Biden recusa entregar ao Congresso dos EUA gravação de depoimento judicial

  • Lusa
  • 16 Maio 2024

O procurador especial reportou, como exemplo, que o presidente, durante o interrogatório, já não se lembrava do ano da morte do seu filho mais velho, Beau.

O presidente dos EUA, Joe Biden, rejeitou esta quinta-feira um pedido de comissões do Congresso controladas pelos adversários republicanos para fornecer a gravação do seu depoimento perante um procurador especial.

O procurador especial Robert Hur recomendou – no seu relatório de 388 páginas, divulgado em fevereiro – que Biden, de 81 anos, visse arquivado um caso de retenção ilegal de documentos confidenciais, mas mencionou que se tratava de um processo envolvendo um “homem idoso com falhas de memória”. Por recomendação do seu procurador-geral federal, Merrick Garland, Biden invocou as suas “prerrogativas como chefe do executivo” para rejeitar este pedido, informou o consultor jurídico da Casa Branca, Ed Siskel, aos líderes republicanos dos comités de Congresso.

“A falta de uma necessidade legítima para solicitar estas gravações de áudio expõe o seu objetivo provável: tirá-las de contexto, distorcê-las e usá-las para fins partidários”, escreveu Ed Siskel, na mensagem enviada aos líderes dos dois comités, Jim Jordan e James Comer. Garland justificou a sua recomendação de invocar as prerrogativas do executivo, alegando que ceder aos pedidos do Congresso teria “prejudicado a capacidade de conduzir investigações sensíveis no futuro”.

Nomeado em janeiro de 2023 por Garland, o procurador especial concluiu no seu relatório que Joe Biden “manteve e divulgou conscientemente documentos confidenciais após a sua vice-presidência, enquanto era cidadão comum”. Contudo, no relatório, o procurador argumentou que “uma acusação não se justificava”, acreditando que um júri daria o benefício da dúvida a “um idoso simpático, bem-intencionado e com má memória”.

O procurador reportou, como exemplo, que o presidente, durante um interrogatório, já não se lembrava do ano da morte do seu filho mais velho, Beau. Os democratas no Congresso criticaram o relatório, dizendo que os comentários eram “gratuitos” e com “motivações políticas”, mas os seus adversários republicanos na Câmara dos Representantes exploraram imediatamente o relatório para defender que Joe Biden era “inapto” para exercer as suas funções de presidente.

Durante uma audiência em março, perante as duas comissões da Câmara dos Representantes, Robert Hur justificou os seus comentários às falhas de memória de Biden. “Não higienizei a minha explicação, nem denegri injustamente o presidente”, assegurou o procurador.

A nomeação do procurador especial em janeiro de 2023 seguiu-se à descoberta de documentos confidenciais datados da época em que Joe Biden era vice-presidente (2009-2017), nomeadamente sobre o envolvimento militar norte-americano no Afeganistão, na sua residência em Wilmington, no Delaware, bem como num antigo escritório.

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Vista Alegre financia-se em 60 milhões de euros junto de 2.320 investidores

A emissão de 60 milhões de euros em obrigações a cinco anos conta com um custo de 5,3% ao ano e uma procura 1,33 vezes acima da oferta.

A emblemática empresa portuguesa Vista Alegre, conhecida mundialmente pela sua produção de porcelanas e cristais de alta qualidade, concluiu com sucesso uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) de obrigações com maturidade a 20 de maio de 2029.

Esta operação permitiu à empresa captar 60 milhões de euros, que serão utilizados para financiar a sua atividade corrente e projetos de investimento, junto de 2.320 pequenos investidores, segundo informação disponibilizada esta quinta-feira pela Euronext.

As novas obrigações contam com uma taxa de cupão de 5,3% e a sua rendibilidade está também ligada ao cumprimento de alguns objetivos relacionados à sustentabilidade por parte da empresa até 2028, em que caso não sejam cumpridos “a Vista Alegre pagará uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação ‘Vista Alegre 2029’ na data de reembolso destas”, refere o prospeto inicial da operação.

A emissão das novas obrigações da Vista Alegre contou com a verificação externa para assegurar o alinhamento da empresa com os “Sustainability-Linked Bond Principles”, tendo recebido uma segunda opinião emitida pelo ISQ.

A OPS foi destinada a diversificar as fontes de financiamento da Vista Alegre e a reembolsar os empréstimos obrigacionistas “VAA Fixed Rate Guaranteed Senior Secured Notes 2019-2024 Class A” e “VAA Fixed Rate Guaranteed Senior Secured Notes 2019-2024 Class B”, envolvendo para o efeito a emissão de obrigações nominativas e escriturais.

A oferta foi estruturada com o apoio de vários intervenientes, incluindo o Millennium bcp, a CGD e o Haitong Bank, que garantiram a colocação parcial das obrigações até um montante global de 37,5 milhões de euros.

Para assegurar uma distribuição justa e eficiente, foram aplicados critérios de alocação em caso de procura superior ao montante disponível. Estes critérios incluíam uma atribuição mínima de 5 mil euros em obrigações, rateio proporcional com base na data da ordem e sorteio, se necessário.

A OPS atraiu um total de 2.320 investidores, com a maioria das subscrições (64%) a situar-se entre 2.500 euros (montante mínimo) e os 10 mil euros.

A liquidação da oferta e emissão das obrigações está marcada para 20 de maio de 2024, data a partir da qual as novas obrigações começarão a ser negociadas na Euronext Lisboa. A operação contou com uma verificação externa para assegurar o alinhamento com os Sustainability-Linked Bond Principles, tendo recebido uma segunda opinião emitida pelo ISQ.

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Lucro da Caixa sobe 38% para quase 400 milhões até março

Caixa viu o lucro disparar quase 40% no arranque do ano para 394,5 milhões de euros. Vai entregar 770 milhões de euros ao Estado entre dividendos, rendas da sede e impostos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 394,5 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, um aumento de 38% em comparação com o mesmo período de 2023, beneficiando do ambiente de altas taxas de juro.

O banco público adianta que vai entregar 770 milhões de euros ao Estado durante o segundo trimestre entre dividendos (525 milhões) e ainda impostos, custos regulatórios e rendas do edifício-sede (cerca de um milhão de euros por mês) no Campo Pequeno, do qual passou a ser inquilino no ano passado.

A margem financeira – que corresponde à diferença entre os juros pagos nos depósitos e os juros pagos nos depósitos – aumentou 17% para 716 milhões de euros, adiantou o banco em comunicado enviado ao mercado. Já as comissões tiveram um ligeiro recuo para 142 milhões. Tudo somado, o produto bancário atingiu os 900 milhões de euros, mais 6,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

Por seu turno, os custos operativos escalaram 5% para perto de 300 milhões de euros, impulsionado sobretudo pelo aumento dos encargos com pessoal. Apesar disso, o banco liderado por Paulo Macedo conseguiu melhorar a sua eficiência, com o rácio cost-to-income a baixar para 28,1%.

A Caixa salienta que continua a ser líder de mercado em termos de volume de negócio, ascendendo a 139 mil milhões de euros. Nos depósitos, com uma quota superior a 22%, o banco guardava poupanças de 70,5 mil milhões de euros no final do primeiro trimestre, mais 2% em termos homólogos.

No crédito a clientes, a carteira superou os 53 mil milhões de euros, que corresponde a uma quota de mercado de 17,6%. Na habitação, ainda assim, o stock de empréstimos encolheu ligeiramente para 24,5 mil milhões de euros, perante o contexto dos juros elevados que tem baixado a procura por crédito e levado muitas famílias a anteciparem o reembolso dos seus empréstimos.

O banco chegou ao final de março com um rácio de malparado de 1,6%, que baixa para 0% se tivermos em conta as imparidades associadas a esses ativos tóxicos, adianta.

Com o resultado do trimestre, a Caixa alcançou uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 16,8%.

(Notícia atualizada às 17h01)

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Função Pública em greve amanhã. Escolas, tribunais e até repartições de finanças em risco de fechar

Greve deverá ser mais sentida nas escolas do pré-escolar e primeiro ciclo, prevê Filinto Lima, que alerta que pais devem ter "plano b". Repartições de finanças e tribunais também devem ser afetados.

Os funcionários públicos vão estar em greve esta sexta-feira, dia 17 de maio. A paralisação foi convocada pela Frente Comum, cujo coordenador explica ao ECO que deverão ser impactadas as escolas, as repartições de finanças, os serviços da Segurança Social, os tribunais, mas também “muitos serviços” da administração local e central. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas detalha que a greve deve ser sentida em particular nas escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo.

“Temos avisos prévios na Administração Central. Temos também avisos prévios da parte da Fenprof. É esperado que haja escolas encerradas, serviços de finanças e da Segurança Social, tribunais. Há de haver também perturbações em muitos serviços da administração central e local“, avança o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.

No que diz respeito à administração local, os dados disponibilizados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) permitem perceber, por exemplo, que no município de Lisboa há um aviso prévio de greve que cobre todos os trabalhadores, incluindo os das empresas municipais, intermunicipais, fundações e até das freguesias da capital.

Já no que diz respeito às escolas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, explicou ao ECO que o fecho de escolas por efeito da greve deverá ser “mais sentido” no primeiro ciclo e no pré-escolar, porque são estabelecimentos onde, tipicamente, há menos funcionários.

Já nas escolas do 5º ano em diante, como há vários funcionários e docentes ao serviço, o encerramento dependerá do grau de adesão à greve. “Peço que os pais estejam munidos de um plano b para a eventualidade de as escolas não abrirem“, realça o responsável, que defende que é “preciso devolver a paz às escolas“.

A propósito, numa altura em que decorrem negociações entre o Governo e os professores em torno da recuperação do tempo de serviço “perdido”, Filinto Lima apela ao Ministério das Finanças que “trate muito bem a Educação e os seus profissionais”, que têm, afirma, sido “maltratados nos últimos anos”. “É preciso valorizar a carreira docente. Isso passa muito pelo Ministério das Finanças“, atira.

No que diz respeito à greve desta sexta-feira, convém explicar que a Frente Comum reivindica um aumento intercalar dos salários de todos os funcionários públicos, bem como a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos. A estrutura sindical quer também que o salário mínimo atinja os mil euros ainda este ano.

Além da greve, está prevista uma manifestação em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, pelas 15h. Sebastião Santana antecipa que a adesão será forte.

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Cobrança coerciva de dívidas fiscais sobe 21% em 2023

  • Lusa
  • 16 Maio 2024

A receita do Estado decorrente da cobrança coerciva subiu 223,6 milhões de euros em 2023 face a 2022, totalizando 1.294,9 milhões de euros.

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado.

A Conta Geral do Estado de 2023, publicada esta quinta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) e entregue na quarta-feira à Assembleia da República e ao Tribunal de Contas, revela que foi registado em receita do Estado decorrente da cobrança coerciva um acréscimo de 223,6 milhões de euros em 2023 face a 2022, totalizando 1.294,9 milhões de euros.

Para este acréscimo contribuíram, essencialmente, o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), com um acréscimo de 24,3%, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com um aumento de 15,2%, e nos juros de mora, de 34,8%. Apenas se observa um decréscimo pouco significativo na recuperação de dívidas relativas ao Imposto do Selo (IS) e nas reposições não abatidas nos pagamentos, de 23,1% e 37,8%, respetivamente, o correspondente a cerca de 3,4 e 0,4 milhões de euros.

O IRS é o imposto com o maior peso das dívidas fiscais recuperadas (29,7%), totalizando 384,8 milhões de euros, seguido pelo IRC (14,8%), com um total de 191,2 milhões de euros, e pelo IVA (23,3%), que ascendeu a 301,3 milhões de euros. Por outro lado, as reposições não abatidas nos pagamentos têm o menor peso das dívidas fiscais recuperadas (0,1%), seguida pelo imposto do selo (1%).

De acordo com a CGE, a receita por cobrar pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) – passado o prazo de cobrança voluntária – ascendeu a 26.757,7 milhões de euros no final de 2023, representando um aumento de 10,2% face ao valor de 2022. O documento indica que “para esta evolução contribuiu o aumento de 721,4 milhões de euros (+10,1%) da dívida ativa e de 1726,6 milhões de euros (+19,9%) da dívida incobrável”.

No final de 2023, 29,9% da carteira correspondia a dívida ativa, 31,6% a suspensa e 38,9% classificada como incobrável.

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Cerâmica Valadares em Gaia cria parque empresarial

  • Lusa
  • 16 Maio 2024

O investimento será superior a 10 milhões de euros e o prazo previsto será de quatro anos, “embora adaptado às circunstâncias comerciais e financeiras do momento”.

A ARCH, empresa que em 2014 tornou possível a reabertura da Cerâmica Valadares, em Vila Nova de Gaia, está a investir cerca de 10 milhões de euros num parque empresarial que será disponibilizado a outras empresas. O projeto está dividido em várias fases, estando a primeira, que corresponde a cerca de 5.000 metros quadrados, em conclusão.

“Será para armazéns, comércio, serviços como restauração, escritórios ou industrias não poluentes”, revelou à Lusa um dos administradores da ARCH (Advanced Research Ceramic Heritage), Manuel Santos Silva, em resposta escrita. O novo Parque Empresarial Cerâmica de Valadares está a nascer “numa área disponível e não necessária” para a atividade da cerâmica.

O investimento será superior a 10 milhões de euros e o prazo previsto será de quatro anos, “embora adaptado às circunstâncias comerciais e financeiras do momento”, acrescentou o responsável, especificando que o espaço será fechado, com portaria permanente, segurança e limpeza.

“Já temos pedidos de várias empresas, nomeadamente internacionais, com quem já estamos a negociar contratos de ocupação. Os postos de trabalho a criar serão da ordem dos dois milhares”, acrescentou.

Já em comunicado, a empresa destaca que este parque estará localizado estrategicamente no polo industrial da cerâmica com acesso direto à autoestrada A44, bem como à estação de comboios de Valadares, ligando a três linhas de metro e sendo servido pelos autocarros da STCP.

O parque, segundo o resumo do projeto enviado à Lusa, “oferece uma variedade de espaços flexíveis, que vão desde áreas de 100 metros quadrados até 12.000 metros quadrados, adaptáveis às necessidades diferentes setores e tipos de atividade como indústria, comercial, serviços”.

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Franceses da Extendam compram Sofitel Lisboa

  • ECO
  • 16 Maio 2024

Tal como o ECO avançou em janeiro, o Sofitel Lisboa foi vendido a um investidor francês. Valor do negócio não foi revelado, mas terá ascendido a 75 milhões de euros. BPI financia operação.

Os franceses da Extendam compraram o edifício do Sofitel Lisboa, um hotel de cinco estrelas localizado na Avenida da Liberdade e que estava na posse do grupo Accor. Confirma-se assim uma notícia avançada pelo ECO em janeiro. Não foram avançados valores do negócio, mas o ECO apurou que a transação foi fechada por cerca de 75 milhões de euros.

Com esta venda, o grupo Accor – um dos maiores hoteleiros do mundo – vai passar a inquilino do imóvel lisboeta, com o hotel a continuar a ser explorado pela marca de luxo Sofitel. Este é, aliás, o único Sofitel a operar em Portugal e conta com 163 quartos e 12 suites.

A aquisição e a renovação do hotel lisboeta vão ser financiadas com um empréstimo verde concedido pelo CaixaBank e pelo BPI, segundo avança o Sofitel em comunicado, adiantando que a operação está a ser realizada em paralelo com a DG Invest, parceira histórica da Extendam, que ficará responsável pela gestão dos ativos do hotel.

Além do Sofitel Lisboa, a Extendam, líder francesa em investimentos de capital privado dedicados à hotelaria, adquiriu ainda o Sofitel Roma Villa Borghese. O negócio também terá sido feito por 75 milhões de euros, avançou o ECO na altura.

Estas duas aquisições marcam o início da nossa parceria com a Sofitel, uma marca pioneira da hotelaria de luxo francesa, que temos o gosto de apoiar, uma vez que a marca celebra 60º aniversário este ano”, diz Bertrand Pullès, diretor geral adjunto da Extendam.

Estes negócios acontecem numa altura em que a AccorInvest S.A pôs à venda vários imóveis na Europa e na América Latina, onde funcionam hotéis, para reduzir a dívida e pagar a credores. Com esta megaoperação, o grupo, que tem mais de 750 hotéis em 26 países, operados pela Accor S.A, pretende arrecadar cerca de dois mil milhões de euros.

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ADSE está a perder trabalhadores e precisa de contratar mais jovens

Dos 279 postos de trabalho, só 177 estão ocupados, uma diminuição de 4% face aos 184 funcionários que o subsistema de saúde empregava. O instituto alerta ainda para o envelhecimento dos quadros.

Dos 279 postos de trabalho existentes na ADSE, o subsistema de saúde da Função Pública, apenas 177 estavam ocupados, no final do ano passado, um recuo de 4% ou de sete trabalhadores face aos 184 funcionários que o instituto empregava em 2022, segundo o balanço social de 2023 que a direção enviou ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS) e a que o ECO teve acesso.

“Invertendo a tendência do último ano, em 2023 registou-se um decréscimo de 4% no número de trabalhadores”, nomeadamente no “número de trabalhadores na carreira técnica superior, especialista e técnico de sistemas e tecnologia de informação e assistente técnica”, segundo o mesmo relatório, assinado pela presidente do conselho diretivo da ADSE, Maria Manuela Faria, e pelo vogal, Diogo Serras Lopes.

A perda de funcionários deve-se ao maior número de saídas em relação às entradas. Assim, no ano passado, “22 trabalhadores cessaram funções no instituto, maioritariamente por motivo de mobilidade, pertencendo na sua maioria às carreiras de assistente técnico e técnico superior”. Em concreto, 17 funcionários saíram para outros organismos da Administração Pública, três reformaram-se e dois por limite de idade.

Quanto aos ingressos na ADSE, apenas foram admitidos 15 trabalhadores, o que dá uma taxa de reposição de 68%. Para além disso, a ADSE salienta que “comparativamente ao ano anterior em termos percentuais o número de admissões sofreu um decréscimo”. Os 15 trabalhadores que foram contratados no ano passado representam uma diminuição de 45% face aos 26 funcionários admitidos, em 2022.

O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins (FESAP), José Abraão, considera “preocupante” a “falta de pessoal permanente na ADSE”. “É inaceitável que não se substituam todos os trabalhadores que saem que não se abram os concursos necessários para contratar nomeadamente técnicos superiores, especialistas e técnicos de sistemas e tecnologia”, critica o líder sindical em declarações ao ECO.

Abraão acrescenta ainda que, “para compensar esta falta de trabalhadores, a ADSE recorre depois à contratação de horas de trabalho através de empresas de outsourcing. O balanço social do instituto refere aliás que, no ano passado, foi necessário contratar médicos a recibos verdes.

“O instituto contou […] com 44 médicos, em regime de contrato de prestação de serviços, nomeadamente na modalidade de avença, cuja atividade é a realização de juntas médicas em Lisboa (13), Porto (7), Coimbra (9) e na consultadoria médica/peritagem (15)”, adianta.

Instituto alerta para o aumento do envelhecimento dos trabalhadores

Em relação à estrutura etária dos trabalhadores, o relatório sinaliza com preocupação o aumento do envelhecimento. “Os efetivos concentram-se nos escalões etários mais elevados o que constitui um fator de risco que obriga a uma atenção redobrada na gestão das admissões de trabalhadores, sendo necessário intensificar o recrutamento de trabalhadores mais jovens”, lê-se no mesmo documento.

No final do ano passado, a maior parte dos trabalhadores (87,6%), isto é, 155 funcionários, tinham entre 45 e 69 anos de idade. E apenas 22 estavam na faixa etária entre 25 e 44 anos, o que corresponde a 12,4% da totalidade dos quadros da ADSE. “O índice de envelhecimento passou dos 41,3% em 2022 para 45,2% em 2023”, de acordo com o relatório.

Os beneficiários da ADSE, que são os trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas ou os reformados da Administração Pública, estão sujeitos a um desconto de 3,5% para a ADSE sobre a sua remuneração base, pensão ou reforma.

O balanço social do subsistema de saúde relativo a 2023 vai ser discutido pelo Conselho Geral e de Supervisão, no qual têm assento os ministérios das Finanças e da Presidência e os sindicatos representativos dos trabalhadores do Estado, numa reunião a marcar para o final deste mês ou início do próximo.

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Empresa de catering do ex-futebolista do Sporting “come” 16 milhões de euros e emprega 100 pessoas

Fundada em 1989 por José Eduardo e Florbela Bem, a Casa do Marquês organiza 1.200 eventos por ano e já serviu Merkel, Obama ou Sarkozy. Investimento em Angola ficou pelo caminho.

Foi em 1989 que José Eduardo, ex-futebolista e dirigente do Sporting Clube de Portugal, e Florbela Bem fundaram a Casa do Marquês, uma empresa de catering e eventos. Começaram o negócio com um espaço de 30 metros quadrados em Algés e atualmente dizem ter a “maior cozinha industrial do setor em Portugal”, com cerca de 1.400 metros quadrados.

Com capacidade para produzir mais de dez mil refeições por dia, no ano passado, a Casa do Marquês, que emprega cem pessoas e fatura cerca de 16 milhões de euros, calcula ter organizado cerca de 1.200 eventos.

Atualmente a gestão da empresa está a cargo do filho de José Eduardo, Miguel Seijo Y Seijo, enquanto o irmão Gonçalo Seijo y Seijo optou por dedicar-se à aviação. José Eduardo Sampaio (ex-futebolista do Sporting) e Florbela Bem são administradores não executivos.

Miguel Seijo Y Seijo, CEO da Casa do Marquês, e os fundadores José Eduardo e Florbela BemCasa do Marquês

“Uma empresa que faz 35 anos só consegue manter-se na liderança do mercado se continuar a atualizar-se constantemente (…) É uma empresa familiar e vamos celebrar este marco que nos orgulha muito”, afirma Miguel Seijo Y Seijo, CEO da Casa do Marquês, em declarações ao ECO/Local Online.

Em 2015, a Casa do Marquês anunciou um projeto em Angola com um parceiro local. No entanto, este investimento de quatro milhões de euros não chegou a avançar. “Ficava tudo em kwanzas e já não conseguíamos trazer o dinheiro para Portugal. Deixou de fazer sentido”, justifica Miguel Seijo Y Seijo.

A Casa do Marquês disponibiliza serviços de catering, animação, decoração, aluguer de material e espaços de evento. No entanto, é o catering que pesa mais no volume de negócios, sendo que o mercado corporate representa 60% da faturação, seguido dos casamentos (30%) e dos eventos particulares (10%).

A Casa do Marquês tem espaços exclusivos para eventos em Lisboa como a Estufa Fria, a Arriba do Guincho, o Palácio Conde D’Óbidos, o Páteo Alfacinha e o Casino Estoril.

A Casa do Marquês, que se apresenta como a “cozinha oficial do Protocolo de Estado”, serviu chefes de Estado como a alemã Angela Merkel, o norte-americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy ou o Rei Carlos III de Inglaterra. “Os nossos clientes são essencialmente aqueles com um posicionamento acima de média, que procuram algo exclusivo e diferente”, resume Miguel Seijo Y Seijo.

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Idanha tem 775 mil euros para apoiar produtores na transição digital

  • Lusa
  • 16 Maio 2024

O Bio-Bairro de de Idanha quer assumir-se como grande acelerador da digitalização dos operadores económicos e contribuir para o alargamento do mercado potencial através do e-commerce.

O projeto Bio-Bairro de Idanha, no distrito de Castelo Branco, vai ter um financiamento de 775 mil euros para apoiar produtores na transição digital, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O contrato de consórcio do projeto Bio-Bairro de Idanha foi recentemente assinado entre o município de Idanha-a-Nova, o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova (CMCD) e a Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul (ADRACES).

Trata-se um projeto financiado em 775 mil euros pelo PRR, no âmbito do incentivo à criação de Bairros Comerciais Digitais, que reforça a estratégia de Idanha-a-Nova, o primeiro município português a integrar a Rede Internacional Biorregiões.

“O Bio-Bairro de Idanha aposta no trabalho em rede para chegar mais longe, através do digital e do e-commerce e, assim, apoiar os produtores de Idanha, mas também todos os parceiros das Bio-Regiões e outros produtores biológicos do país“, afirmou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

Segundo o autarca, o projeto pretende assumir-se como grande acelerador da digitalização dos operadores económicos aderentes.

“O Bio-Bairro tem como objetivo contribuir, em larga escala, para o alargamento do seu mercado potencial através do e-commerce nomeadamente a partir do mercado da biorregião de Idanha-a-Nova, usufruindo ainda das infraestruturas de apoio logístico adjacentes”, concluiu.

Idanha-a-Nova venceu o prémio de melhor bio distrito biológico, na segunda edição dos Prémios Europeus de Produção Biológica realizada em setembro de 2023.

Entre os projetos inovadores promovidos pela ecorregião, encontra-se o Idanha Green Valley Food Lab – Incubadora de Empresas de Base Rural, a funcionar em 800 hectares, que são explorados por 55 empresas, das quais mais de 90% em modo de produção biológico, o que permitiu criar a maior área de produção de mirtilos da Europa.

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Covilhã vai ter parque comercial com 15 lojas e um hotel

  • Lusa
  • 16 Maio 2024

Além de um hotel de três estrelas, o empreendimento terá marcas como a Fnac, Primark, Mercadona, KFC, Fábrica dos Óculos, Jysk e um centro de lavagem automóvel.

A Câmara da Covilhã aprovou esta quinta-feira três projetos de Interesse Municipal (PIM) no concelho, um deles um Parque Comercial na zona baixa da cidade, para o qual está prevista a instalação de um hotel e 15 lojas.

A decisão tomada na sessão pública do executivo camarário foi unânime e em causa está a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

O presidente do município, Vítor Pereira, adiantou que, de acordo com o que lhe foi transmitido pelos promotores, o empreendimento terá marcas como a FNAC, Primark, Mercadona, KFC, Fábrica dos Óculos, Jysk, a Leroy Merlin ou uma oficina de automóveis e um centro de lavagem automóvel, além de um hotel de três estrelas.

Para a mesma zona, na Alameda Pêro da Covilhã, existe o projeto de construção de um hotel Epic Sana, embora este esteja “numa fase anterior”, segundo o autarca.

A empresa proprietária do terreno, a Forumlar, já começou a movimentação de terras, mas os investidores são um consórcio de duas empresas portuguesas: a Páginas & Sátiras, detentora de 30%, e a Páginas Meticulosas, com 70% do capital.

O presidente da Câmara da Covilhã disse que “os prazos de execução ainda não estão em cima da mesa” e não adiantou o valor global do investimento, que o vice-presidente, Serra dos Reis, com o pelouro do Urbanismo, revelou em novembro rondar os 20 milhões de euros.

Segundo Vítor Pereira, o empreendimento criará, “no mínimo, centenas de postos de trabalho”.

Na mesma reunião foram também aprovados, por unanimidade, dois projetos PIM e os respetivos benefícios fiscais.

A Windmill Village contempla a criação de alojamento, para fins turísticos, em forma de moinhos.

O outro PIM é do investidor HolidayOnJ, empresa com várias áreas de negócio.

São investimentos que vêm robustecer a nossa economia local, vêm criar mais empresas, mais emprego.

Vítor Pereira

Presidente da Câmara da Covilhã

“São investimentos que vêm robustecer a nossa economia local, vêm criar mais empresas, mais emprego“, sustentou o presidente da Câmara da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.

O autarca acrescentou que estas são “iniciativas que vêm confirmar a grande atratividade do concelho do ponto de vista da forma como os privados veem na Covilhã grandes oportunidades de negócio”.

“Sendo nós uma cidade desenvolvida, com características cosmopolitas e em franco desenvolvimento, reconhecem isso e é por isso que investem connosco”, concluiu Vítor Pereira.

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Uma Aliança pela Saúde Mental

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  • 16 Maio 2024

Em Portugal, existe um conjunto de líderes com uma enorme vontade de melhorar a saúde mental dos seus colaboradores. Temos as portas abertas para que outros se juntem a nós, na MindAlliance Portugal.

Em 2023, a Ordem dos Psicólogos Portugueses disponibilizou um novo relatório no qual estimou que os custos do stress e dos problemas de Saúde Psicológica no Trabalho para as empresas, em Portugal, subiram mais de 60% nos últimos dois anos, para 5,3 mil milhões. Este é um problema sério na nossa sociedade, que tem de ser abordado.

A MindAlliance Portugal é uma organização sem fins lucrativos, inteiramente dedicada à Saúde Mental no Local de Trabalho, que se estabeleceu em Portugal em Novembro de 2022, procurando colocar este tema especialmente sensível na agenda pública nacional.

Neste momento, a nossa aliança conta já com o envolvimento de 13 administradores e diretores executivos de diversos setores da economia, que decidiram colocar a Saúde Mental dos colaboradores entre as prioridades estratégicas das empresas que dirigem.

É um orgulho poder contar com líderes como Emanuel Agostinho (Managing Director da Accenture Portugal), Gonçalo Quadros (Fundador e Chairman da Critical Software), Gustavo Barreto (Chief Commercial Officer da Ageas), João Bento (CEO dos CTT), João Vieira de Almeida (CEO da VdA), Luísa Soares da Silva (Chief Legal and Compliance Officer do Novobanco), Maria João Sales Luís (CEO da Multicare), Miguel Abecassis (Administrador da Fidelidade), Omar Guerra (CEO BAI Europa), Pedro Castro e Almeida (CEO do Santander Portugal e Europa), Rui Camacho Palma (Sócio Linklaters), Renata Eckman (HR Director Western & South Europe e Board Member da AstraZeneca) e Vitor Cunha (CEO da JLM&A).

A MindAlliance Portugal integra a comunidade MindForward Alliance, organização internacional não-governamental e sem fins lucrativos, atualmente com presença no Reino Unido, Hong Kong, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Portugal, Estados Unidos – e em processo de estabelecimento nos Emirados Árabes Unidos. Esta organização conta com mais de 13 anos de experiência no apoio às maiores empresas do mundo no desenvolvimento de condições que melhorem a forma como é encarada a saúde mental dos seus colaboradores. Destaco, em particular, o papel preponderante que teve no lançamento da agenda da saúde mental no Lloyds, o António Horta Osório – e no HSBC (Hongkong and Shanghai Banking Corporation), o John Flint, CEO do Grupo na altura.

Trata-se de uma verdadeira aliança constituída, não só por líderes de setores de diversas atividades, como por especialistas de saúde mental e de outras organizações que partilham a mesma visão de criar e manter um ambiente de saúde mental positivo no local de trabalho, dando assim o exemplo para que mais pessoas e empresas se possam juntar a nós.

Deixo ainda três exemplos de iniciativas que demonstram o poder de influência e o impacto da MindFoward Alliance. Em primeiro lugar, o papel que assumiu ao colocar este tema em discussão pela primeira vez em Davos 2019, no Fórum Económico Mundial. Depois, a parceria com o Oxford University, no lançamento do maior estudo sobre o impacto do bem-estar nos locais de trabalho. Finalmente, a parceria com o McKinsey Health Institute, no desenho de indicadores de saúde mental a integrar o reporting da componente ‘S’ do ESG.

Raquel Sampaio Diretora Executiva da MindAlliance Portugal

Fui desafiada a assumir a função de Diretora Executiva da MindAlliance Portugal, no final do ano passado, para desenvolver os projetos em mãos, dar notoriedade ao trabalho desenvolvido e criar mais consciencialização à volta da temática da saúde mental no local de trabalho. Acreditamos no trabalho em rede e na criação de um verdadeiro ecossistema na área. Neste momento, encontramo-nos a desenvolver projetos com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o McKinsey Health Institute, a NOVA SBE e a Business Roundtable Portugal – tudo com o apoio incansável e empenho dos nossos membros.

Mais ainda, como acredito em Portugal ligado ao mundo, tenho a certeza de que esta organização nos permite, como país e como aliança de empresas portuguesas, estar em conexão com uma forte rede internacional, para que possamos partilhar, aprender e crescer através da promoção da saúde mental no local de trabalho.

Para as empresas em Portugal, e para a comunidade que as rodeia, a proposta de valor e os fatores diferenciadores são evidentes. Por um lado, podem fazer parte de uma aliança, liderada por executivos e apoiada por especialistas em saúde mental, com o acesso a uma rede internacional de empresas, especialistas em saúde mental e organismos europeus e globais. Contamos ainda com mais de uma década de experiência acumulada nesta área e com o conhecimento adquirido do que funciona e do que não funciona nestas matérias. Acedemos aos mais diversos estudos e ferramentas, tanto da própria MindForward Alliance, como dos parceiros – por exemplo, da McKinsey Health Institute ou da Oxford University – para avaliar o bem-estar dos colaboradores e direcionar o investimento das empresas nestas áreas. Finalmente, participamos numa plataforma internacional de partilha, entre líderes de topo, de diversos setores da economia.

Estamos a prosseguir a missão da MindForward Alliance em Portugal. Pretendemos alargar a comunidade, multidisciplinar e complementar, num reforço contínuo para que as empresas assumam cada vez mais o seu papel preponderante na promoção da saúde mental dos colaboradores, compreendendo a importância que tem na sustentabilidade das empresas – e na produtividade e competitividade da nossa economia.

Sei bem que o caminho que temos pela frente ainda é longo e difícil. Mas também sei que existe em Portugal um conjunto de líderes mais do que disponíveis, com uma vontade enorme de melhorar a saúde mental dos colaboradores das empresas que lideram. Temos as portas abertas para que outros se juntem a nós, na MindAlliance.

Vamos a isso, pela Saúde Mental de todos.

Raquel Sampaio Diretora Executiva da MindAlliance Portugal

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