo é dar maior robustez ao banco e cumprir as boas práticas defendidas pelo regulador.

Outro dos elementos da equipa de Gonçalo Regalado virá da área comercial do HSBC, apurou o ECO.

Ainda está por decidir qual a modalidade eletiva dos restantes membros da cúpula do Banco de Fomento. Se através de uma assembleia-geral eletiva ou um processo mais simplificado à semelhança do que aconteceu com a própria Ana Carvalho, quando esta substituiu Beatriz Freitas à frente do Banco, isto porque o Estado é o único acionista.

Os acionistas do banco são a DGTF (41,285% do capital), o IAPMEI (47,015%), o Turismo de Portugal (7,93%) e a Aicep (3,77%), entidades tuteladas pelas Finanças e pela Economia.

O chairman Carlos Leiria Pinto também deverá entrar na instituição em fevereiro ou março.

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