Iranianos acusam EUA de darem “luz verde” a ataque israelita em Damasco

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

"Gostaria de dizer em voz alta, daqui de Damasco, que a América tem responsabilidade pelo que aconteceu e deve ser responsabilizada", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou esta segunda-feira os Estados Unidos de darem “luz verde” a Israel para o ataque ao consulado do Irão na Síria que matou há uma semana sete oficiais militares da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais. “Gostaria de dizer em voz alta, daqui de Damasco, que a América tem responsabilidade pelo que aconteceu e deve ser responsabilizada”, disse Hossein Amirabdollahian aos jornalistas durante uma visita à capital síria, onde se encontrou com o seu homólogo, Faisal Mekdad.

Amirabdollahian também se avistou com o Presidente sírio, Bashar Al-Assad, com quem discutiu a situação na Faixa de Gaza e a situação mais ampla na região, de acordo com um comunicado do gabinete da presidência da Síria. O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano inaugurou a abertura de uma nova secção consular num edifício próximo do que foi bombardeado há uma semana e justificou as suas afirmações dizendo que Washington e “dois países europeus” não condenaram o ataque às instalações diplomáticas.

Hossein Amirabdollahian reiterou as promessas de Teerão de que responderá ao ataque, amplamente atribuído a Israel, e que parece indicar uma escalada nos ataques de Israel a altos responsáveis do Irão, que apoia o grupo islamita Hamas na guerra contra as forças de Telavive na Faixa de Gaza e o movimento xiita libanês Hezbollah, que tem dirigido ataques aéreos quase diários contra solo israelita.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reafirmou esta segunda o apoio do grupo libanês a uma resposta militar de Teerão ao ataque que matou o general Mohammad Reza Zahedi, um alto oficial militar da Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, e que agravou os receios de um conflito em espiral no resto do Médio Oriente.

Embora Israel tenha conduzido ataques regularmente contra oficiais militares e aliados iranianos, a morte de Zahedi foi o golpe mais significativo para Teerão desde que um ‘drone’ dos Estados Unidos matou o líder da Força Quds, general Qassim Soleimani, em 2020, em Bagdade. Israel, que raramente reconhece ataques contra alvos iranianos, disse que não tinha comentários sobre o ataque na capital síria.

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Geert Wilders abandona proposta de retirar Países Baixos da UE

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

"Queremos assegurar-nos de que a União é uma união económica e o menos possível uma união política. Em termos de migrações, queremos sair um pouco da UE", disse o neerlandês de extrema-direita.

O neerlandês de extrema-direita Geert Wilders, apresentou esta segunda-feira o programa do seu partido (PVV) às eleições europeias de junho sem qualquer referência a um ‘Nexit’ (variante neerlandesa do ‘Brexit’, saída do Reino Unido da União Europeia)”.

Wilders, oficialmente o único membro do Partido Pela Liberdade (PVV), cujo programa tinha até agora como uma das principais propostas a saída imediata dos Países Baixos da União Europeia (UE), já não defende a convocação de um referendo para esse fim, tendo esta segunda-feira admitido que “já não há no país apoio para um ‘Nexit'”, embora mantenha o discurso de o “resgatar” à influência de Bruxelas, sustentando que o poder comunitário deve ser “minado a partir de dentro”.

Queremos assegurar-nos de que a União é uma união económica e o menos possível uma união política. Em termos de migrações, queremos sair um pouco da UE, com uma exceção. Preferimos fazer isso em vez de sair completamente da UE, uma coisa que agora só um em cada cinco neerlandeses apoia”, declarou.

No programa eleitoral das eleições gerais nos Países Baixos, em novembro passado, o PVV ainda tinha o ‘Nexit’ como bandeira, tal como nas eleições europeias de 2019, quando o partido fez campanha com um tom mais firme e duro, apelando para um ‘Nexit’. No entanto, Wilders advertiu de que continua a “representar os seus eleitores e a imigração é um tema importante” e se mantém “firme nisso”, razão pela qual não fará “quaisquer concessões” em matéria de política de asilo.

“A cooperação económica intensiva é do nosso interesse”, admite agora o PVV, mas sublinhando que “não quer um superestado europeu” e trabalhará “arduamente para mudar a União a partir de dentro”. No texto do programa eleitoral europeu, também não é feita qualquer referência ao Islão e afirma-se que o PVV apoia a luta da “Ucrânia contra o agressor russo”.

O partido de extrema-direita neerlandês diz apoiar a cooperação europeia no âmbito militar, mas “não sob a bandeira da UE” e opõe-se à criação de um Exército europeu. Embora nas europeias de 2019 o PVV não tenha obtido qualquer mandato, uma sondagem da agência Ipsos mostrou em março que um quarto dos neerlandeses que planeiam exercer o seu direito de voto a 06 de junho tem a intenção de votar no PVV, o que lhe daria nove assentos no Parlamento Europeu.

O PVV de Wilders venceu as eleições gerais de novembro passado com 37 dos 150 mandatos do parlamento neerlandês, o que lhe dá prioridade para tentar formar Governo, embora não consiga fazê-lo sem o apoio de mais três partidos, que lhe dariam maioria parlamentar e com os quais está agora a negociar alguma fórmula de executivo de centro-direita sem ele como primeiro-ministro.

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Nova direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público toma posse quinta-feira

O procurador Paulo Lona é quem irá presidir a nova direção. Já António Ventinhas assumirá a presidência da Mesa da Assembleia Geral e José Góis a presidência do Conselho Fiscal.

A nova direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) eleita para o triénio 2024-2027 vai tomar posse no próximo dia 11 de abril, pelas 15h00. A cerimónia decorrerá no auditório do Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa.

O procurador Paulo Lona é quem irá presidir a nova direção. Já António Ventinhas assumirá a presidência da Mesa da Assembleia Geral e José Góis a presidência do Conselho Fiscal.

Paulo Lona foi eleito com 438 votos, seis votos nulos e 28 em branco. A lista do procurador foi a única a concorrer à liderança do SMMP. O grande objetivo é a “defesa intransigente do Ministério Público e da autonomia dos magistrados”.

“Preocupa-nos que se pense em pactos de regime para alterar a justiça. Há muitas coisas a fazer: faltam oficiais de justiça, magistrados, técnicos… Esses são os reais problemas. O que os preocupa são dois ou três processos”, afirmou o procurador na altura que ganhou as eleições.

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Empresários pedem ponderação cuidadosa na privatização da Azores Airlines

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

"A avaliação foi muito baixa. Isso é um facto que já foi divulgado e daí também tem que se tirar algumas conclusões", defendeu Mário Fortuna, da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada.

A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada apelou esta segunda-feira ao Governo Regional e à Azores Airlines para “ponderarem cuidadosamente” e retirarem conclusões sobre a avaliação do júri no processo de privatização da companhia aérea.

“A avaliação foi muito baixa. Isso é um facto que já foi divulgado e daí também tem que se tirar algumas conclusões”, defendeu Mário Fortuna aos jornalistas, em Ponta Delgada, quando questionado sobre o concurso público da privatização da Azores Airlines, à margem da apresentação da marca Feira da Indústria, Comércio e Serviços dos Açores.

Na sexta-feira, o júri do concurso público da alienação da companhia aérea manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente no relatório final, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia. O líder da associação empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria defendeu que “nada deve ser descartado”, incluindo a abertura de um novo concurso para a privatização da Azores Airlines, alertando, contudo, para a importância da entrada de capital privado na transportadora.

“O passo seguinte será o de entrar em negociação com o único candidato que acabou por ficar no concurso ou então fazer um ‘reset’ ao concurso e utilizar as novas informações e as novas circunstâncias que se criaram no último ano para fazer acertos no concurso”, declarou.

A expectativa da associação empresarial, acrescentou, “é que a administração da SATA e o governo ponderem cuidadosamente os dados que têm em presença para que se trace o melhor percurso para que, até final de 2025, se consiga cumprir com o que a União Europeia exige que a SATA faça”. O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada lembrou ainda que a alienação da SATA “desencadeou-se num determinado momento” e “teve um percurso também marcado pela instabilidade política”

“Pequenos erros produzem grandes prejuízos, é um setor muito sensível. Continua a ser importante a abertura do capital da SATA a privados para uma gestão que tem de ser de grande rigor em todos os sentidos. É um instrumento demasiado valioso, mas também muito perigoso”, alertou o também professor universitário, que foi secretário regional da Economia em 1990, num governo liderado pelo social-democrata Mota Amaral.

O presidente do júri para a privatização da Azores Airlines, Augusto Mateus, admitiu na sexta-feira que o júri tem reservas quanto à capacidade da Newtour/MS Aviation para assegurar a viabilidade futura da companhia, alertando para a necessidade de existir “força financeira” para cumprir as exigências do caderno de encargos. O caderno de encargos da privatização da Azores Airlines prevê uma alienação no mínimo de 51% e no máximo de 85% do capital social da companhia.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).

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Eurodeputados aprovam mais 5,8 mil milhões no orçamento da UE em 2024 para apoio a Kiev

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

Os eurodeputados sublinham que "o apoio financeiro, baseado em subvenções e empréstimos através do Mecanismo de Apoio à Ucrânia, ajudará a manter o Estado e os serviços essenciais a funcionar".

A comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu deu esta segunda-feira ‘luz verde’ a mais 5,8 mil milhões de euros no orçamento da União Europeia (UE) para 2024, principalmente para apoiar a Ucrânia este ano, com 4,8 mil milhões. A proposta foi aprovada numa reunião desta comissão parlamentar, em Bruxelas, na qual estes eurodeputados aprovaram – com 16 votos a favor, um contra e duas abstenções –, um projeto de relatório relativo à proposta apresentada pelo executivo comunitário no início de março.

Em comunicado, a assembleia europeia explica que a ‘luz verde’, que terá de ser confirmada pelo aval em plenário no final deste mês de abril , visa aumentar em 5,83 mil milhões de euros as dotações de autorização e em 4,14 mil milhões de euros as dotações de pagamento. “Os eurodeputados consideram estes aumentos como reforços significativos, já propostos anteriormente pelo Parlamento Europeu”, indica a instituição na nota.

No início de março, a Comissão Europeia apresentou a sua proposta de orçamento retificativo para 2024, com a quase totalidade deste ‘bolo’ a referir-se ao novo Mecanismo de Apoio à Ucrânia e à mobilização da reserva ucraniana (4,8 mil milhões de euros).

“Os eurodeputados sublinham que o apoio financeiro, baseado em subvenções e empréstimos através do Mecanismo de Apoio à Ucrânia, ajudará a manter o Estado e os serviços essenciais a funcionar, apoiando simultaneamente a Ucrânia no seu caminho para a reconstrução, recuperação, reforma e adesão à União”, indica o Parlamento Europeu na nota de imprensa.

Segue-se, depois, o reforço do Fundo Europeu de Defesa no âmbito da nova Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa (376 milhões de euros), incremento da Reserva Europeia de Solidariedade e da Reserva para Ajudas de Emergência (365 milhões de euros), reforço do Mecanismo de Reforma e Crescimento para os Balcãs Ocidentais (501 milhões de euros) e a adaptação da reserva do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização para os Trabalhadores Deslocados às necessidades dos últimos anos.

A proposta surge depois de, no início de fevereiro, numa cimeira europeia extraordinária em Bruxelas, os líderes da UE terem chegado a acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027 para incluir uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros (dos quais 17 mil milhões de euros em subvenções) para os próximos quatro anos para a Ucrânia, mobilizados consoante a situação no terreno.

Para esse acordo foi crucial um retrocesso por parte da Hungria, que ameaçou durante várias semanas vetar esta reserva financeira para a Ucrânia por contestar a suspensão de verbas comunitárias a Budapeste. A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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Mais de metade dos cuidadores informais sem acesso ao subsídio da Segurança Social

Prestação média mensal é de 351,22 euros, um aumento de 45,22 euros face ao valor de outubro. Neste momento, há 14 mil pessoas com o estatuto ativo, mas apenas 6.359 recebem a ajuda do Estado.

Mais de metade dos cuidadores informais não consegue ter acesso ao apoio do Estado, segundo dados enviados ao ECO pelo Instituto da Segurança Social (ISS). Neste momento, das 14 mil pessoas com estatuto reconhecido, apenas 6.359 têm direito ao subsídio, o que corresponde a 45,4% do universo. Isto significa que 7.641 cuidadores ou 54,5% não reúnem os requisitos para receber o apoio.

Ainda assim, representa um aumento do número de cuidadores que passaram a aceder à ajuda da Segurança Social em comparação com os dados de outubro do ano passado. Nessa altura, apenas um terço era elegível para o subsídio.

O estatuto de cuidador informal “já foi reconhecido a 18.815 pessoas, encontrando-se quase 14 mil no estado ativo. Existem, ainda, 4.200 requerimentos em fase de análise”, indicou o ISS.

“O valor médio desta prestação é de 351,22 euros”, revelou o mesmo instituto. Isto corresponde a um aumento de 45,22 euros ou de 14,8% em relação ao valor médio de 306 euros, em outubro do ano passado. Esta evolução positiva traduz em parte a subida do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que dita o montante de referência do apoio ao cuidador informal, e que progrediu de 480,43 euros, em 2023, para para 509,26 euros, este ano, um aumento de de 28,83 euros ou de 6%.

De salientar que apenas os cuidadores principais, isto é, que são familiares que vivem com a pessoa cuidada, têm direito a um apoio financeiro que é igual à diferença entre os rendimentos do cuidador e o valor do IAS, que está nos 509,26 euros. Por exemplo, se os ganhos mensais do cuidador totalizarem 200 euros, o apoio poderá ir até aos 309,26 euros, este ano.

Para ter acesso ao subsídio, o cuidador informal principal não pode receber prestações por desemprego e deve preencher a condição de recursos, segundo a qual os rendimentos mensais do conjunto do agregado familiar, no qual o cuidador se insere, não podem ser superiores a 662,04 euros, isto é, 1,3 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais.

O subsídio é majorado em 50% do valor das contribuições sociais sobre a remuneração de um IAS, se o cuidador informal principal estiver inscrito no regime do seguro social voluntário, e enquanto pagar regularmente as respetivas contribuições, de acordo com as regras que podem ser consultadas na página da Segurança Social.

Desde que a regulamentação do estatuto do cuidador informal entrou em vigor, a 11 de janeiro de 2022, que os prazos para apresentação dos comprovativos para pedir o reconhecimento de tal estatuto têm sido continuamente adiados. Na semana passada, o Governo prorrogou pela sétima vez a data limite, desta feita, de 30 de abril para 31 de outubro 2024.

“Continuam a verificar-se alguns constrangimentos na obtenção dos documentos instrutórios do processo, nomeadamente a declaração médica e o comprovativo do pedido para intentar ação de acompanhamento de maior”, pelo que “é necessário proceder à prorrogação do prazo previsto […], permitindo, assim, o deferimento e a manutenção do Estatuto do Cuidador Informal, salvaguardando a entrega posterior dos referidos documentos”, de acordo com a portaria publicada a 1 de abril e assinada pela ex-secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

“Atualmente, estão 1.491 processos de Estatuto do Cuidador Informal deferidos, a aguardar a entrega do comprovativo do pedido para intentar ação de acompanhamento de maior e a declaração médica comprovativa de que a pessoa cuidada se encontra no pleno uso das suas faculdades intelectuais para 1º grau”, sinalizou ao ECO o ISS. O diploma publicado permite assim “viabilizar o deferimento dos requerimentos, de modo a que as pessoas possam desde logo beneficiar do estatuto”, acrescenta o instituto.

Recorde-se que o estatuto do cuidador informal começou por funcionar durante cerca de um ano, num sistema de projetos-piloto, circunscritos a 30 concelhos. Com a entrada em vigor do decreto regulamentar n.º 1/2022, o estatuto e as medidas de apoio passaram a ser aplicados em todo o território continental.

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Gese Seguros distinguida com Prémio Cinco Estrelas Região

  • ECO Seguros
  • 8 Abril 2024

"No ano em que iremos celebrar os nossos 50 Anos esta distinção é a cereja no topo do bolo.", diz Luis Filipe Costa, sócio-gerente da Gese - Mediação de Seguros.

O Grupo Gese Seguros foi distinguido, pelo segundo ano consecutivo, com o Prémio Cinco Estrelas Região, da região do Porto, na categoria mediação de seguros. Segundo o site do prémio, o grupo obteve 7,68 de satisfação global e contou com 1.569 de consumidores envolvidos na análise.

Luis Filipe Costa, sócio-gerente da Gese – Mediação de Seguros: “No ano em que iremos celebrar os nossos 50 Anos esta distinção é a cereja no topo do bolo.”.

Luis Filipe Costa, sócio-gerente da Gese – Mediação de Seguros, diz em comunicado que “para nós, na Gese Seguros, é muito importante este reconhecimento. É um sinal inequívoco que estamos no bom caminho no serviço de excelência que prestamos aos nossos clientes.”. “No ano em que iremos celebrar os nossos 50 Anos esta distinção é a cereja no topo do bolo.”, acrescenta.

“Conseguir manter o foco ao longo destes anos nunca abdicando dos nossos principais valores é um desafio constante, transparência, honestidade e serviço são hoje uma constante do nosso negócio. A melhor recompensa é o reconhecimento dos nossos clientes e parceiros ao longo destes anos”, remata o sócio-gerente.

O sistema de avaliação é implementado em Portugal pela Five Stars Consulting que visa com este prémio a “democratização do acesso a este tipo de distinções”.

Nesta 7.º edição foram avaliadas 1.036 marcas locais, das quais 128 foram distinguidas e eleitos 100 ícones regionais, como praias, museus, aldeias e vilas ou cozinha tradicional e estiveram envolvidos 454.000 consumidores nos testes de seleção. O “Prémio Cinco Estrelas Regiões” avalia cinco variáveis que influenciam as escolhas do consumidores, nomeadamente, a satisfação pela experimentarão, a relação preço/qualidade, intenção de compra ou recomendação, confiança na marca e inovação. Além disso, avalia cinco características específicas da categoria de consumo de cada candidato.

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Patricia Puerta abandona QBE Iberia

  • ECO Seguros
  • 8 Abril 2024

A diretora-geral da QBE Iberia, que inclui Portugal, acredita ter cumprido os seus objetivos e tem oportunidade para dar um passo em frente na sua carreira.

Patricia Puerta, diretora-geral da QBE Iberia (Espanha e Portugal) anunciou na semana passada a sua decisão de abandonar a companhia ainda este mês por acreditar já ter cumprido os seus objetivos e por sentir que precisa de enfrentar novos desafios profissionais, avança a plataforma Inese.

Patricia Puerta, diretora-geral da QBE Iberia, disse que estava perante uma oportunidade para crescer profissionalmente e dar um passo em frente na sua carreira.

Patricia Puerta elogiou o profissionalismo e as qualidades humanas dos membros da equipa, e mostrou-se satisfeita com o apoio e ajuda que a equipa lhe prestou, na passada quinta-feira num discurso onde anunciou a sua decisão à equipa. Não obstante, explicou que se encontra perante uma oportunidade para crescer profissionalmente e dar um passo em frente na sua carreira.

Ainda não se conhece o nome da organização ou o cargo que a ainda CEO da QBE Iberia irá ocupar a partir do próximo mês, no entanto a Inese refere que estes deverão ser anunciados em breve.

Até ser apontado um substituto para Patricia Puerta, Beatriz Valentí, diretora de seguros QBE Europa, assumirá o seu cargo e responsabilidades.

Há quase nove anos no QBE, começou em 2015 como portfolio manager, três anos depois passa a Underwriting Manager e desde do final de 2019 ingressara para o cargo que ocupa atualmente de diretora-geral. Ainda no grupo australiano, Patricia Puerta foi também professora na pós-graduação “Gestão de riscos e seguros”, curso realizado pela parceria entre a Fundação Inade UDC e a Universidade a Coruña. Antes passou pela Catlin, Aon e esteve mais de uma década no XL Group.

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“A família nem sempre é considerada nas políticas públicas”, diz Pedro Passos Coelho

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 8 Abril 2024

Antigo primeiro-ministro apresentou esta segunda-feira o livro "Identidade e Família", que reúne contributos da direita mais conservadora contra a "destruição da família" tradicional.

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho considerou esta segunda-feira que “a família nem sempre é considerada nas políticas públicas”, assim como “muitas vezes as políticas públicas desconsideram a família, em qualquer das suas visões ou idealizações”. André Ventura, presente no lançamento do livro, destacou a convergência com o antigo primeiro-ministro social-democrata.

“O conceito de família foi evoluindo ao longo do tempo e é a realidade das coisas que se impõe. Isso não significa que não possa haver lugar a uma certa idealização dos conceitos e que não possamos ter um ideal de família”, afirmou o ex-líder do PSD, dando como exemplo o facto de ser, hoje, um “pai solteiro”, mas que “dificilmente” corresponde a uma “idealização do conceito de família”.

Pedro Passos Coelho, que falava aos jornalistas à entrada da apresentação do livro “Identidade e Família”, critica que o espaço público esteja “demasiado dominado por caricaturas”. “Muitas vezes, colam-se demasiados rótulos às coisas, não por uma questão de simplificação, mas há hiper simplificações que são feitas com um objetivo próprio, que é o de agredir, de desqualificar, o de diminuir. E isso não é bom para o debate”, apontou.

Nesse sentido, uma das razões pelas quais o livro é “útil” é porque “permite uma discussão”, disse ainda o social-democrata, apelando a um “espírito aberto e tolerante” para se debater um modelo de família mais conservadora.

Passos Coelho foi ainda questionado se ficava satisfeito com a presença de André Ventura na apresentação do livro, respondendo afirmativamente: “Fico satisfeito com essa e com a presença de muitas outras pessoas”. E como responde a quem o acusa de se estar a aproximar do Chega? “Não me diga, eu sou do PSD, julgo que não há ninguém que tenha dúvidas sobre isso”, garantiu.

No final, o líder do Chega fez questão de cumprimentar Passos Coelho e elogiou a sua intervenção: “Foi brilhante, como sempre”. “Já nos cumprimentámos e já o felicitei pela sua eleição e pela prestação que tem tido no parlamento, temos de reconhecer o mérito dos outros. Bom mandato, os meus amigos mantenham uma certa…”, respondeu Passos Coelho, com Ventura a completar a frase com a palavra “cortesia”.

Aos jornalistas, Ventura considerou que a intervenção de Passos Coelho tocou mais “em bandeiras do Chega, como a ideologia de género, a família ou a imigração”. “É justo dizer que há um caminho de convergência na lógica do dr. Pedro Passos Coelho, mas apenas isso. Essa convergência talvez permita um candidato presidencial, porque não Pedro Passos Coelho?”, sugeriu.

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Lusitania pioneira no atendimento a pessoas com deficiência auditiva

  • ECO Seguros
  • 8 Abril 2024

O serviço é 100% gratuito, está disponível entre as 8h30 e 19h30, intervalo em que os clientes podem ligar para esclarecer dúvidas e pedir informações.

A Lusitania disponibiliza uma plataforma de atendimento telefónico por vídeo-interpretação, em Linguagem Gestual Portuguesa (LGP) para ajudar os clientes com deficiência auditiva “no seu dia a dia a resolver questões como contratar, pagar e alterar um seguro, ter conhecimento dos capitais ou coberturas contratadas e acionar o seguro em caso de sinistro”, escreve a seguradora num comunicado.

O contacto é feito através da App Serviin – aplicação que visa auxiliar a comunicação entre pessoas surdas ou com dificuldades de audição com comunidade ouvinte através da intermediação por intérpretes profissionais de LGP através de videochamada.

Assim, ao fazer uma videochamada utilizando a aplicação, o intérprete estabelece uma ligação telefónica com a Linha de Atendimento ao Cliente Lusitania, fazendo a tradução em simultâneo da conversa entre o cliente e a Lusitania. O contacto serve para esclarecer dúvidas ou pedidos de informação e está disponível de segunda a sexta-feira das 8h30 às 19h30.

O serviço é 100% gratuito para o cliente, está disponível para Android e IOS, podendo ser acedida através do dispositivo móvel ou browser no computador com ligação à internet. Para utilizar o serviço carregue aqui.

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Culpa em acidente de trabalho impede empresa de deduzir custo com indemnizações e pensões

  • Lusa
  • 8 Abril 2024

O tribunal aponta que a empresa omitiu a "observância das regras de segurança e saúde e da realização de formação" obrigatória, daí concluiu a existência de direto de regresso pela seguradora.

Os valores pagos a título de indemnizações e pensões na sequência de um acidente de trabalho não são aceites para efeitos fiscais quando o sinistro resulta de incumprimentos e omissão de regras por parte da empresa.

Este é o entendimento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) em relação à dedução dos encargos em sede de IRC quando em causa está um acidente de trabalho que resultou da existência de “conduta culposa” da entidade empregadora.

Na base deste entendimento, que consta de uma informação vinculativa da AT agora divulgada publicamente, está o caso de uma empresa que questionou o fisco sobre a relevância e aceitação fiscal de gastos que se traduziram no pagamento de uma quantia a uma seguradora, decorrentes do pagamento de indemnização e pensão por acidente de trabalho a um trabalhador sinistrado.

O caso foi levado à justiça, com o tribunal a fixar as indemnizações e pensões a pagar ao trabalhador, num processo em que tanto a empresa como a seguradora foram condenadas ao pagamento das mesmas.

A decisão judicial de primeira instância aponta ainda para a existência de “conduta culposa por parte do sujeito passivo (entidade empregadora), assente na omissão de observância das regras de segurança e de saúde e da realização de formação que tinha obrigação de implementar e efetuar” e, por consequência, “a existência do direito de regresso sobre a entidade empregadora por parte da seguradora”.

De referir que a empresa tinha celebrado com a seguradora em questão um “contrato de seguro do ramo de acidentes de trabalho”, nos termos do qual, adianta a mesma informação, “assegurou a cobertura do risco completo de danos traumatológicos dos trabalhadores”.

Relativamente a vertente fiscal, a AT refere que “subjazendo aos pagamentos trabalhador sinistrado” e consequentemente aos pagamentos em questão à seguradora, “culpa da entidade empregadora”, os valores deixam de entrar na esfera dos gastos e perdas que podem ser considerados para o apuramento do lucro tributável – sobre o qual incide o IRC.

Nesta situação, refere a AT, “sobrevém a aplicação” do artigo do Código do IRC que elenca os encargos não dedutíveis para efeitos fiscais [23º-A], o qual “veda a aceitação fiscal de encargos decorrentes de condutas culposas, quer seja pela prática de infrações, quer seja por comportamentos contrários a qualquer regulamentação sobre o exercício da atividade”.

Desta forma, conclui AT, “existindo uma conduta culposa da entidade que suporta os encargos (pagamentos à entidade seguradora), por não ter cumprido o ónus que sobre si impendia, do qual resultou o sinistro e os consequentes encargos em questão”, os mesmos não podem ser aceites para efeitos fiscais, ou seja, não podem abater ao lucro tributável.

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Banco polaco do BCP faz provisões de 118 milhões de euros no primeiro trimestre

O Bank Millennium voltou a constituir provisões para enfrentar eventuais custos legais com a conversão de créditos em francos para a moeda local. O banco espera um resultado positivo no trimestre.

O banco polaco do BCP, o Bank Millennium, anunciou que o nível de provisões estimado para fazer face a riscos legais relacionados com a conversão de créditos em francos suíços, no primeiro trimestre de 2024, situou-se em 507 milhões de zlótis (118,4 milhões de euros), segundo as previsões avançadas pelo banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco liderado por Miguel Maya continua, assim, a ter que constituir provisões associadas à conversão de empréstimos em francos suíços, que só no ano passado levou ao registo de provisões de 623 milhões de euros devido aos riscos legais.

O banco informou ainda que constituiu provisões de 41 milhões de zlótis (9,6 milhões de euros) para cobrir riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, no primeiro trimestre do ano, ainda que sem impacto nos resultados líquidos.

“Assumindo a estimativa preliminar de provisões acima referida e a inexistência de outros eventos inesperados, e tendo em consideração a manutenção dos resultados positivos da atividade core, o Conselho de Administração Executivo espera que o Banco apresente um
resultado líquido positivo no 1.º trimestre de 2024″, refere o mesmo comunicado.

Os resultados do primeiro trimestre do banco polaco controlado pelo BCP serão divulgados no próximo dia 10 de maio.

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