Reconhecer isoladamente Estado da Palestina “seria inconsequente” para Portugal, diz PS

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Edite Estrela defende que “o reconhecimento isolado por parte de Portugal seria inconsequente” e, para que esta ação tenha impacto, é preciso “evoluir para um reconhecimento conjunto”.

O PS defendeu esta terça-feira que o reconhecimento isolado por parte de Portugal do Estado da Palestina “seria inconsequente”, sublinhando que vários países europeus “estão a trabalhar num roteiro para o reconhecimento conjunto”.

Esta ideia foi defendida pela deputada socialista Edite Estrela durante o debate no parlamento agendado pelo Livre sobre a “solução de dois estados e o reconhecimento da independência da Palestina”, para o qual também apresentaram iniciativas PS, PCP, BE e PAN.

Há hoje uma convicção muito profunda e partilhada de que a única solução é mesmo esta: reconhecer o Estado da Palestina, mas não devemos repetir erros do passado. O passado diz-nos que gestos simbólicos, até românticos, de reconhecimento isolado não serviram para nada”, defendeu.

Na opinião de Edite Estrela, “o reconhecimento isolado por parte de Portugal seria inconsequente” e, para que esta ação tenha impacto, é preciso “evoluir para um reconhecimento conjunto”. “Sei que Portugal e vários países europeus estão a trabalhar num roteiro para o reconhecimento conjunto do Estado da Palestina”, disse.

Na abertura do debate, o deputado único do Livre, Rui Tavares, recordou que, em 2014, o parlamento já tinha aprovado uma recomendação pelo reconhecimento do Estado da Palestina. “Se Portugal já tem essa posição chegou a altura de a assumir com mais urgência”, defendeu, considerando que é preciso deixar de “estar à espera dos outros para avançar” e que um país como Portugal “não pode deixar de fazer o máximo que pode para salvar vidas”.

Esta posição de Portugal, de acordo com Rui Tavares, deixaria a mensagem muito clara “a quem queira que exista apenas um estado que tenha que vir ou da limpeza étnica, do genocídio, do apartheid, da discriminação constante, ou do fanatismo religioso, de que não vão conseguir os seus intentos”.

Pelo BE, Joana Mortágua referiu que “há mais de dois milhões de pessoas condenadas à morte pela passividade internacional” e fazer o que for possível “para travar o massacre indiscriminado” é “um imperativo de quem não abandona posições pela paz e pelo bem”.

“Portugal não pode ficar sentado, apenas a assistir. Não pode ficar do lado da carnificina”, apelou, defendendo o reconhecimento do Estado da Palestina e a aplicação de sanções a Israel “para travar um genocídio” como “gestos de derradeira humanidade” propostos pelo BE.

Na mesma linha, o deputado do PCP Bruno Dias considerou um “absurdo e uma vergonha” que, num país como Portugal em que se defende a solução dos dois estados, o “Governo não reconheça um dos desses dois estados, mas apenas o estado ocupante”. “Não nos venham falar de reconhecimento isolado. Isolados estão aqueles que se recusam a reconhecer o Estado da Palestina”, criticou.

Já a deputada única do PAN Inês Sousa Real defendeu a solidariedade “para com todos os que sofrem” e um cessar-fogo imediato porque é preciso falar de paz, apelando que Portugal se “demonstre do lado certo da história”. PSD, Chega e IL não apresentaram qualquer iniciativa, tendo o deputado social-democrata Tiago Moreira de Sá considerado que o projeto do PS, não sendo perfeito, “acautela vários pontos sensíveis, é moderado e recomenda ao Governo para agir de forma concertada” com os aliados.

“Estamos muito empenhados em manter o consenso nacional em torno da política externa portuguesa e em deixá-la de fora da luta político partidária”, enfatizou, considerando que o “consenso é desejável e possível desde que o PS não ceda aos partidos à sua esquerda”. A IL, através do líder parlamentar Rodrigo Saraiva, sublinhou que a sua posição “é a mesma defendida há muitos anos por vários partidos e pelo Estado português”.

Quem defende o direito à autodeterminação dos povos expresso livremente, só poderá concordar que o reconhecimento da existência, bem como da independência de um Estado, é um passo formal que deve ser dado na altura certa para que tenha implicações concretas para as populações”, enfatizou.

Pelo Chega, André Ventura considerou que o plenário deveria estar a discutir a crise em Portugal, criticando os partidos à esquerda por estarem a assumir estas posições sobre a Palestina quando “defendem os regimes mais autocráticos”.

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Hotéis sobem 3% no preço por noite durante o fim do ano e 14% no Natal

  • Ana Petronilho
  • 19 Dezembro 2023

No fim de ano, o preço por noite em Lisboa ultrapassa os 200 euros. Mas é no Algarve onde os preços mais vão subir passando de 133 euros para 161 euros. Na Madeira há surpresa: os preços descem 7%.

Este ano o turismo deve bater recordes tanto em número de estadias como em receitas. E a época de Natal e fim do ano vai acompanhar esta tendência. Os hoteleiros apontam para uma subida de reservas e um aumento de preços por noite durante a época festiva.

O preço médio por noite, durante o fim de ano (de 30 de dezembro a 2 de janeiro) vai atingir os 169 euros, mais 5 euros (subida de 3%) do que a média registada de 164 euros no ano passado. E o nível de ocupação que a 10 de dezembro já atingia os 58% a nível nacional, deverá ainda subir para os 75%, prevê os hoteleiros, ultrapassando os 61% de reservas de 2022 durante este período.

Para o Natal, de 22 a 26 de dezembro, o preço médio por noite sobe 14%, de 118 euros para os 135 euros este ano. As reservas que a dia 10 deste mês estavam em 44% deverão subir para uma ocupação de 56%, acima dos 50% registados no ano passado.

Estes são alguns dos resultados do inquérito realizado entre os dias 27 de novembro e 10 de dezembro pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), divulgados esta terça-feira, tendo sido inquiridos 293 estabelecimentos.

Lisboa ultrapassa os 200 euros para o fim de ano e preços descem 7% na Madeira

Na área metropolitana de Lisboa, onde as reservas vão situar-se entre os 62% e os 83%, vão ser cobrados 202 euros por noite para o réveillon. Mais 18 euros (10%) que os 184 euros cobrados no ano passado. Mas é no Algarve onde vai acontecer o “aumento mais expressivo“, subindo de 133 euros para 161 euros por noite em 2023. Nesta zona do país as reservas vão ficar entre os 60% e os 74%, acima da ocupação de 61% conseguida no ano passado.

E na Madeira – onde é cobrado o valor mais elevado do país e onde o fim do ano tem muito peso para os hoteleiros sendo um dos destinos mais procurados – há uma surpresa: os preços vão descer. Este ano, aponta a AHP, os preços médios nesta região vão fixar-se em 250 euros por noite. Menos 18 euros (cerca de 7%) face ao valor cobrado no ano passado, fixado em 268 euros por noite.

“É uma surpresa. Não estávamos à espera desta quebra que revela um sério abrandamento no preço praticado, sobretudo quando há uma taxa de ocupação interessante”, entre os 87% e os 92%, confessa Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, sem apontar qualquer razão específica para esta tendência.

Mas a Madeira não é a única região do país onde os preços vão descer durante o fim de ano. No Norte, onde as reservas vão ficar entre os 53% e os 68%, o preço médio vai descer 18 euros (8,6%), passando de 150 euros para 138 euros por noite.

Entre os principais mercados apontados pelos hoteleiros para o réveillon, 50% dos inquiridos apontam os espanhóis, 34% os ingleses, em terceiro lugar estão os americanos com 32%. Seguem-se os brasileiros com 22% dos hoteleiros a apontarem este como o seu principal mercado e o top cinco fica completo com os alemães, com 20%. Mas a grande maioria dos hotéis vão ser ocupados por portugueses, com 81% dos inquiridos a apontarem Portugal como o principal mercado.

Apenas Açores e Centro com menos reservas para o Natal

No que toca ao Natal, tanto em Lisboa como no Algarve os preços das estadias vão subir 26%. Na capital, as reservas podem atingir os 63% e o preço por noite vai passar de 134 euros para 169 euros este ano. No Algarve o preço aumenta de 100 euros para 126 euros com uma taxa de ocupação que pode atingir os 61%.

As únicas regiões do país com reservas que podem ficar abaixo do ano passado são os Açores e o Centro, com os hoteleiros a prever taxas de ocupação máximas de 34% e 45%, respetivamente. No caso dos Açores a descida de reservas é acompanhada por uma queda de cinco euros dos preços das estadias, passando de 91 euros para 86 euros por noite. Para Cristina Siza Vieira este cenário resulta do tráfego aéreo. “A Ryanair tinha 14 voos por semana para os Açores e passou a ter dois voos semanais. Isto tem um impacto muito grande na operação de inverno”, diz a vice-presidente executiva da AHP.

no Centro a queda do número de reservas não se reflete nos preços, com o valor das estadias a subir de 95 euros para 107 euros por noite.

Em termos gerais, os hoteleiros estão com “boas expectativas” para esta época e se a taxa de ocupação chegar aos 75% “é sem dúvida” um “bom resultado”, em linha com um ano de recordes e que gera “ânimo” para 2024.

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Passos Coelho desautorizou Montenegro, diz Mortágua

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

A coordenadora do BE disse ainda que as declarações de Passos Coelho são um "assumir que o projeto do PSD é mesmo um acordo com o Chega".

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou esta terça-feira que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho desautorizou o atual líder do PSD, Luís Montenegro, e assumiu que o projeto dos sociais-democratas “é mesmo um acordo com o Chega”.

Em declarações aos jornalistas à frente do Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, Mariana Mortágua reagiu às palavras de Pedro Passos Coelho que, esta manhã, questionado sobre um eventual acordo entre o PSD e o Chega após as eleições de março, respondeu que não lhe compete abordar esse tema, mas que isso vai depender das estratégias que vierem a ser definidas pelos partidos “e das condições que os portugueses” lhes oferecerem.

A coordenadora do BE considerou que, com estas declarações, Passos Coelho veio “desautorizar Luís Montenegro” e “assumir que o projeto do PSD é mesmo um acordo com o Chega”. “Não é de estranhar: Portugal conhece Pedro Passos Coelho. Sabe que André Ventura era o seu acólito, o seu protegido, na mesma altura em que Luís Montenegro era líder parlamentar do PSD. Trata-se, portanto, de uma grande família”, sustentou.

Mariana Mortágua acrescentou que “essa grande família saiu e foi desalojada do poder em 2015, perdeu as eleições desde então, e vai voltar a perder, porque o país não esquece, não perdoa o que a direita fez aos salários, às pensões, à qualidade de vida, à dignidade de quem trabalhava em Portugal”.

Já interrogada sobre as declarações de Passos Coelho relativamente a António Costa – que considerou ter apresentado a sua demissão por “indecente e má figura” –, Mariana Mortágua voltou a referir-se às palavras do ex-primeiro-ministro relativamente ao Chega. “Passos Coelho aparece mais uma vez em cena para desautorizar Luís Montenegro e para admitir que o projeto do PSD é governar com o Chega”, reforçou.

Reiterando que a “direita vai ser derrotada em 2024”, nas legislativas, Mariana Mortágua vincou que “o BE vai ser a força que vai contribuir para essa derrota”. O BE “vai ser essencial e determinante para encontrar as soluções que interessam, e as soluções que interessam são como é que abrimos no Hospital Amadora-Sintra as urgências pediátricas e de obstetrícia todos os dias, a todas as horas, porque é assim que tem de ser”, referiu.

Esta manhã, à chegada ao Campus da Justiça, em Lisboa, Pedro Passos Coelho admitiu também que este não é o seu tempo para intervir no espaço político, e manifestou a expectativa de que o PSD possa estar preparado e seja “liderante nesta fase nova”.

Sublinhando que será necessário um Governo “que possa inspirar confiança às pessoas”, Passos Coelho disse acreditar numa vitória social-democrata nas eleições de 10 de março: “Espero evidentemente que o PSD possa ser o partido liderante nessa fase nova que se vai abrir, não porque é o meu partido – acho que todos compreenderiam que eu desejasse que o meu partido pudesse ganhar as eleições – e confio que sim, que isso acontecerá”.

Por outro lado, Passos Coelho manifestou também a esperança de que o “país saiba identificar no atual Governo que está a cessar funções responsabilidades graves na situação a que o país chegou”. “Suficientemente graves para que o primeiro-ministro tenha sido o único de que eu tenho memória que se tenha sentido na necessidade de apresentar a demissão por indecente e má figura”, salientou.

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Zelensky admite que exército ucraniano propôs mobilizar até 500.000 pessoas

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Volodymyr Zelensky adianta que o comando militar "propôs a mobilização de 450.000 a 500.000 pessoas", mas diz que ainda não tomou uma decisão.

O Exército ucraniano, a debater-se com a necessidade de encontrar voluntários, propôs mobilizar “450.000 a 500.000 pessoas” para continuar a lutar contra a invasão russa, avançou esta terça-feira Presidente da Ucrânia, admitindo, porém, que ainda não tomou uma decisão.

O comando militar “propôs a mobilização de 450.000 a 500.000 pessoas”, disse Volodymyr Zelensky, durante uma conferência de imprensa em Kiev, acrescentando que precisava de “mais argumentos para apoiar esta ideia” porque se tratava de um “número muito importante”. Na mesma conferência de imprensa, Zelensky saudou “uma enorme vitória” do exército ucraniano sobre a Rússia no mar Negro, que permitiu estabelecer desde agosto um “corredor marítimo” para exportação de mercadorias.

“Isso está integrado na nossa operação no sul”, prosseguiu o líder ucraniano, lembrando ainda as ameaças russas de bombardeamentos e a suposta superioridade marítima da frota russa. Zelensky também anunciou que a Ucrânia vai receber “diversos” novos sistemas antiaéreos Patriot.

Zelensky exclui negociações com uma Rússia “arrogante”

O Presidente ucraniano rejeitou ainda qualquer hipótese de negociação com uma Rússia “arrogante”, apesar das dificuldades do Exército ucraniano na frente de combate e a crescente pressão das tropas de Moscovo. “Atualmente não é pertinente. Não vejo uma solicitação por parte da Rússia. Não o vejo nas suas ações. Apenas vejo arrogância e morte na sua retórica”, declarou o líder ucraniano, durante uma conferência de imprensa em Kiev com a presença de vários ‘media’ nacionais e internacionais.

Questionado sobre as recentes divergências com o chefe do Exército, Valery Zaluzhny, o Presidente ucraniano disse que “independentemente da posição ocupada”, os dirigentes a vários níveis têm “responsabilidade sobre os resultados do dia a dia”. Presidente e chefe do Exército têm uma “boa relação de trabalho”, disse Zelensky, rejeitando “personalizações”.

Qualificou ainda de “fantasia” a possibilidade de que a Ucrânia ceda uma parte de seu território à Rússia em troca de entrar na NATO. Sobre o esforço de equipamento das Forças Armadas, Zelensky revelou ainda que a Ucrânia vai produzir “um milhão de ‘drones’ [aparelhos não-tripulados]” para o seu exército em 2024.

Zelensky foi também questionado sobre uma visita a Portugal, já confirmada em outubro, sem referir datas, e afirmou estar “muito agradecido ao Governo e ao Presidente de Portugal” por estarem ao lado de Kiev na luta contra a invasão russa. “É muito importante para nós ter o apoio de Portugal”, disse o chefe de Estado ucraniano, de acordo com a CNN Portugal.

O líder ucraniano também anunciou a intenção de se encontrar proximamente com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, “para encontrar soluções” aos seus diferendos, alguns dias após o dirigente húngaro ter vetado a aprovação de um novo pacote de ajuda da União Europeia (UE) à Ucrânia e de não ter participado na decisão de abrir negociações formais com Kiev para a adesão ao bloco comunitário.

“Somos vizinhos e tentamos encontrar soluções para os nossos problemas. Mas para isso devemos organizar uma reunião”, declarou. No decorrer da conferência de imprensa, Zelensky respondeu e falou diversas vezes sobre os Estados Unidos, até ao momento o principal aliado de Kiev.

Ainda a propósito de um possível regresso de Donald Trump à Casa Branca (Presidência norte-americana), a menos de um ano das presidenciais norte-americanas de 2024, Zelensky considerou que o antigo governante tem uma “personalidade diferente” do atual Presidente norte-americano, Joe Biden, e que por esse motivo iria promover “uma política diferente”, acrescentando que “todos os dirigentes têm uma influência sobre a sua sociedade e sobre as ações do seu Governo”.

Uma eventual redução da ajuda norte-americana poderá influenciar a atitude da UE e terá, segundo frisou, “decerto um impacto e que não seria positivo para a Ucrânia”. No entanto, disse acreditar que as grandes linhas da política oficial de Washington e o seu apoio a Kiev não serão alterados.

Estas declarações surgem alguns dias após o seu périplo diplomático destinado a convencer os Estados Unidos e a Europa a prosseguirem o envio de armamento e financiamentos à Ucrânia. Apesar de ter obtido de Bruxelas uma abertura das negociações de adesão da Ucrânia à UE, até ao momento não conseguiu convencer o Congresso norte-americano a votar um novo pacote de 61 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros) para o seu país.

(notícia atualizada às 19h57 com mais informação)

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Estado espanhol vai comprar 10% da Telefónica para fazer frente aos sauditas

  • ECO
  • 19 Dezembro 2023

O Governo espanhol autorizou, esta terça-feira em Conselho de Ministros, a Sociedade Estatal de Participações Industriais a comprar até 10% da Telefónica.

O Governo espanhol autorizou a Sociedade Estatal de Participações Industriais (Sepi) a comprar até 10% da Telefónica. A decisão foi aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros e notificada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários espanhola, segundo os media espanhóis.
Através desta operação, o Estado espanhol irá converter-se no principal acionista da operadora de telecomunicações, segundo revelou a sociedade estatal e a operadora na informação divulgada ao regulador do mercado espanhol. Assim que for finalizada a operação, o Estado espanhol vai voltar a ter uma participação na Telefónica, 26 anos após a sua completa privatização e terá direito a um dos outros membros pertencentes ao Conselho de Administração.
A Telefónica tem uma capitalização de mercado que ronda os 20.000 milhões de euros, pelo que a aquisição de 10% do capital da empresa deverá estar avaliada em 2.000 milhões de euros.
Na nota divulgada à CMVM, o Executivo espanhol realça que a Telefónica “desenvolve um conjunto de atividades de uma relevância crucial para a economia, tecido produtivo, investigação, segurança, defesa e, em definitivo, bem-estar dos cidadãos”.
Esta decisão visa “proporcionar à Telefónica uma maior estabilidade acionista para que a empresa atinja os seus objetivos e, por isso, contribuir para a salvaguarda das suas capacidades estratégicas”, lê-se.
Com esta decisão, o governo de Pedro Sanchez tenciona travar o avanço da Saudi Telecom, que em setembro já tinha comprado 9,9% do capital da Telefónica por 2,1 mil milhões de euros, ainda que na altura tenha salientado que não queria ficar com o controlo da companhia.
Desde então, que a vice-presidente e ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, se tem comprometido a aplicar “todos os mecanismos necessários” para defender “os interesses estratégicos de Espanha”, devido aos contratos que o Estado espanhol mantém com a Telefónica em matéria de Defesa.
(Notícia atualizada às 17h56 com mais informação)

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Itália prorroga por um ano fornecimento de equipamento militar à Ucrânia

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

"A Itália escolheu estar ao lado da liberdade das nações e do respeito ao direito internacional", disse o ministro da Defesa, que tem o objetivo de alcançar "uma paz justa e duradoura".

O Governo italiano aprovou esta terça-feira um decreto-lei que prorroga por um ano o fornecimento de armas, veículos e equipamento à Ucrânia. “Mais uma vez, a Itália escolheu estar ao lado da liberdade das nações e do respeito ao direito internacional, com o objetivo de alcançar, em linha com a posição assumida pela NATO e pelos aliados da União Europeia, uma paz justa e duradoura“, afirmou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto.

O decreto-lei, que prorroga até ao final de 2024 a ajuda militar à Ucrânia na guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022, necessita de ser aprovado pelo Parlamento. “Gostaria de salientar que não existe qualquer problema político no apoio à Ucrânia no âmbito da maioria governamental, que tenciona respeitar o papel e o controlo do Parlamento”, acrescentou Crosetto.

A decisão foi tomada por iniciativa do ministro da Defesa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, do ministro da Economia e Finanças, Giancarlo Giorgetti e, segundo Crosetto, “com o apoio de todo o Governo”.

O prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, num cenário internacional agravado pela crise do Médio Oriente e pela guerra entre Israel e o Hamas, exige que o governo de Meloni faça uma escolha de coerência e apoio e, portanto, de uma extensão da ajuda à Ucrânia, de acordo com os compromissos internacionais assumidos pela Itália na UE e na NATO”, acrescentou.

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PLMJ assessora Minor na venda de carteira de cinco hotéis ao Grupo NH Hotels

A equipa da PLMJ foi coordenada por Francisco Lino Dias, sócio e cocoordenador da área de Imobiliário e Turismo.

A PLMJ assessorou a Minor na venda ao Grupo NH Hotels de 100% do capital da sociedade que controla os hotéis Anantara Vilamoura Algarve Resort, Tivoli Lagos Algarve Resort, NH Sintra, NH Marina Portimão e Tivoli The Residences at Victoria. Esta operação somou um total de 133,2 milhões de euros.

A equipa da PLMJ foi coordenada por Francisco Lino Dias, sócio e cocoordenador da área de Imobiliário e Turismo, e contou com a participação de Abel de Barbosa Mendonça, consultor sénior, Sofia Nogueira Leite, associada sénior e Mafalda Oliveira Cordeiro, associada, todos da área de Imobiliário e Turismo e Ânia Cruz, associada sénior da área de Corporate M&A.

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Operação Lex: Arguidos vão ser julgados pelo Supremo

Após ter ponderado se processo teria de ser dividido em dois, o Supremo Tribunal de Justiça irá julgar os 17 arguidos da Operação Lex, incluindo Rui Rangel e Luís Filipe Vieira.

Caberá ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) julgar os 17 arguidos da Operação Lex. Segundo avançou o Público, o STJ decidiu ser competente, após ter ponderado se processo teria de ser dividido em dois. Entre os principais arguidos neste caso está o ex-juiz Rui Rangel e o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.

A dúvida sobre quem seria competente prendia-se com o facto de os crimes de colarinho branco alegadamente cometidos pelos desembargadores Rangel e Fátima Galante terem sido feitos quando eram ainda juízes de segunda instância. Ou seja, dava-lhes o direito de serem julgados pelo STJ. Mas uma vez que ambos foram afastados da magistratura, era discutível onde seriam julgados.

Em dezembro de 2022, o juiz decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM Fátima Galopante e Luís Filipe Vieira, bem como os restantes arguidos iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou toda este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, o ex-dirigente do Benfica, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Abreu Advogados assessora venda da Bifase Electric à Sanitop

A equipa da Abreu Advogados responsável por esta operação foi coordenada por Diogo Pessanha, Sócio Contratado, e contou com o apoio de Benedita Pessanha, Associada Sénior.

A Abreu Advogados, sociedade de advogados em Portugal, assessorou os sócios da Bifase Electric, empresa de distribuição de material e equipamento elétrico e eletrónico, na venda da empresa à Sanitop.

A equipa da Abreu Advogados responsável por esta operação foi coordenada por Diogo Pessanha, Sócio Contratado, e contou com o apoio de Benedita Pessanha, Associada Sénior.

A aquisição da Bifase visou impulsionar o seu crescimento da oferta de equipamentos e serviços e, simultaneamente, proporcionar crescimento, inovação e mais valor junto de todos os parceiros, colaboradores e stakeholders.

Com sede em Paredes e filiais em Paços de Ferreira e Caldas da Rainha, a Bifase Electric é um distribuidor de referência no sector do material elétrico, que conta com mais de 25 anos de atividade.

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Oliveira de Azeméis está a alugar autocarros devido a falhas da Unir

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

Autarquia propôs, em novembro, à AMP "o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas".

O município de Oliveira de Azeméis está a alugar cinco autocarros para assegurar percursos não previstos pela nova rede de transportes Unir, revelou esta terça-feira a autarquia, na expectativa de que a Área Metropolitana do Porto (AMP) corrija a situação.

A informação da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro) foi remetida à Agência Lusa na sequência das críticas da estrutura local do Partido Comunista Português (PCP) que fala em “abundantes episódios de incumprimentos” nas viagens da rede Unir entre Oliveira de Azeméis e Porto.

A autarquia reconheceu a existência de vários problemas desde o arranque da operação a 1 de dezembro e, nesse contexto, revelou: “Como forma de mitigar os impactos negativos decorrentes da entrada em vigor da operação, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis está a recorrer ao aluguer de cinco autocarros para assegurar percursos e linhas não previstas na rede Unir, nomeadamente os que impactam no transporte escolar”.

Realçando que ainda em novembro propôs à AMP “o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas que possibilitassem o pleno funcionamento” do novo serviço, a autarquia diz agora que as suas preocupações se confirmaram.

“Desde o arranque da operação, a câmara tem acompanhado diretamente um conjunto de reclamações, cobrindo desde alteração de rotas até horários incompatíveis com as dinâmicas da população”, explica a autarquia liderada pelo PS.

Com base nas análises às reclamações recebidas, até 15 de dezembro o município solicitou à AMP “alterações em 25 das cerca de 50 linhas” em funcionamento no concelho, o que abrange pedidos de alterações de horários, de correções de percursos, de criação de linhas em falta “e até a supressão de linhas desadequadas”.

Apesar dessas falhas, a câmara diz ter “a firme expectativa de que a reorganização em curso dos horários venha a contemplar todas as alterações propostas”, que, nesta fase, visam “mitigar os problemas no curto prazo”.

Contactada pela Lusa a propósito das falhas denunciadas pelo PCP, a AMP confirmou esta segunda-feira a existência de problemas em Oliveira de Azeméis, assegurando estar “a trabalhar para corrigir todas as situações e garantir um serviço eficiente e de qualidade a todos os utilizadores, implementando medidas que incluem ajustes operacionais, reforço da frota e horários”.

“Apesar de a equipa da mobilidade da AMP ser reduzida, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autarquias e com os operadores para garantir uma resposta célere e eficaz às diferentes solicitações que nos chegam”, concluiu.

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Caso das golas antifumo: MP admite falta de indícios contra ex-secretário de Estado

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2023

O Ministério Público reconheceu que os indícios nos autos não são suficientes para sustentar a acusação contra o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves.

O Ministério Público reconheceu esta terça-feira, nas alegações do debate instrutório do caso das golas antifumo, que os indícios nos autos não são suficientes para sustentar a acusação contra o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves.

Penso que não há nada nos autos que demonstre contra o arguido José Neves”, disse o procurador David Aguilar, na sessão do debate instrutório no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, num processo que levou à demissão do então secretário de Estado da Proteção Civil.

À saída do tribunal para a pausa para o almoço, o advogado do antigo governante, António Castanheira Neves, considerou que o Ministério Público (MP) “amainou de uma forma muito intensa a acusação e acabou por reconhecer que a acusação é profundamente injustificada em muitos capítulos”, algo que disse “não estranhar”.

Questionado sobre se entendia que o MP sai fragilizado deste processo ao reconhecer que a acusação não está suficientemente sustentada, Castanheira Neves defendeu que é “mais uma prova evidente de que o MP está a precipitar-se vezes demais e com muita intensidade”.

“A acusação é insustentável, desprovida de validade factual e jurídica e ainda por cima estribada numa realidade que tive oportunidade de salientar e que intui a sua total e absoluta nulidade”, disse o advogado aos jornalistas, sublinhando, tal como já tinha feito nas suas alegações em sala, que “foram preteridas prerrogativas absolutamente essenciais” dos direitos de defesa dos arguidos.

Nomeadamente, referiu, o direito a conhecer os autos para prestar declarações no âmbito do inquérito.

Há uma clara precipitação do MP. O ex-secretário de Estado da Proteção Civil foi convocado para declarações na véspera do dia em que foi notificada a longa e extensa acusação, declarou pretender prestar declarações desde que lhe fosse facultado o acesso aos autos, um direito legalmente garantido. Pois com a alegação de que o processo ainda estava coberto pelo segredo de justiça, o que já não era uma realidade, não pôde prestar declarações, não pôde usar essa prerrogativa e no dia seguinte foi confrontado com a acusação”, disse.

Para Castanheira Neves esta é “uma nulidade absolutamente insuprível” que deverá levar a juíza de instrução criminal a determinar o regresso do processo à fase de instrução, tendo o advogado defendido nas alegações que, em alternativa, deve ser proferido despacho de não pronúncia dos arguidos.

Apesar das fragilidades da acusação reconhecidas pelo MP, o procurador “pronunciou-se afinal no sentido de que [os arguidos] devem ser pronunciados, sem ter dito com rigor porquê e com que fundamento”, disse Castanheira Neves, acrescentando que cabe agora à juíza de instrução decidir se haverá julgamento e que arguidos serão julgados.

Caso se confirme a não pronúncia de José Artur Neves, o advogado não exclui um processo contra o Estado, mas por agora prefere aguardar a conclusão do processo, ainda passível de recurso na decisão instrutória, que só deve ser conhecida em janeiro.

O procurador do MP alegou esta terça-feira haver indícios suficientes nos autos para confirmar a tese da acusação de que os arguidos agiram em conluio para viciar um processo de contratação pública com o objetivo de garantir o acesso a fundos comunitários.

O procurador David Aguilar argumentou que os emails apreendidos, “a exiguidade dos prazos” estabelecidos para os concursos públicos e as faturas emitidas por serviços prestados antes da assinatura dos contratos que as justificariam confirmam que o processo de contratação pública foi um processo simulado para enquadrar legalmente no acesso aos fundos procedimentos já em curso, estabelecidos através de “contactos informais” com empresas privadas.

Para o MP, há um “inegável” prejuízo patrimonial para o Estado neste processo, uma vez que a devolução dos fundos comunitários utilizados significa que o financiamento do projeto ‘Aldeia Segura — Pessoas Seguras’ ficou a cargo do Estado, ou seja, dos contribuintes.

Sobre o envolvimento do ex-presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o general Carlos Mourato Nunes, também arguido, o MP sublinhou que os contratos foram assinados por Mourato Nunes, pelo que não pode alegar desconhecimento ou desresponsabilização nesses procedimentos.

O debate instrutório do chamado caso das golas antifumo decorre hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, mais de quatro anos após ter agitado o Governo e a ANEPC.

O caso levou em 2019 a demissões no Governo, num processo no qual estão em causa alegados crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e abuso de poder.

Entre os 19 arguidos (14 pessoas e cinco empresas) estão o ex-secretário de Estado da Proteção Civil José Artur Neves e o ex-presidente da ANEPC Mourato Nunes, numa acusação revelada pelo MP em julho de 2022, na sequência das suspeitas sobre a compra de golas de autoproteção no programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, lançado na sequência dos incêndios florestais de 2017.

A investigação deste processo identificou “ilegalidades com relevo criminal em vários procedimentos de contratação pública” no âmbito do programa “Aldeia Segura — Pessoas Seguras”, que foi cofinanciado pelo Fundo de Coesão, considerando que causou prejuízos para o Estado no valor de 364.980 euros, supostamente desviados a favor dos arguidos.

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ISEG lança programa em ESG Reporting Corporativo

Formação destina-se aos responsáveis por reporting na empresa, diretores e técnicos de sustentabilidade, auditores, diretores e analistas financeiros, diretores de compliance e risco.

O ISEG Executive Education vai avançar, de 23 de fevereiro e 22 de março de 2024, com uma formação em ESG reporting corporativo e não financeiro. “O programa antecipa as exigências da União Europeia no que toca a reporting corporativo, de acordo com as diretivas Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e Non-Financial Reporting Directive (NFRD), enquadrando-as na realidade das empresas e do mercado, com metodologias para implementação e melhoria dos processos”, anuncia o ISEG em comunicado.

Segundo Francisco Velez Roxo, CEO do ISEG Executive Education, “este programa vem, no imediato, preparar as empresas para a implementação das normas europeias que as vão obrigar, a partir de 2025, a reportar o que identificam como riscos e oportunidades a partir dos desafios ambientais, bem como o impacto que as suas atividades têm nas pessoas e no ambiente.”

Com coordenação de Fátima Geada, professora do ISEG e presidente da Direção do Instituto Português de Auditoria Interna (IPAI), esta formação decorrerá durante 34 horas para ajudar a compreender as normas e aquilo a que as empresas estão obrigadas, assim como a identificar os referenciais a usar em Environmental (Ambiente), Social e Governance (governação) para medição do impacto das ações de sustentabilidade (atuais e futuras).

Este programa destina-se aos responsáveis por reporting na empresa, diretores e técnicos de sustentabilidade, auditores, diretores e analistas financeiros, diretores de compliance e risco.

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