Altri compra suíça AeoniQ e monta fábrica de fibras têxteis em Constância

Acordo reforça aposta do grupo nas fibras têxteis sustentáveis e prevê que a primeira unidade industrial da AeoniQ seja construída na fábrica de fibras da Caima em Constância já no próximo ano.

A Altri assinou um acordo para adquirir uma participação maioritária na AeoniQ, uma spin-off cleantech suíça da HeiQ Materials AG, que diz marcar “um passo decisivo no setor dos têxteis sustentáveis”. A primeira unidade industrial da empresa suíça será montada na fábrica de fibras da Caima, em Constância.

“O investimento da Altri, incluindo um aumento de capital, permitirá desenvolver a capacidade de produção em escala comercial da AeoniQ, reforçando a sua visão estratégica de diversificação para aplicações celulósicas de alto valor e baixo impacto ambiental”, frisa um comunicado da empresa liderada por José Soares de Pina.

Já a AeoniQ detalha que “desenvolveu o primeiro filamento celulósico biodegradável e com impacto climático positivo do mundo, projetado para substituir o poliéster e o nylon“. E destaca que a sua plataforma está “preparada para transformar a indústria têxtil global ao oferecer uma alternativa totalmente circular e livre de plásticos que reproduz o desempenho das fibras sintéticas — sem os seus impactos ambientais”.

Como parte do acordo, a primeira unidade industrial AeoniQ do mundo será construída na fábrica de fibras da Caima, em Constância. A construção está prevista para ter início durante o próximo ano, com uma capacidade inicial de 1.750 toneladas por ano. “Além das linhas piloto já existentes na Áustria, será lançada uma unidade pré-industrial em Portugal no início de 2026 para acelerar os protótipos, parcerias com marcas e coleções cápsula”, refere a empresa portuguesa.

“A joint venture, com a marca “AeoniQ”, combina a experiência industrial da Altri com a competência tecnológica da HeiQ”, diz a Altri. O projeto beneficiará da integração vertical da fibra de eucalipto até ao fio acabado, prevendo-se posteriormente a incorporação de matérias-primas recicladas como resíduos têxteis de algodão, resíduos agrícolas e celulose bacteriana derivada de desperdício alimentar.

A Altri destaca ainda que “os filamentos celulósicos AeoniQ são totalmente biodegradáveis em ambientes marinhos, no solo, em água doce e compostagem industrial” e que pode ser utilizados “desde lingerie e vestuário de trabalho a calçado, têxteis-lar, vestuário médico e interiores automóveis”. Este fio já foi utilizado em quatro coleções cápsula da Hugo Boss e na linha de roupa de cama vegan silk da Lameirinho, apresentada na Heimtextil 2025.

A Altri sublinha ainda que a joint venture AeoniQ é apoiada por grandes players da cadeia de valor têxtil, como a marca de moda alemã Hugo Boss e a MAS Holdings, a maior fabricante de vestuário técnico do Sul da Ásia, que são coinvestidores acionistas, enquanto a Lycra Company adquiriu os direitos exclusivos de distribuição”. Outros parceiros de desenvolvimento incluem, Riopele, Impetus, Lameirinho, Beste, Feinjersey, Taiana, Dolinschek, Aunde Group, Amman e Strahle + Hess.

Este acordo concretiza a estratégia da Altri de subir na cadeia de valor e investir em materiais de nova geração.

José Soares de Pina

CEO da Altri

“Este acordo concretiza a estratégia da Altri de subir na cadeia de valor e investir em materiais de nova geração”, afirma José Soares de Pina, CEO da Altri. “Estamos a escalar uma inovação transformadora que se alinha perfeitamente com o nosso compromisso de construir um mundo mais renovável”, acrescenta.

A conclusão da aquisição está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, mas as empresas esperam que o processo esteja concluído durante a segunda metade deste ano.

Fundada em 2005 como spin-off do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, a HeiQ foi tem sede na Suíça, conta com uma equipa de 200 pessoas e opera em cinco continentes. Já desenvolveu mais de 200 tecnologias patenteadas para setores como o têxtil, cosmético, higiene, baterias, materiais de construção, entre outros.

Com três fábricas e com uma capacidade de produção anual superior a 1,1 milhão de toneladas, a Altri está agora a expandir-se para o setor dos têxteis sustentáveis. Em maio, a portuguesa anunciou que vai converter a fábrica de Vila Velha de Ródão para produzir fibras para a indústria têxtil, um investimento de 75 milhões de euros.

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“O processo estava morto e foi trazido à vida por um lapso de escrita”, diz Sócrates

O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresentou esta terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês.

“Gostaria de recordar que em 2021, o tribunal de instrução considerou todas as alegações especulativas e foi essa a decisão de Ivo Rosa. E considerou também que todos os crimes estavam prescritos. Quatro anos depois, em 2024, um tribunal da Relação inventaram um lapso de escrita, mudaram um crime e manipularam os prazos de prescrição. Todos estamos aqui por causa de um lapso de escrita”. Foi assim que José Sócrates. ex-primeiro ministro de Portugal, principal arguido da Operação Marquês, descreve as razões da queixa que, esta terça-feira, apresentou contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem. Um processo que se arrasta há 14 anos e que esta quinta-feira tem a sua primeira sessão de julgamento.

“Foi a gota de água que me levou a decidir por uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH). É demais”, disse José Sócrates, em conferência de imprensa, em Bruxelas, ladeado pelo advogado Christophe Marchand, apesar do tribunal estar sediado em Estrasburgo.

O antigo primeiro-ministro considerou que o “lapso de escrita” é “uma artimanha que serviu apenas para manipular os prazos de prescrição e querer levar” o processo a julgamento: “O lapso de escrita é apenas isso”.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou a 11 de junho passado a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.

Para o tribunal, “há consistentes indícios” que demonstram que Carlos Santos Silva foi a pessoa nomeada por José Sócrates” para movimentar o dinheiro entre 2011 e 2014 para as contas do antigo primeiro-ministro.

Este processo foi separado do processo principal da Operação Marquês, tendo a juíza de instrução entendido que, uma vez que os crimes em causa são praticados em coautoria com arguidos que estão no processo principal da Operação Marquês, o mesmo deve ser anexado ao julgamento que tem data de início marcada para 3 julho.

No final da leitura da decisão instrutória, o advogado de José Sócrates, Pedro Delille, anunciou que iria avançar com um recurso para pedir a “nulidade por alteração substancial de factos”.

Para a defesa do antigo primeiro-ministro, que não esteve presente nesta sessão, a instrução do processo “foi feita com base numa acusação da qual os arguidos nunca foram notificados” e, também por isso, deve ser considerada nula. “Esta decisão foi feita sob tutela do Conselho Superior da Magistratura e é por isso também inválida”, acrescentou.

Neste processo estão em causa três crimes de falsificação de documento, em coautoria, tendo o tribunal considerado que “já decorreu o prazo máximo da prescrição”, uma vez que estes crimes ocorreram em 2012, 2013 e 2014.

Sobre os crimes de branqueamento de capitais, está em causa a alegada utilização pelos arguidos, entre 2011 e 2014, de contas bancárias de uma sociedade controlada por Carlos Santos Silva, da mulher deste e do motorista de José Sócrates, para entrarem na esfera do antigo primeiro-ministro montantes com origem ilícita.

Segundo a acusação do MP, com data de 2017, o empresário e amigo do antigo chefe de Governo (2005-2011) terá sido um dos testas-de-ferro a que José Sócrates terá recorrido para ocultar montantes com os quais terá sido corrompido para beneficiar o Grupo Lena, o Grupo Espírito Santo e o grupo Vale do Lobo.

(Em atualização)

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Há mudanças na direção da Uría Menéndez. Salvador Sánchez-Terán é o novo sócio presidente

Salvador Sánchez-Terán é o novo sócio presidente e Antonio Herrera o novo sócio diretor. Já Jesús Remón, atual sócio presidente, passará a exercer funções como sócio emérito.

A Uría Menéndez tem uma nova direção: Salvador Sánchez-Terán é o novo sócio presidente e Antonio Herrera o novo sócio diretor. As nomeações serão efetivas a partir do dia 1 de janeiro de 2026, sendo que nessa data, Jesús Remón, atual sócio presidente, passará a exercer funções como sócio emérito.

Aprovada em Assembleia Geral de sócios, Salvador Sánchez-Terán assumirá a presidência após dois mandatos na direção da firma. “Foi um privilégio partilhar a direção da firma com Jesús Remón, cujo exemplo continuará a ser uma referência para mim e para todos nós“, referiu em comunicado o novo sócio presidente.

Salvador Sánchez-Terán, sócio presidente da Uría Menéndez, Jesús Remón, sócio emérito, e Antonio Herrera, sócio diretor.

Na Uría desde 1998, Antonio Herrera assume agora o cargo de sócio diretor. “Agradeço a confiança dos meus sócios para assumir esta responsabilidade; é um orgulho e um desafio que encaro com grande entusiasmo. Espero dar continuidade ao trabalho realizado pelo Salvador e pelos meus antecessores, e continuar a impulsionar a Uría Menéndez, guiado pelos princípios que sempre definiram a nossa casa: rigor jurídico e deontológico, dedicação ao cliente, valorização do talento interno e compromisso social”, sublinhou.

Já Jesús Remón — que permanecerá vinculado ao escritório enquanto sócio emérito — assume que estas nomeações refletem a “continuidade” do modelo da firma, sustentado numa “visão de longo prazo e na renovação geracional”. Aproveitou ainda para manifestar a sua gratidão à firma e a todos os que que dela fazem parte “pelo apoio constante e por me terem dado a oportunidade de fazer parte deste projeto coletivo”.

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Fieldfisher abre dois escritórios em Portugal

A Fieldfisher Portugal fica operacional já esta terça-feira, em Lisboa e no Porto, e será liderada pelos managing partners André Miranda e João André Antunes.

A sociedade de advogados europeia Fieldfisher passa a estar presente no mercado português com dois novos escritórios: em Lisboa e no Porto. A Fieldfisher Portugal fica operacional já esta terça-feira e será liderada pelos managing partners André Miranda e João André Antunes, cuja equipa se apresentava até agora como André Miranda Associados.

“O lançamento da Fieldfisher Portugal insere-se no plano da firma para reforçar a sua presença em jurisdições europeias de relevância estratégica. Após a expansão recente para a Áustria, Itália e Polónia, a Fieldfisher passa agora a contar com 27 escritórios em 14 países, consolidando a sua posição como uma das sociedades de advogados mais dinâmicas e em maior crescimento na Europa, tendo faturado em 2024 mais de 460 milhões de euros”, refere a firma em comunicado.

Segundo o escritório, a escolha da André Miranda Associados para a integração em Portugal é explicada pelo seu “percurso consistente” e pela “experiência internacional consolidada da sua equipa”.

“A integração na Fieldfisher assinala um momento chave para a nossa equipa. Sentimo-nos orgulhosos do que construímos até aqui e entusiasmados por dar este passo de crescimento com o apoio de uma plataforma internacional. Esta evolução permite-nos oferecer aos nossos clientes um leque ainda mais alargado de serviços e alcance global“, refere o co-managing partner André Miranda.

Também João André Antunes sublinha que veem um “enorme potencial” nesta união com os valores e a visão da Fieldfisher. “Os nossos clientes beneficiarão de serviços reforçados e a nossa equipa está muito motivada com a oportunidade de crescer e inovar numa das principais sociedades de advogados da Europa“, acrescenta.

João André Antunes e André Miranda, managing partners da Fieldfisher

A Fieldfisher Portugal prestará serviços nas diversas áreas do direito, destacando as áreas de direito societário e M&A, contencioso e arbitragem, imobiliário, direito público e regulatório, direito fiscal, direito bancário e financeiro e a assessoria a private clientes. De notar que a entrada em Portugal reforça ainda a presença da Fieldfisher na Península Ibérica, criando sinergias com a operação da firma em Espanha.

Em comunicado, a firma sublinha ainda que Portugal é percecionado como detendo um “forte potencial de crescimento” em diversos setores-chave em que aquela já opera, incluindo tecnologia, startups, serviços financeiros, life sciences, energias renováveis e mobilidade.

“Apoiado por incentivos estatais, por fundos europeus de recuperação e com uma base robusta de talento nacional, Portugal tem vindo a afirmar-se como um hub de inovação digital, empresas tecnológicas, infraestruturas sustentáveis e energias verdes. Cidades como Lisboa e Porto estão a ganhar destaque como ambientes-piloto para soluções de fintech, healthtech, cleantech e smart cities, sendo que o setor dos serviços — como finanças, telecomunicações, turismo e indústrias criativas — representa quase 80% do PIB nacional. Este ecossistema dinâmico torna Portugal um destino cada vez mais atrativo para o investimento internacional e para a inovação transversal a vários setores”, referem.

O managing partner da Fieldfisher, Robert Shooter, notou que a “economia dinâmica” de Portugal, o seu “compromisso com a inovação” e a “abertura ao investimento estrangeiro” fazem do país um parceiro natural na sua estratégia de crescimento. “A equipa que se junta à Fieldfisher tem um percurso comprovado de sucesso e a sua mentalidade empreendedora, alinhamento cultural com a firma e ambição de crescimento fazem dela uma combinação perfeita para a nossa plataforma internacional. O André, o João e a sua equipa trazem consigo uma enorme experiência e ambição, e estamos empenhados em apoiá-los na prestação de um serviço de excelência aos clientes na Península Ibérica e além-fronteiras“, afirmou.

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João do Porto bate António de Lisboa na faturação dos Santos Populares

Tanto na Invicta como na capital, foram os turistas dos EUA, Irlanda e Reino Unido que gastaram mais dinheiro. Gasolineiras e retalho alimentar tradicional foram os negócios com maior nível de gastos.

Os festejos dos Santos Populares engordaram as economias locais, com o São João a “bater” o Santo António. A faturação dos negócios da Invicta registou um aumento de 11,37%, enquanto a subida da faturação na capital fixou-se nos 4,53%, de acordo com os dados do Reduniq Insights.

O relatório realizado pela UNICRE, que avalia a evolução do desempenho do comércio através das transações por cartão, mostra que, apesar da subida da faturação na capital nortenha ter sido mais expressiva, o ticket médio desceu 3,16% no concelho do Porto, para os 22,90 euros, e manteve-se praticamente inalterado no de Lisboa, situando-se nos 33,31 euros.

A análise revela ainda que o ticket médio de origem estrangeira é significativamente mais elevado do que o nacional: 75% no Porto e 89% em Lisboa. A Norte, o valor médio gasto por cartões de origem nacional foi de 18,23 euros, o que contrasta com os 31,91 euros de ticket médio estrangeiro. Já na capital, os cartões nacionais registaram um gasto médio de 25,69 euros e os estrangeiros de 48,71 euros.

Os consumidores nacionais também gastaram mais no Santo António face a 2024 (11,54%), enquanto a faturação de origem estrangeira até baixou 2,04% face ao ano passado. Na região de Lisboa, ambos os mercados são significativos, com o nacional a representar 51,62% da faturação e o estrangeiro 48,38%.

Relativamente às transações estrangeiras, os EUA, Irlanda e Reino Unido integram o top 3 de nacionalidades com maior número de cartões a serem utilizados em negócios em ambos os concelhos.

Os turistas germânicos foram os que tiveram uma maior variação positiva da faturação face a 2024 em ambos os concelhos: 19,81% no Porto e 43,18% em Lisboa. A análise destaca também a performance dos turistas irlandeses, que registaram uma subida da faturação de 18,25% no concelho do Porto, em comparação com o ano passado, mas uma queda de 13,45% no concelho de Lisboa.

Entre 23 e 24 de junho, de acordo com a mesma análise baseada nos pagamentos, o Porto recebeu turistas oriundos de 132 países, enquanto o concelho de Lisboa, nos dias 12 e 13 de junho de 2025, verificou a presença de turistas de 158 países.

Por fim, numa análise por setores, as gasolineiras e o retalho alimentar tradicional foram os negócios que verificaram o maior nível de gastos nos dois municípios. Nas gasolineiras, a variação foi positiva em 38,68% no Porto e em 72,52% em Lisboa, face aos mesmos períodos de 2024. Já no retalho alimentar tradicional, os gastos aumentaram 42,70% no Norte e 56,66% em Lisboa.

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Francisco Del Cura abandona Santander Seguros

  • ECO Seguros
  • 1 Julho 2025

Dirigente dos seguros do Santander por mais de 20 anos, o gestor que também é administrador do negócio em Portugal, vai deixar o grupo.

O responsável do departamento de seguros do Banco Santander, Francisco Del Cura, anunciou que vai abandonar o cargo que ocupa há mais de duas décadas sem adiantar detalhes quanto ao seu futuro profissional, avançou o INESE BDS.

Francisco Del Cura deixa os seguros do grupo Santander a nível internacional incluindo a administração da Santander Totta Vida.

Segundo informação do BDS, o anúncio foi feito pelo próprio na sua página na rede social LinkedIn, onde se despediu da empresa descrevendo a sua experiência como “repleta de desafios, crescimento, momentos inesquecíveis e, acima de tudo, pessoas incríveis que fizeram parte desta jornada”.

Abraçando a nova etapa, Francisco Del Cura, acredita que será “repleta de oportunidades, aberto a novas ideias, guiado pela curiosidade, e energizados pela vontade de continuar a acrescentar valor e a trazer experiência para onde quer que o caminho leve”.

Francisco Del Cura é também administrador não executivo da portuguesa Santander Totta Seguros, participada a 100% pela espanhola Santander Insurance SL, por sua vez detida a 100% pelo Banco Santander. A Santander Totta seguros é a sociedade que participa nas joint ventures portuguesas com holandeses na Aegon Santander Vida e Não Vida e na Mapfre Santander.

Na sua despedida Del Cura destaca a sua experiência no Santander Mexico, como Global Head of Insurance e como Chairman da Santander Wealth Management & Insurance.

Licenciado em ciências económicas e financeiras e em atuário de seguros pela Universidad Complutense de Madrid, onde também adquiriu um diploma de estudos avançados em economia financeira e atuarial e no Esate tem um Executive MBA caminho pelo setor segurador já vem, pelo menos, desde 1998 na La Positiva Seguros – hoje propriedade maioritária da Fidelidade – e depois na AON Re Iberia, onde ficou por mais de cinco anos.

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Rede social de compras Bloop arranca com fase beta e já aponta para Espanha e França

No conceito da plataforma, "qualquer utilizador pode partilhar recomendações e receber créditos — até 10% por partilha e 5% por venda gerada".

Francisco Rodrigues e João Neves, fundadores da Bloop

A portuguesa Bloop está a arrancar com a fase beta do marketplace que atua como uma rede social de compras. A startup, que já levantou 1,5 milhões de euros, prepara até ao final do ano uma ronda seed de 5 milhões e já aponta mira a mercados como Espanha e França.

“Estamos a provar que o futuro do e-commerce é realmente social e que passa pela recomendação autêntica e pela partilha de valor. A nossa fase beta já arrancou e está a validar, com dados e tração reais, um modelo de social shopping único no mundo, desenhado para ser sustentável, justo e impulsionado pelas pessoas”, diz Francisco Rodrigues.

“Este é um momento muito interessante para nós, porque nos permite finalmente validar a aceitação e a necessidade do mercado deste novo conceito e modelo de negócio e, simultaneamente, temos a possibilidade de aferir o comportamento e a experiência dos utilizadores, percebendo quais as ações que nos permitem maximizar loops de convite, fazendo crescer a nossa comunidade de utilizadores e preparando-nos assim para a próxima fase de crescimento e monetização com uma base sólida”, diz o CEO e fundador da Bloop, juntamente com João Neves, citado em comunicado.

A fase beta, que arranca com 100 vendedores, mais de 200 mil produtos ativos, e 200 influenciadores, convidados para testar e partilhar a plataforma, que passará a estar aberta a todos, “compreende a publicação de conteúdos nos canais da empresa, no Instagram e no TikTok, bem como uma campanha publicitária no TikTok e na Meta”. Inclui ainda a “oferta de incentivos aos utilizadores com créditos de boas-vindas e recompensas por convites”.

No conceito da plataforma, “qualquer utilizador pode partilhar recomendações e receber créditos — até 10% por partilha e 5% por venda gerada”.

Ronda de 5 milhões

Até ao momento, a startup já levantou 1,5 milhões de euros, e tem em curso uma bridge round de até 500 mil euros para “reforçar a fase de validação”. Prepara até ao final do ano uma ronda seed de 5 milhões para dar músculo à expansão internacional já no próximo ano. “A partir de 2026, a Bloop prevê arrancar com a sua expansão para Espanha e França”, pode ler-se em comunicado.

Até ao final do ano, a Bloop quer reunir mais de 500 vendedores nas áreas de produtos e experiências da sua plataforma.

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Bélgica vai tributar mais-valias com ativos financeiros

O país era um dos poucos na Europa que não aplicava um imposto sobre as mais-valias com ativos financeiros, como ações e criptomoedas. O novo regime pode entrar em vigor a partir de janeiro de 2026.

A Bélgica vai começar a tributar as mais-valias com ativos financeiros, como ações e criptomoedas, uma prática que já é comum noutros países europeus, avança a Reuters.

O ministro das Finanças belga, Jan Jambon, afirmou num comunicado divulgado na segunda-feira que será criado um imposto de 10% sobre as mais-valias com ativos financeiros. Até agora, a Bélgica era um dos poucos países europeus que não tinha um imposto desta natureza. O imposto sobre os rendimentos é, porém, elevado, com taxas até 50%.

Os fundos obtidos com este imposto vão permitir reformar o sistema de pensões, aplicar políticas de migração mais rigorosas e aumentar o investimento na defesa, referiu ainda o ministro num post na rede social X.

O novo imposto será aplicado quando os ganhos forem realizados, como, por exemplo, através de uma venda, e incidirá apenas sobre os lucros obtidos após a entrada em vigor do novo sistema, o que, segundo os jornais belgas, ocorrerá a 1 de janeiro de 2026. A Reuters contactou o ministro das Finanças para confirmar esta data, mas não obteve resposta.

Além disso, para aqueles que detêm uma participação de, pelo menos, 20% em qualquer empresa, será aplicada uma taxa de imposto reduzida e progressiva, com uma isenção de um milhão de euros a cada período de cinco anos.

Os produtos de poupança para a reforma e os planos de seguro coletivo estarão totalmente isentos deste imposto.

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Dívida pública sobe 5% desde o início do ano e atinge recorde de 284,5 mil milhões

O endividamento do Estado aumentou 3,18% em maio face ao mesmo mês de 2024, marcando o quarto mês consecutivo de aumentos homólogos acima dos 3%.

A dívida pública aumentou 3,7 mil milhões em maio para um novo recorde de 284,5 mil milhões de euros. Desde o início do ano, o endividamento na ótima de Maastricht já cresceu 5,1%.

“Esta variação refletiu o aumento dos títulos de dívida (+3,5 mil milhões de euros), sobretudo de longo prazo, e dos certificados de aforro (+0,5 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensado pela diminuição dos certificados do Tesouro (-0,2 mil milhões de euros) e dos empréstimos (-0,1 mil milhões de euros)”, assinala o Banco de Portugal na informação estatísticas divulgadas esta terça-feira.

Os dados traduzem um crescimento homólogo de 3,18% da dívida pública em maio. Foi o quarto mês consecutivo com uma evolução acima dos 3%, o que não acontecia desde julho de 2021.

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O valor absoluto da dívida pública tem vindo a aumentar desde dezembro. Olhando apenas para os primeiros cinco meses do ano, o endividamento aumentou 5,13% ou 13,89 mil milhões de euros.

O montante dos depósitos da administração pública também cresceu em maio. “Os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 24,3 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 3,8 mil milhões de euros relativamente a abril. Deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 0,1 mil milhões de euros, para 260,3 mil milhões de euros“, assinala a nota estatística do Banco de Portugal.

A dívida do Estado tende a aumentar mais no primeiro semestre, quando o IGCP, a agência responsável pelo crédito público, concentra a maior parte das emissões. O IGCP informou esta segunda-feira que executou até final de maio quase metade (46,6%) do objetivo anual de emissão no plano de financiamento anual. Considerando apenas Obrigações de Tesouro, e incluindo o leilão de junho, a execução segue mais avançada com a emissão de 67% da meta anual de 20,5 mil milhões de euros.

A dívida das administrações públicas em percentagem do PIB situou-se nos 96,4% no final do primeiro trimestre, segundo os dados do Banco de Portugal.

O endividamento será pressionado nos próximos pelo incremento do investimento em defesa, acordado no seio da NATO. O ex-ministro das Finanças, João Leão, afirmou numa entrevista recente ao Jornal de Negócios que “Portugal vai deixar de conseguir reduzir a dívida pública”.

(Notícia atualizada às 11h47)

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Primeiro-ministro opõe-se à consulta pública de declaração única de rendimentos

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Entidade para a Transparência indica que estes requerimentos e o acesso às declarações de Luís Montenegro estão dependentes de apreciação pelo Tribunal Constitucional.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, submeteu pedidos de oposição à consulta pública das suas declarações de rendimentos, que está suspensa até uma decisão final do Tribunal Constitucional, informou esta terça-feira a Entidade para a Transparência (EpT).

Estes pedidos foram noticiados pelo Correio da Manhã e confirmados esta terça-feira à Lusa pela Entidade para a Transparência em resposta, por escrito, a pedidos de esclarecimento sobre o acesso às declarações únicas de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos de Luís Montenegro.

A EpT explica que o teor destes requerimentos se encontra sob sigilo, confirmando apenas os pedidos de oposição à consulta pública por parte do primeiro-ministro e que estes requerimentos e o acesso às declarações de Luís Montenegro estão dependentes de apreciação pelo Tribunal Constitucional, não adiantando qualquer data para a resolução do processo.

“A decisão de alguns dos pedidos de oposição às declarações únicas apresentados pelo senhor primeiro-ministro está dependente da apreciação, pelo Tribunal Constitucional, da ação de impugnação das deliberações da Entidade para a Transparência, a qual possui, nos termos do n.º 3 do artigo 111.º da Lei de Organização, Funcionamento e Processo do Tribunal Constitucional, efeitos suspensivos”, lê-se na resposta.

A Entidade para a Transparência esclarece ainda que a legislação que regula o exercício de funções de cargos políticos prevê este tipo de pedidos, nomeadamente quando está em causa o “interesse de terceiros ou a salvaguarda da reserva da vida privada” e que até uma decisão final “o acesso aos elementos sobre os quais recaiu a oposição e a sua eventual publicitação ficam suspensos”.

Neste momento, acrescenta a EpT, as declarações que estão pendentes de uma decisão estão identificadas com um cadeado na área de acesso público da plataforma eletrónica da Entidade para a Transparência acompanhadas da mensagem: “Foi solicitado um pedido de oposição à consulta pública por parte do titular que, de momento, está em análise por parte da EpT. Por este motivo, a declaração não poderá ser consultada”.

No site da EpT, é possível verificar que Luís Montenegro opôs-se à consulta de todas as declarações já entregues, relativas aos cargos de primeiro-ministro do anterior Governo, os dois mandatos como presidente do PSD, conselheiro de Estado e deputado. Não foi ainda submetida a declaração de interesses relativa ao cargo de chefe do atual Executivo.

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Mercado de trabalho estável. Desemprego estaciona nos 6,3% em maio

A taxa de desemprego situou-se em 6,3% em maio, valor igual ao do mês anterior e inferior em 0,1 pontos percentuais ao verificado há um ano. Já a população empregada cresceu 2,6% em termos homólogos.

O mercado de trabalho português continua a dar sinais de estabilidade. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego fixou-se em 6,3% em maio, valor idêntico ao do mês anterior e ligeiramente abaixo do registado há um ano. Já a população empregada aumentou em termos homólogos.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,3%, valor igual ao do mês anterior, mas inferior em 0,1 pontos percentuais ao de três meses antes e ao do mesmo mês do ano anterior“, informa o gabinete de estatísticas, numa nota publicada esta manhã. No total, no quinto mês do ano, havia 348,9 mil pessoas desempregadas em Portugal.

Por outro lado, a taxa de emprego situou-se em 64,9% em maio, abaixo dos 69,5% verificados no mês anterior, mas acima dos 64,1% registados há um ano. Portugal contava, assim, com 5,2 milhões de pessoas empregadas em maio, menos 12,6 mil do que em abril, mas mais 131,8 mil do que no mesmo mês de 2024.

Com estas variações do emprego e do desemprego, a população ativa fixou-se quase 5,6 milhões de pessoas, no quinto mês do ano. Em causa está um recuo em cadeia de 0,2%, mas, em termos homólogos, verificou-se um reforço de 2,5%.

Já a população inativa aumentou 0,9% face a abril e recuou 0,9% face a maio de 2024, situando-se em quase 2,5 milhões de pessoas.

A taxa de subutilização do trabalho situou-se em 10,5%, valor inferior ao de abril de 2025 (0,1 pontos percentuais) e ao de fevereiro de 2025 e maio de 2024 (0,4 pontos percentuais em ambos)”, acrescenta o INE.

(Notícia atualizada às 11h29)

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Esta terça-feira, as Euribor subiram a três e a seis meses para 1,961% e 2,051%, respetivamente, enquanto no prazo mais longo a taxa caiu para 2,070%.

A Euribor subiu esta terça-feira a três e a seis meses em relação a segunda-feira e desceu ligeiramente no prazo mais longo de 12 meses. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 1,961%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,051%) e a 12 meses (2,070%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,051%, mais 0,002 pontos do que na segunda-feira.
  • No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, subiu para 1,961%, mais 0,017 pontos do que na segunda-feira.
  • No sentido oposto, a Euribor a 12 meses desceu para 2,070%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

Na última reunião de política monetária em 4 e 5 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano. A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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