Produção eólica em Portugal com novo máximo de produção na terça-feira

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2024

A produção de eólica em Portugal atingiu um novo máximo histórico esta terça-feira às 17:30, com um pico de 4.917 megawatts.

A produção de energia eólica em Portugal atingiu um novo máximo histórico na terça-feira às 17:30, com um pico de 4.917 megawatts (MW), informou esta quinta-feira a Redes Energéticas Nacionais (REN)

De acordo com a gestora da rede elétrica, o valor registado correspondeu a 63% do consumo nacional de eletricidade àquela hora.

Naquele dia, o consumo de energia elétrica totalizou 167 gigawatt (GWh), com uma ponta de 8.553 MW às 19:30, e a produção renovável abasteceu 88% do consumo nacional e do saldo exportador, destacando-se a eólica com 42%.

O anterior máximo registado pelo Sistema Elétrico Nacional tinha sido alcançado no dia 17 de outubro de 2023, às 02:30, com uma produção de 4.843 MW, adianta a empresa em comunicado.

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Sócrates levanta suspeitas de “motivação política” sobre procurador que investiga Operação Influencer

  • ADVOCATUS
  • 18 Janeiro 2024

Na carta, a que a CNN Portugal teve acesso, José Sócrates salienta que "um dos procuradores do processo EDP desempenhou funções de assessor num gabinete ministerial no governo PSD/CDS".

Numa carta enviada à Procuradora-Geral da República, José Sócrates levanta suspeitas de “motivação política” sobre o procurador que está a investigar o caso que fez cair o governo de António Costa, lembrando o caso EDP, que “é investigado há 12 anos” pelo mesmo procurador, que trabalhou anteriormente como assessor do governo do PSD/CDS.

O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, enviou uma nova carta à Procuradoria-Geral da República (PGR) na qual levanta suspeitas de “motivação política” sobre o procurador que investiga a Operação Influencer.

Na carta, a que a CNN Portugal teve acesso, José Sócrates salienta que “um dos procuradores do processo EDP desempenhou funções de assessor num gabinete ministerial no governo PSD/CDS”, referindo-se a Hugo Neto, procurador do DCIAP e antigo assessor de Paulo Portas quando era ministro da Defesa.

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Empresas portuguesas mostram “lingerie” em Paris

Oito empresas portuguesas do têxtil e vestuário vão levar à cidade parisiense as últimas novidades da moda feminina.

Oito empresas portuguesas — Cristina Barros, Hirundo Sustainable Sneakers, Iora Lingerie, Juliano Bella, Lemon Jelly, Luipex, Pereira & Andrade e Mira Sleepwear – vão voar até Paris para participar em mais uma edição das feiras Who’s Next e Salon International de la Lingerie (SIL), que decorrem dias 20 a 22 de janeiro na Porte de Versalhes.

Assumindo-se como o “salão internacional líder da moda feminina” o universo Who’s Next está de regresso à Porte de Versailles, em Paris, para apresentar as últimas tendências de moda feminina (Who’s Next), acessórios (Bijorhca), lingerie (SIL /Interfilère) e ainda de sustentabilidade (Neonyt) e inovação premium (Impact & Traffic).

Fiel participante da SalonInternational de Lingerie (SIL) etInterfilière, a Iora Lingerie reforça o posicionamento em mais uma edição. “É uma feira ao qual participamos há cerca de 19 anos, e onde temos diversos clientes fidelizados e onde conseguimos encontrar mais a nível mundial”, afirma a diretora geral da Iora Lingerie, Cristina Flores, que para além do mercado francês espera conquistar mais clientes de países como a Alemanha e a Bélgica.

Quem também se mostra entusiasmada com a participação na SIL é a Mira Sleepwear que participará no evento parisiense pela segunda vez consecutiva. “Com base na nossa experiência achamos que as feiras estão a ocupar um lugar essencial para realizar novos contactos e manter existentes, numa geração tão digital que vivemos as oportunidades presenciais são cada vez menos, temos distribuidores e agentes que não conhecemos pessoalmente, a SIL acaba por ser um ponto de encontro para debater feedbacks e aproximar as nossas relações”, considera Tiago Carneiro Rodrigues, CEO da Mira Sleepwear.

A Lemon Jelly considera a participação na Who’s Next “essencial para a afirmação no mercado europeu, em particular o francês”, onde têm “uma posição robusta” que pretendem “manter e estimular”, diz José Pedro Silva, diretor de marketing da empresa. “Estando presentes na Who’s Next, garantimos a capacidade de apresentar a nossa marca, e as novidades que trazemos para esta estação, numa interação direta com aqueles, que mais à frente, poderão ajudar-nos na expansão da Lemon Jelly no mundo”, remata.

Cristina Barros, Hirundo Sustainable Sneakers, Juliano Bella e Lemon Jelly vão participar na feira Who’s Next, enquanto a Iora Lingerie, Luipex, Pereira & Andrade e Mira Sleepwear vão marcar presença na SIL.

A participação das PME portuguesas na Who’s Next é uma iniciativa da Selectiva Moda e da Associação Têxtil e Vestuário (ATP), que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. O projeto “From Portugal” é cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do Portugal 2030, através do Compete 2030.

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Vendas de automóveis elétricos sobem 37% em 2023 na Europa

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2024

Foram vendidos 1,5 milhões de automóveis elétricos novos no mercado europeu, estabelecendo um novo recorde.

Os automóveis elétricos novos representaram 14,6% do mercado europeu no ano passado, com 1,5 milhões de unidades vendidas, ou mais 37% do que em 2020, estabelecendo um novo recorde, foi anunciado esta quinta-feira.

Os automóveis elétricos ultrapassaram os automóveis a diesel pela primeira vez durante um ano inteiro, apesar de um mês de dezembro pouco dinâmico devido ao fim dos subsídios à compra na Alemanha, indicou a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).

No ano passado, as vendas de carros novos na Europa recuperaram 13,9%, impulsionadas pelos veículos híbridos e elétricos, mas também por modelos a gasolina, de acordo com os dados publicados pela ACEA.

Os mercados francês, italiano e espanhol, em particular, registaram aumentos de dois dígitos em comparação com 2022.

No entanto, a Alemanha, o maior mercado do continente, parou em dezembro, registando menos 23% em relação ao ano anterior, com o fim dos subsídios à compra de automóveis elétricos.

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Estado poderá pagar mais de 230 milhões de euros por TGV de Sócrates

  • ECO
  • 18 Janeiro 2024

Com a chegada da Troika, o Tribunal de Contas recusou o contrato da alta velocidade atribuído à Elos, que desde então pede indeminização ao Estado pelos custos incorridos no projeto.

O consórcio Elos, a quem o Estado entregou em 2010 a concessão de alta velocidade Poceirão-Caia, está há cerca dez anos em Tribunal a exigir ao Estado uma indemnização, pelos custos incorridos com o projeto, de 150 milhões de euros aos quais se somam os juros de mora, elevando a fatura para mais 230 milhões, avança esta quinta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago)

O concurso para a concessão do troço de alta velocidade lançado pelo Governo de Sócrates, resultou na atribuição do contrato ao consórcio então liderado pela Brisa e a Soares da Costa, mas foi cancelado durante a intervenção da troika. Desde 2013 que o consórcio pede indemnização de 150 milhões de euros ao Estado, que acabou por ser condenado a pagar o valor exigido acrescido de juros, em 2016, mas o Estado avançou com uma ação de anulação da sentença que ainda está em curso.

O troço Poceirão-Caia, que integrava o projeto da alta velocidade entre Lisboa e Madrid, custava 1,6 mil milhões de euros, na altura, e tinha um apoio de 662 milhões de fundos europeus a fundo perdido e 600 milhões do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Já o atual projeto de alta velocidade teve as primeiras peças do concurso disponíveis na plataforma AnoGov no dia em que António Costa apresentou demissão, ou seja, 7 de novembro, avança o Correio da Manhã (acesso pago), cerca de dois meses antes da sua data de lançamento oficial, dia 12 de janeiro deste ano.

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Hoje nas notícias: TGV, transportes e media

  • ECO
  • 18 Janeiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Estado português poderá ter de pagar 230 milhões de euros ao consórcio que ganhou a concessão do TGV no Governo de Sócrates. Metade da verba que o Governo vai investir nos transportes (410 milhões de euros) vai para Lisboa. E o setor da comunicação social tem vindo a aumentar os lucros, mas as rádios e as publicações periódicas, que representam a maioria do setor, faturam menos de 100 mil euros por ano. Estas são algumas das notícias em destaque esta quinta-feira nos jornais nacionais.

Estado em risco de pagar mais de 230 milhões pelo TGV de Sócrates

O consórcio Elos, a quem o Estado entregou em 2010 a concessão de alta velocidade Poceirão-Caia, está há cerca dez anos em Tribunal exigindo ao Estado uma indemnização, pelos custos incorridos com o projeto, de 150 milhões de euros aos quais já somam juros de mora, num total que supera os 230 milhões. O concurso para a concessão do troço de alta velocidade lançado pelo Governo de Sócrates, resultou na atribuição do contrato ao consórcio então liderado pela Brisa e a Soares da Costa, mas foi cancelado durante a intervenção da troika. O troço Poceirão-Caia, que integrava o projeto da alta velocidade entre Lisboa e Madrid, custava 1,6 mil milhões de euros, na altura, e tinha um apoio de 662 milhões de fundos europeus a fundo perdido e 600 milhões do Banco Europeu de Investimento.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

TGV arrancou no dia da demissão de António Costa

As primeiras peças do concurso da alta velocidade ferroviária (TGV) ficaram disponíveis na plataforma AnaGov no site do dia em que António Costa pediu a demissão em consequência do processo Influencer, ou seja, a 7 de novembro. No entanto, o anúncio oficial do projeto só foi feito meses depois, a 12 de janeiro. Em causa estão as peças que constituem o pré-anúncio do concurso do TGV.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Há 437 milhões para transportes e metade fica em Lisboa

O novo programa de financiamento, Incentiva+TP, prevê um financiamento de 410 milhões de euros do Estado e 27,35 milhões pelos municípios para custar o serviço de transportes públicos e investir na densificação das redes. Mais de metade das verbas vai para a Área Metropolitana de Lisboa (217 milhões). Ao Grande Porto serão alocadas 15,3% do Estado (62,79 milhões). Para as restantes regiões do país chegam apoios que variam entre os 0,3% e os 3%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Maioria dos media fatura menos de 100 mil euros

O setor da comunicação social tem vindo a apresentar melhores resultados financeiros nos últimos anos. Verificou-se um aumento de quase 10% das receitas em 2022, com lucros a disparar acima dos 70%. No entanto, a subida é impulsionada, principalmente, pelos grandes grupos de comunicação social a quem corresponde a maior fatia desses resultados. Por outro lado, as rádios e as publicações periódicas, que representam a maioria do setor, faturam menos de 100 mil euros por ano.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Regras mais apertadas podem tirar juros às financeiras no crédito ao consumo

A diretiva do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJEU) que determinou que os clientes que tenham contraído um crédito ao consumo junto de uma instituição financeira têm direito a pedir o cancelamento do contrato, logo, a terem os juros reembolsados se se chegar à conclusão que não foi realizado um estudo prévio sobre a solvência do crédito, não preocupa as financeiras nacionais, que garantem já fazer uma análise “bastante robusta de solvabilidade”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

 

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Portugal vai tentar captar mais fundos europeus para a primeira fase do TGV

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2024

O investimento no eixo Lisboa - Valença da linha ferroviária de alta velocidade até à Galiza está estimado pelo Governo em cerca de 7 a 8 mil milhões de euros.

Portugal ainda vai tentar captar mais fundos europeus do Mecanismo Interligar a Europa (MIE), em competição com mais países, além dos 729 milhões alocados para a primeira fase da linha de alta velocidade, de acordo com o Governo.

“O nosso plano, em termos de financiamento, é esgotar os fundos que é possível ir buscar ao atual CEF [Connecting Europe Facility, MIE na sigla portuguesa], o CEF 2 (…), na primeira fase (Porto-Soure). Quando eu digo esgotar, falo de fazer agora candidatura aos 730 milhões que são o envelope exclusivo para Portugal, e depois, fazer tantas candidaturas subsequentes para, em regime competitivo, tentarmos conseguir ir buscar tanto financiamento europeu quanto for possível“, disse à Lusa o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco.

Para o governante, que falou à Lusa na estação de São Bento, no Porto, “o projeto tem boas condições para conseguir isso”, sendo o plano subsequente “usar o próximo quadro do CEF, o CEF 3, que começa em 2027, para financiar a segunda fase do [projeto] Porto – Lisboa”, que corresponde ao troço entre Soure e o Carregado (Alenquer, distrito de Lisboa).

Questionado se o CEF 3 terá alguma verba alocada exclusivamente para Portugal, o secretário de Estado disse desconhecer, até porque o próximo quadro orçamental comunitário só vem em 2027, mas disse ter “a expectativa de que o CEF 3 tenha um funcionamento semelhante àquilo que foi o CEF 2 e o CEF 1”.

“Sabemos, de contactos informais que temos com Bruxelas que, no quadro das instituições europeias, há um macroplaneamento, pelo menos informal, que já tem mais ou menos distribuídos os projetos que são os potenciais para financiamento até ao CEF 3 ou ao CEF 4″, disse Frederico Francisco à Lusa.

Quanto ao financiamento a captar pelos consórcios que concorram às parcerias público-privadas (PPP) da linha de alta velocidade, o Banco Europeu de Investimentos (BEI) poderá financiar, de acordo com dados já vindos a público, “cerca de 50% do montante total do projeto”, referindo-se à fase Porto – Soure, num valor que poderá rondar os 3 mil milhões de euros.

Frederico Francisco disse ainda ter “a certeza de que há empresas portuguesas a preparem-se para concorrer” às PPP da linha de alta velocidade, manifestando uma “confiança razoável de que há empresas portuguesas que estarão bem colocadas para poder ser competitivas nestes concursos”.

O investimento no eixo Lisboa – Valença da linha ferroviária de alta velocidade até à Galiza está estimado pelo Governo em cerca de 7 a 8 mil milhões de euros, disse à Lusa o secretário de Estado das Infraestruturas.

“Não tenho um número rigoroso, mas o investimento global entre Lisboa e Valença, se incluirmos a segunda fase da ligação Porto – Valença, deverá andar pelos 7 mil, 8 mil milhões de euros”, disse Frederico Francisco à Lusa na estação ferroviária de São Bento, no Porto, acerca do projeto de alta velocidade ferroviária, cujo primeiro concurso da primeira fase foi lançado na sexta-feira.

As empresas ou consórcios interessados em concorrer a esta PPP devem fazê-lo até às 17h00 de dia 13 de junho, e o procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.

O procedimento de avaliação considera o preço um fator com 70% de ponderação, e a qualidade 30%.

No total, esta PPP implica um custo de cerca de 4,3 mil milhões de euros até 2055, segundo a resolução do Conselho de Ministros, sendo repartido por 31 anos um “montante de 4.269.507.412,38 euros”, relativo à concessão ao vencedor do concurso público.

A linha de alta velocidade deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A primeira fase (Porto – Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure – Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente, mas assegurada via Linha do Norte.

Prevê-se a realização de 60 serviços por dia e por sentido, dos quais 17 serão diretos, nove com paragens nas cidades intermédias (Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia), e 34 serviços mistos (com ligação à rede convencional).

O projeto prevê transportar 16 milhões de passageiros por ano na nova linha, dos quais cerca de um milhão que atualmente fazem aquela viagem de avião.

Paralelamente, está também a ser projetada a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), com estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença (distrito de Viana do Castelo).

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Instituto Top Empregador reconhece 137 empresas em Espanha pelas suas boas práticas em recursos humanos

  • Servimedia
  • 18 Janeiro 2024

Entre elas estão ILUNION, Indra, Gilead, Amazon e Quirónsalud, entre outras.

Até 137 empresas com atividades em Espanha foram certificadas pelo Instituto Top Empregador como “os melhores empregadores” e “as organizações mais destacadas nas suas práticas com pessoas” em 2023, o que representa um aumento de 16% em relação ao ano passado.

Isso consta nos resultados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Top Empregador, que reconheceram o bom trabalho de 2.300 empresas de 121 países diferentes.

Este programa procura avaliar as práticas das empresas participantes relacionadas às pessoas por meio de uma pesquisa “baseada em fatos e auditada de forma independente”. Essa análise engloba 6 domínios que abrangem todos os aspetos de recursos humanos e são divididos em 20 temas diferentes, tais como estratégia de pessoas, ambiente de trabalho, aquisição de talentos, aprendizagem, liderança, diversidade, equidade e inclusão, bem-estar, entre outros.

As 137 empresas Top Empregador em Espanha pertencem a setores como o farmacêutico, automobilístico, tecnológico, segurador, bens de consumo, energético e bancário. Essas empresas, que têm em média 5.200 funcionários em nível nacional e 86.700 em nível global, operam, em média, em 54 países.

Em ordem alfabética, o certificador de recursos humanos concedeu seu selo para ADM; Airbus; Alcampo; Alcon; Allfunds; Allianz Seguros; Almirall; Alsa; Alstom; Amadeus; Amazon; Amgen; Angelini Pharma; Applus+ IDIADA; Arkema; Atlantic Copper; AXA Seguros; Banca March; Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA); Banco Sabadell; Banco Santander; Bankinter; Bayer; Bimbo; Biogen; BNP Paribas Personal Finance; Boehringer Ingelheim; Bridgestone Hispania Manufacturing; Bridgestone Ventas; Bristol Myers Squibb; British American Tobacco e BSH Electrodomésticos.

Também receberam esse reconhecimento Canon; Capgemini; Capsa FOOD; Carrefour; CDS a Hewlett Packard Enterprise Company; Cegid; Cepsa; CHEP; Chupa Chups; Coca-Cola Europacific Partners; Cofares; Cognizant; Compass Group; Consum Cooperativa; Corporación Hijos de Rivera; Dana Automoción; Deloitte; Dentsu; DHL eCommerce; DHL Freight; DHL Global Forwarding; EDP; EDP Renewables (EDPR); Educa Edtech Group; Electrolux; Enagas; Esprinet Group; Exolum; EY; Faiveley Transport (uma empresa da Wabtec); Ferrovial; GAES, uma marca Amplifon; GEA; Generali; Giesecke+Devrient; Gilead Sciences; GroupM Publicidad Worldwide; Grupo Air Products; Grupo BNP Paribas; Grupo CaixaBank e Grupo Vall Companys.

Na lista também aparecem Helvetia Seguros; Hero; Holcim; HSBC; Huawei Technologies; ILUNION; Indra; Inetum; ING; Iris Global Soluciones; ISDIN; Japan Tobacco International (JTI); John Deere; Kenvue; KONE Elevadores; Lear Corporation; Leroy Merlin; Lidl; Línea Directa Aseguradora; Lyreco; Mantequerías Arias; Mapfre; Marazzi Group; Meliá Hotels International; MI-GSO Experto en Management de Proyectos; Michelin; Mondelēz International; MSD; Mutua Madrileña; Nationale-Nederlanden.

Por fim, a Top Empregador reconheceu as práticas da Naturgy; NTT DATA; Olam; Olympus; Otis; Palladium Hotel Group; PepsiCo; Pfizer; PreZero; Puma; Puratos; Quirónsalud; Reckitt; Renantis; Rhenus Group; Saint-Gobain; Sanitas; Santalucía Seguros; Schindler; SEAT; Securitas Direct; Solunion; Takeda; Tata Consultancy Services; Toyota; UST; Vanderlande; Volkswagen Group España Distribución; Votorantim Cimentos; Vueling; Worldline e Zurich Seguros.

Além disso, até 52 das empresas Top Empregador em Espanha também foram certificadas como Top Empregador Europa 2023. Essa certificação continental só pode ser obtida pelas empresas que a obtiveram em pelo menos 5 países europeus.

Além disso, 13 das empresas Top Empregador em Espanha fazem parte do seleto grupo de 17 empresas certificadas como Top Empregador Global, um reconhecimento concedido às empresas que possuem certificação numa combinação de diferentes países e continentes.

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ISDIN doa pelo sexto ano 25.000 euros à Fundação FERO graças à campanha “Juntas”

  • Servimedia
  • 18 Janeiro 2024

A campanha contribui para a pesquisa do cancro de mama apoiando o estudo da biópsia líquida liderado pela doutora Ana Vivancos do Instituto de Oncologia Vall d'Hebron.

O laboratório ISDIN, mais uma vez, fez uma doação de 25.000 euros à Fundação FERO para ajudar na pesquisa e deteção precoce do cancro de mama.

A contribuição, que foi possível graças à campanha “Juntas” organizada pelo laboratório em outubro, será destinada à pesquisa da biópsia líquida. Este projeto, liderado pela doutora Ana Vivancos, chefe do laboratório de Genómica do Instituto de Oncologia Vall d’Hebron (VHIO), desenvolve uma técnica de deteção do cancro através de uma gota de sangue, evitando assim biópsias invasivas e cirurgias.

A campanha “Juntas” ocorreu durante o mês de outubro, quando é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Cancro de Mama (19 de outubro). A iniciativa, que tinha como objetivo conscientizar sobre a importância da pesquisa e deteção precoce dessa doença, baseou-se em três pilares: prevenção, acompanhamento e pesquisa do cancro.

Em relação à prevenção, a ISDIN focou na autoexploração mamária e na visita anual ao ginecologista, fundamentais para detetar o cancro de mama a tempo. Por isso, a ISDIN Woman (a linha de produtos de cuidados femininos da ISDIN) uniu-se a Ona Carbonell e outras embaixadoras da marca para mostrar, em um vídeo, como fazer a autoexploração mamária e transmitir uma mensagem para que as mulheres se unam na prevenção dessa doença. Para cada interação que o vídeo recebeu nas redes sociais, a ISDIN doou 1€ para a Fundação FERO.

Quanto ao acompanhamento às mulheres com cancro de mama, isso foi concretizado com a publicação de um guia de acompanhamento chamado “Ao seu lado em todas as etapas da vida”, em colaboração com Steffi Mallebrein, autora de “Minha vida com a fera: superar o cancro de mama” e sobrevivente de dois cancros desse tipo. O guia aborda as preocupações que as mulheres podem ter durante um processo tão delicado, bem como enfatiza a importância de cuidar de si de forma holística. Ele pode ser encontrado no perfil do Instagram e no site da ISDIN.

No que diz respeito à pesquisa, a ISDIN colabora com a Fundação FERO com a doação mencionada, o que permitirá avançar na busca por um tratamento contra o cancro de mama. De acordo com dados da Associação Espanhola Contra o Cancro, em 2022 foram identificados 34.740 novos casos de cancro de mama em Espanha.

A pesquisa desempenha um papel fundamental para facilitar a deteção precoce desse tipo de cancro. Por essa razão, a ISDIN tem contribuído ao longo dos anos para a luta contra o cancro de mama e para fazer o possível para preveni-lo.

Dentro desse contexto, a ISDIN enfatiza a importância vital da prevenção, uma vez que esse cancro tem uma elevada taxa de sobrevivência se detetado nas primeiras etapas. De acordo com a AECC, em Espanha, a taxa de sobrevivência em cinco anos é de aproximadamente 83% no geral, ultrapassando 99% nas pacientes cujo diagnóstico se limita apenas à mama.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de janeiro

  • ECO
  • 18 Janeiro 2024

Ao longo desta quinta-feira-feira, 18 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Restalia encerra 2023 consolidando a sua expansão internacional e com o foco em novos mercados e mudanças importantes nas suas marcas para 2024

  • Servimedia
  • 18 Janeiro 2024

A empresa teve um forte crescimento na América Latina e em Miami em 2023. Consolidou a sua presença em Portugal com a chegada da La Sureña e deu início ao projeto Capitais do Mundo.

Restalia encerrou 2023 com um forte crescimento fora de Espanha, impulsionando as suas marcas mais jovens e celebrando aniversários em duas das suas marcas mais antigas.

No plano internacional, Restalia continuou a exportar a sua marca Espanha, especialmente através de 100 Montaditos, a marca temática espanhola com maior presença no exterior. O seu crescimento e expansão mantiveram-se constantes nos Estados Unidos, com duas novas unidades na Flórida, em Miami. A cadeia também aumentou sua presença na América Latina, onde inaugurou novos restaurantes, um deles no Panamá e outros três na Guatemala.

A Europa continua a ser um mercado-chave na internacionalização da Restalia. Com a abertura da primeira unidade de 100 Montaditos em Amsterdão e da primeira flagship de The Good Burger (TGB) em Roma, a empresa concretiza o projeto “Capitais do Mundo”, cujo objetivo é impulsionar seu crescimento internacional e ter presença em mais de 40 grandes cidades ao redor do mundo.

Em 2023, Restalia também alcançou o feito de operar as suas cinco marcas em Portugal, adicionando-se à presença de 100 Montaditos, TGB, Pepe Taco e Panther Coffee no país vizinho, a La Sureña.

ANIVERSÁRIO

O ano passado foi marcado por importantes aniversários na Restalia, especialmente para duas das suas marcas mais antigas. 100 Montaditos comemorou os 15 anos da sua promoção de destaque, a Euromanía. Ela foi lançada em 2008 como uma oferta “nunca antes vista, oferecendo todos os produtos do cardápio por 1 euro”, uma promoção que se mantém praticamente inalterada 15 anos depois. Essa estratégia conseguiu fidelizar o consumidor e impulsionou a empresa ao sucesso em um momento tumultuado em que os demais concorrentes caíram mais de 30%, enquanto 100 Montaditos crescia em dois dígitos.

A marca mais reconhecida da Restalia encerrou também o ano demonstrando a flexibilidade do conceito com a abertura de várias unidades em diferentes formatos (lojas em ruas, shoppings, quiosques, praças de alimentação, etc.) em cidades de tamanhos variados como Palma de Mallorca, Alicante, Gran Canaria, Jaén, Albacete, A Coruña, Sevilha, Jerez, Puerto Santa María e Valência; além de outras inaugurações em Santander, Múrcia, Torrevieja, Córdoba e diferentes municípios de Madrid.

The Good Burger (TGB) também celebrou seu décimo aniversário, continuando seu plano de expansão na Espanha e sua entrada na América Latina, além da inauguração da sua primeira flagship em Roma.

AS MARCAS MAIS JOVENS

Restalia fortaleceu durante 2023 suas marcas mais jovens, Panther Coffee e Pepe Taco. Panther Coffee está em pleno crescimento com a abertura de novas unidades em áreas estratégicas de Madrid, como Príncipe Pío e em breve na rua O’Donnell, ou em breve em Valência.

Por sua vez, Pepe Taco estreou em Valladolid e em breve também o fará na Catalunha, além de continuar crescendo na Comunidade Valenciana e em Madrid, com o objetivo de se consolidar como a principal opção de comida mexicana com o conceito de “custo inteligente”.

Restalia concentrará grande parte dos seus esforços de crescimento internacional em 2024. Após a abertura em Amsterdão, a empresa já está trabalhando em novos locais em Praga, Varsóvia e Dublin. O mercado europeu, portanto, será o grande foco, com Portugal à frente. No país vizinho, a expansão será liderada por 100 Montaditos e TGB, além de La Sureña, marca que será impulsionada em 2024. Também estão confirmadas inaugurações de Panther e Pepe Taco. O bom desempenho da empresa em Portugal indica que ela planeja dobrar sua presença até 2025, alcançando 100 unidades no país vizinho.

No que diz respeito aos Estados Unidos, não descartamos a possibilidade de expandir nossas marcas para outros estados, embora a Flórida continue sendo a prioridade. Também apostamos na abertura de unidades da TGB. Em relação à América Latina, o México continuará sendo um mercado-chave, com novas aberturas de 100 Montaditos e também com a chegada da TGB após a expansão da marca para a região, além de outros países do continente.

No mercado nacional, Restalia continuará crescendo e aprimorando sua rede de franquias. Se em 2023 as vendas comparáveis aumentaram 11%, esperamos também um aumento de dois dígitos em 2024. Para isso, a empresa está trabalhando na revisão das suas marcas, especialmente 100 Montaditos, que passará pela maior transformação nos seus 25 anos de história.

Além do crescimento nacional e internacional, a empresa enfrentará outros projetos-chave, tanto em relação ao seu portfólio de marcas quanto no seu contínuo compromisso com a inovação. A Restalia também está imersa na criação de projetos de digitalização e desenvolvimento de ferramentas tecnológicas internas baseadas em inteligência artificial, iniciativas que serão totalmente disruptivas no setor de restaurantes no nosso país.

A sustentabilidade será outra área em que a empresa continuará trabalhando, promovendo o uso de materiais reutilizáveis ​​e renovando seu compromisso em favorecer o aumento do número de mulheres empreendedoras dentro de sua rede de franquias.

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+M

O modelo de negócio do jornalismo ruiu. E agora?

A crise de financiamento dos media vai estar em destaque no quinto Congresso dos Jornalistas. Mas o que se diz e defende no setor? Quais as soluções?

O mote do quinto Congresso dos Jornalistas, que arranca esta quinta-feira, é “Jornalismo, Sempre” – repescado da mensagem principal dos 50 anos da Revolução, “25 de abril sempre”. Mas, “dado o estado a que chegámos”, como diz Pedro Coelho, presidente da comissão organizadora, o financiamento é a questão que pauta todo o evento.

Chegamos todos à conclusão de uma forma muito rápida e evidente que o jornalismo não se está a conseguir sustentar. Se durante 200 anos foi possível que o jornalismo se aguentasse amparado pela publicidade, o modelo de negócio ruiu. É preciso encontrarmos outro modelo de negócio, e é esse caminho que temos de encontrar neste congresso“, afirma ao +M.

Segundo Pedro Coelho, a tarefa de encontrar uma solução não pode ser transferida. “Mesmo que isso dependa de outros, temos de ser nós a encontrar neste congresso as bases de reconstrução do jornalismo e do seu modelo de negócio. E devemos fazer essa discussão sem quaisquer tabus“, aponta.

Pedro Coelho não descarta soluções para o financiamento dos media, como a possibilidade da existência de um “financiamento público cego“, como um imposto ou financiamento para projetos de investigação — decididos por um conjunto de especialistas de reconhecido mérito junto da classe –, e incita a que se discuta como se pode “pôr o Estado a investir no jornalismo, sem a exigência de coisas em troca“.

O que se diz no setor sobre o problema de financiamento dos media?

Mafalda Anjos, até dezembro diretora da Visão, diz que o problema do financiamento dos media já tem duas décadas e que o “pecado original” foi começar-se a disponibilizar os conteúdos gratuitamente online. Embora todos órgãos de comunicação social sejam muito mais lidos atualmente, os benefícios desse aumento de “circulação” foram para os intermediários, ou seja, as grandes plataformas tecnológicas que vão oferecendo migalhas face ao volume do negócio e da dimensão do problema”, refere ao +M.

Neste sentido, “este é um tema que tem de ser tratado a um nível regional – neste caso ao nível europeu – para forçar estas tecnológicas a fazer a partilha das receitas quando os conteúdos são de base noticiosa e informativa“, defende.

Este é um tema que tem de ser tratado a um nível regional – neste caso ao nível europeu – para forçar estas tecnológicas a fazer a partilha das receitas quando os conteúdos são de base noticiosa e informativa.

Mafalda Anjos

Ex-diretora da Visão

Por outro lado, a indústria tentou corrigir o “pecado original” através das assinaturas e subscrições – algo que dá uma “base de sustentação muito boa”, mas que “só se consegue quando as pessoas confiam, acreditam e estão disponíveis para apoiar essas marcas”, defende, sendo que alguns títulos já conseguiram fazê-lo enquanto outros têm mais dificuldade.

E esta dificuldade deve-se ao facto de as pessoas “se terem habituado aos conteúdos gratuitos e de a indústria ainda não ter chegado a um ponto em se consiga fazer um ‘acordo de cavalheiros’, no sentido de não se canibalizarem uns aos outros“, diz a jornalista, criticando o facto de um meio ter um conteúdo exclusivo e de esta estar, minutos depois, nos outros meios. “Leva as pessoas a pensar que a subscrição não vale a pena”, acredita.

Na mesma linha da necessidade de partilha de receitas por parte das plataformas tecnológicas, Luís Santana, CEO da Medialivre, espera que 2024 possa trazer “alguma luz sobre a regulação do mercado publicitário, nomeadamente em termos europeus, introduzindo um maior equilíbrio entre os media, e as plataformas de social media e streaming, que sem estarem sujeitas às mesmas condicionantes e regulação que os diversos players nacionais, beneficiam de um ambiente mais favorável na captação do investimento publicitário“.

A afirmação foi feita no início do ano ao +M, lembrando o responsável que esses benefícios colocam em causa “os media nacionais que estão a fazer o seu caminho, no sentido de provarem os seus fatores diferenciadores para veiculo de mensagens publicitárias e de promoção das marcas junto dos consumidores“.

Já numa entrevista no final de dezembro ao +M sobre o futuro d’A Bola, Felipe Montesinos Gomes, o novo diretor-geral da empresa que foi comprada pelos suíços Ringier em julho e que passou por um processo de restruturação com o despedimento de 100 trabalhadores, defendia que parte da viabilização do negócio pode passar por uma relação diferente com a publicidade, por branded content e por se começar a perceber “quais são as necessidades das marcas“.

Nós temos que ter um briefing que perceba o propósito da marca, os objetivos da marca, o conceito da marca. E a partir daí vamos apresentar as propostas de valor de branded content. E é isso que o anunciante quer. Quer quase taylor made de campanha de comunicação feita para os seus objetivos“, defendeu.

Queremos criar relação com os nossos anunciantes, com as nossas marcas. Queremos trazer valor para a estratégia deles e, se forem bem-sucedidos, acreditamos que eles vão continuar e vão repetir.

Felipe Montesinos Gomes

Diretor-geral d'A Bola

“Queremos criar relação com os nossos anunciantes, com as nossas marcas. Queremos trazer valor para a estratégia deles e, se forem bem-sucedidos, acreditamos que eles vão continuar e vão repetir”, acrescentou. Para isso “tem que haver uma abertura diferente do nosso lado de editores (publicação), e temos que compreender muito bem quais é que são os posicionamentos das marcas e o que é que as marcas querem”, defendeu o responsável do desportivo.

Pedro Loureiro, fundador e CEO da Media Gate, a maior agência de meios portuguesa, também em entrevista ao +M em novembro, pareceu concordar com a base desta ideia, embora sublinhando que os media em Portugal sofrem particularmente por o mercado nacional ser “muito pequeno”, o que leva a um menor investimento publicitário. E este investimento “é fundamental porque é aquilo que garante a independência dos meios”.

O CEO da Media Gate destaca que, de forma a responderem aos anunciantes, os meios têm-se reinventado, como a rádio com os podcasts e a migração para o online, ou os jornais “com situações que há uns anos eram mal vistas, como os branded content –, mas reinventaram-se com várias fórmulas, como as conferências”.

Hoje há muitas formas de as marcas se relacionarem com os seus públicos e os meios foram quem, na realidade, tornou possível essa situação. Os meios têm uma grande capacidade de se adaptar ao mercado, a necessidade faz o engenho (…)”, afirmou.

Para os anunciantes, bem como para a toda a sociedade, é fundamental assegurar um jornalismo com condições para cumprir a função de 4º poder, com pluralidade e liberdade.

Ricardo Torres Assunção

secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes

Questionada pelo +M, a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) diz acompanhar “com muita preocupação o momento que o jornalismo em Portugal está a atravessar“. No entanto, e referindo que os investimentos publicitários são a principal fonte de receita dos media, Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN diz que é verificável que “os investimentos publicitários feitos em media em Portugal estão a subir“.

Segundo os dados avançados por Ricardo Torres Assunção, em 2022 a subida foi de 7% e no último ano, até novembro, ia nos 11%. No entanto, “não ignoramos que estes investimentos evoluem de formas bastante díspares nos vários tipos de media, sendo que no total da imprensa escrita a evolução face a 2022 está nos 3%. Aqui é preciso distinguir o investimento em jornais, que registou uma quebra de 8%, do feito em revistas, com uma subida de 18%”.

Considerando a crise financiamento dos media “uma questão complexa que envolve uma multiplicidade de causas“, Ricardo Torres Assunção aponta o “nível de tiragens/audiências” e a “enorme dispersão de plataformas que competem com os jornais na atração da publicidade” como algumas destas causas, sendo que “a gestão financeira dos media a poder ser também uma delas“.

Quanto a encontrar soluções, o secretário-geral da APAN considera que essa é “uma discussão que importa fazer, sendo certo que as soluções serão tão complexas como a situação que se vive no momento, podendo ir de ajustes nos modelos de negócios às formas de financiamento“. “Certo é que, para os anunciantes, bem como para a toda a sociedade, é fundamental assegurar um jornalismo com condições para cumprir a função de 4º poder, com pluralidade e liberdade“, acrescenta.

Já Miguel Crespo, investigador do CIES (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia) do ISCTE, numa conversa com o +M por ocasião da primeira greve da TSF, acredita que não há uma crise do jornalismo nem de audiências, mas antes um problema com o negócio do jornalismo e com a monetização do seu produto.

O investigador critica o facto de a estratégia de todos os meios em Portugal passar por reduzir custos. Ao invés disso, os meios de comunicação precisam de “procurar novas formas de monetizar o conteúdo” e de apostar em “modelos de jornalismo mais diferenciadores, no sentido de apostarem na qualidade em detrimento da quantidade“, até porque, internacionalmente, são esses modelos que têm tido sucesso comercial mesmo em países pequenos e pobres, como na América Latina, defendeu o investigador.

Financiamento (indireto) do Estado pode ser solução

Também por altura da primeira greve da TSF, Luís Simões, presidente da direção do Sindicato de Jornalistas, defendeu numa conversa com o +M que “chegou o momento em que o poder político tem que perceber que tem de haver uma intervenção no setor. Neste momento, em subvenções de que forma forem, em forma de vouchers ou de apoios diretos, acho que o Estado tem a obrigação de apoiar o jornalismo”, disse o também jornalista da Bola.

Chegou o momento em que o poder político tem que perceber que tem de haver uma intervenção no setor. Neste momento, em subvenções de que forma forem, em forma de vouchers ou de apoios direitos, acho que o Estado tem a obrigação de apoiar o jornalismo.

Luís Simões

Presidente da direção do Sindicato de Jornalistas

“Acho mesmo que chegámos a um momento em que temos que encarar como fundamental subvenções públicas no apoio ao jornalismo de qualidade e independente“, disse Luís Simões, acrescentando que acredita na passagem de decisão de apoio para cada cidadão, de forma a que estes possam contribuir para apoiar o meio de comunicação que entenderem.

Miguel Crespo também defende que é necessária “algum tipo de participação” por parte do Estado mas excluiu a subsidiação, tendo em conta que a mesma tem “muitos problemas”.

Segundo o investigador do CIES, a opinião da maior parte dos envolvidos no estudo desta questão de financiamento dos media – desde os jornalistas, às empresas e até “algumas partes do espetro político” – aponta no sentido de não se financiar diretamente os meios de comunicação mas antes os cidadãos, que depois poderiam escolher que jornalismo querem consumir e aplicar a verba que lhes é atribuída.

Mafalda Anjos também se mostra “completamente contra” qualquer solução que passe por financiar diretamente os media, até porque se “cria dependência, que não é saudável para a independência dos media“.

No entanto a ex-publisher da Trust in News não descarta soluções que passem por “apoios transversais a todos os meios”, que “permitam receitas via mercado e não via Estado”, como a atribuição aos cidadãos de cheques-assinatura, conceder às empresas uma majoração alta em sede de IRC pela publicidade investida nos media portugueses ou a oferta de pacotes gratuitos da Lusa aos órgãos de comunicação social.

A criação de um grupo de investigação especial da Polícia Judiciária para vigiar e punir a partilha ilegal de jornais e revistas em formato digital, a atribuição de incentivos fiscais (tanto para empresas como para pessoas individuais) que estimulem o mecenato e filantropia na área dos média, ou portes pagos para a imprensa escrita são outras das ideias propostas por Mafalda Anjos.

“Seria também relevante que fossem tomadas medidas de forma a garantir a sustentabilidade da logística de distribuição”.

Luís Santana

CEO da Medialivre

Quanto a possíveis intervenções por parte do Estado, Luís Santana defendeu que “seria também relevante que fossem tomadas medidas de forma a garantir a sustentabilidade da logística de distribuição“.

“A Vasp, única empresa a operar na distribuição de publicações, vê cada vez mais a distribuição a nível nacional ameaçada, situação que a breve prazo impedirá que muitas regiões do país deixem de receber jornais e revistas“, afirmou o CEO da Medialivre, que considera urgente “a adoção de medidas de fundo, muitas delas já apresentadas mas sem resposta das entidades competentes, para que todos os portugueses mantenham o acesso à informação a que têm direito“.

Congresso com cerca de 650 inscritos

A questão do financiamento é “claramente determinante nesta discussão”, diz Pedro Coelho, mas outras temáticas estão também em análise como o acesso à profissão, o jornalismo de proximidade – “onde a situação ainda é mais complexa” – ou as questões éticas e editoriais. Mas também as novas fronteiras do jornalismo vão estar em debate, onde se pretende discutir “de que forma podemos utilizar o potencial da tecnologia para salvaguardar, promover e melhorar o jornalismo, sem deixarmos que a tecnologia infete o jornalismo e perverta o seu quadro de valores“.

Outro tema “absolutamente transversal” para a organização é o tema da precariedade. No congresso, a abrir cada um dos painéis, vão ser transmitidos depoimentos de jornalistas que se encontram em situações precárias. Embora relacionado com a questão do financiamento, o tema da precariedade conta também ele com um painel autónomo.

“São desafios muito complexos, estamos a viver um momento muito difícil, e o que nós queremos é que este Congresso sirva para nos apresentar o início de um caminho. É isso que necessariamente precisamos que aconteça neste congresso”, refere o presidente da comissão organizadora do evento, defendendo que “tem de haver um antes e depois deste congresso“.

Sete anos após a sua última edição, a iniciativa volta assim a juntar jornalistas para discutir o jornalismo e o seu futuro entre 18 e 21 de janeiro, no cinema São Jorge, em Lisboa.

Segundo Pedro Coelho, o Congresso conta com cerca de 650 inscritos, praticamente o mesmo número registado em 2017. Tendo em conta que entre 2017 e 2021 o setor perdeu cerca de mil jornalistas – segundo números avançados pelo jornalista – foi alcançado desde logo o primeiro objetivo da organização, que passava por “sintonizar os jornalistas com a necessidade de virem ao congresso e discutirem“.

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