Rendas das casas aumentaram 7,1% em abril. Estão a subir mensalmente desde julho de 2020

Rendas das casas subiram 7,1% em abril. Todas as regiões apresentam crescimentos homólogos no valor das rendas pagas. Lisboa registou o aumento mais significativo (7,4%).

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 7,1% em abril, em termos homólogos, de acordo com os dados avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor das rendas efetivas pagas por inquilino está a subir, em termos mensais, desde julho de 2020.

No mês anterior, a subida foi de 6,9%, e em fevereiro tinha sido de 6,5%. Mais uma vez, todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (7,4%), à semelhança do mês anterior e numa aceleração de 0,2 pontos percentuais.

Em termos mensais, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma variação de 0,6% (0,9% no mês anterior), acrescenta o INE.

A região com a variação mensal positiva mais elevada foi Lisboa (0,7%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação. Em março, as regiões com a variação mensal positiva mais elevada tinham sido o Norte e a Madeira (1%).

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Italiana Dils entra no setor imobiliário em Portugal com aquisição da Castelhana

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Maio 2024

Patrícia Clímaco, acionista da Castelhana, diz que negócio "chega no momento certo" e permitirá à empresa com escritórios em Lisboa, Porto e Algarve "expandir-se para novas áreas de negócio".

Depois de entrar nos Países Baixos há pouco mais de um ano através da compra da Van Gool Elburg, o grupo italiano Dils acaba de anunciar a aquisição da portuguesa Castelhana, que emprega mais de 80 profissionais e tem escritórios em Lisboa, no Porto e no Algarve.

Fundada em 1999 e conhecida pela comercialização de novos empreendimentos residenciais premium, a Castelhana tem no portefólio imobiliário a gestão de mais de 600 projetos de reabilitação e de construção nova em Portugal, num valor superior a 2,3 mil milhões de euros na última década.

Em comunicado, e sem detalhar o valor da compra, a Dils explica que o plano para o mercado português passa por “acelerar o crescimento e trazer inovação ao setor residencial”. Ao mesmo tempo, pretende expandir para serviços imobiliários comerciais, como escritórios, retalho, logística e hotelaria, além de contratar “os melhores profissionais do país”.

“O acordo com a Castelhana permite à Dils exportar para Portugal o seu modelo de negócio único desenvolvido no mercado italiano, baseado num forte know-how orientado para a inovação e na capacidade de antecipar tendências de mercado nas diversas classes de ativos imobiliários, graças ao uso de tecnologias digitais avançadas e profissionais altamente experientes”, lê-se na mesma nota.

Para isso, o grupo imobiliário de origem italiana revela que contará com a sua “equipa de transformação interna”, que tem atualmente mais de 60 profissionais especializados em tecnologia, marketing e marketing digital, design gráfico, imagens 3D e pesquisa.

Italiana Dils compra imobiliária portuguesa Castelhana

Citado no comunicado, o CEO da Dils, Giuseppe Amitrano, indica que o objetivo ao entrar em novas geografias é “proporcionar serviços de excelência” aos clientes, combinando a “expertise local” com o “know-how, as competências e tecnologias” da empresa. “Vamos continuar a expandir a nossa presença noutros países e tornar-nos o novo player independente, inteligente e alternativo no mercado imobiliário europeu”, acrescentou, apontando a mira aos mercados da Alemanha, Espanha, França, Polónia e Reino Unido.

Esta transação chega no momento certo e permitirá à Castelhana expandir-se para novas áreas de negócio onde a Dils possui competências e know-how extraordinários.

Patrícia Clímaco

Acionista da Castelhana

Já Patrícia Clímaco, acionista da Castelhana, afirmou que este negócio “chega no momento certo” e permitirá à imobiliária portuguesa “expandir-se para novas áreas de negócio onde a Dils possui competências e know-how extraordinários”. A empresária promete que, agora em conjunto, vão “continuar a ser um player vibrante, líder de mercado e a prestar serviços de elevada qualidade a todos os nossos parceiros, investidores e clientes”.

Com escritórios em Milão, Roma, Amesterdão, a que se somam agora os portugueses, a Dils emprega 300 pessoas e apresenta-se como “a referência para empresas nacionais e multinacionais, investidores, operadores financeiros e particulares na pesquisa e desenvolvimento das melhores oportunidades imobiliárias no setor de escritórios, retalho, logística, hotelaria e residencial”.

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SIC deve dar tratamento igual aos candidatos políticos também nos programas de humor, diz a CNE

  • Lusa
  • 13 Maio 2024

Comissao Nacional de Eleições recebeu três participações pela exclusão do Chega do programa "Isto é gozar com quem trabalha". SIC responde que se trata de um programa de humor e não de informação.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) instou a SIC a assegurar que a sua programação, incluindo os programas humorísticos, dê o mesmo tratamento às candidaturas eleitorais ou que compense noutro programa um eventual desequilíbrio, após queixas de exclusão do Chega.

A CNE recebeu três participações, de cidadãos, contra a SIC por considerarem ter sido dado um “tratamento jornalístico discriminatório em período eleitoral [últimas eleições legislativas] (…), invocando que nenhum representante do partido Chega foi convidado para o programa ‘Isto é gozar com quem trabalha’” ao contrário do que sucedeu com outras candidaturas com representação parlamentar.

Na deliberação a que a Lusa teve acesso, a CNE delibera instar a SIC a assegurar que a sua programação, “considerada no seu todo, incluindo programas humorísticos, cumpra o princípio constitucional de igualdade de oportunidades e de tratamento das candidaturas” e, por outro lado, citando uma deliberação anterior da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “‘compense, na restante programação, os desequilíbrios gerados pelo programa participado, assegurando o pluralismo político-partidário nas suas emissões’“.

Ouvida pela CNE, o canal televisivo refere que as participações recebidas pela comissão “têm um conteúdo ofensivo da imagem da SIC e dos seus profissionais, bem como um caráter persecutório”, realçando que o programa em questão é de humor, “tratando-se do género de entretenimento e não do género informativo”.

A SIC recorda uma deliberação da ERC onde defendia que “os programas de humor estão associados a um certo nível de transgressão, devendo ser apreciados na perspetiva do exercício da liberdade de expressão e de criação artística. (…)”

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INE confirma desaceleração da inflação para 2,2% em abril. Habitação e energia impedem recuo maior

Diminuições das taxas de variação homóloga do Lazer, recreação e cultura e dos Restaurantes e hotéis, com variações de 0,5% e 4,3%, respetivamente, foram as mais significativas em abril.

A taxa de inflação em Portugal desacelerou ligeiramente em abril: passou de 2,3% em março para 2,2% em abril, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a estimativa rápida que tinha divulgado no final de abril.

Em termos homólogos, o abrandamento dos preços foi mais significativo no lazer e cultura e nos restaurantes e hotéis. Já os aumentos ao nível da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis impediram que a desaceleração da inflação fosse mais significativa.

“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,2% em abril, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, escreve o INE. “O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,0% (2,5% em março). A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2%). O índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação nula (-0,5% no mês anterior)”, detalha o instituto de estatística.

Quando a análise do comportamento dos preços é feita em termos mensais e não homólogos, então a variação do Índice de Preços no Consumidor foi de 0,5%, ou seja, menos pronunciada face aos 2% em março e quase idêntica aos 0,6% de abril de 2023. O INE acrescenta que a variação média nos últimos 12 meses foi de 2,6%, contra os 2,9% no mês anterior.

Neste caso, foram os hotéis (subida mensal de 15,56%) e a gasolina (3,76%) que mais contribuíram para a variação mensal do IPC, e em sentido oposto a eletricidade (-1,57%) e os voos internacionais (5,13%).

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador que será utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus, registou uma variação homóloga de 2,3%, uma desaceleração face aos 2,6% do mês anterior.

“De acordo com a informação disponível relativamente a abril de 2024, e tendo como referência a estimativa do Eurostat, a taxa de variação homóloga do IHPC português foi inferior em 0,1 p.p. à da área do euro (em março, a taxa de Portugal tinha sido superior à da área do Euro em 0,2 p.p.)”, precisa o INE.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Custos das empresas com salários dos trabalhadores aumentam mais de 6%

Maior aumento dos custos salariais no primeiro trimestre foi registado na Administração Pública (9,3%), enquanto o setor da construção teve a menor subida (4,3%) face ao mesmo período do ano passado.

Os custos das empresas com os salários dos trabalhadores voltaram a aumentar, nos primeiros três meses do ano. Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a subida foi mesmo superior a 6%. Também os outros custos — que incluem impostos, seguros de saúde e indemnizações — engordaram, entre janeiro e março.

“Os custos salariais por hora efetivamente trabalhada aumentaram 6,3% (6,0% no trimestre anterior)”, indica o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Entre os vários setores da economia portuguesa, foi na construção que se registou a menor subida destes custos (4,3%). Já o maior aumento foi verificado na Administração Pública (9,3%). Em comparação, na indústria o acréscimo foi de 4,8%, e nos serviços foi de 4,5%.

Já os outros custos, que abrangem, nomeadamente, os impostos, contribuições sociais, seguros de saúde e indemnizações, avançaram 6,1% nos primeiros três meses do ano, face ao registado ao ano anterior. Neste caso, verificou-se um abrandamento, já que no trimestre anterior tinham subido mais de 7%.

Com esta evolução dos custos salariais e dos outros custos, o índice de custo do trabalho registou um acréscimo homólogo de 6,2%, no primeiro trimestre do ano, abaixo da subida de 6,3% contabilizada no fim de 2023.

“A evolução homóloga do índice resultou também da conjugação do acréscimo de 6,1% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 0,2% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador“, salienta o INE.

O gabinete de estatística realça que o acréscimo do custo médio por trabalhador foi transversal a todas as atividades económicas.

Já no que diz respeito às horas trabalhadas, há a notar que só a Administração Pública registou um decréscimo, mas foi tal (em causa está um recuo de 3,2%) que acabou por ditar a quebra do indicador, de modo global.

(Notícia atualizada às 11h33)

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Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 13 Maio 2024

Esta segunda-feira, a taxa Euribor avançou nos três prazos: a três meses para 3,828%, a seis meses para 3,800% e a 12 meses para 3,654%.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,828%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,800%) e da taxa a 12 meses (3,654%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, avançou esta segunda-feira para 3,800%, mais 0,011 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta segunda-feira, para 3,654%, mais 0,025 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,828%, mais 0,010 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Cuatrecasas Acelera lança 9.ª edição para ajudar seis startups a validar estratégia jurídica

Este ano realizam-se umas Jornadas Jurídicas em Madrid e Barcelona para ajudar as startups a identificar necessidades jurídicas e tecnológicas. O prazo de inscrição decorre de hoje, 13 de maio.

O Cuatrecasas Acelera abriu o concurso para a nona edição, que estará aberto a partir de 13 de maio e até 23 de junho. O Cuatrecasas Acelera é um programa de inovação aberta através do qual, desde 2016, a Cuatrecasas disponibiliza experiência jurídica a startups com desafios jurídicos pertinentes que pretendam validar a sua estratégia jurídica e acelerar o seu compliance. De acordo com estratégia digital da Cuatrecasas, pretende-se, uma vez mais, impulsionar o ecossistema empreendedor em Portugal, Espanha e América Latina.

O Cuatrecasas Acelera disponibilizará a seis startups assessoria jurídica durante quatro meses em todas as áreas do Direito de que necessitem.

As startups interessadas em participar devem, para além de pertencer às áreas de fintech, insurtech, healthtech, energy e deeptech, enfrentar desafios jurídicos relevantes decorrentes do próprio modelo de negócio ou da aplicação de tecnologias disruptivas relacionadas, por exemplo, com Inteligência Artificial, hidrogénio, criptoativos ou blockchain.

“Tendo trabalhado com algumas das startups tecnológicas mais inovadoras e disruptivas do mercado, estamos numa posição única para as ajudar a ultrapassar os desafios jurídicos e regulatórios que muitas vezes acompanham a inovação”, afirma Francesc Muñoz, CIO da Cuatrecasas.

Tal como nas edições anteriores, no encerramento da convocatória do Cuatrecasas Acelera, um comité de avaliação composto por colaboradores da Cuatrecasas, colaboradores externos e clientes dos mercados verticais em que operam as startups, analisará todas as propostas recebidas para selecionar as que serão incluídas na pré-seleção do programa. Os seis projetos que participarão na nona edição do Cuatrecasas Acelera serão anunciados em setembro.

A Cuatrecasas continua a ampliar a equipa de mentores, com profissionais com uma trajetória reconhecida nas diversas áreas do Direito, experientes nas jurisdições e sectores do ecossistema empreendedor de Portugal, Espanha e da América Latina, para prestar uma assessoria integral, individualizada e adaptada a cada projeto.

Como novidade desta nona edição, todas as startups que considerem apresentar uma candidatura poderão inscrever-se na primeira edição das Jornadas Jurídicas para Startups que terá lugar a 29 de maio, em Barcelona, e 4 de junho, em Madrid. Trata-se de workshops jurídicos presenciais dirigidos a startups, centrados na identificação das necessidades jurídicas, na otimização do intercâmbio de valor entre as diferentes iniciativas e intervenientes no ecossistema e na valorização dos intervenientes na inovação em sectores relevantes como a propriedade intelectual, o direito laboral, o direito fiscal e o direito comercial.

“As startups que utilizam tecnologias inovadoras ou que operam em sectores regulamentados devem desde cedo investir numa boa equipa de advogados. Este acompanhamento permitir-lhes-á definir um modelo de negócio e uma atividade com todas as garantias jurídicas. Ter uma boa estratégia laboral e fiscal ou dispor de uma boa proteção da propriedade intelectual torna-as mais atrativas para o investimento. Além disso, ter uma boa assessoria de acordo com a regulamentação do sector em que operam permitir-lhes-á aumentar as vendas”, explica Alba Molina, Innovation Project Manager da Cuatrecasas.

O Cuatrecasas Fast Track abre pela sétima vez a convocatória de maneira permanente para permitir a incorporação durante todo o ano de novos projetos. O objetivo deste programa é testar a tecnologia de scaleups internacionais para, em colaboração com a Cuatrecasas, poderem planear, cocriar e desenvolver projetos-piloto que guardem relação com os desafios de negócio que as sociedades jurídicas enfrentam.

O Cuatrecasas Fast Track coloca o foco desta edição na inteligência artificial generativa e considerará todas as candidaturas que respondam a alguns dos seguintes quatro desafios: maximizar o conhecimento coletivo dentro da Cuatrecasas; fomentar a produtividade e eficiência no sector jurídico através de sistemas de automatização; desenvolver soluções que permitam a digitalização da relação e melhoria da colaboração com o cliente para fomentar o customer engagement.

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REN vai investir 1,7 mil milhões em quatro anos e aumenta dividendo até 2027

No Capital Markets Day, empresa liderada por Rodrigo Costa anunciou aceleração da estratégia de investimento, distribuído pelos setores da eletricidade (65%), gás (25%) e negócio internacional (10%).

A REN – Redes Energéticas Nacionais vai investir entre 1,5 e 1,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2027, indica o Plano Estratégico publicado esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Uma soma 70% superior à apresentada no plano estratégico anterior.

“Temos muitos investimentos a fazer, mas também precisamos que o Governo e União Europeia façam o seu papel. Que percebam o que é necessário acontecer para haver transição [energética]. O comboio já partiu da estação”, indicou o CEO da REN, Rodrigo Costa, na apresentação do novo Plano Estratégico, que decorre esta manhã, em Lisboa.

A ambição de investimento é superior à do plano estratégico anterior. Entre 2020 e 2024, a fasquia estava colocada nos 900 milhões de euros.

Os investimentos dirigem-se, maioritariamente, à área de eletricidade (65%), mas em parte também ao gás (25%), havendo ainda 10% destacados para investimento internacional.

No horizonte deste plano estratégico, a REN pretende expandir a rede elétrica de forma a acolher 3,5 gigawatts (GW) de projetos solares, por acordo direto com os promotores, até 2027, assim como 2,5 GW de projetos que ganharam direito a ligar-se à rede em leilão. No que diz respeito aos projetos por acordo direto, já foram assinados 32 desde 2021. Os restantes, até perfazer 7 GW, serão assinados numa segunda fase, e não estão contemplados neste plano estratégico.

Está ainda prevista a ligação de 0,2 GW projetos de eólico onshore (em terra), e 0,3 GW de projetos renováveis e de armazenamento, através da hibridização (utilização de pontos de conexão à rede já existentes para acomodar nova capacidade).

Já no que diz respeito à energia eólica offshore, ou seja, instalada no mar, a REN ainda vê como um “plano de longo-prazo”, mas uma área na qual tem de começar a trabalhar desde já, indicou o COO, João Conceição, na mesma apresentação. Uma equipa dedicada a este assunto será constituída este ano.

E se o investimento em redes elétricas sobe até 50%, para entre 240 a 280 milhões por ano, o salto no investimento em infraestruturas de gás é maior: de 125%, para entre 105 a 115 milhões por ano, sendo que mais de metade recairá sobre infraestrutura de gases renováveis.

“Não nos vamos esquecer da importância do gás na segurança de abastecimento”, alertou João Conceição. De momento, as renováveis têm suportado em grande parte o funcionamento do sistema, mas há dois anos, quando se registou falta de água, “se não fosse o gás, teríamos tido um problema de abastecimento”.

Debruçando-se sobre o hidrogénio verde, o CEO já havia introduzido que “é importante para a indústria local”, e que não sabe quando será uma realidade mas a empresa sabe que “vai acontecer” e é “uma oportunidade que temos de agarrar”.

Mais dividendo e lucro, mas tecto mais baixo para a dívida

No mesmo período, o dividendo deverá subir de 15,4 cêntimos por ação, para os 16,3 cêntimos. “Acreditamos que o crescimento também deve estar presente na política de dividendos”, afirmou o responsável pelas Finanças na REN, o CFO Gonçalo Soares, assinalando que desta forma a empresa abandona a política histórica de estabilização, mas com um “crescimento sustentável da remuneração”.

Em paralelo com o crescente investimento e com a subida na remuneração acionista, a REN espera que o lucro aumente de 110 milhões anuais para 105 a 120 milhões anuais, e que a dívida líquida se mova do patamar de 2,4 mil milhões a 2,7 milhões para os 2,5 mil milhões a 2,6 mil milhões.

Notícia atualizada pela última vez às 11h40

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Europeias. Governo vai transferir para as câmaras mais 295,7 euros por secção de voto

Municípios vão receber uma “importância resultante da soma” de três parcelas: 214 euros por concelho; dois cêntimos por eleitor inscrito e 305,75 euros por secção de voto.

O Governo vai transferir para os municípios mais 295,7 euros por secção de voto, além do que é habitual em atos eleitorais, para que as câmaras possam fazer face aos custos com técnicos de apoio informático.

“Para a eleição dos deputados do Parlamento Europeu e considerando o contexto excecional de exercício do direito de voto em mobilidade no próprio dia da eleição e a necessidade de pagamento de custos relacionados com os técnicos de apoio informático, adota-se, excecionalmente, o pagamento de uma verba adicional de 295,75 euros por secção de voto”, lê-se no despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

São múltiplos os municípios que têm a decorrer processos de recrutamento de técnicos informáticos para as eleições europeias. É o caso, por exemplo, do Fundão, Oliveira de Azeméis, Chamusca, Coruche, Viana do Castelo ou Lourinhã.

Assim, no âmbito da votação para o Parlamento Europeu, agendada para 9 de junho, os municípios portugueses vão receber uma “importância resultante da soma” de três parcelas: 214 euros por concelho; dois cêntimos por eleitor inscrito e 305,75 euros por secção de voto.

Desde 1979 que são transferidas verbas para as câmaras de modo a “possibilitar às entidades responsáveis, nomeadamente a nível autárquico, a correta e tempestiva prática dos atos que lhes competem”. As verbas transferidas visam “facultar-lhes os meios económicos adequados, por forma a minimizar os encargos daí resultantes e a garantir o bom desenvolvimento do processo eleitoral”, como explica o decreto-lei de 1979.

Os montantes diferem dos transferidos por despacho aquando das eleições para o Parlamento Europeu em 2019. Nesse ano, cada freguesia recebia 40 euros e só os municípios do distrito de Évora receberam 640 euros por secção de voto, devido ao projeto-piloto de voto eletrónico que neles decorreu.

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Quo vadis, Seguros?

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  • 13 Maio 2024

Ainda há muito que falar sobre MGAs, num momento em que o mercado das Agências de Subscrição tem crescido em Portugal, em contraciclo com o que se vê do lado das seguradoras generalistas.

Uma Agência de Subscrição (ou uma Managing General Agent) é, na prática, uma mediadora de seguros que oferece soluções de seguradoras estrangeiras no mercado em que operam. No nosso caso, em Portugal, para além de poder subscrever e garantir riscos em nome da seguradora A, B ou C, tem mais ou menos autonomia noutras áreas diferentes, como a gestão de sinistros ou o recebimento de pagamentos, de acordo com o que tenha estabelecido no contrato com essa seguradora.

Isto permite-nos ser mais ágeis que uma seguradora tradicional, escolher os produtos onde haja mais procura, ajustar rapidamente a oferta à real necessidade do cliente, e oferecer um serviço personalizado e de alfaiate aos nossos parceiros. Isto porque, para nós, um cliente não é mais um número, é alguém que temos de servir e queremos fidelizar. É um mercado mais atomizado, mas igualmente mais próximo e ajustado na relação qualidade-preço.

Não é um acaso que muitas MGAs estejam ligadas a, ou tenham participação de, vários dos principais corretores ou mediadores de seguros. É uma consequência de visão empresarial: por um lado a necessidade de oferecer soluções aos seus clientes e, por outro, a identificação de uma necessidade mais ampla no mercado, que podem suprir a outros players substituindo-se a uma seguradora generalista para quem a oportunidade é muito pequena e, principalmente, pouco rentável.

Rui Ferraz, Diretor Comercial da Innovarisk

Mas, como em qualquer ecossistema em mudança, o difícil é saber como se adaptar ao futuro do mercado atual. E é aqui que irei fazer alguma futurologia sobre o que espera as MGAs nos próximos tempos, com base em três vetores:

  • Seleção natural: depois de uma fase natural de aumento do número de MGAs, é provável que a médio prazo o número venha a diminuir, estabilizando-se por via de aquisições, fusões, e natural saída do mercado das que não consigam rentabilizar o investimento.
  • Reconhecimento do mercado: este tem vindo a acontecer do lado dos parceiros (outros mediadores e corretores) e dos clientes, que querem uma solução e não saber do estatuto profissional da entidade que lhe garante condições. É premente que o mesmo aconteça por parte do regulador (a ASF) ao nível do estatuto das MGAs em Portugal (não é justo para ninguém que uma MGA seja equiparada a um mediador quando têm necessidades e valências diferentes), e das associações de seguradoras e de profissionais de seguros, como parceiros e potenciais prestadores de serviços. É estranho estarmos em painéis de co-seguro com as maiores seguradoras do país, que confiam em nós para aportar essa capacidade, mas não sermos reconhecidos pela sua Associação como, no mínimo, semelhantes. E é estranho que, numa era em que se reduzem as soluções de seguros à disposição dos agentes, mediadores e corretores por via das fusões e compras de seguradoras, não exista um esforço consertado das principais associações em falar aos seus associados deste admirável mundo novo de oportunidades à distância de um clique ou telefonema. É possível que o futuro disto esteja ao virar da esquina, eventualmente através da união de esforços e interesses das MGAs já existentes no mercado. Já esteve, certamente, mais longe.
  • Formação e retenção de talento: um ponto fulcral para o crescimento, e até sobrevivência, do ecossistema das MGAs. E é fácil de se entender: dado a maioria dos produtos comercializados pelas agências de subscrição serem altamente especializados e de nicho de mercado, não abunda no mercado a capacidade técnica ou comercial para os trabalhar. Como tal, o que muitos temos feito passa por apostar em novos talentos, muitas vezes tapados nas empresas onde trabalham, a quem reconhecemos potencial para muito mais. Isto implica formação, tempo e paciência. E dinheiro, claro. Nada disto abunda na maioria das MGAs, mas a formação é sempre vista como um investimento estratégico e fundamental. Se juntarmos a isto uma maior apetência para o desenvolvimento tecnológico, pensamento lateral e capacidade de desenrascanço, é fácil perceber que, num plantel sempre curto, a perda de uma pessoa faz sempre falta. Mas acontece, e com mais regularidade que o que seria esperado. A ascensão de um colaborador numa MGA acaba por ser rápida e o seu reconhecimento imediato entre pares. Afinal, não há muitos iguais. O que faz com que o interesse natural seja mais que muito por parte de empresas com poder financeiro superior. A capacidade de reter estes talentos, seja por formação, condições económicas, reconhecimento ou promoção, é essencial ao contínuo desenvolvimento destas empresas. E um dos principais desafios de todo o setor.

As inovações do mercado segurador atual vêm do lado das MGAs, sejam estas independentes, como a Innovarisk, ou ligadas a players do mercado. Há lugar para todos no mundo que estamos a construir.

Rui Ferraz, Diretor Comercial da Innovarisk

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Paulo Rangel recusa genocídio de Israel em Gaza, mas “catástrofe humanitária exige condenação”

  • Lusa
  • 13 Maio 2024

"O genocídio pressupõe a vontade de eliminar um povo. Seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano", entende Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros recusa chamar de genocídio ao que está a acontecer em Gaza, considerando que “seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano”, mas realça a existência de uma catástrofe humanitária.

“O genocídio pressupõe a vontade de eliminar um povo. Seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano”, disse Paulo Rangel, numa entrevista ao jornal espanhol El País, onde sublinha que “existe uma catástrofe humanitária que exige condenação, que exige que Israel aceite um cessar-fogo imediato e que precisa de ser reparada o mais rapidamente possível”.

Paulo Rangel recorda na entrevista que Portugal expressou esta posição ao Governo israelita e ao seu embaixador em Lisboa.

Questionado sobre se a comunidade internacional deveria impor medidas punitivas a Israel, o ministro respondeu que se deve “exercer grande pressão sobre o Governo”. “Portugal entende que o Estado israelita enfrenta uma ameaça existencial. Isto também não deve ser escondido, mas uma coisa não elimina a outra”, refere.

“É por isso que somos a favor da solução de dois Estados, ambos têm o direito de existir. A pressão aumentou claramente. Os Estados Unidos desempenharam um papel muito importante nesse sentido”, defendeu o ministro, entendendo que é preciso continuar a exercer a diplomacia e até “alguma pressão política” sobre Israel para, pelo menos, se conseguir um cessar-fogo.

A propósito do reconhecimento da Palestina como Estado por parte da Espanha e de outros países, Paulo Rangel disse que Portugal tem “uma posição muito próxima”, “embora não seja exatamente a mesma”.

“Há uma diferença temporal. Fazemos consultas com outros Estados-Membros para ver qual é o momento mais oportuno para dar esse passo”, afirmou o governante, acrescentando que “existe um grande consenso europeu sobre a questão dos dois Estados”.

Rangel recordou ainda que Portugal “tomou medidas para tentar reunir os países relutantes a favor da votação sobre a Palestina na Assembleia Geral”.

Na entrevista, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse igualmente que a preocupação de Portugal “não é criar uma linha divisória na União Europeia, uma fratura que radicalize posições”, mas manter uma “posição construtiva”.

“Juntamente com a Espanha, há muito que apelamos a um cessar-fogo imediato e à libertação dos reféns. Estamos perante uma catástrofe humanitária, uma situação de urgência e emergência para o povo palestiniano de Gaza, cuja grande maioria é inocente”, afirmou.

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Investidores da Espírito Santo Saúde levam CMVM ao Tribunal de Justiça da UE

  • ECO
  • 13 Maio 2024

Regulador dos mercados tinha considerado que os investidores não podiam exercer o mecanismo de alienação potestativa na compra de títulos da ES Saúde depois da OPA da Fidelidade.

Três investidores da Espírito Santo Saúde — agora Luz Saúde, desde a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Fidelidade há cerca de nove anos — querem levar a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Em causa está o facto de o regulador dos mercados ter considerado que os investidores não podiam exercer o mecanismo de alienação potestativa na compra de títulos da ES Saúde já depois da OPA.

Em abril de 2018, a maioria dos acionistas da então ES Saúde tinha aprovado a perda de qualidade de sociedade aberta e consequente saída de bolsa dos títulos remanescentes, que ainda não pertenciam à Fidelidade. Entre outubro de 2014 e novembro de 2018 foi possível negociar as ações em mercado regulamentado, até que a empresa acabou por deixar de estar cotada no final desse ano.

Como a lei portuguesa permite que seja exercido o mecanismo de alienação potestativa “nos três meses subsequentes ao apuramento dos resultados” da OPA, devendo os investidores “dirigir por escrito ao sócio dominante convite para que, no prazo de oito dias, lhe faça proposta de aquisição das suas ações”, os investidores — depois de terem perdido o caso no Tribunal Administrativo Sul e no Tribunal de Círculo de Lisboa — viram ser aceite o recurso no Supremo Tribunal Administrativo (STA), que se predispôs a avaliar a possibilidade de questionar o TJUE sobre se o “não” dado pela CMVM está de acordo com o direito europeu.

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